estratégia do programa de monitoramento ambiental dos biomas

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ESTRATÉGIA DO PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL DOS BIOMAS BRASILEIROS

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Page 1: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

ESTRATÉGIADO PROGRAMADE MONITORAMENTO AMBIENTAL DOS

BIOMAS BRASILEIROS

Page 2: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas
Page 3: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

Brasília, DF2016

Portaria n° 365, de 27 de novembro de 2015

ESTRATÉGIADO PROGRAMADE MONITORAMENTO AMBIENTAL DOS

BIOMAS BRASILEIROS

Ministério do Meio AmbienteSecretaria de Biodiversidade e Florestas

Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental

Page 4: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Coordenação Geral do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Carlos KlinkSecretário Executivo

Ana Cristina BarrosSecretária de Biodiversidade e Florestas

José Domingos MiguezSecretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental

Carlos Alberto de Mattos ScaramuzzaDiretor de Ecossistemas

Thelma KrugDiretora de Políticas para Combate ao Desmatamento

Magaly OliveiraRodrigo VieiraGabriel LuiGerentes de Projetos

Equipe técnica do MMA: Adriana Bayma, Aline Menke, Gustavo Oliveira, Raul Oliveira Agradecimentos especiais: Alberto W. Setzer (INPE), Alessandra Gomes (INPE), Alexandre Camargo Coutinho (Embrapa), Dalton de Morrison Valeriano (INPE), Daniel de Castro Victoria (Embrapa), Edson Eyji Sano (IBAMA), Edson Luis Bolfe (Embrapa), Elaine Barbosa da Silva (UFG), Francisco José Barbosa de Oliveira Filho (MMA), George Porto Ferreira (IBAMA), Júlio César Dalla Mora Esquerdo (Embrapa), Luis Eduardo Pinheiro Maurano (INPE), Marcos Adami (INPE) pela colaboração para a construção desta Estratégia.

Apoio: O presente trabalho contou com o apoio do Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica. O Projeto é uma realização do governo brasileiro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no contexto da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável Brasil-Alemanha, no âmbito da Iniciativa Internacional de Proteção do Clima (IKI) do Ministério Federal do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança Nuclear (BMUB) da Alemanha. O projeto conta com a assessoria técnica da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e apoio financeiro do KfW Banco de Fomento Alemão.

Fotos utilizadas:Capa: Wigold Schaffer MMAPágina 8: Zig Koch/Arquivo MMAPágina 14: Jefferson Rudy/Arquivo MMAPágina 22: Wigold Schaffer/Arquivo MMAPágina 30: Palê Zupani/Arquivo MMA

Dados Internacionais para Catalogação da Publicação - CIP

Page 5: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

República Federativa do BrasilPresidência da RepúblicaDilma Vana Rousseff

Ministério do Meio Ambiente (MMA)Izabella Mônica Vieira Teixeira

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)Kátia Regina de Abreu

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)Emília Maria Silva Ribeiro Curi (Ministra em exercício)

B823e Brasil. Ministério do Meio Ambiente

Estratégia do Programa Nacional de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros / Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental. Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento. Brasília: MMA, 2016.

44 p., il.

ISBN: 978-85-7738-265-1

1. Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros. 2. Desmatamento. 3. Uso da terra. 4. Queimadas. 5. Recuperação da vegetação. I. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. II. Departamento de Conservação da Biodiversidade. III. Titulo.

CDU 574.4(81)

Ministério do Meio Ambiente

Page 6: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas
Page 7: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

SUMÁRIO

Lista de Siglas ..............................................................................................................................6

Lista de Figuras ............................................................................................................................7

Lista de Tabelas ...........................................................................................................................7

1. Introdução ...............................................................................................................................8

1.1. Objetivo .....................................................................................................................13

2. Características do Programa ..................................................................................................14

2.1. Tipos de monitoramento ...........................................................................................16

3. Arranjo Institucional ..............................................................................................................22

3.1. Descrição das funções dos elementos da estrutura de governança ..........................24

3.2. Lógica de implementação dos processos de monitoramento ....................................25

4. Resultados Esperados ...........................................................................................................26

5. Mobilização de Recursos Financeiros ....................................................................................30

Anexo 1 PORTARIA Nº- 365, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2015....................................................41

Page 8: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Lista de SiglasCAR: Cadastro Ambiental Rural CBERS: Satélite Sino-Brasileiro para Recursos TerrestresCDB: Convenção sobre Diversidade Biológica DETER: Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo RealDEGRAD/DETEX: Sistema de Monitoramento de Degradação FlorestalINDC: Pretendida Contribuição Nacionalmente DeterminadaINPE: Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisEMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FRA: Levantamento de Recursos FlorestaisIBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenováveisIBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPCC: Painel Intergovernamental sobre Mudança do ClimaGOES: Global Online Enrollment SystemGT: Grupo de TrabalhoICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da BiodiversidadeLDCM : Landsat Data Continuity Mission MODIS: Moderate Resolution Imaging SpectroradiometerLULUCF: Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (LULUCF)MMA: Ministério do Meio AmbienteMCTI: Ministério da Ciência, Tecnologia e InovaçãoMPOG: Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoNOAA: National Oceanic & Atmospheric AdministrationPNMC: Política Nacional sobre Mudança do ClimaPPCDAm: Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia LegalPROBIO: Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira PMDBBS: Projeto de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por SatélitePNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PRODES: Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por SatéliteUNFCCC: Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do ClimaREDD+ Instrumento financeiro sob a Convenção do Clima para pagamento pela redução de emissões por desmatamento; pela redução de emissões provenientes de degradação florestal; pela conservação dos estoques de carbono florestal; pelo manejo sustentável de florestas; e pelo aumento dos estoques de carbono florestal.

Page 9: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

SIG: Sistema de Informação GeográficaSBF: Secretaria de Biodiversidade e FlorestasSMCQ: Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental

Lista de FigurasFigura 1 – Tipos e frequência de mapeamentos por bioma ......................................................16

Figura 2 – Estrutura de governança do Programa de Monitoramento Ambiental

dos Biomas Brasileiros ..............................................................................................................23

Figura 3 – Fluxograma para os processos de monitoramento ..................................................25

Lista de TabelasTabela 1 – Projeção geral dos tipos de mapeamentos, por bioma, ano base

das imagens e disponibilidade de recursos ...............................................................................19

Tabela 2 – Ano de previsão da primeira entrega de produto, por tipo de mapeamento .............29

Tabela 3 - Fontes de recursos extra orçamentários já disponibilizados ou em negociação para o Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros .................32

Tabela 4 – Cronograma previsto de execução do monitoramento anual de

desmatamentos dos biomas brasileiros ....................................................................................33

Tabela 5 – Cronograma previsto de execução do monitoramento bienal da

cobertura e uso da terra dos biomas brasileiros .......................................................................35

Tabela 6 – Cronograma previsto de execução do mapeamento anual de extração seletiva de madeira na Amazônia .................................................................................36

Tabela 7 – Cronograma previsto de execução do mapeamento bienal da recuperação de vegetação nativa na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica .................................37

Tabela 8 – Cronograma previsto de execução do mapeamento contínuo de

desmatamentos na Amazônia e no Cerrado ...............................................................................38

Tabela 9 – Cronograma previsto de execução de novos mapeamentos contínuos de focos de queima no Brasil .....................................................................................................39

Tabela 10 – Cronograma previsto de execução do mapeamento de área

queimada no Brasil ....................................................................................................................40

Page 10: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

1. INTRODUÇÃO

Arquivo MMA - Zig Koch

Page 11: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

9Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

O Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros foi criado por meio da Portaria

MMA nº 365 de 27 de novembro de 2015, com o objetivo de mapear e monitorar o desmatamento,

avaliar a cobertura vegetal e o uso/cobertura da terra e sua dinâmica, as queimadas, a extração

seletiva de madeira e a recuperação1 da vegetação.

Historicamente, com o desenvolvimento e contínuo aprimoramento de tecnologias de

geoprocessamento e sensoriamento remoto assim como a disponibilidade crescente de

dados orbitais, o Brasil tornou-se uma referência no desenvolvimento e uso de sistemas de

monitoramento do uso/cobertura da terra, particularmente para florestas.

Desde os anos 70, através do estabelecimento e fortalecimento de parcerias estratégicas, o

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem desenvolvido tecnologias

e metodologias para monitorar o território brasileiro que auxiliam ações de fiscalização em áreas

ameaçadas de desmatamento, assim como ações de prevenção e combate ao fogo.

Iniciativas de mapeamento e de monitoramento dos biomas brasileiros vêm sendo realizadas

no intuito de dotar o governo de dados confiáveis e verificáveis sobre a cobertura vegetal

remanescente. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Projeto de Conservação

e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO), realizou importantes

mapeamentos do uso da terra baseados em imagens orbitais, posteriormente aperfeiçoados

pelo Projeto de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS). Este projeto foi

desenvolvido por meio de acordo de cooperação entre o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

(PNUD), e executou uma série de monitoramentos entre os anos de 2008 a 2011 para o Cerrado, a

Caatinga, o Pampa, o Pantanal e a Mata Atlântica, utilizando o mapa do PROBIO como referência.

O conhecimento sobre a dinâmica do uso e cobertura da terra tem sido elemento chave para

o desenvolvimento de políticas de controle e prevenção do desmatamento na Amazônia,

responsáveis pela redução de aproximadamente 80% da taxa anual do desmatamento (corte

raso) na Amazônia Legal entre 2004 e 2015 (Programa PRODES/INPE)2.

As pesquisas e constantes inovações tecnológicas na área de sensoriamento remoto, além de

uma maior disponibilidade de dados de diferentes satélites de observação da terra, têm permitido

mapear e monitorar a dinâmica do uso/cobertura da terra em escalas local, regional e nacional, sendo

1 Recuperação ou recomposição refere-se à restituição de ecossistema ou de comunidade biológica nativa degradada ou alterada à condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição de referência, englobando restauração ecológica, reabilitação ecológica, condução da regeneração natural, reflorestamento, revegetação e implantação de sistema agroflorestal.

2 http://mma.gov.br/mma-em-numeros/desmatamento

Page 12: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

10 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

primordial no entendimento de padrões espaciais relacionados aos processos de expansão, retração,

transição, intensificação, conversão e diversificação da produção agropecuária brasileira. Conhecer a

dinâmica do uso da terra é importante não só para caracterizar e monitorar a situação dos diversos

ecossistemas mas, também, para avaliar os impactos causados pelas diversas atividades humanas

sobre a biodiversidade e sua contribuição para as emissões de gases de efeito estufa oriundas

principalmente dos desmatamentos, das queimadas e das atividades agrícolas.

Os mapeamentos e monitoramentos gerados por esse Programa permitirão acompanhar o

desempenho das políticas públicas orientadas ao atingimento da meta de redução das emissões

totais de gases de efeito estufa de 37% até 2025, e de 43% até 2030, com relação ao total de

emissões do Brasil em 2005, conforme apresentado no Segundo Inventário Nacional de Gases

de Efeito Estufa submetido à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima

(UNFCCC). Essas reduções percentuais foram submetidas à Convenção-Quadro das Nações

Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, do inglês United Nations Framework Convention on

Climate Change) em Paris, em dezembro de 2015, como contribuição do Brasil nos esforços de

mitigação global da mudança do clima, sob a denominada Pretendida Contribuição Nacionalmente

Determinada (do inglês, Intended Nationally Determined Contribution). As informações sobre

desmatamento e corte seletivo de madeira, a serem geradas pelo Programa, serão também

fundamentais para a implementação da Estratégia Nacional para REDD+ do Brasil (ENREDD+).

Além disso, permitirão acompanhar o desempenho das ações e politicas púbicas associadas

às Metas Nacionais de Biodiversidade para 2020 (Resolução CONABIO nº 6, de 3 de setembro

de 2013 – particularmente as Metas 5 – Perda de Habitats Nativos, 7 – Práticas Agrícolas

Sustentáveis e 15 – Recuperação de Ecossistemas), correspondentes nacionais das Metas de

Aichi da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).

A abrangência desses monitoramentos representa o enorme desafio de mapear um espaço

territorial de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, em que quase 60-70% da superfície

está coberta por vegetação natural (Soares-Filho, 20133; Sparovek et al., 20154), sendo grande

parte desse percentual passível de conversão legal para outras atividades de uso alternativo do

solo, especialmente agropecuárias. Deve-se destacar também a existência de grande parcela de

áreas já convertidas que se encontram subutilizadas, degradadas ou em processo de degradação.

3 Soares-Filho, B. S. Impacto da revisão do Código Florestal: como viabilizar o grande desafio adiante. Brasília: Secretaria de Assuntos Estratégicos. 2013.

4 Sparovek, G., Barretto, A. G. D. O. P., Matsumoto, M., & Berndes, G. Effects of governance on availability of land for agriculture and conservation in Brazil. Environmental Science & Technology, 49(17), 10285-10293. 2015.

Page 13: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

11Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Nesse escopo, com a edição da Portaria MMA nº 365, em novembro de 2015, diferentes

tipos de monitoramento serão realizados, com periodicidade variável, de modo a permitir o

acompanhamento das mudanças ocorridas na cobertura e uso da terra nesses biomas. Esse

monitoramento da dinâmica da vegetação natural e do uso/cobertura da terra será ampliado

paulatinamente para abranger todo o território nacional.

Em uma esfera mais ampla, tais informações subsidiarão as tomadas de decisão em ações para

promoção da conservação da biodiversidade brasileira, e, também, para propiciar uma visão

estratégica para uma gestão territorial que conjugue os diversos interesses sobre o uso da terra

e permita o desenvolvimento do País em bases sustentáveis.

Atualmente, para a Amazônia, há cinco sistemas de monitoramento por satélite em operação:

PRODES, DETER, DEGRAD/DETEX, TerraClass e Queimadas. Em adição, as estimativas de

emissões de gases de efeito estufa para Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas

(LULUCF – do inglês Land Use, Land-use Change and Forestry), parte integrante do Inventário

Nacional de Gases de Efeito Estufa e da Comunicação Nacional do Brasil junto à UNFCCC,

coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), são geradas a partir do

conhecimento das áreas que, no período entre os inventários, permaneceram na mesma categoria

de uso ou foram convertidas para outros usos5. As estimativas de emissões são normalmente

calculadas a partir de dados de atividade (áreas), multiplicadas por fatores de emissão (valores

default do IPCC ou valores específicos do país). O Programa de Monitoramento Ambiental dos

Biomas Brasileiros gerará, a cada dois anos, as matrizes com as áreas utilizadas no cálculo das

estimativas de LULUCF no Inventário Nacional.

Os dados do desmatamento para a Amazônia Legal continuarão a ser gerados anualmente, como

parte do programa PRODES, mantendo a consistência, transparência e acurácia da série temporal.

Dados para o bioma Amazônia serão derivados dos dados do PRODES, a partir da eliminação

de áreas incluídas na Amazônia Legal mas não pertencentes ao bioma Amazônia, informação

esta importante para REDD+. Dados sobre a dinâmica das áreas desmatadas na Amazônia,

identificadas pelo PRODES e importantes para subsidiar o desenvolvimento de políticas para

combater o desmatamento, serão geradas para os anos 1991, 2000 e 2004, complementando os

dados já produzidos pelo TerraClass Amazônia para os anos 2008, 2010 e 2012 (TerraClass 2008,

TerraClass 2010 e TerraClass 2012)6.

5 A abordagem adotada na elaboração do inventário gera, para cada bioma brasileiro, matrizes de transição com as áreas estabilizadas ou convertidas para outras categorias de uso (por exemplo, Floresta, Agricultura, Campo/Pastagem, Áreas Urbanas, Áreas Alagadas e Outros), conforme orientação do Good Practice Guidance for Land Use, Land-Use Change and Forestry (http://www.ipcc-nggip.iges.or.jp/public/gpglulucf/gpglulucf_contents.html)

6 Dados disponíveis em http://www.inpe.br/cra/projetos_pesquisas/terraclass2012.php.

Page 14: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

12 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Serão desenvolvidos os mapeamentos e monitoramentos de recuperação (ou recomposição)

para a Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, que incluirá áreas em regeneração ou de plantio de

espécies nativas, lenhosas, perenes ou de ciclos longos. Esses dados serão instrumentais para

o monitoramento das áreas em recuperação em nível de propriedade rural e serão um indicador

da eficiência na implementação do Código Florestal. O cruzamento dos dados sobre recuperação

de vegetação nativa, espacialmente explícitos, com os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR),

em um Sistema de Informação Geográfica (SIG), gerará dados essenciais para a estimativa da

remoção de dióxido de carbono da atmosfera, fundamental na demonstração do atingimento da

meta de redução de emissões líquidas proposta pelo Brasil junto à UNFCCC para 2025 e 2030.

O monitoramento de extração seletiva de madeira na Amazônia será consolidado, diferenciando-

se a extração decorrente da implantação de Planos de Manejo Sustentável e aquela oriunda

de atividades não autorizadas. Este tipo de mapeamento será realizado somente para o bioma

Amazônia.

O monitoramento das áreas queimadas será aperfeiçoado para incluir não só a identificação

contínua dos focos de queima, utilizando dados de média/baixa resolução espacial, mas também

as áreas de queima associadas, calculadas a partir de dados de média resolução espacial (30

metros), com recursos já assegurados para 2018. Os dados gerados pelo Programa possibilitarão,

também, identificar áreas de recorrência do fogo, importantes na caracterização de processos

de degradação da vegetação nativa. Dados de focos de queima da vegetação continuarão a ser

gerados como parte do Sistema Operacional de Detecção de Queimadas do INPE.

Para o Cerrado, o Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros prevê o

desenvolvimento de uma série histórica de desmatamentos, à luz da existente para a Amazônia

(PRODES/INPE). Os dados desta série histórica irão subsidiar o desenvolvimento do nível de referência

de emissões por desmatamento para o bioma Cerrado, um dos pré-requisitos para que o Brasil possa

pleitear pagamentos pela redução de emissões por desmatamento neste bioma, via o instrumento

financeiro REDD+, da UNFCCC. Os desmatamentos serão mapeados e monitorados a cada dois anos,

até 2012, e anualmente pós-2012. Os dados de desmatamento contribuirão, também, para o controle

e a gestão das autorizações de supressão de vegetação natural, principalmente no âmbito estadual.

Semelhantemente ao realizado para a Amazônia e já contando com os dados do TerraClass 2013,

as áreas desmatadas no bioma Cerrado serão monitoradas para melhor entender a sua dinâmica e

assim ter ferramentas disponíveis para apoiar o desenvolvimento de políticas públicas adequadas de

combate ao desmatamento naquele bioma.

Page 15: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

13Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

1.1. Objetivo

O Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros visa, de maneira coordenada

com diversos órgãos do Governo Federal que atuam em iniciativas de monitoramento da cobertura

e uso da terra por satélite, promover ações conjuntas para harmonizar tanto quanto possível os

diversos mapeamentos dos biomas brasileiros, em diversas escalas cartográficas e temporais,

conforme as características de cada tema, para produzir e disponibilizar informações oficiais

harmonizadas, sistemáticas e atualizadas.

Page 16: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

14 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

2. CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA

Arquivo MMA - Jefferson Rudy

Page 17: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

15Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

A complexidade do Programa é refletida na quantidade de produtos previstos (Figura 1). Considerando-se um total de sete tipos de mapeamentos distintos7, seis biomas e uma longa série histórica até 2020, faz-se necessária a priorização de ações e a organização de cronogramas específicos. Por isso, o Programa está estruturado em três fases, conforme definido na Portaria MMA nº 365/2015: I) Amazônia e Cerrado (2016-2017); II) Mata Atlântica (2016-2017) e III) Caatinga, Pampa e Pantanal (2017-2018).

Como parte da primeira fase do Programa, está assegurada a continuidade da série histórica de mais de quatro décadas para a Amazônia, com a quase totalidade dos recursos financeiros necessários para os próximos anos já captada. Algumas iniciativas de mapeamentos de anos anteriores a 2016 para a Amazônia já se encontram em curso e foram consideradas nesse documento base. O Programa de Monitoramento, por incluir um foco sobre uso da terra e sua dinâmica, permitirá conhecer com maior frequência (a cada dois anos) a dinâmica de áreas de campos e cerrados na Amazônia, as quais não compõem os dados do PRODES.

O Cerrado será analisado por meio de uma série histórica com mapeamentos bienais retroativos (2000 a 2012) do desmatamento em áreas de Cerrado, que servirá de base para a elaboração do nível de referência de emissões por desmatamento no Cerrado, um dos requisitos mandatórios para o pagamento por resultados de redução de emissões sob REDD+. Ainda em 2016, o Cerrado terá a implementação e a consolidação dos dados anuais do desmatamento a partir do ano base de 2013.

Na segunda fase do Programa, a Mata Atlântica terá seu monitoramento implementado a partir de 2016 com os primeiros produtos previstos para serem lançados em 2017. Já na terceira fase, os biomas Caatinga, Pampa e Pantanal terão seus mapeamentos específicos iniciados a partir do ano de 2017.

A Figura 1 mostra, para cada bioma, os tipos de mapeamentos e monitoramentos planejados no Programa, com a indicação de sua periodicidade (contínuo, anual ou bienal).

7 Detecção de alterações na cobertura vegetal em tempo continuo; estimativa do desmatamento; detecção de queimadas; estimativa da área queimada; avaliação da cobertura vegetal e do uso da terra; extração seletiva de madeira, e recuperação de vegetação nativa.

Page 18: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

16 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Bioma Desmatamento Cobertura e Uso da Terra Fogo

Focos de queima

Áreaqueimada

Focos de queima

Áreaqueimada

Focos de queima

Áreaqueimada

Focos de queima

Áreaqueimada

Focos de queima

Áreaqueimada

Focos de queima

Áreaqueimada

Cobertura euso Recuperação

Cobertura euso Recuperação

Cobertura euso

Cobertura euso

Cobertura euso

Cobertura euso

Recuperação

ExtraçãoseletivaDesmatamento

Desmatamento

Desmatamento

Desmatamento

Desmatamento

Supressão da vegetação

Detecção

Detecção

Amazônia

Cerrado

Pantanal

MataAtlântica

Pampa

Caatinga

Legenda:Frequência do

monitoramentoContínuo Anual Bienal

Figura 1 – Tipos e frequência de mapeamentos por bioma.

Os mapeamentos serão planejados e apresentados em planos anuais de execução, a serem

elaborados pelas diferentes instâncias previstas para o Programa (vide item 4), devido à

especificidade de cada trabalho, ou seja, distintas metodologias, etapas e respectivos responsáveis

e prazos. Dessa forma, cada plano anual poderá conter diversos mapeamentos em curso que, por

sua vez, contarão com planos de trabalho específicos estabelecidos em acordos de cooperação

técnica interinstitucionais. O plano anual deverá informar a situação geral de cada mapeamento e

respectivo plano de trabalho, sendo: fase de planejamento, desenvolvimento ou execução.

Em complemento ao Quadro Síntese do Programa (Tabela 1), este documento apresenta os

cronogramas de execução específicos por tipo de mapeamento até o ano de 2020. Os cronogramas

poderão ser atualizados conforme os Planos Anuais, considerando que se trata de uma projeção

de médio prazo englobando vários produtos de monitoramento contínuo, anual ou bienal.

2.1. Tipos de monitoramento

O Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros, por meio da unificação dos

diversos mapeamentos, buscará monitorar o desmatamento, através de sua detecção em tempo

Page 19: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

17Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

contínuo em todos os biomas e estimativas anuais de desmatamento para a Amazônia e o Cerrado;

o uso/cobertura da terra para todos os biomas, a cada dois anos; a recuperação florestal para os

biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica a cada dois anos; a extração seletiva de madeira para

a Amazônia; e queimadas, através do monitoramento contínuo, e estimativa das áreas queimadas

para todos os biomas, conforme apresentado na Figura 1.

Os monitoramentos contínuos serão realizados com o uso de imagens orbitais de alta/média

resolução temporal (1 a 16 dias) ou periódica (anual ou bienal), com imagens de média resolução

temporal (15 a 60 dias).

A periodicidade definida para os produtos considerou os diferentes propósitos do monitoramento

e as características das diferentes regiões biogeográficas.

A Tabela 1 apresenta um Quadro Síntese do Programa com a projeção dos produtos previstos

por bioma e respectivo ano base do mapeamento, bem como uma legenda sobre recursos já

assegurados, previstos ou a captar. Os produtos já existentes também constam do Quadro

Síntese, permitindo a identificação do grau de cobertura de cada série histórica.

Será necessário definir as chaves de classificação para a vegetação nativa (tipologias) e

cronologias para processos de sucessão secundária para a Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica,

para promover a execução dos mapeamentos de cobertura e recuperação da vegetação.

Todos os mapeamentos produzidos serão objeto de validações estatísticas por meio de amostragem

e terão associados estimativas de sua acurácia a partir da análise de erros de omissão e inclusão

para cada classe na legenda de classificação, bem como estimativas da área para cada classe.

Page 20: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

18 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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Page 21: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

19Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

1. Desmatamento

O monitoramento anual do desmatamento na Amazônia Legal, através do sistema PRODES, e o

monitoramento em tempo contínuo pelo sistema DETER, ambos do INPE, continuarão gerando

dados para compor a série histórica do desmatamento e para orientar ações de fiscalização

pelo IBAMA e órgãos estaduais. Os dados orbitais a serem utilizados incluem os do satélite

sino-brasileiro para recursos terrestres – CBERS (em inglês China-Brazil Earth Resources

Satellite), LDCM (Landsat Data Continuity Mission), MODIS (Moderate Resolution Imaging

Spectroradiometer) e Sentinel-2, entre outros.

No caso do monitoramento anual do desmatamento, as imagens utilizadas são de média resolução

temporal (de 15 a 60 dias) e média-alta resolução espacial (entre 5 e 30 m). O processamento

digital das imagens será realizado de forma visual ou semi-automática utilizando os softwares

desenvolvidos pelo INPE e disponibilizados publicamente. Já para o monitoramento contínuo, as

imagens a serem utilizadas são de alta resolução temporal (de 1 a 16 dias) e média resolução

espacial (entre 50 e 250 m). O processamento digital será feito em sistemas de informações

geográficas (SIG), para detectar áreas com aparente anomalia de cobertura vegetal em relação

aos mapeamentos pretéritos. Relatórios contendo as áreas detectadas, georreferenciadas, serão

enviados ao IBAMA, para as ações deste órgão de fiscalização.

Estimativas dos desmatamentos para os outros biomas serão geradas anualmente de forma

semelhante àquelas geradas para a Amazônia. Para o Cerrado, serão também gerados

mapeamentos bienais a partir do ano 2000 até 2012.

2. Cobertura vegetal e uso da terra

O monitoramento da cobertura vegetal e uso da terra para todo o território nacional está

disponível para os anos 1995-2002 e 2002-2010, como parte dos dados dos II e III Inventários

Nacionais de Gases de Efeito Estufa. O espaçamento entre esses mapeamentos não permite

analisar a dinâmica da cobertura e do uso da terra, razão pela qual esses monitoramentos são

propostos no Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros a cada dois anos.

Atualmente, somente as áreas desmatadas na Amazônia e no Cerrado têm sido monitoradas,

propiciando um melhor entendimento da dinâmica de uso (TerraClass Amazônia e TerraClass

Cerrado). Esses dados serão derivados daqueles resultantes do monitoramento do uso da terra

e dados do PRODES. Minimamente, o monitoramento da cobertura/uso da terra deverá conter

a seguinte legenda: áreas de vegetação nativa, vegetação secundária e áreas submetidas a corte

seletivo de madeira, agricultura perene e anual, silvicultura, e pastagem plantada, área urbana e

áreas alagadas.

Page 22: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

20 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

O mapeamento da cobertura da terra implica o desenvolvimento e aplicação de chaves de

classificação fisionômicas e estruturais para vegetação nativa, permitindo identificar, em um

primeiro estágio, formações florestais, arbustivas e campestres.

Para o mapeamento das áreas de recuperação da vegetação nativa nos biomas Amazônia,

Cerrado e Mata Atlântica será necessário desenvolver e aprimorar métodos para estabelecimento

de linhas de base, diferenciação de monoculturas florestais, estabelecimento de cronologia e

monitoramento dos processos de sucessão secundária (regeneração natural), enriquecimento e

plantio total.

Ainda nessa temática prevê-se a expansão e aprimoramento do Sistema de Detecção da

Exploração Seletiva de Madeira (DETEX), desenvolvido pelo INPE em parceria com o Serviço

Florestal Brasileiro. O sistema permitirá a identificação da exploração seletiva ilegal de madeira a

partir do mapeamento de pátios de estocagem, ramais e estradas utilizados para escoamento da

madeira e terá como área de atuação a Amazônia.

3. Fogo

Serão realizados aperfeiçoamentos no mapeamento contínuo de focos de calor e de incêndios

florestais detectados por satélites, a partir da disponibilidade de imagens orbitais com maior

resolução temporal e a inclusão de dados de dois novos satélites, METOP-B e FENGYUN.

Dados fornecidos a cada cinco minutos pelo satélite GOES-R serão utilizados para inclusão de

novos focos de queima. Esses dados serão utilizados para melhorar a acurácia e a previsão de

risco de fogo da vegetação, fornecendo subsídios para ações de monitoramento e fiscalização

implementadas por instituições como IBAMA, ICMBio, Defesa Civil, entre outras.

Além disso, será lançado e aperfeiçoado o mapeamento contínuo da área queimada para todos

os biomas. Esse sistema de monitoramento contínuo para a determinação de áreas queimadas

está sendo desenvolvido e validado inicialmente para o Cerrado, para posterior expansão a todos

os outros biomas.

O mapeamento de cicatrizes da vegetação queimada requer a construção de uma base de

referência para avaliação da extensão e validação de métodos de detecção automática. Esses

dados serão importantes para determinar a magnitude e o regime de queima da vegetação,

Page 23: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

21Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

possibilitando a quantificação de emissões associadas à queima de biomassa bem como para a

modelagem dos efeitos das queimadas sobre a vegetação e a biomassa. Serão utilizadas imagens

de baixa e média resolução espacial (cerca de 1 km e 20 a 50m, respectivamente), obtidas a partir

de satélites como Modis, NOAA, GOES, Landsat 5 e Landsat 8.

Page 24: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

3. ARRANJO INSTITUCIONAL

Arquivo MMA - Wigold Schaffer

Page 25: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

23Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

A governança deste Programa se dará por meio das seguintes instâncias: Coordenação Geral,

Conselho Consultivo e Comitê de Coordenação Técnica, e, caso necessário, Grupos de Trabalho,

conforme apresentado na Figura 2. Uma síntese das funções de cada instância é também

apresentada e melhor detalhada na seção 3.1.

COORDENAÇÃO GERAL CONSELHO CONSULTIVO

COMITÊ COORDENAÇÃO TÉCNICA

Propõe diretrizes gerais, defineprioridades; articula instituições e

recursos

Acompanha trabalho de Comitê de coordenação Técnica, formula

recomendações sobre a acurácia dosprodutos, aplicações em políticas

públicas e adoção de novastecnologias

Defini a exedcução dos mapeamentos emonitoramentos, indica metodologia e

tecnologias, coordena os planos de implementaçã, promove a validação dos

dados, constitui Grupos de Trabalhoquando necessário

GT 1 GT 2 GT 3

Aprofundam os trabalhos do Comitê de Coordenação Técnica, quando necessário emtemas e/ou regiões específicas.

Figura 2 – Estrutura de governança do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros.

COMPOSIÇÃO:

Coordenação Geral: Ministério do Meio Ambiente (Secretaria Executiva) e Secretarias de

Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) e de Biodiversidade

e Florestas (SBF).

Conselho Consultivo: Representantes do Comitê de Coordenação Técnica, MCTI, MAPA, MPOG,

IBGE e representações da sociedade civil, e respectivos suplentes

Comitê de Coordenação Técnica: MMA-SMCQ e SBF; INPE, EMBRAPA, IBAMA e outras

instituições, quando pertinente.

Grupos de Trabalho: Constituídos por indicação do Comitê de Coordenação Técnica, com

composição definida com apoio do Conselho Consultivo.

Page 26: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

24 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

3.1. Descrição das funções dos elementos da estrutura de governança

Coordenação Geral: cabe à essa instância propor diretrizes gerais para o trabalho, de forma a assegurar que os mapeamentos resultantes do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros sejam consistentes com outras informações submetidas pelo país a outros organismos nacionais e internacionais, a exemplo do Forest Resources Assessment (FRA) da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e Convenção sobre Diversidade Biológica. Deve também assegurar que o monitoramento das mudanças do uso da terra, incluindo o desmatamento, gerem dados consistentes ao longo do tempo e tão acurados quanto possível. Esta coordenação é responsável também por garantir a adequada articulação e compatibilidade entre os diferentes mapeamentos gerados em escala subnacional (em nível de bioma) e o mapeamento em escala nacional. Deve definir as prioridades de mapeamentos e estabelecer, sempre que necessário, Acordos de Cooperação e/ou outros instrumentos legais com outras instituições. Finalmente, é responsável por divulgar os produtos finais, inclusive através de seminários anuais ou bianuais para os quais indicará representantes, e promover o uso otimizado dos recursos. A Coordenação Geral deverá assegurar que o foco do Programa, conforme Portaria no 365, seja plenamente atendido.

Comitê de Coordenação Técnica: é coordenado pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) e Secretaria de Mudanças Climáticas (SBMC) e constituída pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e por outras instituições, quando necessário. Cabe ao Comitê de Coordenação Técnica definir as metodologias e tecnologias espaciais mais adequadas para os mapeamentos e monitoramentos dos biomas brasileiros, definir a execução dos mesmos e coordenar sua implementação e o processo de validação dos diferentes produtos. Essas metodologias e tecnologias devem atender ao disposto na Portaria no 365 de 27 de novembro de 2015, a saber: mapeamento e monitoramento do desmatamento, incluindo sua taxa; avaliação da cobertura vegetal e do uso da terra; monitoramento de queimadas; e recuperação da vegetação nativa e extração seletiva de madeira. Este Comitê deve seguir as orientações gerais da Coordenação Geral e interagir com os grupos de trabalho e com o Grupo de Trabalho sobre REDD+, instituído a partir da Portaria Interministerial nº 41, de 4 de fevereiro de 2014, de forma a assegurar consistência nos temas comuns. O Comitê poderá promover seminários para apresentação e discussão dos resultados, de forma coordenada com a Coordenação Geral e o Conselho Consultivo. É também da responsabilidade deste Comitê assegurar a disponibilização pública de todos os produtos do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros, a serem consolidados em um Sistema Nacional de Monitoramento dos Biomas Brasileiros.

Page 27: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

25Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Conselho Consultivo: o Conselho Consultivo será constituído por representantes dos seguintes órgãos federais: Ministério do Meio Ambiente – Comitê de Coordenação Técnica; Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e representantes da sociedade civil. Ao Conselho Consultivo cabe acompanhar o trabalho do Comitê de Coordenação Técnica, formulando recomendações sobre a acurácia dos produtos, aplicações em políticas públicas, incorporação de novas tecnologias e indicando possíveis instituições que desenvolvem trabalhos específicos de mapeamento e/ou monitoramento nos diversos biomas brasileiros. Sempre que necessário, o Conselho Consultivo indicará instituições convidadas para participar de suas reuniões, dependendo da temática a ser discutida.

Grupo de Trabalho: Grupos de Trabalho (GTs) serão constituídos por decisão do Comitê de Coordenação Técnica, sempre que necessário, podendo tratar de assuntos associados a biomas ou temas específicos, com objetivos definidos pelo Comitê de Coordenação Técnica. Os GTs terão tempo de duração definido pelo Comitê de Coordenação Técnica. Os GTs, sob a coordenação de uma instituição indicada pela Coordenação Geral do Programa, deverão atender os objetivos para os quais foram constituídos.

Uma possível proposta de grupos de trabalhos a ser discutida na primeira reunião do Comitê de Coordenação Técnica pode ser baseada no critério de proximidade biogeográfica ou de especificidade nas metodologias a serem aplicadas aos mapeamentos e na otimização de esforços, como por exemplo, por bioma ou agrupamento de biomas.

3.2. Lógica de implementação dos processos de monitoramento

O funcionamento da governança está organizado nas fases de Planejamento, Desenvolvimento,

Execução, Avaliação e Transparência, conforme fluxograma geral (Figura 3).

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definição das instituições ou gruposresponsáveis pelos mapeamento/monitoramento; apresentação dos

cronograma anual de implementação

Definição das diretrizes e prioridadesde mapeamento/monitoramento;

definição das instituições ou gruposresponsáveis pelos mapeamento/monitoramento; apresentação dos

cronograma anual de implementação

Definição de metodologias eresponsáveis para casa etapa de cadatipo de mapeamento; estabelecimento

de acordos e planos de trabalhoespecíficos

Realização das etapas (escolhadas imagens, classificação,

intepretação); pontos de controle e tomada de decisão

Validação da classificação;conferência e avaliação dos

resultados; ajustes e organização dosprodutos conforme critériosestabelecidos pelo Comitê de

Coordenação Técnica

TRANSPARÊNCIA AVALIAÇÃO

Figura 3 – Fluxograma para os processos de monitoramento.

Page 28: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

4. RESULTADOS ESPERADOS

Arquivo MMA - Wigold Schaffer

Page 29: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

27Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Os produtos do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros serão de

fundamental importância para subsidiar um conjunto de políticas públicas em nível nacional para

melhorar a qualidade ambiental e os instrumentos de gestão territorial do país. Incluem-se, nesse

conjunto, a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC (Lei nº 12.187/2009), a lei da

Proteção da Vegetação Nativa (Novo Código Florestal – Lei nº 12.651/2012) e a Política Nacional

da Biodiversidade (Decreto nº 4.339/2002).

O monitoramento da cobertura e uso da terra é um subsídio fundamental para acompanhar a

consecução da meta voluntária de redução de emissões estabelecida, por exemplo, no artigo 12

da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), que estabeleceu uma redução entre 36,1%

a 38,9% das emissões totais projetadas do Brasil até 2020. Para tal, o Decreto nº 7.390/2010,

que regulamenta a PNMC, definiu metas de redução da taxa bruta do desmatamento de 80% para

a Amazônia Legal e 40% para o bioma Cerrado. O monitoramento contínuo do desmatamento

bruto nesses biomas é, portanto, fundamental na demonstração da consecução dessas metas no

prazo anunciado.

No caso da Amazônia Legal, que já conta com uma série histórica das taxas do desmatamento

desde 1988, desenvolvidas pelo INPE, esses dados foram instrumentais para orientar as ações

do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e

permitir que o Brasil implementasse políticas, medidas e ações consideradas responsáveis pela

redução de aproximadamente 80% do desmatamento relativo à taxa média do desmatamento em

todos os anos do período de 1996 a 2005. Em consequência desta trajetória de redução, o Brasil

captou mais de R$ 2 bilhões de recursos nacionais e internacionais, via Fundo Amazônia.

Adicionalmente, espera-se que a análise integrada da base de dados do Cadastro Ambiental Rural

(CAR) com as informações periódicas sobre o uso da terra produzidas no escopo do Programa

de Monitoramento permita, entre outros, aprimorar iniciativas ligadas à sustentabilidade da

produção agropecuária, incentivando ações para a conservação da biodiversidade em áreas

prioritárias. A disponibilidade de dados sobre a área desmatada em cada bioma e as informações

sobre a cobertura e uso da terra em cada um dos imóveis rurais, contribuirá para o controle e a

gestão das autorizações de supressão de vegetação, relevantes para se atingir o desmatamento

ilegal zero até 2030, compromisso brasileiro junto à Convenção do Clima.

Page 30: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

28 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Espera-se, portanto, que o Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

fomente a coordenação entre as instituições e o desenvolvimento de procedimentos para fornecer

dados equivalentes aos produzidos para a Amazônia Legal, também para o restante dos biomas

brasileiros. A Tabela 2 informa o ano em que estão previstas as entregas dos primeiros produtos

dos diversos tipos de monitoramento a serem desenvolvidos por uma rede de instituições, para

cada um dos biomas.

Os dados sobre conversão e degradação de habitats, bem como de recuperação de vegetação

nativa, possibilitarão uma melhoria na gestão de políticas públicas de conservação de

biodiversidade como por exemplo controle de desmatamento e degradação, espécies ameaçadas,

áreas protegidas, restauração de ecossistemas, áreas prioritárias para conservação (planejamento

sistemático de conservação), exploração florestal sustentável.

Page 31: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

29Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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Page 32: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

5. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS

Arquivo MMA - Jefferson Rudy

Page 33: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

31Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Conforme mencionado, os recursos financeiros para a elaboração dos produtos do Programa de

Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros estão em parte assegurados, em negociação

ou a captar. As principais fontes são o Orçamento Geral da União, via ações orçamentárias

de cada uma das instituições participantes, recursos financiados por projetos de cooperação

internacional e por projetos apresentados a fundos, como o Fundo Amazônia, o Fundo Clima e o

Climate Investment Fund (CIF).

O montante de recursos necessário para realizar os monitoramentos varia em função de diversos

fatores como a complexidade do mapeamento, as instituições executoras, os recursos técnicos

e humanos disponíveis, a extensão e o prazo de execução. O MMA tem trabalhado no sentido

de disponibilizar e direcionar fontes orçamentárias, bem como captar recursos de projetos para

complementar as atividades de monitoramento.

Entre os recursos assegurados estão os que vêm financiando os mapeamentos de uso da terra

da Amazônia (até o ano base 2016) - com recursos do Fundo Amazônia e do Banco Mundial;

os mapeamentos de detecção de desmatamento da Amazônia (DETER) até ano base 2019; e os

mapeamentos de focos de queima em todos os biomas, até o ano de 2019, todos executados

pelo INPE, os quais serão realizados com recursos orçamentários (previstos no Plano Plurianual -

PPA) e de projeto com o Fundo Amazônia. Há também recursos assegurados para o mapeamento

de extração seletiva de madeira na Amazônia, ano base 2015, com recursos orçamentários.

Além dos arranjos citados anteriormente, também estão em diferentes fases de negociação ou

implementação recursos das seguintes fontes: ABC-INPE, Programa de Investimento Florestal –

FIP/BM, GEF6-MCTI, GEF Paisagens, DEFRA, GIZ e KFW (Tabela 3). Esses recursos representam

componentes e/ou atividades de projetos de cooperação internacional coordenados pelo MMA ou

MCTI, os quais possuem objetivos total ou parcialmente vinculados à ampliação da capacidade de

monitoramento dos biomas brasileiros. A análise conjunta das tabelas (Tabela 3, Tabela 4, Tabela

5, Tabela 6, Tabela 7, Tabela 8, Tabela 9 e Tabela 10) sobre fonte de recursos e cronogramas

indica claramente a necessidade de esforços adicionais de arrecadação de recursos para cobrir

as lacunas existentes. Todos esses projetos, em diferentes estágios de negociação, deverão

aproximar-se da cifra de R$ 100 milhões e sua execução deverá envolver INPE, EMBRAPA e

outras organizações participantes dos grupos de trabalho (vide Figura 2). As implicações

desse volume de trabalho, bem como dos recursos financeiros executados e da capacidade

operacional das instituições envolvidas deve ser um dos primeiros pontos a serem avaliados e

dimensionados detalhadamente pelas diferentes instâncias da estrutura de governança do programa

(vide Figura 2).

Page 34: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

32 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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Page 35: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

33Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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34 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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Page 37: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

35Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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36 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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37Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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38 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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39Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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40 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

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41Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

ANEXO 1 PORTARIA Nº- 365, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2015

Institui o Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso de suas atribuições previstas no

art. 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto

no Decreto nº 6.101, de 26 de abril de 2007, resolve:

Art. 1º Instituir o Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros com

objetivo de mapear e monitorar a vegetação, com foco em:

I - mapeamento e monitoramento do desmatamento, incluindo sua taxa;

II - avaliação da cobertura vegetal e do uso das terras;

III - monitoramento de queimadas; e

IV - restauração da vegetação e extração seletiva.

Parágrafo único. A abrangência do Programa envolverá os biomas da Amazônia, Caatinga,

Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, com uso de tecnologias de satélite para

detecção online.

Art. 2º O mapeamento e monitoramento será realizado em tempo real e periódico, com

diferentes resoluções espaciais, segundo as características do tema e do bioma analisados.

Parágrafo único. O Programa terá caráter permanente e sua estruturação se dará em três

fases:

I - Amazônia e Cerrado: consolidação dos monitoramentos para a Amazônia, implementação

e consolidação para o Cerrado. Período 2016 - 2017;

II - Mata Atlântica: implementação e consolidação dos monitoramentos. Período 2016 -

2017; e

III - Caatinga, Pampa e Pantanal: implementação e consolidação dos monitoramentos.

Período 2017 - 2018.

Art. 3º A Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente exercerá a coordenação do

Programa.

Page 44: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

42 Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Art. 4º A coordenação técnica e científica do Programa caberá ao Comitê de Coordenação

Técnica, composto por integrantes da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade

Ambiental e Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente,

com o apoio das instituições vinculadas, quando necessário.

Art. 5º O Programa será desenvolvido por meio de parcerias com o Ministério da Ciência,

Tecnologia e Inovação, por intermédio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE,

com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por intermédio da Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, além de outras instituições, quando

necessário.

Art. 6º O Programa deverá contar com recursos financeiros do Orçamento Geral da União,

bem como buscar apoio da cooperação internacional e de Fundos estabelecidos, como o

Fundo Amazônia e o Fundo Clima.

Art. 7º O Comitê de Coordenação Técnica terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir

da publicação desta Portaria, para apresentar a Estratégia do Programa de Monitoramento

Ambiental dos Biomas Brasileiros, podendo ser prorrogado por igual período.

Art. 8º O Comitê de Coordenação Técnica terá o prazo de 60 (sessenta) dias, contados a

partir da publicação desta Portaria, para apresentar uma proposta de criação do Centro

Nacional de Monitoramento Ambiental e Geoprocessamento a ser criado no IBAMA.

Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

IZABELLA TEIXEIRA

Page 45: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas
Page 46: Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

Ministério do

Meio Ambiente