apresentação - centro de referência da cadeia de...

8
Realização: Apoio: Seja parceiro: Entre em contato [email protected] Ano I - Nº 1 - Abril 2017 Prezado leitor, Seja bem vindo ao Bioinfor- matvo, criado em 2011, teve publicações mensais durante onze messes. Com isso, essa edição 12 representa o início de um novo Bioinformativo. Temos como objetivo anali- sar o mercado de oleaginosas e apresentar de maneira resu- mida os resultados destas. Na seção de matéria especial falaremos sobre A palma de óleo, também conhecida como Apresentação dendê que é a cultura oleagi- nosa que apresenta a maior produtividade de óleo e en- contra na região Norte do país clima favorável ao seu cultivo. Mas antes de começar a lei- tura, agradeço que esteja pre- senciando nossa volta. Gos- taria de pedir sujesões, que é essencial para que possamos melhorar e solidificar sempre mais nosso projeto. Boa leitura! Nessa Edição: Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo de Amendoim pg. 4 Mamona e Palma pg. 4 e 5 Óleo de girassol pg. 5 milho pg.6 Soja pg. 7 Matéria especial: Palma pg. 8

Upload: others

Post on 23-May-2020

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Apresentação - Centro de Referência da Cadeia de ...biomercado.com.br/imagens/publicacao/arquivo139.pdf · Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo

Realização:

Apoio:

Seja parceiro:

Entre em contato

[email protected]

Ano I - Nº 1 - Abril 2017

Prezado leitor,

Seja bem vindo ao Bioinfor-matvo, criado em 2011, teve publicações mensais durante onze messes. Com isso, essa edição 12 representa o início de um novo Bioinformativo.

Temos como objetivo anali-sar o mercado de oleaginosas e apresentar de maneira resu-mida os resultados destas.

Na seção de matéria especial falaremos sobre A palma de óleo, também conhecida como

Apresentação

dendê que é a cultura oleagi-nosa que apresenta a maior produtividade de óleo e en-contra na região Norte do país clima favorável ao seu cultivo.

Mas antes de começar a lei-tura, agradeço que esteja pre-senciando nossa volta. Gos-taria de pedir sujesões, que é essencial para que possamos melhorar e solidificar sempre mais nosso projeto.

Boa leitura!

Nessa Edição:

Caroço de Algodão pg. 2Leilão de Biodiesel pg. 3Amendoim e óleo de Amendoim pg. 4

Mamona e Palma pg. 4 e 5Óleo de girassol pg. 5milho pg.6

Soja pg. 7Matéria especial: Palmapg. 8

Page 2: Apresentação - Centro de Referência da Cadeia de ...biomercado.com.br/imagens/publicacao/arquivo139.pdf · Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo

CENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

CENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

2

Ano I - Nº 1 - Abril 2017

Anuncie aqui

SojaNa bolsa de Chicago, a soja

vem sendo negociado a valores abaixo de US$ 10/bu o contra-to para vencimento em maio de 2017 e vem sendo assim desde o começo do mês de Março. Da mesma forma o farelo e o oleo de soja vem em queda no mercado de Chicago, com preços de US$ 308,70/ton e US$ 0,3137/lb res-pectivamente. Preços do fecha-mento do dia 06/04/2017, fonte CME Group.

Na BM&F Bovespa a soja vem sendo negociado a US$20,72/sc, preço do dia 06/04/2017 com vencimento para maio. Seguin-do tendencia de queda desde fevereiro, onde o preço chegou a estar em US$23,60/sc. No mer-cado físico a tendencia e queda se confirma em todos os estados, no Rio Grande so Sul por exem-plo o preço da soja apresentou queda de 10,11% durante o mês de março frena média de 8,25% de queda entre os estados do RS, PR, SC, GO e MS, dados retirados do Biomercado.com.br. Durante o ano, podemos observar que o preço de março deste ano está a baixo do mesmo periodo do ano passado.

A queda dos preços da soja está relacionado com o aumento das expectativas de safra recorde, tanto no Brasil quanto nos EUA. Temos uma produção estimada em 110.935.272 toneladas, va-lor 2,3% superior ao divulgado em fevereiro (crescimento de 2,5 milhões de toneladas), fator pos-sivel pelo aumento do rendimen-to da produção [1].

505560657075808590

Acompanhamento do preço de soja nos principais estados brasileiros (R$):

RS PR SC GO MS MT

Os preços dos produtos deri-vados da soja apresentam queda juntamente com o preço da soja, o farelo teve redução de 5,2% em media e o óleo redução de 5,38% em media. A queda percentu-al semelhante destes produtos mostra como ela foi determina-da pela queda do preço da soja. Fonte Biomercado.

Page 3: Apresentação - Centro de Referência da Cadeia de ...biomercado.com.br/imagens/publicacao/arquivo139.pdf · Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo

CENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

CENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

3

Anuncie aqui

MilhoO cenario externo apresen-

ta baixos preços do milho, com a maior oferta do grão, porém este cenario começou a se inver-ter com o anuncio da intenção de plantio para safra 2017/2018 dos EUA reduzir em 4% em rela-ção a safra 2016/2017 [1].

Na bolsa brasileira, o milho apresenta tendência de bai-xa apresentando o maior valor do mês de março a R$32,20/sc no dia 6 e fechando o mês a R$28,50/sc [2] No mercado fí-sico esta baixa se confirma, com uma queda média de 10,81%, destaque para Santa Catarina com 13,54% de queda. De mar-ço de 2016 até março de 2017 a soja apresentou apenas queda no preço, perdendo 41,26% de seu valor na média por estado.

O IBGE prevê safra 25,1% maior no março deste ano em re-lação ao ano anterior [3], isto é um dos fatores que exlicam essa forte desvalorização da commo-dity. A boa safra argentina junto a previsões climaticas favoraveis para a safra americana impul-sionam os preços do milho para baixo, o fator que segue em dire-ção oposta é a previsão de uma area de plantio menor nos EUA, causado justamente pelo baixo preço do milho [4]. As exporta-ções brasileiras também ficaram abaixo dos ultimos mês de mar-ço, tendo valor de 243mil tonela-nas para este ano.

18,00

19,00

20,00

21,00

22,00

23,00

24,00

25,00

26,00

9/3

10/3

11/3

12/3

13/3

14/3

15/3

16/3

17/3

18/3

19/3

20/3

21/3

22/3

23/3

24/3

25/3

26/3

27/3

28/3

29/3

30/3

31/3

Acompanhamento do preço da milho nos principais estados brasileiros (R$):

RS PR SC MS

15

20

25

30

35

40

45

50

Acompanhamento do preço da milho nos principais estados brasileiros (R$):

RS PR SC MS

Page 4: Apresentação - Centro de Referência da Cadeia de ...biomercado.com.br/imagens/publicacao/arquivo139.pdf · Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo

CENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

CENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

4

Ano I - Nº 1 - Abril 2017

Anuncie aqui

A variação do preço da Mamo-na apresentou-se constante no período analisado (de Abril de 2016 até Março de 2017), obten-do apenas uma variação expres-siva no intervalo entre os meses de Novembro e Janeiro, e a partir de Fevereiro houve uma queda nos preços. Em relação ao mer-cado externo, o preço da Mamo-na apresentou um pequeno cres-cimento nos últimos meses.

Apesar de suas característi-cas específicas, o preço do óleo de mamona sofre interferência do preço de outras oleaginosas de seu grupo e também porque

pode competir em termos de área cultivada. De acordo com Marta Helena Gama de Mace-do, da Conab, alguns fatores in-fluenciam no preço do óleo de mamona: as chuvas de monção de Junho à Setembro na Índia, que interferem na produção; os preços das oleaginosas na Índia que interferem na área de plan-tio de mamona; o consumo e a importação de óleo de mamona pela China; as condições climáti-cas nos E.U.A para o plantio das oleaginosas e a variação da taxa de câmbio.

MamonaSegundo dados de março da

Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o girassol safra 16/17 tem previsão de redução na área cultivada em cerca de 0,8% em relação à sa-fra 15/16. Em contrapartida, a produtividade 16/17 terá au-mento significativo, de 1224 kg/há para 1419kg/há, cerca de 15,9%. Esse aumento de produtividade acarretará em uma maior produção, 14,9% maior, passando de 63,1 mil toneladas para 72,5 mil tone-ladas.

Essa conjuntura refletiu dire-tamente no preço (gráfico do óleo de girassol), uma vez em que se tem uma grande previ-são de aumento na quantidade ofertada. Segundo o site de co-tações Biomercado, se compa-rado mar/16 com mar/17, hou-ve uma redução de 35,71%, de R$10080,00 para R$ 6480,00, no preço do óleo de girassol, devido principalmente à previ-são de alta quantidade de ma-téria prima disponível.

Outro fator que influenciou o preço do óleo de Girassol foi o término da colheita da Soja, que bateu novo recorde e as-sim, aumentando a oferta de óleo vegetal no mercado. O maior valor registrado para o óleo de Girassol no período de entressafra (fevereiro a abril) foi de R$ 10080,00 em 2016.

Óleo de girassol

Page 5: Apresentação - Centro de Referência da Cadeia de ...biomercado.com.br/imagens/publicacao/arquivo139.pdf · Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo

CENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

CENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

5

Ano I - Nº 1 - Abril 2017

Anuncie aqui

O Dendê apresentou um com-portamento relativamente está-vel no período analisado, tendo um pequeno aumento a partir do mês de Outubro, e uma peque-na oscilação entre os meses de Dezembro de 2016 e Janeiro de 2017 e atualmente se mantém a R$275,00.

O óleo de Palma apresentou uma expressiva queda nos preços no período entre Abril e Junho, e permaceu constante de Junho até Novembro. Já no mercado externo, o preço do Óleo de Pal-ma teve uma queda até o mês de Novembro, e nos meses de De-zembro e Janeiro observou-se um crescimento dos preços, com posterior queda. A taxa de varia-ção observada foi de no máximo 6,23% .

2540256025802600262026402660268027002720

Média dos preços do Óleo de Palma

Média dos preços

2540256025802600262026402660268027002720

Média dos preços do Óleo de Palma

Média dos preços

Palma

Page 6: Apresentação - Centro de Referência da Cadeia de ...biomercado.com.br/imagens/publicacao/arquivo139.pdf · Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo

6

Ano I - Nº 1 - Abril 2017

Anuncie aqui

A previsão para safra de Amendoim 16/17, segundo dados da Conab, é de aumento de 1,4% na área plantada, de-vido à área disponível de ca-na-de-açúcar para rotação de culturas. Apesar de uma maior área de cultivo, a estimativa de produtividade em relação à safra anterior é 0,2% menor, 3495 kg/há 16/17 e 3524kg/ha 15/16. Sobre a produção to-tal, a previsão é de aumento de 1,3%, cerca de 411,3 mil tone-ladas contra 406,1 mil tonela-das da safra anterior.

O valor médio da saca de 25kg pago ao produtor, em março, fi-cou em R$45,32, aumento de 9,33% em relação ao mesmo período anterior. Já o óleo de Amendoim, teve se preço redu-zido em 12,25%, R$ 12960,00 a tonelada.

O estado de São Paulo des-taca-se como o maior produ-tor do Brasil, responsável por aproximadamente 90% da produção nacional, com uma área plantada de 104,7 mil hec-tares. Grande parte da produ-ção (80% é destinada aos paí-ses europeus), enquanto que o restante é consumido interna-mente pelas fábricas de doces.

Amendoim e óleo de Amendoim Mercado InternoAs médias semanais, tanto no

preço pago ao produtor quan-to no preço no atacado, isento o ICMS, mantiveram-se pratica-mente estáveis, com excessão à Bahia. A movimentação do mer-cado interno do algodão perma-nece com baixa liquidez. A maior parte dos produtores com esto-que disponível de algodão para venda, está se capitalizando com a coheita de soja, pois sabem que a oferta será escassa, o que re-sultará em um aumento dos pre-

Mercado externoSegundo dados da CONAB,

neste mês o relatório do Depar-tamento de Agricultura dos Es-tados Unidos veio baixista e ge-rou perdas nos contratos mais próximos. Porém em relação ao relatório do mês de fevereiro, os números indicaram aumento na produção e nos estoques mun-diais, o que levou a sustentação de mercado para contratos mais distantes, diante da boa deman-

Algodão

Gráfico 1 – Média nacional de valores do caroço de algodão nos últimos 12 meses (Centavo/LP)

ços até a nova safra. Desta forma, o inevitável retorno das grandes indústrias do setor demandante ao mercado ditará a sustentação dos preços com a agressividade das compras, que não deverá ser alta, em função da atual situação de crise pela qual passa o país. De acordo com o indicador CEPEA/ESALQ, apesar da atual situação de baixa descrita, a estimativa é de que no mês de março, o mer-cado feche em alta com relação a fevereiro.

da para o produto norte-ameri-cano.

Quanto ao mercado chinês, o fator chave para a sustentação das cotações internacionais é a qualidade do algodão ofertado, uma vez que a boa qualidade do produto ocasionará em uma re-dução das importações pela po-tência e levará a um viés baixista do mercado.

200,00210,00220,00230,00240,00250,00260,00270,00280,00290,00

Série1

Page 7: Apresentação - Centro de Referência da Cadeia de ...biomercado.com.br/imagens/publicacao/arquivo139.pdf · Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo

7

Ano I - Nº 1 - Abril 2017

Anuncie aqui

No 54º Leilão de Biodiesel da ANP foram comercializados 733,9 milhões de litros de bio-diesel, valor 13,26% superior a do leilão anterior. Neste Leilão o preço médio teve redução de 9,20% frente ao 53°, chegando ao valor de R$2,108/L, sem con-siderar a margem da Petrobrás. A participação do selo combustí-vel social se manteve em 100%.

As atuais 51 plantas em ope-ração no País possuem a capaci-dade 20.930,81 m³/dia. Há ain-da 3 novas plantas de biodiesel autorizadas para construção e 3 plantas de biodiesel autorizadas para aumento da capacidade de produção. Com a finalização das obras e posterior autorização para operação, a capacidade to-

Gráfico 1: Participação das matérias primas na produção de biodiesel para o mês de janeiro.Fonte: Boletim do biodiesel de fevereiro de 2017 (ANP)

A participação do Sebo Bovino na produção mostrou queda de 1,94% em relação ao mês de ja-neiro. Isso se deve a uma queda nos preços do Sebo no mercado e desinteresse por parte dos for-necedores (e exportadores). O caso do Paraguai, maior forne-cedor de sebo do Brasil, merece destaque. O país passou a ex-portar o sebo para a Europa por conta da baixa no mercado bra-sileiro. A diminuição na produ-ção total de biodiesel no Brasil também contribuiu com a queda dos indicadores no último mês em relação à evolução anual ao longo de 2016 e início de 2017, como mostra o Gráfico 2.

Gráfico 2: Evolução do preço do sebo Bovino para o estado de São Paulo.

Leilão de Biodieseltal de produção de biodiesel au-torizada poderá ser aumentada em 2.947 m³/dia, que represen-ta um acréscimo de 14,08% na

capacidade atual. A participação das matérias primas na produ-ção de Biodiesel são explicitadas no Gráfico 1.

Óleo de Soja (64,84%)

Gordura Bovina (15,50%)

Outros Materiais Graxos (10,73%)

Gordura de Porco (3,73%)

Óleo de Palma/Dendê (2,55%)

Óleo de Canola (0,89%)

Óleo de Fritura (0,80%)

Gordura de Frango (0,52%)

Óleo de algodão (0,44%)

2000

2200

2400

2600

2800

3000

3200

Page 8: Apresentação - Centro de Referência da Cadeia de ...biomercado.com.br/imagens/publicacao/arquivo139.pdf · Caroço de Algodão pg. 2 Leilão de Biodiesel pg. 3 Amendoim e óleo

BIOINFORMATIVOCENTRO DE REFERÊNCIA DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEISPARA A AGRICULTURA FAMILIAR

O Bioinformativo é uma publi-cação mensal do Centro de Re-ferêcia da Cadeia de Produção de Biocombustíveis para a Agri-gultura Familiar da Universida-de Federal de Viçosa (UFV).

EXPEDIENTE

Coordenador do Centro de ReferênciaProf. Ronaldo PerezProf. Leonardo Cardoso

Endereço: CCBioenergia, Vila Gianetti 25. Campus Univer-sitário– Viçosa, MG. Cep: 36570-000Telefone: 31 3899 1791e-mail: [email protected] nosso site:www.biomercado.com.br

EstágiariosLuna Lilás H. IldefonsoMarcos Paula RosaDaniel Carvalho AlbinoRafaela Juqueira BessaElizângela AraujoVítor Lopes de AssisRodrigo Lopes da SilvaHeytor Fabricio Arantes F. Reis

EQUIPE BIOMERCADO

8

Ano I - Nº 1 - Abril 2017

A palma de óleo, também co-nhecida como dendê, é a cultu-ra oleaginosa que apresenta a maior produtividade de óleo e encontra na região Norte do país clima favorável ao seu cultivo. O Pará, principal produtor nacio-nal, foi responsável por 85,2% da produção em 2014 [1].

A cultura é promissora quan-to ao desenvolvimento da agri-cultura familiar por ser perene, pouco mecanizada e possibilitar o consórcio com culturas ali-mentares. Por essas característi-cas PNPB a definiu como cultura chave para a região Norte [2].

Apesar dos incentivos do PNPB não houve sucesso na inclusão do óleo de palma na cadeia pro-dutiva de biodiesel, onde a sua participação representou ape-

nas 0,1% da produção nacional em 2015 [3].

Do ponto de vista da inclusão da agricultura familiar o alto tempo de retorno do investi-mento é um entrave. Sendo ne-cessário o desenvolvimento de arranjos integrados com grandes empresas de extração de óleos ou a associação dos produtores na forma de cooperativas.Enquanto o principal motivo para o óleo de palma pratica-mente não ser utilizado na pro-dução de biodiesel é que o mer-cado tradicional da indústria de alimentos é mais atraente [2]. Além disso, sua demanda não é suprida pela produção nacional, que representou apenas 54 % do consumo em 2014 [4].

Existe um grande potencial no

desenvolvimento da cultura da palma no Brasil. Do ponto de vista de mercado há demanda interna por óleo e um mercado que é praticamente inexplora-do: biodiesel. Entretanto, alguns gargalos técnicos precisam ser superados como a mecanização da colheita e a maior disponibi-lidade de sementes.

Outro fator importante é a lo-gística, visto que a produção é distante dos grandes centros consumidores. Uma solução ado-tada pelo grupo Agropalma [5] é o uso da cabotagem que estima reduzir pela metade os custos com o transporte.

Desafios à Inserção de Palma na Cadeia Produtiva de Biodiesel

2.PEREZ, et al. Inclusão social dos produtores de mamona e dendê na cadeia produtiva de biodiesel:

oportunidades e desafios. 2015