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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BASICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA ATENÇÃO PRIMARIA AMBIENTAL: NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Andréa dos Santos Capelin Silva UBERABA MINAS GERAIS 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BASICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA

ATENÇÃO PRIMARIA AMBIENTAL: NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA

FAMÍLIA

Andréa dos Santos Capelin Silva

UBERABA – MINAS GERAIS

2011

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Andréa dos Santos Capelin Silva

ATENÇÃO PRIMARIA AMBIENTAL: NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família,

Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial

para obtenção do certificado de especialista.

Orientadora: Profª Drª Denise Helena Terenzi Seixas.

UBERABA – MINAS GERAIS

2011

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Andréa dos Santos Capelin Silva

ATENÇÃO PRIMARIA AMBIENTAL: NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família,

Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial

para obtenção do certificado de especialista.

Orientadora: Profª Drª Denise Helena Terenzi Seixas.

Banca Examinadora Profª Drª Denise Helena Terenzi Seixas (orientadora) Profª Drª Mara Vasconcelos Aprovado em Belo Horizonte 06/08/2011

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Agradeço a Deus que é a força maior de minha vida.

Aos meus familiares, que são meu porto seguro.

A equipe SOL, a todos os funcionários da unidade básica CSU,

as populações dos bairros Bela Vista e Nova Floresta pela

oportunidade em desenvolver o curso de especialização em

saúde da família.

A minha amiga Leidiane, que sempre esteve ao meu lado.

A minha orientadora Profa. Denise Terenzi pela paciência e

sabedoria na condução do trabalho.

5

“Partimos do princípio que a saúde do homem depende diretamente da boa saúde do meio

ambiente. Se hoje reconhecemos que o homem é feito do pó e do barro, que tipo de

homens surgirá de pós e barros contaminados”

Denise Aerts (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde (CGVS)).

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RESUMO

O Programa Saúde da Família é uma estratégia para o aprimoramento e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), reorientando-o a focalizar o indivíduo, a família e a comunidade inseridos em seu contexto sócio-ambiental, na busca da promoção da saúde e da participação comunitária, a partir de um trabalho interdisciplinar e intersetorial feito pela equipe de saúde e pela comunidade. Torna-se, portanto, um espaço propício para o desenvolvimento da educação ambiental, uma vez que, o instrumento principal da Estratégia de Saúde da Família (PSF) é a educação em saúde e ambiente. Nesta perspectiva, este trabalho apresentará a relação entre as dimensões saúde e ambiente para a promoção da saúde, enfocando a importância da educação ambiental na estratégia saúde da família.

Palavra chave: Atenção Primaria Ambiental; Estratégia de Saúde da Família; Educação Ambiental.

Abstract: The Family Health Program is a strategy for the improvement and

consolidation of the Unified Health System (SUS), redirecting it to focus on the individual, family and community inserted in its socio-environmental context, in search of health promotion and community participation, starting from an intersectoral and interdisciplinary work done by the health team and community. It is therefore a space conducive to the development of environmental education, since the main instrument of the Health Strategy (PSF) is the health education and environment. In this perspective, this paper presents the relationship between health and environmental dimensions to health promotion, focusing on the importance of environmental education in the family health strategy.

Keywords: Primary Environmental; Family Health Program; Environmental Education.

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LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APA - Atenção Primaria Ambiental

CEABSF- Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da

Família

ESF- Equipes de Saúde da Família

FUNASA – Fundação Nacional de Saúde

MMA – Ministério do Meio Ambiente

MS – Ministério da Saúde

OMS - Organização Mundial da Saúde

OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde

PACS - Programa Agentes Comunitários de Saúde

PSF - Programa de Saúde da Família

SAS – Secretaria de Assistência à Saúde

SES – Secretaria Estadual de Saúde

SIAB - Sistema de Informação Atenção Básica

SINVAS – Sistema Nacional de Vigilância Ambiental

SINVAS - Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde

SMS – Secretaria Municipal de Saúde

SPS – Secretaria de Políticas em Saúde

SUS - Sistema Único de Saúde

CIBs - Comissões Intergestores Bipartites

SUS – Sistema Único de Saúde

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 09

2. OBJETIVOS ....................................................................................... 13

3. MATERIAL E METODO.........................................................................14

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................. 15

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 23

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 25

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1. INTRODUÇÃO

A partir das discussões da equipe de saúde família SOL durante o modulo de saúde

ambiental, do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família

(CEABSF) senti a necessidade de aprofundar no tema atenção primaria ambiental e

da importância desta na promoção da qualidade de vida da comunidade.

De acordo com Ministério da Saúde (Brasil, 2002), são evidentes os sinais de

deterioração do ambiente em escala planetária. A degradação progressiva dos

ecossistemas, a contaminação crescente da atmosfera, solo e água, bem como o

aquecimento global são exemplos dos impactos das atividades humanas sobre o

ambiente. Esses problemas são exacerbados em situações locais, em que se

acumulam fontes de riscos advindos de processos produtivos passados ou

presentes como a disposição inadequada de resíduos industriais, a contaminação de

mananciais de água e as péssimas condições de trabalho e moradia.

A agenda 21 é o protocolo da ECO 92 mais importante, sendo um termo de

compromisso da sociedade com o desenvolvimento sustentável e deve haver um

esforço integrado de todos os setores e grupos, sejam instituições publicas, privadas

ou a sociedade civil organizada, para implementar, através de iniciativas e projetos

que visem a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável e o

fortalecimento da cidadania (Programa, 2003).

O setor saúde tem sido estimulado a participar mais ativamente da agenda 21, seja

pela sua atuação tradicional no cuidado de pessoas e populações atingidas pelos

riscos ambientais, seja pela valorização das ações de prevenção e promoção da

saúde. Essa tendência tem apontado a necessidade de superação do modelo de

vigilância à saúde baseada em agravos e a incorporação da temática ambiental nas

práticas de saúde pública.

Para o enfrentamento do desafio da consolidação da intervenção sobre os fatores

determinantes da saúde no espaço construído, faz-se necessária a articulação das

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políticas públicas de habitação, saúde, meio ambiente e infra-estrutura urbana. Isso

leva a uma formação de alianças intersetoriais e interdisciplinares que incluem uma

visão holística integradora e multidisciplinar, em que a participação comunitária tem

um papel essencial para o enfrentamento das questões locais da precariedade das

relações do meio ambiente e o homem em seu habitat.

Ao identificar que o Programa Saúde da Família responde ao problema discutido no

III Fórum Social Mundial e que constitui uma prioridade da política de saúde pública

do Brasil e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a valorização da

iniciativa de uma Habitação Saudável como ferramenta para os resultados do

Programa Saúde da Família (PSF), propõe-se, então, uma aliança estratégica para

contribuir e alcançar os objetivos da saúde familiar, por meio do envolvimento da

iniciativa de habitação saudável por intermédio da Rede Brasileira de Habitação

Saudável. Esta é planejada e construída observando-se todos os aspectos

ambientais, territoriais, materiais usados e é voltada para uma comunidade

consciente e preparada para cuidar de si e do seu entorno com responsabilidade

ambiental.

Segundo a Organização Panamericana de Saúde (1999), o entendimento da

habitação como um espaço onde a qualidade principal é ser habitável, permite uma

análise que incorpora uma visão das múltiplas dimensões que compõem a

habitação: cultural, econômica, ecológica e de saúde humana. A concepção

integradora da habitação considera os usos que fazem da mesma os habitantes,

incluindo os estilos de vida e condutas de risco; é, portanto, uma concepção

sociológica, devendo o conceito “habitação saudável” levar em consideração o seu

entorno, inclusive o ambiente e a agenda da saúde de seus moradores.

Cohen, et. al. (2003), ressaltam que o conceito de ambiente e entorno saudáveis

incorpora a necessidade de se ter equipamentos urbanos básicos com saneamento,

espaços físicos limpos e estruturalmente adequados, além de redes de apoio que

permitam a existência de hábitos psicossociais sãos e seguros, isentos de violência

(abusos físico, verbal e emocional).

11

Outro importante conceito que deve ser desenvolvido é o da atenção primária

ambiental, considerada uma estratégia de ação ambiental preventiva e participativa,

que reconhece o direito das pessoas de viverem em um meio ambiente saudável e

de serem informadas sobre os riscos ambientais em relação a sua saúde e bem-

estar.

De acordo com Buss et. al. (1998), encontram-se no âmbito da atenção primária à

saúde aquelas medidas de proteção ou recuperação de baixa complexidade,

denominadas ações ambientais primárias, tais como: educação ambiental, controle

da contaminação simples dos ambientes de trabalho e domicílios; controle da

poluição sonora; controle da qualidade e disponibilidade de água potável; controle

de vetores transmissores de doenças, em combinação com a vigilância

epidemiológica; manejo e reciclagem de resíduos sólidos; controle de qualidade de

alimentos, em combinação com a vigilância sanitária; controle da erosão de solos,

queimadas florestais, pragas, urbanização de ruas, preservação das áreas verdes e

outras. Através deste enfoque, a atenção primária ambiental aplica sua estratégia na

área de habitação saudável.

A educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a

corresponsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para se

promover um novo tipo de desenvolvimento - o desenvolvimento sustentável

(JACOBI, 2003).

As atividades práticas de Educação Ambiental permitem às pessoas oportunidades

de desenvolver uma sensibilização a respeito dos problemas ambientais e buscar

formas alternativas de solução, conduzindo pesquisas no ambiente urbano,

relacionando fatores sociais e históricos com fatores políticos, éticos e estéticos

(DIAS, 1992).

As doenças relacionadas com o meio ambiente têm uma elevada taxa de

predominância. Diversas doenças transmissíveis ainda continuam existindo e outras

têm aumentado. A exposição de pessoas aos riscos físicos e químicos, oriundos dos

efeitos secundários do desenvolvimento, fez aumentar os casos de doenças

crônicas, traumas, intoxicações, violência e distúrbios emocionais.

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Devido ao desgaste dos ambientes sociais e físicos, fica cada vez mais difícil

alcançar estágios positivos de saúde. Embora o desgaste crescente das condições

para a saúde possa estar vinculado a problemas econômicos, ao desgaste

ambiental, às políticas equivocadas dos governos e às prioridades técnicas, têm

ampliado o problema (ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE, 1999).

“Partimos do principio que a saúde do homem depende diretamente da boa saúde do meio ambiente - O homem é além daquilo que pensa, o resultado daquilo que come, daquilo que bebe e daquilo que respira”. (Conceito de Saúde Ambiental; PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – PSOL, p 2, 2008)

Sendo a saúde não apenas a falta de doenças e sim a possibilidade de uma

alimentação adequada e de qualidade, sem produtos transgênicos, sem hormônios e

sem a contaminação de agrotóxicos, de possuir uma moradia digna, com acesso

aos bens e serviços essenciais, de ter direito ao lazer, ao saneamento básico e à

assistência médica total, percebemos que a Saúde Ambiental só poderá ser

alcançada através de uma organização social e econômica voltada para o

desenvolvimento humano, com respeito ao meio ambiente natural e urbano, pois um

ambiente poluído e contaminado significa um povo sem cultura, sem saúde e sem

paz (RADICCHI, 2009).

A preocupação para que a saúde ambiental deva estar presente no cotidiano dos

profissionais das equipes de saúde da família, foi o incentivo para o

desenvolvimento deste estudo no intuito de aprofundar meus conhecimentos de

forma a trazer para a minha equipe de trabalho, estratégicas de integração dos

diferentes programas que hoje estão voltados para a melhoria da qualidade de vida

da população.

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2. OBJETIVOS

2.1 GERAL

Compreender a saúde ambiental como uma estratégia de fortalecimento das

condições de vida das comunidades.

2.2 ESPECÍFICOS

Destacar o papel da equipe de saúde da família na saúde ambiental.

Levantar subsídios para promover o conhecimento das Equipes de Saúde da

Família (ESF) em educação para a saúde ambiental.

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3. MATERIAL E METODO

Para atingir os objetivos propostos, foi desenvolvida uma revisão bibliográfica,

analisando livros, revistas, artigos, teses, monografias e dissertações referentes ao

tema, encontrados na base de dados da Sielo, Bireme, BVS e outros sites da

internet.

Estudo exploratório é aquele que torna o problema mais explícito, pois proporciona

maior familiaridade com o mesmo, seu objetivo principal é o aprimoramento de

idéias ou a descoberta de intuições (FIGUEREDO, 2008).

O período de busca de material foi de 1990 a 2010, por meio de uma busca livre

com a utilização das seguintes palavras-chaves: Atenção Primaria Ambiental;

Estratégia de Saúde da Família; Educação Ambiental.

Após o levantamento e leituras dos matérias bibliográficos foi feito uma leitura dos

mesmos e uma previa seleção daqueles que de fato tinham pertinência com os

objetivos deste trabalho.

15

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

De acordo com a Portaria nº 648 de 28 de março de 2006 que aprova a Política

Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a

organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o

Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS), a atenção básica tem a Saúde

da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os

preceitos do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2007).

A Atenção Básica tem como fundamentos:

I - possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada, e em consonância com o princípio da eqüidade; II - efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços; III - desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado; IV - valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e capacitação; V - realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e programação; e VI - estimular a participação popular e o controle social (BRASIL, 2007, p.13).

Visando à operacionalização da Atenção Básica, a portaria nº 648/2006 definiu as

seguintes áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional, a saber: a

eliminação da hanseníase; o controle da tuberculose; o controle da hipertensão

arterial; o controle do diabetes mellitus; a eliminação da desnutrição infantil; a saúde

da criança; a saúde da mulher; a saúde do idoso; a saúde bucal e a promoção da

saúde. Destaca ainda que outras áreas poderão ser incluídas como prioridades,

desde que aprovadas pelas comissões intergestores bipartites.

16

A atenção primária à saúde (APS) surgiu durante as mudanças no setor da saúde na

década de 70, que permitiu mudanças de paradigmas como: da cura para a atenção

preventiva; da atenção hospitalar para a atenção à comunidade; da atenção urbana

para a rural; dos fatores determinantes dentro do setor saúde para os fatores fora do

setor; da responsabilidade única do governo pela saúde da população para a

responsabilidade das pessoas por sua saúde; dos serviços de saúde e do poder

político centralizado para os serviços de saúde e o poder político descentralizado

estas mudanças de paradigmas estão até os dias de hoje em constantes

construções (OPAS, 1999).

De acordo com a Política Nacional da Atenção Básica (2007), a atenção básica tem

como característica um conjunto de ação de âmbito individual e coletivo, atuante na

promoção, proteção e reabilitação que se desenvolve pelo exercício de praticas

gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, num trabalho de equipe que

envolve participação social.

De acordo com Portaria 648/MS, a atenção básica visualiza o sujeito em sua

singularidade, na busca da promoção prevenção e redução de danos tem caráter

substitutivo em relação à rede tradicional atua no território realiza cadastro domiciliar

e desenvolve suas atividades conforme planejamento e a programação realizada

com base no diagnostico situacional, numa busca de integrar as organizações

sociais com foco na família numa construção de cidadania (BRASIL, 2007).

A atenção primária ambiental é uma estratégia de ação ambiental basicamente

preventiva e participativa em nível local, que reconhece o direito do ser humano de

viver em um ambiente que proporcione o bem-estar e a sobrevivência, ao mesmo

tempo em que define suas responsabilidades e deveres em relação à proteção,

conservação e recuperação do meio ambiente e da saúde. (OPAS, 1999).

Na conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento no

Rio de Janeiro em 1992 - Rio/ 92 ficou clara a mensagem sobre a necessidade de

um ambiente melhor para se viver e o compromisso da sociedade com o

desenvolvimento sustentável, sendo de responsabilidade de todos os níveis

17

hierárquicos, públicos, privados e grupos civis organizados a construção desta

agenda (PROGRAMA, 2003).

A atenção primária ambiental tem o objetivo fundamental de proteger e melhorar a

saúde da população e do meio ambiente. Desta forma, quais medidas podem ser

tomadas para se tentar cumprir esse objetivo? O que a população precisa, além do

necessário para a sua sobrevivência, como o ar, a água e a alimentação, para viver

em um ambiente saudável?

A fim de refletir melhor sobre isso, lembramos o que preconiza a Organização

Mundial de Saúde, em seu conceito de saúde: é “um estado dinâmico completo de

bem-estar físico, mental, espiritual e social e não meramente a ausência de doença”

(PANZINI, 2007). Ao longo da história das políticas mundiais, as questões de saúde

e ambiente vêm sendo interligadas com objetivo de promover a saúde e ambientes

mais saudáveis, através da participação ativa de indivíduos, famílias e comunidade,

juntamente com os organismos estatais responsáveis pela sua promoção e

manutenção.

As questões ambientais estão cada dia mais sendo destaque em todos os noticiários

e os problemas causados, são impactos que trazem conseqüência em todos os

âmbitos.

Diante desses fatos necessita-se criar medidas mitigadoras para minimizar os

impactos causados pelos agentes que direta ou indiretamente tem relação com a

saúde humana, de forma a contribuir na conceituação do tema saúde ambiental.

Dentre os principais agentes podem-se citar os seguintes:

Efeito Estufa que faz com que haja o aumento da temperatura

elevando os níveis do oceano entre 20 centímetros e um metro no

espaço de 100 anos, causando o isolamento de milhares de pessoas.

O lixo é hoje também um grande problema mundial, podendo causar

várias doenças à saúde humana.

18

Contaminação ambiental com o crescimento das indústrias vem

provocando vários impactos ambientais através da poluição química,

do ar, da água, do solo e alimentos.

A poluição da água vem provocando buracos na camada de ozônio,

chuva ácida e perda de biodiversidade.

Segundo Tambellini (1998), a relação entre saúde e ambiente, segundo a

Organização Mundial da Saúde é definida como um campo de conhecimento

designado como “Saúde e Ambiente” ou “Saúde Ambiental”, abrangendo todos os

fatores determinantes que afetam a saúde, incluindo, desde a exposição a fatores

específicos como substâncias químicas, elementos biológicos ou situações que

interferem no estado psíquico do indivíduo, até aqueles relacionados com aspectos

negativos do desenvolvimento social e econômico dos países.

O crescimento desordenado, ignorando áreas potencialmente perigosas para o

assentamento humano, expondo milhares de pessoas a riscos de morte, seja por

doenças, seja em razão de acidentes. A exposição de populações ao lixo, ao esgoto

a céu aberto e a determinados riscos químicos ou a acidentes químicos ambientais

ampliados, mudanças climáticas, aparecem como problemas que afetam a saúde e

vêm ocupando crescentemente o setor que, mais uma vez, obriga-se a interagir com

setores historicamente distantes como os de energia e transporte (IANNI, 2009).

Pires (2008), baseando-se na Teoria de Karl Marx sobre Processo de Trabalho,

comenta que o processo de trabalho dos profissionais de saúde deve ter como

finalidade a ação terapêutica de saúde; como objeto, o indivíduo ou grupos doentes,

sadios ou expostos a risco, necessitando medidas curativas, preservação da saúde

ou prevenção de doenças; como instrumental de trabalho, os instrumentos e as

condutas que representam o nível técnico do conhecimento que é o saber de saúde

e o produto final é a própria prestação da assistência de saúde, que é produzida no

mesmo momento em que é consumida.

De acordo com IANNI (2009), na estratégia de saúde da família o trabalho deve ser

interdisciplinar, intersetorial e articulado entre todos os trabalhadores envolvidos,

para que se tenha a melhoria da qualidade da assistência. E, para que se mantenha

19

este equilíbrio, é preciso que todos os atores sociais estejam envolvidos neste

processo dinâmico, que é a Educação Ambiental.

A Educação Ambiental começa a ser legitimada no Brasil através da Lei Nº 9.394/97,

que estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental, onde são definidos seus

princípios, objetivos e diretrizes que propõem um reforma na educação brasileira,

em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não

formal (BRASIL, 1997).

Analisando as políticas de saúde e ambiente e a política de educação ambiental,

verificar-se que há uma relação entre seus princípios e diretrizes, onde as duas se

referem a uma proposta universal, humanista, democrática, participativa, envolvendo

aspectos políticos, econômicos, éticos, culturais, sociais, naturais, objetivando a

melhoria da qualidade de vida humana e planetária.

A leitura e incorporação desses princípios e diretrizes fazem com que o trabalhador

da saúde comece a refletir a respeito da compreensão de seu processo de trabalho

e sua articulação com essas políticas, modificando suas metodologias e

instrumentos de trabalho, para que venham ao encontro das necessidades e perfil

epidemiológico da população, no contexto sócio-ambiental, assumindo um papel de

agente ambiental em saúde.

Uma ferramenta que as equipes utilizam para identificar as famílias e que faz parte

do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) é a ficha de cadastro das

famílias (Ficha A), informações referentes a questões ambientais como, por

exemplo: água, rede esgoto, energia elétrica, lixo e tipo de moradia subsidiam para a

implementação de ações de prevenção, diagnóstico, e tratamento de possíveis

doenças causadas por agentes ambientais. Esses dados estão nessa ficha e muitas

vezes são subutilizados, mas são essenciais para ajudar a equipe no planejamento

das ações da saúde da família relacionadas ao meio ambiente.

Augusto (2003) ressalta que a presença do Estado brasileiro ainda não atingiu um

patamar adequado no que se refere às políticas publicas voltadas para a infra-

estrutura urbana, especialmente os serviços de abastecimento de água,

20

esgotamento sanitário e gerenciamento dos resíduos sólidos e águas pluviais. O

impacto e as alterações ambientais têm sido em grande parte avaliada e

acompanhada por órgãos e entidades voltadas para o meio ambiente, tendo sido

observado que a tecnologia empregada e os métodos prevalentes não atingiram as

medidas necessárias e suficientes, no que se refere à defesa da saúde, que recebe

atenção secundária na conformação política atual.

A atuação do setor saúde em relação ao ambiente ainda é incipiente, o que requer,

muitas vezes, a atuação de outros atores como o Ministério Publico, órgãos

estaduais e municipais de meio ambiente, promotorias públicas, etc.

Com a Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento - ECO-92 - promovida

pela ONU, foi elaborado um dos documentos básicos, a Agenda 21, que trata,

principalmente, das questões de proteção da atmosfera, dos oceanos, da terra, da

conservação da diversidade biológica, da biotecnologia, da administração

ambientalmente correta dos resíduos, da erradicação da pobreza, do controle da

degradação do meio ambiente e da proteção da saúde humana da melhoria da

qualidade de vida (SILVA, 1996).

A partir desse documento, percebe-se uma aproximação efetiva das dimensões

saúde e ambiente, pois a saúde humana foi uma das questões muito destacada da

conferencia, o que demonstra a preocupação internacional com a saúde planetária.

Estas iniciativas devem ser incorporadas como um componente de todos os

subsistemas do Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde – SINVAS que

compreende o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades

públicas e privadas, relativos à vigilância ambiental em saúde, visando o

conhecimento e a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores

determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana,

com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos

fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde. A Vigilância da

qualidade da água, do ar, solos, desastres, substâncias químicas, etc. devem buscar

parcerias que possam ir além do âmbito estritamente governamental (Brasil, 2007).

21

A complexidade das realidades locais, distritais, municipais, metropolitanas, onde se

ajustam e conflitam problemas sócio-ambientais e de saúde tão distintos, como a

ausência de saneamento básico e risco químico, cidadãos e clandestinos,

sobreviventes do trabalho e do lixo, etc., coloca a clássica estratégia

excessivamente normativa da Saúde em questionamento. Essa realidade leva a

saúde a se repensar os avanços necessários ao SUS, numa lógica, agora, mais

radicalmente intersetorial, democrática e inclusiva.

Segundo Oliveira (2007), a situação ambiental no Brasil está em um patamar que

deve ser analisado, pois ainda existem 60 milhões de brasileiros (9,6 milhões de

domicílios), que não contam com coleta de esgoto, 15 milhões (3,4 milhões de

domicílios) não tem acesso à água encanada e uma parcela da população que têm

ligação domiciliar não conta com abastecimento diário e nem de água potável com

qualidade. Quase 75% de todo o esgoto sanitário coletado nas cidades é despejado

"in natura", o que contribui decisivamente para a poluição dos cursos d'água urbanos

e das praias. Dezesseis milhões de brasileiros não são atendidos pelo serviço de

coleta de lixo. Em 64% dos municípios o lixo coletado é depositado em lixões “céu

aberto” e 82 mil toneladas são lançadas todos os dias no meio ambiente.

A falta de drenagem urbana, especialmente a cada chuva mais intensa, provoca

alagamentos e enchentes nas áreas de estrangulamento dos cursos d'água, 41,5%

da população vive em condições inadequadas de habitação: adensamento

excessivo, carência de serviços de água e esgoto, direitos de propriedade mal

definidos, não conformidade com os padrões de edificação ou moradias construídas

com materiais não duráveis. 6,6 milhões de pessoas ou 3,9% da população

brasileira em favelas, 78,5% das quais localizadas nas nove principais regiões

metropolitanas do país - Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de

Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. (Oliveira, 2007).

Entende – se por vigilância ambiental em saúde a atuação sobre os fatores

biológicos representados por vetores, hospedeiros, reservatórios e animais

peçonhentos, bem como fatores não biológicos como a água, o ar, o solo,

contaminantes ambientais, desastres naturais e acidentes com produtos perigosos,

se apresentando como um novo campo de atuação do setor saúde e fortalecido por

22

instrumentos de avaliação e controle. A Vigilância Ambiental em Saúde em conjunto

com PSF está em crescimento, tendo a intersetorialidade e a interdisciplinaridade

como pressuposta (RADICCHI, 2009).

23

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Atenção Primária em Saúde, a Saúde Ambiental e Atenção Primária Ambiental e

mesma a Estratégia Saúde da Família e de Agentes comunitários de Saúde, de

Educação Ambiental, podem ser fundamentais para a transformação do contexto de

saúde de uma comunidade desde que trabalhem integrados.

Proporcionar a integração das políticas de saúde brasileiras pode não garantir

mudanças integrais, mas são positivas à saúde de uma população. É necessário

respeitar a vontade e os significados atribuídos pelos cidadãos e pelas

comunidades, ao seu próprio bem estar e principais necessidades e o que dificulta o

sucesso na melhoria das condições de saúde da população em geral.

O sucesso está na interação dos programas, gestores e executores e na motivação

das pessoas e conseqüentemente, aceitação da comunidade para essas

estratégias. Estas estratégias têm tudo para dar certo, principalmente se integrarem

suas ações às da educação ambiental de modo a conseguir um maior entrosamento

com a comunidade ao resgatar sua cidadania e ao respeitar suas concepções.

As equipes de saúde da família podem usar o espaço dos conselhos locais de

saúde, do conselho municipal, das reuniões com a comunidade, das reuniões de

equipe, das visitas domiciliares da equipe e dos atendimentos aos usuários durante

as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, para abordar os

conceitos de saúde ambiental e habitação saudável e construir mudanças junto com

a comunidade.

A incorporação da Vigilância Ambiental em Saúde envolve alguns processos mais

gerais que tem ocorrido no Sistema de Saúde Brasileiro, tal como a descentralização

de ações de saúde e a reestruturação do campo da vigilância em saúde. Por outro

lado, será necessária a delimitação mais precisa do objeto de trabalho da vigilância

ambiental em saúde e sua diferenciação em relação a áreas tradicionais da saúde

coletiva como a vigilância sanitária e a vigilância epidemiológica. A portaria 3.252 de

24

22/12/2002 veio unir a equipe de saúde da família ao agente de endemias, iniciando

uma parceria com objetivos ambientais comuns (BRASIL, 2002).

Este trabalho nos possibilitou observar que há grande necessidade de conhecimento

por parte dos profissionais que atuam na equipe de saúde da família quanto ao

conhecimento de saúde ambiental e educação ambiental. A vasta legislação no SUS

para monitoramento e controle dos riscos e agravos ao meio ambiente tais como:

água, solo, ar, segurança química, desastres naturais, acidentes com produtos

perigosos e fatores físicos exige uma preparação dos profissionais de saúde das

equipes de saúde da família para incorporar na prática as ações voltadas para o

meio ambiente, não deixando somente a ANVISA e APA diagnosticar, prevenir,

promover e monitorar as ações necessárias para o controle dos impactos

ambientais.

Certamente se os profissionais das equipes de saúde da família estiverem mais bem

preparados para acompanhar e realizar nas visitas domiciliares, ações sobre o meio

ambiente e, ainda, informando as famílias dos problemas advindos das condições

ambientais, as ações de saúde desenvolvidas pelas equipes de saúde da família

poderão ser mais eficientes e promotoras de mudanças no habitat das famílias.

25

REFERÊNCIAS

AUGUSTO, L. G. S. Saúde e vigilância ambiental: um tema em construção.

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