assistência e intervenção de terceiros

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DA ASSISTÊNCIA    INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Des. ANA MARIA DUARTE  AMARANTE BRITO

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  • DA ASSISTNCIA

    INTERVENO DE TERCEIROS

    Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO

  • Interveno de Terceiros

    CLASSIFICAO:

    Quanto finalidade:

    ad coadjuvandum ( assistncia, denunciao da lide e chamamento ao processo)

    Ad excludendum ( oposio e nomeao autoria)

    Quanto iniciativa:

    Voluntria ( assistncia e oposio)

    Provocada ( nomeao autoria, denunciao da lide e chamamento ao processo)

  • ASSISTENCIA SIMPLES

    Assistncia forma de interveno espontnea e ad coadjuvandum

    H duas espcies de assistncia: a assistncia simples e a assistncia litisconsorcial

    Na assistncia simples, o assistente mantm relao jurdica com a parte assistida, sujeita aos efeitos reflexos da sentena. Exemplo: o sublocatrio que intervm assistindo o locatrio em ao de despejo que contra ele move o locador.

  • ASSISTENTE SIMPLES Previso

    no CPC e oportunidades do manejo

    Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurdico em que a sentena seja favorvel a uma delas, poder intervir no processo para assisti-la.

    Pargrafo nico. A assistncia tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdio; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra.

  • Limites atuao do assistente

    simples

    Art. 53. A assistncia no obsta a que a parte

    principal reconhea a procedncia do pedido,

    desista da ao ou transija sobre direitos

    controvertidos; casos em que, terminando o

    processo, cessa a interveno do assistente.

    No pode interpor recurso adesivo, para o qual a

    lei somente legitima as partes ( cf. art. 500, do

    CPC)

  • ASSISTNCIA

    LITISCONSORCIAL

    O Assistente litisconsorcial mantm uma

    relao jurdica com o adversrio da parte

    assistida, sobre a qual a sentena haver de

    influir.

  • Assistncia Litisconsorcial

    muito controvertida, na doutrina, a natureza

    jurdica da assistncia litisconsorcial, havendo

    doutrinadores que no o consideram parte e sim,

    um assistente qualificado, mais prximo do objeto

    do litgio ( Arruda Alvim e Cndido Dinamarco).

    Outros, como Luiz Fux, consideram-no o

    litisconsorte que chegou mais tarde e para o qual

    tambm se formar a coisa julgada. Trata-se da

    parte no sentido material, que intervm em

    processo no qual atua um substituto processual ou

    um co-titular do direito.

  • ASSISTNCIA

    LITISCONSORCIAL - CPC

    Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte

    principal o assistente, toda vez que a sentena

    houver de influir na relao jurdica entre ele e

    o adversrio do assistido.

    Pargrafo nico. Aplica-se ao assistente

    litisconsorcial, quanto ao pedido de

    interveno, sua impugnao e julgamento do

    incidente, o disposto no art. 51.

  • Assistente Litisconsorcial - Exemplo

    Exemplo de assistente litisconsorcial o terceiro

    adquirente de coisa litigiosa, ou cessionrio de

    direito litigioso, que intervm no processo, nos

    termos do artigo 42, 2o. como assistente do alienante ou cedente, o qual continua legitimado

    para a causa. A sentena proferida entre as partes

    originrias estende seus efeitos a ele ( CPC, art. 42,

    3o.)

  • Assistncia Litisconsorcial

    Jurisprudncia

    PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANA. TRANSPORTE INTERESTADUAL DE PASSAGEIROS. EXPLORAO DE LINHA RODOVIRIA.

    INEXISTNCIA DE LITISCONSRCIO PASSIVO NECESSRIO OU DE HIPTESE DE ASSISTNCIA LITISCONSORCIAL.

    1. Litisconsorte parte, e no terceiro, na relao processual.

    Assim, para legitimar-se como litisconsorte indispensvel, antes de mais nada, legitimar-se como parte. Em nosso sistema, salvo nos casos em que a lei admite a legitimao extraordinria por substituio processual, s parte legtima para a causa quem, em tese, figura como parte na relao de direito material nela deduzida.

  • Assistncia Litisconsorcial

    Jurisprudncia

    2. A assistncia litisconsorcial supe, conforme o

    art. 54 do CPC, a existncia de uma relao jurdica

    material entre o assistente e o adversrio do assistido

    que pode ser afetada pela sentena de mrito.

    ..............................................................

    (REsp 1065574/RJ, Rel. Ministro TEORI ALBINO

    ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em

    02/10/2008, DJe 20/10/2008)

  • Assistncia Litisconsorcial

    Jurisprudncia

    PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAO. EXECUO DE SENTENA. ASSISTNCIA LITISCONSORCIAL. LEGITIMIDADE.

    PREQUESTIONAMENTO. SMULA 282/STF.

    (...)

    3. O assistente litisconsorcial detm relao de direito material com o adversrio do assistido, de modo que a sentena que vier a ser proferida, em relao a ele, constituir coisa julgada material.

    Assim, no h como afastar a legitimidade passiva ad causam do recorrente.

    4. Recurso especial conhecido em parte e no provido.

    (REsp 623.055/SE, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/06/2007, DJ 01/08/2007 p. 434)

  • EFEITO-ASSISTNCIA ou

    EFEITO-INTERVENO

    Art. 55. Transitada em julgado a sentena, na causa em que interveio o assistente, este no poder, em processo posterior, discutir a justia da deciso, salvo se alegar e provar que:

    I - pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declaraes e atos do assistido, fora impedido de produzir provas suscetveis de influir na sentena;

    II - desconhecia a existncia de alegaes ou de provas, de que o assistido, por dolo ou culpa, no se valeu.

  • Ingresso do assistente no processo -

    procedimento

    Art. 51. No havendo impugnao dentro de 5 (cinco)

    dias, o pedido do assistente ser deferido. Se qualquer

    das partes alegar, no entanto, que falece ao assistente

    interesse jurdico para intervir a bem do assistido, o

    juiz:

    I - determinar, sem suspenso do processo, o

    desentranhamento da petio e da impugnao, a fim de

    serem autuadas em apenso;

    II - autorizar a produo de provas;

    III - decidir, dentro de 5 (cinco) dias, o incidente.

  • Poderes e nus do Assistente

    Art. 52. O assistente atuar como auxiliar da

    parte principal, exercer os mesmos poderes e

    sujeitar-se- aos mesmos nus processuais que o

    assistido.

    Pargrafo nico. Sendo revel o assistido, o

    assistente ser considerado seu gestor de

    negcios.

  • Assistncia: oportunidade da

    interveno - Jurisprudncia

    PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANA PEDIDO DE ASSISTNCIA LITISCONSORCIAL EM GRAU DE RECURSO: ADMISSIBILIDADE.

    1. O litisconsrcio e a assistncia so institutos com caractersticas e objetivos diversos.

    2. Na assistncia litisconsorcial, tema do recurso, existe uma pretenso do assistente sobre o objeto material do processo e assemelha-se a uma "espcie de litisconsrcio facultativo ulterior, ou seja, o assistente litisconsorcial todo aquele que, desde o incio do processo, poderia ter sido litisconsorte facultativo-unitrio da parte assistida" (CPC Comentado por Nlson Nery Jnior e Rosa Maria de Andrade Nery, 8 ed., RT, p. 487, nota de rodap n. 1, comentrios ao art. 54 do CPC).

  • Assistncia: oportunidade da

    interveno - Jurisprudncia

    3. A assistncia, simples ou litisconsorcial, tem cabimento

    em qualquer procedimento ou grau de jurisdio,

    inexistindo bice a que se admita o ingresso do assistente

    em mandado de segurana, ainda que depois de transcorrido

    o prazo decadencial do writ.

    4. Dissdio no configurado.

    5. Recurso especial conhecido em parte e improvido.

    (REsp 616.485/DF, Rel. Ministra ELIANA CALMON,

    SEGUNDA TURMA, julgado em 11/04/2006, DJ

    22/05/2006 p. 180)

  • Assistncia Anmala: Lei 9469/97,

    art. 5o., pargrafo nico

    PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. COMPETNCIA DA JUSTIA FEDERAL EM AO DE USUCAPIO DE IMVEL QUE SE ENCONTRA NA POSSE DE PARTICULARES. ADVENTO DA LEI N 9.469/97.

    1. O pargrafo nico do art. 5 da Lei 9.469/97 esclarece que a Unio pode intervir nas causas em que os reflexos da deciso possam ser somente indiretos e independentemente da demonstrao de interesse pblico.

    2. Recurso especial a que se nega provimento, mantendo-se a competncia da Justia Federal para a apreciao do feito.

    (REsp 330.033/SP, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Rel. p/ Acrdo Ministro JOS DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/12/2003, DJ 17/05/2004 p. 110)

  • DA OPOSIO

    Da Oposio

    CPC, Art. 56. Quem pretender, no todo ou

    em parte, a coisa ou o direito sobre que

    controvertem autor e ru, poder, at ser

    proferida a sentena, oferecer oposio

    contra ambos.

  • DA OPOSIO

    Natureza Jurdica: Oposio ao, movida

    por terceiro que pretender, no todo ou em

    parte, direito ou coisa, sobre a qual

    controvertem autor e ru. incidente a

    outra em curso, conexa pelo objeto.

    movida por terceiro contra autor e ru de

    uma demanda em curso, os quais formaro

    um litisconsrcio necessrio simples.

  • Oposio - Jurisprudncia

    PROCESSO CIVIL. INTERVENO DE TERCEIROS.

    OPOSIO. CABIMENTO.

    Tem legitimidade ad causam o terceiro para propor

    oposio quando os opostos, em processo de conhecimento

    (ao declaratria de nulidade), discutem acerca da validade

    jurdica do negcio que transferiu ao opoente a propriedade

    de um bem imvel.

    (20040610045090APC, Relator NATANAEL CAETANO,

    1 Turma Cvel, julgado em 06/11/2008, DJ 17/11/2008 p.

    50)

  • DA OPOSIO - processamento

    Art. 57. O opoente deduzir o seu pedido, observando os requisitos exigidos para a propositura da ao (arts. 282 e 283). Distribuda a oposio por dependncia, sero os opostos citados, na pessoa dos seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.

    Pargrafo nico. Se o processo principal correr revelia do ru, este ser citado na forma estabelecida no Ttulo V, Captulo IV, Seo III, deste Livro.

    Art. 58. Se um dos opostos reconhecer a procedncia do pedido, contra o outro prosseguir o opoente.

  • DA OPOSIO

    Classificao, quanto forma de tramitao: Oposio

    prpria e Oposio imprpria. Prpria a oposio

    oferecida antes da audincia, que tramita em apenso aos

    autos principais, em simultaneus processus, sendo as

    aes decididas pela mesma sentena.

    Art. 59. A oposio, oferecida antes da audincia, ser

    apensada aos autos principais e correr

    simultaneamente com a ao, sendo ambas julgadas pela

    mesma sentena.

  • DA OPOSIO

    Oposio imprpria a oferecida depois de

    iniciada a audincia, com tramitao autnoma

    ( CPC, art. 60, 1a. Parte)

    Art. 60. Oferecida depois de iniciada a

    audincia, seguir a oposio o procedimento

    ordinrio, sendo julgada sem prejuzo da causa

    principal. Poder o juiz, todavia, sobrestar no

    andamento do processo, por prazo nunca

    superior a 90 (noventa) dias, a fim de julg-la

    conjuntamente com a oposio.

  • DA OPOSIO

    Julgamento em simultaneus processus: primeiro a

    oposio e depois a ao.

    Art. 61. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a

    ao e a oposio, desta conhecer em primeiro

    lugar.

  • Nomeao autoria

    Incidente processual que tem por finalidade a correo do errado endereamento da demanda ( correo da ilegitimidade passiva ad causam), que a lei permite em duas situaes:

    Ao proposta contra mero detentor da coisa vindicada , que deve nomear autoria o verdadeiro proprietrio ou possuidor ( CPC, art. 62)

    ao indenizatria ajuizada pelo proprietrio ou titular de um direito sobre a coisa em face daquele que praticou atos por ordem ou em cumprimento de instrues de terceiro. ( CPC, art. 63)

  • Nomeao Autoria

    Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome

    alheio, sendo-lhe demandada em nome prprio,

    dever nomear autoria o proprietrio ou o

    possuidor.

    Art. 63. Aplica-se tambm o disposto no artigo

    antecedente ao de indenizao, intentada

    pelo proprietrio ou pelo titular de um direito

    sobre a coisa, toda vez que o responsvel pelos

    prejuzos alegar que praticou o ato por ordem,

    ou em cumprimento de instrues de terceiro.

  • Nomeao Autoria - procedimento

    Art. 64. Em ambos os casos, o ru requerer a nomeao no prazo para a defesa; o juiz, ao deferir o pedido, suspender o processo e mandar ouvir o autor no prazo de 5 (cinco) dias.

    Art. 65. Aceitando o nomeado, ao autor incumbir promover-lhe a citao; recusando-o, ficar sem efeito a nomeao.

    Art. 66. Se o nomeado reconhecer a qualidade que Ihe atribuda, contra ele correr o processo; se a negar, o processo continuar contra o nomeante.

  • Nomeao Autoria - procedimento

    Art. 67. Quando o autor recusar o nomeado, ou

    quando este negar a qualidade que Ihe

    atribuda, assinar-se- ao nomeante novo prazo

    para contestar.

    Art. 68. Presume-se aceita a nomeao se:

    I - o autor nada requereu, no prazo em que, a

    seu respeito, Ihe competia manifestar-se;

    II - o nomeado no comparecer, ou,

    comparecendo, nada alegar.

  • Nomeao Autoria Cabimento

    PROCESSO CIVIL. APELAO. EMBARGOS MONITRIA. INCOMPETNCIA RELATIVA ARGIDA EM PRELIMINAR DE CONTESTAO. PRECLUSO. NOMEAO AUTORIA. REJEIO. Cuidando-se de incompetncia relativa, esta deve ser alegada sob a forma de exceo, em petio fundamentada e devidamente instruda, nos termos dos artigos 304 e 307 do CPC, sob pena de precluso. A nomeao autoria se destina correo de ilegitimidade passiva de parte, naquelas hipteses restritas dos artigos 62 e 63 do CPC, quais sejam, demanda movida contra detentor ou contra preposto de terceiro, que alegar essa condio. Apelao no provida.(20040110558786APC, Relator ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO, 6 Turma Cvel, julgado em 21/02/2007, DJ 13/03/2007 p. 125)

  • Nomeao Autoria

    Art. 69. Responder por perdas e danos

    aquele a quem incumbia a nomeao:

    I - deixando de nomear autoria, quando

    Ihe competir;

    II - nomeando pessoa diversa daquela em

    cujo nome detm a coisa demandada.

  • DENUNCIAO DA LIDE

    Denunciao da lide ao de garantia para

    eventual acertamento de um direito de

    regresso, em caso de:

    Evico

    Perda da posse cedida

    Condenao ao pagamento de indenizao

    Pode ser promovida pelo autor ( na petio

    inicial) ou pelo ru ( no prazo da resposta)

  • DENUNCIAO DA LIDE

    Art. 70. A denunciao da lide obrigatria:

    I - ao alienante, na ao em que terceiro reivindica a coisa, cujo domnio foi transferido parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evico Ihe resulta;

    II - ao proprietrio ou ao possuidor indireto quando, por fora de obrigao ou direito, em casos como o do usufruturio, do credor pignoratcio, do locatrio, o ru, citado em nome prprio, exera a posse direta da coisa demandada;

    III - quele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ao regressiva, o prejuzo do que perder a demanda.

  • DENUNCIAO DA LIDE

    Nelson Nery Jnior e Rosa Maria de Andrade Nery, in Cdigo de Processo Civil Comentado e Legislao Extravagante, 10 edio cita a seguinte casustica (pg. 284):

    14. Direito de regresso. A ao de garantia no se caracteriza como mero direito genrico de regresso, isto , fundado em garantia imprpria. Este no enseja a denunciao da lide, sob pena de ofenderem-se os princpios da celeridade e economia processual. Por direito de regresso, autorizador da denunciao da lide com base no CPC 70 III, deve-se entender aquele fundado em garantia prpria (Sanches, Denunciao, 121).

  • Denunciao da lide:

    obrigatoriedade ( doutrina)

    Sobre a obrigatoriedade, confira-se a doutrina de Nelson Nery Jnior, in Cdigo de Processo Civil Comentado. RT, p. 245: Como o direito material omisso quanto forma e modo de obter indenizao, relativamente s demais hipteses de denunciao da lide, no se pode admitir que a no denunciao, nos casos do CPC 70 II e III, acarretaria a perda da pretenso material de regresso. Norma restritiva de direito interpreta-se de forma estrita, no comportando ampliao. O desatendimento de nus processual somente pode ensejar precluso ou nulidade do ato, razo pela qual a falta de denunciao nas hipteses do CPC 70 II e III no traz como conseqncia a perda do direito material de indenizao, mas apenas impede que esse direito seja exercido no mesmo processo onde deveria ter ocorrido a denunciao (Barbi, Coment. N. 407, PP. 251/253).

  • Denunciao da lide - Jurisprudncia

    PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO DISSDIO JURISPRUDENCIAL NO CONFIGURADO (ART. 541 DO CPC E ART. 255 DO RISTJ) INEXISTNCIA DE OFENSA AO ART. 535 DO CPC DENUNCIAO DA LIDE DIREITO DE REGRESSO CPC, ART. 70, III OBRIGATORIEDADE AFASTADA PRECEDENTES REDUO DO QUANTUM DA INDENIZAO SMULA 7/STJ.

  • Denunciao da lide - Jurisprudncia

    3. A denunciao da lide s obrigatria em relao ao

    denunciante que, no denunciando, perder o direito de

    regresso, mas no est obrigado o julgador a process-la, se

    concluir que a tramitao de duas aes em uma s onerar

    em demasia uma das partes, ferindo os princpios da

    economia e da celeridade na prestao jurisdicional, sendo

    desnecessria em ao fundada na responsabilidade prevista

    no art. 37, 6, da CF/88, vez que a primeira relao jurdica funda-se na culpa objetiva e a segunda na subjetiva,

    fundamento novo no constante da lide originria.

  • Denunciao da lide - procedimento

    Art. 71. A citao do denunciado ser requerida,

    juntamente com a do ru, se o denunciante for o

    autor; e, no prazo para contestar, se o

    denunciante for o ru.

  • Denunciao da lide - procedimento

    Art. 72. Ordenada a citao, ficar suspenso o processo.

    1o - A citao do alienante, do proprietrio, do possuidor indireto ou do responsvel pela indenizao far-se-:

    a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 (dez) dias;

    b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 (trinta) dias.

    2o No se procedendo citao no prazo marcado, a ao prosseguir unicamente em relao ao denunciante.

  • Denunciao da lide - procedimento

    Art. 73. Para os fins do disposto no art.

    70, o denunciado, por sua vez, intimar

    do litgio o alienante, o proprietrio, o

    possuidor indireto ou o responsvel pela

    indenizao e, assim, sucessivamente,

    observando-se, quanto aos prazos, o

    disposto no artigo antecedente.

  • Denunciao da lide - procedimento

    Art. 74. Feita a denunciao pelo autor, o

    denunciado, comparecendo, assumir a

    posio de litisconsorte do denunciante e

    poder aditar a petio inicial,

    procedendo-se em seguida citao do

    ru.

  • Denunciao da lide - procedimento

    Art. 75. Feita a denunciao pelo ru:

    I - se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o

    processo prosseguir entre o autor, de um lado, e de

    outro, como litisconsortes, o denunciante e o

    denunciado;

    II - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas

    para negar a qualidade que Ihe foi atribuda, cumprir

    ao denunciante prosseguir na defesa at final;

    III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo

    autor, poder o denunciante prosseguir na defesa.

  • Denunciao da lide - procedimento

    Art. 76. A sentena, que julgar

    procedente a ao, declarar, conforme o

    caso, o direito do evicto, ou a

    responsabilidade por perdas e danos,

    valendo como ttulo executivo.

  • Denunciao da lide - jurisprudncia

    AO INDENIZATRIA. ACIDENTE DE TRNSITO. SEGURADORA. DENUNCIAO DA LIDE. PROCEDNCIA DOS PEDIDOS. CONDENAO EM REEMBOLSO.

    POSSIBILIDADE DE A DENUNCIADA RESISTIR, DE FORMA AMPLA, AOS FUNDAMENTOS DA LIDE PRIMRIA. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO.

    I - Com a denunciao da lide inaugura-se uma nova relao processual, em que o ru do processo originrio passa a figurar como autor da lide secundria, estabelecida em face do terceiro denunciado, com quem mantm vnculo jurdico, no intuito de que este responda em regresso, na hiptese de sucumbncia do denunciante.

  • Denunciao da lide - jurisprudncia

    II - Quanto controvrsia em si, e passando ao largo da discusso acerca da natureza jurdica que o denunciado assume no processo, isto , se assistente simples, assistente litisconsorcial ou litisconsorte, tal qual enuncia o artigo 75, I, do CPC, em qualquer caso, tem-se-lhe reconhecido, e no poderia ser diferente, o interesse em oferecer resistncia, de forma ampla, pretenso deduzida pelo adversrio do denunciante, tendo em vista que o desfecho da demanda principal poder repercutir na demanda secundria.

    Recurso especial provido.

    (REsp 900.762/MG, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 12/02/2008, DJe 25/04/2008)

  • Denunciao da lide - jurisprudncia

    PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.

    ANLISE DO CONTEXTO FTICO-PROBATRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE.

    DENUNCIAO DA LIDE. FACULDADE. NO-CABIMENTO. AUSNCIA DAS HIPTESES DO ART. 70 DO CPC.

    1. A denunciao da lide modalidade de interveno forada, vinculado idia de garantia de negcio translatcio de domnio e existncia de direito regressivo. A parte que enceta a denunciao da lide, o denunciante, ou tem um direito que deve ser garantido pelo denunciante-transmitente, ou titular de eventual ao regressiva em face do terceiro, porque demanda em virtude de ato deste.

    . Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/11/2008, DJe 01/12/2008)

  • Chamamento ao processo

    O chamamento ao processo admissvel quando o

    chamado responder solidariamente com o ru pelo

    direito que o autor reclama

    Provoca a interveno de co-obrigados solidrios:

    Fiador chama devedor principal, fiador chama co-

    fiadores solidrios e devedor chama co-devedores

    solidrios ( OBSERVAO: DEVEDOR NO

    CHAMA FIADOR.)

  • CHAMAMENTO AO PROCESSO

    Art. 77. admissvel o chamamento ao

    processo:

    I - do devedor, na ao em que o fiador

    for ru;

    II - dos outros fiadores, quando para a

    ao for citado apenas um deles; III - de

    todos os devedores solidrios, quando o

    credor exigir de um ou de alguns deles,

    parcial ou totalmente, a dvida comum.

  • CHAMAMENTO AO PROCESSO

    Art. 78. Para que o juiz declare, na

    mesma sentena, as responsabilidades

    dos obrigados, a que se refere o artigo

    antecedente, o ru requerer, no prazo

    para contestar, a citao do chamado.

    Art. 79. O juiz suspender o processo,

    mandando observar, quanto citao e

    aos prazos, o disposto nos arts. 72 e 74.

  • CHAMAMENTO AO PROCESSO

    Art. 80. A sentena, que julgar

    procedente a ao, condenando os

    devedores, valer como ttulo executivo,

    em favor do que satisfizer a dvida, para

    exigi-la, por inteiro, do devedor principal,

    ou de cada um dos co-devedores a sua

    quota, na proporo que Ihes tocar.

  • Chamamento ao processo -

    jurisprudncia

    RECURSO ESPECIAL. CHAMAMENTO AO PROCESSO DO PATROCINADOR. INEXISTNCIA DE SOLIDARIEDADE.(...)

    1. O chamamento ao processo admissvel quando o chamado responder solidariamente com o ru pelo direito que o autor reclama (Art. 77, III, do CPC).(...)

    (REsp 960.763/RS, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/10/2007, DJ 31/10/2007 p. 339)

  • Cespe oab-2008/3

    Questo 40 ( CESPE-OAB-2008/3 - Suponha que Antnio, empregado de Carlos, tenha cumprido ordens deste para retirar madeira na fazenda de Celso, que, diante disso, tenha proposto a ao de reparao de danos materiais contra Antnio. Nessa situao, no prazo para a defesa, lcito a Antnio

    A - requerer a denunciao da lide contra Carlos.

    B - deduzir pedido de chamamento ao processo contra Carlos.

    C - requerer a nomeao autoria contra Carlos.

    D - requerer a citao de Carlos na qualidade de litisconsorte passivo necessrio.

  • CESPE-OAB-2008/2

    Questo 40 ( CESPE-OAB-2008/2) - Carla e Renata eram fiadoras de Andr em contrato de locao de um apartamento residencial, em carter solidrio e mediante renncia ao benefcio de ordem. Como Andr no pagou os ltimos trs meses de aluguel, o locador ajuizou ao de cobrana contra o locatrio e Carla.

    Considerando a situao hipottica apresentada, correto afirmar que Carla agir corretamente se

    A - nomear Renata autoria, pois se trata de fiana dada pelas duas conjuntamente.

    B - requerer a suspenso do processo at que Andr conteste a ao, a fim de obter elementos para apresentar a sua defesa.

    C - promover o chamamento ao processo de Renata, haja vista que as duas so fiadoras.

    D - denunciar Renata lide, visto que ela tambm est obrigada pelo contrato.

  • OAB-CESPE-2007-3

    Questo 36 OAB-CESPE-2007-3 - Com referncia a interveno de terceiros e a assistncia, assinale a opo correta.

    A - O terceiro que se sentir prejudicado ou que tiver seu direito ameaado em virtude de uma pretenso discutida em juzo poder ingressar na ao e nomear- se como legtimo detentor do direito disputado pelo autor, por meio do incidente denominado nomeao autoria.

    B - A assistncia somente admissvel at o julgamento da apelao.

    C - Tanto o autor quanto o ru tm legitimidade para requerer o chamamento ao processo do devedor principal, dos demais co-devedores solidrios ou do fiador. Quando o chamamento for manejado pelo autor, permite-se o aditamento da petio inicial pelo chamado.

    D - A denunciao lide constitui uma nova ao, ou seja, lide secundria em relao ao principal, e, uma vez extinta a Ao principal, resta prejudicada, por falta de objeto, a lide secundria.