atividades e atos administrativos

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Atividades e Atividades e atos atos administrativos administrativos Aula 7 Aula 7 princípios da moralidade, da princípios da moralidade, da eficiência e da publicidade eficiência e da publicidade dos atos administrativos dos atos administrativos

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Atividades e atos administrativos. Aula 7 princípios da moralidade, da eficiência e da publicidade dos atos administrativos. Caso gerador. Campanha institucional utilizando mesmas frases que haviam composto a propaganda eleitoral de prefeito Viola o princípio da impessoalidade ! - PowerPoint PPT Presentation

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Atividades e atos Atividades e atos administrativosadministrativos

Aula 7Aula 7

princípios da moralidade, da princípios da moralidade, da eficiência e da publicidade dos eficiência e da publicidade dos

atos administrativos atos administrativos

Caso geradorCaso gerador Campanha institucional utilizando mesmas frases que Campanha institucional utilizando mesmas frases que

haviam composto a propaganda eleitoral de prefeitohaviam composto a propaganda eleitoral de prefeito

Viola o princípio da impessoalidade !Viola o princípio da impessoalidade !Art. 37, § 1º, CF/88 - Art. 37, § 1º, CF/88 - A publicidade dos atos, A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.públicos.

Não se pode confundir, jamais, dever de publicidade Não se pode confundir, jamais, dever de publicidade dos atos administrativos com promoção pessoal...dos atos administrativos com promoção pessoal...

MoralidadeMoralidade Princípio autônomo na Constituição de Princípio autônomo na Constituição de

19881988 Relaciona-se ao princípio da finalidadeRelaciona-se ao princípio da finalidade Categorização segundo Diogo de Categorização segundo Diogo de

Figueiredo Moreira Neto:Figueiredo Moreira Neto:- atos com desvio de finalidade pública- atos com desvio de finalidade pública- atos sem finalidade pública- atos sem finalidade pública

- atos com deficiente finalidade pública - atos com deficiente finalidade pública (ineficiência grosseira no trato do (ineficiência grosseira no trato do interesse público)interesse público)

MoralidadeMoralidade

““O administrador público se sujeita, O administrador público se sujeita, por acréscimo [à moral comum], a por acréscimo [à moral comum], a regras, estejam elas escritas ou não, regras, estejam elas escritas ou não, que dele exigem fidelidade ao fim que dele exigem fidelidade ao fim institucional de cada ato praticado institucional de cada ato praticado na gestão da coisa pública”.na gestão da coisa pública”.

Diogo de Figueiredo Moreira NetoDiogo de Figueiredo Moreira Neto

Ação popularAção popular

Art. 5º, CF/88Art. 5º, CF/88

        LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativamoralidade administrativa, ao meio ambiente , ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Improbidade Improbidade administrativaadministrativa

Art. 37, CF/88Art. 37, CF/88

§4º. Os atos de improbidade administrativa §4º. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. penal cabível.

Lei n. 8.429/92Lei n. 8.429/92

Art. 4° Os agentes públicos de Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. dos assuntos que lhe são afetos.

Lei n. 8.429/92Lei n. 8.429/92Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícitoimportando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que que causa lesão ao eráriocausa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração públicaatenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidadehonestidade, imparcialidade, legalidade, e , imparcialidade, legalidade, e lealdadelealdade às às instituições, e notadamente:instituições, e notadamente:

Art. 85, V, CF/88Art. 85, V, CF/88

Art. 85. São crimes de responsabilidade os Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:especialmente, contra:(...)(...)

    V - a probidade na administração; V - a probidade na administração;

=> Atenção: quem pode cometer crime de => Atenção: quem pode cometer crime de responsabilidade não se sujeita à lei de responsabilidade não se sujeita à lei de improbidade administrativa (STF, Recl. nº improbidade administrativa (STF, Recl. nº 2138-DF, maioria), pq. está sujeito à lei 2138-DF, maioria), pq. está sujeito à lei 1.079/50 1.079/50

Improbidade Improbidade administrativa e administrativa e

ofensa à ofensa à moralidademoralidade

Considere a seguinte Considere a seguinte situaçãosituação

Município realiza licitação para Município realiza licitação para aquisição de 01 tratoraquisição de 01 trator

Comissão de licitação, composta por Comissão de licitação, composta por servidores públicos, qualifica empresas servidores públicos, qualifica empresas apesar de não terem apresentado CND apesar de não terem apresentado CND federal, conforme regra do editalfederal, conforme regra do edital

Não houve dano ao erário, que Não houve dano ao erário, que efetivamente recebeu o trator, nem efetivamente recebeu o trator, nem enriquecimento por parte dos enriquecimento por parte dos servidoresservidores

STJ –1ª turma - REsp STJ –1ª turma - REsp 831.178/MG 831.178/MG

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEI PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEI 8.429/92. LESÃO A PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS.8.429/92. LESÃO A PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS.AUSÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO. APLICAÇÃO DAS AUSÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO. APLICAÇÃO DAS PENALIDADES. PRINCÍPIO DA PENALIDADES. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. VIOLAÇÃO DO ART. 535, I e PROPORCIONALIDADE. VIOLAÇÃO DO ART. 535, I e II, DO CPC. NÃO CONFIGURADA.II, DO CPC. NÃO CONFIGURADA.1. O caráter sancionador da Lei 8.429/92 é aplicável 1. O caráter sancionador da Lei 8.429/92 é aplicável aos agentes públicos que, por ação ou omissão, violem aos agentes públicos que, por ação ou omissão, violem os deveres de honestidade, imparcialidade, os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, lealdade às instituições e notadamente: a) legalidade, lealdade às instituições e notadamente: a) importem em enriquecimento ilícito (art. 9º); b) importem em enriquecimento ilícito (art. 9º); b) causem prejuízo ao erário público (art. 10); c) atentem causem prejuízo ao erário público (art. 10); c) atentem contra os princípios da Administração Pública (art. contra os princípios da Administração Pública (art. 11) compreendida nesse tópico a lesão à moralidade 11) compreendida nesse tópico a lesão à moralidade administrativa.administrativa.

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2. A exegese das regras insertas no art. 11 da Lei 2. A exegese das regras insertas no art. 11 da Lei 8.429/92, considerada a gravidade das sanções e 8.429/92, considerada a gravidade das sanções e restrições impostas ao agente público, restrições impostas ao agente público, deve se realizada deve se realizada cum granu saliscum granu salis, máxime porque uma interpretação , máxime porque uma interpretação ampliativa poderá acoimar de ímprobas condutas ampliativa poderá acoimar de ímprobas condutas meramente irregulares, suscetíveis de correção meramente irregulares, suscetíveis de correção administrativa, posto ausente a má-fé do administrador administrativa, posto ausente a má-fé do administrador público, preservada a moralidade administrativa e, a público, preservada a moralidade administrativa e, a fortiori, ir além de que o legislador pretendeufortiori, ir além de que o legislador pretendeu..3. 3. A má-fé, consoante cediço, é premissa do ato ilegal e A má-fé, consoante cediço, é premissa do ato ilegal e ímprobo e a ilegalidade só adquire o status de ímprobo e a ilegalidade só adquire o status de improbidade quando a conduta antijurídica fere os improbidade quando a conduta antijurídica fere os princípios constitucionais da Administração Pública princípios constitucionais da Administração Pública coadjuvados pela má-intenção do administradorcoadjuvados pela má-intenção do administrador..

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4. À luz de abalizada doutrina: "A probidade administrativa é uma 4. À luz de abalizada doutrina: "A probidade administrativa é uma forma de moralidade administrativa que mereceu consideração forma de moralidade administrativa que mereceu consideração especial da Constituição, que pune o ímprobo com a suspensão de especial da Constituição, que pune o ímprobo com a suspensão de direitos políticos (art. 37, §4º). A probidade administrativa consiste direitos políticos (art. 37, §4º). A probidade administrativa consiste no dever de o "funcionário servir a Administração com honestidade, no dever de o "funcionário servir a Administração com honestidade, procedendo no exercício das suas funções, sem aproveitar os procedendo no exercício das suas funções, sem aproveitar os poderes ou facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de poderes ou facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de outrem a quem queira favorecer". O desrespeito a esse dever é que outrem a quem queira favorecer". O desrespeito a esse dever é que caracteriza a improbidade administrativa. caracteriza a improbidade administrativa. Cuida-se de uma Cuida-se de uma imoralidade administrativa qualificada. A improbidade imoralidade administrativa qualificada. A improbidade administrativa é uma imoralidade qualificada pelo dano ao erário e administrativa é uma imoralidade qualificada pelo dano ao erário e correspondente vantagem ao ímprobo ou a outremcorrespondente vantagem ao ímprobo ou a outrem(...)." in José (...)." in José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo, 24ª ed., Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo, 24ª ed., São Paulo, Malheiros Editores, 2005, p-669.São Paulo, Malheiros Editores, 2005, p-669.5. Ação Civil Pública ajuizada por Ministério Público Estadual em 5. Ação Civil Pública ajuizada por Ministério Público Estadual em face de membros de Comissão de Licitação, realizada sob a face de membros de Comissão de Licitação, realizada sob a modalidade de convite para a aquisição de um trator agrícola, um modalidade de convite para a aquisição de um trator agrícola, um arado, uma grade hidráulica e uma roçadeira, e das empresas arado, uma grade hidráulica e uma roçadeira, e das empresas habilitadas no mencionado certame, objetivando a condenação dos habilitadas no mencionado certame, objetivando a condenação dos réus nas sanções previstas no art. 12 da Lei 8429/92 pela prática de réus nas sanções previstas no art. 12 da Lei 8429/92 pela prática de irregularidades em procedimento licitatório, qual seja, habilitação irregularidades em procedimento licitatório, qual seja, habilitação de empresas à míngua de apresentação de documentos exigidos pelo de empresas à míngua de apresentação de documentos exigidos pelo edital.edital.

STJ –1ª turma - REsp STJ –1ª turma - REsp 831.178/MG831.178/MG

6. 6. O Tribunal local, revisitando os fatos que nortearam o O Tribunal local, revisitando os fatos que nortearam o ato acoimado de improbidade, deu parcial provimento ato acoimado de improbidade, deu parcial provimento ao recurso interposto pelos membros da comissão de ao recurso interposto pelos membros da comissão de licitação, apenas, para afastar o ressarcimento ao licitação, apenas, para afastar o ressarcimento ao erário, mantendo incólume a condenação no que erário, mantendo incólume a condenação no que pertine à perda da função pública, à suspensão dos pertine à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos por três anos, ao pagamento de multa direitos políticos por três anos, ao pagamento de multa civil, calculada sobre cinco vezes o valor da civil, calculada sobre cinco vezes o valor da remuneração percebidas pelos agentes públicos à data remuneração percebidas pelos agentes públicos à data do fato, além da proibição de contratar com o poder do fato, além da proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos, fixada pela majoritário, pelo prazo de três anos, fixada pela sentença exarada às fls. 136/142, bem como proveu o sentença exarada às fls. 136/142, bem como proveu o recurso apresentado pelo Ministério Público do Estado recurso apresentado pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais para condenar as empresas com de Minas Gerais para condenar as empresas com supedâneo no art. 3º da Lei 8429/92, consoante se supedâneo no art. 3º da Lei 8429/92, consoante se infere do voto-condutor do acórdão às fls. 235/245.infere do voto-condutor do acórdão às fls. 235/245.

STJ –1ª turma - REsp STJ –1ª turma - REsp 831.178/MG831.178/MG

7. O 7. O elemento subjetivo é essencial à caracterização da elemento subjetivo é essencial à caracterização da improbidadeimprobidade, afastado pelo Tribunal , afastado pelo Tribunal a quoa quo na sua na sua fundamentação, por isso que incidiu em fundamentação, por isso que incidiu em error in judicandoerror in judicando ao analisar o ilícito somente sob o ângulo objetivo, ao analisar o ilícito somente sob o ângulo objetivo, consoante se infere do voto condutor às fls. 235/245.consoante se infere do voto condutor às fls. 235/245.8. A lei de improbidade administrativa prescreve no 8. A lei de improbidade administrativa prescreve no capítulo das penas que na sua fixação o “juiz levará em capítulo das penas que na sua fixação o “juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.” (Parágrafo único do artigo patrimonial obtido pelo agente.” (Parágrafo único do artigo 12 da lei nº 8.429/92).12 da lei nº 8.429/92).9. In casu, a ausência de dano ao patrimônio público e de 9. In casu, a ausência de dano ao patrimônio público e de enriquecimento ilícito por parte dos membros da comissão enriquecimento ilícito por parte dos membros da comissão de licitação e das empresas contratadas, tendo em vista a de licitação e das empresas contratadas, tendo em vista a efetiva entrega dos equipamentos licitados, reconhecidos efetiva entrega dos equipamentos licitados, reconhecidos pelo Tribunal local à luz do contexto fático delineado nos pelo Tribunal local à luz do contexto fático delineado nos autos, revelam a desproporcionalidade das sanções autos, revelam a desproporcionalidade das sanções impostas às partes, ora recorrentes.Precedentes do STJimpostas às partes, ora recorrentes.Precedentes do STJ

STJ - 2ª Turma - REsp STJ - 2ª Turma - REsp 880.662/MG 880.662/MG

ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.DESPESAS DE VIAGEM. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DESPESAS DE VIAGEM. PRESTAÇÃO DE CONTAS. IRREGULARIDADE. LESÃO A PRINCÍPIOS IRREGULARIDADE. LESÃO A PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS. ELEMENTO SUBJETIVO. DANO ADMINISTRATIVOS. ELEMENTO SUBJETIVO. DANO AO ERÁRIO.AO ERÁRIO.COMPROVAÇÃO. DESNECESSIDADE. SANÇÃO DE COMPROVAÇÃO. DESNECESSIDADE. SANÇÃO DE RESSARCIMENTO EXCLUÍDA. MULTA CIVIL RESSARCIMENTO EXCLUÍDA. MULTA CIVIL REDUZIDA.REDUZIDA.1. 1. A lesão a princípios administrativos contida no art. 11 A lesão a princípios administrativos contida no art. 11 da Lei nº 8.429/92 não exige dolo ou culpa na conduta da Lei nº 8.429/92 não exige dolo ou culpa na conduta do agente nem prova da lesão ao erário público. Basta a do agente nem prova da lesão ao erário público. Basta a simples ilicitude ou imoralidade administrativa para simples ilicitude ou imoralidade administrativa para restar configurado o ato de improbidaderestar configurado o ato de improbidade..Precedente da Turma.Precedente da Turma.

Trecho do voto do relatorTrecho do voto do relator“Já o art. 11 elenca diversas infrações para cuja consecução é irrelevante o ânimo do agente. Em outras palavras, para a tipificação da conduta é desnecessário perquirir se o gestor público comportou-se com dolo ou culpa, ou se houve prejuízo material ao erário. Nos quadrantes do Direito Penal, estar-se-ia diante de um crime formal ou de mera conduta, em oposição aos crimes materiais, para os quais se exige um resultado no mundo fenomênico. A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que os atos de improbidade descritos no art. 11 da Lei n.º 8.429/92 não exigem dolo ou culpa na conduta do agente, nem prova da lesão ao erário público, sendo suficiente a simples ilicitude ou imoralidade administrativa para restar configurada a infração

STJ - 2ª Turma - REsp STJ - 2ª Turma - REsp 880.662/MG880.662/MG

2. A aplicação das sanções previstas na Lei de 2. A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade independe da aprovação ou rejeição das Improbidade independe da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou conselho de contas (art. 21, II, da Lei 8.429/92).conselho de contas (art. 21, II, da Lei 8.429/92).3. Segundo o art. 11 da Lei 8.429/92, constitui ato de 3. Segundo o art. 11 da Lei 8.429/92, constitui ato de improbidade que atenta contra os princípios da improbidade que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, notadamente a legalidade e lealdade às instituições, notadamente a prática de ato que visa fim proibido em lei ou prática de ato que visa fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na regra de regulamento ou diverso daquele previsto na regra de competência (inciso I), ou a ausência de prestação de competência (inciso I), ou a ausência de prestação de contas, quando esteja o agente público obrigado a fazê-lo contas, quando esteja o agente público obrigado a fazê-lo (inciso VI).(inciso VI).4. Simples relatórios indicativos apenas do motivo da 4. Simples relatórios indicativos apenas do motivo da viagem, do número de viajantes e do destino são viagem, do número de viajantes e do destino são insuficientes para comprovação de despesas de viagem.insuficientes para comprovação de despesas de viagem.

STJ - 2ª Turma - REsp STJ - 2ª Turma - REsp 880.662/MG880.662/MG

5. A prestação de contas, ainda que realizada por meio de 5. A prestação de contas, ainda que realizada por meio de relatório, deve justificar a viagem, apontar o interesse social relatório, deve justificar a viagem, apontar o interesse social na efetivação da despesa, qualificar os respectivos na efetivação da despesa, qualificar os respectivos beneficiários e descrever cada um dos gastos realizados, beneficiários e descrever cada um dos gastos realizados, medidas necessárias a viabilizar futura auditoria e medidas necessárias a viabilizar futura auditoria e fiscalização.fiscalização.6. Não havendo prova de dano ao erário, afasta-se a sanção 6. Não havendo prova de dano ao erário, afasta-se a sanção de ressarcimento prevista na primeira parte do inciso III do de ressarcimento prevista na primeira parte do inciso III do art. 12 da Lei 8.429/92. As demais penalidades, inclusive a art. 12 da Lei 8.429/92. As demais penalidades, inclusive a multa civil, que não ostenta feição indenizatória, são multa civil, que não ostenta feição indenizatória, são perfeitamente compatíveis com os atos de improbidade perfeitamente compatíveis com os atos de improbidade tipificados no art. 11 da Lei 8.429/92 (lesão aos princípios tipificados no art. 11 da Lei 8.429/92 (lesão aos princípios administrativos).administrativos).7. Sentença mantida, excluída apenas a sanção de 7. Sentença mantida, excluída apenas a sanção de ressarcimento ao erário e reduzida a multa civil para cinco ressarcimento ao erário e reduzida a multa civil para cinco vezes o valor da remuneração recebida no último ano de vezes o valor da remuneração recebida no último ano de mandato.mandato.8. Recurso especial provido.8. Recurso especial provido.

nepotismonepotismo

NepotismoNepotismo Súmula Vinculante nº 13 Súmula Vinculante nº 13

"A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente "A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal." Constituição Federal."

Princípio da eficiênciaPrincípio da eficiência Introduzido pela EC 19/98Introduzido pela EC 19/98

Ligado à prestação de serviços, públicos e Ligado à prestação de serviços, públicos e administrativosadministrativos

Busca da administração de resultado, Busca da administração de resultado, excelência, presteza maior concretização excelência, presteza maior concretização possível do interesse público envolvido ao possível do interesse público envolvido ao menor custo possívelmenor custo possível

O juízo quanto à eficiência cabe à O juízo quanto à eficiência cabe à Administração, e não ao JudiciárioAdministração, e não ao Judiciário

Caso geradorCaso gerador

Rádio comunitária que espera há 05 anos Rádio comunitária que espera há 05 anos por autorização para funcionamentopor autorização para funcionamento

Atuava antes da nova exigênciaAtuava antes da nova exigência

Ameaça de autuaçãoAmeaça de autuação

UF alega que funcionamento sem UF alega que funcionamento sem autorização consubstancia rádio clandestinaautorização consubstancia rádio clandestina

REsp 690.819/RSREsp 690.819/RS

ADMINISTRATIVO. RÁDIO COMUNITÁRIA. ADMINISTRATIVO. RÁDIO COMUNITÁRIA. PROCESSO ADMINISTRATIVO. PEDIDO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO. PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO. MORA DA ADMINISTRAÇÃO. AUTORIZAÇÃO. MORA DA ADMINISTRAÇÃO. ESPERA DE CINCO ANOS DA RÁDIO REQUERENTE. ESPERA DE CINCO ANOS DA RÁDIO REQUERENTE. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA E DA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA E DA RAZOABILIDADE. INEXISTÊNCIA. (...)RAZOABILIDADE. INEXISTÊNCIA. (...)1. Cuida-se de recursos especiais (fls. 559/589 e 1. Cuida-se de recursos especiais (fls. 559/589 e 630/644) interpostos, respectivamente, pela 630/644) interpostos, respectivamente, pela AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - ANATEL e pela  UNIÃO, ambos com fulcro na alínea ANATEL e pela  UNIÃO, ambos com fulcro na alínea "a", sendo o da ANATEL baseado também na letra "c" "a", sendo o da ANATEL baseado também na letra "c" do art. 105, III, da Constituição Federal de 1988, em do art. 105, III, da Constituição Federal de 1988, em face de acórdão proferido pelo TRF da 4ª Região, face de acórdão proferido pelo TRF da 4ª Região, assim ementado (fl. 526-v): assim ementado (fl. 526-v):

REsp 690.819/RSREsp 690.819/RS

"ADMINISTRATIVO. RÁDIO COMUNITÁRIA. "ADMINISTRATIVO. RÁDIO COMUNITÁRIA. FUNCIONAMENTO. PROCESSO FUNCIONAMENTO. PROCESSO ADMINISTRATIVO. OMISSÃO DO PODER ADMINISTRATIVO. OMISSÃO DO PODER PÚBLICO. PÚBLICO. RAZOABILIDADERAZOABILIDADE. APREENSÃO.. APREENSÃO.POLÍCIA FEDERAL. INTERFERÊNCIA.POLÍCIA FEDERAL. INTERFERÊNCIA.1. O conteúdo da sentença apelada não implica em 1. O conteúdo da sentença apelada não implica em invasão da competência do Poder Executivo pelo invasão da competência do Poder Executivo pelo Judiciário, posto não conceder autorização para o Judiciário, posto não conceder autorização para o funcionamento, mas apenas impede que o funcionamento, mas apenas impede que o funcionamento da Rádio Comunitária seja funcionamento da Rádio Comunitária seja perturbado enquanto não for examinado o pedido perturbado enquanto não for examinado o pedido de autorização.de autorização.

REsp 690.819/RSREsp 690.819/RS

2. O cidadão tem direito a receber um tratamento adequado 2. O cidadão tem direito a receber um tratamento adequado por parte do Ministério das Comunicações, que deve por parte do Ministério das Comunicações, que deve responder as postulações feitas. Não o tendo feito no prazo responder as postulações feitas. Não o tendo feito no prazo da lei que rege os procedimentos administrativos, está a da lei que rege os procedimentos administrativos, está a desrespeitar o devido processo legal e a razoabilidade.desrespeitar o devido processo legal e a razoabilidade.3. Embora os fiscais da Agência Nacional de 3. Embora os fiscais da Agência Nacional de Telecomunicações não tenham poderes para, Telecomunicações não tenham poderes para, administrativamente, proceder à apreensão de bens e administrativamente, proceder à apreensão de bens e equipamentos no âmbito de sua competência, tendo em equipamentos no âmbito de sua competência, tendo em vista a suspensão da eficácia do art. 19, inc. XV, da Lei nº vista a suspensão da eficácia do art. 19, inc. XV, da Lei nº 9.472/97, pela medida cautelar concedida pelo Plenário do 9.472/97, pela medida cautelar concedida pelo Plenário do STF na ADIn nº 1.688, tal vedação não atinge os agentes da STF na ADIn nº 1.688, tal vedação não atinge os agentes da Polícia Federal, que têm o dever de apreender os Polícia Federal, que têm o dever de apreender os instrumentos utilizados na prática de crimes.instrumentos utilizados na prática de crimes.

REsp 690.819/RSREsp 690.819/RS

4. No tocante às alegações de interferência dos 4. No tocante às alegações de interferência dos equipamentos da rádio comunitário no espectro equipamentos da rádio comunitário no espectro eletromagnético, compete à União Federal a eletromagnético, compete à União Federal a respectiva fiscalização, procedendo às medidas respectiva fiscalização, procedendo às medidas necessárias para evitar interferência em outros necessárias para evitar interferência em outros sistemas de telecomunicações.sistemas de telecomunicações.5. Apelações cíveis da ANATEL e remessa de 5. Apelações cíveis da ANATEL e remessa de ofício improvidas.ofício improvidas.Apelação cível da União Federal parcialmente Apelação cível da União Federal parcialmente provida.”provida.”

REsp 690.819/RSREsp 690.819/RS

(...) 3. Merece confirmação o acórdão que julga (...) 3. Merece confirmação o acórdão que julga procedente pedido para que a União e a ANATEL se procedente pedido para que a União e a ANATEL se abstenham de impedir o funcionamento provisório dos abstenham de impedir o funcionamento provisório dos serviços de radiodifusão, até que seja decidido o pleito serviços de radiodifusão, até que seja decidido o pleito administrativo da recorrida que, tendo cumprido as administrativo da recorrida que, tendo cumprido as formalidades legais exigidas, espera já há cinco anos, sem formalidades legais exigidas, espera já há cinco anos, sem que tenha obtido uma simples resposta da Administração.que tenha obtido uma simples resposta da Administração.4. 4. A Lei 9.784/99 foi promulgada justamente para A Lei 9.784/99 foi promulgada justamente para introduzir no nosso ordenamento jurídico o instituto da introduzir no nosso ordenamento jurídico o instituto da Mora Administrativa como forma de reprimir o arbítrio Mora Administrativa como forma de reprimir o arbítrio administrativo, pois não obstante a discricionariedade administrativo, pois não obstante a discricionariedade que reveste o ato da autorização, não se pode conceber que reveste o ato da autorização, não se pode conceber que o cidadão fique sujeito à uma espera abusiva que não que o cidadão fique sujeito à uma espera abusiva que não deve ser tolerada e que está sujeita, sim, ao controle do deve ser tolerada e que está sujeita, sim, ao controle do Judiciário a quem incumbe a preservação dos direitos, Judiciário a quem incumbe a preservação dos direitos, posto que visa a efetiva observância da lei em cada caso posto que visa a efetiva observância da lei em cada caso concretoconcreto..

REsp 690.819/RSREsp 690.819/RS

5. O Poder Concedente deve observar 5. O Poder Concedente deve observar prazos razoáveis para instrução e conclusão prazos razoáveis para instrução e conclusão dos processos de outorga de autorização dos processos de outorga de autorização para funcionamento, não podendo estes para funcionamento, não podendo estes prolongar-se por tempo indeterminado, prolongar-se por tempo indeterminado, sob sob pena de violação aos princípios da pena de violação aos princípios da eficiência e da razoabilidadeeficiência e da razoabilidade..6. Recursos  parcialmente conhecidos e 6. Recursos  parcialmente conhecidos e desprovidos.desprovidos.

Direito à razoável duração Direito à razoável duração do processodo processo

Art. 5º, CF/88Art. 5º, CF/88

      LXXVIII - A todos, no âmbito judicial LXXVIII - A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de meios que garantam a celeridade de sua tramitação. sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constituciona(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)l nº 45, de 2004)

Princípio da publicidadePrincípio da publicidade

Art. 37, Art. 37, caputcaput, CF/88, CF/88

Transparência, responsividade da Transparência, responsividade da AdministraçãoAdministração

Não se confunde com propaganda Não se confunde com propaganda comercial, embora a propaganda comercial, embora a propaganda institucional possa ser um meio de institucional possa ser um meio de manifestaçãomanifestação

InstrumentosInstrumentosDireitos de petição e de certidão – art. 5º, Direitos de petição e de certidão – art. 5º, XXXIV, CF/88XXXIV, CF/88

XXXIV - São a todos assegurados, XXXIV - São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;abuso de poder;b) a obtenção de certidões em repartições b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse esclarecimento de situações de interesse pessoal;pessoal;

Publicação no D.O.Publicação no D.O. A publicação no D.O é o meio por excelência A publicação no D.O é o meio por excelência

de se dar a conhecer o ato administrativo.de se dar a conhecer o ato administrativo. Exemplo: Lei 8.666/93Exemplo: Lei 8.666/93

Art. 61, par. ún.  A publicação resumida do Art. 61, par. ún.  A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. desta Lei. (Redação dada pela Lei (Redação dada pela Lei nºnº 8.883, de 1994) 8.883, de 1994)