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ASSEMBLEIA-GERAL NACIONAL ORDINÁRIA – CONVOCATÓRIA A Mesa da Assembleia Geral Nacional, ao abrigo da alínea a) do art.º 25.º dos Estatutos, convoca todos os associados para a Assembleia Geral Nacional Ordinária a realizar, nas instalações da Faculdade de Economia da Universidade do Porto – Sita na Rua Dr. Roberto Frias, 4200-161 Porto, no dia 18 de Abril de 2009, pelas 13h30 , com a seguinte ordem de trabalhos: – Ponto um: Apreciar e votar o Relatório de Actividades do Conselho Nacional e Execução do Orçamento da ADFA relativo ao exercício de 2008 (alínea c) do artigo 34.º ); Ponto dois : Apreciar e votar o Relatório de Actividades e Contas da Direcção Nacional e respectivo parecer do Conselho Fiscal Nacional, referente ao ano de 2008 (alínea b) do artigo 34º); – Ponto três: Proposta de actualização de quotas para 2010 ( alínea e) do artigo 34º); – Ponto quatro: Processo reivindicativo da ADFA; – Ponto cinco: 35.º Aniversário da ADFA; – Ponto seis: Informações Gerais. ADFA, 4 de Março de 2009 A Mesa da Assembleia – Geral Nacional Joaquim Mano Póvoas, Presidente PORTE PAGO Director: José Diniz Ano XXXIV Abril 2009 Mensário N.º 395 Preço 0,70 Associação dos Deficientes das Forças Armadas 14 Maio 2009 – 35 anos Faltam dias MARQUES JUNIOR NA ADFA Comemorações 25 Abril REFORÇAMOS A CONFIANÇA NA REPOSIÇÃO DOS DIREITOS Saúde para todos deficientes militares SEVERIANO TEIXEIRA PRESIDE À SESSÃO SOLENE DO 35.º ANIVERSÁRIO Audiência com Ministro da Defesa Nacional Pág. 10 e 11 Pág. 20 Pág. 15 ANUNCIADA A CRIAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO PARA ELABORAR PROPOSTA SOBRE ACESSO DOS DEFICIENTES MILITARES À REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE DA ADM

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Page 1: Associação dos Deficientes das Forças Armadas Director ... · Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais Órgãos Nacionais, o Ministério das Finanças assume a aplicação correcta

ASSEMBLEIA-GERAL NACIONAL ORDINÁRIA – CONVOCATÓRIAA Mesa da Assembleia Geral Nacional, ao abrigo da alínea a) do art.º 25.º dos Estatutos, convoca todos os associados para a Assembleia Geral Nacional Ordinária a realizar, nas instalações da Faculdade de Economia da Universidade do Porto – Sita na Rua Dr. Roberto Frias, 4200-161 Porto, no dia 18 de Abril de 2009, pelas 13h30 , com a seguinte ordem de trabalhos:– Ponto um: Apreciar e votar o Relatório de Actividades do Conselho Nacional e Execução do Orçamento da ADFA relativo ao exercício de 2008 (alínea c) do artigo 34.º ); – Ponto dois : Apreciar e votar o Relatório de Actividades e Contas da Direcção Nacional e respectivo parecer do Conselho Fiscal Nacional, referente ao ano de 2008 (alínea

b) do artigo 34º); – Ponto três: Proposta de actualização de quotas para 2010 ( alínea e) do artigo 34º);– Ponto quatro: Processo reivindicativo da ADFA; – Ponto cinco: 35.º Aniversário da ADFA; – Ponto seis: Informações Gerais. ADFA, 4 de Março de 2009 A Mesa da Assembleia – Geral Nacional

Joaquim Mano Póvoas, Presidente

PORTE PAGODirector: José Diniz – Ano XXXIV – Abril 2009 Mensário N.º 395 Preço € 0,70

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

14 Maio 2009 – 35 anosFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam diasFaltam dias

MARQUES JUNIOR NA ADFAComemorações 25 Abril

REFORÇAMOS A CONFIANÇA NA REPOSIÇÃO DOS DIREITOS

Saúde para todos defi cientes militares

SEVERIANO TEIXEIRA PRESIDE À SESSÃO SOLENE DO 35.º ANIVERSÁRIO

Audiência com Ministro da Defesa Nacional

Pág. 10 e 11

Pág. 20

Pág. 15MARQUES JUNIOR NA ADFA

ANUNCIADA A CRIAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO PARA ELABORAR PROPOSTA SOBRE ACESSO DOS DEFICIENTES MILITARES À REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE DA ADM

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� Abril de �009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

Assembleias Gerais OrdináriasPág 3

NotíciasN

Notícias

Delegação De lisboa vence por equipas

Taça nacional em ciclismo

Disputou-se em Anadia, no dia 14 de Março último, a Taça Nacional em Ciclismo, que contou com a parti-cipação da ADFA através das equipas da Delegação de Lisboa e Delegação de Viseu.

A prova foi dividida em duas etapas, uma em contra-relógio, numa distância de 5 km, na parte da manhã, e outra de corrida em linha, na parte da tarde, com uma distância de 40 km em estrada. O contra-relógio teve início às 10h00. Foi uma prova curta, muito fácil, que funcionou como prólogo.

A prova em linha, essa sim, foi muito dura: os ciclis-tas imprimiram logo à partida um passo muito rijo, nin-guém queria perder o pelotão, até porque quem descola da roda do parceiro que vai à sua frente dificilmente torna a colar. Os ciclistas da ADFA, com a sua expe-riência, lá conseguiram encaixar no grupo da frente e só mais para o fim, quando começaram os esticões e as subidas (porque apanhámos parte da serra), é que alguns menos treinados se “ficaram nas covas”, mas mostraram bem o colorido das camisolas da ADFA., envergadas por atletas com mais de 60 anos, figuras já características do pelotão, muito apoiados por todos e que não deixam os seus créditos por mãos alheias. Como mostram nas classificações que sempre têm ob-tido, não sendo os únicos veteranos que participam, têm conseguido sempre óptimas classificações, criando com tudo isto uma simpatia, tanto a nível dos organiza-dores como do público.

Não sendo as classificações o mais importante para nós, elas fazem parte integrante dos objectivos.

Resultados obtidos no conjunto das duas etapas.1º José Lopes, Individual, tempo, 58’14”; 2º Rui

Bernardo, Delegação de Lisboa: 58’33”; 3º José San-tos, Delegação de Lisboa: 59’15”; 4º Fábio Pereira, do Espinho, 60’22”; 5º José Luís, Delegação de Viseu: 60’39”; 6º Costa Pinto, Delegação de Viseu: 61’29”; 7º José Cruz, Individual: 64’19”; 8º Joaquim Filipe, Delegação de Lisboa 64’26”; 9º Paulo Jorge, AMICI-CLO, Grândola: 68’18”, 10º João Pedro, APPACDM, Setúbal: 68’18.

Vencedor colectivo: Delegação de Lisboa, com o tempo de 3h0�.14.

Nesta prova os ciclistas da ADFA foram apoiados pelo Associado e elemento do Conselho Fiscal Na-

cional, José Pa-voeiro que nos acompanhou na prova com viatu-ra da Delegação de Lisboa. O al-moço foi servido pela APPACDM de Anadia.

Falando de apoios, como já é do conheci-mento de alguns praticantes desta modalidade, o ci-clismo na ADFA até Dezembro de �008, esteve a cargo da Direc-ção Nacional e alinhavam todos por uma só ADFA a nível Nacional.

A partir de Janeiro último, a DN entendeu que cada Dele-gação tivesse a seu cargo o desporto, onde se inclui o ciclismo, tal como já acontecia com Évora, Porto e Viseu.

Assim sendo, os associados praticantes desta mo-dalidade devem tratar da aquisição de equipamentos, viaturas, inscrições e restante apoio com as suas de-legações caso estas, estejam interessadas em manter esta ou outras modalidades desportivas. Os ciclistas da Delegação de Lisboa não se têm dado mal com este sistema, pois têm tido um excelente apoio a to-dos os níveis, da parte da Delegação, pelo que re-conhecemos o trabalho desenvolvido por parte do responsável pelo pelouro, Orlando Pinela, que tem desenvolvido um trabalho muito válido, pese embo-ra as vicissitudes inerentes à nossa Associação que tem enfrentado, mas nunca vacilou, (força Pinela). A aquisição de novos equipamentos, através de pa-

trocínio, para os ciclistas da Delegação de Lisboa já está em negociação, a cargo do nosso associado Rui Bernardo.

Ao ciclista António Gomes, da Delegação de Lis-boa, que foi vítima de queda quando treinava e frac-turou uma perna, o que o levou a sofrer intervenção cirúrgica, deixamos o desejo de um rápido restabele-cimento e que em breve se junte a nós, pois sabemos que já treina.

No dia 18 de Abril vai realizar-se o Campeonato Nacional de Ciclismo para Deficientes. O local é na praia da Aguda, em Vila Nova de Gaia. As Delega-ções da ADFA que tiverem a modalidade de ciclismo e que queiram participar, devem contactar o Farinho Lopes, coordenador Nacional, TM 917 773 708. As Delegações de Lisboa e Viseu, já estão inscritas.

Farinho Lopes

Vai realizar-se no período de 7 a 10 de Maio, na EXPONOR, a 12.ª Feira Internacional de Ajudas Téc-nicas e Novas Tecnologias para Pessoas com Deficiência – AJU-TEC �009.

Esta feira decorrerá em simultâ-neo com outros dois eventos tam-bém ligados à Saúde: a NORMÉ-DICA-11.ª Feira da Saúde, aberta exclusivamente a profissionais, e o Salão de Saúde e Bem-Estar, que, tal como a AJUTEC, estará aberto ao público.

A AJUTEC é o maior certame nacional do sector da Saúde liga-do à Deficiência, no que respeita a ajudas técnicas, e assume-se como a mostra de lançamento em Portu-gal das mais recentes novidades.

Paralelamente a estes certames, decorrerão diversas actividades de animação e seminários que serão mais um espaço de intercâmbio e troca de experiências entre exposi-tores e visitantes.

aJuTec 2009 7 a 10 De maio

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Abril de 2009 3

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

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Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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EDITORIAL E NOTÍCIAS E

Notícias

35 ANOS DEPOIS… DIZEMOS PRESENTEEditorial

Estamos a comemorar o 35.º Ani-versário da fundação da ADFA. Mui-tos não acreditaram que um grupo de soldados e milicianos tinham a força e a determinação de construir uma or-ganização representativa com um his-torial que a todos nos orgulha. Uma ONG de referência do Movimento As-sociativo de Portugal.

Devemos sentir-nos honrados em estar associados na ADFA, e pergun-tar se estamos a cumprir a missão para a qual foi fundada em 14 de Maio de 1974. Devemos responder que sim e dizer com convicção que só com a ADFA e à volta dela podemos atingir os objectivos que visam a defesa dos nossos direitos, inscritos no quadro das reparações morais e materiais que nos são devidas pelo facto de termos servido Portugal, no serviço militar obrigatório, nos tempos da ditadura que no silêncio dos punhais e bocas amordaçadas destruiu os sonhos da nossa juventude.

A participação na próxima Assem-bleia Geral Nacional do dia 18 de Abril, na cidade do Porto, representa um pro-fundo gesto de militância associativa, consciente, é um acto de afi rmação de cultura cívica, é enfi m o reconheci-mento do prima-do da maioria, em que os associados determinam as estratégicas rei-vindicativas e as-sociativas da vida da ADFA.

Ali aprovare-mos uma nova estratégia reivin-dicativa, afi rma-remos mais uma vez a nossa razão, exigindo a reposição dos nossos direi-tos e a obtenção dos que ainda nos são negados, no respeito pela dignidade que os sonhos desfeitos da nossa ju-ventude continuam a exigir hoje pe-rante o poder democrático, que o 25

de Abril restituiu ao Povo Português.Apesar das nuvens negras de chum-

bo, que pairam neste inicio de sé-culo sobre as sociedades humanas, estamos, também, confi antes que no dia 16 de Maio, no Grande Encontro

Associativo em Pombal, comemora-tivo do 35.º Aniversário da ADFA, nós as nos-sas famílias e amigos com a con-fi ança que sempre sou-

bemos retirar das horas difíceis, fare-mos brilhar um raio de luz, que nos fará acreditar, que o futuro é possível quando participamos empenhadamen-te na procura das melhores soluções, que visam a conquista da nossa plena cidadania.

Confi antes na ADFA, nunca nos ca-laremos, nunca nos resignaremos.

Desde os alvores do 25 de Abril e muito especialmente após o 14 de Maio de 1974, sempre soubemos en-contrar os nossos caminhos e gover-nar por vezes em equilíbrios instáveis, as frustrações e as esperanças próprias das contingências que as mágoas, as defi ciências e as doenças que carrega-mos desde a nossa juventude nos ca-racterizam.

Será com fundadas expectativas que no próximo dia 14 de Maio, rece-beremos na nossa casa o Senhor Mi-nistro da Defesa Nacional, que presi-dirá à Sessão Solene Comemorativa do nosso 35.º Aniversário, apostando de novo na coesão e unidade de toda a ADFA.

"PARTICIPANDO CONSTRUI-MOS O FUTURO"

(Lema do nosso 3.º Congresso)

A Direcção Nacional

Memórias

N o s primeiros anos da ADFA,

com alguns associados ainda internados no Hospital Militar, a hora de almoço era pretexto para encontro e parte do tempo era passado em conversas e jogos de

salão. Como vemos nas fotos, a sala de jogos do Palácio da Independência era palco de jogos de Damas, Bilhar, Ténis de Mesa e outros. Tudo servia para convívio. Ainda não sonhávamos com a In-ternet, nem com outras benesses das novas tecnologias da informação.

Assim passava-se a hora a discutir o futebol do fi m-de-semana anterior.

Os cabelos e barbas dando um ar revolucionário, estilo Ché Guevara, saltos altos e calças à boca-de-sino, eram a moda nos nossos primeiros anos em As-sociação.

(...)afi rmaremos mais uma vez a nossa razão, exigindo a reposição dos nossos di-reitos e a obtenção dos que ainda nos são negados, no respeito pela dignidade que os sonhos desfeitos da nossa juventude continuam a exigir hoje perante o poder democrático, que o 25 de Abril restituiu ao Povo Português

N o s salão. Como vemos nas fotos, a

sala de jogos do Palácio da Independência era palco de

Fotos Farinhos Lopes

FUNDAÇÃO DOS VETERANOS DAS FALINTIL APRESENTA CREDENCIAIS

A ADFA recebeu a visita de Anabela Alves Sequeira, representante credencia-da pela Fundação de Veteranos das FALINTIL (Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste), no dia um de Abril.

A apresentação de credenciais prende-se com os contactos que a Fundação pretende estabelecer com as associações de antigos combatentes e de veteranos de guerra.

O ELO dará notícia da visita na próxima edição.

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4 Abril de 2009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

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IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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DELEGAÇÕESD

Castelo Branco

34.º ANIVERSÁRIOA Delegação de Bragança, informa todos os seus as-

sociados que as inscrições para o Aniversário Nacional a realizar no dia 16 de Maio 2009, no Expocentro no Pombal, só serão aceites até ao dia 5 de Maio -Terca-feira.

Mais se informa de que a Delegação de Bragança não vai realizar o seu habitual aniversário de Delega-ção. Assim apelamos a todos os associados a sua parti-cipação no grande encontro nacional.

A Delegação dispõe de autocarro com a partida de Bragança - Macedo de Cavaleiros - Mirandela -Vila Real - Pombal.

O custo do autocarro é 5.00 euros por pessoa, além da inscrição para o almoço que é de 25.00 euros. Ain-da poderá haver uma alteração no regresso: depende do interesse de todos os associados, em vez de regres-sar no mesmo dia ir dormir a Fátima e regressar no Domingo dia 17 em passeio turístico, tendo os inters-

sados que custear todas as despesas da dormida e ali-mentação.

Caro associado, participa a tua participação é im-portante para todos nós e para a ADFA. Pedimos também àqueles que têm viaturas de darem uma boleia até ao autocarro aos sócios vossos vizinhos que, por ventura, tenham difi culdades de transporte, a solidariedade é o lema da ADFA e também deve ser o teu.

Bragança

Ao longo de 34 anos a ADFA, através da sua Delegação de Castelo Branco, tem conseguido granjear grande pres-tígio e reconhecimento em toda aquela vasta região do interior de Portugal. Em especial nos últimos anos, os actuais ór-gãos directivos da Delegação têm desen-volvido uma forte acção dinamizadora junto dos associados e têm conseguido uma colaboração muito empenhada das autoridades locais, designadamente, jun-to do Governo Civil, das Câmaras Muni-cipais e das Juntas de Freguesia.

Esta realidade esteve bem patente na comemoração do 34.º aniversário daque-la Delegação que teve lugar no dia 7 de Março. No almoço de convívio no Hotel Colina do Castelo marcaram presença cerca de 130 associados e familiares e, entre os convidados, encontravam-se o representante do Governador Civil Ar-mindo Taborda, o presidente da Câmara

Municipal de Caste-lo Branco, Joaquim Morão, o presidente da Junta de Fregue-sia da mesma cida-de, Jorge Neves e as Delegações irmãs de Bragança, Coimbra, Lisboa, Porto, Setú-bal e Viseu. Os órgãos nacionais da ADFA estiveram represen-tados pelo presidente da Direcção Nacio-nal, José Arruda.

Nas palavras que proferiu, o presidente da Direcção da Dele-gação, João Carmo-na, pôs a tónica na luta que a ADFA tem travado, nos últimos tempos, pela repo-sição de direitos dos defi cientes mili-

tares, defendendo que essa “luta tem que ser cada vez mais fi rme para que os nossos objectivos, que são muitos, sejam concretizados”, pois considerou que “os progressos conseguidos nas negociações com as diversas entidades não passam de uma migalha numa mão cheia de promessas”. Dirigindo-se aos

associados presentes, João Carmona afi rmou que não vai “cruzar os braços nem deixar de lutar para que a verdade seja reposta” e concluiu com um ape-lo: “Tende presente que a nossa força está na nossa união e que todos unidos vamos conseguir repor as coisas no seu devido lugar”.

Vários órgãos regionais da Comunica-ção Social fi zeram a cobertura do evento com bastante destaque. Referimos pas-sagens das reportagens de dois deles:

“Reconquista”, de 12 de Março: “O apoio aos associados

‘tem sido feito por nós, pois temos de ser solidários e preocuparmo-nos com o bem-estar das pessoas que, apesar das defi ciências que carregam (e não são poucas), não têm os apoios devidos do Estado’”.

“Gazeta do Interior”, de 11 de Março:

“’Estamos a concluir a fase de inquérito aos sócios [do Projecto ADFA/Rede Solidária] e temos já um apanhado real das suas difi culdades’. Segundo avançou ainda João Carmona, o stress pós guerra é o problema que mais afecta os sócios inquiridos. O isolamento, já que a maioria reside em pequenas aldeias, e a consequente falta de apoio social, foram outras das características descobertas através deste projecto social”.

ECOS NA IMPRENSA LOCAL

35.º ANIVERSÁRIO DA ADFAA Direcção da Delegação de Castelo Branco informa todos os seus Associados

que tem à sua disposição transporte para Pombal no próximo dia 16 de Maio. As ins-crições devem ser feitas na Sede da Delegação ou através do telefone 272 341201.

O Autocarro sairá do Fundão (Auto-Transportes do Fundão) pelas 08 Horas pas-sando em Castelo Branco (Rotunda da Europa) às 08H30, seguindo directamente para Pombal.

informaA ADFA/Madeira encerra de 20 a 24 de Abril, para férias.

Qualquer informação contactar o TM: 96 179 87 31

Madeira

ACÇÃO DINAMIZADORA NO 34.º ANIVERSÁRIO

O presidente da Câmara de Castelo Branco no uso da palavra

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Abril de 2009 �

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

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43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

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ADFA adere a petição europeia

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“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

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Delegações D

CoimbraAssembleiA-gerAl NAcioNAl ordiNáriA

Vai realizar-se no dia 18 de Abril de 2009, na cidade do Porto a Assembleia Geral Nacional ordinária.

Os associados interessados em partici-par, deverão contactar a Delegação.

Se houver inscrições suficientes, a Delegação organizará a viagem de ida e volta, através do aluguer de um autocarro – viagem gratuita.

Contacta a Delegação.

Vai ser em Pombal no dia 16 de Maio de 2009, na Expo-Centro.A Delegação de Coimbra mereceu a confiança do universo associativo e terá

todo o prazer e orgulho de lembrar o 3�.º Aniversário da ADFA, numa região de associados leais e solidários e receber os camaradas familiares e amigos de todo o país.

Não será apenas mais um Aniversário.É a continuação da luta, pela justiça e pela dignidade.Os associados de Coimbra poderão inscrever-se na Delegação até ao dia 11 de

Maio de 2009 (Segunda-feira) até às 17H00.Autocarro – �,00 eurosAlmoço – 2�,00 eurosCrianças até aos � anos – grátis Dos 6 aos 10 anos – 12,�0 eurosLembramos a todos, que terão de levantar a sua senha na Delegação, que lhe

dará entrada no local do convívio.Vem… Participa e traz outro amigo!

O autocarro ou autocarros, partirão da zona do Estádio Universitário, junto ao Mondego às 9H30.

35.º ANiversário dA AdFA

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Almoço comemorAtivo do 25 de AbrilPara comemorar a passagem de mais um aniversário do 2� de Abril, a Delegação

vai organizar um torneio de sueca seguida de almoço na nossa sede. As inscrições para o torneio e para o almoço devem ser feitas até dia 17 de Abril para o telefone 266 70 34 73.

Évora

PAsseio A esPANhAA delegação está a organizar um passeio a Espanha (Mérida, Cáceres e Salamanca)

nos dias 1, 2 e 3 de Maio de 2009 e destinado a todos os sócios e familiares, com par-tida de Évora no dia 01 de Maio pelas 08H00 e chegada no dia 3 pelas 19H00.

As inscrições devem ser feitas até ao dia 9 de Abril pelo telefone 266 70 34 73.

adfa coNtiNuA A brilhArA equipa de Orientação da ADFA,

Delegação de Évora, participou entre 21 e 24 de Fevereiro na prova mais im-portante que anualmente se realiza no nosso País, o Portugal “O” Meeting re-alizado na zona de Mora, no Alentejo. A nossa equipa, desfalcada de alguns elementos em missões militares no es-trangeiro, conseguiu mesmo assim al-guns resultados brilhantes. Entre cerca de 1�00 participantes inscritos, alguns dos melhores mundiais, só houve duas vitórias portuguesas, sendo uma delas pelo nosso atleta Santos Sousa no esca-lão H45, enquanto na classificação co-

lectiva, entre 108 equipas classificadas, a nossa equipa alcançou o 4.º lugar.

No fim-de-semana seguinte, tivemos mais uma participação numa prova inter-nacional que decorreu na zona da Mari-nha Grande e onde mais uma vez, entre as poucas vitórias portuguesas, duas fo-ram de atletas da ADFA. No escalão H40 ganhou Daniel Pires com Mário Duarte a ser 2.º e no escalão H4� mais uma vitória de Santos Sousa. Colectivamente repeti-mos o 4.º lugar da prova anterior.

Seguem-se os campeonatos nacionais, onde temos alguns títulos a defender, dando disso notícia na próxima edição.

desPorto

35.º aniversário em PombalPreço almoço: 2�,00 euros/adulto; 12,�0 euros - crianças dos 6 aos 10 anos; grá-

tis - crianças até aos � anos. Inscrições para o almoço até dia 30 de Abril.Inscrições abertas também para o transporte de autocarro – os lugares no autocar-

ro são por ordem de inscrição.Os associados receberão nos próximos dias informações detalhadas.A Direcção de Delegação decidiu não realizar o seu aniversário local, englobando

o mesmo na comemoração a nível nacional dos 3� anos da ADFA .

Sessão de esclarecimento em Barcelos para associados

No próximo dia 4 de Abril de 2009 às 10h00 no Auditorio da Biblioteca de Barce-los, a Direcção de Delegação irá reunir para abordar temas e questões relacionadas com a condição de deficiente militar. Esta sessão de esclarecimento está aberta a todos os associados da ADFA e a entrada é gratuita.

em coruNhA – esPANhA

Passeio "Um dia fora..." No dia 4 de Julho de 2009 realizar-se-á o passeio anual da Delegação. As inscrições estão abertas até ao dia 17 de Junho. Devem levar farnel. Preço: 16,00 euros/pessoa. Os lugares no autocarro são por ordem de inscrição. Programa a divulgar na proxi-ma edição do ELO.

famalicão

Consultas de Clínica-geral na Delegação – Por razões de agenda do Dr. Ri-cardo Lemos, as consultas serão às Sextas-feiras às 14h00. As consultas devem ser marcadas previamente no serviço de Secretaria da Delegação.

Horário de Atendimento aos Associados De 2.ª a 6.ª feira das 09h30 às 12h00 e das 14h00 às 18h00.

Lembramos que a AGNacional se realiza a 18 de Abril, às 13h30 nas instala-ções da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, sita na Rua Drº Roberto Frias.

breves

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� Abril de 2009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

Assembleias Gerais OrdináriasPág 3

DelegaçõesD

Lisboa

A Delegação de Lisboa já tem bilhetes à venda para o 35.º Aniversario da ADFA, que se irá realizar, no dia 1� de Maio (sábado), em Pombal.

Estes podem ser adquiridos na Secretaria – Santos Silva, ou na D.ª Conceição Valente.

Haverá Autocarros a partir da Sede da ADFA.Custo por pessoa é de 5 euros para o autocarro mais 25 euros para o almoço.Marcações – Pedro Rodrigues – 217 512 �25 e D.ª Conceição Valente – 217 512

�00.

Almoço 35.º Aniversário

A Assembleia-geral Nacional Ordinária, foi convocada para o Porto e vai realizar-se no dia 18 de Abril de 2009 (sábado), pelas 13h30.

A Delegação de Lisboa vai pôr à disposição dos seus Associados autocarros a partir da Sede da ADFA.

O custo por pessoa é de 10.00€Inscreve-te – D.ª Conceição Valente – tel. – 217 512 �00 ou Pedro Rodrigues – tel.

– 217 512 �25.

PARTICIPA! PORQUE A ADFA COM A TUA PARTICIPAÇÃO FICARÁ COM CERTEZA MAIS FORTE.

AssembleiA-gerAl nAcionAl ordináriA

No dia 20 de Março de 2009, na Sede da ADFA, realizou-se uma noite de Fa-dos com a presença de Associados, familiares e amigos da ADFA, muitos dos nos-sos Associados e Fadistas nossos amigos, quiseram abrilhantar-nos com uma noite magnífica, onde os guitarristas e o nosso animador e camarada José Parreira mais uma vez nos deram o prazer de apreciarmos o seu profissionalismo.

noite de fAdos mAgníficA

Realizou-se no pretérito dia 21 de Fevereiro de 2009 a Assembleia-ge-ral da Delegação de Lisboa, antecipa-damente difundida através do jornal o Elo, reforçado com o envio de carta e SMS a todos os associados.

Mercê do empenho da Direcção da Delegação, estiveram presentes 17� associados, o que revelou um interes-se assinalável, em acompanhar os de-sígnios de uma ADFA que é de todos e para todos.

Esta foi a primeira Assembleia presi-dida pelo mais recente órgão empossado em Setembro de 2008, tendo procurado estabelecer um clima de sã convivên-cia, incentivando os presentes a uma participação activa dentro da ordem de trabalhos, chamando à atenção para que as intervenções fossem objectivas, precisas e concisas, permitindo assim a todos os associados que entendessem intervir, tivessem a oportunidade de o fazer em tempo útil.

Poder-se-á afirmar que a Assembleia decorreu com elevado espírito cívico, participação activa e em clima de har-monia, até quase ao final da ordem de trabalhos. Essa harmonia viria a ser in-terrompida pela actuação de um grupo de associados, signatários de algumas propostas, que pretenderam apresentá-las através do seu primeiro subscritor, associado Adérito Pinto, sem ter em consideração o cumprimento da or-dem de trabalhos, desrespeitando assim uma regra elementar e fundamental do espírito democrático. Apesar disso, a Mesa permitiu que durante aproxima-damente vinte e cinco minutos, o pri-meiro subscritor procedesse à leitura das mesmas, até ser entregue na Mesa

um requerimento para pôr fim à ordem de trabalhos, o que veio posteriormente a suceder.

Contudo, a Mesa, acolheu as pro-postas, comprometendo-se a fazê-las seguir para a D.N.

Não se põe em causa o conteúdo das mesmas, com o qual até posso estar de acordo, (apesar de se tratar de assuntos recorrentes), mas sim da forma desa-brida e deselegante, que confinou um comportamento premeditado, onde a ética e a solidariedade saíram muito maltratadas.

Tratando-se de pessoas que na sua maioria pertenceram aos Órgãos So-ciais, até Setembro de 2008, e que se demitiram num momento crítico da vida associativa, a minha estranheza e perplexidade foi tanto maior, na medi-da em que, conhecendo a ordem de tra-balhos com tanta antecedência, não ti-veram a delicadeza e a lealdade que se impunha, para dialogar com os Órgãos competentes, a fim de as mesmas se-rem integradas na ordem de trabalhos! Preferiram fazer de arautos da justiça, do que partilhar preocupações que não são de meia dúzia, mas sim de todos.

À legitimidade para exigir, con-trapõe-se a obrigação de fazer, ou no mínimo, colaborar. O despertar de consciências atrasadas não resolve os problemas reais.

Penso que estaremos de acordo de que se devem responsabilizar aquele, ou aqueles que penhoraram os nossos direitos, e que agora estão a ser repos-tos a conta gotas, com um esforço her-cúleo de muita gente. Mas então, per-gunto: Por que razão ainda não foram responsabilizados? O que tem sido fei-

to por aqueles que se apresentam como paladinos da justiça, e defensores dos direitos dos fracos e desprotegidos?..

A liberdade de expressão é o suporte fundamental para qualquer democra-cia. O direito ao debate livre e aberto será sempre uma boa atitude, desde que nos conduza ao encontro de melhores opções, e que não subverta o princípio do civismo, do respeito pelo próximo e da dignidade de cada um.

O desafio para uma democracia sau-dável, é impedir que discursos ou in-tervenções incitem à desordem, à inti-midação e à violência física ou verbal.

Cada cidadão deve saber interpretar as regras e os deveres pelos quais se rege. Têm o direito de criticar e dis-cordar, mas também têm o dever de escutar e respeitar. A cidadania exige participação, partilha, civismo, paci-ência, compreensão e tolerância.

“A intolerância é em si mesma uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espíri-to democrático.” – Ghandi.

Não tenho a mais leve pretensão de dar lições de democracia ou moral a quem quer que seja; procuro reger-me por princípios éticos, cívicos, de so-lidariedade e tolerância. São também esses valores que espero dos outros.

Como apontamento final não queria deixar de aludir a uma atitude jocosa que foi dirigida à Mesa pelo ex-presi-dente da mesma, acerca das propostas de louvor dos actuais Órgãos, à DN, pelo esforço e determinação que têm demonstrado na recuperação do direito à saúde e outros, e à Direcção da De-legação, pelo excelente trabalho reali-zado na gestão, e na redução de cus-

tos que estavam orçamentados. Disse textualmente: Foram apresentadas propostas de louvor, e todos sabemos porquê!

Percebo mal esta insinuação, eiva-da de má fé, mas apenas direi que a ADFA pode servir de palco para mui-tas representações de exibicionismo e promoção pessoal de alguns, que pro-curam o protagonismo ou sucesso que não conseguiram em outros palcos; mas não foi, não é, nem nunca o será seguramente, para qualquer elemento da actual MAGDL.

A ingratidão é um dos piores senti-mentos do ser humano. Ser grato àque-les que produzem trabalho de relevo, é mais gratificante e justo recebê-lo em vida, do que a título póstumo! O verdadeiro reconhecimento, encerra em si mesmo um factor motivador, a qualquer ser humano que trabalha, re-munerado ou a título gracioso.

Como associado, sinto um profundo orgulho, respeito e gratidão, por todos os que ao longo dos anos têm servido, desinteressadamente, os desígnios da ADFA.

Move-me um sentimento unificador e congregador, procurando encontrar nos outros as qualidades que possam ter; em mim continuo a procurar os de-feitos que certamente tenho, mas que vou corrigindo.

Gostaria de terminar com uma cita-ção de F. Roosevelt: "Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimo de poucos, amigo de um e inimigo de ne-nhum”.

Saudações associativasPresidente da MAGD Lisboa,

Luciano Dias

“nós e os outros”ecos dA AssembleiA-gerAl dA delegAção de lisboA

Associados, familiares e amigos em pleno convívio

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Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

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ADFA assina protocolo

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“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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Delegações D

Lisboa

No dia 23 de Março a directora do serviço de Fisiatria do HMP, Maria da Conceição Brito Avô, o capitão Ilídio Fernandes, fisioterapeuta e o 1.º sargento Óscar Santos, do Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Hospital Militar Princi-pal, estiveram na ADFA, a convite da Delegação de Lisboa e da Direcção Nacional.

A ADFA expôs os seus pontos de vista em re-lação aos Serviços de Fisiatria, onde muitos dos nossos associados são obrigados a ir, desde há muitos anos, em virtude da sua deficiência.

Também abordámos a problemática das novas próteses, que hoje em dia são uma mais valia sig-nificativa para os nossos Associados.

E, porque julgamos que estas podiam e de-viam ser totalmente feitas em Portugal, servindo assim todos aqueles que delas carecem, ficou a Direcção Nacional de desenvolver os seus bons ofícios junto das entidades responsáveis para que, dentro em breve, isto seja uma realidade.

O Núcleo de Sintra está a programar uma excursão a Campo Maior no dia 7 de Maio de 2009, Quinta-feira.

Programa: Visita à Igreja Matriz/capela dos ossos 10h30; Visita ao Museu "Lagar do Azeite" – 11h45; Almoço - 12h45 - 14h30; Visita ao Museu e Fábrica, Delta - Cafés - 15h00

Preço: 30 euros.O autocarro só leva 39 pessoas.Partida às 7h00, junto à paragem dos autocarros em frente das escadas de saída

das instalações do Núcleo. Inscrições: até 30 de Abril – Pagamento 50% no acto da inscrição e restante até

dia 30 de Abril.Para o telefone do Núcleo 214 041 200, Sede 217 512 600/ 09 (D. Conceição) Telemóvel : 919 371 774 - 966 818 865 - 969 000 427

Núcleo de SiNtra

PaSSeio de camPo maior

Medicina Geral – Segundas-Feiras e Quintas-Feiras – 13h00

Fisiatria – Quartas-Feiras às 11h00Urologia – Quintas-Feiras – quinzenal às 11h30Psiquiatria – Segundas-Feiras – S/horário; Terças-Feiras

das 9h00 às 13h00.Medicina Dentária – Segundas-Feiras 9h00 às 13h30

– Dr.ª Inês Figueiredo; Quartas-Feiras 9h30 – Prótese Den-tária

Fisioterapia – Segunda a Sexta-Feira: 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

Análises Clínicas – Terças-Feiras das 9h00 às 10h00.As marcações devem ser efectuadas através da Sr.ª Sónia

Alves para o telefone 217 512 612, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00 de Segunda a Sexta-Feira.

A Delegação de Lisboa assumiu a Clínica a partir de Janeiro de 2009 e solicita que os Associados nos dêem su-gestões para que este Serviço, que é de todos, possa vir a funcionar da melhor maneira possível em prol dos seus utentes.

Horário e fuNcioNameNto da clíNica

A Associação Recreativa dos Pescado-res da Musgueira Norte levou a efeito no passado dia 09 e para comemorar o seu 2º Aniversário, uma prova de pesca lúdica em Belém, iniciando assim a nova época de 2009.

Este evento reuniu mais de 100 pes-cadores e 15 equipas. Ao seu convite, a ADFA compareceu com a sua Equipa dando o seu melhor, com o seu Lema “Honra/Sacrifício”.

No seu contributo a equipa teve a se-guinte classificação geral:

– Alberto Moreira com 4,600 kg, 5.º lugar

– Jorge Neto com 1,740 kg, 17.º lugar– Francisco Domingos com 1,070 kg,

27.º lugar– José Joaquim com 250 g e Artur

Ventura com 600 g respectivamente, por regulamento não obtiveram classifica-ção.

Para novos rumos, a equipa da ADFA lá partiu para o seu melhor e para o me-nos bom, mas o seu espírito de luta e a honra das cores da nossa Associação, dá-nos força para ultrapassar as dificuldades e sacrifícios que cada evento nos propõe.

PeSca

2.º aNiverSário da muSgueira

HmP de viSita à fiSiatria

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� Abril de 2009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

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“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

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Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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DelegaçõesD

Porto

Viseu

Comunicamos aos associados da ADFA Delegação de Viseu, que estão abertas as inscrições para participar na Assembleia Geral Nacional no dia 1� de Abril, este ano na cidade do Porto. A saída das instalações da Delegação é às 9horas, com regresso assim que aca-bar a Assembleia. Inscreve-te! Vem e se quiseres prepara a tua intervenção sobre o assunto que entendas, pois é aqui que todos nos devemos pronunciar, ajudan-do a clarificar o que está mal e precisa de ser aprovado urgentemente pelo Go-verno e a louvar o que já foi feito e por isso está bem.

Fruto de muito trabalho, esforço e dedicação a isenção em sede de IRS, já foi conseguida para todos os deficien-

tes militares, o direito à saúde a 100% continua a marcar passo, bem como as actualizações das pensões, que gos-taríamos de ver já a reposição destes direitos aprovados pela Assembleia da República.

É uma vergonha nacional termos viú-vas a vencer 99 euros e 111 euros men-sais, menos do que a pensão social, que é no valor de 181,57 euros, deficientes em serviço a receberem duzentos e poucos Euros, os combatentes que se deficien-taram em combate e estão em serviço, os injustiçados do Dec.-Lei 134/97 de 31 de Maio, que continuam à espera que a Direcção Nacional cumpra a promessa. Se o Governo não resolve, a Direcção Nacional manda preparar o processo a

um gabinete jurídico (como prometeu) e remete-o para Tribunal, pois se o tem feito em tempo devido, já agora estaria numa fase adiantada e de certeza ganho, porque a abrangência é para todos os de-ficientes das Forças Armadas.

Do Norte de Portugal espera-se que esta Assembleia decida, fale para den-tro e para fora da ADFA, dizendo aos associados, ao país e ao Governo que os deficientes militares são pedras vi-vas a que todo o Portugal se deve sentir orgulhoso por ter homens que se defi-cientaram em defesa da Pátria e por ela deram a vida.

Que não seja preciso fazer outra gre-ve de fome para fazer valer os nossos direitos!

AGN A 18 de Abril No Porto

Uma visita através da História dos Descobrimentos Portugueses. Arzila, El Jadida (antigo Mazagão Português), Safi, Essaouira, Agadir, são fortes na costa atlântica que nos fazem recordar a importante presença Portuguesa nessas paragens.

1º Dia – Porto – Lisboa – Sevilha – Algeciras

Partida frente às instalações da ADFA pelas 07h00. Chegada prevista a Lisboa pelas 10h45 (Gare do Oriente). Con-tinuação para Algeciras, passando por Sevilha. Chegada e instalação no hotel. Alojamento.

2º Dia – Algeciras – Tanger – Ra-bat

Após o pequeno-almoço, embarque em ferry-boat para Tanger. Chegada e panorâmica pela cidade de Tanger. Con-tinuação para Rabat passando por Arzila, Larache e Kenithra. Alojamento.

3º Dia – Rabat – Casablanca – El Jadida - Safi

Após o pequeno-almoço, partida com destino a Casablanca. Visita da capital económica de Marrocos, fundada pelos Portugueses em 1515, que a abandona-ram definitivamente em 1755.

Panorâmica pela Praça Mohammed V onde se encontra a majestosa Mesquita de Hassan II (visita exterior). Continu-ação para El Jadid. A primeira implan-tação portuguesa manifestou-se na cons-trução de uma fortaleza. Quatro anos após a sua construção, os portugueses fundam a cidade de Marzagão, principal entreposto da Costa Atlântica até 1769. Chegada a Safi. Alojamento.

4º Dia – Safi – Essauira – AgadirApós o pequeno-almoço, visita a esta

antiga feitoria portuguesa utilizada até

1541 como entreposto comercial com a Guiné. Continuação para Essauira onde visitaremos a Medina, a Mellah e o Kashba. Prosseguimento para Agadir. Alojamento.

5º Dia – Agadir – MarrakechApós o pequeno-almoço, visita a esta

cidade, importante porto para comer-ciantes europeus, hoje uma popular es-tância turística com cerca de � km’s de praias. Continuação para Marrakech. Alojamento.

6º Dia – MarrakechDia dedicado à visita desta cidade

imperial. Entre outros locais de interes-se destacam-se as muralhas da cidade, do séc. XII, o minarete da Mesquita da Koutubia, os Túmulos Saarianos, o Palá-cio Bahia e a Famosa Praça de Jemaa El Fna. Tarde livre. Jantar típico (opcional). Alojamento.

7º Dia – Marrakech - Rabat - Tan-ger

Após o pequeno-almoço, partida com destino a Rabat. Visita da capital do Rei-no – o Palácio Real, a Mesquita, a Torre de Hassan e o esplêndido Mausoléu de Mohammed V. Continuação da viagem para Tanger. Chegada e alojamento.

8º Dia – Tanger – Algeciras – Sevi-lha

Após o pequeno-almoço, embarque em ferry-boat para Algeciras. Continua-ção da viagem para Sevilha. Possibilida-de de assistir a um espectáculo de Fla-mengo (opcional). Alojamento.

9º Dia – Sevilha – Badajoz - Lisboa - Porto

Após o pequeno-almoço, breve visi-ta da capital da Andaluzia, com especial destaque para a Catedral (a maior de Es-

panha) e a sua Torre Sineira, a Giralda (Minarete da antiga mesquita com 9� m de altura). Viagem de regresso ao Porto passando por Badajoz e Lisboa.

Fim da viagem e dos nossos serviços.

INCLUINDO:Circuito em autocarro de turismo;

Ferry-boat Algeciras / Tanger / Algeci-ras; Alojamento em hotéis de 4* e 5*; Pensão completa, desde o almoço do 1º ao almoço do último dia (almoços for-necidos pela organização e jantares nos hotéis) (exceptua-se o jantar do 6º dia); Acompanhamento durante todo o circui-to por nosso representante; Guias locais em Marrocos falando português ou es-panhol; Entradas em museus e monu-mentos mencionados no programa;

Taxas hoteleiras, serviços e IVA; Se-guro de assistência em viagem e cance-lamento.

PREÇO POR PESSOA:Quarto duplo: 850 € (GRUPO DE 35

PARTICIPANTES.), no caso do grupo ser 25 participantes o preço por pessoa será de 900 €

Suplementos: Quarto individual 170 €EXCLUINDO:Bebidas às refeições nos hotéis; Extras de carácter particular e tudo o

que não estiver mencionado como inclu-ído.

Reservas e informações na ADFATelef.: 228 347 201E-Mail: [email protected]:- Somente Bilhete de Identidade para

cidadãos portugueses.- Sugerimos passaporte caso o pos-

sua.

MArrocos e descobriMeNtosevocAção do “25 de Abril”

A Delegação vai evocar o 35º Aniver-sário do 25 de Abril com a realização do seguinte programa:

Dia 25 de Abril09H30 – Hasteamento das Bandeiras;

09H45 – Inicio do Torneio de futebol de 5 – “Troféu Liberdade”. Participação de 4 equipas, sendo o torneio disputado du-rante a manhã. 13H00 – Almoço no Re-feitório da Delegação

Preço por pessoa: € 10,00. Inscri-ções até ao dia 22 de Abril no Serviço de Atendimento (22�347201).

Nota: Inscrições limitadas às condi-ções do refeitório.

14H30 – Torneio de jogos de cartas (sueca)

Inscrições de participantes no Bar.17H30 – Encerramento das comemo-

rações.Convidam-se os associados e famílias

a marcarem a sua presença, participando nas várias realizações do programa, para que este dia seja evocado, como sendo uma data de conquista da cidadania, do direito à participação e como o fim da guerra colonial.

35.º ANiversário

AutocArro PArA AGNNÚCLEO DE CHAVESAutocarro com partida de Chaves às

09H30 (junto ao núcleo), com passagem por Vila Real às 10H15 (junto ao Caba-nelas), Lixa às 10H45 (no cruzamento da Lixa), Penafiel às 11H00 (junto aos Bom-beiros Voluntários), Paredes às 11H15 (junto ao Palácio da Justiça) e Porto.NÚCLEO DE STA. MARIA DA FEIRA

Autocarro com partida às 11H00 (jun-to ao núcleo).

Inscrições no Serviço de Atendimen-to: 22�347201, até ao dia 16 de Abril.

A Direcção da Delegação informa que a Câmara Municipal de Faro vai ceder um autocarro de 39 lugares para transportar os associados e fa-miliares que pretendam participar no encontro nacional comemorativo do 35.º aniversário da ADFA, a realizar na Expocentro de Pombal no dia 16 de Maio.

O autocarro partirá de Faro às 06h30, junto do Hotel EVA, no Largo da Junta de Freguesia de S. Pedro.

Pede-se aos associados para se inscreverem quanto antes. O custo do almoço é de 25,00 euros.

Faro35.º ANiversário eM PoMbAl

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“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

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assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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Notícias

Os Órgãos Sociais Nacionais, as delegações e os con-selheiros nacionais aprovaram a estratégia defi nida pela Direcção Nacional para as reivindicações legislativas, “na expectativa sobre o que deverá ser aprovado sobre a saúde dos defi cientes militares”. A reunião ordinária do Conselho Nacional, no dia 21 de Março, trouxe também o “apelo à participação e à mobilização geral no que toca às comemorações do 35º aniversário da ADFA.

O Conselho Nacional pronunciou-se a favor da to-mada de posição da ADFA face às comemorações do Dia de Portugal, 10 de Junho, em que a Associação “deve assumir estas celebrações com a dignidade que merecem os antigos combatentes que tombaram du-rante a Guerra Colonial”, nunca esquecendo a partici-pação com as suas insígnias junto ao Monumento aos Ex-Combatentes do Ultramar, em Belém, na presença da uma alta individualidade do Estado.

A ADFA decidiu ainda não integrar o Movimento Cí-vico de Antigos Combatentes, informando sobre a sua desvinculação, de acordo com as orientações da DN. A Associação declinou ainda o convite para integrar a Co-missão Organizadora do Congresso dos Combatentes, informação que colheu o apoio generalizado entre os membros do Conselho Nacional. O Congresso realiza-se nos dias 10 e 11 de Junho, em Lisboa.

Na reunião foi também analisado, e aprovado por maioria, o parecer sobre a execução orçamental de 2008, o Relatório de Actividades do Conselho Nacio-nal, o Parecer do CFN sobre as actividades e situação fi nanceira da ADFA (2º semestre 2008) e o relatório do CFN sobre a Tipografi a-Escola da ADFA.

Sobre a regularização do pagamento das quotas por parte dos associados, foi apresentado o entendimento da DN, sendo aprovada a nomeação de um grupo de missão para, em 90 dias, elaborar uma proposta a apre-sentar na próxima reunião do CN. Esta proposta vai

ser amplamente debatida, para recolha de opiniões e melhoramentos. O grupo de associados nomeado para trabalhar sobre este assunto é constituído por Manuel Calhau Branco, Anquises de Carvalho, Francisco Janei-ro, Abel Fortuna e um elemento da DN.

O CN debateu propostas para o aumento do valor das quotas, decidindo-se que a DN deverá apresentar este ponto à Assembleia-Geral Ordinária Nacional. O valor das quotas não é aumentado há quatro anos.

“Participação e Cidadania” são as palavras de ordem para o 35º Aniversário, onde o CN espera que acorra

um grande número de associados. “O Aniversário é a ocasião em que mostramos à sociedade a nossa força e a justiça das nossas reivindicações”, referiu a DN.

Os membros do CN apoiaram a estratégia da DN sobre as reivindicações legislativas, realçando a sua importância face à urgente necessidade de reposição de direitos. O CN mantém-se expectante sobre as informa-ções relativas à saúde dos defi cientes militares, que tem debate e votação agendado para a primeira quinzena de Abril.

RV

REUNIÃO DO CONSELHO NACIONAL

DELEGAÇÕES REAFIRMAM OBJECTIVOS ASSOCIATIVOS

NA ASSEMBLEIA-GERAL NACIONAL ORDINÁRIA

18 DE ABRIL – 13H30M

INSTALAÇÕES DA FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE

DO PORTO

Rua Dr. Roberto Frias – 4200-161 Porto

PARTICIPA

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10 Abril de 2009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

Assembleias Gerais OrdináriasPág 3

A ADFA divulgou uma nota explicativa sobre o Projecto de Lei n.º 528/X relativamente à Assistência Médica e Medicamentosa, aprovado na Assembleia da República, no dia 23 de Janeiro, na sequência das audiências com os grupos parlamentares do Partido Comunista Portu-guês, no dia 6 de Março, do Partido Social Democrata, no dia 11, e do Partido Socialista, a 26 de Março.

O deputado do PCP, António Filipe, recebeu a ADFA e afi rmou o apoio do partido face à pretensão sobre a assistência médica e medi-camentosa, que a Associação pretende que seja extensível a todos dos defi cientes militares. Considerou ainda que a reformulação da proposta já aprovada na generalidade deve ser efectuada no âmbito da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional.

Na reunião com o PSD, a ADFA reiterou as suas reivindicações, sen-do a sua posição bem acolhida pelo deputado Joaquim da Ponte. Foi garantido à Associação que se farão as diligências necessárias junto da CPDN. Sobre o IAS, outra questão apresentada pela ADFA, o PSD não tomará quaisquer iniciativas, embora compreenda a posição da Asso-ciação.

O grupo parlamentar do PS, representado pelos deputados Sónia Sanfona e Marques Júnior, também se revelou solidário com as ques-tões apresentadas pela ADFA. A DN explicou aos deputados a abran-gência da sua proposta, no que concerne aos diversos estatutos dos de-fi cientes militares (GDFA, GDSEN, DCFA e os defi cientes em serviço abrangidos pelo Estatuto da Aposentação). Na sequência desta reunião, a DN enviou ao grupo parlamentar do PS uma nota explicativa sobre o Projecto de Lei n.º 528/X relativamente à Assistência Médica e Medi-camentosa, documento que o ELO reproduz na íntegra.

“A ADFA trouxe estas questões para a agenda política, na conti-nuação do trabalho realizado em 2008”, lembra Manuel Lopes Dias, vice-presidente da DN. O dirigente destaca ainda que a Assembleia da República se tornou interlocutora. Anteriormente a ADFA debatia com o Governo, com a Instituição Militar e com o Presidente da República. “Em 2008, com a nossa manifestação pública junto ao Palácio de São Bento, entre outras iniciativas, conseguimos chamar a atenção dos de-putados para os problemas dos defi cientes militares”, sublinha o vice-

presidente, considerando que o início desta envolvência ocorreu nas comemorações do aniversário da ADFA em 2007, quando o presidente da Assembleia da República Jaime Gama presidiu à Sessão Solene.

Para a ADFA, “continua a ser urgente melhorar o acesso à saúde e às ajudas técnicas”, continuando em cima da mesa as reivindicações para que sejam abrangidos todos os defi cientes militares. A votação está prevista para as primeiras semanas de Abril.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE DEFESA NACIONAL No dia 24 de Março a ADFA foi recebida em audiência pela Comis-

são Parlamentar de Defesa Nacional, onde estão representados todos os grupos parlamentares.

A Associação voltou a insistir nas suas reivindicações sobre a saú-de para todos os de-fi cientes militares, lembrando o conteú-do do parecer do de-putado João Soares, que contempla as rei-vindicações apresen-tadas desde o início pela ADFA.

“Não estamos a pedir nada a que não tenhamos direito”, lembra José Arruda, presidente da DN, e acrescenta que “pre-tendemos que repo-nham aquilo que nos retiraram. Esta é a nossa posição desde o início”.

RV

Notícias

PARTICIPA

SAÚDE PARA TODOS OS DEFICIENTES MILITARES

ADFA REFORÇA CONFIANÇA NA REPOSIÇÃO DE DIREITOS

António Filipe, do PCP

Audiência com a Comissão Parlamentar de Defesa Nacional

A DN com Joaquim da Ponte, do PSDA DN com Marques Junior e Sónia Sanfona, do PS

NOTÍCIASN

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Abril de 2009 11

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

Assembleias Gerais OrdináriasPág 3

Projecto de Lei n.º 528/X aprovado na Assembleia da República, no dia 23 de Janeiro

de 2009 - Assistência Médica e MedicamentosaAnteriormente ao regime instituído pelo DL 167/2005, de

23SET, todos os deficientes militares usufruíam do direito à assistência médica e medicamentosa gratuita.

Com o DL 167/2005, o direito à assistência médica e medi-camentosa gratuita apenas contempla as lesões/doenças pelas quais foram qualificados deficientes militares.

O Projecto de Lei n.º 528/X, do Grupo Parlamentar do CDS-PP, vem aditar um número 10, ao artigo 14.º, do DL 43/76, de 20JAN, dispondo que “Os DFA são ressarcidos, pelos Ramos de origem das Força Armadas, das importâncias suportadas com cuidados de saúde, decorrentes de enfermidades não re-lacionadas com as lesões que determinaram a deficiência, na parte não comparticipada pelo subsistema de saúde do qual sejam beneficiários, quando:

a) Os cuidados de saúde sejam prestados por Estabeleci-mentos do Serviço de Saúde Militar, Estabelecimentos do Ser-viço Nacional de Saúde ou outras entidades quando determi-nado pelo respectivo Serviço de Saúde Militar;

b) Os cuidados de saúde digam respeito a assistência medi-camentosa.”

O DL 319/84, de 01OUT, na redacção do DL 267/88, de 01AGO, que institui a figura dos Deficientes Civis das For-ças Armadas (DCFA), consagra, no seu artigo 1.º, que a estes «(…) é reconhecido o (…) gozo dos direitos e regalias cons-tantes das disposições aplicáveis dos artigos (…) 14.º, (…)», do DL 43/76, de 20JAN.

Aplicando-se o art.º 14.º, do DL 43/76 aos DCFA, ser-lhes-á também aplicável o n.º 10 do mesmo artigo.

O DL 314/90, de 13OUT, na redacção actual do DL 248/98, de 11AGO, aplicável aos Grandes Deficientes das Forças Ar-madas (GDFA), contempla, no seu art.º 4.º, que a estes «(…) é concedido o gozo dos direitos e regalias constantes das dis-posições aplicáveis (…) dos n.ºs 3 a 9 do artigo 14.º (…) do Decreto-Lei n.º 43/76, de 20 de Janeiro.»

Perante a aprovação de um n.º 10, ao art.º 14.º, do DL 43/76, a interpretação e aplicação do art.º 4.º, do DL 314/90, poderá ser feita de modo a nela incluir o n.º 10, do art.º 14.º, do DL 43/76, embora para prevenir eventuais interpretações divergentes seja necessário que o projecto em análise faça a extensão expressamente.

O DL 250/99, de 11JUL, referente aos Grandes Deficientes do Serviço Efectivo Normal (GDSEN), estatui, no seu art.º 4.º, que a estes «(…) é também concedido o gozo dos direitos e regalias constantes dos n.ºs 2 a 9 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 43/76, de 20 de Janeiro, (…)».

Seguindo o raciocínio do número anterior, a estes deficien-tes militares poderá também aplicar-se o n.º 10, do art.º 14.º, do DL 43/76, sendo necessário que o projecto faça extensão expressamente.

Os deficientes abrangidos pelo Estatuto da Aposentação (DL 498/72, de 09DEZ), designados por deficientes em servi-ço, militares do serviço militar obrigatório (SMO) que esma-gadoramente também participaram na Guerra Colonial e que usufruem de pensões de baixo valor, na ordem dos duzentos euros, não estão abrangidos nesta Proposta de Lei, quer por aí não estarem contemplados quer por não haver diploma que lhes torne extensivos os direitos e regalias do art.º 14.º, do DL 43/76.

Esta situação gera grande injustiça, não só porque antes do DL 167/2005 usufruíam do direito à assistência médica e medicamentosa gratuita para além deficiência, em igualdade de circunstâncias com os outros deficientes militares, mas também, porque são, agora, discriminados face aos restantes deficientes militares.

Desde a apresentação do Projecto de Lei n.º 528/X, que a ADFA tem defendido, como sempre defendeu, a assistência médica e medicamentosa gratuita para todos os deficientes mi-litares, aliás, entendimento este também consagrado no relató-rio elaborado pelo Deputado João Soares, de 07JUN2008, que foi aprovado, por unanimidade, pela Comissão Parlamentar de Defesa Nacional.

Face ao exposto, entende-se que a proposta de lei deve abranger todos os deficientes militares, pelo que se propõem as seguintes alterações:

«Proposta de Lei n.º 528/XApoio à Doença dos Deficientes Militares

O Decreto-Lei n.º 43/76, de 20 de Janeiro, consagrou o re-conhecimento pelo Estado Português do direito à plena repa-ração que assiste aos cidadãos portugueses que contraíram ou venham a contrair deficiências no cumprimento do serviço militar em contextos de elevada perigosidade, tendo sido ins-tituídas medidas e atribuídos meios para que, assegurando as adequadas reabilitação e assistência, concorram para a sua integração social.

Na sequência da Resolução do Conselho de Ministros n.º 10/2005, de 24 de Junho, que impôs a convergência dos diversos subsistemas de saúde públicos com o regime geral da assistência na doença aos servidores civis do Estado, o Decreto-Lei n.º 167/2005, de 23 de Setembro, veio esta-belecer um novo e único regime jurídico de assistência na doença aos militares das Forças Armadas, designado por ADM.

O novo regime deixou de reconhecer a especificidade do es-tatuto dos Deficientes das Forças Armadas (DFA), agravando as dificuldades sentidas por esses cidadãos designadamente, no domínio da assistência medicamentosa.

O CDS-PP entende que, tratar de forma igual situações que são manifestamente diferentes, confundindo cidadãos que contraíram uma deficiência ao serviço da Pátria, no cumpri-mento do dever militar, em cenários de guerra ou outros de elevada perigosidade, com os funcionários da administração pública, é não só flagrantemente injusto para com os DFA, como viola o próprio princípio da igualdade.

Os DFA têm sentido, pela sua especificidade, necessidade de um apoio mais alargado no domínio da assistência na doença, que torne mais efectiva e plena a sua integração social.

Importa, assim, garantir, aos referidos cidadãos, o ressar-cimento dos encargos com cuidados de saúde decorrentes de enfermidades, mesmo que não relacionadas directamente com as lesões que determinaram a deficiência, na parte não com-participada pelo subsistema de saúde do qual sejam benefi-ciários, pois só assim o Estado Português cumprirá integral-mente o direito à reparação e à integração desses cidadãos portugueses, assim espelhando a consideração que os valores morais e patrióticos por eles representados devem merecer da sua parte.

Assim:Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197º da Cons-

tituição, o CDS-Partido Popular, apresenta à Assembleia da República o seguinte Projecto de lei:

Artigo 1ºÉ aditado um n.º 10, ao artigo 14.º, do Decreto-lei n.º 43/76,

de 20 de Janeiro, que passa a ter a seguinte redacção:“Artigo 14.ºDireitos e regalias dos DFA1 – … 2 – … 3 – … 4 – … 5 – … 6 – … 7 – … 8 – … 9 – …10 – Os DFA são ressarcidos, pelos Ramos de origem das

Força Armadas, das importâncias suportadas com cuidados de saúde, decorrentes de enfermidades não relacionadas com as lesões que determinaram a deficiência, na parte não com-participada pelo subsistema de saúde do qual sejam benefici-ários, quando:

a) Os cuidados de saúde sejam prestados por Estabeleci-mentos do Serviço de Saúde Militar, Estabelecimentos do Ser-viço Nacional de Saúde ou outras entidades quando determi-nado pelo respectivo Serviço de Saúde Militar;

b) Os cuidados de saúde digam respeito a assistência me-dicamentosa.”

Artigo 2ºO direito previsto no número 10, do artigo 14.º, do Decreto-

Lei n.º 43/76, de 20 de Janeiro é também aplicável aos:a) Deficientes Civis das Forças Armadas, abrangidos pelo

Decreto-lei n.º 319/84, de 1 de Outubro, na redacção do De-creto-Lei n.º 267/88, de 1 de Agosto;

b) Grandes Deficientes das Forças Armadas, abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 314/90, de 13 de Outubro, na redacção actual do Decreto-Lei n.º 248/98, de 11 de Agosto;

c) Grandes Deficientes do Serviço Efectivo Normal, abran-gidos pelo Decreto-Lei n.º 250/99, de 11 de Julho;

d) Deficientes em serviço, abrangidos quer pelo Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 498/72, de 9 de Dezembro quer pelo Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de No-vembro.»

Nota Explicativa

SaúdE para todoS oS dEficiENtES militarES

ADFA reForçA conFiAnçA nA reposição De Direitos

António Filipe, do PCP

A DN com Joaquim da Ponte, do PSD

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12 Abril de 2009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

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IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

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43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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BREVESB

Avenida Padre Cruz – Edifício ADFA – 1600-560 LISBOA – Portugal Informações: Alberto Pinto Telef.: 21 751 26 40 / 21 751 26 00 – TM: 91 618 65 40Das 09H00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 (pessoalmente ou através dos telefones)

A ADFACAR dispõe de informações na venda de viaturas, com ou sem isenção, nomeadamente: VW; AUDI; OPEL; SKODA; SEAT; BMW; FORD;CITROEN; MERCEDES; SAAB; HONDA e TOYOTA.

AUDI A31.6 Sport 102 Cav 3 P .............. 20.491,58 29.980,002.0 FSI Sport 200 Cav 3 P .......... 25.679,00 38.280.002.0 TDI Attraction 140 Cav 3 P ... 20.278,83 32.980.002.0 TDI Sport 140 Cav 3 P .......... 22.362.17 35.480.001.9 TDI Ambiente 105 Cav 3 P . 20.501,22 31.703,661.9 TDI Sport 105 Cav 3 P ........ 21.226,42 34.167,50

AUDI A3 SPORTBACK1.6 Sport 102 Cav ........................ 21.082,25 30.780,002.0 FSI Sport 200 Cav ................ 26.231,67 39.080,001.9 TDI Attraction 105 Cav ......... 19.809,75 32.467,501.9 TDI Sport 105 Cav ................ 21.893,08 34.967,502.0 TDI Attraction 140 Cav ......... 20.945,50 33.780,002.0 TDI Sport 140 Cav ................ 23.028,83 36.280,00

2.0 TDI Sport 140 Cav S Trónic . 24.750,50 39.480,002.0 TDI Sport 170 Cav ................ 24.205,50 38.280,00

AUDI A41.8 TSF 120Cav ......................... 24.137,17 35.481,202.0 TDI FPD 143 Cav ................. 24.456,50 38.581,202.0 TDI FPD 143 Cav Mult. ........ 25.287,50 40.981,202.7 TDI Multi. FPD 190 Cav ...... 31.665,83 53.786,20

AUDI A4 AVANT1.8T FSI 160 Cav ........................ 27.455,18 39.690,812.0 TDI FPD 143 Cv .................. 25.524,51 40.407,812.0 TDI FPD 143 Cv Multitronic 26.355,51 43.119,612.7 TDI 190 Cav Multritronic ..... 33.777,68 57.748,41

AUDI A5 GASÓLEO2.0 TDI ....................................... 30.664,83 46.031,202.0 TDI qurttro ............................ 33.398,50 51.571,20

2.7 TDI 190 CAV .........................35.911,67 58.881,202.7 TDI multitronic ..................... 36.734,67 61.011,20

AUDI A6 GASÓLEO2.0 TDIe 136 Cav ........................ 28.623,17 43.581,202.0 TDI multitronic 136 Cv ......... 32.075,38 49.412,252.0 TDI 170 Cv ........................... 32.786,50 49.980,002.0 TDI multitronic ..................... 34.977,17 53.180,002.7 V6 TDI 190 Cv ...................... 36.982,33 69.880,00

2.7 TDI 190 Cv multitronic ........ 39.179,00 64.230,00

AUDI A6 AVANT GASÓLEO2.0 TDIe 136 Cv ......................... 30.643,86 46.006,032.0 TDI 136 Cv multitronic ........ 34.096,08 52.408,292.7 TDI 170 Cv .......................... 34.807,19 52.833,232.0 TDI 170 Cv Multitronic ....... 36.997,86 55.747,632.7 V6 TDI ................................. 39.003,03 63.304,832.7 V6 TDI multitronic................ 41.199,69 67.200,83

MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P

POLO1.2 Confortline 70 Cav 3P .........11.427,08 16.044,941.2 Confortline 70 Cav 5P .........11.899,63 16.616,721.4 Confortline 3P 80 Cv Aut ...... 13.555,98 20.602,651.4 Confortline 80 Cv 5P Aut ..... 14.028,83 21.174,431.4 TDI Confortline 70 Cv 3P ... 14.058,23 20.201,231.4 TDI Confortline 70 Cv 5P .... 14.521,65 20.761,971.9 TDI Sportline 130 Cv 5P .... 19.325,49 3.1238,151.4 Trendline Pack 3P 80 Cav ..... 14.489,70 22.256,261.4 Trendline Pack 5P 80 Cav ..... 14.959,31 22.824,481.4 Confortline 140Cav 3P ......... 15.625,43 23.630,491.9 TDI 105 Cav Confortline 3P 16.407,06 28.994,531.9 TDI 105 Cav Confortline 5P . 16.871,27 29.556,22

GOLF1.4 80 Cv Trendline AC 3P ......... 14.078,63 21.368,151.4 80 Cv Trendline AC 5P ......... 14.417,23 21.777,861.9 Conf. 5P 105 Cv BlueMotion 17.461,89 26.938,701.9 TDI 105 Cv 3P GT Sport ..... 17.743,87 29.917,701.9 TDI 105 Cav Confortline 3P Cx DSG 20.249,82 31.933,501.9 TDI 105 Cav Conf. 5P Cx DSG ....20.719,37 32.501,652.0 Confortline 140 Cav 5P ........ 19.194,24 32.042,91

2.0 TDI GT Sport Cav 3P ............ 19.712,15 32.669,582.0 TDI Conf. 140Cav 3P Cx DSG .....20.119,17 34.035,552.0 TDI Conf. 140Cav 5P Cx DSG ....20.585,88 34.600,26 2.0 GT Sport 170Cav 3P ............. 21.295,16 35.015,63

GOLF PLUS1.4 Confortline 80Cav ................. 17.289,81 25.495,681.9 TDI Confortline 105 Cav Bluemotion .......................... 18.095,73 28.238,051.9 TDI Confortline 105 Cav Cx DSG ............................... 21.593,52 34.448,722.0 TDI Confortline 140 Cav Cx DSG ....................................... 21.290,62 37.905,23

PASSAT1.6 Confortline 105 Cav .............. 22.869,96 35.163,351.9 TDI 105 Cav Confortline ..... 22.063,79 37.555,822.0 TDI 140 Cav Confortline ...... 23.520,21 40.137,562.0 TDI 140 Cav Higline ............ 27.019,93 44.372,222.0 TDI 140 Confortline Cx DSG 25.370,84 42.932,652.0 TDI 140 Cav Higline Cx DSG 28.870,57 47.167,322.0 TDI 170 Cav Sportline .......... 28.710,86 46522.472.0 TDI 170 Cav Sportline Cx DSG ....................................... 30.561,49 49.387,03

PASSAT VARIANT1.9 TDI 105 Cav Confortline ... 23.492,32 39.388,562.0 TDI 140Cav Confortline ....... 24.948,76 41.900,852.0 TDI 140 Cav Higline ............. 28.623.39 46.347,152.0 TDI 140 Cav Confortline Cx DSG 26.799,39 44.834,892.0 TDI 140 Cav Higline ............. 30.474,02 49.281,192.0 TDI 170 Cav Sportline .......... 30.404,31 48.918,932.0 TDI 170 Cav Sportline Cx DSG 32.254,94 51.546,12

JETA1.6 115 Cav Confortline ............ 20.240,58 31.888,631.9 TDI 105 Cav Confortline ...... 18.077.12 32.488,941.9 TDI 105 Cav Cx DSG .......... 19.637,43 34.724.142.0 TDI 140 Cav Confortline ...... 23.856,84 40.440.672.0 TDI 140 Cav Confortline Cx DSG ....................................... 22.684,71 39.404,52

TOURAN 5 LUGARES1.9 TDI 105 Cav Trendline ........ 18.706,45 33.700,912.0 TDI 105 Cav Trendline Cx DSG 20.044,12 35.562,662.0 TDI 140 Cav Highline ........... 22.232,44 38.752,092.0 TDI 140 Cav Highline .......... 23.557,50 40.841,76

TOURAN 7 LUGARES1.9 TDI 105 Cav Trendline ........ 19.229.67 34.334.002.0 TDI 140 Cav Trendline ......... 21.874,56 38.319,051.9 TDI 140 Cav Highline .......... 22.750.75 39.379,242.0 TDI DSG 140 Cav Trendline 23.199,61 40.408,712.0 TDI Confortline 140 Cav ...... 20.344,73 34.941,202.0 TDI Confortline 140 Cav Cx DSG ........................................21.711,96 38.764,86

GOLF VAN1.9 TDI 105 Cav Confortline ..... 16.434,40 26.470,41 2.0 TDI 140 Cav Confortline ..... 19.324,54 30.410,70

GOLF VARIANTE1.4 TSI Cav Confortline ...............18.611,44 26.320,451.9 TDI 105 Cav Confortline BlueMotion .............. 17.904,00 27.673,312.0 TDI 140 Cav Confortline ...... 19.397,19 32.669,622.0 TDI 140 Cav Spotline ........... 20.725,07 34.276,361.9 TDI 105 Cav Conf Cx DSG .... 21.449,07 33.638,692.0 TDI 140 Cav Conf. Cx DSG .......20.819,75 35.973,60

PASSAT1.9 TDI 105 Cav Cx 5v

Confortline .................................. 21.606,44 35.374,282.0 TDI 140 Cav Cx 6v Confortline .................................. 23.089,15 38.276,722.0 TDI 140 Cav Higline ............ 26.471,49 42.369,352.0 TDI 140 Confortline Cx DSG 24.972,31 43.360.122.0 TDI 140 Cav Higline Cx DSG 28.355,92 47.454,292.0 TDI 170 Cav Sportline .......... 28.213,98 45.068,242.0 TDI 170 Cav Sportline Cx DSG 30.098,42 49.119,85

PASSAT VARIANT1.9 TDI 105 Cav Confortline ... 22.734,31 37.181,862.0 TDI 140Cav Cx 5 Confortline .................................. 24.215,75 39.935,142.0 TDI 140 Cav Higline ............. 27.975,74 44.484,732.0 TDI 140 Cav Confortline Cx DSG ....................................... 26.101,46 45.464,492.0 TDI 140 Cav Higline Cx DSG 29.858,91 50.011,012.0 TDI 170 Cav Sportline .......... 29.879,18 48.411,712.0 TDI 170 Cav Sportline Cx DSG ....................................... 31.762.23 51.871,28

JETTA1.4 122 Cv Cx 6 Confortline ..... 19.998,54 26.415,521.9 TDI 105 Cav Confortline ...... 18.170,92 29.545,08

1.9 TDI 105 Cav ConfortlineCx DSG ....................................... 21.940,58 34.233,422.0 TDI 140 Cav Confortline ...... 19.701,56 33.037,912.0 TDI 140 Cav Confortline Cx DSG ....................................... 21.150,97 36.522,002.0 TDI 140 Cav Sportline Cx DSG ....................................... 22.538,18 38.200,522.0 TDI 170 Cv Cx 6v ................ 22.096,50 37.075,61

TOURAN 7 LUGARES1.9 TDI 105 Cav Trendline ........ 18.599,06 32.619,861.9 TDI 140 Cav HighlineCx DSG ....................................... 22.781,80 39.157,172.0 TDI 140 Cav Trendline ......... 21.102,12 39.029,302.0 TDI 140 Cav Highline ........... 24.088,28 40.222,562.0 TDI 140 Cav Trendline Cx DSG .................................... 24.464,27 43.039,422.0 TDI 140 Cav Highline .......... 25.450,44 44.232,692.0 TDI 170 Cv Cx 6v Highline .. 24.857,05 43.071,83

PASSAT CC2.0 TDI 140 Cv Cx 6 .................. 28.741,25 44.670,902.0 TDI 140 Cv Cx 6 .................. 30.810,14 47.176,252.0 TDI 140 Cv Cx DSG ............ 28.014,72 44.895,86

MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P

CORSA1.0 5P Enjoy ................................ 10.244,60 14.060,001.2 Enjoy 10.037,11 .................... 14.880,001.3 5P CDTI Enjoy ...................... 12.533,25 18.180,001.4 3P GTC ...................................11.814,44 18.300,001.3 3P CDTI GTC ....................... 14.268,79 20.280,001.7 3P CDTI ................................ 13.923,74 24.370,001.3 5P CDTI Cosmo .................... 15.012,59 21.180,001.7 5P CDTI Cosmo .................... 14.655,18 25.280,00

1.2 5P Easytronic......................... 10.550,50 15.440,001.4 3P GTC Caixa Automática .... 12.570,47 19.310,001.4 5P Caixa Automática ............. 13.297,41 20.210,00

ASTRA1.4 GTC ....................................... 15.095,76 22.250,001.3 CDTI GTC ............................ 17.000,32 23.660,001.7 CDTI GTC ............................ 15.667,70 26.580,001.9 CDTI GTC ............................ 17.394,49 31.320,001.3 5P CDTI Enjoy ...................... 15.992,05 22.440,00

1.3 5P CDTI Cosmo .................... 17.942,49 24.800,001.7 5P CDTI Cosmo ................... 16.609,85 27.720,001.9 5P CDTI Cosmo .................... 18.080,44 23.150,001.4 5P GTC Easytronic................ 15.630,64 22.870,001.9 CDTI enjoy Active Sel. ......... 15.751,50 20510,001.3 5P CDTI easytronic ............... 18.403,31 25.420,00

ASTRA CARAVAN1.4 caravan Enjoy ........................ 14.550,31 21.590,001.3 CDTI Carv. enjoy ...................16.711,06 23.310,00

1.3 CDTI Carv. Cosmo................ 18.661,48 25.760,001.7 CDTI Carv. Cosmo................ 17.328,86 28.590,001.9 CDTI Carv. Cosmo................ 18.740,83 33.020,001.9 CDTI Carv. Enjoy Active Sel. .................................. 16.470,51 31.390,001.6 Caravan Cosmo Easytronic .................................... 16.519,63 26.400,00

MARIVA1.4 enjoy ...................................... 12.472,29 19.130,00

1.3 CDTI Enjoy ........................... 13.204,97 19.130,001.7 CDTI Cosmo ......................... 14.721,46 25.460,00Zafi ra1.9 CDTI Enjoy ........................... 16.892,57 30.890,001.9 CDTI Cosmo ......................... 20.487,61 35.240,001.9 CDTI Asedition Active Sel. Ed.............................. 23.984,34 35.150,00

VECTRA1.6 Executive 4P .......................... 18.270,00 28.580,00

1.9 CDTI Executive 4P ............... 18.515,48 35.270,00139 CDTI GTS 5P ....................... 21.796,47 36.540,001.9 CDTI GTS Active Select ............................... 22.038,20 37.920,00

VECTRA CARAVAN1.9 CDTI Carv. Executive ........... 19.675,48 34.080,001.9 CDTI Carv. Cosmo................ 23.270,52 38.430,001.9 CDTI carav. Cosmo Active Sel. ................................... 23.801,09 40.260,00

MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P. MODELO P. BASE P.V.P

BrevesCANDIDATURA DA ADFA APROVADAA Comissão Directiva do PO Potencial Humano in-formou que a candidatura da ADFA ao “Programa Ar-quimedes” foi aprovada, tendo agora início a fase de implementação do programa junto da ADFA.

O “Programa Arquimedes” visa introduzir os me-canismos de garantia da qualidade no sistema de pres-tação de serviços sociais na área da defi ciência em Portugal e aplica-se às entidades que, como a ADFA, prestam aquele tipo de serviços.

A certifi cação de qualidade a que a ADFA se candi-datou é um meio para a promoção de mais qualidade de vida para as pessoas com defi ciência, como os as-sociados e defi cientes militares em geral.

Seguem-se acções de consultoria, para diagnósti-co e implementação do plano de desenvolvimento da qualidade.

Com a certifi cação de qualidade a ADFA está capa-citada para prestar os serviços a que se propõe, em con-formidade com os referenciais da qualidade defi nidos, e que os presta efectivamente nesses moldes, eviden-ciando capacidade técnica e de gestão para o efeito.

5.º ANIVERSÁRIO DA AJOVA Associação Jovem Valor, instituição dedicada à

população juvenil com defi ciência, celebrou o seu 5º Aniversário no dia 14 de Março, na Sede da ADFA.

Sob o lema “Venham Mais Cinco”, a comemoração incluiu a apresentação do historial da AJOV e do pla-no de actividades para 2009. Foi também lançada uma medalha alusiva ao aniversário.

Pela tarde houve música, animação e um concurso de dança, depois de um almoço de confraternização.

NOVO DIRECTOR DO HMPO HospitalMilitar Principal tem, desde 16 de Mar-

ço, um novo director, o major general Esmeraldo Silva Alfarroba.

Cessou funções como director do HMP o major general Joaquim Lopes Henriques, que aproveitou a ocasião para, em ofício dirigido à Direcção Nacional da ADFA, “testemunhar o meu sentido apreço pelo tratamento de excepção com que fui distinguido e sa-lientar a excelente cooperação institucional e pessoal que pautou o nosso relacionamento”.

PROJECTO ABRIR PORTASTeve lugar no dia 5 de Março, na Câmara Munici-

pal de Lisboa, uma reunião entre com o Departamento de Acção Social e a ADFA, entidades que gerem em conjunto o Projecto Abrir Portas.

Como o edifício Sede foi considerado de interesse municipal, o Projecto tem como principal objectivo abrir a ADFA à comunidade, no âmbito de um proto-colo celebrado com a edilidade.

Nesta reunião esteve presente o presidente da De-legação de Lisboa, Francisco Janeiro, e a responsável do Serviço de Reabilitação e Projectos, Paula Afonso, sendo aprovadas as conclusões do debate realizado no dia 20 de Setembro de 2008, sobre o Movimento Associativo, que irá ser publicado em brochura co-editada pela CML e a ADFA.

Na reunião fi cou também aprazada a realização de outro debate, a ter lugar ainda durante o primeiro se-mestre deste ano, sobre envelhecimento e vida autó-noma, bem como uma acção de sensibilização junto da Escola Secundária do Lumiar, no principio do ano lectivo 2009/2010.

NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA ANSA Associação Nacional de Sargentos tem novos Ór-

gãos Sociais. A Tomada de Posse teve lugar no dia 8 de Março, depois da eleição, que decorreu no dia 31 de Janeiro, “na eleição mais participada de sempre”, de acordo com a Associação.

A cerimónia decorreu na Messe de Sargentos de Lis-boa e esteve integrada na celebração dos 20 anos da ANS.

Na ocasião, o presidente da Direcção, António Lima Coelho, dirigiu as suas palavras às mulheres presentes, já que o evento se realizou no Dia Interna-cional da Mulher.

VISITA À SEDE NACIONAL DA ADFAA ADFA recebeu na Sede Nacional os técnicos do

Hospital de Hamburgo, Alemanha, especializados em próteses, que vieram para fazer a observação de alguns defi cientes amputados, aproveitando para co-nhecer as instalações da Sede.

A Direcção Nacional delegou no presidente da De-legação de Lisboa, Francisco Janeiro, a recepção e o acompanhamento desta visita.

RV

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Abril de 2009 13

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

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Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

Assembleias Gerais OrdináriasPág 3

Notícias

O Expocentro, em Pombal, é o destino dos associa-dos e amigos da ADFA, no ponto culminante das cele-brações do 35.º Aniversário da Associação, no próximo dia 16 de Maio.

Para as 10h00, está marcada a concentração dos as-sociados, na Expocentro, com saudação de boas vindas distribuição de balões e tarjetas.

Uma hora mais tarde ocorre o lançamento de pára-quedistas e segue-se uma Sessão comemorativa com a projecção do DVD sobre os 35 Anos da ADFA, pelas 11h30.

Às 13h00, após as intervenções oficiais dos dirigen-tes da ADFA e personalidades convidadas, tem início o almoço de confraternização. O Bolo de Aniversário é partido pelas 15h00, passando-se à animação musical com baile. O encerramento do Encontro Nacional tem lugar pelas 17h00.

As senhas de participação podem ser adquiridas junto das delegações e da Sede Nacional e custam 25 euros.

Prevê-se que as celebrações reunirão um grande nú-mero de associados, de acordo com o apelo à mobiliza-ção que tem sido feito pelos Órgãos Sociais Nacionais e pelas delegações.

No dia 14 de Maio realiza-se o Seminário sobre saú-de e envelhecimento, na Sede Nacional, no Auditório Jorge Maurício.

As comemorações decorrem sob o lema “Participa-ção e Cidadania” e incluem a elaboração de um DVD sobre os 35 anos da ADFA e uma Sessão Solene, a 14 de Maio, na Sede Nacional.

A Sessão Solene vai ser presidida pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, que con-firmou a sua presença durante a audiência concedida à ADFA.

O autarca de Pombal disponibilizou gratuitamente as instalações camarárias para a realização do Encon-tro de Aniversário, incluindo os apoios culturais e de animação.

“Vamos transformar o 35º Aniversário da nossa As-sociação numa jornada de afirmação, luta e dignidade”, é o apelo lançado pela Direcção Nacional aos associa-dos.

Falando de Pombal Antes de haver auto-estradas, a Estrada Nacional 1

era a principal via de circulação rodoviária entre o Nor-te e o Sul de Portugal. A meio caminho entre o Porto e Lisboa passava-se ao lado da vila de Pombal, hoje cidade. Lá no alto via-se o castelo e o casario espraia-va-se quase até à estrada. Confesso que nunca me dei ao cuidado de passar por dentro da localidade, por onde antigamente passava a estrada real, nem muito menos me dispus a visitar o castelo, mas havia um ponto de paragem obrigatória: o pequeno restaurante que fica-va na curva à saída da ponte para quem ia de Lisboa. Estava sempre cheio, mas o serviço era rápido, quer para quem se limitasse a comer uns salgadinhos ou uns panados ao balcão ou se sentasse a saborear um arroz malandrinho ou um pratinho de feijão-frade acompa-nhados com os ditos salgadinhos. Este restaurante mu-dou-se depois umas centenas de metros para norte em instalações amplas e modernas, mas já não tinha aquela tipicidade de se estar a comer ao balcão, em segunda ou terceira fila, e, no final, dizer ao empregado o que se tinha comido e ele, de imediato, disparar o preço sem recurso a calculadora.

A pressa de se chegar ao destino depois de longas horas de filas de trânsito só dava folga para esta para-gem e assim se passaram os anos sem tempo para uma

visita à vila histórica de Pom-bal, hoje uma cidade em franco progresso.

Foi esta cidade que a ADFA escolheu para comemorar o seu 35.º aniversário com uma grande concentração nacional no seu parque de exposições, gentilmente cedido pela sua Autarquia. Vai ser uma opor-tunidade para muitos como eu pagarem essa dívida antiga de uma visita à zona histórica da cidade que não morreu com o seu Marquês; antes pelo con-trário, soube ultrapassar vários períodos bem difíceis aprovei-tando as oportunidades que fo-ram surgindo.

Para aqueles que no próxi-mo dia 16 de Maio de todo em todo não puderem pagar a tal dívida aqui ficam uns peque-nos apontamentos do que foi e é Pombal.

Um PoUco de históriaHá notícia de a zona de

Pombal ser habitada desde o neolítico. Os romanos também habitaram a região, não sendo, no entanto, conhecido nenhum núcleo populacional na zona que ateste a sua permanência, à excepção de um conjunto de moedas encontradas nas obras de restauro do castelo. No século XII os Templários te-rão encontrado uma povoação no lugar de Chões, hoje desaparecida. Pombal terá nascido à sombra do seu castelo, que foi mandado construir por Gualdim Pais, primeiro Grão-Mestre da Ordem dos Templários, por volta de 1147. Esta fortaleza, juntamente com os caste-los de Montemor, Soure, Redinha, Penela, Germanelo e Miranda do Corvo formavam uma barreira defensi-va de Coimbra contra os ataques dos mouros. Gualdim Pais concedeu o primeiro foral a Pombal em 1174. A importância da sua centralidade passou a evidenciar-se e por lá passava a estrada real que ligava o Norte e o Sul do País.

D. Manuel I, ciente da importância da povoação, mandou, em 1509, reconstruir o castelo e concedeu a Pombal foral novo datado de um de Junho de 1512.

O Marquês de Pombal ali viveu os seus últimos anos de vida, de 1777 a 1782, depois de ter caído em des-graça na Corte. Apesar de velho e doente, ainda teve energia de empreender obras de ordenamento da parte baixa da vila.

As tropas de Massena quando passaram por Pombal, em 1811, deixaram atrás de si um rasto de destruição, saqueando e incendiando a vila. Desde então, Pombal viveu um período de decadência com a perda de impor-tância da estrada real face ao incremento do transporte marítimo ao longo da costa.

Esta situação de isolamento foi quebrada com a construção da via férrea, em 1855. Desde então Pom-bal tem conhecido um permanente surto de progresso, acelerado nas últimas décadas, com a passagem, à sua volta, de grandes vias de comunicação como sejam a auto-estrada 1, o IC 8 e a auto-estrada 17. Junto à velha Nacional 1 e junto a estas novas vias foram surgindo

parques industriais e a cidade alargou-se, embelezou-se com novas arquitecturas e espaços de lazer e tornou atractiva a sua zona histórica.

a terra e as gentesO território do concelho de Pombal estende-se da

Serra de Sicó até ao mar, numa área de quase 630 km2, e está repartido por 17 freguesias, que acolhem cerca de 60.000 habitantes.

Beneficiando de uma centralidade invejável e de grandes estruturas rodoviárias e ferroviárias, o conce-lho de Pombal passou rapidamente de uma economia baseada na agricultura para um desenvolvimento em-presarial e industrial que também tem trazido progres-so aos aglomerados rurais, transformando a actividade agrícola numa economia de complementaridade. A Câ-mara Municipal tem sabido tirar proveito desta situa-ção, estimulando o investimento e a fixação de empre-sas e indústrias, não descurando as outras vertentes que concorrem para o desenvolvimento económico e social sustentado, como sejam a criação de equipamentos cul-turais, sociais, educacionais, ambientais e desportivos.

a exPocentroO Centro Municipal de Exposições de Pombal – Ex-

pocentro foi inaugurado em Julho de 2004. Ocupa uma área coberta de 8.000 m2 e está dotado de uma série de modernas infra-estruturas que permitem a realização dos mais diversos eventos.

È neste local que vai ter lugar a grande concentração nacional da ADFA no próximo dia 16 de Maio. É fácil lá chegar. Vindo pela A1 ou pela A17 deve-se entrar no IC8 na direcção de Pombal e, a uns 5 km desta cidade surge, do lado direito, a Expocentro (ver mapa).

RV/JD

Vamos todos a Pombal!

in http://www.cm-pombal.pt/expocentro/local.php

Expo-Centro

Pombal

notícias N

Page 14: Associação dos Deficientes das Forças Armadas Director ... · Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais Órgãos Nacionais, o Ministério das Finanças assume a aplicação correcta

14 Abril de 2009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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NotíciasN

Notícias

O Mosteiro da Batalha e o Túmulo do Soldado Desconhecido vão ser uma vez mais o palco das comemorações do 91º Aniversário da Batalha de La Lys e da 73ª Romagem ao Túmulo do Soldado Desco-nhecido, no próximo dia 18 de Abril.

A concentração tem lugar pelas 10h00 e a ADFA vai estar representada, como já tem sido hábito noutros anos, numa cerimónia que inclui a prestação de honras militares e desfile de forças

em parada junto ao Mosteiro. Segue-se uma missa pelos comba-

tentes falecidos e uma visita ao Museu das Oferendas.

Na Sala do Capítulo presta-se home-nagem, com honras militares, com de-posição de coroas de flores, no Túmulo do Soldado Desconhecido.

O encontro culmina num almoço de confraternização no Regimento de Arti-lharia de Leiria (RAL 4). RV

ADFA no DiA Do CombAtente

Reunião Com iSSO presidente do Instituto da Seguran-

ça Social, Edmundo Martinho, recebeu o presidente da Direcção Nacional, José Arruda, que solicitou o apoio do ISS para a implementação da Rede Social Nacional junto de todas as Delegações da ADFA, de acordo com os objectivos do Plano de Actividades da ADFA para 2009 e no seguimento das conclusões provisórias do Projecto “ADFA - Rede

Solidária”. A ADFA obteve do presiden-te do ISS toda a disponibilidade para apoiar a Associação, nomeadamente, através da criação, na Sede Nacional, de uma equipa multidisciplinar com ca-pacidade de coordenação num projecto desta natureza. Ficou também em aberto a possibilidade do ISS apoiar a ADFA na aquisição de uma viatura adaptada para transporte de grandes deficientes.

O Núcleo de Sintra da Associação dos Deficientes das Forças Armadas está a comemorar o 6.º aniversário da sua criação com um programa variado que vai de 30 de Março a 3 de Abril, contando para o efeito com os apoios da Câmara Municipal de Sintra e da Delegação de Lisboa daquela Associa-ção.

O primeiro acto das comemorações consistiu numa sessão solene, na tarde de 30 de Março, na sede do Núcleo, em Massamá, a que presidiu o presidente da edilidade sintrense, Doutor Fernan-do Seara. Esta cerimónia contou com a presença dos presidentes e represen-tantes de várias Juntas de Freguesia do Concelho, de responsáveis por vários Serviços da Câmara, representantes de organizações de e para deficientes, dos presidente e 2.º vice-presidente da Direcção Nacional da ADFA, do presi-dente da Delegação de Lisboa e de mui-tos associados e familiares.

O presidente da Direcção do Núcleo, António Fernandes, deu as boas vindas aos convidados e prestou homenagem aos impulsionadores da criação desta estrutura local da ADFA que também se encontra aberta à população de Massamá.

O presidente Fernando Seara teve palavras de muito apreço e carinho

pelo trabalho que está a ser desenvol-vido por este Núcleo em prol dos de-ficientes militares e da população do Concelho e elogiou os dirigentes locais e nacionais da ADFA, porque, desde a hora em que ficaram deficientes não se deixaram levar pelo “pessimismo da inteligência”, antes pelo contrário, têm conseguido ultrapassar as suas limitações físicas e psicológicas pela “persistência da vontade”, lema com que também têm lutado desde 1974 pela conquista e preservação dos di-reitos daqueles que se deficientaram ao serviço de Portugal.

Depois desta cerimónia foi inau-gurada uma exposição de pintura em que figuram obras de Angelina Lemos, responsável pela Escola de Pintura do Núcleo, de Nelson Mendes, deficiente tetraplégico, e de Vítor Marques, bi-amputado dos membros superiores que pinta com a boca.

A tarde culminou com um concerto pela Banda da Sociedade Filarmónica Nossa Senhora do Monte Abraão no “Jardim do Éden”, contíguo à sede do Núcleo.

As comemorações prosseguem no dia um de Abril com um colóquio so-bre “Deficiências e suas Implicações no Meio Familiar”, encerrando no dia 3 com uma noite de poesia e fados.

núCleo De SintRA em FeStA

PAíS SoliDáRioA ADFA aderiu à iniciativa promovi-

da pela Fundação Calouste Gulbenkian, “País Solidário”, lançada publicamente, em 31 de Março, no Museu da Electri-cidade.

“Atendendo às novas situações de risco de pobreza, ocorridas nos últimos meses em Portugal, motivadas pela cri-se financeira, um grupo de instituições juntou-se para a criação de uma cam-panha de solidariedade que terá como título País Solidário.

Destinada às famílias mais atingidas pela crise e que não beneficiem de qual-quer sistema específico de protecção social, a campanha incidirá, nesta fase inicial, nas quatro áreas identificadas como de maior precariedade – Grande Porto, Vales do Ave e do Tâmega, e Pe-nínsula de Setúbal. Esta campanha terá como objectivo o reforço da capacidade

de intervenção de instituições de solida-riedade social que actuam neste domínio – Cáritas, Cruz Vermelha e Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome.

A apresentação da campanha será feita amanhã 31 de Março, às 17h30, no Museu de Electricidade, por Emílio Rui Vilar, presidente da Fundação Ca-louste Gulbenkian e Francisco Sánchez, presidente da Fundação EDP, perante personalidades da sociedade civil que participam na iniciativa, bem como os representantes de todas as entidades promotoras nesta fase inicial – Funda-ções Calouste Gulbenkian, EDP, Mille-nium BCP e Caixa Geral de Depósitos, BPI, RTP e SIC. Estarão presentes tam-bém as três instituições de solidariedade social referidas.”

(Fonte: Fundação Calouste Gul-benkian)

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Abril de 2009 15

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

Assembleias Gerais OrdináriasPág 3

Notícias N

A Direcção Nacional da ADFA em referência aos di-reitos tirados aos deficientes das Forças Armadas, tem efectuado um trabalho positivo, mas que para ajudar a solucionar estas medidas de vez, podia e devia ter ou-tros conselhos porque concerteza haverá talvez outras formas para chegar mais rápido á reposição dos nossos direitos. Não se compreende que a nossa Associação não seja recebida pelo Sr. Primeiro-ministro!

Face á crise que o país vive, situação criada pelos políticos que temos, surgiu o célebre memorando no ano de 2005, que quis com isso, penhorar os direitos dos deficientes militares que com mais contestação de um lado ou de outro, alguém na ADFA disse estar de acordo com os cortes efectuados, como que a dizer que a luta que fez aprovar o Dec. Lei 43/76 de 20 de Janei-ro, hoje não vale nada! Com isto, quem é penalizado somos todos nós, que sofremos na carne e na mente os horrores da guerra.

Acontece que fruto da mesma crise, que até nos dis-seram que passava ao lado dos portugueses, a Direcção Nacional soube através de um documento bem ela-borado, fazer ver aos nossos governantes que afinal e apesar da crise, os deficientes das Forças Armadas não podem ser mais penalizados em virtude de tudo que foi preciso, demos á pátria, que jurámos defender até á última gota de sangue. Com sangue, suor e lágrimas, sofremos por Portugal!

Compreendo e entendo a crise, mas agora, para aca-bar com ela, não pode o Governo estragar mais a vida a quem tem a vida estragada desde tenra idade e a quem

ajudou e ajuda Portugal e quer continuar para que sem-pre mas sempre seja um país livre e democrático, em que os direitos e as liberdades de todas as pessoas se-jam sempre uma realidade. É assim que tem que ser.

Estamos em Abril igual aquele que nos trouxe a li-berdade há 35 anos mas também podia ser Dezembro, Natal, por exemplo, de 1970, altura em que a guerra colonial estava a matar e a destruir a juventude portu-guesa, Natal- Natal, Natal é família e lá de longe, do outro lado do mar, no meio da selva africana, os sol-dados de Portugal enviavam á família as suas mensa-gens de Natal. Quem não se lembra? « daqui fala o soldado Américo Amorim, desejo para os meus pais, irmãos, primos, primas, namorada, noiva ou mulher e filhos, amigos, um santo e feliz Natal e um próspero Ano novo. Adeus até ao meu regresso» Isto não foi a brincar, porque a guerra era a sério, doía, destruía e matava.

Volvidos todos estes anos, os militares deficientes nunca foram indemnizados para que pudessem re-estruturar a sua vida. Rotulados de “coitadinhos”, de “aleijadinhos” ou de “maluquinhos” da guerra, foram mandados para casa, sem recuperação, sem que nunca o Estado se preocupasse em indemnizar estes cidadãos que juraram dar a vida pela pátria, conforme esta o exi-gia no período da guerra colonial e ainda hoje assim é, o que não acontece com outra classe de portugueses. Por-que é que o Governo nos tenta pôr de lado, tirando-nos os direitos, quando tudo demos á pátria? Será que estes sabem o que é o conceito de pátria? Portugal deve pôr

os olhos no que se faz nos Estados Unidos da América, França e outros países até mais carenciados do que Por-tugal, mas dando outros exemplos, basta olharmos para Inglaterra, que decidiu aumentar as indemnizações dos soldados britânicos e feridos em combate que iam até 285 mil libras [359 mil euros], agora actualizados para 570 mil libras [693 mil euros], como reconhecimento pelos feitos ao serviço da Pátria.

O aumento das indemnizações era uma antiga rei-vindicação dos deficientes, veteranos de guerra e de muitas famílias de soldados britânicos e surge numa altura em que o Reino Unido tem 4000 homens em ar-mas no Iraque e cerca de 8000 no Afeganistão, destes, cerca de 10% das tropas ficaram deficientes ou mor-reram. Segundo o Ministério da Defesa Britânico, os pagamentos de indemnizações aos soldados britânicos permanentemente incapacitados têm direito a um ren-dimento/pensão vitalício.

Nos trinta e cinco anos de Abril e Associação dos Deficientes das Forças Armadas, assistimos aos corte já nos fracos direitos daqueles a que a Nação se devia curvar, honrar e homenagear pelo brilho e dedicação, com que entregaram as suas vidas á pátria!

Sr. Primeiro-ministro e responsáveis por Portugal, os deficientes das Forças Armadas são pedras vivas em acção, que precisam de ser ouvidos, entendidos e ressarcidos em tudo pela sua dádiva e entrega total ao serviço da Nação - Portugal.

Que os valores de Abril prevaleçam!João GoNçalves

Pensões/IndemnIzações

O opiNião

A ADFA vai comemorar a Revolução de 25 do Abril com iniciativas conjuntas entre a os Órgãos Sociais Nacionais e a De-legação de Lisboa, nos dias 23 e 24 de Abril. A iniciativa inclui as delegações que queiram participar na Sede Nacional.

As comemorações são abertas aos associados e convidados, sendo esperada ampla participação pela DN, e havendo já a indi-cação de que os Órgãos Sociais de algumas Delegações estarão presentes.

No dia 23 de Abril, quinta-feira, tem lugar uma conferência com o deputado socialista e capitão de Abril Marques Júnior, no auditório Jorge Maurício, na Sede Nacional. A história da Revo-lução dos Cravos entrelaça-se com a da criação da ADFA e com as reivindicações dos deficientes militares e dos antigos comba-tentes em geral, após a queda do regime do Estado Novo.

No dia 24 de Abril, sexta-feira, pelas 20h00, a comemoração prossegue com um jantar de confraternização, no restaurante da Sede. O preço é de 12,50 euros, com inscrições pelo telefone 217 512 600 (Conceição Valente).

“Este dia que constituiu uma viragem na nossa vida cívica, todos nós, deficientes militares, o devemos assinalar com rego-zijo e participação activa numa Sociedade que se quer mais justa e mais fraterna”, lembram a Direcção Nacional e a Direcção da Delegação de Lisboa.

A ADFA deixa o apelo à participação na comemoração da Revolução de Abril e “do fim de uma Guerra que nos marcou a todos”.

RV

Notícias

marques JúnIor vem à adFa

adFa comemora o 25 de abrIlTu és um grito poema saltando duma garganta,garganta escrava que foi garganta liberta que é! Tu foste o motivo que causou. Tu foste a causa que motivoua libertação que eu poemasinto e sou! Tu companheiro foste o mal necessáriosem o qual não teriam despertado os capitães d'Abril! Sem ti Companheiro mutilado muitos... mas muito soldados seriam sacrificados nestes dois anos d'Abril! Eu sou um poema inteironão mutilado porque sou feito de ti do sinistrado da viúva, do órfão e trabalhadorexplorado!

-Tu és um símbolo: não de fascista, nem de exp!orador!

Tu tens toda a raiva qu'eu tenho de ofendido, oprimido, colonizado!

Eu sou um poema sentido porque sou feito de ti! Tu foste peça d'armamento e como instrumento matámos!

camarada deFIcIentedeFIcIente comPanheIro

(é preciso que o poema que somos grite: MATÁMOS)

Mas quando matámos e vimos correr o sangue vermelho dum povo negro: Acordámos! (é preciso que o poema que somos grite: ACORDÁ-MOS)

E quando acordámos: Não vimos só que as gaivotas eram livres! – Renascemos!

E ao renascer despertámos muitas gentessurdas e endurecidas! – Tu, camarada,

deste-me a mim, poema, a cor do sangue que rasgou a alma dum soldado! – E eu, poema,

feito de ti, sinto que se não foras tu... se não tivesse em mim as tuas carnes decepadas:

Abrilteria sido só Abrilcom trinta escravas madrugadas!

António CalvinhoIn “Trinta Facadas de Raiva”

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16 Abril de 2009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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RelatóRio de actividades 2008R

1. NacioNal1.1. Vida AssociativaO ano de 2008 caracterizou-se por uma intensa vida associativa que de norte a sul do país, incluindo as Re-

giões Autónomas, mobilizou os associados com o objectivo de se conseguir a reposição dos direitos retirados e, muito especialmente, os relativos à assistência médica e medicamentosa.

Assinalamos aqui as inúmeras reuniões realizadas, na sede, delegações, e núcleos nas quais os associados se manifestaram no sentido de participarem activamente na definição da estratégia dos órgãos nacionais e regionais conducentes à manifestação pública da indignação dos deficientes militares perante a retirada de direitos tão duramente conquistados, nos quase 35 anos de vida da ADFA.

As Assembleias Gerais de Delegação realizadas, no mês de Fevereiro de 2008, foram um momento importan-te de participação associativa a nível local, não só para aprovarem os relatórios de actividades e contas das suas delegações, mas também se constituíram em plataformas associativas de coesão e unidade da ADFA, na defesa das reparações morais e materiais, que nos são devidas pelo facto de termos servido Portugal em situações de risco e de perigosidade agravada, como foi o caso da Guerra Colonial. Podemos, assim, afirmar que o ano de 2008 mobilizou fortemente os associados para afinal gritar bem alto a defesa da dignidade, da inclusão social, em suma o reconhecimento dos direitos humanos.

A Assembleia Geral Nacional Ordinária, realizada na FIL de Lisboa, em 19 de Abril, que reuniu mais de 700 associados de todo o país, que para além dos preceitos estatutários da aprovação de contas e dos vários re-latórios anuais, teve como grande motivação a perda dos direitos considerados intocáveis. Após a aprovação do relatório de actividades e contas de 2008 consideramos importante realçar o parecer do Conselho Fiscal Nacional – CFN, que louvou o papel da Direcção Nacional e das Direcções das Delegações pelo trabalho desenvolvido desde o inicio do actual mandato, fazendo notar que este louvor não foi só pela acção de gestão e contenção de gastos, mas também pelo grande esforço de fortalecimento de coesão, de unidade da ADFA e pelo trabalho incansável dos actuais órgãos sociais nacionais.

No ponto relativo às reivindicações legislativas a DN propôs à Assembleia que nesse mesmo dia ocorresse uma manifestação simbólica, junto da Assembleia da República, destinada a manifestar publicamente a indigna-ção dos deficientes das Forças Armadas, o que não o veio a ser aprovado pelo facto da esmagadora maioria dos associados presentes pretenderem que a manifestação pública de indignação não fosse apenas simbólica, mas que fosse revestida de um carácter de manifestação pública, com divulgação nacional e elevada participação dos deficientes militares e famílias. Foi, assim, aprovado pela Assembleia Geral Nacional - AGN pela esmagadora maioria, a realização de uma manifestação no 34º Aniversário da ADFA.

A manifestação pública dos deficientes militares que, no dia 14 de Maio de 2008, desfilou entre o Jardim da Estrela – Hospital Militar Principal e a Assembleia da República constituiu, de facto, o momento alto da afirmação cívica da ADFA na defesa dos direitos dos deficientes militares e na linha de afirmação e participação dos deficientes das Forças Armadas que, desde de 14 de Maio de 1974, assumiram ser actores do seu processo de reabilitação e inclusão social, com reflexos positivos em todo o movimento associativo e na forma como a sociedade portuguesa começou a encarar as pessoas com deficiência.

Os mais de 2.000 participantes na manifestação de 2008 contaram com a solidariedade activa de organizações de deficiente, ex-combatentes e de associações profissionais militares entregaram, na Assembleia da República, uma Moção “Porque estamos aqui hoje?” fizeram-no na convicção de que estavam a exercer os seus direitos cívicos e de plena cidadania, chamando à atenção do poder designadamente:

1. “Os deficientes das Forças Armadas, reunidos em frente da Assembleia da República, manifestam o seu descontentamento e indignação, porque tendo suportado, desde a sua juventude, um “pesado fardo”, nas palavras do Ex-Presidente da República Dr. Jorge Sampaio, ao atingirem o último ciclo das suas vidas, vêem-se confrontados com a retirada de um conjunto de direitos já consagrados na nossa legislação, que vem agravar as suas deficiências e contribuir para a desagregação das suas condições sociais e familia-res.

2. Não entendem como este Governo pode ser insensível aos graves problemas sociais e humanos, vividos por aqueles que foram generosos até ao sangue e hoje reclamam, tão só, serem tratados com dignidade.

3. Exigem o reconhecimento, inequívoco, da situação específica de deficientes militares, obrigados ao cum-primento do serviço militar, em situações de risco e perigosidade agravada, como foi a situação de guerra em que serviram, por imposição.

4. Reivindicam a reposição da assistência médica e medicamentosa gratuitas das lesões e doenças para além da deficiência, tal como estava em vigor, antes de nos serem retiradas por este Governo.

5. Não querem ser abandonados, no interior do país e regiões autónomas, longe dos hospitais Militares de Lisboa, Coimbra e Porto, sem acesso a assistência médica e medicamentosa gratuita no tratamento dos ferimentos e diminuições físicas que resultaram de acções de combate no cumprimento obrigatório do serviço militar imposto pela Nação.

6. Não aceitam que o Governo pretenda catalogar o seu corpo em “lotes”, uns que foram feridos por acções de guerra, com tratamento gratuito e, outros que não foram, com tratamento a pagar, sem perceberem as consequências dramáticas que as lesões do combate provocam no equilíbrio físico, psíquico e emocional para toda a vida. Só uma visão cega destes problemas pode explicar este modo de agir.

7. Não toleram que os grandes deficientes militares, sem retaguarda familiar, não tenham garantidas condi-ções de recolhimento em estabelecimentos assistenciais do Estado, como decorre da lei.

8. Reclamam celeridade na análise e na decisão dos processos de atribuição da condição de deficiente das Forças Armadas, com realce para os afectados pelo “stress de guerra” e nos processos de revisão do grau de incapacidade por agravamento da doença.

9. Não compreendem que os deficientes militares oriundos de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, que se deficientaram ao serviço das Forças Armadas Portuguesas, na guerra colonial, estejam abandonados ao esquecimento por parte do Estado Português.

10. Exigem a reposição dos direitos reconhecidos pelos sucessivos Governos Constitucionais, como justas re-parações morais e materiais devidas aos deficientes militares e que constituem um património de valores cívicos, que não podem ser postos em causa por razões sócio-políticas conjunturais.

11. Finalmente, consideram, também, que numa sociedade democrática as lições da história não podem ser esquecidas e, por isso, não aceitam que venham a sofrer o mesmo tratamento dado aos inválidos da 1.ª Grande Guerra e aos combatentes das campanhas ultramarinas, que a partir de 1937, viram a sua situ-ação regredir até ao estado de indigência.”

A dinâmica da Assembleia Geral Nacional, de 19 de Abril, e o profundo impacto e significado da mani-festação de 14 de Maio marcaram a vida associativa nos eventos realizados durante o ano de 2008 nas várias delegações, com realce para a comemoração dos aniversários e festas de Natal das delegações de Bragança, Vila Nova de Famalicão, Porto, Viseu, Coimbra, Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Évora, Faro, Madeira e Açores e que se transformam sempre em momentos significativos de coesão associativa com as famílias, já com segunda e terceira gerações.

Dentro da dinâmica associativa há a destacar o encontro das “Mulheres/Associadas”, que ocorreu no âmbito do Dia Internacional das Mulheres, na Delegação do Porto

As reuniões dos Conselhos Nacionais da ADFA que aprovaram a execução orçamental de 2007 e o Plano de Actividades e Orçamento para 2009 reforçaram o querer da ADFA no prosseguimento da linha estratégica definida pelos associados e votaram e reforçaram os projectos em que a ADFA se encontra envolvida mantendo sempre o espírito de coesão e unidade associativa.

Participação dos Conselhos Consultivos – A Direcção Nacional manteve contactos, de acordo com as dis-ponibilidades associativas, com os Conselhos Consultivos Económico, Jurisdicional e de Reabilitação e com o Grupo de Estudos Consultivos, com os quais realizou reuniões de informação e recolha de ideias e contributos, nomeadamente, para a definição da política estratégica reivindicativa da ADFA, funcionamento administrativo e a realização de vários eventos. O contributo destes associados insere-se na política da Direcção Nacional, que para além da consulta dos Órgãos Nacionais e das Delegações, visa a descentralização na tomada de decisões, po-tenciando as mais-valias de muitos associados que pela sua disponibilidade e experiência associativa, formação académica e carácter solidário podem e devem inserir-se no esforço da coesão e unidade associativas.

1.2 ReiviNdicaçõesEm 2008, a Direcção Nacional de acordo com as orientações emanadas da Assembleia Geral Nacional, Con-

selho Nacional e contacto permanente com os Presidentes das Direcções de Delegações desenvolveu um proces-so reivindicativo que passou nomeadamente pelas seguintes áreas:

– Reposição do cálculo do abono e da prestação suplementar de invalidez de acordo com a remune-ração mínima mensal garantida. O abono e a prestação suplementar de invalidez são calculados com base na percentagem de incapacidade atribuída ao deficiente militar pelo valor da retribuição mínima mensal garantida (RMMG – Ordenado mínimo mensal), sendo os mesmos automaticamente actualizados sempre que se verificar alteração à RMMG (Cfr. n.ºs 2 e 3, do art.º 12.º, do DL 43/76, art.ºs 2.º e 3.º, do DL 314/90 e art.ºs 2.º e 3.º, do DL 250/99).

Tendo em conta que a Lei nº 53-B/2006, de 29 de Dezembro, institui o indexante dos apoios sociais - IAS e procedeu à substituição da retribuição mínima mensal garantida por este indexante, a Caixa Geral de Aposen-tações - CGA passou a aplicar, indevidamente, este referencial ao cálculo do abono e prestação suplementar de invalidez que os deficientes militares recebem.

A ADFA considera que a aplicação do IAS, no cálculo dos abonos e prestação suplementar das pensões dos deficientes das Forças Armadas, constitui a primeira violação grosseira do Decreto-lei nº 43/76, de 20 de Janeiro.

– Assistência e Medicamentosa - Antes de 2006, todos os deficientes militares usufruíam do direito à com-participação a 100%, por parte dos Ramos, em toda a assistência medicamentosa quer nos Hospitais Militares, quer fora deles, independentemente do seu local de residência. Após 2006, passaram a ter a comparticipação a 100%, por parte dos Ramos, apenas no âmbito da deficiência, o que os obriga a deslocações aos Hospitais Mili-tares de Lisboa, Coimbra e Porto, para que possam usufruir deste direito.

Este novo regime traduz-se numa perda, substancial e inequívoca, de direitos, não só porque perderam a assistência global a 100%, mas também pelo acréscimo de encargos decorrentes das deslocações aos Hospitais Militares.

O Orçamento de Estado - OE para 2009, dando resposta às reivindicações da ADFA alterou o nº 1, do artigo 12.º do CIRS que consagra que “O IRS não incide, salvo quanto às prestações previstas no regime jurídico dos acidentes em serviço e das doenças profissionais estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de Novembro, na sua redacção actual, sobre as indemnizações devidas em consequência de lesão corporal, doença ou morte, pagas ou atribuídas, nelas se incluindo as pensões e indemnizações auferidas em resultado do cumprimento do serviço militar:

a) Pelo Estado, regiões autónomas ou autarquias locais, bem como qualquer dos seus serviços, estabeleci-mentos ou organismos, ainda que personalizados, incluindo os institutos públicos e os fundos públicos; ou

b) Ao abrigo de contrato de seguro, decisão judicial ou acordo homologado judicialmente.” Neste sentido, as pensões e indemnizações dos Deficientes militares passaram a ter carácter indemnizatório e por isso não sujeitas a IRS.

A ADFA tem, desde sempre, defendido que os associados de origem africana, que residem nos PALOP e que, por razões várias, se deslocam a Portugal para reivindicar as reparações morais e materiais a que têm direito e cujos processos se arrastam indefinidamente pelas repartições militares, sejam tratados com dignidade no qua-dro dos direitos humanos de que são credores por parte do Estado Português.

No âmbito da assistência médica e medicamentosa é preciso regulamentar a efectivação desse direito por parte dos deficientes militares residentes no estrangeiro, nomeadamente, os dos PALOP.

Continua-se a lutar pela revogação do n.º 3, do art.º 2.º, do Decreto-lei nº 319/84 (“milícias”), possibilitando, assim, a qualificação dos casos previstos no art.º 1.º do mesmo diploma ser requerida a todo o tempo ou, se assim se não entender, no mínimo, a abertura de prazo, nunca inferior a 1 ano.

A ADFA tem pugnado para que seja aprovada, de imediato, legislação de modo a evitar que os processos para qualificação como deficiente militar, se arrastem por anos e anos nas várias repartições do Ministério da Defesa Nacional, evitando, deste modo, a solução biológica que quotidianamente se verifica pelo abandono a que os deficientes militares ainda são votados.

2. Relações da adFa com os óRgãos de sobeRaNiaOs inúmeros contractos desencadeados pela ADFA, junto dos vários Órgãos de Soberania, desenvolveram-

se tendo como base fundamental o processo reivindicativo de reposição dos direitos dos deficientes militares, nomeadamente da retoma da assistência médica e medicamentosa para todos, nos termos em que se encontrava até 23 de Setembro de 2005, e que foi alterada pelo Decreto-Lei nº 167/2005. A não aplicação aos deficientes das Forças Armadas do IAS, que ilegalmente passou a ser aplicado a partir de 1 de Janeiro de 2008, e a isenção de IRS das pensões dos deficientes militares.

2.1 Presidência da RepúblicaNa sequência da audiência que o Senhor Presidente da República concedeu à ADFA, em 20 de Novembro de

2007, e na qual aceitou visitar oportunamente a ADFA, a Direcção Nacional manteve contactos permanentes com o Chefe da Casa Militar, General Carvalho dos Reis, tendo como objectivos, por um lado manter a presidência informada sobre o processo reivindicativo da instituição e, por outro, o agendamento da visita à ADFA de Sua Excelência o Presidente da República, que se veio a verificar, a 19 de Dezembro de 2008.

A visita do Senhor Presidente da República à ADFA foi, sem dúvida, um marco histórico na vida desta Asso-ciação, bem patente no discurso oficial que proferiu no Auditório Jorge Maurício e que afirmou inequivocamente a solidariedade activa do Comandante Supremo das Forças Armadas pela qualidade de vida dos deficientes militares.

As largas centenas de associados que assistiram a esta visita oficial à nossa Associação tiveram a oportuni-dade de ouvir o Presidente da República a afirmar que “A Associação acabou de completar um percurso de 34 anos, um percurso assinalável, como pioneira de algumas das mais importantes iniciativas realizadas em Por-tugal no campo do apoio ao cidadão com deficiência. Da sua meritória acção resultou um importante combate

RelatóRio de actividades da diRecção nacionaliNtRoduçãoDe acordo com o estipulado no artigo 41º, alínea d) dos Estatutos, a Direcção Nacional – DN apresenta o seu relatório de actividades e contas da ADFA referentes

ao Ano de 2008.

a veRsão iNtegRal do RelatóRio de actividades e coNtas de 2008 estaRá à disposição dos associados, Na sede NacioNal, delegações e Na págiNa da adFa, Nos dez dias que aNtecedem a sessão da assembleia geRal NacioNal, de acoRdo com o aRtigo 27º, poNto 2) dos estatutos.

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“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

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assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

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Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

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RelatóRio de actividades 2008 R

à exclusão social, traduzido num empenhado e desinteressado apoio à reabilitação dos Deficientes das Forças Armadas e à sua integração plena na sociedade. Entendo, como Presidente da República, ter chegado o momento de, em nome dos Portugueses, distinguir os relevantes serviços prestados pela Associação dos Deficientes das Forças Armadas, traduzidos na permanente defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação do ser humano, da justiça social e da promoção da liberdade, concedendo-lhe o título de Membro Honorário da Ordem da Liberdade.”

A condecoração da ADFA com a Ordem da Liberdade constituiu uma honra e um desafio, para que todos nós continuemos a participar na defesa dos direitos à dignidade, à saúde, ao bem-estar, enfim à plena cidadania e à construção de um mundo mais solidário e de paz.

2.2 Assembleia da RepúblicaEm várias ocasiões, o Senhor Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama, recebeu a Direcção

Nacional da ADFA, no espírito de cordialidade e profunda solidariedade pelas questões dos deficientes militares e na linha da afirmação por ele proferida na ADFA, na sessão solene do 33º Aniversário, de que o processo de rea-bilitação e inclusão dos deficientes militares deve ser encarado pelo Governo da República como a “a prioridade das prioridades e a excepção das excepções”.

A acção empenhada do Senhor Presidente da Assembleia da República facilitou e potenciou todos os contactos da ADFA com a Comissão Parlamentar de Defesa Nacional e os vários Grupos Parlamentares, no sentido de pro-porcionar o melhor tratamento das questões apresentadas pela ADFA junto daquele Órgão de Soberania.

Assume, aqui e agora, realçar para a afirmação da plena cidadania dos deficientes militares e do reconheci-mento das suas reparações morais e materiais, por parte do Estado, o debate ocorrido na Assembleia da República, nos dias 17 e 18 de Julho de 2008, agendando politicamente, passados 35 anos da Guerra Colonial, a situação dos deficientes militares, o que augura para todos que afinal nem sempre a memória dos homens e dos políticos é curta e que as consequências da Guerra Colonial desenrolada nos teatros de Guerra de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, de 1961 a 1975, continua a merecer atenção, debate e a necessidade de se encontrarem soluções para as sequelas produzidas.

Neste debate, que analisou os Projectos-Lei nº 527/X, nº 528/X e o Projecto de Resolução nº 358/X conside-ramos importante realçar a presença dos vários Órgãos Sociais Nacionais da ADFA, Delegações e associados em geral e algumas citações proferidas pelos diversos grupos parlamentares como seja:

- O Grupo Parlamentar do Partido Socialista, através da deputada Sónia Sanfona afirmou “O PS (…) não desis-tirá de encontrar uma solução ponderadas e realista para aqueles que em nome de Portugal, ficaram deficientes. Trata-se para nós, de um imperativo de consciência e é o respeito pela nossa história que nos exige mais.”

Grupo Parlamentar do CDS-PP, através do deputado João Rebelo afirmou que “Importa garantir aos referidos cidadãos o ressarcimento de encargos com cuidados de saúde decorrentes de enfermidades mesmo que não rela-cionadas directamente com as lesões que determinaram a deficiência, pois só assim o Estado português cumprirá integralmente o direito à reparação e à integração desses mesmos cidadãos.”

Grupo Parlamentar do PCP, através do deputado António Filipe referiu que “(…) as pensões dos deficientes das Forças Armadas sejam indexadas ao salário mínimo nacional e não ao IAS … as despesas de saúde (…) sejam suportadas integralmente, como eram e como deveriam ter continuado a ser.”

Grupo Parlamentar do PSD, na voz do deputado Rui Gomes da Silva mencionou que “a contenção orçamental e o controle do défice (…) não justificam a abolição de determinados princípios e valores de solidariedade nacio-nal para com aqueles que serviram nas Forças Armadas de Portugal.”

Grupo Parlamentar do BE, através da deputada Mariana Aiveca declarou que os direitos “(…) 34 anos de-pois do 25 de Abril, uns foram retirados e outros estão claramente postos em causa.”

Para concretizar as decisões da Assembleia da República, de 17 e 18 de Julho, a ADFA foi recebida, várias vezes, pelos grupos parlamentares empenhados na Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, que assumiu a responsabilidade de analisar na especialidade as respectivas propostas legislativas para subirem a plenário no período de 90 dias.

A Comissão Parlamentar de Defesa Nacional aprovou por unanimidade as propostas da ADFA, com base nos relatórios positivos produzidos pelos Deputados João Soares do PS e Joaquim Pontes do PSD, tendo recebido, por várias vezes, a Direcção Nacional, que se fez acompanhar, por vezes, dos representantes da Mesa da Assembleia Geral Nacional e Conselho Fiscal Nacional, para além dos Presidentes das Delegações de Lisboa, Francisco Ja-neiro e Porto, Abel Fortuna.

Por iniciativa do CDS-PP, em 29 de Novembro de 2008, levou a plenário os Projectos-Lei nº 527/X e nº 528/X, que não mereceram aprovação, por parte da maioria, durante a discussão do OE para 2009.

Já, em 23 de Janeiro do corrente ano, e por iniciativa novamente do CDS-PP foi aprovado o Projecto-Lei nº 528/X – Saúde e chumbado o n. 527/X – IAS.

2.3 GoveRno2.3.1 Ministério da Defesa NacionalA Direcção Nacional foi recebida em audiência pelo Senhor Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos As-

suntos do Mar – SEDNAM, em 4 de Abril, 2 de Maio e 9 de Junho e 20 de Outubro, constando sempre das agendas de trabalho as questões reivindicativas da ADFA, relacionadas com a assistência médica e medicamentosa, IAS,

carácter indemnizatório das pensões dos deficientes militares para efeitos de IRS, reestruturação de carreiras e vencimentos dos militares no activo e aplicação das mesmas ao Decreto-lei nº 43/76, de 20 de Janeiro, e, ainda, a situação dos deficientes das Forças Armadas residentes em Moçambique, bem como a situação dos milícias e a morosidade dos processos de qualificação de deficiente militar, que continuam a arrastar-se nas repartições mili-tares trazendo algumas qualificações já a título póstumo.

Do conjunto destas reivindicações o SEDNAM reiterou sempre à ADFA que o Decreto-lei nº 43/76, de 20 de Janeiro, será sempre respeitado na reestruturação das carreiras e dos vencimentos dos militares no activo. As outras questões, incluindo os nossos associados de origem africana, não obtiveram desenvolvimento positivo no ano de 2008.

Em 15 de Dezembro, a Direcção Nacional foi recebida pelo Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Doutor, Nuno Severiano Teixeira, na qual participou, também, o SEDNAM, Dr. João Mira Gomes, que reconhe-ceu que a preocupação da ADFA quanto ao acesso à assistência médica e medicamentosa dos deficientes militares, mesmo para as directamente relacionadas com a deficiência, não estão garantidas pelos três ramos das Forças Armadas e que se torna necessário a regulamentação desta matéria para dar resposta ao memorando da ADFA enviada ao MDN, em 4 de Novembro. A ADFA continua a aguardar esta proposta de regulamentação por parte do MDN.

Conselho Consultivo para os Assuntos dos Deficientes das Forças Armadas – CCADFA - A ADFA con-tinuou em 2008 a considerar a elevada importância deste órgão consultivo do MDN, presidido pelo Director da DGPRM, Dr. Alberto Coelho, por competir ao mesmo o estudo, análise e proposta de solução do processo de reabilitação dos deficientes militares, no âmbito da legislação específica como seja, nomeadamente, a regulamen-tação e aplicação do Decreto-Lei nº 43/76, de 20 de Janeiro. A exemplo desta importância a ADFA levou à reunião, do dia 5 de Novembro, a seguinte agenda:

1 – Assistência médica e medicamentosa;2 – Aplicação do IAS;3 – Fornecimento de Ajudas Técnicas;4 – Conselho Coordenador da Saúde Militar;5 – Apoio aos ex-combatentes naturais e residentes nos PALOP;6 – Outros assuntos considerados de interesse.Uma das questões que a ADFA levou ao Conselho tem a ver com a morosidade na tramitação dos processos

de qualificação de deficiente militar, que se prolongam até 6 e 7 anos após o início do respectivo processo e que a título nenhum se justifica e que põem em causa os direitos humanos, havendo já um número significativo de casos de deficientes militares que faleceram antes de verem o seu caso resolvido. Esta é, assim, uma das questões reconhecidas pelo Governo e que tarda em ser objecto de lei e/ou regulamentação sempre prometida, mas também sempre adiada.

Dos contactos com este Ministério realçam-se também as reuniões de trabalho com o Secretário-geral do MDN, General Luís Sequeira, para tratamento de diversos assuntos e, fundamentalmente, relacionados com a área jurídica relativa aos processos de qualificação, que mereceram a melhor atenção deste responsável e do gabinete – DJUR.

2.3.1.1 Hospital Militar PrincipalA Direcção Nacional manteve contactos assíduos com o Director do Hospital Militar Principal – HMP com a

finalidade de reivindicar a melhor qualidade de serviços na aquisição de próteses e órtóteses por parte dos defi-cientes militares e outras ajudas técnicas, bem como consultas e tratamentos médicos.

2.3.1.2 Cruz Vermelha PortuguesaA ADFA assinou um Protocolo com a Cruz Vermelha - Portuguesa – CVP, entidade gestora do Hospital da

Cruz Vermelha Portuguesa, que foi assinado a 4 de Março, e tem com o objectivo proporcionar aos associados da ADFA uma rápida acessibilidade aquele equipamento de saúde, no âmbito da prestação clínica, especialmente na actividade de ambulatório e meios auxiliares de diagnóstico;

2.4 Secretaria de Estado dos Assuntos FiscaisA Direcção Nacional foi recebida pela jurista da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, em 19 de Fevereiro

e no dia 22 do mesmo mês, pela Chefe de Gabinete, Dra. Clotilde Celorico Palma e pelo assessor, Dr. Guilherme D’Oliveira Martins, no sentido de sensibilizar e discutir o carácter indemnizatório das pensões dos deficientes militares, de acordo com o espírito e letra do Decreto-Lei nº 43/76, de 20 de Janeiro.

2.5 Secretaria de Estado da Reabilitação e Integração das Pessoas com DeficiênciaNo âmbito dos objectivos prosseguidos pela ADFA participamos activamente nas reuniões do CNRIPD – Con-

selho Nacional para a Integração e Reabilitação das Pessoas com Deficiência, que reuniu em 1 de Fevereiro e 26 de Setembro, tendo na primeira reunião sido apresentado o relatório de Avaliação Anual do 1.º Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidades – PAIPDI, e no segundo foi apresentado o estudo do CRPG/ISCTE “Mais Qualidade de Vida para as Pessoas com Deficiência e Incapacidade Uma Estratégia para Portugal”.

BALANÇO CONSOLIDADO DO ANO DE 2008Valores Expressos em Euros

CODIGOS ACTIVO AMORTIZ. CODIGOS PASSIVODAS A C T I V O E LIQUIDO LIQUIDO DAS CAPITAL PROPRIO E PASSIVO LIQUIDO LIQUIDO

BRUTOCONTAS PROVIS. CONTAS

IMOBILIZADO CAPITAL PROPRIO

411 Partes de Capital 2.992,79 2.992,79 2.992,79 422 Edifícios e Outras Construçöes 3.472.479,81 133.745,18 3.338.734,63 3.341.650,53 423 Equipamento Básico 373.432,68 326.188,99 47.243,69 55.229,38 571 Reservas 3.834.085,31 3.833.871,31 424 Equipamento de Transporte 167.009,34 151.198,53 15.810,81 21.817,06 425 Ferramentas e Utensílios 27.184,73 27.184,73 0,00 0,00 59 Resultados Transitados 468.744,25 385.162,67 426 Equipamento Administrativo 631.033,40 605.302,72 25.730,68 15.665,06427 Taras e Vasilhames 44,66 44,66 0,00 0,00

429 Outras Imobilizaçöes Corpóreas 47.093,35 33.785,33 13.308,02 13.792,32 4.302.829,56 4.219.033,98 Imobilizaçöes Incorpóreas

431 Despesas Instalaçäo 807,15 383,97 423,18 423,18 88 Resultado Líquido do Exercício 81.452,39 77.211,02441 Imobilizações em Curso 508.578,59 508.578,59 497.698,59

5.230.656,50 1.277.834,11 3.952.822,39 3.949.268,91 Total do Capital Próprio 4.384.281,95 4.296.245,00

CIRCULANTE Existências

36 Matérias Primas, Subsidiárias 7.298,67 7.298,67 5.500,90 e de Consumo PASSIVO

35 Produtos e Trabalhos em Curso DïVIDAS A TERCEIROS-MÉDIO-LONGO PRAZO 33 Produtos Acabados e Intermédios 32 Mercadorias 20.570,39 20.570,39 22.114,25

27.869,06 27.869,06 27.615,15 DIVIDAS DE TERCEIROS-MÉDIO-LONGO PRAZO DïVIDAS A TERCEIROS-CURTO PRAZO

268/221 Outros Devedores 2.182,13 2.182,13 2.182,13231/12 Dividas Inst. Credito 0,00 1.113,10

DIVIDAS DE TERCEIROS-CURTO PRAZO 221 Fornecedores-c/Corrente 24.117,78 52.302,08 211 Clientes-C/Corrente 4.890,34 4.890,34 3.105,67 24 Estado e Outros Entes Públicos 13.848,12 13.349,08 24 Estado e Outros Entes Públicos 18,35 18,35 18,35 268 Sede/Delegações 0,00 359,23 268 Centros Produtivos 268 Centros Produtivos 118.395,02 76.315,60 268 Sede/Delegaçöes 0,00 0,00 804,00 263/267 Outros Credores 756,75 571,90

268/221 Outros Devedores 154.369,52 175,53 154.193,99 196.727,86 268/211 Outros Credores 32.402,06 20.027,78

159.278,21 175,53 159.102,68 200.655,88 189.519,73 164.038,77

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

273 Acrescimos de Custos 1.349,82 2.309,73 TïTULOS NEGOCIåVEIS 274 Proveitos Diferidos 125.171,37 224.436,23

15/18 Outras Aplicações de Tesouraria 14.635,72 14.635,72 14.625,97 Total do Passivo 316.040,92 390.784,73

12+13+14 Depósitos Bancários 532.851,28 532.851,28 482.892,63 11 Caixa 4.382,16 4.382,16 2.336,26

551.869,16 551.869,16 499.854,86

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 271 Acréscimos de Proveitos 1.800,00 1.800,00 0,00 272 Despesas com Custo Diferido 4.677,45 4.677,45 7.452,80

6.477,45 6.477,45 7.452,80

Total do Activo 5.978.332,51 1.278.009,64 4.700.322,87 4.687.029,73 Total do Capital Próprio e do Passivo 4.700.322,87 4.687.029,73

ASSOCIAÇÃO DOS DEFICIENTES DAS FORÇAS ARMADAS2008 20072008 2007

Valores Expressos em Euros

Balanço consolidado

Page 18: Associação dos Deficientes das Forças Armadas Director ... · Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais Órgãos Nacionais, o Ministério das Finanças assume a aplicação correcta

18 Abril de 2009

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

Assembleias Gerais OrdináriasPág 3

RelatóRio de actividades 2008R

31-12-2008 2007

ACTIVO BRUTO AMORT.PROVIS. ACTIVO LIQUIDO ACTIVO LÍQUIDO

ACTIVO

IMOBILIZADO:

Imobilizações Incorpóreas:

431 Despesas de Instalação 0,00 0,00 0,00 0,00

433 Propriedade Industrial e outros direitos 0,00 0,00 0,00 0,00

449 Adiant.P/Conta Imob.Incorpóreas

0,00 0,00 0,00 0,00

Imobilizações Corpóreas:

422 Edifícios e Outras Construções 2.890.046,38 1.838,73 2.888.207,65 2.888.701,15

423 Equipamento Básico 237.725,28 201.030,21 36.695,07 42.681,97

424 Equipamento de Transporte 53.225,66 50.214,85 3.010,81 5.817,06

425 Ferramentas e Utensílios 11.814,51 11.814,51 0,00 0,00

426 Equipamento Administrativo 441.892,08 441.892,08 0,00 1.344,95

429 Outras Imobilizações Corpóreas 13.752,61 13.752,61 0,00 0,00

441/6 Imobilizações em Curso 415.599,57 0,00 415.599,57 415.599,57

448 Adiant.p/Conta Imob.Corpóreas

4.064.056,09 720.542,99 3.343.513,10 3.354.144,70

Investimentos Financeiros:

411 Partes de Capital 2.992,79 2.992,79 2.992,79

2.992,79 0,00 2.992,79 2.992,79

4.067.048,88 720.542,99 3.346.505,89 3.357.137,49

CIRCULANTE:

Existências:

36 Matérias-Primas,Subs.Consumo 0,00 0,00 0,00 2.127,51

32 Mercadorias 0,00 0,00 0,00 3.563,53

0,00 0,00 0,00 5.691,04

Dívidas de Terceiros Médio-Longo Prazo

268 Outros Devedores e Credores MLP 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 0,00

Dívidas de Terceiros - Curto Prazo:

211 Clientes, c/c 4.890,34 0,00 4.890,34 3.105,67

24 Estado e Outros Entes Públicos 8,40 0,00 8,40 8,40

268 Centros Produtivos 0,00 0,00

268 Sede/Delegações 66.845,51 0,00 66.845,51 41.197,89

262+266+267+268+221 Outros Devedores 83.746,65 0,00 83.746,65 119.159,21

155.490,90 0,00 155.490,90 163.471,17

Títulos Negociáveis:

1513+1523+153/9 Outr.Tit.Negociáveis 0,00 0,00 0,00 0,00

18 Outras Aplicações de Tesouraria 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 0,00

Depósitos Bancários e Caixa:

12+13+14 Depósitos Bancários 108.470,14 108.470,14 186.732,04

11 Caixa 0,00 0,00 231,26

108.470,14 108.470,14 186.963,30

ACRÊSCIMOS E DIFERIMENTOS:

271 Acrêscimos e Proveitos 0,00 0,00 0,00

272 Custos Diferidos 2.640,68 2.640,68 6.111,81

2.640,68 2.640,68 6.111,81

Total de Amortizações 720.542,99

Total do Activo 4.333.650,60 720.542,99 3.613.107,61 3.719.374,81

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO 31-12-2008 2007

CAPITAL PRÓPRIO:

Reservas:

571 Reservas Legais 3.204.880,73 3.204.880,73

574 a 579 Outras Reservas 0,00 0,00

59 Resultados Transitados 10.935,83 -50.167,28

Subtotal 3.215.816,56 3.154.713,45

88 Resultado Líquido do Exercício 20.563,61 92.481,54

Total do Capital Próprio 3.236.380,17 3.247.194,99

PASSIVO:

Provisões P/Riscos e Encargos:

293/8 Outras Prov.Riscos Encargos 0,00 0,00

0,00 0,00

Dívidas a Terceiros Médio-Longo Prazo:

231+12 Dívidas a Inst. Crédito 0,00 0,00

261 Fornecedores de Imobilizado MLP 0,00 0,00

0,00 0,00

Dívidas a Terceiros - Curto Prazo:

231+12 Dívidas a Instit.Crédito 0,00 1.113,10

221 Fornecedores C/C 14.152,24 51.310,96

24 Estado e Outros Entes Públicos 13.848,12 13.349,08

268 Sede/ Delegações 83.501,15 98.109,42

268 Centros Produtivos 118.395,02 76.315,60

263/267 Outros Credores 756,75 571,90

268/211 Outros Credores 22.742,23 8.782,30

253.395,51 249.552,36

Acrêscimos e Diferimentos:

273 Acrêscimos de Custos 1.349,82 2.309,73

274 Proveitos Diferidos 121.982,11 220.317,73

123.331,93 222.627,46

Total do Passivo 376.727,44 472.179,82

Total do Capital Próprio e do Passivo 3.613.107,61 3.719.374,81

Balanço da sede

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS DO ANO DE 2008VALORES EXPRESSOS EM EUROS

CÓDIGODAS

CONTASP R O V E I T O S E G A N H O S

2008

2007

CÓDIGODAS

CONTASC U S T O S E P E R D A S

2008

2007

61 Custo Merc.Vendidas/Mat.Consumidas 134.156,61 130.895,68 71 Vendas de Mercadorias 6.939,67 1.960,0272 Prestação de Serviços 328.800,58 367.236,4473 Proveitos Suplementares 12.682,30 11.290,55

134.156,61 130.895,68348.422,55 380.487,01

74 Subsídios à Exploraçäo62 Fornecimentos e Serviços Externos

615.013,40 593.912,83 Subsídios à Exploraçäo 877.393,51 664.148,66Custos com o Pessoal

642 Remunerações 514.782,88 509.177,18 76 Outros Proveitos Operacionais645/648 Encargos Sociais/Outros 128.754,97 109.071,26 Quotização 402.760,59 369.481,60

Outros Proveitos 297.072,17 367.821,111.258.551,25 1.212.161,27 1.577.226,27 1.401.451,37

66 Amortizações/Ajustamento do Exercício 33.098,68 46.323,5267 Provisões 0,00 25,89

33.098,68 46.349,41 78 Proveitos e Ganhos FinanceirosOutros Juros e Proveitos Similares 7.890,54 6.160,53

63 Impostos 4.060,43 5.412,3265 Outros Custos e Perdas Operacionais 451.955,38 337.049,36 7.890,54 6.160,53

456.015,81 342.461,6879 Proveitos e Ganhos Extraordinários 37.546,14 36.367,29

68 Custos FinanceirosJuros e Custos Similares 6.336,09 5.903,93

6.336,09 5.903,93

69 Custos e Perdas Extraordinárias 1.474,67 9.483,21

88 Resultado Líquido do Exercício 81.452,39 77.211,02

Total do Débito 1.971.085,50 1.824.466,20 Total do Crédito 1.971.085,50 1.824.466,20

CÓDIGODAS

CONTASP R O V E I T O S E G A N H O S

2008

2007

CÓDIGODAS

CONTASC U S T O S E P E R D A S

2008

2007

demonstRação de Resultados consolidados

Os conselhos nacionais presididos pelo Sr. Coronel Costa Bráz contaram com a presença e enquadramento político da SEAR, Dra. Idália Moniz, e da Directora do INR, Dra. Luísa Portugal.

A ADFA esteve também presente em várias reu-niões promovidas pelo Instituto Nacional para a Re-abilitação – INR, destinadas a informar e analisar as políticas desenvolvidas pelo Governo na área da rea-bilitação das pessoas com deficiência.

A ADFA apresentou candidatura ao Sub-Programa II, de apoio às ONG’s, tendo obtido o respectivo fi-nanciamento.

Nota Conclusiva:Ao apresentar este relatório de actividades a ADFA

tudo fez para garantir uma organização mais coesa, mais participada, mais solidária e mais reivindicativa. Apesar de não terem sido atingidos todos os objectivos, concreta-mente no âmbito reivindicativo, teremos que considerar, o ano de 2008, positivo face à determinação dos asso-ciados na participação da Manifestação de 14 de Maio, tendo sido um momento alto na vida desta Instituição.

A ADFA como uma instituição responsável, Or-ganização Não Governamental - ONG inconformada e, permanentemente, activa na implementação das

políticas sociais e de reabilitação, no âmbito da nos-sa representatividade, contribuiu para uma verdadeira integração social.

Este é o momento em que a Direcção Nacional pretende, de viva voz, reconhecer a solidariedade e cooperação dos Órgãos Sociais Nacionais da ADFA, Conselho Nacional, Mesa da Assembleia Geral Nacio-nal, Conselho Fiscal Nacional, Órgãos das Delegações e Núcleos pelo seu contributo, que facilitou o trabalho desenvolvido pela ADFA.

A nossa Associação deve continuar a cooperar na definição das políticas nacionais de reabilitação

e inclusão social, contando para isso com a partici-pação massiva dos associados, que, sob o primado da maioria, vem definindo nas Assembleias Gerais o rumo que a ADFA deve seguir na definição das estratégias reivindicativas, que visam a qualidade de vida e as reparações morais e materiais que são devidas aos deficientes militares que por terem ser-vido Portugal em situação de risco e perigosidade agravada.

Lisboa, 30 de Março de 2009.

Page 19: Associação dos Deficientes das Forças Armadas Director ... · Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais Órgãos Nacionais, o Ministério das Finanças assume a aplicação correcta

Abril de 2009 19

Director Interino: Sérgio Azougado – Ano XXXIII Fevereiro 2007 Mensário Nº 371 Preço 0,70 PORTE PAGO

Associação dos Deficientes das Forças Armadas

Delegações » pgs 4 e 5 “Memória partilhada” » pg. 6

IRS » pgs 12 e 13 Legislação » pgs 13 e 19

Episódio de Guerra » pg. 17 Livros » pg. 19

Editorial » pg. 20

43/76 31 anos depoisuma memóriaactiva

ADFA assina protocolo

com a SCML

ADFA adere a petição europeia

Págs 10 e 11

Pág 7

Pág 2

Págs 8 e 9

“Furriéis”

Tal como afirmou o secretário de Estado de Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João

Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais ÓrgãosNacionais, o Ministério das Finanças

assume a aplicação correcta da Tabela Indiciária aos furriéis Deficientes das Forças Armadas.

Pedido o nosso parecer, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas prepara documento circunstanciado que

garanta a total reposição da justiça.

Direcção Nacional

Depois da tomada de posse dos seus Órgãos Sociais, as Delegações promovem as suas

Assembleias Gerais OrdináriasPág 3

RelatóRio de actividades 2008 R

Código das

Contas

POC

CUSTOS E PERDAS

61 Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas

Mercadorias 0,00 74.005,44

Matérias 0,00 0,00 0,00 74.005,44

62 Fornecimentos e serviços externos 291.579,61 346.157,90

Custos com pessoal

641+642 Remunerações 496.145,32 499.030,81

Encargos Sociais:

643+644 Pensões 0,00 0,00

645/8 Outros 128.246,19 624.391,51 109.071,26 608.102,07

66 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 11.749,59 11.792,06

67 Provisões 0,00 11.749,59 0,00 11.792,06

63 Impostos 3.949,06 5.331,69

65 Outros custos e perdas operacionais

Outros custos e perdas operacionais 294.850,97 298.800,03 234.760,79 240.092,48

(A) ..................................... 1.226.520,74 1.280.149,95

683+684 Amortizações e provisões de aplic. e invest. financeiros 0,00 0,00

(2) Juros e custos similares:

Relativos a Empresas do Grupo 0,00 0,00

Outros 3.515,71 3.515,71 4.515,78 4.515,78

(C) ..................................... 1.230.036,45 1.284.665,73

69 Custos e perdas extraordinários 687,52 6,72

(E) ..................................... 1.230.723,97 1.284.672,45

86 Imposto sobre o rendimento do exercício 0,00 0,00

(G) ..................................... 1.230.723,97 1.284.672,45

88 Resultado líquido do exercício 20.563,61 92.481,54

1.251.287,58 1.377.153,99

PROVEITOS E GANHOS

71 Vendas

Mercadorias 0,00 0,00

Produtos 0,00 0,00

72 Prestações de serviços 80.244,90 80.244,90 230.468,62 230.468,62

73 Proveitos suplementares 0,00 0,00 1.931,14 1.931,14

74 Subsídios à exploração

Dotações das Delegações 272.780,00

Outros Subsidios 706.611,18 979.391,18 727.618,80 727.618,80

76 Outros proveitos e ganhos operacionais

Quotização 0,00 134.226,04

Outros Proveitos 166.556,67 166.556,67 271.190,68 405.416,72

(B) ..................................... 1.226.192,75 1.365.435,28

(5) Juros e proveitos similares:

Relativos a Empresas do Grupo 0,00 0,00

Outros 2.824,07 2.824,07 1.619,52 1.619,52

(D) ..................................... 1.229.016,82 1.367.054,80

79 Proveitos e ganhos extraordinários 22.270,76 10.099,19

(F) ..................................... 1.251.287,58 1.377.153,99

2008 2007

EXERCÍCIOS

demonstRação de Resultados da sede

Código das Exercícios

Contas

Custos e Perdas

61 Custo das mercad. vendidas e das mat. consumidas:

Mercadorias 71.186,54 89.608,38

Matérias 71.186,54 89.608,38

62 Fornecimentos e serviços externos 114.999,14 114.999,14 121.837,55 121.837,55

Custos com o pessoal:

641+642 Remunerações 121.440,10 123.378,68

Encargos sociais: 24.040,13 29.874,11

645 Outros 3.957,95 149.438,18 0,00 153.252,79

662+663 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 28.369,70 28.726,35

666+667 Ajustamentos 0,00 28.369,70 28.726,35

63 Impostos 11,27 13,75

65 Outros custos e perdas operacionais 0,00 11,27 0,00 13,75

(A) 364.004,83 393.438,82

683+684 Amort. e ajustamentos de aplicações e inv. financeiros

Juros e custos similares:

Outros 243,42 243,42 919,86 919,86

(C) 364.248,25 394.358,68

69 Custos e perdas extraordinários 352,16 352,16 3,25 3,25

(E) 364.600,41 394.361,93

861 Impostos sobre o rendimento do exercício 0,00 0,00

862 Imposto diferido 0,00 0,00 0,00 0,00

(G) 364.600,41 394.361,93

88 Resultado líquido do exercício -16.069,32 5.565,56

348.531,09 399.927,49

Proveitos e ganhos

71 Vendas:

Mercadorias. 0,00 0,00

Produtos 0,00 0,00

72 Prestações de serviços 345.901,67 345.901,67 398.067,71 398.067,71

Variação de Produção 749,62 647,10

73 Proveitos suplementares 0,00 0,00

76 Outros proveitos e ganhos operacionais 0,00 0,00

(B) 346.651,29 398.714,81

78 Outros juros e proveitos similares:

Outros 1.120,57 1.120,57 1.208,05 1.208,05

(D) 347.771,86 399.922,86

79 Proveitos e ganhos extraordinários 759,23 759,23 4,63 4,63

(F) 348.531,09 399.927,49

2008 2007

demonstRação de Resultados da tipogRafia

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Page 20: Associação dos Deficientes das Forças Armadas Director ... · Mira Gomes, na tomada de posse dos actuais Órgãos Nacionais, o Ministério das Finanças assume a aplicação correcta

Notícias

A lei do IRS prevê que os contribuintes possam consignar 0,5% deste imposto a instituições religiosas, de solidariedade social ou a pessoa colectiva de utilidade pública.A ADFA está enquadrado neste última categoria de instituição e os associados e amigos da associação poderão confi rmar aquela percentagem do valor do IRS liquidado à ADFA, bastando para isso indicar no Anexo H – NIF 500 032 246

PROPRIEDADE E EDIÇÃO: Associação dos Defi cientes das Forças Armadas – ADFAPessoa Colectiva n.º 500032246Email – [email protected] Internet – http://www.adfa-portugal.com Direcção, Administração, Edição e Redacção – Av. Padre Cruz – Edifício ADFA – 1600-560 LISBOATelefone – 21 751 26 00 Fax – 21 751 26 10 DIRECÇÃO NACIONAL DA ADFA/ADMINISTRAÇÃOJosé Arruda, Garcia Miranda, Lopes Dias, Sérgio Azougado, Orlando Correia, Arlindo dos Santos, Armindo Matias DIRECTOR – José Diniz SUBDIRECTOR – Sérgio AzougadoREDACÇÃO Editor/Jornalista: Rafael Vicente (cart. prof. 3693); Fotojornalista: Farinho Lopes (cart. prof. 4144); Coordenação Gráfi ca: Sónia Alexandra SilvaCOLABORARAM NESTE NÚMERO – José Maia, João GonçalvesASSINATURAS E PUBLICIDADE: Fax: 21 751 26 10 IMPRESSÃO: Coraze – Centro de Impressão – Edifício Raínha, 4,º Piso – Zona Industrial, Oliveira de Azemeis – Tel. 256 600 580 REGISTO DA PUBLICAÇÃO NO ICS – 105068/77 Depósito Legal – 99595/96 ASSINATURA ANUAL – 7,00 euros. Tiragem deste número 9000 ex.Os textos assinados não reproduzem necessariamente as posições da ADFA ou da Direcção do ELO, sendo da responsabilidade dos seus autores, assim como é da respon-sabilidade das direcções das Delegações o conteúdo dos respectivos espaços.

Ficha Técnica

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Se-veriano Teixeira, aceitou o convite da ADFA para presidir à Sessão Solene de Aniversário da Associação, no dia 14 de Maio, na Sede Nacional. O convite foi feito durante a audi-ência com o ministro da Defesa Nacional, em que também participou o secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Mira Gomes, no dia 23 de Março. Os repre-sentantes da ADFA congratularam-se com a disponibilidade do ministro e com a confi rma-ção da sua presença no ponto alto das come-morações do Aniversário.

A ADFA foi informada sobre a criação de um grupo de trabalho para elaborar a propos-ta sobre o acesso dos defi cientes militares à rede de cuidados de saúde da Assistência na Doença aos Militares, tendo o ministro reco-nhecido as difi culdades existentes, nomeada-mente quanto às deslocações aos hospitais mi-litares de Lisboa, Coimbra e Porto. A garantia do ministro sobre a rápida apresentação desta proposta vem ao encontro do que a ADFA tem vindo a reivindicar: a possibilidade de os defi cientes militares recorrerem às entidades prestadoras de serviços de saúde com acordos com o IASFA, a nível local, em complementaridade com o recurso aos hospitais militares.

A Direcção Nacional acrescenta que o ministro tenciona apresentar a proposta até ao aniversário da ADFA.

A ADFA reiterou a intenção de se fazer representar nas celebrações do Dia do Combatente, em 18 de Abril, junto ao Túmulo do Soldado Desconhecido, no Mos-teiro da Batalha, apesar de em simultâneo realizar a sua Assembleia-Geral Nacional. O ministro congratulou-

se por saber que a ADFA vai participar naquele evento e no que está programado para 10 de Junho, junto ao Monumento aos Ex-Combatentes do Ultramar.

Sobre o Congresso dos Combatentes, a ADFA in-formou que não integrará a Comissão Organizadora, mas continuará a acompanhar o movimento e que se encontra disponível para apresentar uma comunicação sobre a reintegração dos defi cientes militares.

O ministro e o secretário de Estado sublinham que, apesar de o MDN estar de acordo com as pretensões da ADFA sobre a aplicação do IAS, estas continuam a não ser aceites pelas Finanças e pela Segurança Social.

A ADFA insistiu na solicitação para que o ministro use a sua infl uência para que o primeiro-ministro rece-ba a Associação em audiência, conforme pedido de 23 de Janeiro.

O ofício do Gabinete do primeiro-ministro infor-mando que “o assunto foi encaminhado para o Ga-binete do senhor ministro da Defesa Nacional, para adequada consideração”, criou expectativas em todos os defi cientes das Forças Armadas, quanto ao acolhi-mento dos anseios e objectivos que fundamentaram o pedido de audiência, salientou a DN.

RV

MDN PRESIDE AO ANIVERSÁRIO DA ADFANUNO SEVERIANO TEIXEIRA NA SESSÃO SOLENE