artigo científico

5
Artigo Científico O artigo científico é um estudo breve sobre um tema que trata de questões de natureza científica. Esse representa o resultado de estudos realizados, dada sua dimensão e conteúdo, tendo abordagens atuais. Esse tipo de texto é direcionado ao público para relatar pesquisas feitas e para dar conhecimento dos resultados conquistados. Estrutura do artigo científico O artigo científico deve conter: I. Título, subtítulo, autor(es); II. Credenciais do(s) autor(es). Essas vêm em nota de rodapé, indicando a origem de seu credenciamento acadêmico; III. Resumo – esse vem logo após o nome do autor. O resumo em língua estrangeira aparece no final do artigo, após as referências; IV. Introdução – apresenta-se o assunto, os objetivos, a metodologia, a relevância do tema, as limitações e proposições; V. Desenvolvimento – corpo do artigo. Nele o autor expõe, demonstra o estudo, apresenta a avaliação dos resultados e a comparação com outras obras. Essa parte do texto pode ser subdividido em seções ou tópicos. VI. Conclusão e comentários – inclui a dedução lógica do autor, fundamentada no texto de forma reduzida; VII. Referências – essas devem obedecer às normas da ABNT; VIII. Abstract, resume ou resumen; IX. Data da produção do texto Problema de pesquisa

Upload: maxmiliano-melo

Post on 05-Jun-2015

352 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Artigo científico

Artigo Científico

O artigo científico é um estudo breve sobre um tema que trata de questões de natureza científica. Esse representa o resultado de estudos realizados, dada sua dimensão e conteúdo, tendo abordagens atuais. Esse tipo de texto é direcionado ao público para relatar pesquisas feitas e para dar conhecimento dos resultados conquistados.

Estrutura do artigo científico

O artigo científico deve conter:

I. Título, subtítulo, autor(es);

II. Credenciais do(s) autor(es). Essas vêm em nota de rodapé, indicando a origem de seu credenciamento acadêmico;

III. Resumo – esse vem logo após o nome do autor. O resumo em língua estrangeira aparece no final do artigo, após as referências;

IV. Introdução – apresenta-se o assunto, os objetivos, a metodologia, a relevância do tema, as limitações e proposições;

V. Desenvolvimento – corpo do artigo. Nele o autor expõe, demonstra o estudo, apresenta a avaliação dos resultados e a comparação com outras obras. Essa parte do texto pode ser subdividido em seções ou tópicos.

VI. Conclusão e comentários – inclui a dedução lógica do autor, fundamentada no texto de forma reduzida;

VII. Referências – essas devem obedecer às normas da ABNT;

VIII. Abstract, resume ou resumen;

IX. Data da produção do texto

Problema de pesquisa

Um problema de pesquisa é um problema que pode ser resolvido com conhecimentos e dados já disponíveis ou com aqueles passíveis de serem produzidos. Portanto, é algo cuja compreensão forneça novos conhecimentos para o entendimento ou tratamento de questões a ele relacionadas.

Um problema de pesquisa exige que outras informações sejam obtidas a fim de delimitá-lo, compreendê-lo, resolvê-lo ou contribuir para a sua solução. Portanto, é algo que pode ser testado cientificamente, que envolve variáveis que podem ser observadas ou manipuladas.

Page 2: Artigo científico

É claro que nem todas as indagações podem ser consideradas problemas de pesquisa. Assim, não é um problema de pesquisa algo que se pode resolver pela intuição, pela tradição, pelo senso comum ou pela simples especulação.

Diferença entre tema e problema de pesquisa

“(...) há diferença entre problema e tema. Do tema procede o problema a ser investigado. Um tema pode suscitar vários problemas. Tem, portanto, caráter mais geral, mais abrangente do que o problema” (VERGARA, 2000: 23).

 

O que é o problema de pesquisa?

Segundo GIL (1999, p.49), para entender o que é um problema científico é preciso, primeiramente, considerar aquilo que não é um problema científico.

Exemplos: Como fazer para melhorar os transportes urbanos?; O que se pode fazer para conseguir melhor distribuição de renda?; O que se pode fazer para melhorar a situação dos pobres?

Estes problemas não são científicos, porque não podem ser pesquisados segundo métodos científicos. Da forma como estão propostos referem-se a problemas de “engenharia”, indagando acerca de como fazer as coisas e não se referindo a como são as coisas, suas causas e conseqüências.

Os seguintes problemas também não são científicos: Qual a melhor técnica psicoterápica?; É bom adotar jogos e simulações como técnicas didáticas?; Os pais devem dar palmadas nos filhos?

Estes são, segundo GIL (1999), exemplos de problemas de valor, “assim como todos aqueles que indagam se uma coisa é boa, má, desejável, certa ou errada, ou se é melhor ou pior que outra. São igualmente problemas de valor aqueles que indagam se algo deve ou deveria ser feito” (p.50).

(...) “a pesquisa científica não pode dar respostas a questões de “engenharia” e de valor porque sua correção ou incorreção não é passível de verificação empírica” (GIL, 1999: p.50). Um problema é testável cientificamente quando envolve variáveis que podem ser observadas ou manipuladas. Schrader (1974:20, apud LAKATOS e MARCONI, 2000:127) enumera algumas questões que devem ser formuladas para verificar a validade científica de um problema:

a)      Pode o problema ser enunciado em forma de pergunta?b)      Corresponde a interesses pessoais, sociais e científicos, isto é, de conteúdo e

metodológicos? Estes interesses estão harmonizados?c)      Constitui-se o problema em questão científica, ou seja relaciona entre si pelo

menos dois fenômenos (fatos, variáveis)?d)      Pode ser objeto de investigação sistemática, controlada e crítica?e)      Pode ser empiricamente verificado em suas conseqüências?

Page 3: Artigo científico

Assim, problema “(...) na acepção científica (...) é qualquer questão não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento” (GIL, 1999: 49). “(...) uma dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma solução” (LAKATOS e MARCONI, 2000: 159).

Segundo Vergara (2000: 21) problemas de pesquisa apresentam relações entre variáveis: Um policial perguntaria: “Quem saqueou o supermercado?”; um pesquisador, provavelmente perguntaria: “Até que ponto o saque de supermercados pode estar associado aos níveis de desemprego?”

Outros exemplos citados por Vergara (2000, p.21): Qual a correlação entre produtividade e iluminação do local de trabalho?; Como o clima organizacional afeta o desempenho administrativo?; Que tipo de organização deve a empresa ter para tratar com várias condições econômicas e de mercado?

 

 

Problema de pesquisa

Pesquisadores são seres problemáticos. Se seu projeto não tem um problema, é você que está com um, e dos grandes. Sem problematização, não há pesquisa.

Problema é a questão a ser respondida pelo trabalho. Não é, porém, uma questão simples. Ela já vem polida por uma certa reflexão teórica. É uma questão que já tomou forma em sua mente, derivando de questões teóricas e de sua observação sobre um fenômeno. No nosso caso, derivando da observação sobre um fenômeno do campo da Comunicação e amparando-se em reflexões tanto desta área quanto de áreas que lhe são afins.

Não existem regras para a apresentação do chamado “problema de pesquisa”. Tanto

Page 4: Artigo científico

pode ser apresentado como uma pergunta, quanto como uma afirmação. O que importa é que o problema seja bem construído, pois ele é o centro da pesquisa. Sua redação deve ser clara e precisa. Ao ler o problema de pesquisa, o examinador já sabe o que esperar da monografia. E é esta pergunta que o examinador quer ver respondida ao final. Portanto, invista na escritura do problema (bem como na redação dos objetivos). Esses são os guias do avaliador, pois são o eixo da sua pesquisa.

Construir o problema de pesquisa é, geralmente, a parte mais demorada da elaboração de um projeto. Depois que você consegue (finalmente) chegar a uma tema, começam as dúvidas sobre as questões de pesquisa e as problematizações. Não é possível dar uma orientação genérica sobre isso, pois cada caso é realmente um caso, depende do enfoque e do que você está querendo propor. No entanto, os limites do problema de pesquisa devem estar definidos também pela exeqüibilidade, pelo tempo de execução, pelo conhecimento do pesquisador, pelo acesso aos dados de pesquisa, pela relevância da questão e pelo caráter de um trabalho monográfico.

Dica: ao construir o seu projeto de pesquisa, para discutir com seu orientador, você terá um item específico chamado “Problema de Pesquisa”, onde o problema deve estar redigido de forma isolada do resto do texto. A monografia, porém, é uma espécie de “relatório” da sua pesquisa. Portanto, na monografia não cabe ter um item específico, com um título próprio, para identificar o seu problema. Onde ele estará disposto, então? Você terá que narrá-lo na Introdução do trabalho, deixando claro para quem ler qual é a questão que norteia a investigação. A melhor forma ainda é a mais clara e explícita, como: “Meu problema de pesquisa é: ....” ou “O problema de pesquisa que orienta esta monografia é ....”. O mesmo vale para os objetivos (tanto o geral como os específicos), que devem estar explicitados também na Introdução. Se o avaliador tiver clareza sobre o que você pretende, saberá como ler o seu trabalho.