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1 As Novas Tecnologias e a Saúde Suplementar Custos e Benefícios aos Pacientes Abril 2019

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Page 1: As Novas Tecnologias e a Saúde Suplementar · AS NOVAS TECNOLOGIAS E A SAÚDE SUPLEMENTAR 3 Apresentação A cada inovação farmacêutica, uma nova fronteira da saúde é conquistada

A S N O V A S T E C N O L O G I A S E A S A Ú D E S U P L E M E N T A R 1

As Novas Tecnologias e a Saúde SuplementarCustos e Benefícios aos Pacientes

Abril 2019

Page 2: As Novas Tecnologias e a Saúde Suplementar · AS NOVAS TECNOLOGIAS E A SAÚDE SUPLEMENTAR 3 Apresentação A cada inovação farmacêutica, uma nova fronteira da saúde é conquistada

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E X P E D I E N T E

AS NOVAS TECNOLOGIAS E A SAÚDE SUPLEMENTAR

Benefícios aos Pacientes e Seus Custos

E L A B O R A Ç Ã O I Q V I A

Sydney Clark | Vice Presidente

David Peig | Gerente de Projetos

Willy Hirth | Consultor Sênior

Jéssica Nacazume | Analista

A P O I O I N T E R F A R M A

Octávio Nunes | Diretor de Comunicação

Selma Hirai | Coordenadora de Comunicação

Giselle Marques | Analista de Comunicação

Bruno Folli | Assessor de Imprensa

Pedro Bernardo | Diretor de Acesso e Assuntos Econômicos

Reus Farias | Coordenador de Assuntos Econômicos

P R O J E T O G R Á F I C O E D I A G R A M A Ç Ã O

Nebraska Composição Gráfica

I M P R E S S Ã O

PrimeColors • 500 exemplares

S O B R E A I N T E R F A R M A

A INTERFARMA é a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, uma entidade setorial, sem fins lucrativos, que representa 51 associadas, empresas e pesquisadores que buscam promover e incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação voltada para a produção de insumos farmacêuticos, matérias-primas, medicamentos e produtos para a saúde humana. São condições para fazer parte da entidade, realizar pesquisa, desenvolvimento e inovação e aderir ao Código de Conduta da associação.

S O B R E A I Q V I A

A IQVIA™, formada a partir da fusão da IMS Health e Quintiles, presente em mais de 100 países e com aproximadamente 55.000 colaboradores, é líder global de informação, tecnologia, consultoria e soluções em pesquisa clínica para a área de saúde, dedicada ao uso de dados e ciência para ajudar os stakeholders do setor a encontrarem melhores resultados para os pacientes.

As opiniões contidas neste trabalho são de responsabilidade do autor.

A V I S O D E C O N F O R M I D A D E

De acordo com o Código de Conduta da INTERFARMA (Revisão 2016), esta publicação se caracteriza por:

• Ter conteúdo histórico e educacional sobre Saúde Pública;

• Estar disponível na internet sem restrição;

• Não ter valor comercial;

• Ser distribuída gratuitamente.

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A S N O V A S T E C N O L O G I A S E A S A Ú D E S U P L E M E N T A R 3

Apresentação A cada inovação farmacêutica, uma nova fronteira da saúde é conquistada. Sinto-mas incapacitantes passam ser controlados, devolvendo a autonomia de inúmeras pessoas. Doenças sem tratamento se tornam curáveis, mudando o prognóstico dos pacientes. E até os avanços mais sutis, como nas terapias aperfeiçoadas, os ganhos viabilizam mais rapidez e adesão ao tratamento, com menos reações adversas.

Veja o câncer, por exemplo. Pouquíssimas pessoas conseguiam sobreviver à doença até 20 anos atrás. Enquanto hoje, com os avanços da ciência farmacêutica e da medi-cina, cerca de 15 milhões de pacientes puderam celebrar alta médica, certos de que o tratamento havia sido bem-sucedido.

Além do benefício direto à pessoa, existem muitos outros aspectos a serem consi-derados. Primeiro, a contribuição à sociedade. Quando um paciente recupera a sua autonomia, seja pelo controle dos sintomas ou pela cura de doenças, ele tende a re-tornar às suas atividades profissionais. Segundo, os gastos com saúde. Pacientes bem tratados geram menos internações, gastos com cirurgias e atendimentos ambulato-riais, portanto oneram menos os sistemas público e privado de saúde.

Existem metodologias para calcular esses benefícios, mas é impossível estimar o que realmente representa se reintegrar à sociedade, superando desafios que até pouco tempo eram intransponíveis. Isso é alcançado graças a esforços mundiais para criar terapias mais eficientes e seguras, com investimentos bilionários e crescentes em pesquisas multicêntricas, que chegam a superar uma década antes de alcançarem uma proposta terapêutica viável.

Apesar de todos os benefícios e investimentos, o setor farmacêutico representa ape-nas 6,6% das despesas totais das operadoras de planos de saúde. Essa relação entre medicamentos e planos de saúde é investigada pelo presente estudo, realizado pela IQVIA a pedido da INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

São apresentados diversos dados sobre a saúde suplementar no Brasil, que atual-mente beneficia 22% da população, o equivalente a 47 milhões de brasileiros.

Essa cobertura, contudo, registrou uma queda de 5,8% em quatro anos, de 2014 a 2017, como consequência do desemprego e da crise econômica. Por isso, os benefici-ários foram obrigados a migrar para o SUS, prejudicando a gestão de recursos públi-cos já insuficientes para o restante da população.

Portanto, o tema deste estudo não é só uma questão pertinente por sua abrangência na saúde suplementar, mas também pelo seu potencial de afetar o sistema público de saúde (SUS).

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Conhecer os caminhos que estão se desenhando para o futuro próximo é fundamen-tal para que toda a cadeia produtiva da saúde suplementar possa encontrar as me-lhores soluções, conjuntamente, para os desafios do momento, sempre considerando os interesses e as necessidades do beneficiário.

Sydney ClarkSVP Consulting & Technolo-gy Latam da IQVIA

Nilton PalettaPresidente América Latina e Gerente-Geral Brasil da IQVIA

Juan Carlos Gaona H. Presidente do Conselho Diretor da INTERFARMA

Elizabeth de CarvalhaesPresidente-executiva da INTERFARMA

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A S N O V A S T E C N O L O G I A S E A S A Ú D E S U P L E M E N T A R 5

IntroduçãoO sistema de saúde suplementar atende cerca de 22% da população brasileira, o que representa atualmente cerca de 47 milhões de pessoas. Esse número sofreu seguidas quedas desde 2014, quando 50 milhões de brasileiros eram atendidos. A redução de 5,8% se deve principalmente à crise econômica e ao desemprego, visto que a grande maioria dos planos de saúde é contratada por empresas e não diretamente pelo be-neficiário.

É importante ressaltar que a redução dos beneficiários modificou bastante o perfil da cartela de clientes. Enquanto a faixa etária mais elevada, que tende a demandar mais os planos, aumentou 5,4%, a faixa etária mais baixa, de zero a 18 anos, reduziu a repre-sentatividade em 7,8%. Assim, os planos de saúde passaram a atender 6,7 milhões de beneficiários com idade a partir de 59 anos em 2017.

Número de benefíciários por ano (em milhões)

Número de benefíciários por ano e faixa etária (em milhões)

2014

12,3

31,5

6,4

11,9

30,8

6,5

11,5

29,5

6,6

11,3

29,2

6,7

-7,8%

-7,3%

+5,4%

Crescimento2017 vs. 2014

0 a 18anos

19 a 58anos

59 anosou mais

2015 2016 2017

50,1 49,247,6 47,2

-5,8%

2014

50,12015

49,22016

47,62017

47,2

-5,8%

Fonte: SIB/ANS/MS (2018)

Fonte: SIB/ANS/MS (2018)

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Demanda crescenteAo observamos mais detalhadamente as demandas dos planos de saúde entre 2014 e 2017, notamos aumentos significativos tanto no número de procedimentos de as-sistência médico-hospitalar quanto na média de procedimentos por beneficiário. O primeiro indicador teve incremento de 10,9%, chegando a 1,3 bilhão, enquanto o se-gundo aumentou 17,8%, chegando a 28,1 procedimentos por beneficiário ao ano. Essa variação de demanda é coerente com a variação do perfil dos beneficiários.

Volume de procedimentos de assistência médico-hospitalar

Número de procedimentos de assistência médico-hospitalar por ano

Média de procedimentos de assistência médico-hospitalar por beneficiário e por ano

Ao categorizar as demandas, nota-se que houve incremento em praticamente todos os tipos de atendimentos, incluindo consultas médicas, procedimentos ambulato-riais, exames, terapias e internações. A demanda por medicamentos está presente em todas as categorias, embora, por razões metodológicas, não seja possível quanti-ficá-la isoladamente.

2014

1,2 Bi

2015

1,2 Bi

2016

1,3 Bi

2017

1,3 Bi

+10,9%

2014

23,9

2015

24,5

2016

27,1

2017

28,1

+17,8%

Fonte: SIB/ANS/MS (2018)

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A S N O V A S T E C N O L O G I A S E A S A Ú D E S U P L E M E N T A R 7

2014

59,4%

4,7%

12,6%

22,6%

1,2 Bi

2015

1,2 Bi

2016

1,3 Bi

2017+5,2%

+36,9%

+14,7%

+3,7%

-0,2%

Crescimento2017 vs. 2014

+11,6%+45,3%

+21,8%

+10,1%

+5,9%

Crescimento2017 vs. 2014

1,3 Bi

+10,9%

0,6%

61,9%

4,0%

11,3%

22,1%

0,7%

61,8%

5,4%

11,0%

21,2%

0,6%

61,4%

5,8%

11,8%

20,3%

0,6%

2014

14,2

1,1

3,0

5,4

23,9

2015

24,5

2016

27,1

2017

28,1

+17,8%

0,2

15,2

1,0

2,8

5,4

0,2

16,7

1,5

3,0

5,7

0,2

17,3

1,6

3,3

5,7

0,2

Na tabela a seguir, é possível observar um recorte maior, entre 1988 e 2018, fica ainda mais evidente o crescimento das faixas etárias mais avançadas. Há 30 anos, quando a população brasileira era de 143 milhões, os idosos respondiam por 7 milhões. Hoje, já respondem por 19 milhões, uma vez que a população total cresceu para 208 milhões.

No período, a variação de óbitos da população brasileira saltou 41%, chegando a mais de 1,3 milhão em 2018. Este crescimento aponta para uma relação direta entre longe-vidade e aumento de mortes por doenças crônicas, como por exemplo as neoplasias, mais comuns na população idosa.

Número de procedimentos de assistência médico-hospitalar por ano

Média de procedimentos de assistência médico-hospitalar por beneficiário e por ano

Consultas médicas Outros atendimentos ambulatoriais Exames complementares

Terapias Internações

Volume por tipo de procedimentos de assistência médico-hospitalar

Fonte: SIB/ANS/MS (2018)

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Perfil demográfico epidemiológico da população

Reforçando a relação entre demanda por assistência médico-hospitalar e idade, a evolução das consultas ambulatoriais entre 2014 e 2017 teve seu pico registrado na geriatria, com incremento de 28,1%, enquanto a evolução média esteve em 7,8%.

0,40,50,91,2

1,62,0

Homens Mulheres

2,42,8

3,54,4

5,36,2

6,97,4

8,19,1

9,2

0,40,50,91,21,62,0

2,42,8

3,54,4

5,36,26,97,4

8,19,19,2

80+

198875-7970-7465-6960-6455-5950-5445-4940-4435-3930-3425-2920-2415-1910-145-90-4

1,61,4

2,23,1

4,15,1

Homens

Doenças do aparelho circulatório

Óbitos por CID-10

OutrasDoenças endócrinas, nutricionais e metabólicasDoenças do aparelho digestivo

Doenças do aparelho respiratórioNeoplasias (tumores)

Causas externasSintomas, sinais e achados anormais em exames

Algumas doenças infecciosas e parasitárias

Mulheres143 milhões 208 milhões

7 milhões > 65 anos 19 milhões > 65 anos

5,96,4

7,28,1

8,68,58,78,4

7,87,47,6

2,51,9

2,73,7

4,75,7

6,46,9

7,78,58,78,68,6

8,17,4

7,17,2

80+

201875-7970-7465-6960-6455-5950-5445-4940-4435-3930-3425-2920-2415-1910-145-90-4

1998

13%

12%

10%5%4%4%9%

15%

28%

931.895

2016

12%

16%

12%

4%5%6%

11%

6%

28%

1.309.774

+41%

Fontes: IBGE 2018. – MS/SVS/CGIAE - Sistema de informação sobre mortalidade - SIM - IQVIA 2018

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A S N O V A S T E C N O L O G I A S E A S A Ú D E S U P L E M E N T A R 9

Evolução média: 7,7%

Além das consultas, a base de dados analisada permitiu compilar informações refe-rentes às internações. Nota-se que passou de 15,1% para 16,9% a taxa de internação. Entre as razões para essas demandas, destaca-se o infarto, com um salto de 75,3%, o que mantem o problema como a principal causa de mortes no País e uma das prin-cipais no mundo.

Também acima da média estão as internações por insuficiência cardíaca, câncer de mama e diabetes, com 23,4%, 22,3% e 9,1%, respectivamente. A média de incremento das internações no período é de 7,7%.

Evolução da utilização de consultas médicas ambulatoriais

Evolução de internações

No caso de internações, é notável o aumento de internações devido a doenças cardiovasculares, câncer e diabetes

Taxa de internação do Brasil* Crescimento do número de internações por causa selecionada (2017 vs. 2014)

Geriatria

Evolução média: 7,8%

28,1%

Clínica Médica

Doenças do aparelho resporatório

27,2%

3,9%

Hematologia

Doença hipertensiva

23,2%

6,2%

Psiquiatria

Câncer de próstata

23,0%

7,3%

Alergia e Imunologia

Doença cerebrovascular

12,9%

7,6%

Mastologia

Diabetes mellitus

9,4%

9,1%

Reumatologia

Câncer de mama

9,3%

22,3%

Endocrinologia

Insuficiência cardíaca congestiva

9,2%

23,4%

Oncologia

Infarto agudo do miocárdio

2014

*Taxa de internação: número de procedimentos de internação a cada 100 beneficiários.

Segundo mapa assistencial da saúde suplementar (ANS, 2015), esta taxa atingiu valor acima da média da OCDE e próximo a de países como Suécia, França, Suiça e Polônia.

15,1%

2015

16,1%

2016

16,5%

2017

16,9%

6,0%

75,3%

Fonte: SIB/ANS/MS (2018)

Fonte: SIB/ANS/MS (2018)

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Como esperado, o aumento das despesas assistenciais impacta no aumento dos gastos dos planos de saúde. Por outro lado, as operadoras buscam o equilíbrio finan-ceiro com o aumento em razão similar da receita. Nota-se, portanto, que o aumento acumulado da despesa assistencial, incluindo consultas, internações, exames, aten-dimentos ambulatoriais, terapias e medicamentos, é equivalente ao aumento da receita.

Evolução dos gastos da ANS (somente operadoras médico-hospitalares)

2014

45%

5%

21%

6%

7%

16%

105 Bi

2015

44%

5%

21%

6%

7%

16%

117 Bi

2016

43%

5%

21%

7%

7%

15%

132 Bi

2017

44%

4%

20%

7%

7%

15%

145 Bi

11,4%

8,2%Demais despesas médico-hospitalares

Internações

Terapias

Exames complementares

Outros atendimentos ambulatoriaisConsultas médicas

Medicamentos podem estar inclusos em pacotes de atendimentos ambulatoriais, exames, terapias e internações.

O aumento acumulado da despesa assistencial* é praticamente equivalente ao da receita de contraprestação dos planos.* Despesa assistencial inclui consultas médicas, internações, exames, atendimentos ambulatoriais, terapias e medicamentos.

145

Vari

ação

acu

mu

lad

a em

bas

e 10

0(2

014

a 2

017

- an

o fe

chad

o)

140

Evolução de despesas assistenciais (R$)

Evolução das receitas e despesas da ANS

21,2%

10,1%

14,5%

8,4%

CAGR

37,9%

135

130

125

120

115

110

2014 2015 2016 2017

105

120,6

129,6

137,9142,2

Despesa administrativa

Despesa de comercialização

Despesa assistencialReceita de contraprestação

100

Fonte: ANS tabnet 2018 (comparação de dados referentes à dezembro do ano em questão)

Fonte: Mapa Assistencial da ANS (2014 a 2017) .Os dados podem divergir do tabnet da ANS devido à atualização trimestral deste

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Essa relação de equivalência fica mais evidente quando contrapostas as evoluções da despesa assistencial média com o ticket médio das operadoras. Como as evoluções são similares ao longo dos anos, a linha da sinistralidade segue estável. Portanto, os aumentos de utilização de serviços são absorvidos em reajustes anuais de preços, principalmente no mercado de planos de pessoa jurídica (com mais de 30 vidas).

Maior utilização dos serviços de Planos de Saúde

4000

3000

2000

2,52,1

2014

1000

5000

0

70%

50%

30%

10%

90%

80%

60%

40%

20%

0

2,9

8585

Taxa de sinistralidadeDespesa assistencial média

8586

2,4

2015

3,3

2,8

2016

3,7

3,2

2017

Ticket médio das operadoras

Fonte: ANS 2018.

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MetodologiaA metodologia adotada para esse estudo considera, como definição de demanda para o canal institucional privado, os seguintes indicadores.

Mercado Farmacêutico Institucional: engloba as demandas de medicamentos em instituições públicas e privadas. Essa demanda é captada pela IQVIA por meio de um painel de distribuidores parceiros e de informação de vendas diretas entre laborató-rios e instituições.

Dividido em:

CANAL INSTITUCIONAL PRIVADO: Clínicas, Hospitais Privado e Planos e Seguradoras de Saúde

CANAL INSTITUCIONAL PÚBLICO: Hospitais Públicos e Governo

Hospital Purchase Price (HPP)*: preço de compra das instituições privadas e públi-cas. No canal público, é aplicado o preço de compra pública, obtido por licitação e da-dos governamentais. No canal privado, aplica-se o preço de compras executado por instituições privadas, obtido por meio do painel de distribuidores parceiros da IQVIA.

O custo de medicamentos no canal institucional privado foi dimensionado com base nos dados de compra desses medicamentos pelas instituições do canal privado (clínicas, hospitais privados, planos e seguradoras de saúde).

Também é relevante observar que existem superestimações no estudo, por conta da natureza da base de dados.

SERVIÇOS MISTOS – Embora existam provedores de serviços de saúde mistos, que têm uma parcela de pacientes proveniente do SUS, toda aquisição feita nesses am-bientes foi considerada como um financiamento de responsabilidade das operado-ras. Isso porque não é possível identificar nas auditorias qual parcela das aquisições é dedicada a pacientes do SUS.

DEMANDA PARTICULAR – Demandas particulares também foram consideradas como gastos de operadoras, uma vez que não é possível identificar eventuais de-mandas financiadas por particulares/pessoa física de demandas reembolsadas por operadoras.

* Por ser uma métrica lançada em janeiro/2019, há apenas o histórico até fevereiro/2014. Assim, os dados de janeiro/2014 foram extrapolados com base no desconto de fevereiro.

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Gastos com medicamentosNeste momento do estudo é demonstrada a relação direta entre planos de saúde e medicamentos, com diferentes perspectivas sobre a evolução de cada segmen-to. A primeira comparação é baseada no custo dos medicamentos dentro do canal institucional privado, em que nota-se um crescimento inferior ao faturamento das operadoras.

Enquanto as operadoras incrementaram o faturamento de R$ 141,4 bilhões em 2014 para R$ 196,3 bilhões em 2017, os medicamentos tiveram o custo elevado de R$ 8 bi-lhões para R$ 12,7 bilhões no período.

Importante destacar que a participação dos medicamentos no faturamento do canal institucional privado é pequeno, atualmente em 6,5%. As mesmas proporções são observadas na comparação com as despesas totais das operadoras.

Faturamento das operadoras vs. custo de medicamentos no canal institucional privado*

Os gastos com medicamentos também aumentam, porém representam parcela pequena da receita das operadoras

6,5%

12,7

2017

6,1%

10,8

2016

5,6%

8,9

2015

30%

20%

10%

5,6%

8,0

20140

150

200

100

50

0

158,6141,4

Custo medicamentos no canal institucional privado (R$ HPP - Bi)

Participação Medicamentos/Planos (R$ HPP)196,3

178,7

Faturamento operadoras (R$ Bi)

*Canal institucional privado consideram Clínicas, Hospitais e Planos e Seguradoras de Saúde. O faturamento das operadoras no ano fechado considera a receita de contraprestações + outras receitas operacionais.

Fonte: ANS tabnet (2018) e IQVIA NRC (2018)

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Despesas totais das operadoras vs. medicamentos no canal institucional privado* (ano fechado)

*Canal institucional privado consideram Clínicas, Hospitais e Planos e Seguradoras de Saúde. As despesas totais de operadoras incluem despesas assistenciais, de comercialização, administrativas e outras operacionais.

6,6%

12,7

2017

6,2%

10,8

2016

5,8%

8,9

2015

30%

20%

10%

5,7%

8,0

20140

150

200

100

50

0

155,2139,2

Custo medicamentos no canal institucional privado (R$ HPP - Bi)

Participação Medicamentos/Planos (R$ HPP)190,5

175,8

Despesa Total Planos de Saúde (R$ Bi)

Fonte: ANS tabnet (2018) e IQVIA NRC (2018)

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Preços de medicamentosOs preços de medicamentos são controlados pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que estipula um valor máximo a ser cobrado. Contudo, a concorrência de mercado influencia na oferta de descontos, que podem tornar mais competitivas compras em escala e, em algumas situações, registrar variação de preço acentuada, por conta das variações nos descontos.

Ao decompormos o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) entre os diferentes segmentos da saúde mensurados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística), nota-se que a inflação dos medicamentos é inferior a dos planos de saúde, encontrando-se em posição intermediária nos critérios adotados.

Entre 2014 e 2017, considerando o acumulado de 12 meses em março, a variação do IPCA de medicamentos foi de 26,9%, enquanto a dos planos de saúde alcançou 40,8%, uma diferença de quase 14 pontos percentuais. Destaca-se também a elevada variação dos artigos ortopédicos, como órteses e próteses, e das hospitalizações.

Comparação de reajustes de inflação - Saúde e cuidados pessoais

No que tange a preços, a variação da inflação de produtos farmacêuticos é menor que a de outros serviços de saúde

IPCA - GERAL

IPCA - Artigos ortopédicos

IPCA - Hospitalização e cirurgia

IPCA - Produtos farmacêuticos*

IPCA - Serviços médicos

Planos de saúde registraram aumento de 40,8% de 2014 a 2017:

*inclui medicamentos com preçoregulado e não regulado pela CMED

16,3pp acima da variação da inflação total (IPCA geral)

IPCA - Exame de laboratório

IPCA - Plano de saúde

24,5%

35,1%

27,2%

26,9%

22,7%

15,4%

40,8%

-13,9pp

13,9pp acima da variação de produtos farmacêuticos*

Fonte: IPCA - IBGE (ano móvel março)

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Se observado o preço lista dos medicamentos, em que não se considera a variação dos descontos, sendo portanto um indicador superestimado, o índice anual de rea-juste é inferior ao acumulado do IPCA entre 2014 e 2017. A diferença é de 18,4 pontos percentuais entre o IPCA Plano de Saúde e o reajuste da CMED(1). Se considerada uma série histórica maior, entre 2013 e 2018, a diferença aumenta para 44,4 pontos percentuais(2).

Comparação de reajustes - Medicamentos vs. Inflação vs. Planos de Saúde

A CMED é o órgão regulador que controla o ajuste de medicamentos.

O ajuste anual de preços, definido no dia 31 de março de cada ano, leva em consideração: o IPCA, de fevereiro, entre outros fatores.

O reajuste máximo permitido em 2017 foi igual ao valor da inflação no período (4,76%).

Nós últimos 4 anos, a variação acumulada:

do reajuste de preços da CMED foi 22,4%

do IPCA foi 24,5%

do IPCA Planos de Saúde foi 40,8%

O reajuste de preço dos medicamentos varia muito abaixo da inflação de Planos de Saúde.

Fonte: CMED, IPCA - IBGE (ano móvel março)

145

Vari

ação

acu

mu

lad

a em

bas

e 10

0(M

arço

20

14 a

Mar

ço 2

017

)

140

135

130

125

120

115

110

2014 2015 2016 2017

105

122,4124,5

140,8

109,6

124,0

Medicamentos (CMED) Ajuste médio calculado em março do ano corrente

IPCA (IBGE) - Variação acumulada até março

IPCA - Plano de Saúde

100

-18,4pp

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Por fim, a entrada de medicamentos inovadores no Rol de Procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), bem como a ampliação da cobertura em geral, é insuficiente para elevar o preço dos medicamentos ao nível da elevação do ticket médio dos planos. Ou seja, os preços dos medicamentos não constituem, isola-damente, um fator da alta pressão nos custos da saúde.

Comparação de reajustes de inflação

Variação acumulada em base 100 (Março 2013 a Março 2018)

Variação ano a ano (%)

*Produto farmacêuticos inclui medicamentos com preço regulado e não regulado pela CMED

170

Vari

ação

acu

mu

lad

a em

bas

e 10

0(M

arço

20

13 a

Mar

ço 2

018

)

160

150

140

130

120

2013 2014 2015 2016 2017 2018

110

129,8

135,3137,6

174,2

100

-44,4pp

IPCA - Plano de Saúde

IPCA (IBGE) - Variação acumulada até março

Medicamentos (CMED) - ajuste médio calculado em março do ano corrente

IPCA - Produtos farmacêuticos*

Vari

ação

an

o a

ano

(%)

12%

10%

8%

6%

2013 2014 2015 2016 2017 2018

4%

2,82,4

2,6

4,8

12,5

10,4

7,7

6,0

3,5

5,76,3

4,6

2%

IPCA (IBGE) - Março

Medicamentos (CMED) - ajuste médio calculado em março do ano corrente

Fonte: CMED, IPCA - IBGE (ano móvel março)

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Comparação de reajustes - Preço médio medicamentos vs. Ticket médio planos

No canal institucional privado, mesmo com os lançamentos, preços de medicamentos variam abaixo do ticket médio por beneficiário dos planos de saúde

Vari

ação

acu

mu

lad

a em

bas

e 10

0(a

no

fech

ado)

150

140

130

120

2013 2015 2016 2017

110

152,0

142,2135,7

102,1

100

Ticket médio das operadoras

Preço médio medicamentos - canal institucional privado (R$ HPP)

Fonte: ANS (2018), NRC Audit (2018)

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Estimativa do gasto com fraudes e desperdícios em relação às despesas assistenciais em 2017

2017: 7,4 Milhões de ressonâncias magnética realizadas no Brasil (+4,5% vs 2016)

19,2%Fraudes e Desperdícios

80,8%Despesas assistenciais

A racionalização do uso de recursos e combate às fraudes são medidas importantes para a saúde financeira das operadoras

Exames em excesso e desperdíciosConsiderando uma breve análise de outros fatores que possam estar pressionando os custos da saúde, nota-se uma estimativa expressiva e preocupante dos gastos com fraudes e desperdícios, que responderiam por mais de 19% dos gastos totais. Nessa perspectiva, uma comparação internacional na taxa de realização de ressonância magnética nuclear demonstra que o Brasil fica em evidência com o mais alto nível de demanda em todos os anos, entre 2014 e 2017, em comparação com Estados Unidos, França, Itália, Espanha e Chile.

2014

115110

96

79

Brasil

77

19

132

118

105

78 78

149

121

157

111114

67

83

20

2015 2016 2017

Estados Unidos França Itália Espanha Chile

Uso de exames - Ressonância magnética (uso por mil pessoas) por ano

Nota: Elaboração a partir de dados de estudo elaborado pelo IESS. Não havia dados disponíveis para todos os anos para alguns países.

Fonte: Análise Especial do Mapa Asistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2011 e 2017 (IESS, 2018)

Fonte: “Impacto das fraudes e dos desperdícios sobre gastos da Saúde Suplementar - estimativa 2017”, IESS (2018)

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ConclusãoO estudo demonstra que as operadoras de planos de saúde enfrentam pressões sig-nificativas de custos, embora tenham mantido praticamente estável a taxa de sinis-tralidade, graças a consecutivos reajustes. As pressões de custos têm origens diversas e estão diretamente relacionadas ao envelhecimento da população brasileira.

Destaca-se também o fato de ter havido uma mudança gradual da carteira de clien-tes dos planos de saúde, com mais presença da faixa etária mais elevada que notada-mente gera mais demandas aos planos. A crise econômica e o desemprego tiveram influência nessa mudança, uma vez que a maioria dos planos é financiada por em-presas e não contratado individualmente.

A partir disso, nota-se a pressão de custos criada por internações, exames, consultas, procedimentos ambulatoriais e terapias. Em meio a essa tendência, existe a pressão dos medicamentos. Embora os gastos com medicamentos tenham passado de R$ 8 bilhões para R$ 12,7 bilhões, entre 2014 e 2017, configurando um incremento de 58,7%, eles seguem com baixa representatividade nos gastos totais dos planos. Eles repre-sentam atualmente 6,5% do faturamento das operadoras, um índice baixo, se com-parado a diversos outros, como o índice de fraudes e desperdícios, que supera 19%.

Além disso, não se deve ignorar os benefícios das terapias medicamentosas, que po-dem reduzir expressivamente os gastos com saúde, incluindo internações e cirurgias, ao curar ou controlar doenças e sintomas. Com a autonomia resgatada, o paciente pode voltar a se tornar produtivo ou incrementar a sua produtividade, trazendo be-nefícios à sociedade.

Observando a inflação mensurada pelo IPCA, nota-se que os produtos farmacêuticos registraram aumento de 26,9% entre 2014 e 2017, ou seja, 2,4 pontos percentuais aci-ma do IPCA geral, de 24,5%. Contudo, o IPCA dos planos de saúde saltou em 40,8%, acumulando uma diferença muito maior, de 13,1 pontos percentuais.

Destaques (2014 a 2017)

26,9%

Variação acumulada do

IPCA - Produtos farmacêuticos

24,5%

Variação acumulada do IPCA

geral

40,8%

Variação acumulada do IPCA

- Planos de saúde

42,2%

Variação acumulada

preço médio de medicamentos no

canal hospitalar privado

52,0%

Variação acumulada do

ticket médio de operadoras

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Os dados mostram ainda que a variação acumulada no preço médio de medicamen-tos no canal hospitalar privado é menor do que a variação acumulada do ticket médio de operadoras. Enquanto a primeira registrou aumento de 42,2% entre 2014 e 2017, a segunda aumentou 52%.

É relevante destacar que, como toda inovação, os lançamentos de produtos da indús-tria farmacêutica carregam o custo de pesquisa e desenvolvimento junto ao custo de produção nos primeiros anos de comercialização, para que o setor recupere os inves-timentos bilionários no lento e custoso processo de identificação de novas terapias.

Esses tratamentos curam doenças, devolvem a autonomia e o bem-estar às pesso-as antes afetadas por sintomas muitas vezes graves, persistentes e debilitantes. Há, portanto, um indiscutível e necessário avanço social e econômico com a introdução das novas tecnologias no mercado e, assim sendo, entende-se como fundamental o esforço cada vez maior para a ampliação do acesso às inovações, incluindo pelo canal institucional privado, como forma de trazer mais benefício ao paciente e significativa redução do impacto no sistema de saúde.

Por outro lado, o conjunto de pressões nos custos da saúde é realmente uma questão importante para a sustentabilidade das operadoras e deve ser algo amplamente dis-cutido, uma vez que essa é uma forma de acesso relevante para mais de 47 milhões de brasileiros. Dados detalhados como os presentes neste estudo são essenciais para pautar discussões e decisões a respeito de modelos de gestão, de cobrança e de acesso.

Reforça-se também que o setor deve agir de forma abrangente, em três pilares - pre-venção, diagnóstico e tratamento. Nestes, englobam-se:

Promoção da saúde e prevenção de doenças;

Agilidade no diagnóstico;

Coleta e uso de dados do mundo real;

Modelos de remuneração;

Protocolos e diretrizes terapêuticas.

Ações conjuntas nesses tópicos, conduzidas pelos principais atores da saúde, podem contribuir para um uso mais racional dos serviços das operadoras, possibilitando as-sim a ampliação do acesso aos melhores e mais modernos tratamentos.

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