artefactos dez 2010
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ArteFactos: Edição de Dezembro de 2010TRANSCRIPT
Ano 3
Nº12
Dezembro de 2010
Directora: Adélia Lourenço Coordenadoras - Adelaide Gonçalves | Ana Silva
Paginação - Armando Semedo www.agrupamentomartimdefreitas.com
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2
E l español es una de
las cinco lenguas
más habladas en el
mundo. Las perso-
nas que hablan español pueden
contactar con personas de otros
países hablantes de este idioma
en Latinoamérica. Además, es
una lengua muy fácil de pronun-
ciar. Para mí, el español es más
fácil que el francés o el italiano y
es una lengua muy guay. Cada
vez más hay más hispanohablan-
tes, ¡ en la actualidad hay cuatro-
cientos hispanohablantes en todo
el mundo! Brasil es un país dón-
de se quiere enseñar la lengua
española en las escuelas igual
que el inglés. Para horror de los
conservadores, el número de his-
panohablantes aumenta cada
año. Para mí, en la actualidad, ¡
hablar español es un sexto senti-
do!
Texto Shirin Chorshanbaeva, 8ºC
C onto contigo para me estimares;
A ndo contigo para me ensinares;
D ou-me ao trabalho para tu estudares;
E mbelezas-me, para a escola me levares;
R ir-me-ei contigo quando me escreveres;
N ão gostarei quando me sujares;
O brigado, por me apoiares.
C onto contigo para me estimares.
A tua organização depende de mim.
D ou-te métodos de estudo.
E por minha causa que tu te organizas.
R ogo-te: cuida de mim!
N unca me estragues, por favor.
O teu estudo surge de mim.
Texto António Almeida, 5ºE Texto Tiago B. Marques, 5ºE
3
o dia 10 de Se-
tembro, de ma-
nhã, decorreu a
recepção aos alu-
nos do 5ºano, na
nossa escola. Es-
ta actividade, já com tradição, tem
como objectivo favorecer a integra-
ção destes alunos. Destaca-se na
recepção, o papel preponderante do
Director de Turma, na familiarização
dos novos membros com os espa-
ços da escola e na definição de nor-
mas e regras de funcionamento. Pa-
ra esse dia, foi organizada uma Fei-
ra de Workshops, constituída por
um conjunto de actividades extra-
curriculares, que possibilitou aos pu-
pilos finalizar esta recepção de for-
Texto Paula Ruas
ma lúdica, realizando jogos, fazendo
experiências, entre outras activida-
des. Os alunos gostaram e os pais
também. Parece-nos uma forma
agradável de receber, tendo-se leva-
do a cabo este acolhimento, com
grande participação do corpo docen-
te e dando a conhecer o que de me-
lhor a escola tem para oferecer aos
alunos. Pelos resultados positivos
que obtivemos após a avaliação
desta actividade, podemos concluir
que a Escola deve continuar a orga-
nizar esta recepção e torná-la cada
vez melhor. Os professores envolvi-
dos na organização desta iniciativa
estão de parabéns!
Até para o ano!
4
N a última semana de aulas do 1º período, mais preci-samente entre 13 e 17 de Dezembro, vai acontecer,
na cantina da nossa escola, o Almo-ço das Línguas, dinamizado pelos professores de Língua Portuguesa, Inglês, Francês e Espanhol de 2º e 3º Ciclos. Esta actividade pretende promover o convívio entre os diferentes agentes da comunidade educativa e fomentar o interesse pelas línguas e culturas portuguesa, inglesa, francesa e espa-nhola, especialmente no que respeita
N o dia 10 de Novembro,
os alunos do 6º B, na
disciplina de Inglês e
na presença da Direc-
tora de Turma, apresentaram os tra-
balhos em grupo relativos ao Project
work, My ideal house. Destaca-se a
grande adesão, motivação, seriedade
e competência dos alunos envolvi-
dos, para o qual se documentaram
previamente. O trabalho final, mos-
trou o à vontade destes alunos, na
utilização da língua nas diferentes
competências - expressão escrita e
oral.
ao período de Natal. O refeitório será de-corado com postais natalícios, ilustrativos das diferentes línguas e culturas. A ementa vem ao en-contro da cozinha tradicional destes paí-ses será apreciada pelos comensais. Esperemos, pois, po-der contar com a pre-sença de todos vós!
N o passado dia 9 de No-vembro, na aula de For-mação Cívica, decorreu uma pequena palestra di-
reccionada aos alunos do 7º A e 7º D, no âmbito do tema EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO. Este acontecimento teve como ora-dor o Doutor Afonso Zinga, pai da aluna Elisandra Zinga, doutorando em Gestão de Empresas, na especi-alidade de Estratégia Empresarial, com a dissertação subordinada ao tema OS DETERMINANTES DO EM-PREENDEDORISMO. A escola agradece a colaboração deste Encarregado de Educação, a qual se revelou bastante adequada para a formação pessoal dos alunos em questão.
5
sa Escola, que irá dina-
mizar um atelier de pintu-
ra de modelos à escala.
Na parte da manhã de-
correrá, na Biblioteca,
uma Palestra com o Pin-
tor João Dixo e da parte
da tarde outra Palestra
com o Pintor Valdemar
Santos.
O s professores irão
estar presentes
com as suas tur-
mas para que os
alunos possam usufruir dos es-
paços montados para o efeito,
em vários locais da Escola.
Aguarda-se com expectativa a
realização deste evento que,
com o empenho de todos os
professores envolvidos e com a
participação dos alunos, se pre-
tende que tenha o sucesso que
os seus organizadores ambici-
onam.
C om o objectivo de
sensibilizar os alu-
nos para as Artes
Plásticas, estimu-
lar o sentido estético e pro-
mover o contacto com a reali-
dade artística, os Grupos de
Educação Visual e de Educa-
ção Visual e Tecnológica, vão
organizar. no dia 14 de Dezembro, um Workshop
de Pintura que decorrerá durante todo o dia e
que contará com a presença de vários artistas
plásticos: Ana Mota, Helena Toscano e Pedro
Olaio. Estará também presente, na área do Mo-
delismo, Miguel Pereira, pai de um aluno da nos-
Texto Armando Semedo
6
a manhã do dia
26 de Outubro de
2010, realizou-se
na nossa escola
um concurso en-
tre as turmas do
3º ciclo que teve início às 9:30.
Os jogos estavam organizados em
diferentes exercícios, cada um deles
tinha a ver com a Implantação da
República. No fim destes, a equipa
tinha que ler e decorar um pequeno
texto sobre o tema. Os exercícios
punham à prova diferentes capaci-
dades: perícia, agilidade, rapidez,
pontaria e inteligência. Ao chegar
ao fim da prova, era dada a cada
grupo uma ficha de escolha múltipla
acerca dos textos que eram apre-
sentados depois de cada desafio.
A equipa da nossa turma esforçou-
se muito em cada uma das etapas,
conseguindo assim um óptimo 8º
lugar na tabela classificativa, tendo
8ºs, 9ºs e o 7ºano à sua frente.
As provas tinham grande interesse,
foram bem preparadas e divertimo-
nos muito.
Texto Beatriz Rosendo, 7ºB
7
Socieda-de Portu-guesa de Matemáti-ca (SPM), à seme-
lhança dos anos anteriores organizou as XXIX Olimpí-adas Portuguesas de Ma-temática, (OPM). As Mini-Olimpíadas para os alunos do 3º e 4ºanos, decorrerão durante o mês de Maio.
A s Pré-Olimpíadas destinaram-se ape-nas aos alunos do
5ºano e a para os alunos do 6º e 7ºanos foi prepara-da a Categoria Júnior. Os alunos dos 8º e 9ºanos realizaram a prova da Ca-tegoria A.
A primeira elimi-natória decorreu no passado dia 10 de Novem-
bro.
A listagem dos alu-nos apurados pa-ra a 2ªeliminatória e das escolas on-
de se realizam as provas serão divulgadas na página das OPM, a partir do dia 15 de Dezembro de 2010.
A segunda eliminató-ria da Categoria Jú-nior e Categoria A
está prevista para o dia 19 de Janeiro de 2011 em es-colas anfitriãs a indicar pela organização das OPM. A final Nacional decorrerá de 07 a 10 de Abril de 2011 na Escola Secundária de Carlos Amarante em Braga.
T endo como princi-pal objectivo in-centivar e desen-volver o gosto pela
Matemática e detectar voca-ções precoces nesta área do saber, as Olimpíadas Portu-guesas de Matemática são também o meio de selecção das equipas que irão repre-sentar Portugal na primeira edição das Olimpíadas de Matemática da Lusofonia (OML), em Julho de 2011 no nosso País, nas Olimpíadas Internacionais de Matemáti-ca (IMO), que decorrerão em Julho de 2011, na Holan-
Texto Departamento de Matemática
“Felizes aqueles que se divertem com problemas que educam a alma e elevam o espírito.”
Fenelon
da, e nas Olimpíadas Ibero-Americanas de Matemática, que terão lugar em Setem-bro do próximo ano, na Cos-ta Rica.
M ais uma vez a nossa Escola participou nes-ta competição
a nível Nacional, nas cate-gorias: Pré-Olimpíadas com 55 alunos do 5ºano; Júnior com 42 alunos dos 6º e 7º anos e na A com 32 alunos dos 8º e 9º anos.
A os 129 alunos que participaram os nos-sos parabéns.
8
Texto Paula Ruas
o passado dia 12 de
Outubro, decorre-
ram os pré-
requisitos para a
entrada de novos
alunos no Clube de
Dança. Seleccionaram-se 10 alunas de
5º ano, que integrarão este Clube,
juntamente com as 14 alunas que
transitaram do ano anterior. Assim,
todas as terças-feiras entre as 17h15m
e as 18h55m, poderão aprender um
pouco mais sobre dança e descontrair.
As 24 alunas irão participar na IX Se-
mana da Dança, com a apresentação,
na Gala de Abertura no TAGV e no
Dolcevita, de duas coreografias origi-
nais, criadas especialmente para a Se-
mana de Dança. Este ano o Tema é A
Sétima Arte - clássicos do cinema.
A escola que se prepare, porque o Clu-
be de Dança vai arrasar!
9
D epois do su-
cesso do ano
anterior, com
a participação
nos eventos nacionais
“Isto é uma Ideia”, “F1in
Schools” e diversas de-
monstrações ao vivo, o
laboratório de robótica
conta com uma equipa
renovada e ainda maior.
Este ano o clube conta
com alunos reinscritos,
permitindo desenvolver e
melhorar os trabalhos ini-
ciados no ano anterior.
Existem também muitas
novas inscrições que vêm
aumentar a criatividade
da equipa, renovando
ideais, dando inicio a no-
vos projectos. Uma das
inovações será a criação
de uma competição de
robots entre duas equipas
de trabalho, tornando a
aprendizagem um desafio
ainda maior.
Além da entrada em pro-
jectos e competições des-
tacam-se os trabalho ela-
borados pelas equipas
como carrinhos e barcos
com motor, programação
de robots e utilização de
energias alternativas para
alimentação de equipa-
mentos eléctricos.
Durante este ano lectivo
o clube vai encontrar-se
semanalmente às quartas
-feiras à tarde, na sala
43.
Aparece…
Texto José Sequeira
10
N a tarde do dia 23 de Novembro, as
turmas B e D do 5º ano realizaram,
no âmbito do projecto ECO-
ESCOLAS, uma visita de estudo à
ETAR, no Choupal. A visita processou-se em
duas fases: o visionamento do filme ECOMAN,
e o acompanhamento dos diferentes passos no
tratamento de águas residuais. Foi com gran-
de interesse e entusiasmo que os alunos
aprenderam, no espaço próprio, qual o per-
curso das águas residuais até à sua devolução
ao rio e posterior utilização das mesmas.
11
D ecorreu, no mês de No-
vembro, uma exposição
de trabalhos sobre
Grandes Figuras Em-
preendedoras provenientes de paí-
ses de expressão inglesa, realizada
no âmbito da Educação para o Em-
preendedorismo, preconizada no
Projecto Educativo da nossa esco-
la.
Esta exposição realizou-se no âm-
bito da disciplina de Inglês, tendo
estado, para este efeito, envolvidas
todas as turmas do 9º ano. A turma
D colaborou ainda, com trabalhos
sobre grandes empreendedores
portugueses, no âmbito da Forma-
ção Cívica.
Texto Clube de Jornalismo
12
Texto Paula Vilaça
o dia Mundial
do Não - Fu-
mador, 17 de
N o v e m b r o ,
d e c o r r e u ,
nesta escola,
nos blocos D e E, uma exposi-
ção de trabalhos realizados
pelos alunos dos 6º e 9º anos.
Os trabalhos foram solicitados
pelos professores de Ciências,
tendo sido pedidas imagens
chocantes e mensagens.
egistou-se uma
boa participação
dos alunos, atin-
gindo-se o prin-
cipal objectivo,
sensibilizar toda
a Comunidade escolar para os
malefícios do tabaco. Os traba-
lhos serão analisados por dois
júris, um com professores de
Ciências do 2º ciclo e outro com
professores do 3º ciclo. Haverá
um prémio por ciclo para os
melhores trabalhos.
13
a passada quinta-feira, dia 14 de Outubro, os alunos do 9ºD, acom-
panhados por dois professores da Biblioteca, dirigiram-se à Casa da Cultura para assisti-rem a uma sessão relacionada com o Centenário da 1ª Repú-blica. O tema da sessão, proferida pelo Prof. Dr. António Pedro Pita, foi “A República e as Ar-tes”. O conteúdo era interessante, porém complexo, e a lingua-gem utilizada foi bastante complicada, atendendo à ida-de de alguns dos intervenien-tes. Foram abordados tema relaci-onados com a saúde e a escri-ta, tendo sido referidos nomes como Fernando Pessoa, Júlio Dinis, Antero de Quental e Egas Moniz. Foi pena a complexidade da sessão e o facto de só os mais velhos terem compreendido bem os seus conteúdos, mas mais sessões nos esperam...
Texto Raquel Ferreira e Sofia Seguro, 9º D
14
D urante o mês de No-vembro estamos a desenvolver experi-
ências no laboratório da Es-cola Secundária José Fal-cão. Os nossos orientado-res são os alunos do 9º ano em conjunto com alunas estagiárias de Físico-Química, no âmbito do Pro-jecto de Investigação Edu-cacional II. Temos realizado experiências muito interes-santes que nos têm permiti-do fazer grandes descober-tas. Estamos a gostar de fazer novas aprendizagens, no-vos amigos e conhecer os espaços dos nossos cole-gas mais velhos.
Textos Ana Laura
TRABALHO COLABORATIVO
C om a ajuda da mãe da Inês, fize-mos uma maque-ta da nossa cida-
de. Destacámos o rio Mon-dego, a Avenida Emídio Na-varro, o Parque Dr. Manuel Braga e a Universidade. O resultado foi gratificante. A mãe da Francisca, tam-bém esteve na nossa sala de aula para connosco rea-lizar um mural. Em pequenos grupos fomos decalcando folhas de tama-nhos e formas diferentes, que colocámos por baixo de um pano branco. Esfregá-mos com o lápis no tecido até aparecer o esboço das folhas. Surgiram desenhos interessantes.
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS
15
D epois de mais de
um ano lectivo
deslocados na
EB1 da Rocha
Nova, que tão bem recebeu toda
a comunidade educativa da EB1
de Coselhas, estamos de re-
gresso à nossa escola. No dia 4
de Novembro, foram inaugura-
das as obras de remodelação e
ampliação da EB1 de Coselhas.
Alunos, professores, funcioná-
rias e Pais/Encarregados de
Educação estamos muito satis-
feitos e orgulhosos com a nossa
escola “nova”.
A “nova” escola in-
clui, para além de
quatro salas de
aula muito bem
equipadas, uma sala de Ensino
Estruturado para Alunos com
Perturbação de Espectro do Au-
tismo, uma biblioteca, um campo
de jogos, um parque com escor-
rega e outras brincadeiras, um
refeitório e ainda muito espaço
para brincar. A nossa escola es-
tá espectacular!
Texto Ana Vidal
16
S . Martinho, S. Martinho,
S. Martinho, meu amiguinho,
Martinho, amigo do velhinho,
Martinho, amigo do senhorzinho.
C onta a lenda que no caminho,
Na rota de S. Martinho,
Ele avistou um velhinho,
E ficou logo seu amiguinho.
S aiu do seu cavalo,
Pegou na sua manta,
Cortou a maior parte do regalo,
E o mendigo disse que era manta Santa.
S . Martinho foi-se embora,
O velhinho agradeceu,
E dentro da sua hora,
O mendigo não morreu.
Texto António Almeida, 5º E
A qui está um breve poema a alertar
O que deves ter em conta
Para a segurança na estrada aumentar.
Para acidentes rodoviários evitar
O triângulo de segurança terás de considerar.
S e as regras de segurança respeita-
res,
Com a viagem não terás de te preocupar.
Para com o obstáculo não chocares,
A distância de segurança terás de guardar.
M as, para a distância de segurança
calcular
Distância de reacção e de travagem terás de
somar!
É claro que o cinto de segurança deves usar
Para, em caso de embate, não te magoar.
S e cumprires as regras de segurança,
não terás de te preocupar!
Texto Guilherme Portugal, 9º C
17
Texto Shirin, 8º C
O Núcleo de Estágio de História / Geografia continuou a desafiar os seus alunos para que estes apresentassem trabalhos, nos quais conciliassem conhecimentos científicos e aspectos lúdicos. Os resultados deixam-nos bastante orgulhosos.
C euta Por lá, nasce um Sol De cor dourado, Por lá, existe um mundo Maravilhado.
P or lá, marcham navios Mareando Por lá voam pássaros Cantando.
C idade verdejante de Enorme beleza, Cidade do séc.XIV, De tamanha riqueza.
P or lá, existe um Imenso tesouro, Ceuta é certamente Uma cidade de ouro!
18
Texto Francisco Marques, 8º F
I nf. D. Henrique – Bom dia meu Se-nhor; e a todos os outros elementos pertencentes ao Clero, Nobreza, Bur-guesia. Convoquei hoje esta Corte
para vos dar conhecimento de uma solu-ção que poderá resolver algumas das nossas necessidades: a Expansão Maríti-ma!
I nf. D. Henrique – Meu Senhor, Rei D. João I, já se apercebeu que todo o nosso país é banhado por mar, pelo Oceano Atlântico? Já se apercebeu
dos conhecimentos náuticos que recebe-mos dos Muçulmanos e Judeus quando estes estiveram no nosso território há sé-culos atrás? Já se apercebeu que o nosso povo tem hábitos de navegar e enfrentar os perigos do mar e de fazer comércio marítimo? São todas boas razões e van-tagens que temos para nos lançarmos nos Descobrimentos!
I nf. D. Henrique – Imagine meu Se-nhor, quantos territórios mais poderia ter em seu poder e a exploração de culturas dos produtos que temos em
falta. Imaginem meus amigos burgueses, quantos produtos poderiam comerciar. Meus caros nobres imaginem poderem fazer o que mais gostam, guerrear, para conquistar territórios e ainda receberem recompensas por isso. Meus senhores representantes do Clero imaginem as ac-ções de missionação que poderiam reali-zar com os povos nativos das terras des-cobertas.
I nf. D. Henrique – Até agora dei-vos apenas boas razões para cada um de vós, mas pensem como seria dominar terras em todo o mundo, controlar to-
do o monopólio do comércio; Meu grande Senhor, já viu como poderíamos enrique-cer, muito dificilmente voltaríamos a pas-sar por uma crise como a que toda a Eu-
ropa teve neste nosso século XIV.
I nf. D. Henrique – Meu tão respeitado Senhor, eu já tenho preparadas as doses de limão para evitar o escorbuto, já tenho construídas algu-mas barcas e até já contratei o melhor dese-
nhador de mapas para desenhar a costa de África; Isto tudo sem falar da equipa da Intenational Geo-graphic que eu já contratei para fazer o documen-tário da viagem que apenas será terminado quan-do chegarmos por mar à Índia. Eu até já mandei arranjar os tabuleiros portáteis de damas para os marinheiros levarem na viagem.
I nf. D. Henrique – Meu Senhor, ficaria muito desapontado se não aceitasse esta proposta por mais ambiciosa que seja.
I nf. D. Henrique – São estas as minhas solu-ções para esta maldita crise. Ficarei a aguar-dar uma resposta. Obrigado!
O Infante D. Henrique retira-se da sala e dirige-se para o porto para observar a sua paixão, o mar, para ver o avanço das construções das embarca-ções e esperar que o Rei e os presentes concor-dem com a sua arriscada proposta.
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Z é Manel, elemento da comunidade neolítica, tentava convencer Antó-nio, elemento da comunidade nó-mada, a tornar - se sedentário, mas estava difícil: - Vá lá António! Com este novo
clima quente e húmido, as condi-ções de vida melhoraram imenso! - Não estou convencido. Gosto de ser nómada e ponto final. - Pensa bem! Terias uma casa on-de viver que, graças aos nossos progressos, poderia ser decorada com cestos e vasos cheios de ali-mentos fresquinhos e saborosos e roupa de marca para vestir a mar-ca “Tear do Monte” é a que está mais “in” neste momento - Hum… Não sei. Fala-me mais das habitações. (Por esta altura, António já estava a ficar convenci-da mas, ainda, tinha algumas dúvi-das.) - Bem! As casas são de um confor-to fantástico, feitas de pedra e mui-to quentinhas, com uma ou duas divisões e ainda podes ser contem-plado com dois andares. Serias um produtor e não terias de andar sempre de região em região. Poderias ocupar lugares muito im-portantes na sociedade, mas isso dependerá da idade, sexo, rique-zas, e da tua “profissão”. Po-derás ser artífi-ce, oleiro, pesca-dor, agricultor, pastor e até guerreiro. - E têm algum divertimento? - Oh se temos! De Segunda a Sábado as gala-rias de arte ru-pestre e móvel estão sempre abertas e, além disso, à Quarta – feira tens um desconto de 20% em visitas
Texto Ana Mafalda, 7º C
guiadas. Enterramos os mortos com toda a dig-nidade em antas, dólmens ou menires. Presta-mos cultos à Deusa – Mãe e os astros; além disso acreditamos na vida depois da morte. E então, já estás convencido? - A cem por cento, mudo – me já hoje!
Paleolítico
Neolítico
20
Texto Regina Vieira Pires*
N o âmbito do
P r o j e c t o
“Crescer Saudá-
vel” e em par-
ceria com a Cá-
ritas Diocesana
de Coimbra, foram dinamizadas
nos dias 2, 5, 8 e 18 de Novem-
bro sessões sobre esta temáti-
ca, para todas as turmas do
6ºano de escolaridade, dinami-
zadas pelo formador Dr. Fer-
nando Santos.
E ste tema foi de encon-
tro à concretização do
“Projecto de Educação
Sexual”, sendo presen-
temente obrigatória a sua abor-
dagem nas escolas, conforme os
normativos vigente ( Lei nº60 /
2009 de 6 de Agosto e Portaria
nº196-A / 2010 de 9 de Abril) .
A Sexualidade e a Educação
Sexualizada têm a ver com o
nosso corpo, com a nossa ex-
pressão corporal, com o nosso
maior ou menor conforto em
relação a ele; mas estão tam-
bém ligadas com a afectivida-
de.
É impossível desligar a
sexualidade dos afectos –
a “Educação Sexualizada
é sobretudo a Educação
da Afectividade”.
A Sexualidade é amor, é a cons-
“mágicas” que exigia que eles
tivessem em consideração : res-
ponsabilidade, serenidade e
seriedade ao longo da conversa
que iam ter.
A o fim das sessões o
formador ficou satis-
feito com a participa-
ção dos alunos, duma
maneira geral participaram com
interesse , tendo ficado escla-
recidos sobre a temática, o que
foi confirmado pelos pequenos
resumos que fizeram posterior-
mente e dos quais foram tirados
alguns excertos, que a seguir se
apresentam.
A avaliação da sessão,
pelos professores
acompanhantes, foi
feita através da res-
posta a um pequeno questioná-
rio. Os inquiridos manifestaram-
se positivamente, dizendo que
o tema foi de bastante interes-
se e que os conteúdos abor-
dados de forma adequada.
Excertos dos TESTEMUNHOS de
alguns alunos:
“N esta conversa com
o formador, visio-
námos dois Power-
Points, relembrando alguns
conceitos que já tínhamos de
reprodução sexuada. Reconhe-
trução de um projecto de vida
e o respeito por si próprio e pe-
los outros.
S e x u a l i d a d e é
“responsabi l idade”,
porque também é pro-
moção da saúde e pre-
venção da doença.
P ais e professores vêem
-se confrontados diari-
amente com proble-
mas educacionais dos
seus filhos / alunos e a Educa-
ção Sexual, embora fazendo
parte de um todo chamado
“Educação”, era na maior parte
das vezes esquecida e escamo-
teada ou simplesmente deixada
para mais tarde…
N a nossa Escola os alu-
nos do 6ºano, acom-
panhados pelos seus
professores, sempre
que possível com os Directores
de Turma, tiveram oportunida-
de de conversar / comunicar
sobre o que é a “Sexualidade”,
esclarecendo dúvidas e tabus
acerca deste conceito.
N um espaço confortá-
vel, o formador inici-
ou a sessão, dizendo
que era “um grande
conversador”, muito habituado
a lidar com os jovens, mas que
ex i s t i am t rê s pa lav ra s
21
*Coordenadora do Projecto “Viver Saudável”
cendo que desde a fecundação,
bem como durante a gestação
(no útero da nossa mãe) até
morrermos, precisamos de sa-
tisfazer certas necessidades,
que nos fazem sentir bem ou
mal, conforme a comunicação,
a relação de afecto e a manei-
ra como lidamos uns com os ou-
tros. Logo sexualidade tem a
ver com os nossos sentimentos,
e emoções.”
“R elembrámos que o
ser humano é um
ser sexuado, sendo
necessário existir um ser do se-
xo masculino (pai) e outro do
sexo feminino (mãe), para que
possam dar origem a um novo
ser da mesma espécie.”
“Sexualidade tem a ver com o
género masculino e feminino,
que é determinado também
desde a fecundação e continua
pela vida fora até à morte.”
“G ostei de saber que
durante o desen-
volvimento embri-
onário e fetal, dentro do útero
da mãe, o novo ser reage às
festas / carinhos que a mãe ou
o pai fazem na barriguinha, aos
sons do exterior mais agradá-
veis, dando-lhe tranquilidade –
principalmente a voz da mãe ou
do pai, ou uma música sere-
na...”
“T ambém falámos
dos nossos senti-
mentos (alegria,
dor, felicidade, amizade...),
que cada um sente de maneira
diferente ao longo da vida,
mas para sermos felizes todos
temos de sentir afecto...”
“F oi-nos feita a se-
guinte pergunta:
Qual será a função
nº1 mais importante do nosso
corpo?!... Mas quem respondeu
foi o “nosso conversador” – O
nosso corpo serve para todos os
dias comunicarmos uns aos ou-
tros os nossos sentimentos.
“O nosso corpo é a
“coisa” mais ma-
ravilhosa e fantás-
tica que temos, que é único . .
. , mas muita vezes tratamo-lo
mal ... por isso, temos de o
saber proteger, aprendendo a
tomar decisões que nos ajudem
a fazer opções responsáveis:
não ao tabaco, ao álcool, a uma
alimentação desequilibrada,
não seguir estereótipos da mo-
da... (Falámos e vimos um filme
sobre a “Anorexia” e “Bulimia”,
que muito nos impressionou).”
“F oi muito interessan-
te e útil esta con-
versa, pois compre-
endi a razão pela qual, o tema
da sessão - “Conceito(s) de Se-
xualidade(s), estar no plural...
Acho que todos ficámos esclare-
cidos que, falar de sexualidade
varia de família para família,
está relacionada com os valores
e sentimentos que vivenciamos,
tem a ver com o meio social
onde possamos viver, com a
cultura, costumes, com o país
onde se vive,. . .”
“S exualidade tem a
ver com o nosso cor-
po, aspectos bioló-
gicos e emocionais, logo tem a
ver também com os nossos sen-
timentos, com a maneira como
nos relacionamos com os ou-
tros, mum dado contexto soci-
al, influenciando o modo de
pensar, sentir e agir de cada
um.”
E m termos de conclusão:
Sexualidade é uma dinâ-
mica de relação / comu-
nicação, faz parte de nós, da
nossa vida, desde que somos
gerados até à morte.
(Continuação)
22
ra uma vez um rei, moço
e valente, senhor de um rei-no abundante em cidades e searas, que partira a bata-lhar por terras distantes”. Partira para África, terra quente e arenosa, terra de conquistas. Na casa real deixou o seu filho, bebé de berço e a sua mulher, só e desamparada. Passaram semanas e sema-nas até que chegou um dos soldados à terra natal, tra-zendo a trágica notícia da morte do seu senhor. Desesperada e descontente, a rainha decidiu que tinha de dar ao seu marido um fune-
Texto Ana C. Almeida, 9º C
ral digno de um rei, para que os seus últimos momentos desta vida fossem os melho-res. Então partiu, para Áfri-ca, à procura do seu esposo e do pai do seu filho, partiu para o poder ver uma última vez. Não foi sozinha, levou a sua Aia, a sua serva mais leal, aquela que praticamen-te criara o seu príncipe. Esta não quis deixar os seus “filhos”, levando consigo o escravozinho e o “menino do seu coração”, o principezi-nho. Partiram com dois cavalos e um fardo no dorso, mais na-da; iam em paz, com a cer-teza de que iria ser uma jor-nada difícil, mas que valeria a pena. Quem as visse a passar imaginava que fos-sem irmãs, cada uma com o
seu filho. Tal como esperado, a via-gem foi deveras complicada, demoraram quatro luas a chegar ao local, até que vi-ram o cenário certo. Ao fun-do, um rio; o sol estava quente e havia algum nevo-eiro dos ventos quentes de areia africanos. E lá estava ele, trespassado por sete espadas, montado no seu cavalo branco, parecia vivo. Tinha um sorriso descontraí-do na cara, olhos cansados e braços negros. - Estava só à vossa espera para me despedir. Vou es-perar ainda mais, mas nou-tro sítio…
E , como por magia, desvaneceu-se em fumo…
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"O ra
uma
noite
(…)
sen-
tiu um curto rumor de ferro e
brigas (…)". De imediato
soube do que se tratava: o
tio cruel e a sua horda tenci-
onavam invadir o palácio e
matar o príncipe. Então, pe-
gou nas duas crianças deli-
cadamente e saiu, pé ante
pé, da câmara dos bebés.
Atravessou a galeria de már-
more encostada à parede,
tentando fazer o menor ba-
rulho possível, pois qualquer
ruído a podia denunciar.
De súbito, a Aia apercebeu-
se de que o tio a tinha avis-
tado. Assustada, correu até
aos jardins reais, esperando
que aquele não fosse o fim.
O tio perseguia-a, atraves-
sando furiosamente a longa
galeria de mármore.
A certa altura, a Aia parou
para recuperar o fôlego. E
foi então que, vindo da escu-
ridão, apareceu o tio com
um punhal apertado na mão
direita.
A Aia desfez-se em lágri-
mas. Não havia mais nada
que pudesse fazer. Aquele
seria o seu fim, o do seu fi-
lhinho e o do seu príncipe.
Então, começou a rezar. Re-
zou com toda a sua devo-
ção, com quantas forças ti-
nha. Bradava aos céus por
misericórdia, por um final
feliz.
Então, como que por magia,
uma estrela cadente atra-
vessou o céu, e, de mãos
juntas, a Aia suplicou: "Que
fique tudo bem, por favor!".
E, vindo do nada, um guarda
apareceu e cravou um pu-
nhal nas costas do tio.
Texto Mariana Rajado, 9º D
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E u sinto-me Fechada, presa Nesta gaiola Que vai encolhendo Cada vez mais A cada dia, a cada hora Parece mais pequena.
S ó tenho uma solução: Abrir a porta e enfrentar o mundo lá fora Tenho de aprender a voar Tenho de me libertar, tenho de saltar…
J á abri a porta Há uma parte de mim que tem medo Mas há outra que esta farta de estar presa E essa parte é mais forte Tenho de me lançar Há algo que me empurra Que me faz continuar…
J á me lancei Estou no ar, estou a voar Sinto-me livre, Sinto-me como nunca me tinha sentido antes Olho para cima Vejo aquela gaiola É sombria, é uma prisão
A gora sei que para ser livre É preciso ter coragem Ter coragem para saltar Para voar, para nos lançarmos E para seguirmos os nossos sonhos
S e te sentes preso, Sem te conseguires soltar, Abre a porta, Voa, sê livre E realiza os teus sonhos
Texto Maria Leonor, 6º B Texto Tomé Santos, 6º B
À s 6:00 Nascemos
À s 7:00 Aprendemos a andar e a falar
À s 8:00 Entramos para o infantário e conhece-mos o mundo que nos rodeia
À s 9:00 Entramos para a escola e aprendemos o ABC
À s 10:00 Mudamos de escola e recordamos a primeira parte da vida
À s 11:00 Entramos para o 3º ciclo e ensino secundário onde aprendemos novos conteú-
dos
À s 12:00 Entramos para a universidade e re-cordamos o tempo da escola
À s 13:00 Temos um trabalho e começamos a nossa carreira
À s 14:00 Começamos a deixar a nossa marca no mundo
À s 15:00 Entramos na recta final da nossa car-reira
À s 16:00 Terminamos a nossa carreira e pen-samos na reforma
À s 17:00 Descansamos depois desta bela pas-sagem pela vida
À s 18:00 Começamos a ficar doentes e termi-namos a nossa vida
À s 19:00 Despedimo-nos do mundo
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Q ueridos pais, Em primeiro lugar quero que saibam que es-
tou feliz e num lugar me-lhor. Lamento o que aconteceu, gostava de ter tido mais tempo, sei que não foi vos-sa culpa, mas sim daquele condutor irresponsável. O condutor do outro veí-culo estava sobre o efeito de álcool e drogas. Para além disso, o piso estava molhado, ele não conduziu com prudência e não res-peitou o limite de velocida-de. Naquele dia saímos de casa à pressa, estávamos atrasados para a ceia de Natal em casa da avó, a viagem era curta por isso não pus o cinto de segu-
rança, uma vez não iria fazer mal a ninguém. Estávamos a meio cami-nho, íamos agora atraves-sar um cruzamento, vocês estavam a discutir sobre qualquer coisa, que agora parece tão insignificante. O pai não estava a ir muito rápido, mas como estava seguro de que tinha priori-dade não olhou para ne-nhum dos lados. Não me lembro de mais nada a partir daí. Escrevo esta carta não só para vocês mas para todas as outras pessoas que têm ao seu alcance o poder de impedir desastres como este, em que são destruí-das vidas e destinos. Por isso devem ter em conta certas regras como: não conduzir sobre o efeito
de substâncias psico-activas ou álcool, respeitar a sinalética da estrada, não falar ao telemóvel en-quanto estão ao volante, evitar fazer manobras ar-riscadas, verificar o estado do veículo antes de iniciar a viagem, reduzir a veloci-dade quando verificar que o pavimento está molhado e principalmente manter uma distância segura em relação ao veículo que cir-cula à vossa frente. Para terminar quero dizer que não ficarei magoada ou triste se seguirem em frente, porque sei que es-tarei no vosso coração pa-ra sempre. Com muito amor, Da filha que vos adora.
Texto Carolina, Patrícia e Sofia, 9º D
F oi na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas que 2011 se desig-
nou como o Ano Internacio-nal da Química, sob o tema “Química - a nossa vida, o nosso futuro”. Este ano será a celebração mundial das conquistas e descobertas da Química e dos seus con-tributos para o bem-estar da Humanidade. Este ano tam-bém oferecerá imensas acti-vidades de interacção, de entretenimento e de educa-ção para todas as idades. A agenda das comemorações será organizada pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplica-
da) e pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). As da-tas escolhidas para a aber-tura foram os dias 27 e 28 de Janeiro de 2011. Os objectivos do Ano Inter-nacional da Química são implementar a apreciação pública da química na sua qualidade de ir ao encontro das necessidades mundiais, aumentar o interesse pela Química entre os jovens e, gerar entusiasmo para com o futuro criativo da química. Além de 2011 ser o Ano Internacional da Química é também o ano em que se comemora o 100º aniversá-
rio do Prémio Nobel em Química para Marie Curie, o que, de acordo com os or-ganizadores, motivará uma celebração pela contribui-ção das mulheres à ciência. Koïchiro Matsuura, o direc-tor-geral da UNESCO con-clui: “A química tem um papel fundamental no de-senvolvimento de energi-as alternativas e na ali-mentação da população mundial"
Texto Adriana, Ana Rita e Mariana L, 9ºD
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E ra uma vez uma pobre criança que recentemente
perdera os pais. Quando se deu este acontecimento, uma voz disse-lhe que se ele tivesse inteligên-cia e coragem, conse-guia chegar a um templo abandonado,
onde estava uma coroa que ia fazer com que os pais voltassem. A criança pensou: “ Claro, farei tudo o que for possível! “
E decidiu partir, pelas suas próprias pernas, até às ruínas mais próximas. Não demorou muito até encontrar um senhor, bem vestido, com aspec-
to de pessoa culta, pois vinha com um livro chamado: “ Tudo sobre artes mágicas”.
O jovem órfão, com esperança, diri-giu-se a ele. -Boa tarde senhor, desculpe inco-modá-lo, mas eu tenho um proble-
ma que me parece ser da sua área. -Fala, meu jovem – afirmou o senhor, inte-ressado. – Mas primeiro diz-me o teu nome. - Alexandre. Alexandre Vontade, aliás. -Nome inspirador – comentou o senhor, com um pouco de ironia.
D e seguida, o rapaz contou-lhe o sucedido e o senhor pareceu preo-cupado, mas, acima de tudo dis-posto a ajudar.
- Vieste falar com a pessoa certa. Sou pro-fessor de artes mágicas e encantamentos. Sei exactamente o que deves fazes e as pre-cauções que deves tomar, mas nada disto será possível se não tiveres a devida força de vontade e capacidade de pensar, inde-pendentemente da situação em que estejas – explicou o professor, com uma cara séria e suspirando.
Texto Joana Campos, 7º B
- Sim senhor! – anunciou o rapaz, com o cora-ção a bater a uma velocidade supersónica. - Se encontrares vários caminhos, escolhe sem-pre o que te parecer mais difícil, pois o mais fácil levar-te-á ao desespero total. Vais encon-trar um cemitério. De repente vai ficar noite cerrada. O objectivo é atravessares o cemité-rio. Mas vais encontrar alguns problemas… – informou. – Trovões virão na tua direcção, con-trolados pelos espíritos. Jamais poderás deixar que eles te controlem ou assustem. Tens aqui o segredo: Não fujas dos trovões, mostra-te con-fiante e vai dizendo que não tens medo, pois assim terás sucesso. Passado o cemitério, terás uma recompensa. Um transporte para o tem-plo. Aí, o maior dos desafios terás de superar. Eu não te posso informar, tens de ser tu pró-prio a pensar – disse afincadamente o sábio professor.
A cara do jovem órfão era de espanto. Não estava seguro de conseguir fazer alguma das coisas que o professor ti-nha pedido. Mas lembrou-se das pala-
vras deste. Ter sempre força de vontade. -Muito obrigado, professor. Mas tenho uma últi-ma pergunta. Para que lado vou? - Olha à tua volta. Qual te parece ser o cami-nho mais difícil, sinistro e improvável? -Talvez aquele interminável e estreito caminho de terra, rodeado de árvores gigantes! - Esse mesmo. Adeus rapaz, boa sorte.
E assim o rapaz seguiu o seu caminho. Andou quilómetros até encontrar uma porta de ferro forjado. Já não sentia os pés. Fez o que o professor lhe aconse-
lhou. A noite ficou cerrada. Atravessou o cemi-tério, cumprindo todas as regras. Chegou a uma outra porta que, mal ele a abriu, se depa-rou com um dia claro e agradável, juntamente com um unicórnio voador, com um papiro preso numa asa. Alexandre leu-o delicadamente: “ Ultrapassaste os infernos deste cemitério, por isso mereces que te leve até ao templo aban-
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donado, onde se encontra a coroa encanta-da. Mas terás um complicado obstáculo. Es-se será o teu maior desafio. Todos os teus sentidos e capacidades serão testados!”
O rapaz sentou-se no unicórnio. Le-vantou voo até ao céu. Finalmen-te percebera o significado da ex-pressão “estar nas nuvens”. Era
maravilhoso. Rapidamente chegou ao antigo templo.
E stava no meio do deserto, apenas com um templo à sua frente. Dirigiu-se às portas, mas apercebeu-se de que estavam trancadas com compri-
dos rectângulos de ouro. Ao lado, uma men-sagem estava gravada na pedra. Leu-a alto : Se desejas entrar, o medo terás de enfren-tar, mas se decidires desistir, nunca mais irás sorrir.
O pobre órfão fechou os olhos para pensar. Quando os abriu, encon-trava-se dentro do templo. Era enorme! Como conseguiria o rapaz
encontrar a coroa num sítio tão grande?
U ma breve brisa passou por ele, fazendo-o sentir o cheiro das alca-tifas de sua casa, ver os agradá-veis momentos em família, sentir
os braços do seu pai, ouvir as músicas can-tadas no Natal e saborear os cozinhados da mãe… Sem se aperceber, Alexandre estava a ser encantado pela Rainha dos Encantamen-tos. Havia quem lhe chamasse imperatriz. A profundidade dos seus sentidos estava a ser testada, assim como a sua resistência emo-cional.
T udo estabilizou e Alexandre tornou-se novamente consciente. Deu uns passos em frente, ainda pensando no porquê daquelas sensações. Pen-
sou: “ Bem, o que devo fazer é procurar a coroa, já que não vejo nada que me impe-ça”. Mas os seus pensamentos foram ouvi-
dos, pois a imperatriz apareceu à sua frente. Era uma mulher deslumbrante, embora tivesse um ar extremamente assustador. Tinha cabelos compridos e ondulados, num tom ruivo acasta-nhado. Estava vestida com uma túnica de flo-res púrpura, mais conhecidas por flores da eternidade, pois nunca murchavam. Olhou-o de cima a baixo, dizendo: - Chegaste bastante mais longe do que eu es-perava, mas também foste bem aconselhado. Aquele professor facilitou-te a vida. Sim, eu consigo ver o passado, mas não é disso que eu te quero falar. Pelos vistos pensas que me ven-ces! - exclamou, com uma gargalhada estriden-te. – Vais ser o meu escravo até aos dezoito anos. Se quiseres sair, tens ali a porta, mas esse acto terá consequências: Não terás os teus pais de volta e eu vou fazer com que tenhas a vida mais isolada e maléfica que possas imagi-nar – sussurrou, voltando costas.
O rapaz percorreu todo o templo, mas não encontrou nenhuns vestígios de coroa. Passaram dias, meses e o ra-paz continuava a servir a mulher. Até
que um dia estava tão exausto, deprimido, de-sesperado que começou a gritar sílabas aleató-rias. Formava pequenas palavras. Estava a falar uma língua do outro mundo, sem reparar. Quando se acalmou, viu a rainha estendida no chão, com uma coroa a emergir-lhe das mãos. As palavras do jovem foram tão fortes que o fizeram vencer.
E ra tão simples, pensou o rapaz. Mas para conse-guir dizer estas
palavras era preciso estar muito desesperado. Pegou na coroa, fechou os olhos e de repente estava na sua casa, a ver televisão com os seus pais. Como se nada tivesse acontecido.
(Continuação)
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O ARTEFACTOS deseja-lhe
BOAS FESTAS