aula 01 tecnologia e inspecao industrial e sanitaria de produtos de origem animal

Upload: daniela-fortunato

Post on 18-Oct-2015

185 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Aula 01

    Curso: Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal p/MAPA

    Professores: Nicolle Plugge, Aline Meloni

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 1 de 105

    AULA 01: TECNOLOGIA E INSPEO INDUSTRIAL

    E SANITRIA DE LEITE E DERIVADOS

    SUMRIO PGINA 1. Introduo 2 2. Desenvolvimento 4 2.1. Mercado do leite no Brasil 4 2.2.Evoluo legal 7 2.3.RIISPOA 9 2.4.Definies 13 2.5.Composio qumica do leite 17 2.5.1. gua 19 2.5.2. Lactose 20 2.5.3. Gorduras 21 2.5.4. Protenas 22 2.5.5. Vitaminas e minerais 25 2.6. Classificao do leite 27 2.7. Caractersticas fsico-qumicas do leite e anlises de controle de qualidade

    28

    2.8. Fluxograma operacional do leite 38 2.8.1. Obteno higinica 38 2.8.2. Transporte do leite cru 45 2.8.3. Beneficiamento do leite 47 2.8.4. Caractersticas fsico-qumicas e microbiolgicas do leite pasteurizado

    59

    2.9. Leite tipo A 59 2.10. Observaes 73 3. Questes 84 4. Gabarito 93 5. Questes comentadas 95 6. Referncias 104 7. Concluso 105

    OBSERVAO IMPORTANTE: ESTE CURSO PROTEGIDO POR DIREITOS AUTORAIS (COPYRIGHT), NOS TERMOS DA LEI 9.610/98, QUE ALTERA, ATUALIZA E CONSOLIDA A LEGISLAO SOBRE DIREITOS AUTORAIS E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

    GRUPOS DE RATEIO E PIRATARIA SO CLANDESTINOS, VIOLAM A LEI E PREJUDICAM OS PROFESSORES QUE ELABORAM OS CURSOS. VALORIZE O TRABALHO DE NOSSA EQUIPE ADQUIRINDO OS CURSOS HONESTAMENTE ATRAVS DO SITE ESTRATGIA CONCURSOS. -

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 2 de 105

    1. Introduo

    Ol pessoal! Tudo bem?

    Vamos dar incio aos nossos estudos sobre Tecnologia e Inspeo?

    Comeamos aqui nossa primeira aula do mdulo preparatrio do

    curso intitulado 7HFQRORJLD H ,QVSHoo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal para o concurso do MAPA, na qual aprenderemos sobre Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Leite

    e Derivados.

    Conforme explicado na aula demonstrativa, as aulas do nosso curso

    iniciaro com explanao terica sobre o contedo, seguida de questes

    que j caram em concursos anteriores, ou questes inventadas

    referentes ao assunto, a lista das questes comentadas e os gabaritos

    finais.

    Comearemos nossa aula com um resumo da produo leiteira no

    Brasil, suas principais bacias e os conceitos e definies envolvendo o

    leite e seus derivados.

    Em seguida veremos os aspectos legais da obteno do leite, desde

    a ordenha at a embalagem final, englobando todo o processo produtivo

    de beeficiamento. A aula sobre derivados lcteos ser disponibilizada na

    IRUPDGH$GHQGRGHYLGRDRJUDQGHYROXPHGHFRQWH~GR2N" Ao final desta aula, teremos mais de 25 QUESTES que j caram

    em concursos para testar os conhecimentos adquiridos at o momento.

    Uma dica... Faam os exerccios do final da aula. Eles sero

    muito importantes pra fixar o contedo, alm de que fazem

    uma excelente reviso de tudo o que j vimos.

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 3 de 105

    Iniciando nossa matria, temos que ter conhecimento que a

    produo de leite e produtos lcteos regulamentada atravs do RIISPOA

    (Regulamento da Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem

    Animal) e de Instrues Normativas que foram publicadas

    posteriormente, as quais aprovaram os Regulamentos Tcnicos de

    Identidade e Qualidade de leite tipo A, de leite cru refrigerado, de leite

    pasteurizado, da coleta de leite cru refrigerado e seu transporte a granel

    e de vrios derivados lcteos.

    Portanto trabalharemos em cima da legislao vigente do MAPA e

    da sua aplicao prtica nos postos de refrigerao, usinas de

    beneficiamento, laticnios, etc.

    A importncia da cincia e da tecnologia de alimentos na melhoria

    da qualidade de vida do ser humano ressaltada pela vital necessidade

    de se ter alimentos saudveis, com alto valor nutricional, disponveis e

    acessveis populao. Desde o nascimento do ser humano, o leite

    apresenta-se quase indissocivel de sua alimentao. Os avanos nas

    tcnicas relacionadas s etapas de produo, processamento e

    distribuio de leite tm favorecido ainda mais o seu consumo humano,

    particularmente o de origem bovina. Essas etapas, porm, induzem a

    alteraes bioqumicas, fsico-qumicas, microbiolgicas, nutricionais e

    sensoriais que podem comprometer a qualidade do produto final.

    Veremos estas etapas na aula de hoje, e de que forma as anlises de

    controle de qualidade e os procedimentos de fiscalizao contribuem para

    a elaborao de produtos incuos, que atendam suas especificaes e as

    expectativas do consumidor.

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 4 de 105

    2. Desenvolvimento

    2.1. MERCADO DO LEITE NO BRASIL

    As mudanas do incio da dcada de 90, com a abertura da

    economia, liberao de preos e o plano de estabilizao, trouxeram

    modificaes importantes para toda a cadeia agroindustrial do leite,

    aumentando os investimentos no setor. O novo cenrio foi reforado com

    a implementao do Plano Real em 1994, aumentando o mercado

    consumidor e viabilizando aumentos de produo.

    Uma das mais significativas mudanas ocorridas no mercado de

    lcteos trata da importncia assumida pelos supermercados como pontos

    de distribuio, a partir principalmente da entrada do leite longa vida (ou

    UHT) no mercado, que veio atender s exigncias de comodidade e

    convenincia do consumidor, cada vez mais consciente de seus direitos.

    Duas caractersticas so marcantes na pecuria de leite nacional. A

    primeira que a produo ocorre em todo o territrio e a segunda que

    no existe um padro de produo. A heterogeneidade dos sistemas de

    produo muito grande e ocorre em todas as Unidades da Federao.

    Existem propriedades de subsistncia, sem tcnica e produo diria

    menor que dez litros, at produtores comparveis aos mais competitivos

    do mundo, usando tecnologias avanadas e com produo diria superior

    a 60 mil litros. (Fonte: EMBRAPA Gado de leite)

    Justamente considerando esta heterogeneidade, a Instruo

    Normativa n 51/2002, alterada recentemente pela Instruo Normativa

    n 62/2011, estabeleceu diferentes prazos para atendimento aos

    requisitos microbiolgicos e de Contagem de Clulas Somticas, conforme

    a regio produtiva, para que os produtores de leite consigam ajustar,

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 5 de 105

    dentro dos prazos previstos, o mtodo de manejo, as tecnologias e os

    equipamentos, de forma a atender a legislao.

    Apesar de a atividade leiteira ocorrer em todo o territrio nacional,

    existem reas onde a pecuria de leite est mais concentrada, conforme

    podemos ver na figura abaixo:

    A produo brasileira de leite vem crescendo a taxas ao redor de 3

    a 5% ao ano. Segundo as projees do Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica (IBGE), em 2010 o Brasil produziu 30,7 bilhes de litros, sendo

    o 5 maior produtor mundial naquele ano, segundo avaliao do

    Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em 2011,

    aproximadamente 32 bilhes de litros e em 2012 alcanou a marca dos

    33 bilhes de litros. A expectativa de que em 2013 o crescimento se

    mantenha em 3%, para 34.045 bilhes de litros.

    Entretanto, a grande produo ainda provm de animais de baixa

    produtividade, a qual tem aumentado de maneira modesta desde 2001.

    Entre 2010 e 2012, a produo cresceu 19%, de 1.127 para 1.340 litros

    anuais por vaca.

    Ainda segundo o IBGE, Minas Gerais o Estado brasileiro que

    concentra a maior parte da produo do pas e tambm o maior nmero

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 6 de 105

    de vacas ordenhadas. Em seguida, as produes de maior expresso so

    do Rio Grande do Sul, Paran e Gois.

    A figura abaixo representa o panorama de produo de leite por

    Estado:

    Em termos de produtividade, no entanto, os melhores resultados

    foram obtidos pelos trs Estados do Sul: o Rio Grande do Sul (2.536 litros

    por vaca no ano), Santa Catarina (2.478 litros por vaca) e o Paran

    (2.404 litros por vaca), todos bem acima da mdia nacional de 1.382

    litros por animal. Entre os municpios, Castro (PR), Patos de Minas (MG) e

    Jata (GO) continuaram sendo os principais produtores de leite. Castro

    tambm est entre aqueles com maior produtividade (7.527 litros),

    abaixo apenas de Araras (SP), que produziu 8.213 litros por vaca.

    Avaliando os padres dos consumidores, pesquisas demonstraram

    um aumento de 3% no consumo per capita de leite, saltando para 177

    litros por habitante por ano em 2012. A meta para daqui 5 anos chegar

    prximo ao definido pelo Ministrio da Sade, que recomenda que o

    brasileiro deve consumir aproximadamente 200 litros de leite anualmente.

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 7 de 105

    Sabem que o maior pas

    produtor de leite do mundo?

    Acertou quem pensou nos EUA!

    2.2. EVOLUO LEGAL

    Como vimos na nossa aula demonstrativa, o RIISPOA regulamenta

    a Inspeo Industrial e Sanitria dos Produtos de Origem Animal,

    incluindo o leite e seus derivados.

    Considerando o projeto brasileiro de produzir leite de qualidade,

    baseado nos ndices de baixa produtividade leiteira ocasionados por vrios

    problemas sanitrios, o Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do

    Leite (PNQL), por meio da Instruo Normativa 51 (MAPA, 2002),

    estipulou novos padres de limites de contaminao do leite.

    A IN 51/2002 definiu novos requisitos mnimos de produo, de

    identidade e de qualidade dos diferentes tipos de leite previstos,

    estipulando prazos para que o setor produtivo conseguisse se adaptar aos

    novos padres, conforme a regio de produo, aprovando o

    Regulamento Tcnico de Produo, Identidade e Qualidade para o

    seguinte:

    Leite tipo A;

    Leite tipo B;

    Leite tipo C;

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 8 de 105

    Leite Pasteurizado;

    Leite Cru Refrigerado;

    Coleta do Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel.

    Atualmente, a legislao que est em vigor a IN 62/2011, que

    alterou o 1 pargrafo da IN 51/2002, o qual passou a vigorar com a

    seguinte redao:

    $UW$SURYDUR5HJXODPHQWR7pFQLFRGH3URGXomR,GHQWLGDGHHQualidade do Leite tipo A, o Regulamento Tcnico de Identidade e

    Qualidade de Leite Cru Refrigerado, o Regulamento Tcnico de

    Identidade e Qualidade de Leite Pasteurizado e o Regulamento Tcnico

    da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel, em

    FRQIRUPLGDGHFRPRV$QH[RVGHVWD,QVWUXomR1RUPDWLYD

    Ou seja, a partir de 1 de janeiro de 2012 entrou em vigor a IN n

    62/2011, alterando as normas de produo de leite. At ento, o setor

    produtivo utilizava a IN n 51/2002 como instrumento para adequao

    das normas de produo e qualidade de leite do Ministrio da Agricultura,

    Pecuria e Abastecimento. Assuntos como a supresso dos Regulamentos

    7pFQLFRV GH ,GHQWLGDGH H 4XDOLGDGH GRV OHLWHV WLSRV % H & Rcomplemento ao controle sanitrio de brucelose e tuberculose e, a

    obrigatoriedade da realizao de anlise para pesquisa de resduos de

    inibidores e antibiticos no leite, foram inseridos no texto da IN n

    62/2011. Ainda, a nova legislao descreveu novos parmetros para

    Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Clulas Somticas

    (CCS) e inseriu a obrigatoriedade da pesquisa de agentes inibidores do

    crescimento microbiano a cada recebimento de leite na indstria, alm de

    outros requisitos que tambm foram alterados/suprimidos/includos.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 9 de 105

    Veremos estes requisitos mais adiante.

    2.3. RIISPOA

    Como o RIISPOA ainda se encontra vigente, vamos ver alguns

    conceitos descritos em seu contedo:

    Artigo 476: Considera-se leite normal, o produto que apresente:

    1 - caracteres normais;

    2 - teor de gordura mnimo de 3% (trs por cento);

    3 - acidez em graus Dornic entre 15 e 20 (quinze e vinte) *;

    4 - densidade a 15c (quinze graus centgrados) entre 1.028 (mil e vinte

    e oito) e 1.033 (mil e trinta e trs)*;

    5 - lactose - mnimo de 4,3 (quatro e trs dcimos por cento)*;

    6 - extrato seco desengordurado - mnimo 8,5% (oito e cinco dcimos por

    cento) *;

    *PESSOAL, PRESTE ATENO!!

    MUITA ATENO!!

    Este artigo nos fornece os primeiros parmetros fsico-qumicos

    desejveis para a padronizao do leite para consumo humano,

    determinados em 1952 pelo RIISPOA.

    A IN 62/2011 modificou alguns destes parmetros, conforme veremos

    na sequncia da aula de hoje!!! Fiquem atentos!!!

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 10 de 105

    Ns no sabemos como ser cobrado no concurso, por isto

    interessante que vocs tenham conhecimento da legislao. Caso a

    questo cite o RIISPOA, os parmetros so os citados acima.

    Mais pra frente da aula vocs vero quais os novos requisitos

    fsico-qumicos e microbiolgicos estabelecidos para o leite.

    Continuando.....

    Art. 480 A produo de leite das espcies caprina, ovina e outras, fica sujeita s mesmas determinaes do presente Regulamento, satisfeitas

    s exigncias para sua identificao. Art. 481 A composio mdia do leite das espcies caprinas, ovina e outras, bem como as condies de sua obteno, sero determinadas

    quando houver produo intensiva desse produto. Art. 482 obrigatria a produo de leite em condies higinicas desde a fonte de origem seja qual for a quantidade produzida e seu

    aproveitamento.

    Pargrafo nico - Esta obrigatoriedade se estende ao trato do gado

    leiteiro, ordenha, ao vasilhame e ao transporte. Este artigo ns iremos abordar nos prximos tpicos da aula!

    Art. 483 Denomina-se "gado leiteiro" todo rebanho explorado com a finalidade de produzir leite.

    1 - O gado leiteiro ser mantido sob controle veterinrio permanente

    nos estabelecimentos produtores de leite dos tipos "A" e "B" e peridico

    nos demais, tendo em vista essencialmente:

    1 - o regime de criao e permanncia nos pastos ou piquetes;

    2 - a rea mnima das pastagens por animal;

    Vamos

    tomar nota :

    IN 62/2011

    traz nova

    definio

    para os tipos

    de leite!!!!

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 11 de 105

    3 -horrio das raes e organizao de tabelas de alimentao para as

    granjas leiteiras.

    4 - alimentao produzida ou adquirida, inclusive instalaes para o

    preparo de alimentos;

    5 - condies higinicas em geral, especialmente dos currais, estbulos,

    locais da ordenha e demais dependncias que tenham relao com a

    produo do leite;

    6 - gua destinada aos animais e utilizada na lavagem de locais e

    equipamento;

    7 - estado sanitrio dos animais, especialmente das vacas em lactao e

    adoo de medidas de carter permanente contra a tuberculose,

    brucelose, mamite e outras doenas que possam contaminar o leite;

    8 - controle dos documentos de sanidade dos ordenhadores;

    9 - higiene da ordenha, do vasilhame e da manipulao do leite;

    10 - exame do leite de mistura, resultante de quantidade total produzida

    diariamente ou, quando for aconselhvel, do leite individual;

    11 - condies do transporte.

    2 - proibido ministrar alimentos que possam prejudicar a

    fmea lactante ou a qualidade do leite, incluindo-se nesta

    proibio, substncias estimulantes de qualquer natureza,

    capazes de provocar aumento da secreo lctea, com prejuzo da

    VD~GHGRDQLPDO

    Este artigo um prlogo de Boas Prticas de Criao e de

    Obteno do Leite. Ele abrange animais, ambiente, instalaes e

    equipamentos.

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 12 de 105

    Art. 486 S se permite o aproveitamento de leite de vaca, de cabra, da ovelha e de outras espcies, quando:

    1 - as fmeas se apresentem clinicamente ss e em bom estado de

    nutrio;

    2 - no estejam no perodo final de gestao, nem na fase colostral;

    3 - no reajam prova de tuberculose (tuberculina) nem apresentem

    reao positiva s provas do diagnstico da brucelose, obedecidos aos

    dispositivos da legislao em vigor.

    Pargrafo nico - Qualquer alterao no estado de sade dos animais,

    capaz de modificar a qualidade do leite, justifica a condenao do produto

    para fins alimentcios e de toda a quantidade a que tenha sido misturado.

    As fmeas em tais condies devem ser afastadas do rebanho, em carter

    provisrio ou definitivo.

    Este artigo define as condies sanitrias do rebanho.

    Art. 487 Ser interditada a propriedade rural, para efeito de aproveitamento do leite destinado alimentao humana, quando se

    verifique qualquer surto de doena infecto-contagiosa que justifique

    a medida.

    1 - Durante a interdio da propriedade poder o leite ser empregado

    na alimentao de animais, depois de submetido fervura.

    2 - A suspenso da interdio ser determinada pelo D.I.P.O.A. ou por

    rgo da Defesa Sanitria Animal, depois de restabelecimento completo

    do gado. O artigo acima define as aes fiscais a serem tomadas na

    propriedade e no leite proveniente de animais no aptos

    produo.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 13 de 105

    Art. 488 obrigatrio o afastamento da produo leiteira das fmeas que:

    1 - se apresentem em estado de magreza extrema ou caquticas;

    2 - sejam suspeitas ou atacadas de doenas infecto-contagiosas;

    3 - se apresentem febris, com mamite, diarreia, corrimento vaginal ou

    qualquer manifestao patolgica, a juzo da autoridade sanitria.

    Pargrafo nico - O animal afastado da produo s pode voltar

    ordenha aps exame procedido por veterinrio oficial. Art. 489 So obrigatrias as provas biolgicas para diagnsticos de tuberculose e brucelose, praticadas tantas vezes quantas necessrias nos

    estabelecimentos que produzem leite tipo "A" e "B", e, conforme o caso,

    naqueles que produzem outros tipos de leite. Essas provas s podem ser

    feitas por veterinrio oficial ou por veterinrio particular habilitado que

    obedea integralmente aos planos oficialmente adotados.

    2.4. DEFINIES

    O leite um lquido de cor branca, de odor suave e sabor

    adocicado. produzido pela glndula mamria das fmeas dos mamferos

    para alimentar as suas crias. Conforme a espcie de mamfero

    considerada, pode-se encontrar desde as glndulas mamferas mais

    rudimentares at as mais altamente desenvolvidas, como as das vacas.

    DEFINIO QUMICA:

    Disperso mista de aspecto branco, opaco, levemente adocicado,

    tendendo neutralidade.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 14 de 105

    Constitudo de gorduras em emulso, protenas em estado coloidal

    (casena) e carboidratos (lactose), sais (citratos), vitaminas B e C em

    soluo, sendo a gua o meio dispersante.

    DEFINIO BIOLGICA:

    Leite o produto integral da ordenha total e ininterrupta de uma fmea

    leiteira sadia, bem nutrida e no fatigada. Deve ser produzido de uma

    forma adequada, isento de substncias estranhas e no conter colostro. A

    composio do leite varia com a espcie, raa, individual idade,

    alimentao, tempo de gestao e muitos outros fatores. um alimento de grande importncia na alimentao humana, devido ao seu elevado

    valor nutritivo, como fonte de protenas, lipdios, carboidratos, minerais e

    vitaminas. A durabilidade do leite limitada pela presena e multiplicao

    de microrganismos, que acarretam em modificaes nas suas condies

    normais fsico-qumicas.

    DEFINIO LEGAL:

    Para o nosso concurso, devemos

    levar em conta as definies

    legais que enquadram e

    determinam os diferentes tipos de leite. A nossa fonte bsica, o

    RIISPOA, Regulamento federal com fora de lei que norteia at hoje o

    Servio de Inspeo Federal (SIF). Porm, como j falamos

    anteriormente, algumas normas foram publicadas posteriormente ao

    RIISPOA, acrescentando ou modificando alguns critrios relacionados

    Inspeo de Leite e Derivados. Veremos todos estes critrios no decorrer

    da aula.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 15 de 105

    IN 62/2011

    Item 2.1.1:

    (QWHQGH-se por leite, sem outra especificao, o produto oriundo da ordenha completa e ininterrupta, em condies de higiene, de vacas

    sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve

    denominar-se segundo a espcie de que proceda. Item 2.1.2:

    Entende-se por Leite Pasteurizado tipo A o leite classificado quanto ao teor de gordura em integral, semidesnatado ou desnatado, produzido,

    beneficiado e envasado em estabelecimento denominado "Granja

    Leiteira", observadas as prescries contidas em Regulamento Tcnico

    RIISPOA

    Art. 475 - (QWHQGH-se leite, sem outra especificao, o produto normal, fresco, integral, oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condies

    de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite de

    outros animais deve denominar-se segundo a espcie de que proceda.

    Art. 478 Entende-se por "leite de reteno" o produto da ordenha, a partir do 30 (trigsimo) dia antes da pario. Art. 479 Entende-se por "colostro" o produto da ordenha obtido aps o parto e enquanto estiverem presentes os elementos que o caracterizem.

    Pargrafo nico - proibido o aproveitamento para fins de

    DOLPHQWDomRKXPDQDGROHLWHGHUHWHQomRHGRFRORVWUR

    LEITE DE OUTRAS ESPCIES DEVE SER ESPECIFICADO NO RTULO

    EXEMPLO: LEITE DE CABRA/LEITE DE BFALA

    IN62/2011

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 16 de 105

    Devido s alteraes fisiolgicas, provocadas principalmente pela

    transio de hormnios gestacionais, estes dois tipos de leite no podem

    ser destinados ao consumo humano.

    Leite Cru Refrigerado (definio adaptada da IN 62/2011):

    produto oriundo da ordenha completa e ininterrupta, em condies de

    higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas, refrigerado e

    mantido a 7C na propriedade rural/tanque comunitrio e a 10C no

    estabelecimento processador, transportado em carro-tanque isotrmico

    da propriedade rural para um Posto de Refrigerao de leite ou

    estabelecimento industrial adequado, para ser processado.

    ***Tanque de refrigerao por expanso direta: o leite deve ser

    refrigerado at temperatura igual ou inferior a 4C (quatro graus

    Celsius) no tempo mximo de 3h (trs horas) aps o trmino da ordenha.

    ***Tanque de refrigerao por imerso: leite deve ser refrigerado at

    temperatura igual ou inferior a 7C (sete graus Celsius) no tempo

    mximo de 3h (trs horas) aps o trmino da ordenha.

    Leite pasteurizado (definio adaptada da IN 62/2011): leite fluido

    elaborado a partir do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural, que

    apresente as especificaes de produo, de coleta e de qualidade dessa

    matria-prima e que tenha sido transportado a granel at o

    estabelecimento processador.

    Deve ser classificado quanto ao teor

    de gordura como: INTEGRAL (mnimo

    3,0%), SEMIDESNATADO (0,6 a

    2,9%) ou DESNATADO (mximo

    0,5%).

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 17 de 105

    "Granja Leiteira" (definio dada pela IN 62/2011): o

    estabelecimento destinado produo, pasteurizao e envase de leite

    Pasteurizado tipo A para o consumo humano, podendo, ainda, elaborar

    derivados lcteos a partir de leite de sua prpria produo.

    Coleta de Leite Cru Refrigerado a Granel (definio dada pela IN

    62/2011): consiste em recolher o produto em caminhes com tanques

    isotrmicos construdos internamente de ao inoxidvel, atravs de

    mangote flexvel e bomba sanitria, acionada pela energia eltrica da

    propriedade rural, pelo sistema de transmisso do prprio caminho,

    diretamente do tanque de refrigerao por expanso direta.

    2.5. COMPOSIO QUMICA DO LEITE

    O leite composto de gua, protenas, acares, sais minerais,

    gorduras e vitaminas. Nas diferentes espcies de mamferos temos estas

    mesmas categorias de compostos presentes no leite, porm em

    propores variadas. Tais percentuais de participao dos seus compostos

    podem variar de acordo com fatores como: espcie lactante (bovina,

    bubalina, caprina, bovina etc.), raa (Holandesa, Jersey etc.), perodo de

    lactao, alimentao, sade do animal, individualidade, diferena entre

    os quartos do bere, idade, clima, espao entre as ordenhas e estao do

    ano.

    Em termos produtivos para a indstria lctea, quanto maior o

    percentual de Extrato Seco Total (EST), tambm chamado de Slidos

    Totais (ST), maior rendimento esta matria-prima ter na elaborao dos

    produtos lcteos.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlightNa composio do leite, constam a parte mida, representada pela gua, e a parte slida, representada por dois grupos de componentes: o extrato seco total e o extrato seco desengordurado.

    Extrato seco total - representado pela gordura, acar, protenas e sais minerais. Quanto maior esse componente no leite, maior ser o rendimento dos produtos.

    Extrato seco desengordurado - Compreende todos os componentes, menos a gordura (leite desnatado). Por lei, o produtor no pode fazer a remessa dessa frao do leite para a indstria. Apenas as indstrias podem manej-la, por meio de desnatadeiras, destinando-a fabricao de leite em p, leite condensado, doces, iogurtes e queijos magros

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 18 de 105

    A composio qumica do leite influenciada

    por alguns fatores:

    ESPCIE

    RAA

    INDIVIDUALIDADE

    INTERVALO ORDENHAS

    PERODO DE LACTAO

    ESTAO DO ANO

    ALIMENTAO/NUTRIO

    QUARTOS DO MESMO BERE

    DOENAS E IDADE DO ANIMAL

    Comparem na tabela abaixo as variaes nas concentraes mdias

    dos componentes, segundo as diferentes espcies:

    Composio centesimal mdia do leite de algumas espcies de mamferos

    ESPCIE GORDURA PROTENAS LACTOSE EXTRATO SECO TOTAL

    (SLIDOS TOTAIS)

    OVELHA 6,3 5,5 4,6 17,3

    VACA 3,5 3,1 5,0 13,3

    CABRA 4,1 4,2 4,6 13,7

    MULHER 4,5 1,1 6,8 12,6

    Fonte: Adaptado de Ordonez et al.(2005)

    HERANA GENTICA +

    FATORES FISIOLGICOS +

    EFEITOS DO MEIO

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 19 de 105

    Temos abaixo outra tabela, demonstrando a composio mdia do

    leite de vaca fluido. Lembrem, estes valores so variveis, de acordo com

    os fatores descritos anteriormente!!

    Composio centesimal mdia do leite de vaca fluido

    COMPONENTE CONCENTRAO (%)

    gua 87

    Gordura 4

    Lactose 4,8

    Protenas 3,5

    Sais minerais 0,7

    Fonte: Adaptado de Ordonez et al.(2005)

    Agora veremos individualmente cada componente, para entender a

    importncia de cada um deles na tecnologia do leite e dos produtos

    lcteos!

    Mos obra!

    2.5.1. gua

    Constituinte quantitativo mais importante no leite;

    Nela esto dissolvidos, dispersos ou emulsionados os demais

    componentes;

    gua livre: maior parte;

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 20 de 105

    gua pode estar ligada a outros componentes (protenas, lactose e

    substncias minerais).

    2.5.2. Lactose

    o carboidrato (acar) do leite: leve sabor adocicado;

    Constituinte slido predominante e menos varivel;

    Dissacardeo (D-glicose + D-galactose);

    Encontrada essencialmente na secreo lctea de mamferos;

    Tende a se insolubilizar, principalmente no produto gelado,

    formando os cristais de lactose;

    Funo energtica (oxidao da glicose);

    Participa na absoro intestinal de alguns minerais (clcio);

    Substrato para multiplicao bacteriana;

    Digestibilidade: 98%;

    Importante nos processos de acidificao e/ou fermentao lctica

    (produo de iogurtes e queijos).

    Em leite e produtos derivados, comum o

    desenvolvimento da reao de Maillard,

    a partir de tratamentos trmicos

    empregados na tecnologia de

    processamento.

    A reao de Maillard pode ser desejvel (cor e aroma do doce de

    leite) ou indesejvel (bloqueio de aminocidos essenciais, como a lisina,

    em leites esterilizados).

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 21 de 105

    Quimicamente, a reao de Maillard foi descrita pela primeira vez

    em 1912 por Louis-Camille Maillard, envolvendo grupos aldedo (acar

    redutor: lactose) e grupos amina RNH2 (protenas, peptdeos e aminocidos), com eliminao de gua e formao de glicosaminas. Na

    sequncia, sabe-se que ocorrem diversas etapas que terminam na

    polimerizao e no aparecimento de compostos escuros chamados

    melanoidinas.

    Diversos fatores afetam a velocidade e a intensidade da reao de

    Maillard: temperatura, tempo, pH, tipo de grupo amina e de acar

    redutor, teor de umidade e presena de sulfito. A correta combinao

    desses fatores contribui para a obteno de alimentos com boas

    propriedades sensoriais e a menor perda nutricional possvel.

    2.5.3. Gorduras

    A gordura no leite ocorre como pequenos glbulos contendo

    principalmente triacilgliceris, envolvidos por uma membrana lipoproteica.

    A gordura o constituinte que mais sofre variaes em razo de

    alimentao, raa, estao do ano e perodo de lactao.

    Meio de transporte para as vitaminas lipossolveis (A/D/E/K);

    Est na forma de EMULSO;;

    99,5% compostos lipdicos

    0,5% compostos lipossolveis

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaSticky NoteEmulso a mistura entre dois lquidos imiscveis em que um deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de finos glbulos no seio do outro lquido (a fase contnua), formando uma mistura estvel. Exemplos de emulses incluem manteiga e margarina, maionese, caf expresso e alguns cosmticos. As emulses mais conhecidas consistem de gua e leo.

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 22 de 105

    Principal constituinte da MANTEIGA;

    Importante constituinte de QUEIJOS;

    Digestibilidade: 95%.

    2.5.4. Protenas

    A protena mais presente no leite de vaca (em termos quantitativos)

    a casena, com 80% de participao e, por ser insolvel, est em

    suspenso na parte coloidal do leite. Os outros 20% so

    formados/constitudos pelas protenas albuminas ou lactas - albuminas

    (16%) e globulinas (4%) que so solveis em gua. Por essa razo, esto

    SUHVHQWHVQRVRURGROHLWHHDVVLPVmRFRQKHFLGDVFRPRDVSURWHtQDVGRVRUR

    Diversos fatores influenciam na composio e na distribuio das

    fraes nitrogenadas do leite bovino, tais como temperatura ambiente,

    doenas do animal, estgio de lactao, nmero de paries, raa,

    alimentao e teor energtico desta alimentao. Em geral, os compostos

    nitrogenados do leite constituem-se por 95% protenas e o restante, 5%

    so compostos nitrogenados no proteicos.

    Casena, -lactoalbumina, -lactoglobulina e outras; Enzimas, imunoglobulinas, hormnios, fatores de crescimento;

    Protenas insolveis - CASENA (micelas de fosfocaseinato de

    clcio): coagulam pelo coalho animal coagulantes; Protenas solveis - ALBUMINAS, GLOBULINAS E ENZIMAS

    (lactosoro): coagulam pelo calor (60C).

    A casena, principal protena do leite, possui alta

    digestibilidade (97%) e essencial na tecnologia de fabricao de

    queijos.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 23 de 105

    Alm disto, contribui para a estabilidade trmica do leite,

    juntamente com o fosfato de clcio, atravs da formao das MICELAS DE

    CASENA:

    Quanto s enzimas presentes, podem ser prprias do leite, ou

    derivadas do metabolismo microbiano. Sua atividade influenciada pelas

    condies do meio (temperatura, pH, acesso ao substrato), sendo

    alterveis pelo processo tecnolgico a qual o leite submetido

    lipases: hidrlise da gordura, inativada pela pasteurizao;

    catalase: presente no colostro e em beres enfermos, destruda a

    75C/60s;

    fosfatase alcalina: termolbil, destruda a 70-75C

    (pasteurizao);

    peroxidase destruda a 85C (leite UHT).

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 24 de 105

    FOSFATASE ALCALINA PEROXIDASE Enzima encontrada naturalmente no leite cru. Com o processo de pasteurizao, a enzima inativada. Sua determinao permite avaliar a eficincia do processo de pasteurizao. Aps a pasteurizao, o leite deve apresentar teste qualitativo negativo para Fosfatase Alcalina

    Enzima presente naturalmente no leite. A Peroxidase inativada se o leite for aquecido a 85C, por alguns segundos. Este teste avalia a eficincia do processo de pasteurizao. Imediatamente aps a pasteurizao o produto deve apresentar teste positivo para a Peroxidase

    A fosfatase alcalina e a peroxidase so muito importantes para se

    avaliar a eficcia do tratamento trmico empregado no leite!

    E como isso ocorre???

    Vamos explicar:

    Imediatamente aps a pasteurizao teremos a ausncia da enzima

    fosfatase alcalina no leite. Isto ocorre devido a sua inativao. J a

    peroxidase somente inativada a 85C, ento, mesmo no leite

    pasteurizado, ela ainda estar presente!

    Mas.... e no leite cru??

    No leite cru teremos a presena da fosfatase alcalina e da

    peroxidase! Afinal o leite cru no foi submetido a nenhum tratamento

    trmico, e portanto no ter inativao de nenhuma das duas enzimas.

    Por isto a presena ou ausncia da fosfatase alcalina e da

    peroxidase utilizada para avaliar a eficcia do tratamento trmico e

    tambm possveis falsificaes (exemplo: leite entregue como cru no

    laticnio, porm possui resultado negativo para fosfatase alcalina).

    Por exemplo, se eu encontrar a fosfatase alcalina em um leite

    pasteurizado ser sinal de que o meu tratamento trmico foi insuficiente.

    Da mesma forma, caso a peroxidase esteja ausente no leite pasteurizado,

    podemos suspeitar de superaquecimento.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 25 de 105

    ENZIMA CRU PASTEURIZADO UHT

    FOSFATASE ALCALINA POSITIVA NEGATIVA NEGATIVA

    PEROXIDASE POSITIVA POSITIVA NEGATIVA

    2.5.5. Vitaminas e minerais

    Tanto no leite humano como no leite bovino esto presentes todas

    as vitaminas conhecidas.

    As vitaminas A, D, E e K esto associadas aos glbulos de gordura e

    as demais ocorrem na fase aquosa do leite. A concentrao das vitaminas

    lipossolveis depende da alimentao do gado, exceto a da vitamina K.

    Esta, como as vitaminas hidrossolveis, sintetizada no sistema digestivo

    dos ruminantes.

    Contudo, as quantidades de vitaminas que esto presentes no leite

    ocorrem de forma bastante reduzida. Outro fator a considerar que

    quando o leite sofre tratamento trmico vrias dessas vitaminas so

    perdidas (destrudas), principalmente a vitamina C. Por essas razes, as indstrias lcteas adicionam (enriquecem) em alguns dos seus leites

    benHFLDGRVHSURGXWRVGHULYDGRV, diversos tipos de vitaminas. Ou seja:

    Grande VARIEDADE;

    Pequena QUANTIDADE;

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 26 de 105

    Lipossolveis: A, D, E, K;

    Hidrossolveis: B1 (tiamina), B2, B6, B12 (colabamina), cido

    pantotnico, niacina e pouca vitamina C;

    Perdas decorrentes de processamentos.

    Os sais minerais ocorrem nos leites solubilizados ou agregados a

    outros componentes do leite como, por exemplo, as protenas (clcio e

    fsforo associados casena) estabilizando-as.

    O leite contm teores considerveis de cloro, fsforo, potssio,

    sdio, clcio e magnsio e baixos teores de ferro, alumnio, bromo, zinco

    e mangans, formando sais orgnicos e inorgnicos. A associao entre

    os sais e as protenas do leite um fator determinante para a estabilidade

    das casenas frente a diferentes agentes desnaturantes. O fosfato de

    clcio, particularmente, faz parte da estrutura das micelas de casena,

    como j vimos anteriormente.

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 27 de 105

    2.6. CLASSIFICAO DO LEITE

    O RIISPOA e a IN 51/2002 definiram critrios para classificao do

    leite em tipo A, B e C.

    Art. 507 do RIISPOA: eSHUPLWLGDDSURGXomRGRVVHJXLQWHV WLSRVGHleite de consumo em espcie:

    1 - Leite tipo "A" ou de granja;

    2 - Leite tipo "B" ou de estbulo;

    3 - Leite tipo "C" ou padronizado;

    4 - Leite magro;

    5 - Leite desnatado;

    6 - Leite esterilizado;

    7 - Leite reconstitudo.

    Art. 508: Qualquer destes tipos s pode ser dado ao consumo devidamente pasteurizado em estabelecimentos previstos neste

    5HJXODPHQWR

    Ainda, o RIISPOA descreve a definio para leite reconstitudo:

    Art. 504: /HLWH UHFRQVWLWXtGR p R SURGXWR UHVXOWDQWH GD GLVVROXomR HPgua, do leite em p ou no, de gordura lctea, ate atingir o teor

    gorduroso fixado para o respectivo tipo, seguido de homogeneizao e

    SDVWHXUL]DomR

    Porm com a publicao da IN 62/2011, aplicvel ao leite de vaca,

    temos a seguinte classificao:

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 28 de 105

    LEITE TIPO A

    LEITE PASTEURIZADO

    LEITE CRU REFRIGERADO

    Aprenderemos sobre os critrios de cada um nos itens 2.8 e 2.9!!

    2.7. CARACTERSTICAS FSICO-QUMICAS DO LEITE E

    ANLISES DE CONTROLE DE QUALIDADE

    O leite in natura, para ser considerado em condies adequadas de

    consumo e de boa qualidade para ser processado na indstria, deve

    apresentar teores dentro dos padres preconizados pela IN 62/2011.

    Estes parmetros estipulados pela legislao servem de indicador para se

    avaliar as reais condies em que o leite foi obtido, processado e

    comprovar alguma alterao por fraude.

    TEMPERATURA MXIMA DE CONSERVAO

    7C na propriedade rural ou tanque comunitrio

    10C no estabelecimento processador

    *Recomenda-se a refrigerao a 4C para se evitar a multiplicao

    bacteriana em excesso, levando a perda de qualidade no leite devido ao

    aumento da acidez.

    ACIDEZ

    Varia de 14 a 18D (graus Dornic) IN 62/2011.

    IN 62/2012

    NO RIISPOA VIMOS QUE A ACIDEZ VARIA ENTRE 15 A 20D, LEMBRAM?

    ARTIGO 476

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 29 de 105

    O aumento na acidez ocorre porque os microrganismos presentes

    no leite consomem a lactose como fonte de energia, convertendo-

    a em cido lctico. Essa concentrao elevada de acido lctico

    reduz o pH do meio aumentando a acidez do leite.

    Formas para se determinar a acidez presente no leite:

    ACIDEZ TITULVEL (PRECISO): avalia a qualidade do leite quanto ao

    aspecto tecnolgico, por meio do equipamento chamado acidmetro

    DORNIC. Este equipamento WHP D QDOLGDGH GH YHULFDU R JUDX GHmetabolizao da lactose a cido lctico, que baseado na titulao com

    soluo bsica do cido lctico da amostra na presena do indicador.

    AGENTE ALCALINO (NAOH) + INDICADOR UNIVERSAL (FENOLFTALENA) TITULAO AT O APARECIMENTO DE COR

    Leite normal: 14 a 18D Leite cido: > 18D

    Leite alcalino: < 14D

    LACTOSE CIDO LTICO REDUO DO PH ACIDIFICAO DO LEITE

    MICRORGANISMOS

    DanielaHighlight

    DanielaHighlightTitulao um processo fsico pelo qual possvel determinar a concentrao de substncias de natureza cida ou alcalino-bsica nas composies.

    Quando temos uma substncia cida de concentrao desconhecida usamos uma base de concentrao conhecida para determinar a concentrao do cido. O mesmo acontece quando a base tem concentrao desconhecida.

    Saiba Mais no GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/titulacao.html

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 30 de 105

    ALIZAROL (ROTINA): teste de seleo muito usado na plataforma de

    recepo do leite cru. Baseia-se na ocorrncia de coagulao por efeito da

    elevada acidez ou do desequilbrio salino, quando se promove

    desestabilizao das micelas pelo lcool e na mudana de colorao da

    mistura pela alizarina, como indicador de pH.

    Fundamento: testa a estabilidade da protena em presena do lcool

    lcool: desidrata a gua do complexo micelar da k-casena

    Lembram que a gente viu que a estabilidade do leite devido formao

    das micelas de casena (protena) com o fosfato de clcio?

    Quanto h desestabilizao das micelas, o leite coagula/flocula! Ou seja,

    leites cidos vo ter uma maior vulnerabilidade das micelas e vo

    coagular neste teste!

    Quanto maior o teor alcolico maior o ataque protena (casena)- DESESTABILIZAO DAS MICELAS FLOCULAO

    Ex. leite coagula no lcool a 72 GL, mas no no lcool 68 GL

    Leite cido (maior 20D), colostro e leite mamtico: menor estabilidade

    da protena: coagulao rpida

    Alizarina (indicador de pH) + lcool 72 GL

    O teste do ALIZAROL pode apresentar resultados alterados nas

    seguintes condies:

    Elevada acidez do leite;

    ndice de mastite do rebanho elevado;

    Vacas prximas da secagem ou recm-paridas;

    Desequilbrio salino (excesso de clcio e magnsio em relao a

    fosfato e citrato).

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 31 de 105

    Avaliao da cor:

    AVERMELHADA (rseo salmo/vermelho lils/cor de tijolo): normal

    AMARELADA: cido (normalmente com coagulao)

    VIOLETA: suspeita de fraude com alcalinos ou gua

    O leite que coagula nessa prova no

    resiste ao calor, portanto, no pode ser misturado aos demais.

    Dessa forma, o leite cido no resistiria aos tratamentos trmicos

    (pasteurizao/UHT) utilizados pelas indstrias, sendo portanto

    uma importante caracterstica a ser controlada.

    pH

    6,7 em condies normais.

    Outra forma de se avaliar a presena de cidos ou substncias

    alcalinizantes no leite.

    Leites provenientes de animais com infeces no bere (mamite)

    apresentam pH alcalino, podendo atingir 7,5.

    DENSIDADE

    1,028 e 1,034 (a temperatura de 15C).

    NO RIISPOA VIMOS QUE A DENSIDADE VARIA ENTRE 1028 A 1033!!!!

    ARTIGO 476

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 32 de 105

    Vocs j devem imaginar que um leite fraudado com gua ter densidade

    menor. Sabem por qu?

    Vamos entender:

    A gua possui densidade 1,00, certo? J o leite, como vimos, possui densidade entre 1,028 e 1,034. Ou seja, o leite MAIS DENSO que a

    gua.

    O leite MAIS DENSO que a gua devido aos seus componentes:

    Protena: 1,345

    Lactose: 1,666

    Sais: 4,12

    Cinzas: 5,50

    ESD: 1,608

    Gordura: 0,93

    Quando adicionamos gua ao leite, RUHVXOWDGRQDO da densidade no leite tende a se aproximar de 1,00.

    Uma das aplicaes prticas da determinao da

    densidade justamente a pesquisa de fraude por

    adio de gua ou desnate na propriedade

    ACOMPANHEM O RACIOCNIO:

    Se for adicionada gua: abaixamento da densidade, uma vez que a

    gua tem densidade menor que a do leite.

    Se houve desnate prvio: aumento da densidade, pois a gordura o

    componente de menor densidade no leite (0,93). Se for retirada, a

    tendncia da densidade aumentar.

    PODE OCORRER UMA DUPLA FRAUDE QUANDO SE ADICIONA GUA E RETIRA-SE

    GORDURA OU ADICIONA-SE JUNTO COM A GUA UM RECONSTITUINTE DE DENSIDADE

    (AMIDO, URINA, SACAROSE, SAL DE COZINHA), QUE FAZ O LEITE APRESENTAR OS

    PADRES DE DENSIDADE NA FAIXA NORMAL

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 33 de 105

    A alterao na densidade (alta ou baixa) um indicativo de fraude,

    mas quando estiver normal, h necessidade de outras anlises

    complementares, como a determinao de gordura e Slidos Totais (ST)

    SDUDFRQUPDUDTXDOLGDGHGROHLWH.

    GORDURA

    Mnimo 3,0% (IN 62/2011 e RIISPOA).

    A tcnica para determinao da gordura no leite baseia-se no ataque

    seletivo da matria orgnica por meio de cido sulfrico, com exceo da

    gordura que ser separada por centrifugao, auxiliada pelo lcool amlico

    TXHPRGLFDDWHQVmRVXSHUFLDO. Fundamento: separao da gordura do leite atravs de centrifugao aps

    digesto do material proteico

    A determinao da gordura pode ser feita por aparelhos

    especficos (digitais) ou atravs do butirmetro de GERBER.

    Como j vimos no item 2.5 (Composio Qumica do Leite), a gordura o

    componente mais varivel do leite e geralmente o primeiro a sofrer

    alteraes diante de qualquer fator de origem gentica, ambiental e

    VLROyJLFDTXHHVWHMDDIHWDQGRRPHWDEROLVPRQRUPDOGRDQLPDO

    Importncia da determinao:

    Pagamento do produtor;

    Padronizao do teor de gordura no leite;

    Padronizao da gordura em creme de leite;

    Relao gordura/slidos totais (ST): leite em p;

    Padronizao do teor de gordura em vrios tipos de queijos;

    Ajuda na seleo de rebanhos leiteiros;

    Integridade do leite na investigao de fraudes;

    Prever rendimentos industriais.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlightMtodo de Gerber E um mtodo de rotina utilizado somente para leite e produtos lcteos. A gordura no leite est presente em forma de emulso de leo e gua, cercada de um filme de protena. E necessrio quebrar este filme para conseguir a extrao da gordura. Para tanto a amostra tratada com cido sulfrico. tambm adicionado lcool isoamlico para facilitar a separao da gordura e reduzir o efeito de carbonizao do cido sulfrico sobre ela. Aps a digesto, a amostra centrifugada num tubo chamado butirmetro, que j vem calibrado com uma escala volumtrica. A gordura separada da fase aquosa com a protena medida volumetricamente diretamente no butirmetro. Existem vrios tipos de butirmetros com escalas diferentes, para medir diferentes produtos lcteos, como creme de leite e queijos, e at para alguns produtos no lteos, como produtos processados de carne e peixe.

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 34 de 105

    NDICE CRIOSCPICO (CRIOSCOPIA)

    - 0,530H a -0,550H (equivalentes a -0,512C a -0,531C)

    O ndice crioscpico corresponde medio do ponto de congelamento ou

    da depresso do ponto de congelamento do leite em relao ao da gua.

    TESTE PRECISO PARA DETECTAR FRAUDES POR ADIO DE GUA

    AO LEITE.

    A adio de gua faz FRPTXHROHLWHFRQJHOHPDLVUDSLGDPHQWHFDQGRcom um ponto de congelamento mais prximo da gua (0,0C).

    SLIDOS TOTAIS (ST) OU EXTRATO SECO TOTAL (EST)

    Mnimo 11,4%.

    Determinao pode ser feita por frmula matemtica (conhecendo a

    densidade e gordura), atravs do DISCO DE ACKERMAN.

    Indispensvel para derivados do leite, cuja base para fabricao depende

    dos slidos totais (ou seja os componentes slidos do leite).

    SLIDOS NO GORDUROSOS (SNG) OU EXTRATO SECO

    DESENGORDURADO (ESD)

    Mnimo 8,4% (IN 62/2011).

    NO RIISPOA VIMOS QUE O ESD DEVE SER NO MNIMO 8,5% ARTIGO 476

    DanielaHighlightA crioscpia do leite corresponde medio do ponto de congelao ou da presso do ponto de congelao do leite em relao gua. A composio do leite gera um valor aproximado de -0,531C para o ponto crioscpio. Este parmetro depende de uma srie de factores relacionados com o animal, tipo de leite, ambiente, processamento e s tcnicas de crioscpia. Uma das principais fraudes do leite a adio de gua e tambm uma das mais graves, pois no s diminui o valor nutritivo do produto, mas tambm pode ser fonte de contaminao por perigosos germes patognicos. Atravs da criospia possvel saber se houve fraude pela adio de gua.

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 35 de 105

    PESQUISA DE ANTIBITICOS

    A anlise de antibiticos fundamental para a qualidade do leite, pois a

    sua presena acima dos limites mximos permitidos caracteriza um risco

    sade pblica, alm de ocasionar prejuzos industriais, principalmente

    na elaborao de derivados.

    No Brasil utilizam-se os limites mximos de resduos (LMR) estabelecidos

    pelo Codex alimentarius.

    O monitoramento de resduos de medicamentos feito pelo governo,

    atravs do Plano Nacional de Controle de Resduos e

    Contaminantes (PNCRC) e pelas indstrias, atravs das anlises de

    rotina.

    PROIBIDO USO DE DROGAS NO

    AUTORIZADAS PELO MAPA

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 36 de 105

    Testes qualitativos: presena ou ausncia (triagem)

    Testes quantitativos e semi-quantitativos: faixas de concentrao

    Quando encontraremos resduos de medicamentos:

    No observncia dos perodos de carncia;

    Erro na identificao dos animais ou anotao dos dados (manejo);

    Uso de antibiticos em diferentes dosagens ou esquemas de

    tratamento;

    Descarte de leite apenas do quarto tratado ;

    Vacas com parto antecipado ou curtos perodos secos;

    Uso de produtos de vacas secas para tratamento de vacas em

    lactao;

    Erros durante a ordenha;

    Mistura de leites.

    CONSERVANTES

    Deteco de substncias presentes ILEGALMENTE no leite com a

    finalidade de conserv-lo por perodos mais longos

    Testes especficos para deteco de formaldedos, gua oxigenada,

    bicarbonato de sdio, cido brico, entre outros.

    OUTRAS ANLISES

    Teor de lactose e protenas:

    Presena de processos inflamatrios

    Presena de amido e sacarose

    ATENDER LMR ESTABELECIDO PARA

    O MEDICAMENTO

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 37 de 105

    CONTAGEM BACTERIANA TOTAL (CBT)

    Indica a carga de contaminao bacteriana no leite e expressa em

    Unidade Formadora de Colnia por mililitro (UFC/mL).

    Contagem do nmero de colnias presentes em uma amostra de

    leite;

    Depende da carga microbiana inicial no leite e da taxa de

    multiplicao bacteriana;

    Teste exato: apresenta numericamente a contaminao bacteriana

    presente no leite.

    CONTAGEM DE CLULAS SOMTICAS (CCS)

    As clulas somticas so clulas de defesa do organismo (leuccitos) que

    migram do sangue para o interior da glndula mamria com o objetivo de

    combater agentes agressores associadas a clulas secretoras

    descamadas.

    Quando o animal apresenta um quadro de mastite, ocorre um aumento

    no nmero das clulas de defesa, passando a predominar neutrfilos,

    seguidos por macrfagos e linfcitos. Assim, a contagem de clulas

    somticas do leite de uma vaca permite qXDQWLFDr do grau de infeco da glndula mamria pela mastite, por exemplo.

    A CCS considerada um instrumento para avaliao da sade da glndula

    mamria de vacas individuais e do rebanho. A avaliao peridica da CCS

    do leite coletado no tanque de expanso de uma propriedade permite

    determinar a incidncia mdia de mastite naquele rebanho.

    A IN 62/2011 define os requisitos microbiolgicos e de CCS a

    serem avaliados pela Rede Brasileira de Laboratrios, os quais

    devem ser atendidos pelos produtores, conforme regio e tipo de

    leite produzido. Veremos estes requisitos mais adiante.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 38 de 105

    2.8. FLUXOGRAMA OPERACIONAL DO LEITE

    2.8.1. Obteno higinica

    A qualidade e a segurana dos alimentos produzidos hoje se

    constituem em fatores decisivos para o mercado consumidor. Por essa

    razo, as indstrias lcteas esto implantando nas suas unidades o

    Programa de Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle (APPCC) ou

    Hazard Analysis Critical Control Points (HACCP), que tem como objetivo

    LGHQWLFDU FRQWURODUHHYLWDURVSRQWRVH IDWRUHVGHULVFRVGDVSRVVtYHLVcontaminaes, sejam elas fsicas, qumicas e/ou, sobretudo por

    microrganismos indesejveis (biolgicas) aos produtos a processar.

    9RFrV SRGHP VDEHU PDLV VREUH R $33&& QR FXUVR 3URJUDPDV GHAutocontrole, Boas Prticas de Fabricao (BPF), Procedimento Padro de

    Higiene Operacional (PPHO) e Anlise de Perigos e Pontos Crticos de

    &RQWUROH$33&&RIHUWDGRWDPEpPSHOR(VWUDWpJLD&RQFXUVRV

    Bem, para que o programa APPCC alcance os propsitos

    esperados, fundamental o controle da matria-prima recebida. Ou seja,

    DV SUySULDV XQLGDGHV EHQHFLDGRUDV GH OHLWH devem adotar, executar e VFDOL]ar os seus fornecedores, os quais devem implantar e aplicar Programas de Boas Prticas Agrcolas (BPA) e Procedimentos Padro de

    Higiene Operacional (PPHO).

    A ordenha higinica consiste na ao de retirada do leite em

    adequadas condies de higiene, estando diretamente relacionada ao

    animal (bere e tetas), ao ambiente (rea/local) em que realizada a

    ordenha, aos equipamentos e utenslios utilizados no processo e prpria

    higiene do manipulador.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 39 de 105

    Procedimentos na propriedade produtora de leite:

    Obter leite de forma higinica;

    Resfriar o leite o mais rpido possvel de preferncia em resfriadores na prpria propriedade;

    Se no tiver resfriador, enviar o leite para posto de resfriamento

    mais prximo ou laticnio o quanto antes;

    No deixar o leite exposto ao sol;

    Realizar anlises no leite cru;

    Higienizao adequada de todos os utenslios e equipamentos

    envolvidos no processo (ordenha, resfriamento, transporte,

    armazenamento).

    Conforme o RIISPOA:

    $UW - proibido, nas propriedades rurais, a padronizao ou o desnate parcial ou total do leite destinado ao consumo.

    $UW- Todo vasilhame empregado no acondicionamento de leite, na ordenha, na coleta ou para mant-lo em depsito, deve atender ao

    seguinte:

    1 - ser de ao inoxidvel, alumnio ou ferro estanhado, de perfeito

    acabamento e sem falhas, com formato que facilite sua lavagem e

    esterilizao;

    2 - estar convenientemente limpo no momento da ordenha e ser

    devidamente lavado aps utilizado;

    3 - possuir tampa de modo a evitar vazamentos ou contaminao e, a

    juzo da Inspeo Federal, reforo apropriado.

    4 - ser destinado exclusivamente ao transporte ou ao depsito de leite,

    no podendo ser utilizado no acondicionamento de soro ou de leite

    imprprio para consumo.

    5 - trazer identificao de procedncia por meio de marca, numerao,

    etiqueta ou selo de chumbo;

    6 - dispor, de preferncia, de fecho metlico inviolvel.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 40 de 105

    A PORTARIA N 368/1997 FAZ PARTE DO CURSO: Programas de Autocontrole, Boas Prticas deFabricao (BPF), Procedimento Padro de Higiene

    Operacional (PPHO) e Anlise de Perigos e Pontos

    AWW ? ?

    Lembrem-se que mesmo com o desuso dos lates nas propriedades

    mais tecnificadas, o Regulamento ainda est vigente e no queremos ser

    surpreendidos na prova!

    $UW- proibido misturar leite, sem a retirada de amostra de cada SURGXWRUGHYLGDPHQWHLGHQWLILFDGDSDUDILQVGHDQiOLVH

    Este artigo importantssimo! A retirada de amostras por produtor

    permite identific-lo posteriormente, caso haja alguma alterao no leite

    (exemplo: resduos de antibiticos, adio de gua). a base da

    rastreabilidade da cadeia. Se, nas anlises de plataforma de um laticnio,

    for identificada a presena de antibitico no leite de um dos

    compartimentos do caminho transportador, atravs da coleta de amostra

    do produtor pode-se identific-lo, para serem tomadas as devidas

    medidas punitivas.

    A IN 62/2011 estabeleceu alguns critrios gerais e especficos para

    obteno do leite, conforme veremos a seguir:

    Devem ser seguidos os preceitos contidos no "Regulamento

    Tcnico sobre as Condies Higinico-Sanitrias e de Boas Prticas de

    Fabricao para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de

    Alimentos, item 3: Dos Princpios Gerais Higinico-Sanitrios das

    Matrias-Primas para Alimentos Elaborados / Industrializados", aprovado

    pela Portaria n 368/1997, para os seguintes itens:

    Localizao e adequao dos currais finalidade;

    Condies gerais das edificaes;

    Controle de pragas;

    gua de abastecimento;

    Eliminao de resduos orgnicos;

    Rotina de trabalho e procedimentos gerais de manipulao;

    Equipamentos, vasilhame e utenslios;

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 41 de 105

    Proteo contra a contaminao da matria-prima;

    Acondicionamento, refrigerao, estocagem e transporte.

    Alm dos requisitos gerais, deve-se atender s seguintes especificaes:

    As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prvia lavagem

    com gua corrente, seguindo-se secagem com toalhas descartveis e

    incio imediato da ordenha, com descarte dos jatos iniciais de leite em

    caneca de fundo escuro ou em outro recipiente especfico para essa

    finalidade;

    Em casos especiais, como os de alta prevalncia de mamite

    causada por microrganismos do ambiente, pode-se adotar o sistema de

    desinfeco das tetas antes da ordenha, mediante tcnica e produtos

    desinfetantes apropriados, adotando-se rigorosos cuidados para evitar a

    transferncia de resduos desses produtos para o leite (secagem criteriosa

    das tetas antes da ordenha).

    Aps a ordenha, desinfetar imediatamente as tetas com produtos

    apropriados. Os animais devem ser mantidos em p pelo tempo suficiente

    para que o esfncter da teta volte a se fechar. Para isso, recomenda-se

    oferecer alimentao no cocho aps a ordenha.

    O leite obtido deve ser coado em recipiente apropriado de ao

    inoxidvel, nilon, alumnio ou plstico atxico e refrigerado em at 3 h

    (trs horas). A limpeza do equipamento de ordenha e do equipamento de

    refrigerao do leite deve ser feita usando-se material e utenslios

    adequados, bem como detergentes inodoros e incolores.

    Para produo do leite tipo A, algumas outras exigncias no

    controle da matria-prima devem ser cumpridas pela Granja

    Leiteira, conforme veremos no item 2.9.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 42 de 105

    EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAO

    2V FKDPDGRV UHVIULDGRUHV GH OHLWH Gevem ter capacidade mnima de armazenar a produo de acordo com a estratgia de coleta pelo

    transportador, sendo geralmente por expanso direta ou imerso.

    Os tanques de refrigerao por EXPANSO DIRETA devem ser

    dimensionados de modo tal que permita refrigerar o leite at temperatura

    igual ou inferior a 4C (quatro graus Celsius) no tempo mximo de 3h

    (trs horas) aps o trmino da ordenha, independentemente de sua

    capacidade.

    Os tanques de refrigerao por IMERSO devem ser dimensionados de

    modo tal que permita refrigerar o leite at temperatura igual ou inferior a

    7C (sete graus Celsius) no tempo mximo de 3h (trs horas) aps o

    trmino da ordenha, independentemente de sua capacidade.

    TANQUES COMUNITRIOS

    SOMENTE PERMITIDO UTILIZAR COLETIVAMENTE OS TANQUES DE

    REFRIGERAO A GRANEL ("TANQUES COMUNITRIOS"), SE FOREM

    DO TIPO EXPANSO DIRETA. NO PERMITIDO ACUMULAR, EM

    DETERMINADA PROPRIEDADE RURAL, A PRODUO DE MAIS DE UMA

    ORDENHA PARA ENVI-LA UMA NICA VEZ POR DIA AO TANQUE

    COMUNITRIO.

    Os lates devem ser higienizados logo aps a entrega do leite, atravs do

    enxgue com gua corrente e a utilizao de detergentes biodegradveis

    e escovas apropriadas.

    A capacidade do tanque de refrigerao para uso coletivo deve ser

    dimensionada de modo a propiciar condies mais adequadas de

    operacionalizao do sistema, particularmente no que diz respeito

    velocidade de refrigerao da matria-prima.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 43 de 105

    COLETA DE AMOSTRAS

    Devem ser realizadas coletas de amostras nos tanques de

    refrigerao individuais localizados nas propriedades rurais e nos

    tanques comunitrios para anlises laboratoriais oficiais, dentro da

    frequncia e para os itens de qualidade estipulados, conforme adiante.

    No caso de tanques comunitrios, devem ser enviadas juntamente com a

    amostra do tanque amostras individualizadas de todos os

    produtores que utilizam os tanques comunitrios, as quais devem ser

    colhidas antes da entrega do leite nos tanques e mantidas em

    temperatura de refrigerao de at 7C at o envio ao laboratrio.

    Amostras de leites coletados nas fazendas so enviadas aos laboratrios

    credenciados. Devido aos interesses comuns, tanto os produtores como

    os laticnios precisam saber oficialmente das reais condies da qualidade

    do leite negociado. A forma de remunerao ao produtor, estipulada pelo

    PNQL, tem como base a qualidade na composio fsico-qumica e

    microbiolgica do leite. Por isso, regularmente so enviadas amostras dos

    leites adquiridos pelas indstrias aos laboratrios de sua regio que

    integram o Programa do Leite. Esses laboratrios so conhecidos como

    Rede Brasileira de Qualidade do Leite ou Rede Brasileira de Laboratrios

    de Controle de Qualidade do Leite (RBQL). Com o resultado das anlises

    do seu leite, o produtor, a indstria e o Ministrio da Agricultura Pecuria

    e Abastecimento (MAPA) monitoram em tempo real a qualidade do leite

    produzido no Brasil, bem como possibilitam rastrear as condies

    sanitrias do rebanho leiteiro nacional.

    DanielaHighlight

    DanielaHighlightPrograma Nacional de Melhoria da Qualidade doLeite

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 44 de 105

    Na tabela abaixo, veremos quais so os requisitos estipulados para

    controle da matria-prima (leite cru), que devem ser atendidos pelos

    produtores, conforme a regio de produo e de acordo com o prazo

    estipulado para atendimento.

    REQUISITOS DE CONTAGEM PADRO EM PLACAS (CPP UFC/mL) e

    CONTAGEM DE CLULAS SOMTICAS (CCS/mL) PARA O LEITE CRU

    de acordo com a REGIO (S/SE/CO/N/NE) e com o PRAZO

    ESTIPULADO PARA ATENDIMENTO:

    FONTE: IN 62/2011

    Na produo do leite tipo A, so

    aplicveis outros requisitos no

    controle da matria-prima conforme

    veremos no item 2.9!

    Pesquisa de resduos de antibiticos/outros inibidores de crescimento microbiano: limites mximos (LMR) previstos no Programa Nacional de Controle de Resduos e Contaminantes (PNCRC) do MAPA

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 45 de 105

    2.8.2. Transporte do leite cru

    exceo do leite tipo A, que produzido, beneficiado e

    envasado na prpria Granja Leiteira, logo aps a obteno do leite na

    propriedade, a prxima etapa o transporte para o beneficiamento. O

    procedimento mais adequado para o controle da contaminao e a

    manuteno de uma boa qualidade a refrigerao do leite na prpria

    propriedade, imediatamente aps a ordenha. Porm, admite-se o

    transporte do leite em lates ou tarros e em temperatura ambiente,

    desde que:

    O estabelecimento processador concorde em aceitar trabalhar com

    esse tipo de matria-prima;

    A matria-prima atinja os padres de qualidade fixados pela IN

    62/2011;

    O leite seja entregue ao estabelecimento processador no mximo

    at 2h (duas horas) aps a concluso da ordenha;

    O estabelecimento industrial que receber leite em lates dever

    realizar todas as anlises exigidas para leite de conjunto de

    produtores, por lato.

    O transporte geralmente feito atravs de veculos isotrmicos

    (caminhes/carros-tanque), em circuito fechado. Nestes casos, a

    mangueira coletora deve ser constituda de material atxico e apto para

    entrar em contato com alimentos e apresentar-se internamente lisa, de

    fcil higienizao. Todo caminho transportador deve ser,

    obrigatoriamente, submetido limpeza e sanitizao aps cada

    descarregamento de leite, juntamente com os seus componentes e

    acessrios. ESTE PROCEDIMENTO FUNDAMENTAL PARA SE

    EVITAR A CONTAMINAO CRUZADA.

    O funcionrio encarregado da coleta deve receber treinamento

    bsico sobre higiene, anlises preliminares do produto e coleta de

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 46 de 105

    amostras, podendo ser o prprio motorista do carro-tanque. ELE QUE

    REALIZAR A COLETA POR PRODUTOR, NO MOMENTO EM QUE CHEGAR

    NA PROPRIEDADE, DEVENDO REJEITAR O LEITE QUE NO ATENDER S

    EXIGNCIAS.

    A transferncia do leite do tanque de refrigerao por expanso

    direta para o carro-tanque deve se processar sempre em circuito

    fechado.

    O tempo transcorrido entre a ordenha inicial e seu

    recebimento no estabelecimento que vai benefici-lo

    (pasteurizao, esterilizao, etc.) deve ser no mximo de 48h

    (quarenta e oito horas), recomendando-se como ideal um perodo

    de tempo no superior a 24h (vinte e quatro horas).

    A eventual passagem do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural

    por um Posto de Refrigerao implica sua refrigerao em equipamento a

    placas at temperatura no superior a 4C, admitindo-se sua

    permanncia nesse tipo de estabelecimento pelo perodo mximo de 6

    horas.

    Antes do incio da coleta, o leite deve ser agitado com utenslio

    prprio e ter a temperatura anotada, realizando-se a PROVA DE

    ALIZAROL na concentrao mnima de 72% v/v.

    No caso de tanque de expanso comunitrio, o responsvel pela

    recepo do leite e manuteno das suas adequadas condies

    operacionais deve realizar a PROVA DO ALIZAROL na concentrao

    mnima de 72% v/v no leite de cada lato antes de transferir o seu

    contedo para o tanque, no prprio interesse de todos os seus usurios.

    COMPARTIMENTOS

    CARRO-TANQUE

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 47 de 105

    Este procedimento visa evitar a mistura de leites de qualidade muito

    inferior (acidez), o que poderia levar condenao de todo o tanque

    comunitrio.

    O leite que apresentar qualquer anormalidade ou no estiver

    refrigerado at a temperatura mxima admitida pela legislao

    em vigor no deve ser coletado a granel!

    2.8.3. Beneficiamento do leite

    O leite aps ter passado pela obteno higinica (ordenha), ter sido

    coletado na fazenda e transportado, finalmente chegar ao laticnio.

    Logo ao ser recebido na plataforma de recepo, o leite deve ser

    submetido a algumas anlises preliminares antes da liberao para seguir

    QR X[R GD OLQKD GH SURGXomR (YLGHQWHPHQWH TXH HVVHV FDPLQKRV Dserem percorridos pelo leite vo depender da estrutura da indstria e de

    quais setores de processamento essa matria-prima ser destinada.

    VAMOS VER AGORA QUAIS AS ETAPAS DENTRO DA INDSTRIA?

    1. RECEPO DO LEITE NA PLATAFORMA

    Ao chegar plataforma de recepo do laticnio, amostras de leite

    so coletadas diretamente no caminho (POR COMPARTIMENTO) e

    so realizadas anlises laboratoriais rpidas. So observados tambm

    outros aspectos relacionados s caractersticas de cor, odor e textura, e

    principalmente a TEMPERATURA na recepo (7 a 10C).

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 48 de 105

    Segundo a IN 62/2011:

    8.1. O leite do produtor cujas anlises revelarem resultados fora do padro deve ser, obrigatoriamente, submetido a nova coleta para anlises

    em at 30 (trinta) dias. Nesse caso, o produtor deve ser comunicado da

    anormalidade para que adote as aes corretivas necessrias para o

    atendimento aos padres de qualidade do leite.

    8.2. O leite que no atenda aos requisitos de qualidade deve sofrer

    destinao conforme Plano de Controle de Qualidade do estabelecimento,

    que deve tratar da questo baseando-se nas Normas de Destinao do

    Leite e Derivados. Um exemplo prtico: se for constatada a presena de antibiticos

    no leite, acima do LMR, ou a utilizao de algum medicamento

    proibido, todo aquele compartimento deve ter uma destinao que

    no o consumo humano (exemplo: destinado ao aterro sanitrio).

    Como no compartimento podem ter diferentes produtores, feita

    a anlise das amostras individuais colhidas pelo transportador no

    momento da coleta do leite na propriedade rural. Desta forma

    consegue-se identificar o produtor que violou o procedimento.

    PCCQUMICO

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 49 de 105

    POR ISTO A IMPORTNCIA DA RASTREABILIDADE DO LEITE!!!

    3DUD ILQs de rastreamento da origem do leite, fica expressamente proibida a recepo de Leite Cru Refrigerado transportado em veculo de

    propriedade de pessoas fsicas ou jurdicas independentes ou no

    vinculadas formal e comprovadamente ao Programa de Coleta a Granel

    dos estabelecimentos sob Servio de Inspeo Federal (SIF) que realizem

    qualquer tipo de processamento industrial ao leite, incluindo-se sua

    VLPSOHVUHIULJHUDomR Item 9.2.5 da IN 62/2011.

    COMPOSIO E REQUISITOS FSICO-QUMICOS

    Gordura (g/100g) teor original com no mnimo 3,0%

    Acidez (g c. lctico/100 mL) 0,14 a 0,18

    Densidade relativa 15C (g/mL) 1028 a 1034

    ndice crioscpico mximo 0,530 H a -0,550H (-0,512C a -0,531C)

    Extrato seco desengordurado (ESD)

    (g/100g) mn 8,4%

    Protena total (g/100g) mn 2,9

    Fonte: IN 62/2011

    proibida a padronizao ou desnate na propriedade rural!!

    2. BOMBEAMENTO/FILTRAO

    Aps serem realizadas todas as anlises e for constatado que o

    leite atende os padres estipulados, procede-se o descarregamento do

    caminho. O leite bombeado para os tanques de recebimento, passando

    pela etapa de FILTRAO, considerada um Ponto Crtico de Controle

    Fsico (PCCF), devido possibilidade da presena de partculas fsicas no

    leite que devem ser retidas nesta etapa.

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 50 de 105

    A filtrao tem como objetivo a remoo das partculas presentes

    no produto. Pode ser dividida em:

    Primria: retm as impurezas visveis;

    Secundria: retm as impurezas menores, invisveis a olho nu

    (uso de malha muito fina).

    Uma preocupao relevante aqui a limpeza desses filtros, que

    podem se tornar fonte de contaminao para o leite, se no for

    corretamente higienizado.

    RIISPOA Art. 515 (QWHQGH-se por filtrao a retirada por processo mecnico das impurezas do leite, mediante centrifugao ou passagem em tecido filtrante prprio, sob

    presso.

    1 - Todo leite destinado ao consumo deve ser filtrado, antes de qualquer outra

    operao de beneficiamento.

    2 - O filtro de presso deve ser de fcil desmontagem, preferindo-se os isolados com

    tecido filtrante de WH[WXUDIURX[DHSHQXJHPORQJDXWLOL]iYHLVXPD~QLFDYH]

    3. REFRIGERAO

    Etapa responsvel por conservar o leite at o tratamento trmico.

    Vocs j sabem que o leite deve ser mantido a temperaturas prximas a

    4C, para se evitar a multiplicao bacteriana e o aumento da acidez. O

    objetivo de se manter as temperaturas baixas criar um meio

    desfavorvel a sua deteriorao. No s a multiplicao dos

    microrganismos indesejveis diminui significativamente, como tambm h

    uma expressiva reduo na atividade enzimtica desse leite. Com isso,

    consegue-se preservar a qualidade mais tempo.

    Considerando que o leite pode chegar indstria at 10C, como

    j vimos, importante que este produto seja novamente resfriado, at

    que se inicie o tratamento trmico programado (pasteurizao/UHT).

    Caso o leite no seja utilizado em seguida, deve ficar estocado em

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

    DanielaHighlight

  • Tecnologia e Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal: Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge Aula 01

    Prof. Aline Meloni e Prof. Nicolle Fridlund Plugge www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 51 de 105

    tanques isotrmicos, com agitador mecnico. Lembrando que o leite deve

    seguir o fluxo o MAIS RPIDO POSSVEL.

    4. PR-AQUECIMENTO/TERMIZAO

    Etapa responsvel pela reduo da carga microbiana, alm de

    facilitar a homogeneizao.

    Segundo o artigo 516 do RIISPOA:

    (QWHQGH-se por pr-aquecimento (termizao) a aplicao do calor ao leite em apare