saúde mental e estratégia de saúde da família: interfaces

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Estratégia de Saúde da Família e suas interfaces com a Saúde Mental Alexandre Simões Junho 2011

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Estratégia de Saúde da Família e

suas interfaces com a Saúde Mental

Alexandre Simões

Junho 2011

Saúde da Família: estratégia de reorientação do modelo assistencial,

instrumentalizada pelas ações de equipes multiprofissionais em uma lógica afeita às complexidades

do território

Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica

delimitada.

As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e

na manutenção da saúde da comunidade.

Vale desde já lembrar que todo território tem

fronteiras

O PSF - Programa Saúde da Família - é tido como uma das principais estratégias de

reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de

assistência.

Traz, portanto, muitos e complexos desafios a serem superados para consolidar-se enquanto

tal.

Após as duas décadas de

vigência do SUS em nosso país, verifica-se, de forma cada vez mais ampla, o reconhecimento

acerca da importância de se criar um

novo modo de produzir saúde

Desde há alguns anos, o PSF é definido como Estratégia de Saúde da Família (ESF), ao invés de somente programa, visto que o termo programa usualmente aponta para uma atividade com

instalação, início, desenvolvimento, conclusão e desmontagem.

A ESF comporta em sua perspectiva a reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para finalizar esta reorganização.

Estes pressupostos, tidos como capazes de produzir um impacto positivo na orientação do novo modelo

e na superação do anterior (nitidamente calcado na supervalorização das práticas da assistência curativa, especializada e hospitalar, e que induz ao excesso de

procedimentos tecnológicos e medicamentosos e, sobretudo, na fragmentação do cuidado) encontra, em relação aos

recursos humanos para o SUS, desafios

Desafios: fronteiras

a) Situações de vulnerabilidade e risco de crianças, adolescentes e idosos (as

interfaces com o as figuras do excesso);

b) Drogadições;

c) Situações de crises que põem em xeque a territorialidade;

Como lidar com estes

desafios ?

A equipe, o local, os fazeres, a instituição:

como dispositivos

Dispositivo:

é uma montagemou artifício produtor de inovações que gera

acontecimentos diversos, atualiza virtualidades e inventa a possibilidade do novo.

Combinação variada de recursos

Clínica e bricolage

Trabalhar com a bricolagem seria produzir algo novo a partir de fragmentos de outros objetos/dejetos (esquecidos, ejetados, presenteados, etc.), no qual se podem perceber as partes ou pedaços anteriores. Não podemos nos esquivar do corpo-órgãos como portando esta dimensão (corpo-órgãos-metabolismo em frangalhos) A idéia de que “isso sempre pode servir” (muitas vezes a partir de pouco) percorre a prática da bricolagem.

Enfim, trata-se de uma reterritorialização

É um constante exercício das ‘maneiras de lidar com’ e da produção de vida face (e, às vezes, de encontro) à vida produtiva.

Por conseguinte, o bricoleur seria

aquele capaz de transformar e de utilizar no seu trabalho

quaisquer materiais

encontrados. Ele sempre

busca fazer com que

determinado material sirva na construção

de outra categoria (no

caso, de sujeito)

Trata-se de inventaruma nova ordem de articulações que

fomenteo compromisso das equipes com a

produçãode saúde, sem cobrar-lhes onisciência

ou onipotência

O descolecionar

Obrigado pela atenção!

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