ação dano moral contra

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Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECA Advogado Página 1 de 4.302 resultados RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. TELEFONIA. APARELHO BLOQUEADO. PRETENSÃO RESISTIDA EM ATENDER AO PEDIDO DE DESBLOQUEIO. DESCASO COM O CONSUMIDOR, EM BENEFÍCIO PRÓPRIO. DANO MORAL CONFIGURADO. FINALIDADE PRECIPUAMENTE PUNITIVA. QUANTUM MANTIDO. Alegou a autora ter adquirido um aparelho celular de marca Nokia 5000 d2b - IMEI 011601667710942, este com chip da operadora VIVO. Ocorre que, ao tentar utilizar chip de outra operadora, descobriu que o aparelho era bloqueado. Disse que buscou os serviços da ré para desbloquear o aparelho, no que não teve êxito. Informou vários números de protocolos de atendimento da ré (fls. 07/08), bem como de contato com a ANATEL. O grande número de tentativas administrativas da autora demonstra que realmente buscou a providência do desbloqueio na esfera administrativa. Nesse sentido resta clara a pretensão resistida da ré em atender a solicitação de um de seus clientes, até porque a demandada não rebateu os números de protocolo afirmados pela consumidora, limitando-se a dizer que não constam em seus registros pedido de desbloqueio, o que não demonstrou, não tendo se desincumbido do seu ônus probatório. Assim, cabível a determinação da obrigação de fazer consistente no desbloqueio do aparelho, no prazo de dez dias, prazo este que flui obviamente a partir da apresentação do aparelho para a requerida. Quanto à pretensão da ré de que seja fixada multa caso não apresentado o aparelho pela autora no prazo de dez dias, não merece acolhimento.... Afinal, é do interesse da própria consumidora o imediato desbloqueio, tanto que já tomou diversas providências neste sentido, não havendo qualquer prejuízo para a demandada se não lhe for apresentado o aparelho celular, hipótese em que o prazo de dez dias para desbloqueio obviamente não terá início. Danos morais configurados em razão da conduta de descaso da operadora em atender a solicitação reiterada da consumidora, privando-a, com isso, por interesse própria, da utilização de chip de outra operadora, bem como obrigando a autora a vir a juízo quando a pretensão poderia e deveria ter solução na esfera extrajudicial. Neste sentido: CONSUMIDOR. TELEFONIA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER. APARELHO CELULAR ROUBADO. AUTORA, TITULAR DE DUAS LINHAS MÓVEIS QUE, EQUIVOCADAMENTE, INFORMA O "IMEI" DA QUE ESTAVA EM SEU PODER, BLOQUEANDO-A. SOLICITAÇÃO DE DESBLOQUEIO DESATENDIDA. MANUTENÇÃO INDEVIDA DOS SERVIÇOS. DIVERSOS PROTOCOLOS ADMINISTRATIVOS. EMPRESA DE TELEFONIA QUE, MESMO INSTADA PELO PROCON A DESBLOQUEAR A LINHA, NENHUMA PROVIDÊNCIA TOMOU. INEXISTÊNCIA DE JUSTA CAUSA A AUTORIZAR O PROCEDIMENTO. RESISTÊNCIA DA TIM, COMPELINDO O CONSUMIDOR A INGRESSAR NA VIA JUDICIAL PARA SOLVER SINGELA QUESTÃO. DANO MORAL CONFIGURADO, DECORRENTE DA IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE SERVIÇO ESSENCIAL E DO TRATAMENTO DESIDIOSO DISPENSADO AO CONSUMIDOR. APLICAÇÃO DA FUNÇÃO PUNITIVA DA RESPONSABILIDADE CIVIL. PEDIDO INDENIZATÓ... CONTRA A EMPRESA DE TELEFONIA, JÁ QUE A CORRÉ EM NADA CONTRIBUIU PARA O ILÍCITO. VALOR ARBITRADO EM R$ 2.500,00, EM ATENÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. RECURSO Rua Capitão José Maria, nº 1388, Edifício Monsarás, Térreo – Galeria – Sala “O”, Linhares – ES, CEP 29. 900-172 - Tel: (27) 99867-7535.

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Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

Página 1 de 4.302 resultados

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. TELEFONIA. APARELHO BLOQUEADO.

PRETENSÃO RESISTIDA EM ATENDER AO PEDIDO DE DESBLOQUEIO. DESCASO COM O

CONSUMIDOR, EM BENEFÍCIO PRÓPRIO. DANO MORAL CONFIGURADO. FINALIDADE

PRECIPUAMENTE PUNITIVA. QUANTUM MANTIDO. Alegou a autora ter adquirido um

aparelho celular de marca Nokia 5000 d2b - IMEI 011601667710942, este com chip

da operadora VIVO. Ocorre que, ao tentar utilizar chip de outra operadora,

descobriu que o aparelho era bloqueado. Disse que buscou os serviços da ré para

desbloquear o aparelho, no que não teve êxito. Informou vários números de

protocolos de atendimento da ré (fls. 07/08), bem como de contato com a ANATEL. O

grande número de tentativas administrativas da autora demonstra que realmente

buscou a providência do desbloqueio na esfera administrativa. Nesse sentido resta

clara a pretensão resistida da ré em atender a solicitação de um de seus clientes,

até porque a demandada não rebateu os números de protocolo afirmados pela

consumidora, limitando-se a dizer que não constam em seus registros pedido de

desbloqueio, o que não demonstrou, não tendo se desincumbido do seu ônus

probatório. Assim, cabível a determinação da obrigação de fazer consistente no

desbloqueio do aparelho, no prazo de dez dias, prazo este que flui obviamente a

partir da apresentação do aparelho para a requerida. Quanto à pretensão da ré de

que seja fixada multa caso não apresentado o aparelho pela autora no prazo de dez

dias, não merece acolhimento.... Afinal, é do interesse da própria consumidora o

imediato desbloqueio, tanto que já tomou diversas providências neste sentido, não

havendo qualquer prejuízo para a demandada se não lhe for apresentado o aparelho

celular, hipótese em que o prazo de dez dias para desbloqueio obviamente não terá

início. Danos morais configurados em razão da conduta de descaso da operadora em

atender a solicitação reiterada da consumidora, privando-a, com isso, por interesse

própria, da utilização de chip de outra operadora, bem como obrigando a autora a

vir a juízo quando a pretensão poderia e deveria ter solução na esfera extrajudicial.

Neste sentido: CONSUMIDOR. TELEFONIA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C

OBRIGAÇÃO DE FAZER. APARELHO CELULAR ROUBADO. AUTORA, TITULAR DE DUAS

LINHAS MÓVEIS QUE, EQUIVOCADAMENTE, INFORMA O "IMEI" DA QUE ESTAVA EM

SEU PODER, BLOQUEANDO-A. SOLICITAÇÃO DE DESBLOQUEIO DESATENDIDA.

MANUTENÇÃO INDEVIDA DOS SERVIÇOS. DIVERSOS PROTOCOLOS

ADMINISTRATIVOS. EMPRESA DE TELEFONIA QUE, MESMO INSTADA PELO PROCON A

DESBLOQUEAR A LINHA, NENHUMA PROVIDÊNCIA TOMOU. INEXISTÊNCIA DE JUSTA

CAUSA A AUTORIZAR O PROCEDIMENTO. RESISTÊNCIA DA TIM, COMPELINDO O

CONSUMIDOR A INGRESSAR NA VIA JUDICIAL PARA SOLVER SINGELA QUESTÃO.

DANO MORAL CONFIGURADO, DECORRENTE DA IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE

SERVIÇO ESSENCIAL E DO TRATAMENTO DESIDIOSO DISPENSADO AO CONSUMIDOR.

APLICAÇÃO DA FUNÇÃO PUNITIVA DA RESPONSABILIDADE CIVIL. PEDIDO

INDENIZATÓ... CONTRA A EMPRESA DE TELEFONIA, JÁ QUE A CORRÉ EM NADA

CONTRIBUIU PARA O ILÍCITO. VALOR ARBITRADO EM R$ 2.500,00, EM ATENÇÃO AOS

PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE

Rua Capitão José Maria, nº 1388, Edifício Monsarás, Térreo – Galeria – Sala “O”, Linhares – ES, CEP 29. 900-172 - Tel: (27) 99867-7535.

Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004458691, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas

Recursais, Relator: Alexandre de Souza Costa Pacheco, Julgado em 13/11/2013)

Quanto ao quantum arbitrado em R$ 2.000,00, que não comporta minoração para

que seja efetivamente alcançado o escopo punitivo. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS

PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005146246,

Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Behrensdorf

Gomes da Silva, Julgado em 22/10/2014).

RECURSO INOMINADO. TELEFONIA. CONSUMIDOR. INDENIZATÓRIA. APARELHO

BLOQUEADO APÓS FURTO. RÉ NÃO EXECUTOU O DESBLOQUEIO QUE FOI SOLICITADO

PELO AUTOR, TITULAR DA LINHA E DO APARELHO, APÓS A RECUPERAÇÃO DO

APARELHO FURTADO. AUTOR TRABALHADOR AUTÔNOMO, QUE DEPENDE DO

CELULAR PARA O DESEMPENHO DE SUAS ATIVIDADES LABORATIVAS. QUANTUM

INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$ 1.500,00 NA SENTENÇA, QUE NÃO COMPORTA

MINORAÇÃO OU AFASTAMENTO, POIS DEVIDO, FRENTE ÀS PECULIARIDADES DO

CASO CONCRETO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº

71005113246, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp

Dreher, Julgado em 27/02/2015).

(TJ-RS - Recurso Cível: 71005113246 RS , Relator: Glaucia Dipp Dreher, Data de

Julgamento: 27/02/2015, Quarta Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da

Justiça do dia 05/03/2015)

CONSUMIDOR. INDENIZATÓRIA. AQUISIÇÃO, PELA INTERNET, DE TELEFONE CELULAR

DESBLOQUEADO. ENVIO PELA RÉ DE APARELHO BLOQUEADO. AUTOR QUE EFETUOU

REITERADAS TENTATIVAS DE PROVIDENCIAR A SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO NA VIA

ADMINISTRATIVA, ESBARRANDO NA RESISTÊNCIA INJUSTIFICADA DA RÉ. DESCASO E

DESRESPEITO AO CONSUMIDOR EVIDENCIADOS. DANOS MORAIS

EXCEPCIONALMENTE CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO ARBITRADO EM R$

800,00, EM ATENÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.

RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71003817921, Segunda Turma Recursal Cível,

Turmas Recursais, Relator: Alexandre de Souza Costa Pacheco, Julgado em

08/05/2013)

(TJ-RS - Recurso Cível: 71003817921 RS , Relator: Alexandre de Souza Costa

Pacheco, Data de Julgamento: 08/05/2013, Segunda Turma Recursal Cível, Data de

Publicação: Diário da Justiça do dia 10/05/2013)

CIVIL. CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPRESA DE TELEFONIA CELULAR.

DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. CLONAGEM DO NÚMERO. APARELHO

BLOQUEADO. SITUAÇÃO VEXATÓRIA E CONSTRANGIMENTOS SUPORTADOS. DANOS

MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM ARBITRADO CORRETAMENTE. ASTREINTS.

REDUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A RESPONSABILIDADE DA PRESTADORA DE SERVIÇO

DE TELEFONIA É OBJETIVA, INDEPENDE DE CULPA, DE MODO QUE RESPONDE PELO

Rua Capitão José Maria, nº 1388, Edifício Monsarás, Térreo – Galeria – Sala “O”, Linhares – ES, CEP 29. 900-172 - Tel: (27) 99867-7535.

Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

DANO MORAL CAUSADO AO CONSUMIDOR, AO BLOQUEAR SUA LINHA TELEFÔNICA,

IMPINGINDO-LHE SITUAÇÃO CONSTRANGEDORA E VEXATÓRIA PERANTE CLIENTES DO

RECORRIDO, MESMO PORQUE É DEVER DA PRESTADORA DE SERVIÇOS TRATAR SEUS

CLIENTES CONSUMIDORES DE FORMA EFICIENTE, ADEQUADA E REGULAR. 2. SERVIÇO

PRESTADO DE MODO INADEQUADO. OBEDIÊNCIA AO CONTIDO NO ART. 14 C/C 18, DO

CDC (LEI Nº 8078/90). 3. DANO MORAL FIXADO ATENDENDO AOS CRITÉRIOS

EXIGIDOS, OBSERVANDO-SE A RAZOABILIDADE NA DETERMINAÇÃO DO "QUANTUM"

(CARÁTER PEDAGÓGICO PREVENTIVO E EDUCATIVO DA INDENIZAÇÃO, NÃO GERANDO

ENRIQUECIMENTO ILÍCITO). 4. SENDO O VALOR DA "ASTREINTS" FIXADO DE MODO

RAZOÁVEL, NÃO EXTRAPOLANDO O VALOR DA ALÇADA DO JUIZADO RECURSAL, NÃO

HÁ RAZÃO PARA PROMOVER SUA REDUÇÃO. NOTE-SE O CARÁTER SÓCIO-

PEDAGÓGICO QUE SE REVESTE A PROVIDÊNCIA INIBITÓRIA EM TELA, QUE NÃO É

PENA, SENÃO MEDIDA COERCITIVA, CUJA ÚNICA FINALIDADE É A DE COMPELIR O

DEVEDOR A ADIMPLIR A OBRIGAÇÃO QUE LHE FORA IMPOSTA. 5. RECURSO

CONHECIDO, E IMPROVIDO. UNÂNIME.

(TJ-DF - ACJ: 555879620048070001 DF 0055587-96.2004.807.0001, Relator: ALFEU

MACHADO, Data de Julgamento: 04/05/2005, SEGUNDA TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DO DF, Data de Publicação: 31/05/2005, DJU

Pág. 193 Seção: 3)

(TJ-RS - Recurso Cível: 71005146246 RS , Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da

Silva, Data de Julgamento: 22/10/2014, Segunda Turma Recursal Cível, Data de

Publicação: Diário da Justiça do dia 24/10/2014)

TJ-RS - Recurso Cível 71005146246 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 24/10/2014

Ementa: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. TELEFONIA. APARELHOBLOQUEADO. PRETENSÃO RESISTIDA EM ATENDER AO PEDIDO DE DESBLOQUEIO. DESCASO COM O CONSUMIDOR, EM BENEFÍCIO PRÓPRIO. DANO MORAL CONFIGURADO. FINALIDADE PRECIPUAMENTE PUNITIVA. QUANTUM MANTIDO. Alegou a autora ter adquirido um aparelho celular de marca Nokia 5000 d2b - IMEI 011601667710942, este com chip da operadora VIVO. Ocorre que, ao tentar utilizar chip de outra operadora, descobriu que o aparelho erabloqueado. Disse que buscou os serviços da ré para desbloquear o aparelho, no que não teve êxito. Informou vários números de protocolos de atendimento da ré (fls. 07/08), bem como de contato com a ANATEL. O grande número de tentativas administrativas da autora demonstra que realmente buscou a providência do desbloqueio na esfera administrativa. Nesse sentido resta clara a pretensão resistida da ré em atender a solicitação de um de seus clientes, até porque a demandada não rebateu os números de protocolo afirmados pela consumidora, limitando-se a dizer que não constam em seus registros pedido de desbloqueio, o que não demonstrou, não tendo se desincumbido do seu ônus probatório. Assim, cabível a determinação da obrigação de fazer consistente no desbloqueio do aparelho, no prazo de dez dias, prazo este que flui obviamente a partir da apresentação

Rua Capitão José Maria, nº 1388, Edifício Monsarás, Térreo – Galeria – Sala “O”, Linhares – ES, CEP 29. 900-172 - Tel: (27) 99867-7535.

Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

do aparelho para a requerida. Quanto à pretensão da ré de que seja fixada multa caso não apresentado o aparelhopela autora no prazo de dez dias, não merece acolhimento.... Afinal, é do interesse da própria consumidora o imediato desbloqueio, tanto que já tomou diversas providências neste sentido, não havendo qualquer prejuízo para a demandada se não lhe for apresentado o aparelho celular, hipótese em que o prazo de dez dias para desbloqueio obviamente não terá início. Danos morais configurados em razão da conduta de descaso da operadora em atender a solicitação reiterada da consumidora, privando-a, com isso, por interesse própria, da utilização de chip de outra operadora...

TJ-RS - Recurso Cível 71005113246 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 05/03/2015

Ementa: RECURSO INOMINADO. TELEFONIA. CONSUMIDOR. INDENIZATÓRIA.APARELHO BLOQUEADO APÓS FURTO. RÉ NÃO EXECUTOU O DESBLOQUEIO QUE FOI SOLICITADO PELO AUTOR, TITULAR DA LINHA E DO APARELHO, APÓS A RECUPERAÇÃO DO APARELHO FURTADO. AUTOR TRABALHADOR AUTÔNOMO, QUE DEPENDE DO CELULAR PARA O DESEMPENHO DE SUAS ATIVIDADES LABORATIVAS. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$ 1.500,00 NA SENTENÇA, QUE NÃO COMPORTA MINORAÇÃO OU AFASTAMENTO, POIS DEVIDO, FRENTE ÀS PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005113246, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 27/02/2015).

TJ-RS - Recurso Cível 71003817921 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 10/05/2013

Ementa: CONSUMIDOR. INDENIZATÓRIA. AQUISIÇÃO, PELA INTERNET, DE TELEFONE CELULAR DESBLOQUEADO. ENVIO PELA RÉ DE APARELHOBLOQUEADO. AUTOR QUE EFETUOU REITERADAS TENTATIVAS DE PROVIDENCIAR A SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO NA VIA ADMINISTRATIVA, ESBARRANDO NA RESISTÊNCIA INJUSTIFICADA DA RÉ. DESCASO E DESRESPEITO AO CONSUMIDOR EVIDENCIADOS. DANOS MORAIS EXCEPCIONALMENTE CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO ARBITRADO EM R$ 800,00, EM ATENÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71003817921, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Alexandre de Souza Costa Pacheco, Julgado em 08/05/2013)

TJ-DF - APELAÇÃO CÍVEL NO JUIZADO ESPECIAL ACJ 555879620048070001 DF

0055587-96.2004.807.0001 (TJ-DF)

Data de publicação: 31/05/2005

Ementa: CIVIL. CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPRESA DE TELEFONIA CELULAR. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. CLONAGEM DO NÚMERO. APARELHO BLOQUEADO. SITUAÇÃO VEXATÓRIA E CONSTRANGIMENTOS SUPORTADOS. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM ARBITRADO CORRETAMENTE. ASTREINTS. REDUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A RESPONSABILIDADE DA PRESTADORA DE SERVIÇO DE TELEFONIA É OBJETIVA, INDEPENDE DE CULPA, DE MODO QUE RESPONDE PELO DANO MORAL CAUSADO AO CONSUMIDOR, AO BLOQUEARSUA LINHA TELEFÔNICA, IMPINGINDO-LHE SITUAÇÃO CONSTRANGEDORA E VEXATÓRIA PERANTE CLIENTES DO RECORRIDO, MESMO PORQUE É DEVER DA PRESTADORA DE SERVIÇOS TRATAR SEUS CLIENTES CONSUMIDORES DE FORMA EFICIENTE, ADEQUADA E REGULAR. 2. SERVIÇO PRESTADO DE MODO INADEQUADO. OBEDIÊNCIA AO CONTIDO NO ART. 14 C/C 18 , DO CDC (LEI Nº 8078 /90). 3. DANO MORAL FIXADO ATENDENDO AOS CRITÉRIOS EXIGIDOS, OBSERVANDO-SE A RAZOABILIDADE NA DETERMINAÇÃO DO "QUANTUM" (CARÁTER PEDAGÓGICO PREVENTIVO E EDUCATIVO DA INDENIZAÇÃO, NÃO GERANDO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO). 4. SENDO O VALOR DA "ASTREINTS" FIXADO DE MODO RAZOÁVEL, NÃO EXTRAPOLANDO O VALOR DA ALÇADA DO JUIZADO RECURSAL, NÃO HÁ RAZÃO PARA PROMOVER SUA REDUÇÃO. NOTE-SE O CARÁTER SÓCIO-PEDAGÓGICO QUE SE REVESTE A

Rua Capitão José Maria, nº 1388, Edifício Monsarás, Térreo – Galeria – Sala “O”, Linhares – ES, CEP 29. 900-172 - Tel: (27) 99867-7535.

Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

PROVIDÊNCIA INIBITÓRIA EM TELA, QUE NÃO É PENA, SENÃO MEDIDA COERCITIVA, CUJA ÚNICA FINALIDADE É A DE COMPELIR O DEVEDOR A ADIMPLIR A OBRIGAÇÃO QUE LHE FORA IMPOSTA. 5. RECURSO CONHECIDO, E IMPROVIDO. UNÂNIME.

TJ-RS - Recurso Cível 71002919603 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 11/07/2011

Ementa: CONSUMIDOR. TELEFONIA. INTERNET. CANCELAMENTO INDEVIDO DA LINHA TELEFÔNICA. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. DANOS MORAIS OCORRENTES. RETIFICAÇÃO DA DATA DA INCIDÊNCIA DA CORREÇÃO MONETÁRIA, DE OFÍCIO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. LUCROS CESSANTES COMPROVADOS. I. A parte autora argui que solicitou a instalação do serviço de internet em seu telefone, comprando um modem, porém a ré não efetuou o serviço. No entanto, eram embutidas nas faturas as cobranças dos valores referentes à utilização do serviço de internet. Ao solicitar o cancelamento de tais cobranças, teve seu aparelho bloqueado...

TJ-RS - Recurso Cível 71002909406 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 11/07/2011

Ementa: INDENIZATÓRIA. TELEFONIA. COBRANÇA DE SERVIÇOS NÃO CONTRATADOS. BLOQUEIO INDEVIDO DE LINHA TELEFÔNICA. VERIFICADA A MÁ PRESTAÇÃO DO SERVIÇO, A ENSEJAR REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS EM SEU CARÁTER PUNITIVO PEDAGÓGICO. QUANTUM INDENIZATÓRIO POR DANOS MORAIS MANTIDO. RETIFICAÇÃO DA DATA DA INCIDÊNCIA DA CORREÇÃO MONETÁRIA, DE OFÍCIO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. I. A autora aduz que foram embutidas em suas faturas serviços não solicitados e, mesmo pagando suas faturas em dia, teve o chip de seu aparelho bloqueado. II. Cabível a repetição de indébito pretendida e deferida em...

TJ-SP - Apelação Com Revisão CR 1034211006 SP (TJ-SP)

Data de publicação: 21/11/2008

Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - Telefonia Móvel Celular - Inscrição indevida do nome - Cadastro de inadimplentes - Dano moral devido - Aparelhobloqueado/inabilitado - Impossibilidade de uso - Dano material - Ressarcimento - Necessidade - Sucumbência recíproca - Honorária mantida - Recursos parcialmente providos. .

TJ-RS - Apelação Cível AC 70051395200 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 18/10/2012

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TELEFONIA. ALEGAÇÃO DE APARELHO CELULAR BLOQUEADO. DANO EXTRAPATRIMONIAL NÃO CONFIGURADO. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. Hipótese em que a alegação do autor não se mostra verossímil, uma vez que não logrou demonstrar que seu aparelho estaria bloqueado e não teria qualquer defeito, fato que poderia ser demonstrado por parecer técnico, o que fragiliza a tese de falha na prestação do serviço fornecido pela demandada. O pleito de indenização por dano extrapatrimonial deve apresentar situação causadora de ofensa aos direitos da...

TJ-RS - Recurso Cível 71005075395 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 12/09/2014

Ementa: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. AQUISIÇÃO DE APARELHO DE TELEFONIA CELULAR. PRODUTO ANUNCIADO COMO DESBLOQUEADO, MAS QUE, EM VERDADE, ERA BLOQUEADO PARA OUTRAS OPERADORAS. PRÁTICA DE PROPAGANDA ENGANOSA E FALHA NO DEVER DE INFORMAÇÃO. IMPOSIÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM AS FINALIDADES PUNITIVA E PEDAGÓGICA. VALOR INDENIZATÓRIO ARBITRADO EM R$ 2.000,00. RECURSO PROVIDO, EM PARTE. (Recurso Cível Nº 71005075395, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da Silva, Julgado em 10/09/2014)

Rua Capitão José Maria, nº 1388, Edifício Monsarás, Térreo – Galeria – Sala “O”, Linhares – ES, CEP 29. 900-172 - Tel: (27) 99867-7535.

Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

TJ-RS - Recurso Cível 71004871208 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 03/09/2014

Ementa: RECURSO INOMINADO. TELEFONIA. PESSOA JURÍDICA COMO CONSUMIDOR. PLANO EMPRESARIAL. COBRANÇAS EXORBITANTES. FRAUDE DO PREPOSTO DA RÉ CONSTATADA. REPRESENTANTE QUE SE UTILIZOU DOS DADOS DA EMPRESA PARA ADQUIRIR APARELHOS E LINHAS PARA USUFRUTO PRÓPRIO. MÁ FÉ. LINHAS BLOQUEADAS ANTE A INADIMPLÊNCIA DAS FATURAS. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM DE R$ 2.000,00 MANTIDO. SENTENÇA MANTIDA. Relata o autor que diante do exagerado aumento no valor das faturas, constatou, mediante contato com a ré, fraude do seu preposto, que se utilizou dos dados da empresa consumidora para adquirir produtos e serviços para usufruto próprio. Comprovada nos autos a fraude perpetrada por funcionário da ré, deve esta arcar com os danos daí advindos à autora. Valor da indenização mantido, uma vez que atende os propósitos compensatório e pedagógico-punitivo do instituto. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004871208, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 29/08/2014)

http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?

q=PEDIDO+DE+DESBLOQUEIO+DO+APARELHO+CELULAR

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE (...), ESTADO DE (...).

Com pedido de justiça gratuita.

PARTE ATIVA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da Cédula de Identidade (RG) nº...,

inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Físicas (CNPF/MF) sob nº..., residente e domiciliado na Rua...,

nº..., Bairro..., cidade de...(...), CEP:..., por intermédio de seu procurador firmatário, mandato incluso, com

endereço profissional na Rua..., nº..., Bairro..., cidade de...(...), CEP:..., onde recebe intimações e

notificações, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor

Ação de Indenização por Danos Morais

observando-se o procedimento previsto na Lei nº. 9.099/95, em face de PARTE PASSIVA, pessoa jurídica

de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ/MF) sob o nº..., com endereço

comercial na Rua..., nº..., Bairro..., cidade de...(...), CEP:..., pelas razões de fato e de direito que a seguir

expõe:

I. DA JUSTIÇA GRATUITA

Preliminarmente, o Autor, por ser pobre e na forma da Lei 1.060/50, com alterações advindas das

Leis 7.510/86 e 7.871/89, e do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federalde 1988, pleiteia os benefícios da

Justiça Gratuita, por não poder arcar com as despesas judiciais, sem comprometer sua mantença e de sua

Rua Capitão José Maria, nº 1388, Edifício Monsarás, Térreo – Galeria – Sala “O”, Linhares – ES, CEP 29. 900-172 - Tel: (27) 99867-7535.

Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

família, conforme comprova declaração de hipossuficiência e comprovante de renda em anexo, pelo que

requer sejam-lhe deferidos os benefícios da justiça gratuita.

II. DOS FATOS

O Autor possuí linha telefônica junto à empresa requerida..., referente ao terminal (00) 0000-0000, sempre

cumprindo ordinariamente a obrigação pactuada, com todas as faturas adimplidas.

Ocorre que, no dia 00/00/0000, o demandante denotou que a empresa Requerida, por ato arbitrário, ilícito e

danoso ao consumidor, suspendeu a sua linha telefônica sem motivos e sem prévia notificação, restando

este impossibilitado de realizar ligações através do terminal alhures, mesmo após efetuar o pagamento da

fatura com vencimento em 00/00/0000 na data de 00/00/0000 e não possuindo nenhuma outra em aberto.

Verifica-se também, no referido documento, a ausência de qualquer notificação quanto a eventual parcela

em atraso e/ou a possibilidade de suspensão da linha.

Pela via administrativa, através do SAC da empresa Requerida, cujo atendimento restou protocolado e

gravado sob nº. 0000000000, o Autor tentou resolver a lide, entretanto não logrou êxito, ao argumeto da

empresa demandada que a suspensão foi em decorrencia da mudança da data do vencimento da fatura no

referido mês, ficando o Requerente com sua linha telefônica suspensa para efetuar ligações por mais de 02

(dois) dias.

Importante salientar que o Autor não requereu a referida mudança na data do vencimento das suas faturas,

bem como, em nenhum momento, foi notificado da referida mudança no vencimento e a suspensão que

ocorreria em sua linha telefônica.

Desta forma, em virtude do abalo moral sofrido por conta da desídia da empresa Requerida, eis que privado

de efetuar ligações, mesmo com todas as faturas adimplidas e sem prévia notificação quanto a possibilidade

de suspensão, o Autor vem perante o Poder Judiciário requerer seja indenizado pelo dano moral suportado.

III. DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

No caso em comento, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor é cristalina.

Para concretização da aplicação do Código de Defesa do Consumidor, mister se faz a existência de um

“consumidor” (art. 2º do CDC), que é quem adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, e

um “fornecedor” (art. 3º do CDC), que é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou

estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem,

criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou

prestação de serviços.

Pois bem, o Autor se enquadra objetivamente na posição de consumidor, vez que utilizou dos serviços

prestados pela empresa, na qualidade de destinatário final.

A empresa Requerida, por sua vez, encaixa lidimamente na qualidade de fornecedor, vez que presta

serviços de telefonia.

Desta forma, límpida é a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor no presente caso, vez que

se trata da matéria, em virtude tanto do enquadramento das partes, quanto à demanda avençada.

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Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

IV. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Diante da hipossuficiência do consumidor (Lei n. 8.078/1990), ao elaborar o texto do código consumerista,

o legislador antecipou, no art. 6º, inciso VIII, a facilitação ao acesso da justiça, garantido, dentre outros

direitos, a inversão do ônus da prova.

Segundo voto do Des. Ronaldo Moritz da Silva, “entende-se que a hipossuficiência de que cuida o

mencionado dispositivo não é de ordem econômica, referindo-se às condições ou aos meios

disponíveis para a obtenção de determinada prova” (TJSC, Apelação Cível n. 2013.012385-8, da

Capital, rel. Des. Ronaldo Moritz Martins da Silva, j. 16-05-2013).

Assim, é aplicável, na espécie, a disposição do Código de Defesa do Consumidorrelativa à inversão do

ônus da prova (art. 6º, VIII), pela qual, requer, desde já, seja deferida de plano por Vossa Excelência,

determinando que a parte demandada acoste ao feito as gravações concernentes ao atendimento

protocolado sob nº 0000000000, bem como prove que não suspendeu a linha telefônica do Autor no período

de 00/00/0000 à 00/00/0000, e que o notificou quanto a suspensão ocorrida.

V. DANO MORAL

A Resolução nº 426 de 09/12/2005 da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, em seu Capítulo

VI, prevê as possibilidades da interrupção do terminal telefonico do consumidor:

Capítulo VI

DA INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO

Art. 29. São interrupções excepcionais do serviço as decorrentes de situação de emergência,

as motivadas por razões de ordem técnica ou por razões de segurança das instalações,

conforme a seguir:

I - situação de emergência: situação imprevisível decorrente de força maior ou caso fortuito,

que acarrete a interrupção da prestação do serviço, sem que se possa prevenir sua ocorrência;

II - razões de ordem técnica: aquelas que, embora previsíveis, acarretem obrigatoriamente a

interrupção do serviço como condição para a reparação, modificação, modernização ou

manutenção dos equipamentos, meios e redes de telecomunicações; e

III - razões de segurança das instalações: as que, previsíveis ou não, exijam a interrupção dos

serviços, entre outras providências, visando impedir danos ou prejuízos aos meios,

equipamentos e redes de telecomunicações da prestadora ou de terceiros.

Art. 30. É vedado à prestadora interromper a prestação do serviço ao público em geral

alegando o inadimplemento de qualquer obrigação por parte da Agência ou da União.

Art. 31. Ocorrida a interrupção do STFC, por qualquer razão, a prestadora deve notificar os

usuários da localidade afetada mediante aviso público, comunicando-lhes os motivos, as

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providências adotadas para o restabelecimento dos serviços e a existência de meios

alternativos para minimizar as conseqüências advindas da interrupção.

§ 1º O previsto no caput se aplica na ocorrência de falhas de rede de telecomunicações, de

qualquer tipo, que venham a interromper o STFC em mais de 10% do total de acessos em

serviço ou mais de 50 mil acessos em serviço da localidade, o que for menor.

§ 2º Nos casos previsíveis, a interrupção deve ser comunicada aos assinantes afetados, com

antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis.

Art. 32. Havendo interrupção do acesso ao STFC na modalidade local, a prestadora deve

conceder crédito ao assinante prejudicado.

§ 1º Não é devido crédito se a interrupção for causada pelo próprio assinante.

§ 2º O crédito deve ser proporcional ao valor da tarifa ou preço de assinatura considerando-se

todo o período de interrupção.

§ 3º O crédito relativo à interrupção superior a 30 (trinta) minutos a cada período de 24 (vinte e

quatro) horas deve corresponder, no mínimo, a 1/30 (um trinta avos) do valor da tarifa ou

preço de assinatura.

§ 4º O crédito a assinante na forma de pagamento pós-pago deve ser efetuado no próximo

documento de cobrança de prestação de serviço, que deve especificar os motivos de sua

concessão e apresentar a fórmula de cálculo.

§ 5º O crédito a assinante de terminal a que está vinculado crédito pré-pago deve ser ativado e comunicado

ao assinante em até 5 (cinco) dias úteis, contados do restabelecimento do serviço.

§ 6º O recebimento do crédito, pelo assinante, não o impede de buscar o ressarcimento que

ainda entenda devido, pelas vias próprias.

§ 7º A concessão do crédito não exime a prestadora das sanções previstas no PGMQ-STFC, no contrato de

concessão ou de permissão, ou no termo de autorização.

Art. 33. A prestadora pode tornar indisponível o STFC, quando as instalações ou a rede interna

do assinante não forem compatíveis com a especificação técnica estabelecida no contrato de

prestação de serviço ou ainda quando ocorrer o previsto nos incisos X e XI do art. 10 deste

Regulamento.

Parágrafo único. A interrupção neste caso dar-se-á após decorrido o prazo, não inferior a 5

(cinco) dias úteis, constante de notificação prévia ao assinante, para que corrija suas

instalações, dispensada a notificação prévia no caso de iminente dano à rede externa,

devidamente comprovado pela prestadora.

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Conforme se infere do rol taxativo acima exposto, em nenhuma das possibilidades da interrupção é

assegurado a suspensão da linha telefônica por conta da mudança da data do vencimento da fatura. Sendo

assim, a conduta da empresa Requerida é ilegal e ilícita.

Segundo prevê o artigo 186 do Código Civil, “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência

ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato

ilícito”, e incorrendo nisto, fica obrigado a reparar o dano causado, conforme define artigo 927 do

mesmo codex.

No entendimento da Corte Catarinense, "o dano simplesmente moral, sem percussão no patrimônio,

não há como ser provado. Ele existe tão somente pela ofensa, e dela é presumido, sendo bastante

para justificar a indenização". (Apelação Cível n. 39.466, da Capital, Des. João José Schaefer)

Na lição de Yussef Said Cahali:

[...] tudo aquilo que molesta gravemente a alma humana, ferindo-lhe gravemente os

valores fundamentais inerentes à sua personalidade ou reconhecidos pela sociedade

em que está integrado, qualifica-se, em linha de princípio, como dano moral; não há

como enumerá-los exaustivamente, evidenciando-se na dor, na angústia, no

sofrimento, na tristeza pela ausência de um ente querido falecido; no desprestígio,

na desconsideração social, no descrédito à reputação, na humilhação pública, no

devassamento da privacidade; no desequilíbrio da normalidade psíquica, nos

traumatismos emocionais, na depressão ou no desgaste psicológico, nas situações

de constrangimento moral. (in Dano Moral. 2. Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,

2000. P. 20-21).

Portanto, é incontestável a ocorrência de ato ilícito por parte da empresa Requerida, em virtude do dano

moral no qual incorreu – e ainda incorre – o Autor.

Sendo assim, são três os requisitos indispensáveis ao dever de indenizar: (a) ofensa ao direito da parte

demandante; (b) prejuízo, consubstanciado nos danos morais sofridos; e, (c) nexo de causalidade entre o

ilícito praticado pelo demandado e o prejuízo sofrido pelo suplicante.

À ofensa ao direito do reclamante resta na própria suspensão das ligações originarias, sendo que seu

prejuízo encontra-se em estorvos nas suas atividades cotidianas e pelo pagamento do serviço que não está

usufruindo, sendo o nexo de causalidade decorrente da conduta ilícita e ilegal da empresa demandada em

“cortar” o telefone do consumidor mesmo com este em dia com todas as faturas, nem mesmo a notificando

previamente quanto a possibilidade do desligamento.

Da grande lavra de julgados nesse sentido, destaca-se:

CONSUMIDOR. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PAGAMENTO DE FATURA

EFETUADO COM ATRASO. SUSPENSÃO DOS SERVIÇOS EM PERÍODO POSTERIOR AO

DÉBITO JÁ QUITADO. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. O autor efetuou o

pagamento da sua fatura telefônica em 19/04/2010 (com vencimento em

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14/03/2010), em razão de problemas de saúde. Ocorre que mesmo após o

pagamento, permaneceu a linha telefônica bloqueada, mesmo tendo o autor

postulado o restabelecimento da linha diversas vezes, conforme os protocolos de

atendimentos informados na inicial. Diante da inversão do ônus da prova, a ré não

logrou êxito em comprovar que não suspendeu a linha telefônica, cingindo-se a

aduzir que não houve a suspensão, com a juntada de cópia de "tela sistêmica" a qual

indica a normalidade da prestação de serviço na atualidade, porém, não impugnou

as alegações de solicitação de restabelecimento do serviço, tampouco juntou as

gravações das ligações telefônicas, ônus que lhe incumbia, evidenciando-se, então,

que a suspensão se deu em período posterior ao adimplemento. Danos morais

caracterizados em razão dos infortúnios decorrentes da privação de serviço

essencial. Quantum indenizatório que merece ser majorado para o montante de R$

1.500,00 em nome do princípio da razoabilidade e proporcionalidade. RECURSO DA

RÉ IMPROVIDO. RECURSO DO AUTOR PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71002958791, Primeira

Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Leandro Raul Klippel, Julgado em 28/01/2011)

Sendo o serviço telefônico, hoje, essencial à vida de relação da pessoa, a sua falta,

abrupta, indevida e sem aviso prévio, tende a causar sério aborrecimento e

desconforto psíquico à pessoa, o que é bastante para se inferir a ocorrência do dano

moral. Ademais, o usuário, consumidor, que paga corretamente pelo serviço, não

pode ter os seus direitos postergados, impunemente, por empresa prestadora de

serviço público. (TJSC, AC n. 01.024420-9, rel. Des. Wilson Augusto do Nascimento)

Ademais, "o bloqueio indevido de telefone celular configura dano moral, independentemente de

comprovação dos prejuízos sofridos pelo proprietário do aparelho" (TJSC, AC n. 2006.027681-0, rel.

Des. Luiz Carlos Freyesleben, j.: 18-03-2008).

Não fosse isso, a empresa demandada nem mesmo efetuou a prévia notificação do consumidor quanto a

suspensão que viria, sendo este surpreendida por tal medida arbitrária, descumprindo a previsão do 3º, VIII,

da Lei n. 9.472/97 e do item 12, IX da Resolução nº 85/98, cometendo, portanto, ato ilegal e ilícito.

Nesses casos, a jurisprudência tem entendido que o dano moral é ocorrente:

DANO MORAL - TELEFONE - INADIMPLÊNCIA CONFESSADA - BLOQUEIO DA LINHA SEM

PRÉVIA NOTIFICAÇÃO - ATO ILÍCITO - INDENIZAÇÃO DEVIDA - SENTENÇA MANTIDA.

"Antes de simplesmente desligar a linha telefônica, deve a empresa comunicar o

cliente, previamente, da possível suspensão do serviço, nos termos do art. 3º, VIII,

da Lei n. 9.472/97 e do item 12, IX da Resolução n. 85/98. Logo, não havendo tal

notificação, cabível a indenização por danos morais diante dos transtornos

ocasionados. (Recurso Cível n. 1.855, de Joinville (JE). Relator: Juiz Alexandre Morais da Rosa)

Desta forma, conforme razões acima apontadas, requer seja determinada a empresa demandada a

ressarcir os prejuízos morais em que o Autor incorreu, decorrentes do ato ilícito praticado.

Dentro desse contexto, entendemos como justa e adequada a condenação da empresa Ré, pelos graves

danos morais experimentados pelo Autor, na quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser atualizada

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monetariamente pelo IGP-M e acrescida de juros legais de mora de 1% ao mês, ambos a contar da data do

inicio do evento danoso (17/03/2014), com fulcro na Súmula 54 do STJ.

VI. PEDIDOS

Diante do exposto, pleiteia o Autor o recebimento da presente demanda, bem como seus documentos em

anexo, para requerer:

a) a inversão do ônus da prova em face da demandada, com fulcro no art. 6º, VIII, doCódigo de Defesa

do Consumidor, determinando que a parte Requerida acoste ao feito as gravações concernentes ao

atendimento protocolado sob nº. 00000000000, bem como prove que não suspendeu a linha telefônica do

Autor no período de 00/00/0000 à 00/00/0000, e que o notificou quanto a suspensão ocorrida.

b) a citação da Requerida para que, querendo, apresente sua resposta no prazo legal, sob pena de sujeitar-

se às penas da revelia;

c) seja a empresa demandada condenada a ressarcir os danos morais causados em face do Autor, em

virtude de seu ato arbitrário, ilícito e danoso ao consumidor em suspender sua linha telefônica ante a

ausência de atraso de qualquer fatura e sem prévia comunicação, no tanto de R$ 10.000,00 (dez mil reais);

d) seja o valor fixado a título indenizatório atualizado monetariamente pelo IGP-M e acrescido de juros

legais de mora de 1% ao mês, ambos a contar da data do inicio do evento danoso (08/03/2014), com fulcro

na Súmula 54 do STJ.

Provará o que for necessário usando de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pela

juntada de documentos, depoimento pessoal do representante da Requerida, oitiva de testemunhas, cujo rol

oportunamente será apresentado, e outras mais que se fizerem necessárias e que desde já ficam

requeridas.

Atribui-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Termos em que,

pede deferimento.

Local, data.

ADVOGADO (A),

OAB/... nº...

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Nesse contexto, deve-se apurar a ocorrência de falha na prestação do serviço, sob a ótica da

legislação consumeirista que, segundo art. 14, dispõe:

―Considera-se defeituoso o serviço que não fornece a segurança que o consumidor dele pode

esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu

fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; ESTADO DO RIO

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DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO ITC: 10 III - a época em que foi fornecido.‖ Nessa esteira,

vale lembrar que deve ser imputada a responsabilidade objetiva ao fornecedor do serviço, com

fundamento na teoria do risco do empreendimento. Por conseguinte, dispensa-se a demonstração do

elemento subjetivo da conduta, cabendo ao interessado comprovar tão somente a ocorrência do fato

lesivo, o dano sofrido e o respectivo nexo de causalidade. Contudo, apesar de se tratar de relação de

consumo, aplicandose ao caso a responsabilidade objetiva, não se trata de inversão do ônus da

prova, com aplicação do artigo 6º, inc.VIII do CDC, devendo o apelante demonstrar a ocorrência do

fato constitutivo de sua pretensão autoral, qual seja, o defeito na prestação de serviço por parte das

operadoras de telefonia móvel. Nesse diapasão, para que seja efetivamente considerado defeituoso o

serviço de bloqueio e registro das unidades móveis furtadas/roubadas, a ponto de permitir a

reabilitação das mesmas pelas empresas apeladas, imprescindível a comprovação cabal e não meros

indícios de falha no serviço. Através da análise do conteúdo fático probatório contido nos autos,

verifica-se que o procedimento administrativo o qual se fundou a presente Ação Civil Pública se

refere à reclamação datada de 30.09.2003 a qual narra episódio em que um único consumidor teve

seu aparelho furtado e mesmo após ter solicitado o bloqueio da linha, a mesma fora reabilitada na

modalidade pré-pago. Verifica-se ainda que no referido processo a perícia constatou que, apesar do

aparelho estar inserido na lista negra do CEMI (Cadastro de Estações Móveis Impedidas), por

motivo de ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO ITC: 11 roubo, o número serial

do celular havia sido adulterado, razão pela qual permitiu-se o suposto desbloqueio. Constata-se

também às fls. 161/167, que a ANATEL se manifestou no sentido de que o procedimento adotado

pelas operadoras de telefonia para controlar o bloqueio é seguramente eficaz e que sua criação

(cadastro CEMI) resultou na imediata diminuição no números de furtos e roubos desses

equipamentos no País. Por oportuno, registre-se que as apeladas trouxeram aos autos provas

robustas no sentido de que o referido sistema possui tecnologia mais avançada que outrora (sistema

CDMA), por não ter a linha atrelada ao chip do telefone, sendo o bloqueio da linha independente do

bloqueio do aparelho. Noutro giro, vale ressaltar que, apesar de todos os avanços tecnológicos no

sentido de se evitar as diversas variações de fraude, é falacioso acreditar na existência de um

sistema absolutamente blindado infenso a toda e qualquer tipo de adulteração, vez que todos os

tipos de fraude eletrônica ecoam diária e rapidamente na sociedade, não só no meio de

telecomunicações, bem como nas demais tecnologias. Nesse sentido, andou bem o juízo a quo, na

sentença vergastada, assim se posicionando: “Ressalte-se por oportuno que o procedimento adotado

pelas empresas de telefonia móvel e regulamentado pela Anatel não é completamente blindado. É

dizer, já se tem noticia de quadrilhas especializadas na fraude de notas fiscais, assim como

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alterações de números de séries dos aparelhos, o que possibilitaria eventual desbloqueio de

aparelhos furtados ou roubados, ainda que cadastrados no CEMI. Todavia, não se pode condenar as

rés, que cumprem o que foi normatizado ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO

ITC: 12 pela agência governamental reguladora, por fato decorrente de fraude, alheio ao seu

controle. Assim, concluo que a ação ajuizada carece de interesse processual, uma vez que o pedido

ministerial — registro do número de série no CEMI e abstenção de desbloqueio das linhas ali

cadastradas — é obrigação que já vem sendo cumprida pelas rés, não havendo, portanto, que se

falar em necessidade de pronunciamento.” Conclui-se, portanto que, das provas analisadas, não se

percebe a falha na prestação dos serviços pelas rés, sendo que estas lograram comprovar a

ocorrência de excludente de sua responsabilidade, qual seja, caso fortuito externo. Assim, não

restou comprovada o defeito do sistema CEMI adotado pelas operadoras de telefonia quanto ao

bloqueio/desbloqueio de aparelhos extraviados, furtados ou roubados, deixando o apelante de

provar o fato constitutivo de seu direito imposto pelo artigo 333, I do CPC, calcando seu pedido

apenas em matérias jornalísticas e no referido procedimento administrativo instaurado o qual revela

que um único aparelho reclamado estava cadastrado na lista negra e fora reabilitado indevidamente.

Nesse sentido, é a jurisprudência do STJ: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM

RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE DE EMPRESA DE TELEFONIA PELA

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE INTERNET E TELEFONIA MÓVEL APONTADOS COMO

DEFEITUOSOS. HIPOSSUFICIÊNCIA DA EMPRESA CONTRATANTE E FALHA NA

PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS NÃO COMPROVADA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 5 E 7

DO STJ. SUBSISTÊNCIA DE FUNDAMENTO INATACADO APTO A MANTER O

JULGADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283 DO STF. HONORÁRIOS. PRINCÍPIO DA

CAUSALIDADE. SÚMULA 7 DO STJ. 1. No que diz respeito à apontada vulneração dos arts. 6º,

VIII e 39, III § único do Código de Defesa do Consumidor, rever a conclusão do acórdão recorrido

acerca da falta de comprovação da hipossuficiência da empresa contratante e da inexistência de

falha na ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO ITC: 13 prestação dos serviços

de telefonia, esbarraria nos óbices das Súmulas 5 e 7 do STJ. 2. Foi constatada pelo acórdão

recorrido a responsabilidade de terceiros (empregados da empresa autora) pela má utilização ou

utilização em excesso dos serviços contratados. Fundamento não impugnado pelo apelo especial,

apto a manter a conclusão do aresto impugnado. Incidência da Súmula nº 283 do STF: "É

inadmissível o recurso extraordinário quando a decisão recorrida assenta em mais de um

fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles." 3. Pelo princípio da causalidade é

devedor dos honorários aquele que deu causa à ação. Por outro lado, a jurisprudência deste Superior

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Tribunal determina que somente é possível a revisão do valor estabelecido para os honorários

advocatícios quando este se mostrar irrisório ou exorbitante, hipótese não observada no caso em

tela. Incidência da Súmula 7 do STJ. Precedentes. 4. Agravo regimental não provido. AgRg no

AREsp 282174 / DF.AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

2013/0006112-2. Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO. Órgão Julgador - QUARTA

TURMA. Data do Julgamento 18/04/2013. Data da Publicação DJe 25/04/2013. Finalmente, no que

tange ao pedido de condenação das apeladas ao pagamento por danos morais coletivos, vale

consignar que, muito embora o mesmo esteja expressamente previsto tanto no art.6º, incs VI e VII

do CDC, bem como no artigo 1º da Lei Federal nº 7.347/85, este não incide no caso em comento.

Senão vejamos. Assim dispõe os referidos dispositivos legais: ―Art. 6º São direitos básicos do

consumidor: ... VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,

coletivos e difusos; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção

ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a

proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; Art. 1º Regem-se pelas disposições

desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e

patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) l - ao meio-ambiente; II - ao

consumidor; III – à ordem urbanística; (Incluído pela Lei nº 10.257, de 10.7.2001) (Vide Medida

provisória nº 2.180-35, de 2001) ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO ITC: 14

IV – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (Renumerado do

Inciso III, pela Lei nº 10.257, de 10.7.2001) V - por infração da ordem econômica e da economia

popular; (Redação dada pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) VI - à ordem urbanística.

(Redação dada pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001). É cediço na doutrina que há três

espécies de lesão a direitos difusos revelam com bastante facilidade a ocorrência de dano moral

coletivo: a lesão ao meio ambiente, aos direitos dos trabalhadores e ao patrimônio histórico. No

entanto, o entendimento que tem prevalecido na jurisprudência ao qual me filio, é no sentido de

somente ser cabível a condenação à indenização por dano moral coletivo quando comprovada a

lesão à esfera extrapatrimonial da coletividade, o que não se verificou no caso em tela. Nesse

sentido, é Súmula 128 do TJRJ, bem como os julgados dessa Egrégia: Nº. 128 "Imputação ofensiva,

coletiva, não configura dano moral". Referência: Súmula da Jurisprudência Predominante nº.

2006.146.00007. Julgamento em 21/12//2006. Relator: Desembargador Antonio José Azevedo

Pinto. Votação unânime. Nesse sentido, é a jurisprudência dessa Corte: Embargos infringentes.

Ação civil pública. Contrato de adesão. Cláusulas abusivas. Condenação em danos morais coletivos.

Inexistência. Não existe dano moral presumido, restando incabível condenação por presunção.

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Inteligência da súmula nº 128 desta corte. Embargos desprovidos. Embargos infringentes

nº0079595- 31.2009.8.19.0001. Des. Guaraci de Campos Vianna - julgamento: 10/07/2012 -

Décima Nona Câmara Cível. Apelação cível. Ação civil pública. Ato de degradação ambiental

consistente em poluição sonora. A condenação ao pagamento de indenização por danos morais

coletivos somente é cabível se comprovada a lesão à esfera extrapatrimonial da coletividade, o que

não se verificou in casu. Recurso de apelação a que se nega seguimento, com base no art. ESTADO

DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO ITC: 15 557, caput, do CPC. Apelação nº 0018673-

71.2007.8.19.0202 des. Márcia Alvarenga - julgamento: 11/05/2012 - Décima Sétima Câmara Cível

Ação civil pública. Pretensão de conservação de imóvel em área de proteção do ambiente cultural

(APAC). Responsabilidade do município que emerge cristalina de comandos constitucionais:

artigos 23, iii, e 30, ix; bem como do próprio reconhecimento da relevância cultural da área em que

se encontra o bem (vedação ao comportamento contraditório). Responsabilidade da urbe que deve

seguir o mesmo tratamento daquele definido no decreto-lei 25/37 (norma sobre tombamento):

subsidiariedade; considerando a similaridade dos institutos (analogia), afastando-se a solidariedade

que decorre do política nacional do meio ambiente, em apreço à razoabilidade. Dano moral coletivo

não configurado. Ausência de concretude nos fundamentos invocados pelo parquet sobre a suposta

transgressão de sentimento coletivo em razão do abandono do imóvel. Vulneração do contraditório

e da ampla defesa (artigo 5º, xl, da CRFB/88). Onerosidade na pretensão de imputação da "culpa"

pela degradação da área, quando apenas um imóvel é objeto da demanda e somente considerado em

conjunto com a cercania possui relevo cultural. Sucumbência recíproca corretamente reconhecida,

inexistindo condenação do MP ao pagamento de qualquer despesa. Recursos conhecidos e

desprovidos. Apelação 0219189-31.2007.8.19.0001. Des. Gabriel Zefiro - julgamento: 14/03/2012 -

Décima Terceira Câmara Cível CONTRATO DE VENDA E FORNECIMENTO DE PRODUTOS

DERIVADOS DE PETROLEO EMPRESA COMERCIAL. DEVER DE SEGURANCA

OBSERVANCIA. EXERCICIO DO PODER DE POLICIA RESTRICOES LEGAIS. DIREITO

CONSTITUCIONAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIREITO DO CONSUMIDOR. COMÉRCIO DE

GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GNP). EMPRESA DISTRIBUIDORA. OBRIGAÇÕES

LEGAIS. OBRIGAÇÕES PRÓPRIAS DE CADA PARTICIPANTE DA CADEIA DE

CONSUMO. DESNECESSIDADE DE IMPOSIÇÃO DE OBRIGAÇÃO JUDICIAL SE A

OBRIGAÇÃO DECORRE DA LEI. ATUAÇAO DA EMPRESA EM CONFORMIDADE COM

AS REGRAS DO COMÉRCIO DE GÁS E EM ATENÇÃO ÀS REGRAS DE SEGURANÇA.

PODER DE POLÍCIA QUE NÃO PODE SER EXERCIDO PELO PARTICULAR. O Ministério

Público tem legitimidade constitucional para propor ação civil pública que diga respeito a direito ou

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Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

interesse difuso (CF, 129, III). Direito difuso da coletividade a um comércio seguro de produto

perigoso. Legitimidade acionária do Ministério Público. Se a atividade desenvolvida pela empresa é

essencialmente perigosa, podendo expor toda a coletividade a risco, o Ministério Público tem

interesse em propor ação civil pública cujo objeto é a regulamentação de comportamentos de

segurança na distribuição do GLP. Não ocorre litisconsorte necessário ou unitário entre a empresa

distribuidora de GLP e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) em ação em que se pretende a

imposição de obrigações de fazer e não fazer no comércio de gás. Sentença que não ESTADO DO

RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO ITC: 16 produzirá qualquer modificação nas relações

entre a agência e a empresa privada, mas apenas entre a empresa e os consumidores. A conversão

de obrigações legais em obrigações judiciais com cominação de multa em caso de descumprimento,

somente se apresenta legítima existindo prova de que o obrigado violou o dever legal. O Poder

Judiciário não se destina a reforçar obrigações ou deveres legais, agindo apenas em caso de violação

da lei ou de ameaça de violação, em condutas causadoras ou possíveis de causar dano a terceiro.

Obrigações que somente podem ser impostas àquele obrigado diretamente ao seu cumprimento. Se

a obrigação imposta na sentença implica na violação do direito de outrem, não pode ser exigida

judicialmente. Obrigação de fiscalização que decorre do poder de polícia, sendo dele despido o

particular. Impossibilidade de transferir para o particular, o dever agir do ente estatal. Atividade

essencialmente perigosa que impõe o controle e a fiscalização constantes. Dever de não proceder à

venda de produto perigoso ao comprador que não se apresentar devidamente autorizado pelos

órgãos competentes e que não dispuser de condições seguras de recebimento, guarda e transporte do

gás. Verificação da capacidade de armazenamento que deve ser feita pela autoridade competente,

impossível de prévio conhecimento ou de conhecimento atual pela empresa de distribuição.

Responsabilidade determinada de cada participante da cadeia de consumo. O simples comércio de

material perigoso não impõe obrigação de reparar dano moral coletivo não demonstrado. Redução

da multa em razão da redução das obrigações judicialmente exigíveis. Aplicação da norma da

divisão da sucumbência (CPC, 21). Conhecimento de ambos os recursos, provimento parcial ao 1º

(COPAGAZ) e negar provimento do 2º (Ministério Público) APELACAO 0131535-

69.2008.8.19.0001. Des. Rogério de Oliveira Souza - julgamento: 14/02/2012 - nona Câmara Civel .

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____.

(Nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da carteira de identidade RG n° xxxxxxx e inscrito no

CPF/MF sob n° xxxxxxx, residente e domiciliado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), por seu

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Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

advogado que esta subscreve, constituído na forma do incluso instrumento de mandato, vem, a presença de Vossa

Excelência, propor a presente.

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

contra (Razão social), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob n° xxxxxx, sediada na (Rua),

(número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), consubstanciado nos motivos fáticos e de direito a seguir aduzidos:

DOS FATOS

O autor foi até o Banco Tal para obter empréstimo no valor de R$ xxxxx (Valor), para comprar as ferramentas

necessárias para uma pequena oficina de máquinas de costura.

Depois das exigências do Banco, onde o autor já havia superado todas, foi surpreendido com a negativação da

concessão do numerário almejado.

Ao indagar, junto à gerência, o motivo de o Banco não liberar o empréstimo, mais uma vez foi surpreendido com a

informação de que em seu nome havia restrição junto ao Serviço de Proteção ao Crédito.

Pediu ao funcionário do Banco que lhe desse tal informação por escrito, pois tinha certeza de que não devia nada a

ninguém, senão seria desprovido de vergonha em querer um empréstimo, sabendo das normas do Banco, e em

seguida passar por uma vergonha sem valores para o respeito, que até então havia conquistado junto àquela

instituição.

O documento, que o autor recebeu do Banco, traz a informação de que seu nome consta no rol dos inadimplentes por

atraso no pagamento de conta telefônica, datada de xx/xx/xx e com valor facial de R$ xxxxxx (Valor).

Ocorre que o autor nunca ficou devendo nenhuma conta para a ré, e que ao buscar explicações junto à empresa ré foi

informado que houve um erro de comunicação junto ao órgão de proteção ao crédito, porém que caberia a ele

providenciar a retirada do seu nome do rol dos inadimplentes.

Indignado, o autor exigiu que retirassem seu nome daquela lista, obtendo a resposta de que fariam, mas isto levaria

tempo.

Assim o autor teve seu nome negativado, sem dever nada a ninguém, por um período de trinta e cinco dias, e neste

período teve prejuízos incalculáveis para a sua realidade econômica.

Toda esta narrativa de fatos objetiva dar a perfeita interação sobre o ocorrido, que pode ser sintetizado nos seguintes

termos: ficou claro que a ré, de forma irresponsável, deixou que se incluísse o nome do autor no rol dos inadimplentes

do serviço de proteção ao crédito, trazendo ao autor grande prejuízo, pois buscava empréstimo para iniciar um pequeno

negócio de concerto de máquinas de costura, e ao questionar o ocorrido a autora não obteve nenhuma resposta

plausível que solucionasse o caso imediatamente, sofrendo grande prejuízo.

Assim, nada mais justo, venha o autor requerer judicialmente uma reparação por tal fato.

DO DIREITO

Em nosso direito é certa e pacífica a tese de que quando alguém viola um interesse de outrem, juridicamente protegido,

fica obrigado a reparar o dano daí decorrente. Basta adentrar na esfera jurídica alheia, para que venha certa a

responsabilidade civil.

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Dr. RAPHAEL FRAGA FONSECAAdvogado

E no caso particular, deve-se considerar que dano é "qualquer lesão injusta a componentes do complexo de valores

protegidos pelo Direito".

No mesmo entendimento de dano material, temos a definição clara e objetiva de que a subtração de um objeto de

outrem deverá devolver a coisa em espécie, e se o objeto não mais existir, deverá o esbulhador pagar o preço ordinário

da coisa, ou repor o numerário a título de dano material, além do valor referente ao dano moral do autor, que ao buscar

um empréstimo, junto ao banco, teve resposta negativa por motivos alheio a sua vontade.

Sendo assim, não há como confundir a reparabilidade do dano material e do dano moral. Na primeira busca-se a

reposição do numerário que deu causa ao prejuízo sofrido, ao passo que na segunda, a reparação se faz por meio de

uma compensação ou reparação que satisfaça o autor pelo mal sofrido.

Pois bem, adentrando na análise legal do tema, inicialmente é oportuno fazer referência à Constituição Federal de 1988,

que foi muito clara ao dispor, no seu art. 5º, inciso X, "in verbis":

" X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização

pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".

Sem, também deixarmos claro que o legislador não deixou de pronunciar esta garantia de direito ao consumidor, que no

caso em tela tem claramente uma relação de consumo entre autor e ré, onde pedimos vênia para transcrever:

Código de Defesa do Consumidor

"Artigo 6°....

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos";

Além de incansáveis decisões assegurando o direito líquido e certo de quem se encontrar lesado por fato alheio a sua

vontade, pedimos, mais uma vez vênia para transcrever a súmula do Supremo Tribunal Federal:

<< Pesquisar Jurisprudência >>

E, por estarem tais argumentos, cabe lembrar que estão presentes os pressupostos da responsabilidade civil deste

resultado danoso.

Pois bem, superada toda essa discussão, nesse momento é imprescindível a discussão a respeito de outro assunto de

extrema relevância nesta demanda: o "quantum" a ser fixado.

Logo de início, é importante considerar que a reparação, na qual se convertem em pecúnia os danos morais, devem ter

caráter dúplice, ou seja, o que penaliza o ofensor, sancionando-o para que não volte a praticar o ato ilícito, bem como o

compensatório, para que o ofendido, recebendo determinada soma pecuniária, possa amenizar os efeitos decorrentes

do ato que foi vítima.

Ante esse raciocínio, deve-se sopesar, em cada caso concreto, todas as circunstâncias que possam influenciar na

fixação do "quantum" indenizatório, levando em consideração que o dano moral abrange, além das perdas valorativas

internas, as exteriorizadas no relacionamento diário pessoal, familiar, profissional e social do ofendido.

Deve-se lembrar ainda, por outro ângulo, que a indenização por danos morais deve ser fixada num montante que sirva

de aviso à ré e à sociedade, como um todo, de que o nosso direito não tolera aquela conduta danosa impunemente,

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devendo a condenação atingir efetivamente, de modo muito significativo, o patrimônio da causadora do dano, para que

assim o Estado possa demonstrar que o Direito existe para ser cumprido.

DO PEDIDO

Posto isso, requer a Vossa Excelência:

A citação da ré, no endereço inicialmente referido, para comparecer na audiência de instrução e julgamento a ser

designada, e, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;

Se digne Vossa Excelência considerar procedente o seu pedido, para o fim de condenar a ré ao pagamento de

indenização no valor de R$ xxxxxx (Valor), pelos danos materiais, mais o valor a ser arbitrado por Vossa Excelência em

salários mínimos referentes ao dano moral, bem como das custas processuais e honorários advocatícios, na base de xx

% sobre o valor da condenação, tudo com a devida atualização.

Os benefícios da justiça gratuita, previsto na Lei 1.060/50, por ser o autor pessoa pobre na acepção jurídica do termo,

não podendo arcar com as despesas processuais sem que cause prejuízos para sua sobrevivência.

DAS PROVAS

Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, depoimentos de testemunhas, bem como novas provas,

documentais e outras, que eventualmente venham a surgir.

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ xxxxx (Valor).

Termos em que

Pede Deferimento.

(Local, data, ano).

Advogado

OAB

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