atividade estruturada

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ATIVIDADE ESTRUTURADA COTIA – 2012 Alexandre Alves Chacon Diego de Oliveira Silva Filipe Rozzo Gallado Higor Gonçalves da Silva Luciano Batista Wagner Vinicius Mendes Wesley de Oliveira ATIVIDADE ESTRUTURADA Trabalho de avaliação da disciplina de Matemática Financeira do curso de Logística, da Universidade Estácio Uniradial. Orientador: Prof. Mario COTIA - 2012 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 1-A ORIGEM DA MOEDA 5 2-PESQUISA DE CAMPO 7 BB CRÉDITO CONSIGNAÇÃO 7

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Page 1: ATIVIDADE ESTRUTURADA

ATIVIDADE ESTRUTURADA

COTIA – 2012

Alexandre Alves Chacon

Diego de Oliveira Silva

Filipe Rozzo Gallado

Higor Gonçalves da Silva

Luciano Batista

Wagner Vinicius Mendes

Wesley de Oliveira

ATIVIDADE ESTRUTURADA

Trabalho de avaliação da disciplina de Matemática Financeira do curso de Logística, da Universidade Estácio Uniradial.

Orientador: Prof. Mario

COTIA - 2012

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4

1-A ORIGEM DA MOEDA 5

2-PESQUISA DE CAMPO 7

BB CRÉDITO CONSIGNAÇÃO 7

BB CRÉDITO RENOVAÇÃO CONSIGNAÇÃO 7

POUPANÇA OURO 8

Page 2: ATIVIDADE ESTRUTURADA

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO BB 8

BB CRÉDITO VEÍCULO 8

CHEQUE ESPECIAL 8

BB CRÉDITO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 9

FUNDO DE INVESTIMENTO 9

CONSÓRCIOS 10

FUNDOS DE AÇÕES 10

PREVIDENCIA COMPLEMENTAR 10

3-METODOLOGIA DE APURAÇÃO DA INFLAÇÃO 11

4-ENTREVISTA 14

5-OPERAÇÃO DE DESCONTO DE DUPLICATAS 15

6-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO INVESTIMENTO 17

FLUXO DE CAIXA LIVRE 18

CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL 20

TÉCNICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO 23

VALOR PRESENTE LÍQUIDO 23

PAYBACK 26

RETORNO CONTÁBIL MÉDIO 27

TAXA INTERNA DE RETORNO 28

FLUXO DE CAIXA 28

ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE 30

ANÁLISE DE RISCOS E INCERTEZAS EM INVESTIMENTOS 31

CRITÉRIOS DE DECISÃO EM CONDIÇÕES DE RISCO 32

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE 32

ANÁLISE DE CENÁRIOS 33

ÁRVORE DE DECISÃO 33

MÉTODO DE MONTE CARLO 34

Page 3: ATIVIDADE ESTRUTURADA

CRITÉRIOS DE DECISÃO EM CONDIÇÕES DE INCERTEZA 34

MAXIMIN OU MINIMAX 34

HURWICZ 35

SAVAGE 35

RESUMO SOBRE O CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTO 36

CONCLUSÃO 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44

INTRODUÇÃO

Esse trabalho foi feito para melhor entendimento sobre a matemática financeira. Onde sem tem algumas questões e respostas relacionadas ao assunto. Como a origem da moeda; produtos financeiros relacionados á empréstimos, financiamentos ou aplicações financeiras; a metodologia de apuração da inflação; critérios de avaliação de investimento; entre outros, conforme pode-se observar no decorrer do trabalho.

1- Pesquise na Internet ou em livros a origem da moeda, das operações comerciais e da cobrança de juros nos empréstimos. Elabore um resumo no qual se destaque as motivações e justificativas para a cobrança de juros e as práticas adotadas no passado e que ainda são consagradas pelo uso, incluindo ainda no texto um breve histórico sobre a criação da moeda. Não se esqueça de fornecer a referência bibliográfica e ou sites da internet utilizados na pesquisa.

1- A ORIGEM DA MOEDA

O povo grego, chamado de Helenos, nesta época já dominava a agricultura, fundiam ferro, esculpiam o bronze, navegavam com segurança pelo Mediterrâneo e estabeleciam um crescente comércio. As comunidades primordiais transformaram-se em unidades socioeconomicamente mais "maduras", desenvolvendo as "cidades-estados" independentes, ficando unidas pela língua, escrita e pelos mesmos deuses, catalisando o nascimento da civilização grega. Nos tempos remotos, para realizar troca de valores, era usual a utilização de lingotes de bronze ou barras de ferro. Como sabemos de Homero, lá pelo século IX a.C., pesos de prata facilitavam a troca valores. Mas essa logística comercial exigia um sistema monetário mais apropriado, que facilitasse os negócios, os pagamentos oficiais, a cobrança de impostos e limitasse as medições repetitivas dos pesos dos metais preciosos. A ação conjunta dessas circunstâncias condicionou o surgimento de um disco de metal precioso, com desenho próprio

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e com peso determinado - isso culminou com a criação da moeda cunhada, como a conhecemos até os dias atuais. Atribui-se aos reis lídios, a invenção da cunhagem de moedas.

O modo como o homem cuidava das suas finanças tinha mudado, com o fim do sistema feudal e a origem do capitalismo, surgiu novas posturas e mudanças sociais significativas. Com isso a forma de negociação mudou deixou de ser a troca de mercadorias, que era a principal forma na Idade Média. Com o novo rumo dos negócios a moeda se torna a principal forma de pagamento para as mercadorias, surgindo logo depois os primeiros bancos, na Itália, e o papel-moeda. Os bancos italianos surgiram graças às famílias das cidades-estados de Pisa, Florença, Veneza, Verona e Gênova com o objetivo de prestar serviços bancários aos cidadãos, oferecendo empréstimos e créditos com taxas menores, além de controlarem mais o dinheiro. O empréstimo e as cobranças de juros eram legais e tinha a aprovação do governo e da igreja, a justificativa para os juros, era a garantia que os bancos não ficassem no prejuízo. Eles percebiam, que com o fluxo da moeda ao emprestar o dinheiro para ganhar juros e aumentar ainda o lucro dos negócios, garantindo que dinheiro no banco na hora em que os depositantes necessitassem resgatar seus saldos. EX: João depositou hoje 100 unidades de moeda, amanhã Pedro entra no banco e pede emprestadas 20 unidades que irá pagar em 20 dias. Então o banco empresta para Pedro pagar 25 unidades quando der o final dos 20 dias. O banco estudou o comportamento de João e sabe que ele somente tira o dinheiro de 30 em 30 dias. Quando João vier resgatar o dinheiro Pedro já terá pago o que devia ao banco e João poderá tirar seu dinheiro tranquilo. Quando este fluxo falha o banco recorre a outros bancos e pega dinheiro emprestado para cobrir os prejuízos.

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2 – Realize uma pesquisa de campo, se dirigindo a bancos, financeiras, empresas de factoring etc., elencando pelo menos 10 produtos financeiros relacionados a empréstimos, financiamentos ou aplicações financeiras, associando a cada um a prática de apuração dos juros: juros simples ou juros compostos, antecipados ou não, e metodologia de cômputo dos dias (comercial, exatos, úteis).

2- PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo foi realizada na instituição financeira Banco do Brasil SA, agencia assembleia legislativa. Seu publico alvo são os servidores da assembleia, portanto só trabalha com pessoa física, não trabalha com pessoa jurídica. Neste caso os produtos relacionados como empréstimos bancários, financiamentos, aplicações, são operações utilizadas em juros compostos com metodologia de cômputo no dia comercial (30 dias).

BB CRÉDITO CONSIGNAÇÃO

- Empregador possuir convênio com o BB para o desconto das prestações em folha de pagamento;

- Possuir limite de crédito disponível;

- Possuir contrato de adesão assinado. A assinatura é feita uma única vez e viabiliza o acesso a todas as linhas de crédito;

- Possuir margem consignável disponível junto ao empregador.

BB CRÉDITO RENOVAÇÃO CONSIGNAÇÃO

- Empregador possui convênio com o BB para o desconto das prestações em folha de pagamento;

- Possuir operações de crédito pessoal renováveis no BB;

- Não haver parcelas em atraso;

- Haver pelo menos uma prestação paga de operações renováveis.

- Possuir limite de crédito disponível;

- Possuir contrato de adesão assinado. A assinatura é feita uma única vez e viabiliza o acesso a todas as linhas de crédito;

- Possuir margem consignável disponível junto ao empregador;

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POUPANÇA OURO

- Poupança Programada: você define o dia do mês, o valor e por quanto tempo quer investir, e o BB faz a transferência automática dos valores da sua conta corrente para a poupança.

- O investimento gera pontos no Programa Ponto Pra Você.

- Facilidade de movimentação pelos diversos canais de atendimento do BB.

- Para cobrir eventual saldo devedor em conta corrente, você pode autorizar o Resgate Automático da aplicação.

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO BB

É o crédito destinado à compra de imóvel residencial ou comercial, novo ou usado, em alvenaria e em área urbana. Os valores são entre R$ 20 mil e R$ 1,5 milhão para imóveis residenciais e até R$ 5 milhões para imóveis comerciais. Em conformidade com a Política de Crédito do BB o financiamento pode chegar a 90% (no caso da agencia ora entrevistada, por existir um convenio enquadra-se nessa categoria) do valor de avaliação ou valor de compra e venda do imóvel desejado, o que for menor.

BB CRÉDITO VEÍCULO

Financiamento para compra de carros novos ou usados, nacionais ou importados, com até 10 anos de fabricação. O crédito é liberado na conta corrente do vendedor / fornecedor do veículo e pode ser contratado em qualquer agência do Banco do Brasil. O prazo pode ser de até 60 meses. As prestações são debitadas em conta corrente.

CHEQUE ESPECIAL

É um limite de crédito disponibilizado em conta corrente e que pode ser utilizado sempre que não houver saldo suficiente para pagamentos de títulos, cheques, saques em dinheiro, etc.

O cheque especial deve ser utilizado em situações de emergência, como por exemplo, para pagamento de uma conta quando você sabe que receberá dinheiro em alguns dias, ou em prazos curtos, como alternativos para aqueles pequenos “buracos” que aparecem no orçamento. Se você sabe que precisará utilizar esse dinheiro por um prazo maior, considere a possibilidade de contratar uma operação de Crédito Pessoal (CDC), que lhe oferece taxas menores e prazos maiores. Não apresenta sistema de amortização a divida para ser regularizada é cobrir o saldo devedor.

BB CRÉDITO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

É o crédito para a compra de material de construção, do básico ao acabamento, e ainda armários e móveis planejados. Você parcela em até 60 meses e tem até 180 dias para começar a pagar. Tudo isso diretamente nas lojas conveniadas, sem precisar ir ao Banco.

FUNDO DE INVESTIMENTO

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Um fundo de investimento é um conjunto de recursos de diversos investidores com os mesmos interesses e objetivos.

É cobrado o IR nos fundos de investimento: Será cobrada semestralmente no último dia útil dos meses de maio e novembro de cada ano. Para fundos de curto prazo a alíquota é de 20% e para fundos de longo prazo é de 15%. No resgate será cobrado IR sobre os rendimentos de acordo com prazo de permanência da aplicação no fundo, conforme abaixo:

Fundos de curto prazo:

- Até 180 dias: 22,5%

- Acima de 180 dias: 20,0%

Fundos de longo prazo:

- Até 180 dias: 22,5%

- De 181 a 360 dias: 20,0%

- De 361 a 720 dias: 17,5%

- Acima de 720 dias: 15,0%

CONSÓRCIOS

O consórcio é a reunião de pessoas físicas ou jurídicas, em grupo fechado, com o intuito de adquirir um bem ou conjunto de bens. Os consorciados pagam parcelas mensais com a finalidade de obter um crédito para a compra do bem escolhido, dentro do período estabelecido.

FUNDOS DE AÇÕES

Será cobrada a alíquota de 15% sobre os rendimentos somente no resgate, independente do tempo de aplicação.

Os fundos de investimento com liquidez diária estão sujeitos à incidência de IOF nos resgates efetuados até o 29º dia da aplicação, conforme tabela da legislação vigente no mercado. Quanto maior o tempo de permanência no fundo menor a alíquota. A partir do 30º dia, as aplicações estão isentas de IOF. Não haverá incidência de IOF nos fundos de ações.

PREVIDENCIA COMPLEMENTAR

Durante um período determinado, você poupa um pouco por mês, de acordo com sua disponibilidade. Dessa forma acumula um saldo que, junto aos rendimentos, pode ser resgatado integralmente ou recebido mensalmente ao final de seu plano. É você quem decide quanto deseja contribuir e quando realizar seus projetos de vida.

Os planos de previdência são investimentos de longo prazo, ou seja, quanto maior o volume investido e o prazo de acumulação, maior é o valor acumulado e, consequentemente, a renda mensal. Outra vantagem é a forma de tributação, que proporciona vantagens para quem

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permanecer com os recursos investidos por mais tempo, gerando melhores rendimentos líquidos.

3 – Pesquisar no site do IBGE http://www.ibge.gov.br, a metodologia de apuração da inflação, identificando ainda pelo menos três índices de preços de ampla utilização para correção e atualização de preços ou de contratos. Faça um resumo dos dados encontrados, que deve ser complementado através de pesquisa bibliográfica em livros de Matemática Financeira, com a descrição de como se aplicam a correção monetária nos saldos devedores dos empréstimos e/ou financiamentos e como se calcula a rentabilidade real de uma aplicação financeira. Vale lembrar, que a referência bibliográfica e os sites utilizados na pesquisa devem ser informados.

3- METODOLOGIA DE APURAÇÃO DA INFLAÇÃO

A inflação tem um conceito bem definido que é acompanhar a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias, para produzir índices de preços ao consumidor. Ela pode ser de oferta – quando há escassez de produto – ou de demanda – quando a procura é maior do que a quantidade ofertada. Os índices refletem a variação de milhares de preços. Atualmente estamos vivendo no Brasil um período de inflação de demanda, onde o consumo expandiu e a produção não conseguiu acompanhar esse crescimento. O índice de inflação é uma média ponderada de uma "cesta" de consumo de um determinado segmento da sociedade (construção civil, produção industrial, serviços de telecomunicações, etc.), ou da renda familiar (famílias que ganham até três salários mínimos, por exemplo). Sendo assim, com a junção dos índices regionais referentes a uma mesma faixa de renda é que se obtém o índice nacional. Os índices mais utilizados para correção e atualização de preços ou de contratos são:

- O IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é tido como o indicador oficial de inflação, sendo utilizado pelo Banco Central em seu sistema de metas.

Medido entre os dias 1º e 30 de cada mês, o IPCA reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Distrito Federal e Goiânia. São consideradas as variações de preços dos itens de uma cesta de compras que é montada com base nos resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

- O INPC, que faz o cálculo com famílias de 1 a 8 salários mínimos, e o IPCA-15, cujo diferencial para o IPCA é o período de coleta - vai do dia 15 de um mês até a mesma data do mês seguinte.

- O IGP-M, índice Geral de Preços do Mercado, tem caráter mais amplo. Isto porque considera não só preços de produtos finais (de consumo), mas também os de atacado e da construção civil. O período de coleta vai dos dias 21 de um mês a 20 do seguinte.

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Cabe destacar ainda que o IGP-M é uma média ponderada, em que os preços do atacado têm peso bastante significativo. Desta maneira, ele é bastante sensível a choques cambiais e variações bruscas nos preços de ‘bens tradables’.

- A FGV também calcula o índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IPC-DI), que possui a mesma metodologia do IGP-M, exceto pelo período de coleta de preços que considera um mês fechado.

A correção monetária nos saldos devedores dos empréstimos ou financiamentos pode ser aplicada de duas maneiras:

1ª. A prestação é calculada após a incorporação da correção monetária ao saldo devedor. Para isto basta calcular a planilha de amortização do empréstimo ou financiamento sem a CM, e após, corrigir cada linha da planilha pelo Índice de CM acumulado.

2ª. As prestações são calculadas sobre o saldo devedor sem correção, havendo um resíduo no final dos pagamentos das prestações, devido a CM. A CM que é calculada sobre o saldo devedor do final do período anterior e sobre a parcela de juros, é incorporada ao saldo devedor do início do período em questão, que se mantém desta forma atualizado. Assim, a amortização e os juros calculados são nominais. A amortização efetiva (real) deve considerar o efeito negativo da CM.

A rentabilidade real é calculada descontando-se da rentabilidade efetiva o percentual correspondente à inflação do período da aplicação.

Ex: Suponhamos que a rentabilidade efetiva (não considerada a inflação do período) da caderneta de poupança tenha sido de 15,45% ao ano. Para sabermos a rentabilidade real, é necessário considerarmos os efeitos da inflação no mesmo período da aplicação. Supondo que a inflação, no mesmo período, medida pelo IPCA do IBGE tenha atingido 6,98%, a rentabilidade real será calculada aplicando-se a fórmula:

Rentabilidade real = (1 + i) / (1 + I) - 1

Rentabilidade real = (1 + 0,1545) / (1 + 0,0698) - 1 = 7,92%

4- Realizar uma entrevista com um Administrador de Empresas ou Empreendedor, procurando identificar a importância dos conceitos de matemática financeira em seu trabalho: a importância de saber calcular o preço à vista e o preço a prazo, fornecer condições de pagamento atraentes ao consumidor, mas que considerem as condições financeiras como taxa de juros e prazos de obtenção do capital. A partir da entrevista, elabore um breve relatório sobre a mesma, elaborando também um exemplo de política de crediário para um determinado produto, nessa política devem ser estabelecidas as condições financeiras para pagamento à vista, pagamento 30 dias após a compra e o parcelamento em três vezes iguais, sem entrada.

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4- ENTREVISTA

Entrevistado: João Batista Da Silva Filho

“Eu uso a matemática financeira em todos os instantes do meu dia-a-dia. Trabalho na área de vendas e negociamos preços e prazos, investimentos, retorno sobre capital empregado, margem bruta e outros índices financeiros.”

Como o Brasil é um país que tem elevado custo financeiro, é muito importante fazer avaliações financeiras minuciosas visando a melhor rentabilidade e a maior capacidade para novos investimentos.

5 – Solicitar informações na rede bancária em relação a uma operação de desconto de duplicatas. A partir das informações obtidas, elaborar um exemplo no qual se apure o valor liberado ao cliente e o CET mensal e o CET anual (taxa efetiva mensal e taxa efetiva anual da operação). Obter também informação sobre um financiamento realizado através da Tabela Price. Elabore um exemplo em planilha EXCEL, montando a tabela de formação das prestações e calculando o CET mensal e o CET anual do financiamento. Não esqueça e citar as fontes de informação.

5- OPERAÇÃO DE DESCONTO DE DUPLICATAS

Os critérios de avaliação de investimentos são:

- Todos os investimentos estão sujeitos à correção monetária com base nos índices oficiais.

- Os investimentos relevantes em sociedades coligadas, sobre cuja administração tenha influência ou de que participe com 20% ou mais do capital social, e em sociedades controladas, são avaliados pelo método de equivalência patrimonial.

- As demais participações societárias são avaliadas ao custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização de seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente.

- As bonificações recebidas em ações ou quotas de capital não são mais contabilizadas como acréscimos do valor dos investimentos.

A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa que produz um VPL igual a zero. Considera-se atraente o projeto que apresentar um TIR maior ou igual à TMA. Apesar de ser um dos métodos preferidos na análise de projetos, são necessários alguns cuidados especiais em sua utilização, pois mesmo não sendo um dos melhores indicadores a TIR é uma das formas de avaliação de projetos mais utilizadas no meio empresarial.

O tempo de recuperação do Capital, chamado de (pay-back) é o prazo para recuperação de um investimento em um projeto. O investimento será recuperado quando o lucro gerado pelo projeto igualar o valor do investimento realizado. É encontrado somando-se os valores dos

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fluxos de caixa negativos com os valores de fluxos de caixas positivos, até o momento em que essa soma resulta em zero. A partir dele, é possível visualizar em quanto tempo o projeto irá retornar seu investimento.

6 – Elaborar um texto com o resumo sobre o tema critérios de avaliação de investimento. Nesse texto, deve-se demonstrar a finalidade, os fatores positivos e as restrições de uso, dos critérios apresentados a seguir: Taxa de retorno contábil, pay-back simples, pay-back descontado, VPL e Taxa Interna de Retorno. Utilize a Biblioteca do seu Campus para essa tarefa! Não se esqueça de citar as fontes bibliográficas e apresentar exemplos que fundamentem os conceitos apresentados.

6- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO INVESTIMENTO

Constantemente o gestor financeiro se depara com a necessidade de optar em fazer novos investimentos e em obter financiamento ou utilizar recursos próprios. A decisão de investir em ativos reais está entre as mais importantes decisões econômicas, pois impactam no futuro econômico de uma sociedade. Este tipo de investimento refere-se à determinação de aumentar ou não o estoque de capital da empresa, seja através da aquisição ou ampliação de instalações físicas, máquinas, equipamentos, ou até mesmo o investimento em treinamento, capacitação, ou contratação do capital humano, elementos utilizados para produção de bens e/ou serviços pela empresa.

* Pós-Graduanda em Economia Baiana pela UNIFACS

** Mestre em Administração pela USP 2

O sucesso desta deliberação é julgado pelo aumento do valor da empresa, refletido em ganho para os proprietários. A boa decisão de investimento se materializa na compra de um ativo real que vale mais do que seu custo. Cumpre identificar se a oportunidade proporciona um valor superior ao seu custo e se o encargo da dívida adicional pode ser suportado com segurança.

Segundo ROSS at alli (1995 : 63) ,

O investimento deve ser comparado com uma alternativa relevante disponível do mercado financeiro e se não for tão atraente é melhor recorrer ao mercado em vez de realizar o projeto.

É fundamental compreender os principais princípios econômicos dos mercados financeiros para poder tomar a decisão de investir e obter financiamento. O primeiro princípio financeiro básico é que um determinado volume de recursos vale menos amanhã do que hoje, porque se aplicado começa imediatamente a render juros. O segundo princípio financeiro básico é que um recurso seguro vale mais do que um recurso com risco. O gestor deve preocupar-se com o tempo e a incerteza e seus efeitos sobre o valor.

Uma das mais importantes etapas do processo de análise de determinado investimento é a determinação dos fluxos incrementais de caixa deste novo projeto. O primeiro passo é

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identificar o fluxo de caixa livre, ou seja, determinar o resultado após a tributação, sem considerar os fluxos financeiros (receitas e despesas financeiras). Como toda decisão de investimento (ativos que correspondem ao lado esquerdo do balanço) está associada a uma decisão de financiamento (passivos que correspondem ao lado direito do balanço), ou seja, ao decidir implantar um projeto a empresa pode optar por usar recursos próprios ou de terceiros ou até mesmo um mix dos dois, é importante também identificar o custo do capital utilizado.

FLUXO DE CAIXA LIVRE

Uma boa decisão de investimento exige adequada previsão de fluxos futuros de caixa. O processo decisório envolve sutilezas e é prudente a imparcialidade do gestor na 3 avaliação das premissas utilizadas. A partir de um diagnóstico geral da empresa, é necessário o estabelecimento de previsões sobre indicadores econômicos (inflação, PIB, taxa de juros...), assim como a estimativa de rubricas específicas que são importantes para a atividade do negócio.

Para construção do fluxo de caixa incremental o administrador lida com elementos brutos, fornecidos por especialistas do departamento de produção, concepção de produtos, de vendas, etc. Deve analisar de forma crítica a relevância das informações, se estão ou não completas, se são ou não consistentes, ajustá-las, e finalmente condensar tudo em uma previsão. Não deve tomar como base os resultados contábeis, pois consideram as responsabilidades assumidas e não quando ocorrem. Devem ser contempladas as entradas e saídas efetivas de caixa.

O valor de um projeto depende de todos os fluxos de caixa adicionais que se seguem à sua aceitação. É importante, também, incluir todos os efeitos decorrentes de outros negócios que a empresa possua.

Vários itens merecem cuidados antes da elaboração deste fluxo:

Os custos irrecuperáveis devem ser ignorados. Estes custos são despesas incorridas no passado, irreversíveis, e que não devem ser consideradas como saída incremental de caixa. Não devem influenciar na decisão de aceitar ou rejeitar o projeto. Ex.: uma consultoria contratada.

Deve ser considerado o custo de oportunidade em usar no novo projeto um ativo já existente que poderia ser utilizado para outra finalidade, inclusive venda. Este custo é representado pelo volume em dinheiro que a empresa poderia arrecadar com esta outra finalidade. Se fosse vendido seria representado pelo preço de venda (mercado) abatido do valor contábil do bem (já incluídas as depreciações acumuladas) e da incidência dos impostos.

Considerar os efeitos colaterais do projeto analisado sobre outras unidades da empresa. O efeito mais importante é o da erosão, que representa a transferência do 4 fluxo de caixa de clientes e vendas de produtos já existentes para um novo projeto.

Esta informação é relevante, pois se o novo investimento afeta a venda de outra unidade ou de outro produto deve ser comparado o Valor Presente Liquido dos dois. Ex.: Quando um

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grupo econômico estuda a possibilidade de abertura de uma empresa em outro Estado que irá atender um determinado mercado já absorvido por outra unidade do grupo.

Considerar apenas as despesas gerais (administrativas, vendas, etc) adicionais que resultarão do novo projeto e a estimativa de créditos incobráveis.

Identificar a necessidade de capital de giro que deve ser considerada como uma saída de caixa provocada pelo investimento, porque outras áreas deverão gerar recursos para atender a esta necessidade.

O capital de giro líquido é identificado através de:

CGL = Contas a Receber + Estoques + Caixa – Contas a Pagar

Depois de identificados estes itens, o gestor prepara a montagem do fluxo de caixa operacional, projetando o faturamento esperado, os custos da operação, a depreciação, apurando os impostos (incidentes sobre venda e sobre resultado) e retornando o valor da depreciação (não representa um desembolso efetivo de caixa). Depois de identificar a necessidade de capital de giro e o investimento necessário é apurado o fluxo de caixa livre que poderá ser utilizado pela empresa. Note-se que para este resultado não foram considerados os fluxos financeiros, responsáveis pela remuneração do capital investido (juros, dividendos).

Segundo BRANDÃO apud BRUNI e FAMÁ (2001: 23),

O fluxo de caixa livre é o gerado pelas atividades operacionais da empresa e que está disponível para todos os fornecedores de capital, seja próprio ou de terceiros.

CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL

Após a elaboração do fluxo de caixa livre, o administrador financeiro deve identificar o custo do capital empregado no projeto. Se for utilizado um mix de capital próprio e capital de terceiros, este custo será uma média ponderada das fontes utilizadas.

Este custo, que deve ser estimado após a elaboração do fluxo de caixa livre, pode ser conceituado como a taxa de retorno que o investimento precisa obter para manter o valor de mercado da empresa, consistindo em uma taxa mínima de atratividade. É necessário identificar o custo atual e futuro (não o custo histórico da estrutura de financiamento já assumida) de cada fonte individual de recursos, sejam recursos próprios ou de terceiros.

O Custo do Capital Próprio, recursos fornecidos pelos sócios, deve refletir a rentabilidade que os acionistas deixam de ganhar se tivessem investido no mercado de capitais, aplicando em ativos financeiros. Representa o custo de oportunidade desta decisão.

Associando o risco da empresa ao retorno exigido, pelo método do CAPM – Capital.

Asset Pricing Model -, de William Sharpe, o Custo do Capital Próprio é obtido através da seguinte equação:

R = R f + b (R m – R f )

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Onde:

R = retorno esperado do ativo analisado

R f = taxa livre de risco

b = beta, nível de risco sistemático1

R m = retorno médio de uma carteira com risco

(R m – R f ) = prêmio pelo risco do mercado

Incorpora a volatilidade do investimento e a correlação entre sua evolução e a do mercado. Este risco é o que não pode ser evitado, nem mesmo por uma diversificação de investimentos.

De acordo com o CAPM,

O retorno ou custo oferecido (ou exigido) de um ativo pode ser definido de acordo com o risco sistemático. Quanto maior o risco, maior o nível de retorno exigido (BRUNI e FAMÁ, 2001: 304).

Para aplicação deste modelo é necessário estimar as seguintes variáveis:

- Taxa Livre de Risco: costuma-se adotar a taxa média SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) que registra as transações com títulos públicos emede o custo de captação da dívida interna.

- Retorno do Ativo com Risco: normalmente é representado pelo retorno do Ibovespa.

- Beta: é o coeficiente angular da reta de regressão que mede a volatilidade entre o retorno de um ativo e o retorno do mercado. Representa o risco da empresa. É função da natureza cíclica da atividade (se acompanha ou não o ciclo econômico), da alavancagem operacional (estrutura de custos fixos) e da alavancagem financeira (custo dos financiamentos). Quando a empresa não tem ações transacionadas em bolsa de valores, pode ser utilizado o beta médio de outras empresas com a mesma linha de atividade.

Como no Brasil há dificuldades em estimar betas devido a pouca expressividade do mercado de capitais, como alternativa, podem ser utilizados os betas calculados pelo mercado norte americano2 acrescendo o custo Brasil, prêmio de risco para negociações realizadas no País.

O Custo do Capital de Terceiros, dívidas de longo prazo, deve ser calculado após a tributação do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro, já que os juros são despesas financeiras dedutíveis, reduzindo a carga fiscal. Portanto, para este cálculo, do custo aparente (contratual do empréstimo bancário) deve ser deduzido este benefício.

Damodaran – site: www.stern.nyu.edu/~adamodar/New_Home_Page/dafile/Beta.html

K E = K C (1 – T%)

Onde:

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K E = custo efetivo da dívida

K C = custo contratual da dívida (taxa de juros + spread)

T% = alíquotas do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro

Embora o uso de capital de terceiros proporcione benefícios fiscais, deve -se ter cuidado com o seu grau de utilização. Se os juros e amortizações não forem cumpridos, corre-se o risco de alguma espécie de dificuldade financeira ou falência, exercendo um efeito negativo sobre o valor da empresa, seja através de custas judiciais ou elevação da taxa de juros pelos credores como proteção pelo maior risco.

O custo de capital do investimento, taxa a ser utilizada para descontar os resultados futuros de caixa, será uma ponderação do custo de capital das diversas fontes de financiamento utilizadas, conhecido como CMPC (Custo Médio Ponderado de Capital) ou WACC (Weighted Average Capital Cost) e calculado da seguinte forma:

CMPC = å= n

onde:

$ FIN i = volume financiado pelo fonte i

k i = custo do financiamento da fonte i

$FIN total = volume do financiamento total

Previstos os fluxos futuros de caixa e determinado a taxa de atualização destes fluxos está criada as condições para iniciar o processo de decisão sobre o investimento a ser realizado.

TÉCNICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO

VALOR PRESENTE LÍQUIDO

O valor presente líquido - VPL, também conhecido como valor atual líquido – VAL - é o critério mais recomendado por especialistas em finanças para decisão de investimento.

Esta recomendação está fundamentada no fato de que o VPL considera o valor temporal do dinheiro (um recurso disponível hoje vale mais do que amanhã, porque pode ser investido e render juros), não é influenciado por decisões menos qualificadas (preferências do gestor, métodos de contabilização, rentabilidade da atividade atual), utiliza todos os fluxos de caixa futuros gerados pelo projeto, refletindo toda a movimentação de caixa. Além disso, permite uma decisão mais acertada quando há dois tipos de investimentos, pois, ao considerar os fluxos futuros a valores presentes, os fluxos podem ser adicionados e analisados conjuntamente, evitando a escolha de um mau projeto só porque está associado um bom projeto.

Segundo BREALEY E MYERS (1992 : 73)

São quatro as ações básicas para o gestor decidir sobre determinado investimento:

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- Prever os fluxos de caixa futuros;

- Identificar o custo de oportunidade do capital investido que deve refletir o valor do dinheiro no tempo e o risco envolvido no projeto;

- Utilizar este custo para atualizar os fluxos futuros e somá-los (identificação do valor presente);

- Calcular o valor presente líquido – VPL – subtraindo-se do valor presente o investimento inicial necessário.

Como prever os fluxos de caixa futuros adicionais do investimento e determinar o custo de oportunidade do capital investido já foi explicado nos itens anteriores.

O valor presente (VP) ou valor atual (VA) representa o valor hoje de um fluxo ou de uma série futura de fluxos de caixa. Para atualizar estes fluxos é utilizado o custo médio ponderado de capital, representando o prêmio que os investidores exigem pela aceitação do recebimento adiado.

C i = fluxo de caixa futuro na data i

k = custo médio ponderado de capital

i = período correspondente ao fluxo de caixa

O VPL consiste no valor presente dos fluxos de caixa futuros reduzido do valor presente do custo do investimento.

VPL = - Valor do Investimento Inicial3 + Valor Presente do Investimento

De acordo com ROSS at alli (1995: 68), o valor presente líquido de um investimento é um critério simples para que se decida se um projeto deve ser executado ou não.

O VPL permite dizer quanto dinheiro um investidor precisaria ter hoje para desistir de fazer o projeto. Se o VPL for positivo o investimento vale a pena, pois executá-lo é equivalente a receber um pagamento igual ao VPL. Se for negativo, realizar o investimento hoje é equivalente a pagar algo no presente momento e o investimento deveria ser rejeitado.

Sob a ótica do acionista só é interessante investir em um novo projeto se o valor presente dos fluxos futuros for maior do que a disponibilidade atual, pois representará aumento do valor da empresa e, consequentemente, maximização da sua riqueza.

O termo valor presente líquido destaca que já está sendo considerado o custo corrente do investimento para determinar o seu valor, ou seja, já está embutida a taxa de juros apropriada. É o valor presente dos fluxos de caixa produzidos pelo novo investimento Considera o valor inicial do investimento como fluxo negativo, pois representa uma saída de recursos.

reduzido do seu custo inicial. VPL positivo indica que o investimento vale mais do que custa. Daí resulta a regra do Valor Presente Líquido: à Um investimento vale a pena quando possui VPL positivo. Se o VPL for negativo, deverá ser rejeitado.

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A utilização da técnica de identificação do VPL utilizado para decisão de investimentos e financiamentos independe do tempo, ou seja, pode ser utilizado em um contexto sem risco – fluxo de caixa de um único período – ou em um contexto com risco – fluxos de caixa distribuídos por mais de um período.

A técnica de análise pelo critério do VPL permite aos administradores e/ou proprietários de uma empresa identificar o custo ou benefício exato da decisão de investir e/ou obter financiamento.

LAPPONI (1996) apud BRUNI at alli (1998: 64) ressalta que VPL positivo indica que o capital investido será recuperado; remunerado na taxa de juros que mede o custo de capital do projeto; gerará um ganho extra, na data 0 (zero), igual ao VPL.

De acordo com BRUNI e FAMÁ (2001: 32), as principais vantagens do VPL são:

- Identifica se há aumento ou não do valor da empresa;

- Analisa todos os fluxos de caixa do projeto;

- Permite a adição de todos os fluxos de caixa na data zero;

- Considera o custo de capital;

- Embute o risco no custo de capital.

A principal dificuldade da utilização deste método consiste na definição da taxa de atratividade do mercado - custo de oportunidade do capital -, principalmente quando o fluxo é muito longo.

Embora os especialistas em finanças sejam unânimes em reconhecer o método do VPL como a melhor metodologia para análise de investimento, existem outros critérios alternativos, mas que, de uma maneira geral, não são muito aconselháveis por apresentar algumas distorções.

PAYBACK

O método do pay-back representa o período de recuperação do investimento inicial.

É obtido calculando-se o número de anos que será necessário para que os fluxos de caixa futuros acumulados igualem o montante do investimento inicial.

Esta alternativa pressupõe inicialmente a definição de um limite de tempo máximo para retorno do investimento. Após a definição deste prazo é analisado o fluxo de recursos do projeto, comparando o volume necessário de investimento com os resultados a serem alcançados futuramente, verificando o período onde o saldo tornou-se igual a zero. Se este prazo de recuperação for um período aceitável pelos proprietários, então o projeto será efetivado, caso contrário será descartado.

Este método é aplicado de duas formas: pay-back simples e pay-back descontado. A principal diferença entre os dois é que o pay-back descontado considera o valor temporal do dinheiro,

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ou seja, atualiza os fluxos futuros de caixa a uma taxa de aplicação no mercado financeiro, trazendo os fluxos a valor presente, para depois calcular o período de recuperação.

É imprudente considerar este método como decisão de investimento, pois não contempla os fluxos de caixa após o período de recuperação. Este método pode levar a escolha de um projeto que tenha um prazo de retorno muito baixo, desconsiderando outro com período mais longo, mas que possa gerar maior riqueza para o proprietário, ou seja, que apresente um VPL maior. Se um determinado investimento apresenta um fluxo anual maior no início implicará em um período mais curto de recuperação, mas pode ser apenas um pay-back ilusório se depois deste período apresentar fluxos negativos, por exemplo.

Além disso, este período de recuperação normalmente é definido de forma arbitrária pelo administrador.

Sendo ao mesmo tempo de fácil identificação e interpretação, porém com deficiências graves para decisões de longo prazo, este método é comumente usado pelas empresas para decisões que representem menor impacto e, portanto, com características menos importantes, relativas a pequenos procedimentos gerenciais necessários para o funcionamento do dia-a-dia da empresa, com enfoque maior no controle e avaliação do desempenho dos administradores.

RETORNO CONTÁBIL MÉDIO

O retorno contábil médio é extraído da divisão do lucro líquido médio do projeto – resultado apurado da relação receitas, custos e despesas, inclusive depreciação e impostos -, pelo valor médio contábil do investimento, considerando toda a sua vida útil. Este resultado é comparado como a taxa de retorno da empresa no seu conjunto ou com outro benchmark externo, como por exemplo, setor de atividade.

RCM (%) = Investimento Médio

Lucro Líquido Médio, onde:

Lucro líquido médio = Vida Útil do Investimento

å Lucros Líquidos

Investimento médio = +1

Vida Útil Investimento

Investimento Depreciado Anualmente

No cálculo do investimento médio, o denominador é acrescido de uma unidade porque é considerado o ano do investimento inicial (data zero).

Por este método, o projeto deverá ser aceito se a taxa encontrada for maior que a taxa pré-estabelecida pela empresa.

A principal deficiência deste método consiste em não considerar a época em que acontecem os recebimentos e desembolsos, em utilizar valores contábeis e não da movimentação efetiva

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do caixa. Além do que não considera a distribuição dos fluxos no tempo, ou seja, dois tipos de investimentos com a mesma vida útil e com resultados semelhantes, mas ocorridos em épocas distintas, apresentarão o mesmo índice de retorno contábil médio. A utilização deste critério decorre da facilidade de cálculo e da acessibilidade aos números permitida pelos sistemas de contabilidade.

Com este método e tendo como referência sua própria rentabilidade e/ou do segmento de atividade, as empresas podem ser induzidas a escolher projetos ruins se a rentabilidade atual for baixa ou rejeitar projetos bons se o parâmetro de rentabilidade for elevado. Este método é ainda pior porque ignora completamente o custo de oportunidade do capital.

TAXA INTERNA DE RETORNO

A taxa interna de retorno - TIR - independe da taxa de juros do mercado financeiro.

É uma taxa intrínseca do projeto, dependendo apenas dos fluxos de caixa projetados. É a taxa que remunera o investimento e que torna nulo o valor presente líquido dos fluxos de caixa. Também denominada de taxa de retorno do fluxo de caixa atualizado.

FLUXO DE CAIXA

A TIR é identificada através de várias tentativas e erros e exige uma série de aproximações sucessivas. Se for preciso calcular manualmente, recomenda-se desenhar três ou quatro combinações do VPL e da taxa de atualização em um gráfico, ligar os pontos com uma linha contínua e extrair a taxa de atualização para o VPL igual a zero.

Atualmente é mais rápido utilizar planilhas eletrônicas ou uma calculadora financeira.

A TIR encontrada deverá ser comparada com a taxa de desconto no momento da decisão do investimento ou financiamento. Para aceitar o investimento, a TIR deverá ser maior do que o custo de oportunidade.

Como regra geral para investimento, temos:

Se TIR > taxa de desconto à aceitar

Se TIR = taxa de desconto à indiferente

Se TIR < taxa de desconto à rejeitar

Associando ao VPL:

Se TIR > taxa de desconto à VPL positivo

Se TIR = taxa de desconto à VPL nulo

Se TIR < taxa de desconto à VPL negativo

Estes critérios inversamente servem como regra geral para financiamento:

Se TIR > taxa de desconto à rejeitar

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Se TIR = taxa de desconto à indiferente

Se TIR < taxa de desconto à aceitar

Associando ao VPL:

Se TIR > taxa de desconto à VPL negativo

Se TIR = taxa de desconto à VPL nulo

Se TIR < taxa de desconto à VPL positivo

Como descrito anteriormente, este critério fornece a mesma resposta que o critério do VPL “sempre que o VPL de um projeto for uma função continuamente decrescente da taxa de atualização. É normal a confusão entre TIR e custo de oportunidade de capital porque ambos aparecem como taxas de atualização na fórmula do VPL. A TIR é uma medida de retorno que depende exclusivamente do montante e da data de ocorrência dos fluxos de caixa do projeto. O custo de oportunidade do capital é um padrão de retorno para o projeto que utilizamos para calcular o valor do investimento. O custo de oportunidade do capital é estabelecido nos mercados de capitais. É a taxa de retorno esperada e oferecida por outros ativos com risco equivalente ao do projeto em avaliação” (BREALEY e MYERS, 1992 : 82).

Este critério apresenta algumas armadilhas descritas a seguir:

Se o investimento for se realizar com recursos de terceiros, o critério da TIR funciona de maneira inversa, ou seja, deve ser mais baixa do que o custo de oportunidade. O VPL aumenta à medida que se eleva a taxa de atualização.

Quando há mais de uma mudança de sinal nos fluxos, oscilando entre negativo, positivo, negativo ou o inverso, existirão taxas internas de retorno quantas vezes forem as mudanças de sinal, como também poderá não haver nenhuma, tornando o critério inválido.

Quando tiver que decidir entre projetos mutuamente excludentes – existência de várias alternativas onde só poderá existir uma – com diferentes escalas de investimento e/ou que gerem diferentes padrões de fluxo ao longo do tempo o ideal é analisar a TIR do fluxo de caixa incremental para não ser induzido ao erro de escolher o projeto que apresente a TIR maior, mas que gere menos riqueza. A empresa pode ser levada à hierarquização errada de projetos que se diferenciam pela sua vida útil ou pela dimensão do investimento exigido (escalas diferentes). O fluxo incremental reside na construção de um novo fluxo baseado na diferença entre os dois projetos - diferença de investimento e dos fluxos gerados -, para depois calcular a TIR. Se esta nova TIR for superior ao custo de oportunidade, então deverá ser aceito o investimento de maior escala.

Se o custo de oportunidade do capital foi diferente ao longo dos anos, ou seja, não for o mesmo para todos os fluxos, é necessária uma complexa média ponderada destas taxas para obter um número comparável com a TIR. Se essa estrutura temporal de taxas de juros for relevante, há dificuldade para utilização deste critério.

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De uma maneira geral, o critério da TIR é mais fácil de usar do que o critério do VPL. Ambos baseiam-se nos fluxos de caixa atualizados, mas devem ser ajustados para que forneçam a mesma resposta.

ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE

O índice de lucratividade é conhecido também como índice de rentabilidade de ou como resultado custo-benefício. É traduzido no somatório dos valores presentes dos fluxos de caixa futuros, dividido pelo investimento inicial. De um modo geral indica quanto será obtido, a valor presente, para cada unidade investida.

Como regra geral para decisão de investimento:

Se IL > 1 à aceitar o projeto

Se IL < 1 à rejeitar o projeto

Este índice leva à mesma decisão do critério do VPL, pois:

Se IL > 1, então VPL > 1 à aceitar o projeto.

O VPL será positivo sempre que o índice de rentabilidade for maior do que 1(um).

O índice de lucratividade também ignora as diferenças de escala de projetos mutuamente excludentes. Este enfoque pode ser corrigido através da análise do índice de lucratividade do fluxo de caixa incremental, semelhante a TIR. Sendo o índice de lucratividade maior que 1 (um), utiliza-se o projeto maior.

Este é o critério que mais se aproxima do VPL, embora o VPL ainda seja um critério mais seguro por possuir uma propriedade aditiva.

O índice de rentabilidade só sobrepõe a eficácia do método do VPL nos casos de análise de mais de um investimento em que houver, no período inicial, limitação de recursos para aplicação em ambos os projetos.

ANÁLISE DE RISCOS E INCERTEZAS EM INVESTIMENTOS

Frank Knight, economista inglês, citado por BRUNI E FAMA (2001 : 96) , diferenciou as expressões Risco e Incerteza como sendo:

Risco: quando as variáveis encontram-se sujeitas a uma distribuição de probabilidades conhecidas, ou que podem ser calculadas com algum grau de precisão. É uma incerteza que pode ser medida.

Incerteza: quando a distribuição de probabilidades não pode ser avaliada. Envolve situações de ocorrência não repetitiva. É um risco que não pode ser avaliado.

Embora a análise do VPL seja considerada pelos financistas como a melhor técnica de decisão de investimento, por mais que os fluxos de caixa futuros deste investimento possam ser elaborados adequadamente - considerando os custos de oportunidade, efeitos colaterais, e ignorando os custos irrecuperáveis -, transmite uma falsa segurança aos administradores do

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empreendimento, principalmente quando o fluxo for por um período mais extenso, pois estará associado a certo grau de incerteza e risco, podendo a previsão não se concretizar. Torna-se então fundamental, identificar outros eventos possíveis que poderão levar ao fracasso do empreendimento. É importante observar sinais de perigo e medidas que poderão ser tomadas para reduzi-los.

CRITÉRIOS DE DECISÃO EM CONDIÇÕES DE RISCO

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Esta análise pressupõe a escolha de variáveis significativas do empreendimento:

Receitas à é importante identificar fatores que influenciam neste resultado como a participação no mercado, tamanho do mercado e preço do produto ou serviço.

Custos Variáveis à estes custos oscilam conforme a variação da quantidade produzida, sendo comum supor que são proporcionais a este volume.

Custos Fixos à independem do volume de produção ou serviço prestado, sendo fixos apenas por um período pré-determinado.

Investimento a o volume de recursos a ser aplicado no projeto.

Custo de Capital a o custo de oportunidade do investimento.

Na análise de sensibilidade cada variável de entrada é alterada em vários pontos percentuais acima e abaixo do valor esperado. Calcula-se um novo VPL para cada um destes valores, mantendo-se constante o valor esperado das demais variáveis. A análise indica a sensibilidade do VPL a estas mudanças, o impacto na viabilidade do projeto.

Através desta análise é possível identificar onde há necessidade de mais informações, sinalizada pelas situações em que provocaram VPL´s negativos. Pode proporcionar uma boa percepção sobre o risco do projeto. Projetos muito sensíveis são arriscados porque um erro relativamente pequeno na estimativa de uma variável produzirá um grande erro no VPL esperado.

A principal deficiência desta análise consiste no tratamento isolado das variáveis, quando muitas poderão atuar de formas interdependentes. Ex.: O crescimento da demanda de mercado pode influenciar no aumento dos preços, ou, se o preço do produto ou serviço for aumentado por pressão inflacionária, os custos também acompanharão.

ANÁLISE DE CENÁRIOS

A análise de cenários permite amenizar as deficiências da análise de sensibilidade para as variáveis inter-relacionadas. São estimados os piores e melhores valores de entrada, em relação ao básico, e para cada cenário MOP (mais provável, otimista e pessimista) escolhido, é atribuída uma probabilidade de ocorrência de cada um, podendo ser usadas diferentes possíveis combinações de variáveis, mas com consistência.

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Estabelecidos os fluxos de caixa futuros para cada cenário, é calculado o VPL de cada um individualmente e depois o VPL ponderado (somatório dos valores encontrados pelas probabilidades de ocorrência de cada cenário).

ÁRVORE DE DECISÃO

Costuma-se utilizar o critério de árvore de decisão quando o projeto envolve decisões sequenciais dependentes da decisão atual. Segundo BREALEY e MYERS (1995: 229), se as decisões de hoje afetarem o que pode ser feito amanhã, então, as decisões de amanhã têm que ser analisadas antes. Esta estratégia permite encontrar o maior valor presente líquido. Quando se usa este método, tomam-se as decisões em ordem inversa, ou seja, analisa-se primeira a decisão do último estágio até chegar à decisão do primeiro estágio.

A montagem da árvore, que representa o problema existente, deve ser iniciada do lado esquerdo representando a decisão inicial de investimento, traçando em seguida os ramos que correspondem aos diversos acontecimentos que podem ocorrer – decisões sequenciais -, e simbolizada com quadrados os pontos de decisão e com círculos os pontos de incerteza. Para cada ponto de incerteza é preciso estimar a probabilidade de ocorrência de sucesso e fracasso.

Após a elaboração da árvore, partindo do lado direito para o esquerdo, deve ser calculada a média ponderada do VPL de cada ponto de incerteza considerando as probabilidades de ocorrência dos sucessos e fracassos de cada ramificação, até identificar o VPL do ponto de decisão inicial do investimento.

MÉTODO DE MONTE CARLO

Esta denominação deriva do desenvolvimento desta análise com base em aspectos matemáticos de jogos de cassino, vinculando sensibilidade e distribuição de probabilidade de variáveis de entrada. Para facilitar o uso desta metodologia é recomendável um software especializado4.

O primeiro passo consiste em estimar a distribuição de probabilidade de ocorrência de cada variável incerta do fluxo de caixa e a correlação com outras variáveis. A simulação é prosseguida através da escolha aleatória pelo software de um valor para cada variável incerta distribuída, associada aos demais valores fixos esperados, determinando o fluxo de caixa líquido para cada ano e o VPL do projeto. Esta simulação deve ser repetida em um maior número possível de vezes, resultando em vários VPL´s juntamente com suas probabilidades vinculadas.

Os softwares de simulação empregados podem determinar a probabilidade de ocorrência de VPL maior que zero e que pode ser utilizado na estimativa do risco do projeto.

CRITÉRIOS DE DECISÃO EM CONDIÇÕES DE INCERTEZA

MAXIMIN OU MINIMAX

Este método adota critérios baseados em uma visão pessimista do problema, supondo que ocorrerá o pior evento possível na análise dos resultados das alternativas possíveis. Se considerar a análise de variáveis desejadas, tipo receitas ou lucros, optar por 4 @Risk ou

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Crystal Ball examinar o resultado mínimo para cada alternativa e escolher aquela que fornecer o maior resultado mínimo (Maximin). Se estiver analisando variáveis indesejadas, tipo custos ou perdas, optar por examinar o resultado máximo para cada alternativa e escolher aquela alternativa que fornecer o menor resultado máximo (Minimax).

MINIMIN OU MAXMAX Este método funciona de modo inverso ao Maximin, adotando critérios baseados em uma visão otimista do problema, supondo que ocorrerá o melhor evento possível.

Se considerar a análise de variáveis desejadas, tipo receitas ou lucros, optar por examinar o resultado máximo para cada alternativa e escolher aquela que fornecer o maior resultado máximo (Maxmax). Se estiver analisando variáveis indesejadas, tipo custos ou perdas, optar por examinar o resultado mínimo para cada alternativa e escolher aquela alternativa que fornecer o menor resultado mínimo (Minimin).

HURWICZ

Este critério funciona como um meio termo, nem tanto otimista nem tanto pessimista. A regra de decisão estará entre estes dois limites. É representado algebricamente por:

H (a i) = v. Max (c ij) + (1 – v). Min (c ij), onde:

H(a i ) = resultado do critério de Hurwicz

a i = alternativas de decisão

c ij = pode ser lucro ou custo de cada alternativa i caso ocorra o evento j

v = constante escolhida subjetivamente para decisão com base no critério de Hurwicz.

Se estiver analisando variáveis desejáveis, tipo receitas ou lucros, optar pela alternativa que fornecer o maior valor para H. Se estiver analisando variáveis indesejáveis, tipo custos ou perdas, optar pela alternativa que fornecer menor valor para H.

SAVAGE

Para ANDRADE (1994) apud BRUNI e FAMÁ (2001: 98),

Este critério busca estimar os arrependimentos máximos que poderão ocorrer para cada um dos eventos quando é feita uma escolha.

Uma matriz de arrependimento é criada a seguinte: à Calcula-se o resultado possível para cada investimento à Para todos os eventos é calculado a diferença entre o melhor resultado possível e o valor possível da alternativa em análise.

r ij = max (c ij ) – c ij

Por este critério a alternativa a ser escolhida é aquela que minimiza o arrependimento máximo. Em outras palavras, a alternativa que apresentar o menor valor dentre os maiores valores de arrependimento para cada opção (BRUNI e FAMÁ – 2001: 98).

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RESUMO SOBRE O CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTO

Como pode ser observado no texto, embora existam vários critérios que auxiliam no processo de decisão de novos investimentos, o mais recomendado pelos especialistas em finanças é o método do VPL, pois contempla todos os fluxos de caixa futuros e o custo do capital empregado indicando se há aumento do valor da empresa, que reflete na maximização da riqueza dos proprietários, além de poder ser utilizado em contextos com ou sem risco. No entanto, o uso destas técnicas não é o único determinante do sucesso destes planos.

Embora haja um alto índice de empreendedorismo no Brasil, medido pela criação de novos negócios, existem muitos fracassos, principalmente nos três primeiros anos de existência. Previsões distorcidas do fluxo de caixa, geração de recursos insuficiente para o giro, inexistência de planejamento, dificuldade de adaptação às mudanças, falta de avaliação financeira do negócio, são fatores que contribuem para este insucesso.

O desenvolvimento tecnológico aumentou a capacidade de manipulação de uma grande quantidade de informações com rapidez, fornecendo o ferramental necessário para acompanhamento do mercado, do comportamento da empresa, do caixa gerado, favorecendo a adoção de uma postura gerencial proativa.

Não basta simplesmente elaborar o fluxo de caixa e adotar um bom critério para decidir sobre novos investimentos, é preciso acompanhar os números projetados e estar atento para evitar uma situação indesejável ou até mesmo de insolvência.

Em uma economia dinâmica é cada vez mais imperiosa a necessidade do empresário em buscar uma melhor qualificação, em conhecer todos processos gerenciais da empresa, observando todas as ações dos departamentos (produção, venda, marketing, finanças, recursos humanos, atendimento e satisfação do cliente) e seus reflexos. Em um ambiente volátil, uma organização precisa ser flexível para criar maior agilidade nos processos de adaptações e mudanças, e ainda ser transparente na gestão dos recursos para manter-se competitiva no mercado.

CONCLUSÃO

Nos tempos remotos para se ter algo diferente ou de valor as pessoas utilizavam a troca de valores, pois não avia moeda ou sege seu capital era naquela época bens materiais frutos do campos aquilo que as pessoas podiam trocar e não faria falta ou teria que trabalhar para aquela pessoa para conquistar os bens. Nos tempos remotos, para realizar troca de valores, era usual a utilização de lingotes de bronze ou barras de ferro. Como sabemos de Homero, lá pelo século IX A.C., pesos de prata facilitavam a troca valores. O modo como o homem cuidava das suas finanças tinha mudado, com o fim do sistema feudal e a origem do capitalismo, surgiu novas posturas e mudanças sociais significativas. Com isso a forma de negociação mudou deixou de ser a troca de mercadorias, que era a principal forma na Idade Média. Com o novo rumo dos negócios a moeda se torna a principal forma de pagamento para as mercadorias, surgindo logo depois os primeiros bancos na Itália e o papel-moeda.

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O financiamento Imobiliário serve para as pessoas que querem comprar imóvel residencial ou comercial e não tem dinheiro para pagar à vista. E o financiamento pode chegar a 90% do valor da compra de acordo com a Política do Crédito BB. É o financiamento para compra de carros com fabricação de até 10 anos. E o prazo para pagar as prestações do financiamento pode chegar até 60 meses, sendo debitado automaticamente de uma conta corrente do Banco do Brasil.

É uma “ajuda do banco”, que serve para pagar as contas, quando a pessoa não tem saldo suficiente. Porém o cheque especial deve ser usado em uma situação de emergência, pois o banco cobra juros altos para a pessoa devolver depois o dinheiro para o banco.

É o crédito destinado á material de construção, onde as parcelas se dividem em até 60 meses e pode começar a pagar a partir de 180 dias.

O fundo de investimento é uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobiliários.

O consórcio é a reunião de pessoas físicas ou jurídicas em grupo fechado com o intuito de adquirir um bem ou conjunto de bens. Os consorciados pagam parcelas mensais com a finalidade de obter um crédito para a compra do bem escolhido dentro do período estabelecido, será cobrada a alíquota de 15% sobre os rendimentos somente no resgate, independente do tempo de aplicação.

Os fundos de investimento com liquidez diária estão sujeitos à incidência de IOF nos resgates efetuados até o 29º dia da aplicação, conforme tabela da legislação vigente no mercado. Quanto maior o tempo de permanência no fundo menor a alíquota, já a partir do 30º dia, as aplicações estão isentas de IOF e não haverá incidência de IOF nos fundos de ações.

Durante um período determinado, você poupa um pouco por mês, de acordo com sua disponibilidade. Dessa forma acumula um saldo que, junto aos rendimentos, pode ser resgatado integralmente ou recebido mensalmente ao final de seu plano. É você quem decide quanto deseja contribuir e quando realizar seus projetos de vida.

A metodologia de apuração da inflação, identificando ainda pelo menos três índices de preços de ampla utilização para correção e atualização de preços ou de contratos.

A inflação tem um conceito bem definido que é acompanhar a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias para produzir índices de preços ao consumidor, ela pode ser de oferta quando há escassez de produto ou de demanda quando a procura é maior do que a quantidade ofertada.

O IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é tido como o indicador oficial de inflação, sendo utilizado pelo Banco Central em seu sistema de metas. Medido entre os dias 1º e 30 de cada mês, o IPCA reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Distrito Federal e Goiânia

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são consideradas as variações de preços dos itens de uma cesta de compras que é montada com base nos resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

O INPC que faz o cálculo com famílias de 1 a 8 salários mínimos, e o IPCA-15, cujo diferencial para o IPCA é o período de coleta - vai do dia 15 de um mês até a mesma data do mês seguinte.

O IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado, tem caráter mais amplo isto porque considera não só preços de produtos finais (de consumo), mas também os de atacado e da construção civil. O período de coleta vai dos dias 21 de um mês a 20 do seguinte.

A FGV também calcula o índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IPC-DI), que possui a mesma metodologia do IGP-M, exceto pelo período de coleta de preços que considera um mês fechado.

A correção monetária nos saldos devedores dos empréstimos ou financiamentos pode ser aplicada de duas maneiras, prestação é calculada após a incorporação da correção monetária ao saldo devedor. Para isto basta calcular a planilha de amortização do empréstimo ou financiamento sem a CM, e após, corrigir cada linha da planilha pelo Índice de CM acumulado, prestações são calculadas sobre o saldo devedor sem correção, havendo um resíduo no final dos pagamentos das prestações, devido a CM. A CM que é calculada sobre o saldo devedor do final do período anterior e sobre a parcela de juros, é incorporada ao saldo devedor do início do período em questão, que se mantém desta forma atualizado. Assim, a amortização e os juros calculados são nominais. A amortização efetiva (real) deve considerar o efeito negativo da CM.

Como o Brasil é um país que tem elevado custo financeiro, é muito importante fazer avaliações financeiras minuciosas visando a melhor rentabilidade e a maior capacidade para novos investimentos.

Solicitar informações na rede bancária em relação a uma operação de desconto de duplicatas. A partir das informações obtidas, elaborar um exemplo no qual se apure o valor liberado ao cliente e o CET mensal e o CET anual (taxa efetiva mensal e taxa efetiva anual da operação). Obter também informação sobre um financiamento realizado através da Tabela Price.

As operações, desconto de duplicatas é uma atividade financeira e contábil em que uma determinada empresa entrega seu capital para que seu devido administrador no caso “bancos”, que tem por finalidade lhe antecipar o valor em conta corrente, cobrando juros antecipadamente.

Havendo que a necessidade dos títulos negociados para a instituição, a empresa é corresponsável pelo pagamento dos mesmos em caso de não liquidação pelo devedor.

Uma das operações usadas neste processo e chamada de (TIR) é a taxa necessária para igualar o valor de um investimento, com base no valor presente líquido (VPL).

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Com base nos argumentos do Sres. Ross até ali um dos critério é a melhor hora de saber se um investimento tem ou não liquidez! Quanto maior for à facilidade de venda, maior a liquidez daquele processo.

Ao comprar você pode ganhar em determinadas formas: com a valorização do preço em relação ao preço de compra e com os dividendos. Dividendo é o lucro que cabe aos acionistas - proprietários daquelas ações.

O fluxo de caixa é a análise da geração dos meios financeiros de seu processo num determinado período de tempo.

Como um processo rotativo, temos dois tipos de Fluxo de caixa;

Exemplo: Representa as saídas de capital, despesas de investimento, e entrada que é o resultado do investimento valor que é cobrado com as saídas e etc.

O custo do capital pode ser representado pelo juro se calculado considerando os custos a taxa adequada do fluxo de caixa operacional, pode ser definido como “a média ponderada dos custos dos diversos componentes de financiamento, incluindo dívida, patrimônio líquido e títulos”.

Os investimentos se enquadram em decisões de aplicação de recursos com prazos longos maiores que 12 meses, com o objetivo de propiciar retorno adequado.

Os métodos mais comuns de avaliação de projetos de investimento são, Playback; Playback descontado; Valor presente líquido – VPL; Taxa interna de retorno – TIR, assim podemos se dizer que os fatos gerador dos investimentos são numa acurácia de processos citado acima.

Custo médio ponderado de capital é usado pelo administrador financeiro para identificar o capital empregado no projeto. Este custo é estimado após o fluxo de caixa livre. Como todo investimento possui um risco para empresa. O retorno como efeito negativo a carreta um rombo no fluxo de Caixa. Técnicas de analise de investimentos estão relacionado ao fluxo de caixas futuros, ou seja, ao investimentos a render lucros. O fluxo de caixas futuros é o capital investido.

O índice de lucratividade é conhecido também como índice de rentabilidade de ou como resultado custo-benefício. É traduzido no somatório dos valores presentes dos fluxos de caixa futuros, dividido pelo investimento inicial.

Risco: quando as variáveis encontram-se sujeitas a uma distribuição de probabilidades conhecidas, ou que podem ser calculadas com algum grau de precisão.

Incerteza: quando a distribuição de probabilidades não pode ser avaliada. Envolve situações de ocorrência não repetitiva.

Esta análise pressupõe a escolha de variáveis significativas do empreendimento:

Receitas à é importante identificar fatores que influenciam neste resultado como a participação no mercado, tamanho do mercado e preço do produto ou serviço.

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Analise de sensibilidade pressupõe a escolha de variáveis significativas do empreendimento.

Como receitas, custos variáveis, custos fixos, investimento, custo de capital..

Nesta analise cada variável de entrada é alterada em vários pontos percentuais acima e abaixo do valor esperado,

Através desta análise é possível identificar onde há necessidade de mais informações, ela também pode nos proporcionar uma boa percepção sobre o risco do projeto.

A análise de cenários permite amenizar as deficiências da análise de sensibilidade para as variáveis inter-relacionadas.

Normalmente utiliza-se o critério de árvore de decisão quando o projeto envolve decisões sequenciais dependentes da decisão atual.

Segundo BREALEY e MYERS (1995 : 229), se as decisões de hoje afetarem o que pode ser feito amanhã, então, as decisões de amanhã têm que ser analisadas antes, esta estratégia permite encontrar o maior valor presente líquido.

Quando se usa este método, tomam-se as decisões em ordem inversa, ou seja, analisa-se primeira a decisão do último estágio até chegar à decisão do primeiro estágio.

O método de monte Carlo deriva-se do desenvolvimento desta análise, com base em aspectos matemáticos de jogos de cassino, vinculando sensibilidade e distribuição de probabilidade de variáveis de entrada.

Este método adota critérios baseados em uma visão pessimista do problema, supondo que ocorrerá o pior evento possível na análise dos resultados das alternativas possíveis.

O método MAXIMIN OU MINIMAX são critérios baseados em uma visão pessimista do problema, supondo que ocorrerá o pior evento possível na análise dos resultados das alternativas possíveis.

Este critério funciona como um meio termo, nem tanto otimista nem tanto pessimista, a regra de decisão estará entre estes dois limites, este critério busca estimar os arrependimentos máximos que poderão ocorrer para cada um dos eventos quando é feita uma escolha.

O desenvolvimento tecnológico aumentou a capacidade de manipulação de uma grande quantidade de informações com rapidez, fornecendo o ferramental necessário para acompanhamento do mercado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://mtm.ufsc.br/~guerra/MTM_5152/UNIDADE_3CORRECAO_MONETARIA_EM_EMPRESTIMOS.pdf

http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_Id=389

http://www.angelinicoins.com/Hist/Grecia/Origem.html

http://www.conecteeducacao.com/escconect/medio/mat/MAT12020000.asp