apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

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MORAL Caracterizaç ão do Dano Pela Psicolog Aplicada

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Page 1: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

MORAL

Caracterizaçã

o do Dano Pela Psicologia

Aplicada

Page 2: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Possui graduação em DIREITO pela Universidade São Judas Tadeu. Especialização em

Direito Empresarial. Atualmente é advogado, professor e pesquisador – CNPq.

Ministra Palestras sobre Parcerias Público Privadas e temas como Técnicas de

Redação e Mercado de Trabalho, Direito e Cidadania, entre outros.

Produz pesquisas para o aprimoramento do Andamento Processual junto aos órgãos

do Poder Judiciário.

Eduardo Cesar Elias de Amorim

[email protected]

[email protected]

http://lattes.cnpq.br/5494107127219466

Page 3: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

1• Introdução

2• Objetivo

3• História e Evolução

4• Breve Comparativo

5• Lesão Moral

6• Mero Aborrecimento

7• Lesão à Psique

7.1• Lesão do Ego

7.2• Lesão do ID

8• Conclusão

9• Referências Bibliográficas

Page 4: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Neste breve relato, pretendemos tratar dos conceitos de dano

moral em suas esferas objetiva e subjetiva a partir da comparação com

critérios e conceitos da psicanálise que vemos autorizada ante ao tema,

vez que na sua grande maioria das demandas judiciais que ensejam

pedidos de indenizações por danos morais causados por terceiros.

INTRODUÇÃO

Page 5: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Trazer à tona diferenciação entre o chamado mero

aborrecimento, muito difundido entre doutrinadores e magistrados que

tem neste instituto o princípio basilar para decidir se o acontecimento

trazido à juízo teve o condão de lesar moralmente o indivíduo ou trouxe a

este apenas um dissabor passageiro ou uma frustração de meras

expectativas relacionadas a fatos do cotidiano do homem médio.

OBJETIVO

Page 6: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Objetivo principal, ainda mais que o acima

exposto, fui buscar o conceito Freudiano que divide a

psique do ser em pelo menos dois hemisférios muito

tênues, mas que são sensivelmente diferenciados pela

sua própria natureza, falamos do Ego e do Id.

OBJETIVO

Page 7: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Duas essências do pensamento humano que divergem em tese

e em comportamento, pois se tratam de superficialidades versus

sentimentos intrínsecos e que analisados do ponto de vista jurídico que

compõe qualquer esfera do relacionamento humano, pode demonstrar até

que ponto uma lesão de direito pode ter afetado o ser em sua profundidade

ou a modo raso a meio de merecer ou não ser indenizado pelo dano efetivo.

OBJETIVO

Page 8: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

Pontes de Miranda conceitua a expressão dano moral de modo

muito prático ao estabelecer que a expressão dano moral tem concorrido para

graves confusões, bem como a expressão alemã Schmerzengeld (dinheiro de

dor). Às vezes, os escritores e juízes empregam a expressão dano moral em

sentido amplíssimo (dano à normalidade da vida de relação, dano moral

estrito, que é o dano à reputação, dano que não é qualquer dos anteriores mas

também não ofende o patrimônio, como o de dor sofrida, o de destruição de

bem sem qualquer valor patrimonial ou de valor patrimonial ínfimo).

Page 9: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

Então:

Dano moral seria

Dano não patrimonial. 

Page 10: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

Outros tem como dano moral o dano à normalidade da vida de

relação, o dano que faz baixar o moral da pessoa, e o dano à reputação.

Finalmente, há senso estrito de dano moral: o dano à reputação [1] Gostaria que

tal respeitosa definição realmente abrangesse todas as dimensões que o conceito

de dano moral precisa para se perpetuar e integrar o ordenamento jurídico

nacional como fonte de real justiça e não de enriquecimento ilícito como ocorrera

no passado recente, nem como ato de “desvaloração” [2] da moral humana como

temos visto nos tribunais e decisórios brasileiros.

Page 11: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

No início, tínhamos a indústria do dano moral, onde qualquer

dor era levada a apreciação do judiciário como fonte de renda fácil e

possíveis acordos mirabolantes, normalmente intentados contra pessoas

jurídicas que não desejavam ver seus nomes e marcas de valor associadas

a políticas de descaso ou lesão da esfera moral, quer fosse em relação a

clientes consumidores, quer fosse em relação a terceiros do meio social e

econômico em que estivessem inseridos.

Page 12: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

Foi um período certamente difícil, mormente aos

magistrados que se viam tentados a não utilizar a figura indenizatória

como máquina de fazer dinheiro para beneficiar partes que se

movimentavam por interesses escusos e patrimonialistas valendo-se do

judiciário para enriquecer, ante vítimas reais que ali buscavam a

verdadeira reparação da lesão moral evidenciada com o intuito de ver

amenizada a dor causada por seus algozes.

Page 13: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

Em seguida, como em todo ciclo social, pudemos observar a

retração da Justiça, mostrando-se temerosa em conceder aos lesados gordas

indenizações que certamente iriam fazer com que aquele que provocara a

lesão, no dito popular, pensasse duas vezes antes de repetir a conduta. Política

esta, vista também pouco eficiente, pois ao invés do imaginado, veio a

abarrotar o terceiro poder de ações demandadas quase que aleatoriamente,

através da liberdade concedida pela via indireta da AJG Assistência judiciária

gratuita que quando mal usada, facilita o exercício da aventura jurídica.

Page 14: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

Atualmente o que vemos é a busca incessante de encontrar um

mecanismo judicial para contendo as demandas despojadas de realidade subjetiva e

aquelas nas quais o dano moral, a ofensa real deixe de ser reparada, possamos

utilizar todos nós operadores do direito comprometidos com a própria Justiça, do

binômio - reparação e desincentivo - para que além de reparar o dano causado, o

causador abstenha-se de repetir o feito, ao tempo em que o lesionado reparado,

sinta o calor da justiça corando sua face. [1] Tratado de direito privado, XXVI, § 3.107,

p.30-31 in Dano Moral de Youssef Said Cahali, 2ª Ed., p. 21 [2] No sentido de atribuir

pouco ou baixo valor.

Page 15: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

BREVE COMPARATIVO

Em todo o mundo e desde o direito romano, a

moral do ser é protegida de acordo com os costumes, ao início,

dando espaço maior para interpretações de líderes e poderosos

que a cada tempo atribuíam um valor à lesão da subjetividade

do homem e de seus princípios de acordo com critérios pouco

democráticos, vinculando o tema, afastando da Justiça e após

muito tempo buscando a reaproximação que defendemos.

Page 16: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

BREVE COMPARATIVO

Alguns ordenamentos jurídicos mais avançados já

comportam facilmente medidas de contenção da violação

moral do ser humano, quer seja como cidadão, como

integrante social e agente integrador da sociedade, ou até

mesmo quando seus instintos mais íntimos são alvejados. Nos

ordenamentos jurídicos mais avançados podemos encontrar

legislações aprimoradas a cada critério donde compilamos

trecho de comparação de Cristiano Carrilho:

Page 17: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

BREVE COMPARATIVO

1) No direito Chileno - O Código Civil chileno, em seu

artigo 2.314 permite amplamente a reparação dos danos morais. No

que pertinente às imputações injuriosas, como a honra e o crédito de

uma pessoa, a reparação somente caberia se ficasse suficientemente

provado o dano emergente (CARMO,1996:300). A Constituição chilena

(Decreto n. 1.345, de 08/10/81) em seu artigo 19 assegurou a honra

como um verdadeiro direito subjetivo, ao dispor que: "La Constituición

assegura a todas las personas: (...) 4º El respeto y protección a la vida

provada y pública y a la honra de la persona y de sua família."

Page 18: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

BREVE COMPARATIVO

2) No direito Espanhol - O Código Civil Espanhol de 1890, devido ao

seu laconismo, consagrava a irreparabilidade do dano moral. A partir de 1912 os

espanhóis inclinaram-se à reparabilidade. Reprisando o art. 1.382 do Código Civil

Francês, a legislação espanhola assim dispõe em seu Código Civil de 1890: "El que por

accion causa daño a outro, interveniendo culpa o negligencia, está obligado a reparar el

daño causado. " A partir de 1912 os espanhóis passaram a agasalhar o entendimento da

reparabilidade do dano moral, muito embora a Suprema Corte de Justiça, em

precedente jurisprudencial memorável, não tenha se apoiado na interpretação do artigo

1.902 do Código Civil, tendo antes se decidido por equidade, abeberando-se nas vetustas

Partidas para dar suporte jurídico ao entendimento jurisprudencial. (Gubern apud

Carmo, 1996:300).

Page 19: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

BREVE COMPARATIVO

3) No direito Inglês - Conforme analisado por Eduardo

Gabriel Saad (1997:702), na Inglaterra, o critério legal (exemplary

damages) de indenização de danos morais tem grande abrangência, pois,

alcança até aqueles de somenos importância, o que denota exemplar

respeito pelos atributos da pessoa humana. De salientar-se, porém, que,

no Direito Inglês, o dano de caráter patrimonial é o pressuposto do dano

moral. Sem aquele, este não se configura.

Page 20: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

BREVE COMPARATIVO

4) No direito Libanês - O Código do Líbano, de 1932, traz

expressivas disposições nos artigos 134, 2ª parte e 136: "Art. 134, 2ª parte. Le

dommage moral entre en ligne de compte aussi bien que le dommage matériel."

"Art. 136. En pricipe, la réparation revêt une forme pecuniaire; elle este allouée en

dommages - intérêts mais il appartiente au juge de lui donner une forme plus

aproprié aut intérêts de la victime; elle intervient alors en nature; elle peut consister

notamment dans insertions par la voie de la presse. "São apenas ilustrativas, pois em

maioria, o Dano Moral é protegido e sua reparação exigível e lembrando que a este

trabalho nos inferimos apenas a trazer linhas da psicanálise para servir de

instrumento capaz de alinhar o decisório judicial ao caso concreto.

Page 21: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO MORAL

Lesão: buscamos no dicionário o perfeito conceito do vocábulo para a partir daí tecermos mais:

Page 22: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO MORAL

- lesar v.t. 1. Causar lesão a; contundir, ferir.

2. Ofender a reputação ou violar o direito de.

3. Prejudicar (1). [1] Ora, em sendo assim, temos então a certeza que

lesão pressuponha ofensa, ferimento, violação e confirmamos em:

Page 23: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO MORAL

lesão sf. 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Pancada, contusão. 3. Dano, prejuízo. 4. Violação dum direito. 5. Med. Dano produzido em estrutura ou órgão. [2] Por ser inconteste o conceito, sua

aplicabilidade também deveria ser. Mas sabemos que ao anexarmos o vocábulo, moral ao termo, ingressamos em uma seara controversa e polêmica, pois a subjetividade toma conta de todo o problema. Neste momento percebemos que a palavra moral do mesmo dicionário, prescinde de uma análise mais detida.

Page 24: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO MORAL

Moral sf. 1. Ciência do bem e do mal, teoria do comportamento humano enquanto

regido por princípios éticos (varia de cultura para cultura e se modifica com o tempo no

âmbito de uma mesma sociedade); ética

2. Corpo de preceitos e regras que visa a dirigir as ações do homem, segundo a justiça

e a equidade natural.

3. Os princípios da honestidade e do pudor; moralidade. [3]

Page 25: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO MORAL

- Moralidade sf. 2. Conduta moral; princípios. [4]

Desta forma, a equação pode muito facilmente ser montada pois que temos então

o dano moral, como a Lesão (ferimento) ou Violação ou Prejuízo à princípios éticos e

de honestidade. Mais um pouco, temos que a parte subjetiva se vê completada pela

palavra honestidade, que definimos como:

- Honesto adj. 3. Diz-se da pessoa que age ou fala de acordo com seu pensamento;

que tem boa-fé; franco, sincero. [5]

Page 26: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO MORAL

Então temos todos os elementos para repetir que o Dano Moral

é o Ferimento ou Violação ou Prejuízo à princípios éticos, derivados

do pensamento subjetivo e da boa-fé, devendo ter portanto,

critérios pessoais de avaliação.

Page 27: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

MERO ABORRECIMENTO

O aborrecimento já tem sua definição mais prática e unificada, mas vamos seguir a linha acima de partir das

definições conceituais do vocábulo, onde, Aborrecimento s.m. 2. Contrariedade,

descontentamento.

Page 28: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

MERO ABORRECIMENTO

O aborrecimento assim explicado traz certa leveza na

interpretação dos acontecimentos que podem ser interpretados

como Dano Moral, significando hierarquia informal entre os fatos

para que se possa delimitar até onde vai este e se inicia o Dano Moral

efetivo.

Page 29: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

MERO ABORRECIMENTO

No aborrecimento, tem-se uma contrariedade, um

descontentamento com uma situação cotidiana ou mesmo um fato

específico, e esta situação deriva da força de agressividade aos

princípios pessoais, variando entre o ocorrido e sua solução, ou

ainda, da profundidade e não da propriamente da extensão deste.

Page 30: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

MERO ABORRECIMENTO

Quando abordamos a profundidade e não propriamente dito a

extensão do dano, estabelecemos um novo critério de observação,

pois somente assim, a marca deixada pelo fato poderá servir como

base para que o magistrado possa avaliar a diferenciação entre o Dano

Moral e o Mero Aborrecimento.

Page 31: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

MERO ABORRECIMENTO

Uma marca, o quão mais profunda, indicará mais

possibilidade de haver sido lesada a psique do indivíduo, violando

seus princípios pessoais mais arraigados, ou apenas uma

contrariedade, um descontentamento passageiro e que por vezes,

conta até mesmo com rápida solução, não sendo indelével a

marca deixada.

Page 32: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Nosso trabalho está baseado na abordagem Freudiana para

definir a profundidade das marcas ocasionadas pelos fatos que podem

arranhar as relações sociais, comerciais e ainda aquelas que são passíveis

de apreciação do poder judiciário na busca de uma reparação.

LESÃO À PSIQUE

Page 33: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

A psique de Sigmund Freud estabelece-se pela subjetividade

humana como águas onde somente o próprio indivíduo pode navegar, e,

portanto deixando aparentemente hermético seu conteúdo. Se assim

considerado, o conteúdo da mente humana, a psique, somente poderia ser

observada pelo próprio ser, o que faria impossível qualquer avaliação das

lesões não patrimoniais intentadas contra o indivíduo e que

consequentemente afetam sua dignidade e subjetividade sem vínculos de

proteção civil relacionada ao patrimônio.

LESÃO À PSIQUE

Page 34: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Porém, há que se lembrar do patrimônio intelectual, aquele formado pelas

experiências e sensações vividas por um ser e que podem ser únicas e irrepetíveis

do sentido leigo, e cuja reposição jamais poderiam ser reconstruídas. Freud

desenvolveu mecanismos de acesso a esse espaço mental que precipuamente

necessita ser avaliado para estabelecer caminho seguro ou minimamente passível

de apreciação para que confrontado ao fato gerador da insatisfação, esta possa

ser medida em sua profundidade e para tanto, a psicanálise pode ser também

ferramenta para investigar a mente humana que busca reparação judicial.

LESÃO À PSIQUE

Page 35: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO DO EGO

Primeiramente, havemos de conceituar o ego

estabelecido por Freud, para então passarmos a analisar

a modalidade de entendimento da sua aplicabilidade

como forma de mensurar a profundidade de certa lesão

moral. Assim, temos que o Ego é a parte do aparelho

psíquico que está em contato com a realidade externa.

Page 36: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO DO EGO

O Ego se desenvolve a partir do Id, à medida que a pessoa vai

tomando consciência de sua própria identidade, vai aprendendo a

aplacar as constantes exigências do Id. Como a casca de uma árvore, o

Ego protege o Id, mas extrai dele a energia suficiente para suas

realizações. Ele tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade

da personalidade. Uma das características principais do Ego é

estabelecer a conexão entre a percepção sensorial e a ação muscular,

ou seja, comandar o movimento voluntário.

Page 37: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO DO EGO

Ele tem a tarefa de auto preservação. Com referência aos

acontecimentos externos, o Ego desempenha sua função dando

conta dos estímulos externos, armazenando experiências sobre

eles na memória, evitando o excesso de estímulos internos

(mediante a fuga), lidando com estímulos moderados (através

da adaptação) e aprendendo, através da atividade, a produzir

modificações convenientes no mundo externo em seu próprio

benefício.

Page 38: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

O ID CONTÉM TUDO O QUE É HERDADO,

QUE SE ACHA PRESENTE NO NASCIMENTO E ESTÁ

PRESENTE NA CONSTITUIÇÃO, ACIMA DE TUDO OS

INSTINTOS QUE SE ORIGINAM DA ORGANIZAÇÃO

SOMÁTICA E ENCONTRAM EXPRESSÃO PSÍQUICA

SOB FORMAS QUE NOS SÃO DESCONHECIDAS[6].

LESÃO DO ID

Page 39: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

O ID É A ESTRUTURA DA PERSONALIDADE

ORIGINAL, BÁSICA E CENTRAL DO SER

HUMANO, EXPOSTA TANTO ÀS EXIGÊNCIAS

SOMÁTICAS DO CORPO ÀS EXIGÊNCIAS DO

EGO E DO SUPEREGO.

LESÃO DO ID

Page 40: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

AS LEIS LÓGICAS DO PENSAMENTO NÃO SE

APLICAM AO ID, HAVENDO ASSIM, IMPULSOS

CONTRÁRIOS LADO A LADO, SEM QUE UM

ANULE O OUTRO, OU SEM QUE UM DIMINUA

O OUTRO. [7] O ID SERIA O RESERVATÓRIO DE

ENERGIA DE TODA A PERSONALIDADE.

LESÃO DO ID

Page 41: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

O ID PODE SER ASSOCIADO A UM CAVALO CUJA FORÇA

É TOTAL, MAS QUE DEPENDE DO CAVALEIRO PARA USAR

DE MODO ADEQUADO ESSA FORÇA. OS CONTEÚDOS DO

ID SÃO QUASE TODOS INCONSCIENTES, ELES INCLUEM

CONFIGURAÇÕES MENTAIS QUE NUNCA SE TORNARAM

CONSCIENTES, ASSIM COMO O MATERIAL QUE FOI

CONSIDERADO INACEITÁVEL PELA CONSCIÊNCIA.

LESÃO DO ID

Page 42: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

UM PENSAMENTO OU UMA LEMBRANÇA,

EXCLUÍDO DA CONSCIÊNCIA, MAS

LOCALIZADO NA ÁREA DO ID, SERÁ CAPAZ DE

INFLUENCIAR TODA VIDA MENTAL DE UMA

PESSOA.

LESÃO DO ID

Page 43: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

LESÃO DO IDA LESÃO AO ID É SEMPRE MAIS PROFUNDA, VEZ QUE INFERE GOLPE

AOS VALORES DE BASE DE CADA SER, DAQUILO QUE CARREGA CONSIGO

SOMANDO AÇÕES DA VIDA COMUM E DO SENSO DE ÉTICA E RAZÃO PARA

PAUTAR-LHE O CAMINHO DA ÉTICA E DA SUBLIMAÇÃO DA SOCIEDADE EM

DETRIMENTO DA INDIVIDUALIDADE NOCIVA, MAS SEM QUE SE PERCA

A SENSIBILIDADE DE PERCEBERMOS, O JUDICIÁRIO TAMBÉM, QUE É A SOMA

DOS IDS QUE DEVE SE SOBREPOR AOS EGOS.

Page 44: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

O Ego é referenciado como a parte do ser que se

preocupa com a externalidade de si.

CONCLUSÃO

Page 45: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Uma lesão ao Ego difere basicamente da lesão ao Id no

que tange aos valores e princípios protegidos, vez que somos a

somatória do Ego e do Id, porém, mais de nós é o Id, pois

coincide com a nossa essência, com aquilo que realmente somos

ou queremos ser em prol de um mundo melhor.

CONCLUSÃO

Page 46: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

A qualidade de vida está intimamente ligada a esta equação de Egos

e Ids feridos e frustrados, na medida em que damos mais valor a um que a

outro. À essência e a superficialidade, o mero aborrecimento e o dano moral,

ou dano à moral derivada do Id, da estrutura básica de cada ser humano e

que o direito precisa proteger fortemente, caso contrário, corre-se o risco de

valorização exacerbada do Ego em detrimento do Id de uma sociedade que

precisa e merece ser mais Id que Ego.

CONCLUSÃO

Page 47: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Ao magistrado, caberia distinguir a parte da psique lesada para que

obtivesse rapidamente uma ferramenta prática e útil para definir a lesão

como rasa ou profunda, Ego ou Id. Temos ainda que após tal distinção,

fica claro ao sol que as lesões de ordem moral quando restritas ao Ego,

poderiam ser classificadas como aquelas derivadas do mero

aborrecimento, das frustrações do cotidiano, reparáveis pelas próprias

atitudes subsequentes ao dissabor.

CONCLUSÃO

Page 48: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

Enquanto aquelas ações que ferem a essência, o conteúdo

psicológico de cada ser, o seu Id, onde residem valores morais não

mutáveis facilmente e que são levados em cada alma ferida e

portanto, passíveis de reparação indenizatória pelo dano moral

causado.

CONCLUSÃO

Page 49: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada

[1] Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa 3ª Edição Revista Ampliada 2ª

Imp. Editora Nova Fronteira [2] Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa 3ª

Edição Revista Ampliada 2ª Imp. Editora Nova Fronteira [3] Dicionário

Larousse Cultural da Língua Portuguesa, Editora Nova Cultural [4]

Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa, Editora Nova Cultural 5]

Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa, Editora Nova Cultural

[6] 1940, livro 7, pp. 17-18 na ed. bras. [7] 1933, livro 28, p. 94 na ed. bras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 50: Apresentacao caracterizacao do dano moral pela psicologia aplicada