apresentação confea

33
PRODUÇÃO NACIONAL – MODELO DE SOLOW Vantagem – simplicidade Baseia-se em duas equações: 1) A Função de Produção Nacional de Cobb-Douglas Y=F(K,L)=K L (1-) ; onde K=Capital e L=Trabalho Em geral, no Brasil também, =0,4 2) A equação de acumulação de capital: dK/dt=sY-dK, onde s=Taxa de Poupança D=Taxa de Depreciação do Capital

Upload: institutolobo

Post on 18-Nov-2014

3.117 views

Category:

Technology


2 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Apresentação confea

PRODUÇÃO NACIONAL – MODELO DE SOLOW

Vantagem – simplicidade Baseia-se em duas equações:1) A Função de Produção Nacional de Cobb-Douglas Y=F(K,L)=K L (1-); ondeK=Capital e L=TrabalhoEm geral, no Brasil também, =0,42) A equação de acumulação de capital:dK/dt=sY-dK, ondes=Taxa de PoupançaD=Taxa de Depreciação do Capital

Page 2: Apresentação confea

PRODUÇÃO NACIONAL – MODELO SOLOW

Quando se introduz a tecnologia, modelo mais simples é o aumento de produtividade da mão de obra:L se transforma em AL, onde A>1 devido à incorporação de tecnologias.Neste modelo, o crescimento da produção por trabalhador no tempo é:y(t) = A(t) (s/(n+g+d)), onde g é a taxa de crescimento da tecnologia e n a taxa de crescimento da mão de obra.CONCLUSÃO: INVESTIMENTO VIA POUPANÇA E TECNOLOGIA SÃO FATORES ESSENCIAIS PARA O CRESCIMENTO ECONÔMICO DE UMA NAÇÃO.

Page 3: Apresentação confea

AUMENTO DO PIB

Para aumentar o PIB, produto interno bruto por habitante, precisamos investir e crescer tecnologicamente.INVESTIMENTO – exige poupança e mão de obra qualificada – engenheiros – dado internacional: para cada milhão de dólares investidos em novos projetos é necessário um engenheiro a mais. Só o PAC prevê investimentos de 250 bilhões de dólares – 250 mil engenheiros. Levar em conta, ainda, crescimento da Petrobrás, das mineradoras, etc. TECNOLOGIA – inovação e absorção – pesquisa e desenvolvimento – competitividade na cadeia de valor – patentes – engenheiros e cientistas inovadores e gestão da inovação.

Page 4: Apresentação confea

O QUE É NECESSÁRIO

Ainda que não seja suficiente, a quantidade e a qualidade da engenharia será fator decisivo para manter o crescimento, ampliar geração de produtos com alto teor tecnológico, equilibrando a balança em relação às commodities.PEÇA CHAVE: PARA O CRESCIMENTO DO INVESTIMENTO: QUANTIDADE DOS ENGENHEIROSPARA O CRESCIMENTO DA INOVAÇÃO:QUALIDADE DOS ENGENHEIROS

Page 5: Apresentação confea

GARGALOS

QUANTIDADE – PEQUENO NÚMERO DE ENGENHEIROS FORMADOS EM RELAÇÃO AOS CONCORRENTES DIRETOS E ÀS NECESSIDADES DO PAÍS

QUALIDADE - POUCOS CURSOS FORMANDO ENGENHEIROS COM FORMAÇÃO SÓLIDA E INOVADORES; BAIXO ÍNDICE DE PUBLICAÇÕES

GERAÇÃO DE TECNOLOGIA – POUCA INOVAÇÃO, BAIXO NÚMERO DE PATENTES REGISTRADAS

Page 6: Apresentação confea

O Brasil vem se projetando internacionalmente e seu desenvolvimento o incluiu na sigla do grupo conhecido como BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). BRIC - Criada há quase dez atrás pela equipe do economista-chefe do banco Goldman Sachs, Jim O’Neill, a sigla se refere aos quatro maiores mercados emergentes e seu potencial de crescimento.

A FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS NO BRASIL

Page 7: Apresentação confea

Dos países do BRIC, o Brasil é, de longe, o que menos forma engenheiros por ano, cerca de 30 mil por ano, enquanto a Índia forma 120 mil, ou seja, três vezes mais, (ou 220 mil se considerados os cursos de formação em três anos), a Rússia, 190 mil (quase 5 vezes mais) e a China 350 mil (quase 9 vezes mais), ou 650 mil considerados os cursos de três anos.

A FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS NO BRASIL

Page 8: Apresentação confea

Notar que esses números são aproximados, uma vez que o conceito da formação do engenheiro - sua a duração e a pertinência das especialidades para a inovação - não é estabelecido por meio de critérios homogêneos para os diferentes países, mas deixam de ser preocupantes para os brasileiros.Quase 50% foram formados em instituições públicas de ensino superior.Nas outras áreas cerca de 2/3 se formam em IES privadas.Problemas decorrentes.

A FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS NO BRASIL

Page 9: Apresentação confea

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA DAS IES DADOS INDICADORES RELAÇÃO

Soma de Vagas 44.390

Número de Cursos 389

Ingressantes 28.590 0,64 Ingressantes / Vaga

Concluintes 8.682 30,37% Concluinte/Ingressante

Soma de Matrículas 102.467 263 Matrículas / Curso

Soma de Vagas 6.795

Número de Cursos 124

Ingressantes 7.269 1,07 Ingressantes / Vaga

Concluintes 4.302 59,18% Concluinte/Ingressante

Soma de Matrículas 37.458 302 Matrículas / Curso

Soma de Vagas 20.046

Número de Cursos 338

Ingressantes 18.886 0,94 Ingressantes / Vaga

Concluintes 8.631 45,70% Concluinte/Ingressante

Soma de Matrículas 79.141 234 Matrículas / Curso

Soma de Vagas 3.326

Número de Cursos 52

Ingressantes 2.815 0,85 Ingressantes / Vaga

Concluintes 1.300 46,18% Concluinte/Ingressante

Soma de Matrículas 11.739 226 Matrículas / Curso

Soma de Vagas 97.353

Número de Cursos 503

Ingressantes 41.485 0,43 Ingressantes / Vaga

Concluintes 7.628 18,39% Concluinte/Ingressante

Soma de Matrículas 109.901 218 Matrículas / Curso

171.910

1.406

99.045 0,58 Ingressantes / Vaga

30.543 30,84% Concluinte/Ingressante

340.706 242 Matrículas / Curso

Tabela

Resumo dos Dados dos Cursos de Engenharia no Brasil – 2008

Estadual

Comun. Confes.

Federal

Municipal

Particular

Total Soma de Vagas

Total de Cursos

Total de Ingressantes

Total de Concluintes

Total de Matrículas

Page 10: Apresentação confea

Necessidade de formação de Engenheiros – Questionamento do IPEA

Ano Engenheiros formados e crescimento do PIB

Previsão de formados – crescimento linear

3% 5% 7% Base 2006-2008

Base 2002-2008

2009 35.919 35.919 38.194 31.955 33.051

2010 37.684 38.832 42.235 33.005 34.884

2011 39.449 41.746 46.276 34.055 36.717

2012 41.215 44.660 50.317 35.105 38.550

2013 42.980 47.574 54.357 36.155 40.383

2014 44.745 50.488 58.398 37.205 42.217

2015 46.511 53.402 62.439 38.255 44.050

A NECESSIDADE DE FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS - QUESTIONAMENTO DO IPEA

Page 11: Apresentação confea

Outra informação relevante é a produção científica brasileira na área de Engenharia, que se coloca em patamar bastante inferior aos demais membros do BRIC, em parte como conseqüência desta defasagem no número de formados.

A FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS NO BRASIL

Page 12: Apresentação confea

1

10

100

1000

10000

100000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Brazil

Russian Federation

Republic of Korea

India

China

Unites States

Germany

Mexico

PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM ENGENHARIA

Page 13: Apresentação confea

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Brazil

Russian Federation

Republic of Korea

India

China

Unites States

Germany

Mexico

PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM MEDICINA

Page 14: Apresentação confea

Patentes 2007 Europa+USAUnited States of America 280.092Japan 102.587Germany 50.557Republic of Korea 28.505Russian Federation 28.085France 17.137United Kingdom 14.472Netherlands 11.451Canada 10.555China 5.206India 2.808Brazil 393Mexico 257Argentina 181Chile 83

PATENTES 2007

Page 15: Apresentação confea

Patentes significam mais do que uma forma de ganhar dinheiro ou encorajar a criatividade. Elas também são uma forma de polir a informação, uma vez que elas contêm uma descrição da nova tecnologia em forma clara e específica e está disponível. Por isso, elas são recursos vitais para empresas, pesquisadores e demais interessados no desenvolvimento de alguma área tecnológica.

PATENTES

Page 16: Apresentação confea

As patentes são bons indicadores da capacidade de geração de novas invenções. Associadas a outros indicadores, elas podem medir a capacidade de inovação de um país ou uma área. Como inovação não é sinônimo de invenção, a inovação ocorre quando a invenção gera produto ou processo de aceitação mundial. Embora, por diversas razões, muitas inovações não gerem patentes, a comparação relativa entre países da produção de patentes dá uma idéia bastante consistente da habilidade e capacidade relativas de inovação.The Conference Board of Canada 2010

PATENTES

Page 17: Apresentação confea

Estoque deConhecimentoCientífico

Estoque de NecessidadesSociais

Estoque deTecnologias

Recursos humanos

CapitalArcabouço jurídico

Políticas C&T

Educação Cultura

Page 18: Apresentação confea

A inovação tecnológica - com maior poder de impacto no médio prazo - pode induzir inovações também de processos que atendam às necessidades da inovação do produto nas cadeias produtivas e na comercialização. As empresas brasileiras que inovam e diferenciam os produtos representam somente 1,7% da indústria brasileira, mas são responsáveis por 25,9% do faturamento industrial e por 13,2% do emprego gerado.

INOVAÇÃO NO BRASIL

Page 19: Apresentação confea

Os fatos de que as commodities primárias representam 40% do total das exportações brasileiras, os produtos de baixa intensidade tecnológica representam cerca de 18% da pauta e os produtos de média e alta intensidade tecnológica chegam a um pouco mais de 30% são reflexos da pouca inovação de produtos.Para uma comparação, é importante citar que, no mundo, 60% dos produtos exportados são de média e alta intensidade tecnológica e a participação de commodities na exportação é de apenas 13%.

INOVAÇÃO NO BRASIL

Page 20: Apresentação confea

Brasiltec –Programa Brasileiro de Aceleração Tecnológica em Engenharia -2008Utilizando-se o estudo da Brasiltec, em perspectiva internacional comparada, fatores que formam o índice de competitividade colocam o Brasil em posições aquém do seu enorme potencial. Em relação ao Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, revisto anualmente, a posição do Brasil vem se alterando da seguinte forma 66° posição em 2006-2007 (entre 127 países), 72° em 2007-2008 (entre 131 países), 64° em 2008-2009 (em 131 países).

COMPETITIVIDADE E EDUCAÇÃO

Page 21: Apresentação confea

Em relação ao Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, revisto anualmente, a posição do Brasil vem se alterando da seguinte forma 66° posição em 2006-2007 (entre 127 países), 72° em 2007-2008 (entre 131 países), 64° em 2008-2009 (em 131 países).

Segundo a mesma Brasiltec, no Índice de Prontidão Tecnológica do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 59° posição entre 175 países.

COMPETITIVIDADE E EDUCAÇÃO

Page 22: Apresentação confea

O estudo da Brasiltec aponta que, alguns de nossos piores indicadores, estão nas raízes das principais causas da baixa prontidão tecnológica e de competitividade: Qualidade do Sistema Educacional (117° posição) e Qualidade da Educação em Matemática e Ciência (114° posição).

[

COMPETITIVIDADE E EDUCAÇÃO

Page 23: Apresentação confea

O péssimo desempenho do Brasil nos exames internacionais ilustra bem essa situação, onde a deficiência do estudante brasileiro fica evidente. Por exemplo, nos resultados que constam do exame PISA de 2006, onde ficamos em 51º lugar, entre 53 países, exame esse que mediu exatamente a capacidade de compreender e resolver problemas.

COMPETITIVIDADE E EDUCAÇÃO

Page 24: Apresentação confea

O PROFISSIONAL DO FUTURO - UNESCO

Ser flexível Ser capaz e disposto a contribuir para a inovação e ser

criativo Ser capaz de lidar com as incertezas Estar interessado e ser capaz de aprender ao longo de

toda a vida Ter adquirido sensibilidade social e aptidões para a

comunicação Ser capaz de trabalhar em equipe Desejar assumir responsabilidades Tornar-se empreendedor

RECOMENDAÇÕES

Page 25: Apresentação confea

APOIO ÀS ENGENHARIAS

Grupo de trabalho com representantes das engenharias foi criado na CAPES para apresentar proposta de incentivo ao aumento do número e da qualidade de engenheiros formados anualmente no Brasil.Meta: Dobrar em cinco anos o número de formados em engenharia, aumentando a procura, reduzindo a evasão e incentivando a qualidade.Resumo: Bolsas para estudantes de cursos com nota 4 ou 5 no ENADE;

Page 26: Apresentação confea

Primeira fase – bolsas para manutenção e pagamento de mensalidades para as IES comunitárias e para manutenção para as IES federais para que alunos com baixa renda familiar possam se dedicar mais aos estudos.

Contrapartidas institucionais.

PROJETO ESTÁ NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

APOIO ÀS ENGENHARIAS

Page 27: Apresentação confea

Somente aumentar o número de engenheiros não é suficiente para alavancar o crescimento de uma nação. A isonomia competitiva é definida como qualquer desigualdade que prejudique os resultados resultantes do aumento de competitividade tecnológica. Exemplo: se o retorno dos investimentos feitos em laboratórios de desenvolvimento tecnológico for muito menor do que o dos investimentos feitos com uma boa firma de contabilidade, uma assessoria jurídica agressiva e competente ou no mercado financeiro.

ISONOMIA COMPETITIVA E ENGENHARIA

Page 28: Apresentação confea

A FALTA DE ISONOMIA COMPETITIVA FAZ COM QUE SEJA MAIS GARANTIDO PAGAR A ADVOGADOS DO QUE A ENGENHEIROS PARA AUMENTAR OS LUCROS DE UMA EMPRESA, DESMOTIVANDO O INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO.

ISONOMIA COMPETITIVA E ENGENHARIA

Page 29: Apresentação confea

K. M Murphy, A. Schleifer e R. W Vishny estudaram 35 países para realizar um estudo sobre a influência das matrículas em cursos de Engenharia e Direito no desenvolvimento econômico refletido no PIB nacional. Nestes 35 países da amostra o percentual de matrículas em Engenharia era de 12% e de Direito 7%, que pode ser considerado um padrão internacional. A relação no Brasil é a inversa (12,5% em Direito e 7,5% em Engenharia).

ISONOMIA COMPETITIVA E ENGENHARIA

Page 30: Apresentação confea

Os docentes que desejam dedicar-se ao ensino universitário buscam a formação pós-graduada em Educação ou a Especialização em área profissional específica. Essas soluções não respondem ao desejado: a primeira não aprofunda os conteúdos da área profissional e a segunda peca pela pequena abrangência.Abre-se uma nova possibilidade com a recente e mais flexível regulamentação do Mestrado Profissional que se adapta perfeitamente a um programa de formação pós-graduada de profissionais para o magistério de nível superior.

MESTRADO PROFISSIONAL EM DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA

Page 31: Apresentação confea

Este programa de mestrado não teria o objetivo de conduzir o professor para a prioridade da atividade de pesquisa, nem mesmo um aprofundamento vertical de uma área como na especialização, mas de desenvolver a capacidade de unir a teoria e a prática, ou seja, a competência para dar as respostas de forma inteligível e didática e a habilidade de encontrar as formas mais adequadas de transmitir conhecimentos pelo aprofundamento do olhar profissional em relação aos fundamentos teóricos das diferentes disciplinas.

MESTRADO PROFISSIONAL EM DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA

Page 32: Apresentação confea

Como exemplo, podemos apontar as engenharias que necessitam de professores de ensino superior capazes, com o apoio de sua trajetória profissional pessoal, de sustentar, reunir e fortalecer as bases teóricas das diversas disciplinas e sua ligação com a prática profissional para melhor preparar o futuro egresso das IES, uma vez que há uma crítica freqüente da incapacidade dos atuais professores (titulados ou não) de utilizar conhecimentos científicos para justificar os resultados práticos encontrados.

MESTRADO PROFISSIONAL EM DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA

Page 33: Apresentação confea

O MESTRADO PROFISSIONAL PARA O MAGISTÉRIO SUPERIOR É ACEITO PELA CAPES E REPRESENTARIA UM NOVO PROGRAMA QUE, POR FUGIR DOS TRADICIONAIS COMITÊS DA CAPES, PROVAVELMENTE EXIGIRÁ A CRIAÇÃO DE UM COMITÊ PRÓPRIO PARA ASSEGURAR A SUA VIABILIZAÇÃO.A PRESIDÊNCIA DA CAPES PROMETEU DAR ESPECIAL ATENÇÃO A ESTES PROGRAMAS.

MESTRADO PROFISSIONAL EM DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA