as teorias de ensino-apredizagem e a prática de sala de aula

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AS TEORIAS DE AS TEORIAS DE ENSINO-APREDIZAGEM E ENSINO-APREDIZAGEM E A PRÁTICA DE SALA DE A PRÁTICA DE SALA DE AULA AULA Fernanda Coelho Liberali Fernanda Coelho Liberali ([email protected]) ([email protected]) NAC - PUC - SP NAC - PUC - SP

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As Teorias de Ensino-Apredizagem e a Prática de Sala de Aula

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  • AS TEORIAS DE ENSINO-APREDIZAGEM E A PRTICA DE SALA DE AULAFernanda Coelho Liberali ([email protected])NAC - PUC - SP

  • Ma. Cecilia Magalhaes, Fernanda Liberali & Angela Cavenaghi-Lessa Ana Maria DavidAndrea Cardoso da SilvaCristina ColasantoEduardo GonalvesErmelinda Maria BarricelliLuciane Souza SoaresHelena Miascovsky Maria Clarissa P. PinheiroMarianka de Souza Gonalvez Nielsi de SouzaRosineide Albuquerque da Silva Ana Paula CortezJoo Batista Pires da Silva

    Livia Maria MottaAlzira ShimouraMona HawiMa. Cristina DamianovicElaine MateusRosemary SchetiniSueli FidalgoJoelma de FariaAlice Yoko HorikawaMrcia SchneiderIlka SantosSonia Regina PinheiroValentina Ma. Juliana CamargoSilvana de OliveiraDigiane LemosGabriela SantosViviane KleinEdna CarmoValdite FugaMonica LemosMnica Galante Gorini GuerraMaria Cristina AlvesAndrea MirandaSlvia Regina de Oliveira

  • Objetivo Geral :Discutir as teorias comportamentalista (brevemente)construtivista Scio-Histrico-Cultural

  • Lingstica AplicadaQuestes de Linguagem da Vida RealTransdisciplinaridade Lingstica, Psicologia, Sociologia, Educao, etnografia, ergonometria,etc.transformaes das condies de injustia dentro das quais os sujeitos circulam

    (Celani, Moita Lopes, Rojo, Bygate)

  • Perspectiva ComportamentalDaz Bordenave & Pereira, 1977

  • Sueli Fidalgo - adaptado de Liberali, 2004

    Sec XX: Behaviorismo/ Comportamentalismo: (Skinner)

    Foco no professor como detentor do conhecimentoEstmulo resposta- reforoTbula rasaMemriaBusca pelo prazerAprender = desenvolverAluno PassivoProfessor como Modelo /Controlador Correo imediataRepetio como soluo

    Sueli Fidalgo - adaptado de Liberali, 2004

  • Perspectiva CognitivistaSeber, 1977

  • Sueli Fidalgo - Adaptado de Liberali, 2004

    Sec. XX: Construtivismo / Cognitivismo: (Piaget)

    Foco no aluno e nas operaes mentaisEtapas do conhecimentoUniversalidade (todos aprendem da mesma forma)Desenvolver -> aprenderAluno Ativo Professor Observador / ProblematizadorTarefas baseadas em estratgias cognitivasErros aceitos = parte do processo de aprendizagem

    Sueli Fidalgo - Adaptado de Liberali, 2004

  • Perspectiva Scio-histrico-culturalBaseado em Daz Bordenave & Pereira, 1977

  • Sueli Fidalgo - adaptado de Liberali, 2004Sec. XX: Scio-interacionismo/ Scio-construtivismo/ Socio-histrico-cultural (Vygotsky, Leontiev)Foco na mediaoAprendizagem dentro de contextos histricos, sociais e culturaisFormao de conceitos cientficos a partir de conceitos cotidianosAlunos como participantes da interao, parceiros na zona de construo Professor como mediador, par mais experiente no contedo enfocadoTarefas de desafio e de descobertas

    Sueli Fidalgo - adaptado de Liberali, 2004

  • Processo HistricoSHC nfase em aspectos scio-culturais-polticos, parte do que inerente ao povo; o ser humano cria a cultura na medida em que interage com as condies de seu contexto de vida; a histria consiste nas respostas dadas pelo ser humano natureza, aos outros homens, s estruturas sociais e na tentativa de ser mais sujeito de sua prxis, ao responder aos desafios de seu contexto; participao do ser humano como sujeito da sociedade, cultura, histria atravs da conscientizao.Construtivismonfase nos processos cognitivos separados dos problemas sociais contemporneos; relaes sociais tm valor, porm capacidade de integrar e processar informaes superior; nvel de estruturao lgica dos indivduos de um grupo constitui a infra-estrutura dos fatos sociais; Regras, normas, valores variam de acordo com o nvel mental mdio de um determinado grupo, desde a anarquia, tirania, democracia; liberdade implica em participao ativa na elaborao de regras comuns para o grupo;

  • Sujeito Construtivistaser humano se desenvolve por fases ou estgios de inteligncia que se sucedem; individuo considerado como um sistema aberto, em reestruturaes constantes; desenvolvimento ocorre atravs de processos de adaptao (assimilao e acomodao) entre meio e o ser humano; toda atividade humana implica em desenvolvimento da inteligncia e afetividade.SHCser humano concreto situado no tempo e no espao, inserido no contexto scio-econmico-cultural-poltico-histrico; ser humano chega a ser sujeito pela reflexo sobre o contexto; relao ser humano ser humano fundamental para o desenvolvimento -> a partir dessa relao, a cultura ser perpetuada e/ou reconstruda. Os homens so os mediadores da cultura para os semelhantes.

  • Aes ConstrutivistaOrganizao do conhecimento, processamento de informaes,estilos de pensamento,comportamento relativo tomada de decises,Assimilao do objeto a esquemas mentais, ao do indivduo = centro do processo fator social ou educativo = condio do desenvolvimento; grupo como controle lgico do pensamento individualSHCReflexo sobre o contexto, tomada de conscincia dele, ao sobre ele para sua transformao, Participao ativa na histria; Questionamento e desmistificao; Anlise dos conhecimentos cientficos como produtos de uma histria.

  • Educao no Construtivismo:Conhecimento = construo contnua; conhecer um objeto agir sobre ele e transforma-lo; papel da educao provocar desequilbrios adequados aos nveis dos alunos para promover a construo progressiva das noes e operaes; indivduo aprende, por si s, a conquistar o conhecimento; colaborao e cooperao entre as pessoas; reciprocidade e cooperao na construo do saber moral e racional; escola deveria permitir ao aprendiz aprender por si prprio

  • Educao no SHC:Toda educao pressupe reflexo sobre ser humano concreto; a elaborao e desenvolvimento do conhecimento esto ligados ao processo de conscientizao; O ser humano se constri e se torna sujeito atravs da reflexo e comprometimento sobre seu contexto, o que leva a conscincia de sua historicidade; Esse processo de conscincia sempre inacabado; escola como espao de crescimento mtuo; educao deve ser forjada com o indivduo e no para ele; educao problematizadora implica em ato de des-velamento da realidade, percepo de como esto sendo no mundo (Freire, 1970).

  • O LEGADO SCIO-HISTRICO-CULTURAL

  • Perspectiva Monista de SpinozaExiste apenas uma nica substncia infinita constituda de um nmero infinito de atributos, dos quais conhecemos apenas dois: a extenso e o pensamento;O atributo extenso => materialidade (modos finitos da extenso) atributo pensamento => as idias (modos finitos do atributo pensamento) A combinao de diferentes corpos/idias aumenta o poder para agir o conatus

    (Spinoza, 1677: II,XXVIII: 171)

  • Trabalho = atividade humana, constituda por trs elementos (Marx, 1983,pp. 150 - 151):

    1. Atividade orientada para um fim o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha que ele construiu o favo em sua cabea, antes de contru-lo em cera 2. Meios do trabalho A mesma importncia que a estrutura de ossos fsseis tem para o conhecimento da organizao das espcies de animais desaparecidas, os restos dos meios de trabalho tm para a apreciao de formaes scio-econmicas desaparecidas3. Objeto do trabalho No processo de trabalho a atividade do homem efetua, portanto, mediante o meio de trabalho, uma transformao do objeto de trabalho, pretendida desde o princpio.

  • Concepo dialtica do desenvolvimento e da criatividade

  • Unidade dialtico-monista Atividade-Conscincia

    Significado da Palavra

  • Atividade MediadaVygotsky, 1930/ 1991 Instrumentos/artefato

    Comunidade

    Necessidade ->

    sujeitos objeto / motivo para agir

  • Atividade Concreta e EspecficaSatisfaz um desejo do sujeito, orientada para o objeto deste desejo, desaparece como resultado de sua satisfao e pode ser reproduzida em diferentes condies em relao a outro objeto.

    (Leontiev, 1972)

  • Conscincia Um quadro do mundo como ele se apresenta ao sujeito, um quadro em que ele mesmo, suas aes e estados esto includos. A imagem mental de um produto como o objetivo a ser atingido. Essa imagem j existe para o sujeito de tal forma que ele pode agir com esta imagem modificando-a de acordo com as condies disponveis essas imagens so imagens conscientes.Conscincia a base da atividade

  • Mediao: artefatosAnimais interagem com o mundo, mediados pelos instintos humanos interagem com o mundo, mediados por artefatos culturais (signos e ferramentas materiais)Desenvolvimento da liberdade humana: capacidade de imaginar e de planejar o futuro, i.e., intencionalidade.Vygotsky, - 1933/34 - 1968

  • Mediao (artefatos)Vygotsky, - 1933/34 - 1968 A conscincia como problema da psicologia contempornea

    Macaco:Coisas carecem de valor instrumental (madeira no se torna instrumento)Aes no volitivas vontade seria a liberdade da situao (macaco no a possui)Quer o fruto , no artefato/instrumentoHomen: Quer o artefato/ instrumento, se prepara para o futuroartefato/Instrumento: distrair-se da situao, exige motivao diferente, estimulao.artefato/Instrumento mantm conexo com o significado (do objeto)

  • Linguagemfenmeno social, histrico e ideolgico, ou seja, um lugar de interao humana (Bakhtin, 1929/1988).No processo de produo material, as pessoas tambm produzem linguagem, que serve no s como meio de informao mas tambm de suporte (carrier) dos significados socialmente desenvolvidos que esto nela afixados. (Leontiev, 1977)O uso da linguagem seria, assim, uma unidade bsica na regulao da conscincia humana, uma refrao da atividade social e intencional (Robbins, 2005).

  • Sentido e Significado

    Significado: definio socialmente acordadaSentido: soma dos eventos psicolgicos que surgem na mente a partir do mundo

    A cooperao entre as conscincias que move os significados, o que determina o desenvolvimento. alteridade da conscincia Conhecer o significado = conhecer o singular como universal (Vygotsky , 1933/34 1968)

  • Zona de Desenvolvimento Proximal As crianas aprendem e se desenvolvem ao atuar uma cabea mais alta do que so (Vygotsky, 1978, p. 102) As pessoas constroem zonas espaos entre quem so e quem esto se tornando o que as permite se tornar (Holzman, 2002)zpd uma distncia, sempre emergente e em contnua transformao, entre ser (being) e tornar-se (becoming). Na construo de ZPDs, fazemos coisas que ainda no sabemos; vamos alm de ns mesmo. (Holzman, 2002)

  • Professora diz que tem uma big questo escreve no quadro Why do we have homework? Alunos logo querem falar, mas professora diz que tem que dar 3 razes e que devem discut-las em seus grupos primeiro. Professora pede que se inscrevam para falar. Vitor apresenta sua opinio: put the brain to work. Professora questiona se s com homework isso acontece e pede aos demais do grupo para completarem. Alguns alunos dizem que tem que fazer HW por serem alunos e terem essa obrigao. Uma aluna explica que isso tem haver com responsabilidade. Alunos tentam falar ao mesmo tempo, mas professora pede que se organizem e diz que h mais. Aluna sugere improvement e Professora pede para serem mais especficos. Alunos do sugestes.

  • Professora explica que vo levantar hipteses que depois podero conferir. Alunos fazem relao com outra situao em que a Professora fez o mesmo. Aluno diz que j tem uma hiptese. Professora lembra que ao falarem as hipteses importante que fiquem atentos se suas idias so iguais ou se tem algo mais a acrescentar. Professora explica como falar nesses casos: eu concordo que... mas e explica sobre a importncia disso. (...)Professora pede para aluna que fale (mo levantada). Aluna fala por causa que ... e colega diz :por causa que no existe. Aluna repete usando porque e diz que no 1. faz mais calor. Professora pergunta por que essa aluna concorda com aluno F. Aluna diz que porque menor.

  • Professor pergunta o que frao e aluno d exemplo. Professor diz que aluno deu exemplo mas que quer o que . Outro aluno fala que uma parte do todo e Professor escreve no quadro, repetindo: uma parte do todo. Outro diz: uma coisa que pode representar uma parte de um todo. Outro diz que igual. Professor diz que h vrias formas de falar isso. Outro aluno d exemplo com certa dificuldade. Aluno diz que um modo de dividir o todo. E Professor pede mais detalhes. (...) Professor diz que agora quer exemplos.

  • Professora prope fazer mensagem de e-mail para enviar a amiga. Diz que vo se dividir em grupos e depois que tiverem escrito suas mensagens vo escolher aquelas que estiverem mais legais para enviar.Alunos so divididos em grupos. Antes de comear, Professora pergunta como so os combinados para trabalho em grupo. Professora escolhe aluno que lhe diz que todos tm que ajudar. Professora questiona sobre o que tem que fazer antes de comear e alunos dizem planejar. Professora ento lembra que se no planejar o que vai escrever, pode esquecer.

  • Professora tem frases na lousa e pede para que alunos completem com o que falta. Esto estudando a diferena entre nmeros ordinais e cardinais.Eu tenho 7 anos. Eu estou na 1 srie. Meu tio mora no 2 andar. Minha me me deu 4 cards. Fiquem em 1 lugar.Crianas vo ao quadro e completam. Quando um aluno erra e outros comeam a querer falar a resposta, professora lembra que vo corrigir depois. Na hora da correo, Professora l e pergunta se ordinal ou cardinal e por que usam 7 anos. Alunos dizem que a quantidade; professora pergunta se poderiam usar 7. com idade e pede que aluna fale. Aluna diz que o stimo aniversrio.

  • Professora lista do que pode ser dito na mensagem. Por exemplo, V., estou com saudades. Lembra tambm que podero falar sobre alguma novidade. Professora chama menina para dar exemplo. Aluna fala das professoras novas, salas novas. Professora pergunta sobre o que mais e alunos falam.Professora pede que conversem com o grupo para ver o que escrever e como escrever. Professora e auxiliar passam enquanto alunos falam do que podem falar, sugerem coisas a escrever.

  • O significado o caminho do pensamento para a palavraO pensamento uma nuvem, da qual a fala se depreende em gotas. O pensamento no apenas se expressa na palavra, mas nela se realiza. O pensamento um processo interno mediado. preciso encontrar uma determinada construo de significados para expressar o pensamento.O pensamento realiza-se na palavra.Vygotsky, - 1933/34 - 1968 A conscincia como problema da psicologia contempornea

  • Atividade revolucionria (Newman and Holzman, 2002)Instrumento-para-resultado:Identificado e reconhecido como utilizvel para um cetro fim; Produzido em massa.Instrumento-e-resultado:Especificamente desenhado para criar o que se quer produzir;Definido no e pelo processo de produo de seus objetos.

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