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Rua das Marrecas, 15 Centro CEP 20031-120. Rio de Janeiro RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202 Atualização da 7ª edição do Manual de Direito Previdenciário Hugo Goes Orientações: Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método: 1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde. Página 6 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul. 1.8 Ministério da Previdência Social Em 1971, foi criado o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS); A partir de 1º de fevereiro de 1961, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio passou a denominar-se Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 3.782/1960, art. 10). Pela primeira vez, a Previdência Social Brasileira adquiria status de Ministério. Em 1974, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), desvinculado do Ministério do Trabalho (Lei 6.036, de 1º de maio de 1974). A Lei 8.028, de 12 de abril de 1990, extinguiu o Ministério da Previdência e Assistência Social e restabeleceu o Ministério do Trabalho e da Previdência Social. A Lei 8.490, de 19 de novembro de 1992, extinguiu o Ministério do Trabalho e da Previdência Social e restabeleceu o Ministério da Previdência Social (MPS) e o Ministério do Trabalho. A Medida Provisória 813, de 1° de janeiro de 1995, transformou o Ministério da Previdência Social (MPS) em Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). A Lei 10.683, de 28/5/2003, reorganizou os Ministérios; o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério da Previdência Social (MPS). Atualmente, a assistência social está vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

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Rua das Marrecas, 15 – Centro – CEP 20031-120. Rio de Janeiro – RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202

Atualização da 7ª edição do Manual de Direito Previdenciário

Hugo Goes

Orientações:

Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método:

1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho.

2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul.

3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde.

Página 6 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

1.8 Ministério da Previdência Social

Em 1971, foi criado o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS); A partir de 1º de

fevereiro de 1961, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio passou a denominar-se

Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 3.782/1960, art. 10). Pela primeira vez, a

Previdência Social Brasileira adquiria status de Ministério.

Em 1974, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), desvinculado

do Ministério do Trabalho (Lei 6.036, de 1º de maio de 1974).

A Lei 8.028, de 12 de abril de 1990, extinguiu o Ministério da Previdência e Assistência

Social e restabeleceu o Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

A Lei 8.490, de 19 de novembro de 1992, extinguiu o Ministério do Trabalho e da

Previdência Social e restabeleceu o Ministério da Previdência Social (MPS) e o Ministério do

Trabalho.

A Medida Provisória 813, de 1° de janeiro de 1995, transformou o Ministério da

Previdência Social (MPS) em Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).

A Lei 10.683, de 28/5/2003, reorganizou os Ministérios; o Ministério da Previdência e

Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério da Previdência Social (MPS).

Atualmente, a assistência social está vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome.

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Páginas 13 e 14 – Alterar o verde; Excluir o tachado e realçado em vermelho;

Acrescentar o azul.

Para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem ingressado

no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência Complementar acima

referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos de benefícios, aplica-se o

limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) às

aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)

da União. Para os que já tinham ingressado no serviço público antes da vigência da Funpresp, o

teto do RGPS somente será aplicado mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16).

Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é R$4.390,24.

De acordo com o art. 30 da Lei 12.618/2012, considera-se instituído o Regime de

Previdência Complementar de que trata esta Lei a partir da data da publicação pelo órgão

fiscalizador da autorização de aplicação dos regulamentos dos planos de benefícios de qualquer

das entidades (Funpresp-Exe, Funpresp-Leg e Funpresp-Jud). O órgão fiscalizador das entidades

fechadas de previdência complementar é a PREVIC.

No Diário Oficial da União do dia 04/02/2013, foi publicada a Portaria PREVIC

MPS/PREVIC/DITEC 44/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano Executivo

Federal, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal

do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 04/02/2013, começa a vigência da

Funpresp Funpresp-Exe, para os servidores federais titulares de cargo efetivo do Poder Executivo.

Portanto, para os servidores federais que tiverem ingressado no serviço público a partir dessa

data, aplica-se o teto do RGPS às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da

União.

No Diário Oficial da União do dia 07/05/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC

239/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Poder Legislativo

Federal – LegisPrev, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor

Público Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 07/05/2013, começa a

vigência da Funpresp para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo

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Federal e para os membros do Tribunal de Contas da União.

No Diário Oficial da União do dia 14/10/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC

559/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Judiciário da

União, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público, a ser

administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder

Judiciário – Funpresp-Jud. Assim, a partir do dia 14/10/2013, começa a vigência Funpresp-Jud para

os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Judiciário Federal, para os magistrados

federais e para os membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério

Público.

2 Conceituação

Página 26 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

3.3. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços (CF, art. 194,

parágrafo único, III)

A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios

e serviços a serem mantidos pela seguridade social, enquanto a distributividade direciona a

atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de

proteção.1 Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos apenas aos

“necessitados”; os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão concedidos aos

beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda mensal inferior ou igual

a R$ 1.025,81).2

1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 87.

2 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF 19, de 10/01/2014.

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Página 99 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul; Alterar

o verde.

O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por pequeno prazo

determinado ou de trabalhadores eventuais autônomos, em épocas de safra, à razão de, no

máximo, 120 pessoas por dia dentro do no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou,

ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de 8 horas/dia e 44 horas/semana

não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de

auxílio-doença. (Lei 8.213/91, art. 11, §7º). Esta relação pessoas/dia significa o seguinte: o

segurado especial poderá, por exemplo, contratar dois empregados e mantê-los por até 60 dias.

Se contratar 4 empregados, poderá mantê-los por 30 dias, e assim por diante. Contratando uma

quantidade de empregados superior ao limite estabelecido, o produtor rural torna-se contribuinte

individual.

A duração do contrato de emprego rural por pequeno prazo será de, no máximo, dois

meses dentro do período de um ano. A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que,

dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho

por prazo indeterminado (Lei nº 5.889/73, art. 14-A, § 1º).

Para verificar se a quantidade de trabalhadores contratados pelo segurado especial

ultrapassa ou não o limite estabelecido em lei, multiplica-se a quantidade de trabalhadores pela

quantidade de dias trabalhados. O resultado dessa multiplicação não pode superar 120.

2.1.4.2 Local da residência do segurado especial

Página 104 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

V – A utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de

beneficiamento ou industrialização artesanal; e

VI – A associação em cooperativa agropecuária; e

VII – a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI sobre o produto das

atividades desenvolvidas nos termos do § 12 do art. 11 da Lei 8.213/91.

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Conforme o § 12 do art. 11 da Lei 8.213/91, a participação do segurado especial em

sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de

empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou

agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar 123/2006, não o exclui

de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma

estabelecida na Lei 8.213/91, art. 11, VII e § 1º, a pessoa jurídica componha-se apenas de

segurados de igual natureza [ou seja, apenas de segurados especiais] e sedie-se no mesmo

Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades.

Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele realizado

diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência do

Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI (Lei nº 8.212/91, art. 25, § 11).

Em regra, nos contratos de parceria ou meação, somente o outorgado (quando exerce a

atividade individualmente ou em regime de economia familiar) é segurado especial. Todavia, à luz

do art. 11, § 8º, I, da Lei nº 8.213/91, também será considerado segurado especial o outorgante

que tenha imóvel rural com área total de, no máximo, quatro módulos fiscais, que ceder em

parceria, meação ou comodato até 50% do imóvel rural, desde que outorgante e outorgado

continuem a exercer a atividade individualmente ou em regime de economia familiar.

Página 105 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir e acrescentar também a nota de rodapé.

III – Exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso3, não

superior a 120 dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no §

13 do art. 12 da Lei nº 8.212/91;4

3 Defeso é o período em que a pesca é proibida para garantir a reprodução dos peixes.

4 Lei 8.212/91, art. 12, § 13. O disposto nos incisos III e V do § 10 e no § 14 deste artigo não dispensa o recolhimento

da contribuição devida em relação ao exercício das atividades de que tratam os referidos dispositivos.

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Páginas 139 e 140 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

A inscrição do segurado em qualquer categoria exige a idade mínima de 16 anos, exceto a

do aprendiz, que é permitida a partir dos 14 anos.

A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo grupo

familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação: (a) da forma do exercício da

atividade, se individual ou em regime de economia familiar; (b) da condição no grupo familiar, se

titular ou componente; (c) do tipo de ocupação do titular de acordo com tabela do Código

Brasileiro de Ocupações; (d) da forma de ocupação do titular vinculando-o à propriedade ou

embarcação em que trabalha; (e) da propriedade em que desenvolve a atividade, se nela reside ou

o município onde reside; e (f) quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável

pelo grupo familiar.

A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao respectivo grupo

familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da propriedade em que

desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e, quando for o

caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo grupo familiar (Lei 8.213/91, art. 17, §

4º).

O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário do imóvel rural

ou da embarcação em que desenvolve sua atividade deve informar, no ato da inscrição, conforme

o caso, o nome e o CPF do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou

assemelhado (RPS, art. 18, § 8º).

Simultaneamente com a inscrição do segurado especial, será atribuído ao grupo familiar

número de Cadastro Específico do INSS – CEI, para fins de recolhimento das contribuições

previdenciárias (Lei 8.213/91, art. 17, §6º).

O produtor rural pessoa física, poderá realizar contratação de trabalhador rural por

pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. Entende-se por pequeno

prazo aquele limitado a 2 (dois) meses dentro do período de 1 (um) ano. A filiação e a inscrição

deste trabalhador na Previdência Social decorrem, automaticamente, da sua inclusão pelo

empregador na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à

Previdência Social – GFIP (Lei 5.889/73, art. 14-A).

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Página 175 – Na última coluna da tabela, acrescentar a linha azul.

O RESTANTE DA TABELA PERMANECE INALTERADO

⇨ Aposentadoria por

invalidez

⇨ Aposentadoria por

idade

⇨ Aposentadoria por

tempo de contribuição

⇨ Aposentadoria especial

⇨ Aposentadoria da

pessoa com deficiência

⇨ Auxílio-doença

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Páginas 176 e 177 – Acrescentar as linhas azuis.

O RESTANTE DA TABELA PERMANECE INALTERADO

Aposentadoria

Especial

Sim Não (Obs. 3) Não Não

Aposentadoria

por tempo de

contribuição da

pessoa com

deficiência

Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não

Aposentadoria

por idade da

pessoa com

deficiência

Sim Sim Sim Não

Auxílio-doença Sim Sim Sim Não

[...]

Observações:

1) O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de

trabalho com empresa ou equiparado, o microempreendedor individual e o segurado

facultativo que contribuam com a alíquota de 11% ou 5% sobre um salário mínimo,

não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição (Lei nº 8.213/91, art. 18, §

3º), nem à aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência (RPS,

art. 70-B e art. 199-A).

2) O segurado especial somente terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição e

à aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência se contribuir,

facultativamente, com a alíquota de 20% sobre o salário-de-contribuição (RPS, art. 39,

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§ 2º, II e art. 70-B, parágrafo único).

3) A pessoa física filiada à cooperativa de trabalho ou de produção, mesmo sendo

considerado contribuinte individual, faz jus ao benefício da aposentadoria especial.

Página 182 – Acrescentar o azul.

Benefício Carência

Aposentadoria por idade, por tempo de

contribuição, especial e aposentadoria da

pessoa com deficiência.

Em regra, 180 contribuições mensais.

Aposentadoria por invalidez e auxílio-

doença.

Em regra, 12 contribuições mensais.

Salário-maternidade. Para as seguradas contribuinte individual,

especial e facultativa: 10 contribuições

mensais.

Página 186 – Acrescentar o azul.

O RESTANTE DA TABELA PERMANECE INALTERADO

Benefício Salário de benefício (SB)

Aposentadoria por idade, aposentadoria por

tempo de contribuição e aposentadoria da

pessoa com deficiência.

Média aritmética simples dos maiores

salários de contribuição correspondentes a

80% de todo o período contributivo,

multiplicada pelo fator previdenciário.

O fator previdenciário é obrigatório na

aposentadoria por tempo de contribuição e

facultativo na aposentadoria por idade e na

aposentadoria da pessoa com deficiência.

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Página 187 – Acrescentar o azul.

Tratando-se de aposentadoria por idade e de aposentadoria da pessoa com deficiência, o

INSS calculará o salário-de-benefício de duas formas diferentes: a primeira, aplicando o fator

previdenciário; a segunda, sem a aplicação do fator previdenciário. Será concedido ao segurado o

que resultar mais vantajoso.

Página 194 – Alterar o verde.

Tábua de expectativa de vida – IBGE 2012 – ambos os sexos

Idade exata Expectativa de vida Idade exata Expectativa de vida

45 anos 33,9 anos 56 anos 24,7 anos

46 anos 33,0 anos 57 anos 23,9 anos

47 anos 32,1 anos 58 anos 23,2 anos

48 anos 31,3 anos 59 anos 22,4 anos

49 anos 30,4 anos 60 anos 21,6 anos

50 anos 29,6 anos 61 anos 20,9 anos

51 anos 28,8 anos 62 anos 20,1 anos

52 anos 27,9 anos 63 anos 19,4 anos

53 anos 27,1 anos 64 anos 18,7 anos

54 anos 26,3 anos 65 anos 18,0 anos

55 anos 25,5 anos 66 anos 17,3 anos

Páginas 195 e 196 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Exemplo 1: Maria Marta, 47 anos de idade, contribui para a previdência desde os 17 anos de

idade, contando com 30 anos de contribuição. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a

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tabela do IBGE, é de 32,1 anos. Qual é o valor do fator previdenciário?

Resposta:

Es = 32,1;

Tc = 30 + 5 = 35 (acréscimo para mulheres);

Id = 47;

a = 0,31.

f = 35 x 0,31 x [1 + (47 + 35 x 0,31) ] = 0,53

32,1 100

Exemplo 2: Joaquim José, 65 anos de idade, após completar 34 anos de contribuição, requereu

aposentadoria por idade. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de 18,0

anos. Qual é o valor do fator previdenciário?

Resposta:

Es = 18,0;

Id = 65;

Tc = 34;

a = 0,31.

f = 34 x 0,31 x [1 + (65 + 34 x 0,31) ] = 1,03

18 100

O Plenário do STF, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, entendeu constitucional o fator

previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação

dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999.

1.3 Limites da renda mensal do benefício

A regra é que a renda mensal do benefício não terá valor inferior ao do salário mínimo

(hoje, R$724,00), nem superior ao limite máximo do salário de contribuição (hoje, R$4.390,24),5

respeitados os direitos adquiridos.

5 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF 19, de 10/01/2014.

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Página 201 – Alterar o verde.

Os benefícios do RGPS serão reajustados na mesma data de reajuste do salário mínimo,

mas não necessariamente pelo mesmo índice de reajuste do salário mínimo. Em janeiro de 2014,

por exemplo, os benefícios do RGPS foram reajustados em 5,56% (Portaria MPS/MF 19/2014),

enquanto o salário mínimo foi reajustado em 6,78% (Decreto 8.166/2013).

Páginas 209 – Acrescentar o azul.

A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, em certos

casos, recuperar-se. Por isso, o segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer

tempo, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a

exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito

e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue,

que são facultativos. Os exames médico-periciais serão realizados bienalmente.

O Estatuto do Idoso assegura ao idoso enfermo o atendimento domiciliar pela perícia

médica do INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado ou

conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde – SUS, para expedição do laudo de saúde

necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção tributária (Lei 10.741/2003, art. 15, §

6º).

O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade deverá solicitar a

realização de nova avaliação médico-pericial.

Páginas 246 e 247 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado

empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado

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Rua das Marrecas, 15 – Centro – CEP 20031-120. Rio de Janeiro – RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202

a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e

cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a

integridade física (RPS, art. 64).

A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante

o INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em

condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo

de 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso.

A concessão da aposentadoria especial dependerá da comprovação, durante o período

mínimo de quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso:

I – do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; e

II – da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a

associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.

Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física aquelas

nas quais a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de

trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos ou

esteja caracterizada segundo os critérios da avaliação qualitativa. A avaliação qualitativa de riscos

e agentes nocivos será comprovada mediante descrição:

I – das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou

associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a

jornada;

II – de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no item

anterior; e

III – dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a

intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato.

Como exceção à regra geral, a presença no ambiente de trabalho de agentes nocivos

reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego,

será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador (RPS, art. 68, § 4º). Nesse

caso, não se leva em consideração o critério quantitativo. A simples existência do agente seria

potencialmente suficiente para produzir a patologia e, portanto, não haveria nível seguro de

exposição. Sendo assim, uma vez exposto, teria direito o segurado ao tempo especial.

Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não

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ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do

cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço

(RPS, art. 65).

O termo intermitente significa algo que para e recomeça (sofre interrupções). O que não

sofre interrupções é ininterrupto. O que sofre várias interrupções é intermitente.

Página 248 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul; Alterar

o verde.

2.4.1 Comprovação da exposição

A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante

formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário (PPP), emitido pela empresa ou seu

preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico

do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho (RPS, art. 68, § 3º). A cooperativa de trabalho

e a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão de obra

elaborarão o referido formulário com base nos laudos técnicos de condições ambientais de

trabalho emitidos pela empresa contratante, quando o serviço for prestado em estabelecimento

da contratante (RPS, art. 68, § 11).

O PPP é o documento histórico-laboral do trabalhador que, entre outras informações, deve

conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos.

A empresa deverá elaborar e manter atualizado o PPP, abrangendo as atividades

desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou

do desligamento do cooperado, cópia autêntica deste documento.

Do laudo técnico deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção

coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia de

proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos limites

de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista.

As avaliações ambientais deverão considerar a classificação dos agentes nocivos e os

limites de tolerância estabelecidos pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os

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procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e

Medicina do Trabalho – Fundacentro.

O que determina o direito ao benefício é a exposição do trabalhador ao agente nocivo

presente no ambiente de trabalho e no processo produtivo, em nível de concentração superior

aos limites de tolerância estabelecidos.

O INSS definirá os procedimentos para fins de concessão da aposentadoria especial,

podendo, se necessário, inspecionar o local de trabalho do segurado para confirmar as

informações contidas no PPP e no laudo técnico.

No referido laudo técnico, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de

proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado com observância das

normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos procedimentos estabelecidos pelo

INSS. A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos

existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de

comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às

penalidades previstas na legislação.

O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de aposentadoria especial,

podendo, se necessário, confirmar as informações contidas no mencionado laudo técnico.

A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador,

contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral, documento que a ele deverá

ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho,

sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável. Considera-se perfil

profissiográfico o documento com o histórico laboral do trabalhador, segundo modelo instituído

pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o

nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os resultados de

monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes. O trabalhador ou seu

preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu perfil profissiográfico,

podendo inclusive solicitar a retificação de informações quando em desacordo com a realidade do

ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de Estado da

Previdência Social.

Nas avaliações ambientais, deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV do

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RPS, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat

Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO. Na hipótese de não terem sido

estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos de avaliação, cabe ao

Ministério do Trabalho e Emprego definir outras instituições que os estabeleçam.

2.4.2 Agentes nocivos

Página 251 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a

condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas

o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados

após conversão, conforme tabela abaixo, devendo ser considerada a atividade preponderante

para efeito de enquadramento. Na referida conversão, não serão considerados os períodos em

que a atividade exercida não estava sujeita a condições especiais. A mencionada conversão será

feita segundo a tabela abaixo:

Página 259 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

Todavia, de acordo com o parágrafo único do art. 69 do RPS, se o segurado retornar ao

exercício de atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos, que prejudiquem sua

saúde ou integridade física, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que

seja a forma de prestação do serviço, ou categoria de segurado, terá sua aposentadoria especial

automaticamente cessada, a partir da data do retorno à atividade o segurado que retornar ao

exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos constantes do Anexo

IV do RPS, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de

prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da cessação do

pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado da data de emissão

da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação

foi encerrado. Além disso, o STJ tem admitido a renúncia à aposentadoria sob regime geral para

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efeito de aproveitamento do respectivo tempo de contribuição em Regime Próprio de Previdência

Social.6

Páginas 260 e 261 – Acrescentar o azul.

Cessação do

benefício

Em regra, com a morte do segurado, mas também cessará se o

segurado retornar a atividade que o sujeite aos agentes

nocivos, que prejudiquem sua saúde ou integridade física.

2.5 Aposentadoria da pessoa com deficiência

No tocante aos segurados portadores de deficiência, o § 1º do art. 201 da Constituição

Federal prevê a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria,

nos termos definidos em lei complementar.

A Lei Complementar 142, de 8 de maio de 2013, regulamentou o § 1º do art. 201 da

Constituição Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime

Geral de Previdência Social – RGPS.

A aposentadoria da pessoa com deficiência pode ser por tempo de contribuição ou por

idade.

2.5.1 Aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência

A aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, cumprida a

carência, é devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso,

contribuinte individual e facultativo, que cumpra os seguintes requisitos:

I – aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com

deficiência, se homem, e vinte anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência

grave;

II – aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com

deficiência, se homem, e vinte e quatro anos, se mulher, no caso de segurado com

6 STJ, REsp 663.336/MG, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 5ª T, DJ 07/02/2008, p. 1.

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deficiência moderada; e

III – aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com

deficiência, se homem, e vinte e oito anos, se mulher, no caso de segurado com

deficiência leve.

Para uma melhor memorização, repito os requisitos acima por meio de uma tabela:

O segurado especial, desde que recolha contribuições com alíquota de 20% sobre o salário

de contribuição, durante os períodos supramencionados, também terá direito à aposentadoria por

tempo de contribuição da pessoa com deficiência.

O grau de deficiência será atestado por perícia própria do Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos para esse fim (LC 142/2013, art. 5º).

A existência de deficiência anterior à data da vigência da Lei Complementar 142/2013

deverá ser certificada, inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da primeira avaliação, sendo

obrigatória a fixação da data provável do início da deficiência. A comprovação de tempo de

contribuição na condição de segurado com deficiência em período anterior à entrada em vigor da

Lei Complementar 142/2013 não será admitida por meio de prova exclusivamente testemunhal. A

Lei Complementar 142/2013 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 09/05/2013 e,

conforme o seu artigo 11, entrou em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação

oficial.

É assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado

com deficiência relativo à filiação ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público

ou a regime de previdência militar, devendo os regimes compensar-se financeiramente (LC

142/2013, art. 9º, II).

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2.5.1.1 Segurado que, após a filiação ao RGPS, torna-se pessoa com deficiência, ou tem seu grau

de deficiência alterado

Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver

seu grau de deficiência alterado, o tempo de contribuição será proporcionalmente ajustado e os

respectivos períodos serão somados após conversão, conforme as tabelas abaixo, considerando o

grau de deficiência preponderante:

Dica: Não precisa memorizar a tabela acima. Para calcular o multiplicador de uma forma

rápida e simples, basta dividir o “tempo para” pelo “tempo de”. Por exemplo, para

encontrar o multiplicador da conversão de um tempo de 25 anos para 33 anos, basta

dividir 33 por 25, que é igual a 1,32.

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O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado cumpriu maior tempo

de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo

necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e para a

conversão (RPS, art. 70-E, § 1º). Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de

pessoa sem deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após

aplicação da conversão (RPS, art. 70-E, § 2º).

Exemplo:

João trabalhou 30 anos como empregado da empresa Delta S.A, na condição de pessoa

com deficiência. Durante os primeiros 8 anos de trabalho, a deficiência tinha grau leve e

nos 22 anos seguintes, grau moderado. Nesse caso, o grau de deficiência preponderante é

o moderado, cuja aposentadoria exige, para homem, 29 anos de contribuição. Os primeiros

8 anos serão multiplicados por 0,88, para fins de ajuste (de 33 para 29), resultando em 7,04

anos. Depois do ajuste, o segurado passa a ter 29,04 anos de contribuição (7,04 + 22 =

29,04). Como a aposentadoria do homem com deficiência moderada exige, no mínimo, 29

anos de contribuição e João já conta com 29,04 anos, conclui-se que ele já adquiriu direito

à aposentadoria.

2.5.1.2 Conversão do tempo de contribuição especial para fins de aposentadoria por tempo de

contribuição da pessoa com deficiência

A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência, prevista na Lei

Complementar 142/2013, não poderá ser acumulada, no tocante ao mesmo período contributivo,

com a redução assegurada aos casos de atividades exercidas sob condições especiais que

prejudiquem a saúde ou a integridade física (LC 142/2013, art. 10).

É, contudo, garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições

especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com

deficiência, para fins da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, se

resultar mais favorável ao segurado, conforme tabela abaixo:

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Dica: Não precisa memorizar a tabela acima. Para calcular o multiplicador de uma forma

rápida e simples, basta dividir o “tempo para” pelo “tempo de”. Por exemplo, para

encontrar o multiplicador da conversão de um tempo de 20 anos para 29 anos, basta

dividir 29 por 20, que é igual a 1,45.

Exemplo:

Mateus foi, durante 10 anos, empregado do Hospital Alfa S.A., onde trabalhava como

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operador de máquina de Raio-X, com efetiva exposição a radiações ionizantes. Esse tipo de

atividade dá direito à aposentadoria especial aos 25 anos de contribuição. Em seguida,

Mateus ficou durante 2 anos desempregado, época em que adquiriu deficiência sensorial

leve. Nos últimos 20 anos, Mateus trabalha como empregado da empresa Beta S.A., sem

nenhuma exposição a agentes nocivos, mas continua sendo portador de deficiência de

grau leve. Nesse caso, a aposentadoria exige, para homem, 33 anos de contribuição. Para

efeito de conversão do tempo especial (de 25 para 33), os primeiros 10 anos serão

multiplicados por 1,32, resultando em 13,2 anos. Depois da conversão, o segurado passa a

ter 33,2 anos de contribuição (13,2 + 20 = 33,2). Como a aposentadoria do homem com

deficiência leve exige, no mínimo, 33 anos de contribuição e Mateus já conta com 33,2

anos, conclui-se que ele já adquiriu direito à aposentadoria.

É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para fins de

concessão da aposentadoria especial (RPS, art. 70-F, § 2º).

2.5.2 Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência

A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é devida ao

segurados aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se

mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de

contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período

(RPS, art. 70-C).

Para uma melhor memorização, repito os requisitos acima por meio de uma tabela:

Para fins da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, é assegurada a conversão

do período de exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a

integridade física, cumprido na condição de pessoa com deficiência, exclusivamente para efeito de

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cálculo do valor da renda mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de carência

(RPS, art. 70-F, § 3º).

2.5.3 Beneficiários

Todos os segurados que, mediante perícia própria do INSS, sejam considerados como

pessoas com deficiência são beneficiários da aposentadoria da pessoa com deficiência de que

trata a Lei Complementar 142/2013.

Contudo, vale frisar que, para o segurado especial ter direito à aposentadoria por tempo

de contribuição da pessoa com deficiência, é necessário que ele recolha contribuições com

alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, durante os períodos de contribuição exigidos para

fins de concessão dessa aposentadoria.

Para o reconhecimento do direito à aposentadoria de que trata a Lei Complementar

142/2013, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de

natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras,

podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as

demais pessoas.

A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que

tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, grau de

deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa

com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos

para o benefício (RPS, art. 70-A).

É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie

de aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa (LC 142/2013, art. 9º, V).

2.5.4 Carência

A carência exigida para a concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, seja por

idade ou por tempo de contribuição, é de 180 contribuições mensais (RPS, art. 29, II; art. 70-B e

art. 70-C).

Vale, contudo, frisar que a Lei Complementar 142/2013 não prevê a necessidade de

cumprimento de carência para a concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência. De

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acordo com a referida lei complementar, bastaria comprovar o tempo de contribuição. O

cumprimento do período de carência é uma exigência dos artigos 70-B e 70-C do Regulamento da

Previdência Social (Decreto 3.048/99). Temos aqui mais um caso polêmico, em que o Regulamento

extrapola o texto legal.

2.5.5 Renda mensal inicial

No caso da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, a renda

mensal inicial será de 100% do salário de benefício.

No caso da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, a renda mensal inicial será

de 70% mais 1% do salário de benefício por grupo de 12 contribuições mensais. O valor dessa

aposentadoria não pode exceder a 100% do salário de benefício.

No cálculo do salário de benefício da aposentadoria da pessoa com deficiência, seja por

idade ou por tempo de contribuição, o fator previdenciário somente será aplicado se resultar em

renda mensal de valor mais elevado (LC 142/2013, art. 9º, I).

Quadro-resumo – Aposentadoria da pessoa com deficiência

Fato gerador I – 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de

segurado com deficiência grave;

II – 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher, no caso de

segurado com deficiência moderada;

III – 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher, no caso de

segurado com deficiência leve; ou

IV – 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher,

independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de

contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual

período.

Beneficiários Todos os segurados que, mediante perícia própria do INSS, sejam considerados

como pessoas com deficiência.

Carência 180 contribuições mensais.

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Renda mensal I – No caso da aposentadoria por tempo de contribuição: 100% do SB.

II – No caso da aposentadoria por idade: 70% do SB + 1% do SB para cada grupo de

12 contribuições mensais. Não pode superar 100% do SB.

2.6 Auxílio-doença

Página 279 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

2.8. Salário-família

O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado e ao trabalhador

avulso que tenham salário-de-contribuição inferior ou igual a R$1.025,81,7 na proporção do

respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer condição, até 14 anos de idade ou

inválidos de qualquer idade (RPS, arts. 81 e 83).

[...]

Os R$ 360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste

aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.025,81.

2.8.1 Beneficiários

Página 281 – Alterar o verde; Excluir o tachado e realçado em vermelho.

I – R$35,00, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$682,50; e

II – R$24,66, para o segurado com remuneração mensal superior a R$682,50 e igual ou

inferior a R$1.025,81.

Os valores acima são os vigentes a partir de 1º/01/2014, de acordo com a Portaria MPS/MF

19, de 10/01/2014. Esses valores são corrigidos na mesma data e pelo mesmo índice de correção

dos demais benefícios do RGPS.

7 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.

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Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a R$1.025,81 não têm

direito ao salário-família.

Páginas 282 e 283 – Alterar o verde; Excluir o tachado e realçado em vermelho.

Para fins de reconhecimento do direito ao salário-família, considera-se remuneração

mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante da

soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas (Portaria MPS/MF

19/2014, art. 4º, § 1º). O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que

seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente

trabalhados (Portaria MPS/MF 19/2014, art. 4º, § 2º).

Todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como

parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias previsto no

inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para efeito de definição do direito à cota de salário-

família (Portaria MPS/MF 19/2014, art. 4º, § 3º).

[...]

Exemplo:

Maria e Joaquim, empregados da empresa Beta S.A., são casados e têm, em comum,

quatro filhos: Mateus (16 anos de idade), Marcos (12 anos), Lucas (8 anos) e João (4 anos).

A remuneração mensal de Maria é R$800,00, e a de Joaquim, R$900,00. Neste caso, Maria

receberá três cotas de salário-família, sendo R$24,66 o valor de cada cota, perfazendo um

total de R$73,98. Joaquim também receberá três cotas, sendo R$24,66 o valor de cada

cota, perfazendo um total de R$73,98. Note-se que, apesar da existência de quatro filhos,

cada um dos segurados só terá direito a três cotas de salário-família, pois o primeiro filho

(Mateus) já tem mais de 14 anos de idade.

No exemplo supra, a empresa Beta S.A. pagará, a título de salário-família, um valor total de

R$147,96 (que corresponde a 73,98 + 73,98). Quando a empresa Beta S.A. for recolher as

contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados que lhes prestam

serviço, terá o direito de se reembolsar desse valor despendido com o pagamento de salário-

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família.

O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês,

devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (RPS, art. 82, § 2º). Já para o

empregado, a cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses

de admissão e demissão (Portaria MPS/MF 19/2014, art. 4º, § 4º).

Página 286 – Alterar o verde.

O restante da tabela permanece como está.

Quadro-resumo – Salário-família

Fato gerador Ser segurado de baixa renda (SC de até R$1.025,81); e

Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido.

Beneficiários a) Segurado empregado e trabalhador avulso;

b) Aposentado por invalidez ou por idade; e

c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos

de idade, se mulher.

Carência Não é exigida.

Renda

mensal

Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou

inválido. O valor da cota é de:

I – R$35,00, para o segurado com remuneração mensal não superior a

R$682,50; e

II – R$24,66, para o segurado com remuneração mensal superior a R$608,80

e igual ou inferior a R$1.025,81.

[...]

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2.9 Salário-maternidade

Salário-maternidade é o benefício devido à segurada da Previdência Social em função do

parto, de aborto não criminoso, da adoção ou da guarda judicial obtida para fins de adoção de

criança pelo período estabelecido em lei, conforme o motivo da licença.

Páginas 288 e 289 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e

realçado em vermelho.

2.9.3. Adoção de criança

De acordo com o disposto no art. 71-A da Lei 8.213/91, o salário-maternidade é devido à

segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de

criança com idade:

I – Até um ano completo, por 120 dias;

II – A partir de um ano até quatro anos completos, por 60 dias; ou

III – A partir de quatro anos até completar oito anos, por 30 dias.

Note-se que, nos termos do art. 71-A da Lei 8.213/91, a adoção de criança com idade

superior a 8 anos não dá direito ao salário-maternidade. Mas nos autos da Ação Civil Pública

5019632-23.2011.404.7200/SC, ajuizada pelo Mi- nistério Público Federal, o juiz da 1ª Vara Federal

de Florianópolis declarou a inconstitucionalidade do art. 71-A, caput, no que diz respeito ao

fraciona- mento do salário-maternidade e sua previsão em período inferior a 120 dias. Na referida

ação, o juiz proferiu sentença determinando ao INSS que conceda salário-maternidade de 120 dias

às seguradas que adotaram ou que obtiveram a guarda judicial para fins de adoção de criança ou

adolescente independente- mente da idade do adotado. A referida sentença foi prolatada no dia

03/05/2012 e deve ser cumprida pelo INSS em âmbito nacional.

Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para

fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 dias (Lei 8.213/91,

art. 71-A).

Não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo

processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a

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Regime Próprio de Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 71-A, §2º). Ou seja, nos casos de adoção

ou guarda em conjunto, se ambos os adotantes forem segurados da Previdência Social, o salário-

maternidade somente será concedido a um dos adotantes.

O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter

recebido o mesmo benefício quando do nas- cimento da criança (RPS, art. 93-A, § 1º).

Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste da nova certidão de

nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome da segurada adotante ou guardiã, bem

como, deste último, tratar-se de guarda para fins de adoção. (RPS, art. 93-A, § 3º).

O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação

de que é para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge (marido) ou companheiro da

segurada (RPS, art. 93-A, § 2º). Na adoção realizada por casal, somente a mulher receberá o

salário-maternidade, pois este benefício é restrito às seguradas. Se o adotante for,

exclusivamente, o homem, não haverá qualquer pagamento de salário-maternidade.

Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido

um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade (RPS, art. 93-A, § 4º).

2.9.4 Beneficiários

Todas as seguradas do RGPS têm direito ao salário-maternidade.

Com o advento da Lei 12.873, de 24 de outubro de 2013, em caso de adoção ou guarda

judicial para fins de adoção de criança, o segurado do sexo masculino também pode receber o

salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. Ou seja, agora, em caso de adoção

ou guarda judicial para fins de adoção de criança, o benefício poderá ser concedido ao segurado

ou à segurada. Mas não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do

mesmo processo de adoção ou guarda.

Em princípio, por razões naturais, em caso de parto e aborto não criminoso, apenas as

seguradas do sexo feminino fazem jus ao benefício.

Em suma, podemos dizer que:

a) No caso de parto e aborto não criminoso, todas as seguradas do RPGPS têm direito ao

salário-maternidade;

b) No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, todos os

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segurados e todas as seguradas têm direito ao salário-maternidade.

No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-

maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria

direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no

caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-

maternidade (Lei 8.213/91, art. 71-B).

Exemplo:

João é casado com Maria, sendo ambos segurados do RGPS, na condição de empregados.

Maria morreu durante o parto, mas o bebê sobreviveu. Nesse caso, João terá direito ao

recebimento do salário-maternidade pelo período de 120 dias.

2.9.5 Situação da desempregada

Página 293 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

Também como exceção à regra geral, na hipótese de adoção ou guarda judicial para fins de

adoção, o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social, mesmo que o

adotante seja segurado empregado (Lei 8.213/91, art. 71-A, parágrafo único).

No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-

maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria

direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no

caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-

maternidade. Nesse caso, o benefício será pago diretamente pela Previdência Social durante o

período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário.

Para os segurados trabalhador avulso, empregado doméstico, especial, contribuinte

individual e facultativo, em relação a todos os fatos geradores, o salário-maternidade será pago

diretamente pela Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 72, §3º e art. 73).

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2.9.9 Incidência de contribuição previdenciária

Páginas 294 e 295 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e

realçado em vermelho.

2.9.12 Período de duração

O período de duração do salário-maternidade será:

I – Em caso de parto: 120 dias (com início 28 dias antes e término 91 dias depois do parto).

Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser

aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico.

II – Em caso de aborto não criminoso: duas semanas.

III – Em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção: 120 dias.

a) Se a criança tiver até 1 ano completo: 120 dias;

b) A partir de 1 ano até 4 anos completos: 60 dias;

c) A partir de 4 anos até completar 8 anos: 30 dias.

Contudo, vale frisar que nos autos da Ação Civil Pública 5019632- 23.2011.404.7200/SC,

ajuizada pelo Ministério Público Federal, o juiz da 1ª Vara Federal de Florianópolis proferiu

sentença determinando ao INSS que conceda salário-maternidade de 120 dias às seguradas que

adotaram ou que obtiveram a guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente

independentemente da idade do adotado. A referida sentença foi prolatada no dia 03/05/2012 e

deve ser cumprida pelo INSS em âmbito nacional.

Em caso de parto, em regra, os 120 dias serão contados da seguinte forma: 28 dias antes

do parto + o dia do parto + 91 dias após o parto. Contudo, em muitos casos, é difícil definir o dia

exato do parto, que pode não ocorrer na data marcada. Por isso, em caso de parto antecipado ou

não, a segurada sempre terá direito aos 120 dias.

Páginas 296 e 297 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e

realçado em vermelho.

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Frise-se, contudo, que o objetivo da Lei 11.770/2008 não é a prorrogação do salário-

maternidade (benefício previdenciário), e sim da licença-maternidade (direito trabalhista). O prazo

de duração do salário-maternidade continua o mesmo visto no item anterior.

2.9.14 Suspensão do benefício

A percepção do salário-maternidade está condicionada ao afastamento do segurado do

trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício (Lei 8.213/91, art.

71-C).

2.9.15 Cessação do benefício

O pagamento do salário-maternidade cessa:

a) Após o decurso do prazo legal (visto no tópico 2.8.10);

b) Pelo óbito da segurada do beneficiário (mas há casos em que o benefício passará a ser

pago ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado);

c) Para a segurada empregada, pela dispensa sem justa causa durante o período de

estabilidade.

2.9.16 Óbito do beneficiário

No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-

maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria

direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no

caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-

maternidade (Lei 8.213/91, art. 71-B). O pagamento do benefício deverá ser requerido até o

último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário. Nesse caso, o

salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data

do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre:

I – a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso;

II – o último salário de contribuição, para o empregado doméstico;

III – 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de contribuição, apurados

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em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte individual, facultativo e

desempregado; e

IV – o valor do salário mínimo, para o segurado especial.

Exemplo:

João é casado com Maria, sendo ambos segurados do RGPS, na condição de empregados. A

remuneração mensal de Maria é um salário mínimo e a de João é de R$ 20.000,00. Maria

morreu durante o parto, mas o bebê sobreviveu. Nesse caso, João terá direito ao

recebimento do salário-maternidade pelo período de 120 dias. A renda mensal do salário-

maternidade a ser recebido por João será de R$ 20.000,00.

No exemplo acima, João também terá direito ao benefício de pensão por morte. Não há

impedimento legal para o recebimento conjunto dos benefícios de salário-maternidade e pensão

por morte.

Quadro-resumo – Salário-maternidade

Fato gerador a) Parto;

b) Aborto não criminoso; ou

c) Adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança de até 8 anos de idade.

Beneficiários Todas as seguradas.

a) No caso de parto e aborto não criminoso, todas as seguradas do RPGPS;

b) No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, todos os

segurados e todas as seguradas.

Carência a) Contribuinte individual e facultativa: 10 contribuições mensais;

b) Segurada especial: exercício de atividade rural nos últimos 10 meses anteriores à

data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto,

mesmo que de forma descontínua;

c) Empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica: independe de carência.

Renda mensal a) Empregada e trabalhadora avulsa: remuneração integral, limitada ao subsídio dos

Ministros do STF;

b) Empregada doméstica: seu último salário de contribuição;

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c) Segurada especial: um salário mínimo;

d) Contribuinte individual e facultativa: 1/12 da soma dos 12 últimos salários de

contribuição, apurados em período não superior a 15 meses.

Pagamento a) Será pago pela empresa à segurada empregada, nos casos de parto e aborto não

criminoso;

b) Para os demais segurados, será pago diretamente pela previdência social, para

qualquer fato gerador.

c) No caso de adoção de criança, será pago diretamente pela previdência social,

mesmo que a adotante seja segurada empregada;

d) Caso o empregador seja um MEI, será pago diretamente pela previdência social,

para qualquer fato gerador;

e) No caso de falecimento do beneficiário antes do término do salário-maternidade,

será pago diretamente pela Previdência Social ao cônjuge ou companheiro

sobrevivente que tenha a qualidade de segurado.

Período de

duração

I – Em caso de parto: 120 dias (com início 28 dias antes e término 91 dias depois do

parto). Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto

podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico.

II – Em caso de aborto não criminoso: duas semanas.

III – Em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção: 120 dias.

a) Se a criança tiver até 1 ano completo: 120 dias;

b) A partir de 1 ano até 4 anos completos: 60 dias;

c) A partir de 4 anos até completar 8 anos: 30 dias.

Cessação do

benefício

a) Após o decurso do prazo legal (período de duração);

b) Pelo óbito da segurada do beneficiário (mas há casos em que o benefício passará a

ser pago ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de

segurado);

c) Para a segurada empregada, pela dispensa sem justa causa durante o período de

estabilidade.

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Página 312 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98, restringiu a

concessão do auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. De acordo com

o art. 13 da Emenda Constitucional nº 20/98, “até que a lei discipline o acesso ao salário-família e

auxílio-reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão

concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00, que, até

a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime

geral de previdência social”. Os R$ 360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos

índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a

R$1.025,81.8

Página 313 – Alterar o verde.

Assim, para que os dependentes tenham direito ao auxílio-reclusão é necessário que o

segurado:

a) Tenha sido recolhido à prisão;

b) Não receba remuneração da empresa;

c) Não esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em

serviço; e

d) Desde que o seu último salário-de-contribuição seja igual ou inferior a R$1.025,81.

Página 315 – Alterar o verde

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado ocorrer até doze

8 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.

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meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de segurado), mesmo que os

dependentes não recebam o auxílio-reclusão em razão do salário-de-contribuição do segurado

recluso ser superior a R$1.025,81 9 (RPS. art. 118, parágrafo único).

Páginas 371 e 372 – Alterar o verde.

Em valores atualizados, a partir de 01/01/2014, a tabela de contribuição destes segurados

é a seguinte:

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA

Até 1.317,07 8%

De 1.317,08 a 2.195,12 9%

De 2.195,13 até 4.390,24 11%

[...]

A incidência não cumulativa pode ocasionar uma situação interessante, que será

demonstrada através do seguinte exemplo: João recebe uma remuneração mensal de R$ 2.196,00,

e Pedro, R$ 2.195,00. Apesar de João ter uma remuneração maior que a de Pedro, após o

desconto da contribuição previdenciária, sua remuneração líquida será menor que a de Pedro.

Vejamos:

Empregado Remuneração Alíquota Contribuição do

segurado

Remuneração líquida

João R$2.196,00 11% R$241,56 R$1.954,44

Pedro R$2.195,00 9% R$197,55 R$1.997,45

A forma usada para o cálculo das contribuições previdenciárias é diferente da utilizada para

o cálculo do imposto de renda. No cálculo do imposto de renda da pessoa física não ocorre a

distorção verificada no exemplo acima.

A contribuição do segurado só incide até o teto do salário-de-contribuição (que atualmente

é R$ 4.390,24). Sobre o valor da remuneração que ultrapassar R$4.390,24, o segurado não paga

9 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.

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nada. Todavia, a contribuição da empresa (que será estudada mais adiante) incide sobre a

remuneração integral. Exemplo: o empregado cuja remuneração mensal é de R$ 5.000,00 terá

descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária de R$ 482,93 (que é o equivalente

a 11% de R$ 4.390,24). Mas a contribuição da empresa incidirá sobre R$ 5.000,00.

Página 373 – Alterar o verde.

Exemplo 2: o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas.

Empresa Remuneração Salário de

contribuição

Alíquota Contribuição

Alfa S.A. 3.000,00 3.000,00 11% 330,00

Beta S.A. 2.000,00 1.390,24 11% 152,93

Total 5.000,00 4.390,24 11% 482,93

Neste caso, a empresa Beta S.A. descontará a contribuição do segurado somente sobre o

valor que falta para atingir o limite máximo do salário-de-contribuição. Em ambas as empresas a

alíquota a ser aplicada é de 11%.

Exemplo 3: o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas.

Empresa Remuneração Salário de

contribuição

Percentual Contribuição

Alfa S.A. 5.000,00 4.390,24 11% 482,93

Beta S.A. 3.000,00 - - -

Total 8.000,00 4.390,24 11% 482,93

Neste caso, a empresa Beta S.A. não descontará a contribuição do segurado, pois ele já

contribui sobre o teto na empresa Alfa S.A.

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Páginas 374 e 375 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e

realçado em vermelho.

O produtor rural pessoa física supramencionado pode ser, inclusive, um segurado especial.

Vale lembrar que o segurado especial poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo

determinado, em épocas de safra, à razão de, no máximo, 120 pessoas por dia no ano civil, em

períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não

sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-

doença (Lei 8.213/91, art. 11, §7º).

É segurado obrigatório do RGPS, como empregado, o trabalhador rural contratado por

produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei 5.889/73, para o exercício de atividades

de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano (RPS,

art. 9º, I, “r”). A contribuição deste empregado, qualquer que seja a remuneração, será sempre de

8% sobre o respectivo salário de contribuição (Lei 5.889/73, art. 14-A, §5º). Ou seja, neste caso

não se aplica a tabela progressiva de 8%, 9% ou 11%.

No caso em tela, cabe ao produtor rural pessoa física descontar (reter) a contribuição

previdenciária dos empregados a seu serviço e recolhê-la até o dia vinte do mês subsequente ao

da competência. Mas se o empregador for um segurado especial, ele está obrigado a arrecadar a

contribuição dos trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao

da competência, antecipando para o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente

bancário naquela data (Lei 8.212/91, art. 32-C, §§ 3º e 5º).

O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar na forma aqui definida

apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores, aos fatos geradores, à base

de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social e ao Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do

Brasil, do Ministério da Previdência Social, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Conselho

Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará os

recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei 8.212/91, art. 32-C).

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2.3.1.3 Contribuição do contribuinte individual

Página 376 – Alterar o verde.

Exemplo:

Paulo, bombeiro hidráulico, reformou a estrutura hidráulica da residência de Rosana e

cobrou R$700,00 pelo serviço. Este foi o único serviço prestado por Paulo durante o mês

de março de 2014. Neste caso, a contribuição previdenciária de Paulo, referente à

competência 03/2014, será de R$140,00 (que corresponde a 20% de R$700,00). Paulo terá

até o dia 15/04/2014 para recolher sua contribuição por iniciativa própria, pois, neste caso,

Rosana (pessoa física) não tem a obrigação de descontar a contribuição do segurado

contribuinte individual.

Se no caso acima exposto, a remuneração recebida por Paulo fosse, por exemplo, de

R$5.000,00, a contribuição que o segurado teria de recolher seria de R$878,05 (que corresponde a

20% de R$4.390,24). Se a remuneração de Paulo tivesse sido de R$400,00, sua contribuição seria

de R$144,80 (que corresponde a 20% de R$724,00). É assim por que a contribuição do

contribuinte individual deve respeitar os limites (mínimo e máximo) do salário-de-contribuição.

Páginas 377 e 378 – Alterar o verde.

Exemplo: No dia 02/02/2014, a advogada Rosana (segurada contribuinte individual)

prestou serviço à empresa Alfa S.A. e recebeu R$ 7.000,00 pelos serviços prestados. No dia

25/02/2014, Rosana prestou serviço à empresa Delta Ltda. e recebeu R$1.000,00 pelos

serviços prestados.

A empresa Alfa é obrigada a descontar da remuneração de Rosana a contribuição de

R$482,93 (que corresponde a 11% x R$4.390,24). Assim, a remuneração líquida que a

empresa Alfa pagou a Rosana foi de R$6.517,07 (que corresponde a R$7.000,00 –

R$482,93). A contribuição a cargo da empresa é de R$1.400,00 (que corresponde a 20% x

R$7.000,00). A empresa Alfa é obrigada a recolher a contribuição descontada de Rosana

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juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20/03/2014. Neste caso, o valor a ser

recolhido pela Empresa Alfa é de R$1.882,93 (que corresponde a R$1.400,00 + R$482,93).

A empresa Delta Ltda. não é obrigada a efetuar nenhum desconto na remuneração de

Rosana, pois, no mês de fevereiro de 2014, a segurada já contribuiu sobre o limite máximo

do salário-de-contribuição (R$4.390,24). Todavia, a empresa Delta é obrigada a recolher a

contribuição a seu cargo, no valor de R$200,00 (que corresponde a 20% de R$1.000,00).

Se, no exemplo acima, a Remuneração de Rosana na empresa Alfa tivesse sido de

R$4.000,00 (em vez de R$7.000,00), a contribuição descontada da segurada pela empresa Alfa

seria de R$440,00 (que corresponde a 11% x R$4.000,00). Na empresa Delta (mantendo-se a

remuneração de R$1.000,00), a contribuição descontada seria de R$42,93 (que corresponde a 11%

x R$390,24). Ou seja, a empresa Delta descontaria a contribuição da segurada sobre o valor que

faltava para atingir o teto de R$4.390,24.

O contribuinte individual contratado por pessoa jurídica obrigada a proceder à arrecadação

e ao recolhimento da contribuição por ele devida, cuja remuneração recebida ou creditada no

mês, por serviços prestados a ela, for inferior ao salário mínimo, é obrigado a complementar sua

contribuição mensal, diretamente, mediante a aplicação da alíquota 20% sobre o valor que faltar

para atingir o salário mínimo (Lei 10.666/2003, art. 5º e RPS, art. 216, § 27). Caso não efetue a

complementação, a contribuição não será considerada para fins de contagem de tempo de

contribuição nem de carência.

Exemplo: Pedro, contribuinte individual, prestou serviço para a empresa Beta S.A.

recebendo uma remuneração de R$400,00. Este foi o único serviço prestado por Pedro

durante o mês de abril de 2014. Neste caso, a empresa descontará da remuneração de

Pedro a quantia de R$44,00 (que corresponde a 11% x R$400,00), sendo obrigada a

recolher o valor descontado, juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia

20/05/2014. Pedro terá de recolher, por iniciativa própria, até o dia 15/05/2013, a

contribuição de R$64,80 (que corresponde a 20% de R$324,00) para complementar sua

contribuição mensal.

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Página 380 – Alterar o verde.

Exemplo 2: Um contribuinte individual (um eletricista, por exemplo) prestou serviço a

outro contribuinte individual (um médico, por exemplo, em seu consultório particular) e

recebeu uma remuneração de R$5.000,00.

● Neste caso, o salário-de-contribuição do eletricista é R$4.390,24.

● Contribuição do segurado (sem dedução) = R$878,05 (que corresponde a 20% de

R$4.390,24).

● Contribuição patronal do médico (contribuinte individual equiparado a empresa) =

R$1.000,00 (que corresponde a 20% de 5.000,00).

● Dedução (sem aplicação do limite máximo) = R$450,00 (que corresponde a 45% de

1.000,00).

● Limite máximo da dedução = R$395,12 (que corresponde a 9% x 4.390,24).

● Contribuição do segurado = R$482,93 (que corresponde a R$878,05 – R$395,12).

Páginas 390 e 391 – Alterar o verde

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Direito à

Aposentadoria

por tempo de

contribuição

Situação Base de cálculo Alíquota

Com direito Regra geral

Salário de contribuição,

respeitados os limites de

R$724,00 a R$4.390,24.10

20%

Sem direito Regra geral Um salário mínimo. 11%

10

Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.

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Segurado facultativo

sem renda própria

que se dedique

exclusivamente ao

trabalho doméstico

no âmbito de sua

residência, desde que

pertencente a família

de baixa renda.

Um salário mínimo. 5%

Se o segurado facultativo desejar ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição, a

sua contribuição será de 20% sobre o seu salário-de-contribuição (Lei nº 8.212/91, art. 21, caput).

Para o segurado facultativo, o salário-de-contribuição é o valor por ele declarado, observado o

limite máximo de R$4.390,24 e o limite mínimo de um salário mínimo mensal (atualmente,

R$724,00).

Páginas 399 a 401 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir e acrescentar também a nota de rodapé.

Saliente-se que o sujeito passivo desta contribuição é a empresa contratante (tomadora do

serviço), e não a cooperativa de trabalho. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE 15% INCIDENTE

SOBRE A NOTA Fiscal. ART. 22, IV, DA Lei nº 8.212/1991, ALTERADA PELA Lei nº

9.786/1999. COOPERATIVA. RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO. TOMADOR DO SERVIÇO DOS

COOPERADOS. 1. O art. 121 do Código Tributário Nacional estabelece como sujeito passivo

a pessoa obrigada ao pagamento de determinado tributo ou penalidade pecuniária,

dizendo-se contribuinte quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua

o respectivo fato gerador, e responsável quando, sem se revestir da condição de

contribuinte, seu encargo decorre de disposição expressa em lei. 2. A Lei nº 8.212/1991,

em seu art. 22, IV, apenas mencionou como sujeito passivo da obrigação tributária

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referente à contribuição de 15% incidente sobre nota fiscal ou fatura a empresa tomadora

de serviços, e não a cooperativa de trabalho, que é a empresa prestadora de serviços.

Assim, a responsabilidade pelo recolhimento da contribuição é da empresa tomadora dos

serviços [...]11

No caso de contratação de cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho, na

atividade de transporte rodoviário de carga ou passageiro, a contribuição a cargo da empresa

contratante será de 15% sobre a parcela correspondente ao valor dos serviços prestados pelos

cooperados, que não será inferior a 20% do valor da nota fiscal ou fatura (RPS, art. 201, § 20).

Além do valor dos serviços prestados pelos cooperados, o valor bruto da nota fiscal ou fatura

inclui também outros custos, como combustível, manutenção dos veículos etc. Por isso, neste

caso, a base de cálculo da contribuição não é o valor total da nota fiscal ou fatura, mas somente o

valor da parcela correspondente ao valor dos serviços prestados pelos cooperados. Contudo, o

valor da base de cálculo não será inferior a 20% do valor da nota fiscal ou fatura.

Será devida contribuição adicional de 9%, 7% ou 5%, a cargo da empresa tomadora de

serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota

fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a

concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente (Lei

10.666/2003, art. 1º, §1º). Assim, se o cooperado, em razão da sua exposição aos agentes nocivos,

tiver direito à aposentadoria especial, a empresa tomadora do serviço deverá suportar, além dos

15%, o ônus adicional de 9%, 7% ou 5%, conforme o tipo de agente nocivo. Neste caso, as

alíquotas totais da contribuição em comento poderão alcançar 24%, 22% ou 20% sobre o valor

bruto da nota fiscal ou fatura. Para fins de cálculo deste adicional, será emitida nota fiscal ou

fatura de prestação de serviços específica para a atividade exercida pelo cooperado que permita a

concessão de aposentadoria especial (RPS, art. 202, §12). Ou seja, se na prestação de serviço há

cooperados expostos e cooperados não expostos aos agentes nocivos, a cooperativa deve emitir

uma nota fiscal relativa aos cooperados expostos, e outra nota fiscal relativa aos cooperados não

expostos aos agentes nocivos.

A contribuição previdenciária em comento tem sido questionada judicialmente pelos

contribuintes. A Confederação Nacional da Indústria – CNI propôs a Ação Direta de

11

STJ, AgRg no AgRg no AgRg no Ag 1352316/SC, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 22/06/2011.

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Inconstitucionalidade – ADIn 2594, que tem por objetivo obter a declaração de

inconstitucionalidade do artigo 22, inciso IV, da Lei 8.212/91. O STF ainda não julgou a ADIn 2594.

No âmbito do STJ, os argumentos dos contribuintes não têm sido acolhidos. Confira, nesse

sentido, a seguinte decisão do STJ:

TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DEVIDA PELO TOMADOR DE SERVIÇO –

ART. 22, IV DA LEI 8.212/91 – VIOLAÇÃO DO ART. 135 DO CTN: INOCORRÊNCIA. 1. O

legislador, ao exigir do tomador do serviço contribuição previdenciária de 15% (quinze por

cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços que lhe são

prestados por cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho, nos termos do art.

22, IV da Lei nº 8.212/91 (com a redação dada pela Lei nº 9.876/99), em nenhum momento

valeu-se da regra contida no art. 135 do CTN, que diz respeito à desconsideração da

personalidade da pessoa jurídica para que seus representantes respondam pessoalmente

pelo crédito tributário nas hipóteses que menciona. 2. A referência a “cooperados” contida

no art. 22, IV da Lei nº 8.212/91 diz respeito tão somente ao fato de que, embora firmado

o contrato com a cooperativa de trabalho, o serviço, efetivamente, é prestado pela pessoa

física do cooperado. 3. Inexistência de ofensa ao art. 135 do CTN. 4. Recurso especial

improvido.12

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, declarou a

inconstitucionalidade de dispositivo da Lei 8.212/1991 (artigo 22, inciso IV) que prevê a

contribuição previdenciária de 15% incidente sobre o valor de serviços prestados por meio de

cooperativas de trabalho. A decisão foi tomada na sessão do dia 23/04/2014, no julgamento do

Recurso Extraordinário (RE) 595.838/SP, com repercussão geral reconhecida. Vale frisar que uma

vez reconhecida a existência de repercussão geral, a tese jurídica objeto da decisão do STF deverá

ser observada posteriormente pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão

idêntica (CPC, art. 543-B). A repercussão geral apresenta o chamado efeito multiplicador, ou seja,

o de possibilitar que o STF decida uma única vez e que, a partir dessa decisão, uma série de

processos idênticos seja atingido. O Tribunal, dessa forma, delibera apenas uma vez e tal decisão é

12

STJ, REsp. 787.457/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T, DJ de 23/08/2007, p. 247

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multiplicada para todas as causas iguais. Os recursos localizados nas instâncias inferiores que

tenham o mesmo tema ficam sobrestados, ou seja, o andamento desses processos é suspenso

para aguardar a decisão do Supremo. Uma vez que o STF resolve o mérito da questão, dizendo se

é constitucional ou não determinada lei, por exemplo, todos esses recursos são decididos à luz do

que o Supremo julgou, garantindo isonomia às decisões.

No julgamento do RE 595.838/SP, o STF entendeu que a contribuição previdenciária em

tela não poderia ter sido instituída por meio de lei ordinária.

Para ser instituída por meio de lei ordinária, a referida contribuição teria de encontrar

fundamento de validade em algum dos quatro incisos do art. 195 da Constituição Federal. Caso

contrário, tal contribuição só poderia ter sido instituída por meio de Lei Complementar (CF, art.

195, § 4º, e art. 154, I). Analisando os quatro incisos do art. 195 da Constituição Federal, o único

que poderia fundamentar a referida contribuição seria o inciso I, alínea “a”, que prevê a incidência

de contribuições sociais:

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,

incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a

qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo

empregatício;

[...]

Observe que para a contribuição da empresa se enquadrar no art. 195, I, “a”, da

Constituição Federal, a pessoa que lhe presta serviço há de ser física, e não uma pessoa jurídica.

Os cooperados são pessoas físicas, mas a cooperativa de trabalho é uma pessoa jurídica. No caso

em tela, quem está prestando serviço à empresa é a cooperativa ou os cooperados? No

julgamento do RE 595.838/SP, o STF entendeu que o prestador do serviço é a cooperativa de

trabalho. Por esta razão, declarou a inconstitucionalidade da contribuição previdenciária prevista

na Lei 8.212/91, art. 22, IV.

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2.3.2.4 Contribuição da empresa para o RAT (antigo SAT)

Página 407 – Alterar o verde.

(na tabela, as 4 primeiras linhas permanecem inalteradas).

Exemplo: No mês de abril de 2014, o resumo da folha de pagamento dos segurados que

prestaram serviço à empresa Alfa Industrial Ltda. foi o seguinte:

[...]

Mateus 20% x 5.000,00 0,00 11% x 4.390,24 1.482,93

TOTAL R$ 1.600,00 R$ 174,96 R$ 742,93 2.517,89

A empresa Alfa Industrial Ltda. recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia

20/05/2014, o valor de R$ 2.517,89. Ressalte-se que, neste valor, estão incluídas a parcela da

contribuição a cargo da empresa e a parcela que foi descontada dos segurados.

Página 426 – Alterar o verde

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O salário-família é devido ao empregado com salário de contribuição de até R$1.025,81.13

Páginas 428 e 429 – Alterar o verde.

Se, por exemplo, a empregada doméstica tem uma remuneração mensal de R$5.000,00, a

contribuição do empregador doméstico será de R$526,83 (que corresponde a 12% de R$4.390,24).

A contribuição que o empregador doméstico descontará da empregada doméstica será de

R$482,93 (que corresponde a 11% de R$4.390,24). Neste caso, o empregador doméstico recolherá

aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, o valor de R$1.009,76 (que 13

Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.

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corresponde à soma das duas contribuições).

Se no exemplo anterior a remuneração mensal da empregada doméstica fosse R$1.000,00,

a contribuição do empregador doméstico seria de R$120,00 (correspondente a 12% de

R$1.000,00). A contribuição que o empregador doméstico descontaria da empregada doméstica

seria de R$80,00 (correspondente a 8% de R$1.000,00). Neste caso, o empregador doméstico

recolheria aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, a quantia de R$200,00

(correspondente à soma das duas contribuições).

Página 439 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Segurado Conceito do salário de contribuição Limites

Mínimo Máximo

Empregado e

Trabalhador

avulso

A remuneração auferida em uma ou

mais empresas, assim entendida a

totalidade dos rendimentos pagos,

devidos ou creditados a qualquer

título, durante o mês, destinados a

retribuir o trabalho, qualquer que seja

a sua forma, inclusive as gorjetas, os

ganhos habituais sob a forma de

utilidades e os adiantamentos

decorrentes de reajuste salarial, quer

pelos serviços efetivamente prestados,

quer pelo tempo à disposição do

empregador ou tomador de serviços,

nos termos da lei ou do contrato ou,

O piso salarial

legal ou

normativo da

categoria ou,

inexistido piso

salarial, o salário

mínimo, tomado

no seu valor

mensal, diário ou

horário,

conforme o

ajustado e o

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_________

Empregado

doméstico

_________

Contribuinte

individual

_________

Facultativo

ainda, de convenção ou acordo

coletivo de trabalho ou sentença

normativa;

_______________________

A remuneração registrada na carteira

profissional e/ou na Carteira de

Trabalho e Previdência Social.

___________________________

A remuneração auferida em uma ou

mais empresas ou pelo exercício de sua

atividade por conta própria, durante o

mês.

_____________________________

O valor por ele declarado.

tempo de

trabalho efetivo

durante o mês.

_____________

O salário mínimo

mensal

(atualmente,

R$724,00)

R$4.390,24 14

Página 442 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.

O salário-maternidade é considerado salário de contribuição (Lei 8.212, art. 28, §2º), sendo

o único benefício do RGPS que sofre a incidência da contribuição previdenciária. Mas no

julgamento do Resp 1322945 / DF, a Primeira Seção do STJ alterou a jurisprudência até então

dominante na Corte e decidiu que não incide contribuição previdenciária sobre o valor do salário-

maternidade.15 No julgamento do REsp 1.230.957/RS, a egrégia Primeira Seção do STJ, na sessão

realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela incidência de contribuição previdenciária sobre o salário

maternidade. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS foi submetido à sistemática de julgamento dos

recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser considerado como paradigma a ser

observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica (CPC, art. 543-

14

Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 15

STJ, Resp 1322945 / DF, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJe 08/03/2013.

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C, § 7º).

IV – Valores recebidos a título de prorrogação da licença-maternidade.

Páginas 444 a 445 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.

O terço constitucional incidente sobre as férias também integrará o salário de contribuição,

desde que as férias sejam gozadas. A ideia é a de que se sobre o principal incide a contribuição,

haverá também a incidência sobre o acessório. Tendo as férias gozadas natureza salarial, o terço

também tem. Mas no julgamento do REsp 1.230.957/RS, a egrégia Primeira Seção do STJ, na

sessão realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela não incidência de contribuição previdenciária

sobre o terço constitucional de férias, mesmo quando as férias são gozadas. De acordo com o

entendimento do STJ, o terço constitucional de férias possui natureza

indenizatória/compensatória e não constitui ganho habitual do empregado, razão pela qual sobre

ela não é possível a incidência de contribuição previdenciária. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS

foi submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a

ser considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se

depararem com questão idêntica (CPC, art. 543-C, § 7º). Contudo, o STJ, após o julgamento da Pet

7.296/DF, realinhou sua jurisprudência para acompanhar o STF pela não incidência de contribuição

previdenciária sobre o terço constitucional de férias. Em prova de concurso, caso a questão

mencione a jurisprudência, o candidato deve posicionar-se a favor da não incidência de

contribuição sobre esta rubrica. Confira, nesse sentido, o seguinte julgado do STJ:

TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÕES

PREVIDENCIÁRIAS SOBRE ADICIONAL DE FÉRIAS. NÃO INCIDÊNCIA. ADEQUAÇÃO DA

JURISPRUDÊNCIA DO STJ AO ENTENDIMENTO FIRMADO NO PRETÓRIO EXCELSO. 1. A

Primeira Seção do STJ considerava legítima a incidência da contribuição previdenciária

sobre o terço constitucional de férias. 2. Entendimento diverso foi firmado pelo STF, a

partir da compreensão da natureza jurídica do terço constitucional de férias,

considerado como verba compensatória e não incorporável à remuneração do servidor

para fins de aposentadoria. 3. Realinhamento da jurisprudência do STJ, adequando-se

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à posição sedimentada no Pretório Excelso, no sentido de que não incide Contribuição

Previdenciária sobre o terço constitucional de férias, dada a natureza indenizatória

dessa verba. [...].16

A jurisprudência consolidada do STJ é no sentido de afastar a contribuição previdenciária

do terço de férias também de empregados celetistas contratados por empresas privadas (AgRg no

REsp 1221674/SC, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJe 18/04/2011).

A remuneração adicional de férias de que trata o inciso XVII do art. 7º da Constituição

Federal integra o salário de contribuição, no mês a que elas se referirem, mesmo quando pagas

antecipadamente na forma da legislação trabalhista.

Exemplo:

Lucas recebe uma remuneração mensal de R$1.500,00. Gozou suas férias no período de 21

de setembro a 20 de outubro. A empresa, em obediência à legislação trabalhista,

antecipou-lhe a remuneração de férias, pagando-lhe, ainda no mês de setembro, a quantia

de R$2.000,00 (férias acrescidas do terço constitucional). Nesse caso, em setembro, a

contribuição previdenciária relativa às férias incidirá sobre R$666,66 (10 dias de férias); em

outubro, a incidência da contribuição será sobre R$1.333,33 (20 dias de férias).

VII – 13º salário.

Páginas 446 a 447 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.

Tem o adicional de horas extras natureza salarial e não indenizatória, pois remunera o

trabalho prestado após a jornada normal de trabalho. Assim sendo, incidirá contribuição

previdenciária sobre o valor da remuneração das horas extras.

A egrégia Primeira Seção do STJ, ao apreciar o REsp 1.358.281/SP na sessão realizada em

23/04/2014, decidiu, por unanimidade, que incide contribuição previdenciária sobre o adicional de

horas extras. Vale frisar que o REsp 1.358.281/SP foi submetido à sistemática de julgamento dos

recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser considerado como paradigma a ser 16

STJ, AgRg no AgRg no REsp 1123792/DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 17/03/2010.

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observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica (CPC, art. 543-

C, § 7º).

O STJ possui a orientação de que é possível a incidência de contribuição previdenciária

sobre os valores pagos a título de horas extras, tendo em vista o seu caráter remuneratório.17

IX – O valor total das diárias para viagem, quando excederem a 50% da remuneração mensal do

empregado.

Página 449 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.

Os adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno possuem caráter retributivo e,

portanto, natureza salarial. Assim, incidirá contribuição previdenciária sobre estes adicionais.

Confira, nesse sentido, a seguinte decisão do STJ:

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DOS EMPREGADORES. ARTS. 22 E 28 DA LEI

N.° 8.212/91. SALÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO. ADICIONAIS

DE HORA-EXTRA, TRABALHO NOTURNO, INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. NATUREZA

SALARIAL PARA FIM DE INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO

PREVIDENCIÁRIA PREVISTA NO ART. 195, I, DA CF/88. SÚMULA 207 DO STF. ENUNCIADO 60

DO TST. 1. A jurisprudência deste Tribunal Superior é firme no sentido de que a

contribuição previdenciária incide sobre o total das remunerações pagas aos empregados,

inclusive sobre o 13º salário e o salário-maternidade (Súmula n° 207/STF). 2. Os adicionais

noturno, hora-extra, insalubridade e periculosidade possuem caráter salarial. Iterativos

precedentes do TST (Enunciado n.° 60). 3. A Constituição Federal dá as linhas do Sistema

Tributário Nacional e é a regra matriz de incidência tributária. 4. O legislador ordinário, ao

editar a Lei nº 8.212/91, enumera no art. 28, § 9°, quais as verbas que não fazem parte do

salário de contribuição do empregado, e, em tal rol, não se encontra a previsão de exclusão

17

STJ, AgRg no REsp 1270270/RN, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJe 17/11/2011.

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dos adicionais de hora-extra, noturno, de periculosidade e de insalubridade. 5. Recurso

conhecido em parte, e nessa parte, improvido.18

A egrégia Primeira Seção do STJ, ao apreciar o REsp 1.358.281/SP na sessão realizada em

23/04/2014, decidiu, por unanimidade, que incide contribuição previdenciária sobre os adicionais

de insalubridade, periculosidade e trabalho noturno. Vale frisar que o REsp 1.358.281/SP foi

submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser

considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem

com questão idêntica (CPC, art. 543-C, § 7º).

XI – Adicional de transferência.

Página 451 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.

Nos termos do art. 60, §3º, da Lei 8.213/91, a natureza salarial do pagamento em tela é

incontestável. Assim, levando em consideração a literalidade da Lei, incide contribuição

previdenciária sobre o salário recebido pelo empregado referente aos 15 primeiros dias de

afastamento por motivo de doença ou acidente. Mas no julgamento do REsp 1.230.957/RS, a

egrégia Primeira Seção do STJ, na sessão realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela não incidência

de contribuição previdenciária sobre a importância paga nos quinze dias que antecedem o auxílio-

doença. De acordo com o entendimento do STJ, não obstante nesse período haja o pagamento

efetuado pelo empregador, a importância paga não é destinada a retribuir o trabalho, sobretudo

porque no intervalo dos quinze dias consecutivos ocorre a interrupção do contrato de trabalho, ou

seja, nenhum serviço é prestado pelo empregado. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS foi

submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser

considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem

com questão idêntica (CPC, art. 543-C, §7º). Contudo, o STJ, de forma reiterada, tem entendido

18

STJ, REsp 486697/PR, Rel. Min. Denise Arruda, 1ª T, DJ 17/12/2004, p. 420.

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não ser devida esta contribuição. Nesse sentido, confira o seguinte precedente:

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO-DOENÇA. Não INCIDÊNCIA. 1. O

STJ pacificou o entendimento de que não incide Contribuição Previdenciária sobre a verba

paga pelo empregador ao empregado durante os primeiros quinze dias de afastamento por

motivo de doença, porquanto não constitui salário. 2. Recurso Especial provido.19

Em prova de concurso, caso a questão mencione a jurisprudência, o candidato deve

posicionar-se a favor da não incidência de contribuição previdenciária sobre o valor recebido pelo

empregado referente aos 15 primeiros dias de afastamento por motivo de doença ou acidente.

Página 452 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.

Assim, analisando a literalidade dos dispositivos legais supramencionados, chegaríamos à

conclusão que o pagamento relativo ao período do aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito à

incidência da contribuição previdenciária. Seguindo esta linha de raciocínio, conclui-se que o

período de aviso prévio (trabalhado ou não) conta como tempo de contribuição para fins de

aposentadoria.

Mas no julgamento do REsp 1.230.957/RS, a egrégia Primeira Seção do STJ, na sessão

realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela não incidência de contribuição previdenciária sobre o

aviso prévio indenizado. De acordo com o entendimento do STJ, se o aviso prévio é indenizado, no

período que lhe corresponderia o empregado não presta trabalho algum, nem fica à disposição do

empregador. Para o STJ, as importâncias pagas a título de indenização, que não correspondam a

serviços prestados nem a tempo à disposição do empregador, não ensejam a incidência de

contribuição previdenciária. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS foi submetido à sistemática de

julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser considerado como

paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica

19

STJ, REsp 1181405 / RS, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., DJe 06/04/2010.

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(CPC, art. 543-C, § 7º). Contudo, o STJ tem entendido que não incide contribuição previdenciária

sobre os valores pagos a título de aviso prévio indenizado, por não se tratar de verba salarial.20 Em

prova de concurso, caso a questão mencione a jurisprudência, o candidato deve posicionar-se a

favor da incidência sobre o aviso prévio trabalhado e da não incidência sobre o aviso prévio

indenizado.

XVI – Comissões e percentagens.

Página 471 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul; Alterar

o verde.

A Lei 10.101/2000 dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados

da empresa. De acordo com o disposto no §2º do art. 3º dessa Lei, “é vedado o pagamento de

qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados

da empresa em periodicidade inferior a um semestre civil, ou mais de duas vezes no mesmo ano

civil mais de 2 (duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 (um) trimestre

civil”.

Página 480 – Alterar o verde.

O salário mínimo é estabelecido em valor mensal, diário e horário. Conforme estabelece o

caput do art. 1º do Decreto 8.166/2013, “a partir de 1º/01/2014, o salário mínimo será de

R$724,00”. O parágrafo único do art. 1º determina que “em virtude do disposto no caput, o valor

diário do salário mínimo corresponderá a R$24,13 e o seu valor horário a R$3,29”.

Página 482 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e realçado em

vermelho.

20

STJ, REsp 1198964/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJe 04/10/2010.

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O produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher a

contribuição incidente sobre a receita bruta da comercialização de sua produção rural, caso

comercializem a sua produção, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro

produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial (Lei 8.212/91, art. 30, X). O produtor

rural pessoa física é obrigado a recolher essa contribuição deve ser recolhida até o dia 20 do mês

seguinte, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

O segurado especial é obrigado a recolher essa contribuição até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao

da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário

naquele dia (Lei 8.212/91, art. 32-C, §§ 3º e 5º).

O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar empregados ou

trabalhadores autônomos apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores,

aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social

e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da

Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Previdência Social, do Ministério do

Trabalho e Emprego e do Conselho Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada

única de dados, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei

8.212/91, art. 32-C). O segurado especial está obrigado a recolher as contribuições previdenciárias

arrecadadas (descontadas) dos trabalhadores a seu serviço, os valores referentes ao FGTS e os

encargos trabalhistas sob sua responsabilidade, até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao da

competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele

dia (Lei 8.212/91, art. 32-C, §§ 3º e 5º). Por meio de ato conjunto dos Ministros de Estado da

Fazenda, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego, essa sistemática de entrega das

informações e recolhimentos poderá ser estendida para o produtor rural pessoa física (Lei

8.212/91, art. 32-C, § 13).

De acordo com o art. 30, X, “a”, da Lei 8.212/91, o produtor rural pessoa física e o

segurado especial também são obrigados a recolher suas contribuições quando comercializem a

sua produção no exterior. Contudo, a própria Receita Federal do Brasil entende que a citada

contribuição não incide sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos, cuja

comercialização ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001, por força do disposto no inciso I do

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§2º do art. 149 da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional 33/2001 (IN RFB

971/2009, art. 170). O referido dispositivo constitucional determina que as contribuições sociais

não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.

Páginas 483 e 484 – Acrescentar a linha azul.

As demais linhas da tabela permanecem como estão.

Até 2 dias úteis após a

realização do evento.

A contribuição de 5% incidente sobre a receita bruta de

espetáculos desportivos.

Até dia 7 do mês seguinte ao

da competência. Se não

houver expediente bancário,

o recolhimento deverá ser

antecipado para o dia útil

imediatamente anterior.

(Lei 8.212/91, art. 32-C, §§

3º e 5º)

a) Contribuição recolhida pelo segurado especial incidente

sobre a receita bruta da comercialização da produção

rural (Lei 8.212/91, art. 25);

b) Contribuição arrecadada pelo segurado especial dos

trabalhadores a seu serviço.

Até o dia 20 do mês seguinte

ao da competência, ou até o

dia útil imediatamente

anterior se não houver

expediente bancário

naquele dia.

a) As contribuições descontadas dos segurados empregados

e trabalhadores avulsos;

b) As contribuições descontadas do contribuinte in- dividual

(inclusive as descontadas do cooperado pela cooperativa

de trabalho);

c) As contribuições da empresa incidentes sobre a

remuneração de segurados empregado, trabalhador

avulso e contribuinte individual;

d) As contribuições da empresa (15%) incidentes sobre o

valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviço, relativo a

serviços que lhe tenham sido prestados por cooperados,

por intermédio de cooperativas de trabalho;

e) As retenções de 11% sobre o valor dos serviços contidos

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em nota fiscal prestados mediante cessão de mão de

obra ou empreitada;

f) As contribuições incidentes sobre a comercialização da

produção rural (exceto as recolhidas pelo segurado

especial);

g) A contribuição de 5% incidentes sobre patrocínio,

licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,

propaganda e transmissão de espetáculos.

Página 536 – Acrescentar o azul.

As referidas informações deverão ser apresentadas até o dia 30 de abril do ano seguinte ao

encerramento do exercício.

7.5 Segurado especial

O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar empregados ou

trabalhadores autônomos apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores,

aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social

e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da

Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Previdência Social, do Ministério do

Trabalho e Emprego e do Conselho Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada

única de dados, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei

8.212/91, art. 32-C). Aqui temos dois tipos de obrigação tributária: o ato de apresentar as

informações é uma obrigação acessória; o ato de efetuar os recolhimentos é obrigação principal.

As informações prestadas no referido sistema eletrônico têm caráter declaratório,

constituem instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e encargos apurados e

substituirão, na forma regulamentada por ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, da

Previdência Social e do Trabalho e Emprego, a obrigatoriedade de entrega de todas as

informações, formulários e declarações a que está sujeito o grupo familiar, inclusive as relativas ao

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recolhimento do FGTS (Lei 8.212/91, art. 32-C, § 2º).

Por meio de ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, da Previdência Social e do

Trabalho e Emprego, essa mesma sistemática de entrega das informações e recolhimentos poderá

ser estendida para o produtor rural pessoa física que não se enquadre como segurado especial (Lei

8.212/91, art. 32-C, § 13).

8 Prazo de arquivamento de documentos

Páginas 547 a 549 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul;

Alterar do verde.

ATENÇÃO: excluir e acrescentar também as notas de rodapé.

Serão, portanto, inscritas como dívida ativa da União as contribuições previdenciárias que

não tenham sido recolhidas ou parceladas resultantes das informações prestadas na GFIP (Lei

8.212/91, art. 39, §3º). Como o valor devido é declarado pelo próprio sujeito passivo, fica

dispensado o processo administrativo de natureza contenciosa. Confira, nesse sentido, o seguinte

julgado do STJ:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – AGRAVO REGIMENTAL – DÉBITO DECLARADO PELO

CONTRIBUINTE E PAGO A MENOR NO VENCIMENTO – DCTF OU GFIP – CONSTITUIÇÃO

DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – APLICAÇÃO DO ART. 557 DO CPC. 1. Tem-se por pacificado

nesta Corte o entendimento de que declarado e não pago (ou pago a menor) o débito

no vencimento, a confissão do débito pelo contribuinte equivale à constituição do

crédito tributário, podendo ser imediatamente inscrito em dívida ativa,

independentemente de qualquer procedimento por parte do Fisco. Precedentes da

Primeira Seção e Primeira e Segunda Turmas. 2. Decisão monocrática que se enquadra

nas hipóteses previstas no art. 557 do CPC. 3. Agravo regimental não provido.21

TRIBUTÁRIO. CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS. DECLARAÇÃO DO DÉBITO PELO

CONTRIBUINTE. FORMA DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, INDEPENDENTE

DE QUALQUER OUTRA PROVIDÊNCIA DO FISCO. 1. A apresentação, pelo contribuinte,

de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF (instituída pela IN SRF

129/86, atualmente regulada pela IN SRF 395/04, editada com base nos arts. 5º do DL

21

STJ, AgRg no REsp 774291/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ 02/10/2007, p. 231.

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2.124/84 e 16 da Lei nº 9.779/99) ou de Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA,

ou de outra declaração dessa natureza, prevista em lei, é modo de formalizar a

existência (= constituir) do crédito tributário, dispensada, para esse efeito, qualquer

outra providência por parte do Fisco. Precedentes da 1ª Seção: AgRg nos ERESP

638.069/SC, DJ de 13.06.2005; AgRg nos ERESP 509.950/PR, DJ de 13.06.2005. 2. No

que se refere especificamente às contribuições sociais declaradas em GFIP (Guia de

Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), cuja apresentação

obrigatória está prevista no art. 32, IV, da Lei nº 8.212/91 (regulamentado pelo art.

225, IV e seus §§ 1º a 6º, do Decreto 3.048/99), a própria Lei instituidora é expressa no

sentido de que a referida declaração é um dos modos de constituição do crédito da

seguridade social (Lei nº 8.212/91, art. 33, § 7º, redação da Lei nº 9.528/97). 3. A falta

de recolhimento, no devido prazo, do valor correspondente ao crédito tributário assim

regularmente constituído acarreta, entre outras consequências, as de (a) autorizar a

sua inscrição em dívida ativa; (b) fixar o termo a quo do prazo de prescrição para a sua

cobrança; (c) inibir a expedição de certidão negativa do débito; (d) afastar a

possibilidade de denúncia espontânea. 4. Recurso especial a que se nega

provimento.22

TRIBUTÁRIO. APRESENTAÇÃO DE GFIP. DESNECESSIDADE DE LANÇAMENTO FORMAL

PELO FISCO.

1. A declaração de débito apresentada pelo devedor dispensa a formalização de

procedimento administrativo pelo Fisco, com vista a constituir definitivamente o

crédito tributário. Este entendimento está consolidado nesta Corte segundo o rito

reservado aos recursos repetitivos, REsp 1.143.094/SP, Rel. Min. Luiz Fux.

2. A interposição de agravo regimental para debater questão já apreciada em recurso

submetido ao rito do art. 543-C do CPC atrai a aplicação da multa prevista no art. 557,

§ 2º, CPC.

Agravo regimental improvido, com aplicação de multa.23

Para consolidar o seu entendimento sobre o tema em tela, o STJ editou a seguinte súmula:

Páginas 582 e 583 – Acrescentar o azul.

De acordo com o art. 151 do CTN, suspendem a exigibilidade do crédito tributário: (I)

22

STJ, REsp 832394/SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, 1ª T, DJ 31/08/2006, p. 258. 23

STJ, AgRg no AREsp 313928/RN, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, 2ª Turma, DJe 26/08/2013.

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moratória; (II) o depósito do seu montante integral; (III) as reclamações e os recursos, nos termos

das leis reguladoras do processo tributário administrativo; (IV) a concessão de medida liminar em

mandado de segurança; (V) a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras

espécies de ação judicial; (VI) o parcelamento.

Vale, contudo, frisar que de acordo com a jurisprudência do STJ, o pedido de parcelamento

do débito tributário interrompe a prescrição nos termos do art. 174, parágrafo único, IV, do CTN,

por representar ato inequívoco de reconhecimento da dívida. Assim, caso o devedor deixe de

cumprir o acordo de parcelamento celebrado, o prazo prescricional de 5 anos recomeça a fluir, em

sua integralidade, a partir da data do descumprimento.

Com o parcelamento, ocorre a SUSPENSÃO da exigibilidade do crédito tributário, mas não

ocorre a SUSPENSÃO do prazo prescricional. Com relação ao prazo prescricional, o parcelamento

provoca a sua INTERRUPÇÃO. Isso ocorre porque o parcelamento tributário só pode ser feito se o

contribuinte confessar a dívida tributária (reconhecimento do débito). E de acordo com o CTN, a

prescrição se interrompe, entre outras hipóteses, por qualquer ato inequívoco ainda que

extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor (CTN, art. 174, parágrafo

único, IV). Sobre esse tema, confira o seguinte julgado do STJ:

TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. PARCELAMENTO. [...].

1. Nos termos da jurisprudência do STJ, o parcelamento suspende a exigibilidade do

crédito tributário e interrompe o prazo prescricional, que volta a correr no dia em que

o devedor deixa de cumprir o acordo.

[...]

(STJ, AgRg no REsp 1368317 / SE, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,

DJe 26/08/2013).

2.4 Prescrição na restituição e compensação de contribuições

Páginas 615 e 616 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir e acrescentar também a nota de rodapé.

A falta da declaração mensal de informações, por intermédio da GFIP, impede a expedição

da certidão de prova de regularidade fiscal (CND ou CPD-EN), mesmo que tenham sido cumpridas

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as demais exigências (Lei 8.212/91, art. 32, §10). Nesse sentido, confira o seguinte julgado da

Segunda Turma do STJ:

TRIBUTÁRIO. CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITO NEGATIVO. GFIP. AUSÊNCIA. ART. 32,

IV, § 10º DA 8.212/91. 1. Nos termos do artigo 32, IV, § 10º, da Lei nº 8.212/91, a falta

de apresentação das GFIPs é “condição impeditiva para expedição da prova de

inexistência de débito para com o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS”. 2. Recurso

especial provido.24

Posteriormente, contudo, o STJ mudou de posição, passando a entender que a falta de

apresentação de GFIP não legitima, por si só, a recusa do fornecimento de CND. Nesse sentido,

confira o seguinte julgado da Primeira Turma do STJ:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO

PREVIDENCIÁRIA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. ENTREGA

DA GFIP (Lei nº 8.212/91). ALEGAÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO

ACESSÓRIA. AUTO DE INFRAÇÃO CONTENDO O LANÇAMENTO DE OFÍCIO SUPLETIVO

ACRESCIDO DA MULTA. INEXISTÊNCIA. RECUSA NO FORNECIMENTO DE CND.

IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/ STJ. 1. A mera alegação de descumprimento de

obrigação acessória, consistente na entrega de Guia de Recolhimento do FGTS e

Informações à Previdência Social (GFIP), não legitima, por si só, a recusa do

fornecimento de certidão de regularidade fiscal (Certidão Negativa de Débitos - CND),

uma vez necessário que o fato jurídico tributário seja vertido em linguagem jurídica

competente (vale dizer, auto de infração jurisdicizando o inadimplemento do dever

instrumental, constituindo o contribuinte em mora com o Fisco), apta a produzir

efeitos obstativos do deferimento de prova de inexistência de débito tributário. (...)25

Em prova de concurso público, se o enunciado da questão não fizer menção à

jurisprudência, o candidato deve seguir a literalidade da lei e considerar que a falta de entrega de

GFIP impede a expedição de CND ou de CPD-EN.

TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.

EXPEDIÇÃO DE CPD-EN. DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. NÃO

APRESENTAÇÃO DA GFIP. IMPOSSIBILIDADE DA EXPEDIÇÃO DA CERTIDÃO REQUERIDA.

24

STJ, REsp 835341/MG, Rel. Min. Castro Meira, 2ª T., DJ 01/08/2006, p. 424. 25

STJ, REsp 944744/SC, Rel. Min. LUIZ FUX, 1ª T., DJe 07/08/2008.

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MATÉRIA PACIFICADA NO STJ. RECURSO REPETITIVO. AGRAVO NÃO PROVIDO.

1. "A Lei 8.212/91, com a redação dada pela Lei 9.528/97, determina que o

descumprimento da obrigação acessória de informar, mensalmente, ao INSS, dados

relacionados aos fatos geradores da contribuição previdenciária, é condição impeditiva

para expedição da prova de inexistência de débito (artigo 32, IV e § 10)" (REsp

1.042.585/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 21/5/10, julgado pela sistemática do 543-C do

CPC).

2. Agravo regimental não provido.26

6.4 Divergência entre os valores declarados na GFIP e os efetivamente recolhidos

Página 636 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

b) a folha de pagamento mensal não ultrapasse o valor de R$1.510,00, sendo este valor

reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência

social. Atualmente, para que se aplique o disposto no § 3º do art. 337-A do CP, a folha de

pagamento mensal não pode ultrapassar a R$3.875,88.27

Página 647 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Por infração a qualquer dispositivo das Leis 8.212/91, 8.213/91 e 10.666/2003, para a qual

não haja penalidade expressamente cominada, fica o responsável sujeito a multa variável de R$

1.812,87 a R$ 181.284,63, conforme a gravidade da infração (RPS, art. 283).28

1. Valores das multas

I – a partir de R$1.812,87 nas seguintes infrações:

26

STJ, AgRg no REsp 1252945/PE, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, 1ª Turma, DJe 15/08/2013. 27

Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 28

Os valores das multas previstas neste capítulo foram atualizados, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº

19, de 10/01/2014.

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Páginas 648 e 649 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

II – a partir de R$ 18.128,43 nas seguintes infrações:

[...]

e) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir

a apresentação do documento comprobatório de inexistência de débito na alienação ou oneração,

a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ativo permanente da empresa, de valor superior a

R$ 45.320,71;29

Página 654 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Multa: Pelo descumprimento dessas obrigações será aplicada multa de R$238,50 a

R$23.851,49, para cada competência em que tenha havido a irregularidade (RPS, art. 287, caput).30

Página 655 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Multa: O descumprimento desta obrigação sujeitará a instituição financeira à multa de R$

53.003,29 (RPS, art. 287, parágrafo único, I).31

b) Exigência de CND

A instituição financeira é obrigada a exigir das empresas com as quais tenham efetuado

operações de crédito que envolvam os mesmos recursos enumerados no item anterior.

29

Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 30

Valores atualizados, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 31

Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.

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Multa: O descumprimento desta obrigação sujeitará a instituição financeira à multa de R$

265.016,44 (RPS, art. 287, parágrafo único, II).32

Página 656 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

1.7 Demais infrações

As demais infrações a dispositivos da legislação, para as quais não haja penalidade

expressamente cominada, sujeitam o infrator à multa de R$ 1.812,87 (RPS, art. 283, § 3º).33

Página 687 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

Exemplo:

Um servidor ocupante de cargo efetivo, que tenha ingressado no serviço público depois da

data da instituição da FUNPRESP, e que receba uma remuneração mensal de R$10.000,00,

contribuirá para o RPPS da União com 11% de R$5.841,00 (que corresponde a 10.000,00

menos 4.159,00).

Exemplos

1. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de

R$10.000,00, que tenha ingressado no serviço público até a data da instituição da

FUNPRESP, mas a ela não tenha aderido, contribuirá para o RPPS da União com 11% de

R$10.000,00.

2. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de

R$10.000,00, que tenha ingressado no serviço público até a data da instituição da

FUNPRESP, e que a ela tenha aderido, contribuirá para o RPPS da União com 11% de

R$4.390,24.

32

Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 33

Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.

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3. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de

R$10.000,00, que tenha ingressado no serviço público depois da data da instituição da

FUNPRESP, contribuirá para o RPPS da União com 11% de R$4.390,24,

independentemente de ter aderido ou não à FUNPRESP.

4. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de

R$4.000,00, que tenha ingressado no serviço público antes ou depois da data da

instituição da FUNPRESP, contribuirá para o RPPS da União com 11% de R$4.000,00,

independentemente de ter aderido ou não à FUNPRESP.

Entende-se como base de contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das

vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou

quaisquer outras vantagens, excluídas:

Página 689 – Alterar o verde.

Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo

RPPS que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, com alíquota igual

ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos (CF, art. 40, § 18). Quando o

beneficiário for portador de doença incapacitante, conforme definido pelo ente federativo e de

acordo com laudo médico pericial, a contribuição incidirá apenas sobre a parcela de proventos de

aposentadoria e de pensão que supere o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios

do RGPS (CF, art. 40, § 21). Atualmente, o limite máximo dos benefícios do RGPS é R$4.390,24.

Páginas 698 a 700 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.

Conforme determinação da Lei 9.717/98, art. 5º, parágrafo único, “fica vedada a concessão

de aposentadoria especial, nos termos do §4º do art. 40 da Constituição Federal, até que lei

complementar federal discipline a matéria”. Assim, o §4º do art. 40 da CF é uma norma de eficácia

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limitada, ou seja, enquanto não for editada lei complementar regulamentando a matéria, as

aposentadorias especiais não poderão ser concedidas. Contudo, o STF tem entendido que

enquanto não existir disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a

adoção, via pronunciamento judicial, das regras da aposentadoria especial do RGPS. Nesse

sentido, confira o seguinte julgado a seguinte Súmula Vinculante do STF:

Súmula Vinculante nº 33 – Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do

Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo

40, § 4º, inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.

MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º

da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao

exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à

nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente

declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas

premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS.

Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação

jurídica nele revelada. APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS -

PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40,

§ 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria

especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria

aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.34

A decisão do STF supra está em consonância com o §12 do art. 40 da CF, que manda aplicar

ao RPPS, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o RGPS.

Portanto, enquanto a regulamentação do art. 40, §4º, da CF não for produzida, os

servidores portadores de deficiência, bem como os que exerçam atividades de risco, ou cujas

atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade

física poderão solicitar, via judicial, a aplicação analógica das regras da aposentadoria especial do

RGPS (Lei 8.213/91, arts. 57 e 58).

Em razão das decisões proferidas em Mandados de Injunção, em 27/10/2010, foi publicada

a Instrução Normativa MPS/SPS 1/2010, que estabelece instruções para o reconhecimento do

tempo de serviço público exercido sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a

integridade física pelos Regimes Próprios de Previdência Social para fins de concessão de

34

STF, MI 721/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 30-11-2007, p. 29.

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aposentadoria especial aos servidores públicos amparados por ordem concedida, em Mandado de

Injunção, pelo Supremo Tribunal Federal. De acordo com o art. 7º da referida Instrução

Normativa, o procedimento de reconhecimento de tempo de atividade especial pelo órgão

competente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, incluídas as suas

autarquias e fundações, deverá ser instruído com os seguintes documentos:

I – formulário de informações sobre atividades exercidas em condições especiais;

II – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, observado o disposto no

art. 9º, ou os documentos aceitos em substituição àquele, consoante o art.10;

III – parecer da perícia médica, em relação ao enquadramento por exposição a agentes

nocivos.

O formulário de informações sobre atividades exercidas em condições especiais é o

modelo de documento instituído para o RGPS, segundo seu período de vigência, sob as siglas SB-

40, DISESBE 5235, DSS-8030 ou DIRBEN 8030, que serão aceitos, quando emitidos até 31 de

dezembro de 2003, e o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que é o formulário exigido a

partir de 1º de janeiro de 2004. O formulário será emitido pelo órgão ou entidade responsável

pelos assentamentos funcionais do servidor público no correspondente período de exercício das

atribuições do cargo.

Os julgados mais recentes do STJ vêm ratificando o entendimento de que o servidor

público ex-celetista que tenha exercido atividade laboral em condições insalubres possui direito à

contagem especial desse período de trabalho para fins de aposentadoria, de acordo com o

previsto na legislação vigente à época da prestação do serviço.35

Página 709 – Alterar o verde.

Atualmente, o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS é R$4.390,24.

35

STJ, AgRg no REsp 496813 / PB, Rel. Min. ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA, 6ª Turma, DJe 25/10/2012.

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Exemplo 1: Maria, servidora aposentada pelo RPPS, recebe proventos no valor de

R$10.000,00. Caso venha a falecer, a pensão por morte que Maria deixará para o conjunto

de seus dependentes será calculada da seguinte forma: 4.390,24 + 70% x (10.000,00 –

4.390,24) = 8.317,07.

Página 718 – Alterar o verde; Excluir o tachado e realçado em vermelho;

Acrescentar o azul.

Assim, para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem

ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência

Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos de

benefícios, aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de

Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio

de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já tinham ingressado no serviço público antes

da vigência da Funpresp, o teto do RGPS somente será aplicado mediante sua prévia e expressa

opção (CF, art. 40, § 16). Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é R$ 4.390,24.

De acordo com o art. 30 da Lei 12.618/2012, considera-se instituído o Regime de

Previdência Complementar de que trata esta Lei a partir da data da publicação pelo órgão

fiscalizador da autorização de aplicação dos regu- lamentos dos planos de benefícios de qualquer

das entidades (Funpresp-Exe, Funpresp-Leg e Funpresp-Jud). O órgão fiscalizador das entidades

fechadas de previdência complementar é a PREVIC.

No Diário Oficial da União do dia 04/02/2013, foi publicada a Portaria PREVIC

MPS/PREVIC/DITEC 44/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano Exe- cutivo

Federal, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal

do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 04/02/2013, começa a vigência da

Funpresp Funpresp-Exe, para os servidores federais titulares de cargo efetivo do Poder Executivo.

Portanto, para os servidores federais, titulares de cargo efetivo do Poder Executivo, que tiverem

ingressado no serviço público a partir dessa data de 04/02/2013, aplica-se o teto do RGPS às

aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.

No Diário Oficial da União do dia 07/05/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC

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239/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Poder Legislativo

Federal – LegisPrev, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor

Público Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 07/05/2013, começa a

vigência da Funpresp para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo

Federal e para os membros do Tribunal de Contas da União. Portanto, para os servidores federais,

titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo e membros do Tribunal de Contas da União, que

tiverem ingressado no serviço público a partir de 07/05/2013, aplica-se o teto do RGPS às

aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.

No Diário Oficial da União do dia 14/10/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC

559/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Judiciário da

União, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público, a ser

administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder

Judiciário – Funpresp-Jud. Assim, a partir do dia 14/10/2013, começa a vigência Funpresp-Jud,

para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Judiciário Federal, para os

magistrados federais e para os membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional

do Ministério Público. Portanto, para os servidores federais, titulares de cargo efetivo do Poder

Judiciário, magistrados, membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do

Ministério Público, que tiverem ingressado no serviço público a partir de 14/10/2013, aplica-se o

teto do RGPS às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.

11 Abono de permanência

Página 759 – Alterar o verde.

Embora o texto constitucional não determine expressamente, mas é óbvio que para aquele

servidor que tiver seus proventos de aposentadoria e pensão limitados ao teto do RGPS, a base de

cálculo de sua contribuição ao RPPS também obedecerá ao mesmo teto (atualmente, R$4.390,24).

Sendo assim, suponhamos um servidor ocupante de cargo efetivo que receba uma

remuneração mensal de 10.000 reais e tenha ingressado no serviço público após a instituição da

previdência complementar pública. Esse servidor contribuirá para o RPPS sobre R$4.390,24 (teto

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do RGPS). Mediante adesão facultativa, contribuirá para a previdência complementar pública

sobre R$ 5.609,76 (parcela da remuneração que excede ao teto do RGPS). Caso não tenha aderido

à previdência complementar, contribuirá somente para o RPPS sobre R$4.390,24.

Página 761 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.

De acordo com o art. 30 da Lei 12.618/2012, considera-se instituído o Regime de

Previdência Complementar de que trata esta Lei a partir da data da publicação pelo órgão

fiscalizador da autorização de aplicação dos regu- lamentos dos planos de benefícios de qualquer

das entidades (Funpresp-Exe, Funpresp-Leg e Funpresp-Jud). O órgão fiscalizador das entidades

fechadas de previdência complementar é a PREVIC.

No Diário Oficial da União do dia 04/02/2013, foi publicada a Portaria PREVIC

MPS/PREVIC/DITEC nº 44/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano Executivo

Federal, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal

do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 04/02/2013, começa a vigência da

Funpresp Funpresp-Exe, para os servidores federais titulares de cargo efetivo do Poder Executivo.

Portanto, para os servidores federais, titulares de cargo efetivo do Poder Executivo, que tiverem

ingressado no serviço público a partir dessa data de 04/02/2013, aplica-se o teto do RGPS às

aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.

No Diário Oficial da União do dia 07/05/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC

239/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Poder Legislativo

Federal – LegisPrev, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor

Público Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 07/05/2013, começa a

vigência da Funpresp para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo

Federal e para os membros do Tribunal de Contas da União. Portanto, para os servidores federais,

titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo e membros do Tribunal de Contas da União, que

tiverem ingressado no serviço público a partir de 07/05/2013, aplica-se o teto do RGPS às

aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.

No Diário Oficial da União do dia 14/10/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC

559/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Judiciário da

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União, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público, a ser

administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder

Judiciário – Funpresp-Jud. Assim, a partir do dia 14/10/2013, começa a vigência Funpresp-Jud,

para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Judiciário Federal, para os

magistrados federais e para os membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional

do Ministério Público. Portanto, para os servidores federais, titulares de cargo efetivo do Poder

Judiciário, magistrados, membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do

Ministério Público, que tiverem ingressado no serviço público a partir de 14/10/2013, aplica-se o

teto do RGPS às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.

De acordo com a Lei 12.618/2012, art. 4º, § 1º, a Funpresp-Exe, a Funpresp-Leg e a

Funpresp-Jud serão estruturadas na forma de fundação, de natureza pública, com personalidade

jurídica de direito privado, gozarão de autonomia administrativa, financeira e gerencial e terão

sede e foro no Distrito Federal (Lei 12.618/2012, art. 4º, §2º). A Lei autoriza que, por ato conjunto

das autoridades competentes para a criação das referidas fundações, possa ser criada fundação

que contemple os servidores públicos de dois ou dos três Poderes (Lei 12.618/2012, art. 4º, §2º).

Amparados por estes dispositivos legais, foram criadas apenas a Funpresp-Exe e a Funpresp-Jud. O

Plano de Benefícios do Poder Legislativo Federal — LegisPrev é administrado pela Funpresp-Exe

(Portaria MPS/PREVIC/DITEC 559/2013). Assim, a Funpresp-Exe administra os planos de benefícios

do Poder Executivo Federal e do Poder Legislativo Federal.

A União, suas autarquias e fundações são responsáveis, na qualidade de patrocinadores,

pelo aporte de contribuições e pelas transferências às enti- dades fechadas de previdência

complementar das contribuições descontadas dos seus servidores.

Página 811 – Acrescentar o azul.

28 – É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação

judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do crédito tributário.

33 – Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de Previdência

Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III, da Constituição

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Federal, até edição de lei complementar específica.

Súmulas Comuns

Página 815 – Acrescentar o azul.

483 – O INSS não está obrigado a efetuar depósito prévio do preparo por gozar das prerrogativas e

privilégios da Fazenda Pública.

507 – A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e

a aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério do art. 23 da Lei 8.213/1991

para definição do momento da lesão nos casos de doença profissional ou do trabalho.

508 – A isenção da Cofins concedida pelo art. 6º, II, da LC n. 70/1991 às sociedades civis de

prestação de serviços profissionais foi revogada pelo art. 56 da Lei 9.430/1996.

3 Súmulas da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais

Página 819 – Acrescentar o azul.

68 – O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da

atividade especial do segurado.

69 – O tempo de serviço prestado em empresa pública ou em sociedade de economia mista por

servidor público federal somente pode ser contado para efeitos de aposentadoria e

disponibilidade.

70 – A atividade de tratorista pode ser equiparada à de motorista de caminhão para fins de

reconhecimento de atividade especial mediante enquadramento por categoria profissional.

71 – O mero contato do pedreiro com o cimento não caracteriza condição especial de trabalho

para fins previdenciários.

72 – É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período em que houve

exercício de atividade remunerada quando comprovado que o segurado estava incapaz para as

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atividades habituais na época em que trabalhou.

73 – O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrentes de

acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência

quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a

previdência social.

74 – O prazo de prescrição fica suspenso pela formulação de requerimento administrativo e volta

a correr pelo saldo remanescente após a ciência da decisão administrativa final.

75 – A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito

formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade, formando

prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a anotação de vínculo de

emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

76 – A averbação de tempo de serviço rural não contributivo não permite majorar o coeficiente de

cálculo da renda mensal inicial de aposentadoria por idade previsto no art. 50 da Lei nº 8.213/91.

77 – O julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não reconhecer a

incapacidade do requerente para a sua atividade habitual.

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Exercícios de Fixação