dano - material e moral josefa.pdf

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  • AV. BARO DE MARUIM, N 867 BAIRRO SO JOS CEP 49.015-040 ARACAJU SERGIPE

    FONEFAX: (79) 3214-3450/3214-1982

    E-mail: [email protected]

    1

    EXMO SR.(A) DR.(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARCA

    DE ARACAJU/SE.

    JOSEFA VANILDE DE ALMEIDA SANTOS, brasileira, casada, dona de casa,

    portadora do RG n 693.512 SSP-SE e CPF sob o n 584.844.185-53, residente e domiciliada

    na Rua Santo Agostinho, n 40, casa 33, bairro Farolndia, em Aracaju (SE), CEP 49.032-

    230, por conduto de seu procurador e advogado legalmente constitudo atravs da crtula

    inclusa e com endereo profissional infra-impresso no rodap da presente aonde recebe

    intimaes e notificaes, vem respeitosamente, presena de V. Exa, com fulcro nos

    arts.186 e 927 e seguintes do Novo Cdigo Civil e art. 5 X da Constituio Federal e demais

    legislaes aplicveis espcie, propor a presente AO INDENIZATRIA POR

    PERDAS E DANOS em face de GENILSON OLIVEIRA SANTOS, casado, portador do

    CPF n 802.782.645-49, pessoa fsica, RG sob o n 30046017 SSP/SE e CPF sob o n

    802.782.645-49, residente e domiciliado Avenida Poo do Mero, n 1116, bairro Bugio,

    Aracaju (SE), CEP: 49.090-000, contra RITA MARIA DE M. RODRIGUES, portadora da

    CPF n 686.679.458-7, casada, residente e domiciliada na Avenida Poo do Mero, n 1116,

    bairro Bugio, Aracaju (SE), CEP: 49.090-000, e SUL AMRICA CIA. NACIONAL DE

    SEGUROS, pessoa jurdica, inscrita com CNPJ n 33.041.062/0009-58, com escritrio na

    Rua Pedro Paes Azevedo, n 145, bairro Salgado Filho, CEP: 49.020-450, Aracaju (SE),

    pelos motivos de fato e de direito que passa a aduzir:

    DOS FATOS

    Que, a Autora proprietria do veculo Gol 16v POWER, cor AZUL, placa JPH-

    9121, ano 2002, e que no dia 20/07/2011, o Sr. Leandro Arcanjo Menezes Santos, conduzia o

    veculo acima citado pela pela Rodovia SE 100, Povoado Aguilhadas, Municpio de Pirambu

    (SE), prximo ao Bar da Boa Vista.

    Acontece que o condutor do veculo da autora ao avistar um quebra-mola reduziu

    a velocidade do veculo, quando sem observar o limite de velocidade para o local e sem

    guardar a distncia mnima com relao ao veculo que trafegava a sua frente, o veculo

    L200 triton, de cor preta e de placa NVL-4518, conduzido pelo primeiro requerido, Genilson

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    Oliveira Santos acabou por colidir contra a parte traseira do veculo conduzido pelo Sr.

    Leandro, sendo realizada ocorrncia policial, conforme testifica o documento em anexo.

    A conduta culposa dos Requeridos acabou por ocasionar danos de elevada monta

    ao veculo da Autora, sendo que o veiculo aps oramento da segunda requerida veio a

    constatar a perda total do veiculo por no ser vivel sua recuperao de acordo a percentuais

    da seguradora.

    Diante desses acontecimentos comearam os aborrecimentos desde o evento ate

    os dias de hoje, foram inmeras as tentativas de soluo junto seguradora, que a cada

    contato exigia um documento diferente, tendo a requerente por diversas vezes ter que mudar

    o seu dia a dia para tentar solucionar ou sanar os problemas, e que em momento algum

    incorreu com culpa ou dolo, no entanto, sem lograr xito.

    Ademais, a autora foi obrigada a procurar vrios rgos no estado, a pedido da

    seguradora, a fim de que fosse solucionado o problema, o que lhe causou um sentimento de

    total desamparo, porque, alm de praticar atos que no so da sua alada, nem to pouco do

    seu conhecimento. Entre estes atos solicitados pela seguradora, o de comparecer ao

    DETRAN, por inmeras vezes, tentando adquirir a Guia de pagamento do IPVA

    proporcional, a devida baixa do veiculo, a inmeras idas Secretaria da Fazenda, a Oficina no qual se encontrava o veculo, ao Banco ao qual o veculo estava financiado para solicitar a

    quitao do mesmo, entre outros atos.

    Ressalta-se, que por conta da batida a autora no mais utilizaria o seu veculo, o

    que lhe causou enorme prejuzo, mesmo porque a autora utilizava o seu veculo em viagens

    ao Municpio de Macambira (SE), no qual possu uma soverteria.

    Destarte, em uma visita a Oficina em que se encontrava o seu veculo, a autora

    tomou conhecimento que o veculo teria sido retirado pela seguradora, isso sem efetivar

    nenhum tipo de acordo nem to pouco pagamento, e como nus a requerente continua

    pagando pelo veiculo mesmo sem usufruir do mesmo e sem, se quer, lhe foi fornecido um

    transporte.

    Alm disso, o valor estipulado pela tabela cedida no site da Fundao Instituto de

    Pesquisas Econmicas FIPE (doc. em anexo) seria de R$ 16.451,00 (dezesseis mil quatrocentos e cinqenta e um reais), sem a devida correo monetria. Ressalta-se, que j se

    passaram dois anos e dois meses do dia do evento danoso, e a autora no foi devidamente

    ressarcida.

    Assim, percebe-se claramente o dano sofrido pela autora que se encontra durante

    este longo perodo sem ter sido ressarcida dos danos materiais e sem um transporte para

    trabalhar, acarretando um enorme prejuzo tanto financeiro quanto moral, pois frustrou toda e

    qualquer expectativa da mesma receber a indenizao por ter o seu veculo totalmente destrudo, no vendo outra possibilidade seno acionar o Poder Judicirio.

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    DO DIREITO

    O direito da Requerente tem arrimo e esto amparados, nos dispostos abaixo

    mencionados, sustentculos desta ao.

    O art. 5 da Constituio Federal nos seus incisos V e X aduzem que:

    Artigo 5...

    V assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral e a imagem;

    ...

    X so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito indenizao pelo dano material ou moral

    decorrente de sua violao

    O art. 186 do Cdigo Civil aduz que:

    Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que

    exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    E o art. 927 do Cdigo Civil dispe que:

    Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.

    Assim a prpria lei civil, estabelece a obrigao de indenizar como conseqncia

    jurdica pelo ato ilcito, (arts. 927 A 946 do Novo Cdigo Civil).

    Com o advento da Constituio Federativa do Brasil a aceitao pela reparao

    de dano moral se consagrou de forma abrangente, sendo alado este direito categoria de

    garantia fundamental considerada como clusula ptrea, portanto, imutvel, art. 5 Inciso V e

    X da Constituio Federal.

    Mais adiante, a Lei Maior, no artigo acima referenciado demonstra a

    preocupao do legislador com o consumidor ao declarar atravs do Inciso XXXII:

    "O Estado promover , na forma da lei, a defesa do consumidor:.

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    A garantia constitucional vem reiterada no art. 170, inciso V, que garante o

    respeito ao consumidor e sua defesa, assegurando expressamente uma indenizao por dano,

    assim dispondo:

    "Art 6 So direitos bsicos do consumidor:

    "....VI - A efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais

    individuais coletivos e difusos...

    Como relatado anteriormente requerente sofreu e vem sofrendo inmeras

    turbaes no seu dia a dia, mesmo no sendo de responsabilidade da requente esta tentou por

    diversas vezes atender aos pedidos da seguradora. No caso, a seguradora no efetuou o

    pagamento da cobertura securitria, que estaria previsto em contrato.

    Por bvio, entende-se que a seguradora no pode ser responsabilizada, de

    FORMA DIRETA, pelas inmeras ligaes, inadimplementos, alm da frustrao de estar

    pagando um carro que no estar mais sendo usufrudo pela autora. Todavia, seu

    comportamento ao negar o pagamento da indenizao, sem sombra de dvida, como efeito

    reflexo, acabou gerando os desconfortos sofridos pela requerente. Alis, a concesso do

    pleito indenizatrio est fundamentada na excessiva demora para o pagamento da cobertura

    securitria, que perdura por mais de dois anos.

    De fato, a demora para recebimento da indenizao que era devida ao autor, por

    culpa exclusiva da desdia da exigncia de documentos que so de responsabilidade da

    seguradora, implica sentimento negativo, dor, constrangimento e humilhao passvel de ser

    indenizado.

    O prprio instrumento contratual firmado entre as partes, fl. 22, clusula 04

    (quatro), aponta um prazo de trinta dias para o pagamento da cobertura securitria, o que

    mais ainda corrobora com a configurao do dever de indenizar.

    Neste sentido:

    APELAO CVEL. DANO MORAL. DEMORA NO RAZOVEL

    PARA A REGULAO DO SINISTRO E AUTORIZAO PARA O

    CONSERTO DO AUTOMVEL. NECESSIDADES PROFISSIONAIS

    AFETADAS PELA CONDUTA DA SEGURADORA. OCORRNCIA

    DE DANO MORAL. DERAM PROVIMENTO AO APELO.

    UINNIME. (Apelao Cvel N 70019286475, Sexta Cmara Cvel,

    Tribunal de Justia do RS, Relator: Lus Augusto Coelho Braga, Julgado

    em 20/10/2011)

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    A indenizao por danos morais deve traduzir-se em montante que represente

    advertncia ao lesante e sociedade de que no se aceita o comportamento assumido, ou

    evento lesivo advindo. Consubstancia-se, portanto, em importncia compatvel com o vulto

    dos interesses em conflito, refletindo-se, de modo expressivo, no patrimnio do lesante, a

    fim de que sinta, efetivamente, a resposta da ordem jurdica aos efeitos do resultado lesivo

    produzido. Deve, pois, ser a quantia economicamente significativa, em razo das

    potencialidades do patrimnio do lesante.

    A indenizao pelo dano moral deve ser fixada considerando a necessidade de

    punir o ofensor e evitar que repita seu comportamento, devendo se levar em conta o carter

    punitivo da medida, a condio social e econmica do lesado e a repercusso do dano. O que

    se est a indenizar so apenas o transtorno, o aborrecimento e a insatisfao que o episdio

    causou ao autor. Disso no deve importar vantagem exagerada ou o seu enriquecimento

    imotivado.

    No se deve conceder vantagem exagerada ao requerente de modo que o

    acontecimento represente-lhe uma benesse, melhor do que se no tivesse acontecido. Haveria

    uma verdadeira inverso de valores.

    Ressalte-se, ainda, que a indenizao, alm de reparar o dano, deve impor sano

    capaz de obstar novas condutas malficas aos consumidores, bem como obrigar os

    prestadores de servios a um constante aperfeioamento das relaes mantidas com os

    consumidores, a fim de prest-las a contento e de forma cada vez mais eficiente.

    Por fim cabe ressaltar que durante esse lapso temporal a requerente tentou por

    diversas vezes uma soluo amigvel sem lograr xito como relatado anteriormente esteve

    em rgo para solicitar documentaes exigidas pela segurado, sendo que ao chegar nos

    rgos como DETRAN, Secretaria da Fazendo foi informada que estes documentos so de

    responsabilidade da seguradora e s poderiam ser solicitados por ela, desde modo entende-se

    que nesses dois anos de tentativa de soluo a requerente teve o dissabor de superar os

    limites do mero aborrecimento e caracteriza dano moral o cenrio que inclui cobrana de por

    um bem no mais em seu poder, locomoo por conta de parentes em virtude do no

    pagamento por parte da seguradora.

    DA RESPONSABILIDADE SOLIDRIA DA SEGURADORA:

    A conduta culposa do primeiro requerido, na direo do veculo segurado pela

    terceira requerida, infringiu diversas normas de trnsito, o que importa na responsabilidade

    civil dos mesmos para o fim da reparao dos danos causados ao requerente, conforme

    determinado pela disposio legal do art. 159 do Cdigo Civil, sem prejuzo de outros

    preceitos legais aplicveis.

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    So as posies de Humberto Theodoro Jnior e Athos Gusmo Carneiro:

    Theodoro Jnior - a par de franquear a via da execuo direta da

    sentena contra a denunciada, em havendo denunciao (Curso de

    direito processual civil. 46 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007, vol. I, pp.

    149-150) -, assume posio mais arrojada, no particular relativo ao

    contrato de seguro, asseverando uma corresponsabilidade entre o

    segurado e a seguradora no que concerne aos danos causados por aquele

    a terceiros. Em razo dessa obrigao conjunta e primria, afirma que

    no h mais, sobretudo depois da vigncia do Cdigo Civil de 2002 -

    diploma que conferiu nova roupagem ao contrato de seguro de

    responsabilidade civil -, um direito de regresso tradicionalmente

    reconhecido do segurado para com a seguradora, no cabendo, nessa

    hiptese, a denunciao da lide, mas o chamamento ao processo, verbis :

    d) Outra grande inovao de direito material se deu em relao ao

    contrato de seguro de responsabilidade civil, que o CC no trata como

    fonte de obrigao de reembolso de indenizao paga pelo segurado

    vtima do dano, e sim como garantia de tal pagamento, a ser efetuado

    diretamente pela seguradora (CC, art. 787). e) Dessa remodelao do

    seguro decorre, em primeiro lugar, a ao direta do ofendido contra a

    seguradora, para haver a indenizao a que esta se obrigou; e, em

    conseqncia desse vnculo estabelecido imediatamente entre a vtima do

    dano e a seguradora, no h mais lugar para falar-se em direito

    regressivo , nos moldes tradicionais, quando o segurado vem a ser

    demandado pela citada indenizao. O que o CC implantou foi, na

    realidade, uma coobrigao do segurado e da seguradora perante a

    vtima do dano. f) No havendo direito de regresso, o caso do seguro de

    responsabilidade civil, quando a vtima do dano aciona o segurado, no

    mais se acomoda no regime da denunciao da lide, j que esta figura

    interventiva se acha estruturada especificamente para veicular ao

    regressiva (CPC, art. 70, III). g) Transformando o contrato de seguro de

    responsabilidade civil em instrumento de garantia, dele decorre uma

    coobrigao em prol da vtima do dano, de modo que esta pode demandar

    a indenizao tanto do causador do prejuzo como de sua seguradora. Se

    assim , a figura de interveno de terceiro de que o segurado ter de se

    valer, quando acionado pelo ofendido, ser o chamamento ao processo.

    esse o remdio interventivo, e no a denunciao da lide, o prprio para

    inserir outros coobrigados no processo pendente instaurado apenas

    contra um deles (CPC, art. 77) (THEODORO JUNIOR, Humberto.

    Novidades no campo da interveno de terceiros no processo civil: a

    denunciao da lide per saltum (ao direta) e o chamamento ao

    processo da seguradora na ao de responsabilidade civil). (In. Revista

    Magister de Direito Civil e Processual Civil, vol. 1 (jul./ago. 2004).

    Documento: 19287536 - RELATRIO, EMENTA E VOTO - Site

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    certificado Pgina 7 de 13 Superior Tribunal de Justia Porto Alegre:

    Magister, 2004, p. 37).

    RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRNSITO - DANOS

    MORAIS, ESTTICOS E LUCROS CESSANTES - CAMINHO QUE

    CORTA A FRENTE DE VECULO QUE SEGUIA EM SUA MO DE

    DIREO - VENDEDOR AUTNOMO INCAPACITADO PARA O

    TRABALHO EM DECORRNCIA DO SINISTRO - CULPA DO

    CONDUTOR DO CAMINHO COMPROVADA - DEVER DE

    INDENIZAR CONFIGURADO - DENUNCIAO LIDE DA

    EMPRESA SEGURADORA - RESPONSABILIDADE AT O LIMITE

    ESTABELECIDO NA APLICE - LUCROS CESSANTES

    COMPROVADOS E CORRETAMENTE FIXADOS - COBERTURA DE

    DANOS PESSOAIS - DANOS MORAIS E ESTTICOS INCLUSOS

    NESTA CATEGORIA - PARMETROS PARA FIXAO DO

    QUANTUM INDENIZATRIO OBSERVADOS - DEDUO DO

    SEGURO OBRIGATRIO INDEVIDA - AUSNCIA DE

    COMPROVAO DO RECEBIMENTO - CONDENAO DA

    SEGURADORA EM HONORRIOS ADVOCATCIOS ARBITRADOS

    EM PERCENTUAL ADEQUADO E COM BASE NO VALOR TOTAL

    DA CONDENAO LIMITADOS AO PREVISTO NA APLICE -

    RESPONSABILIDADE SOLIDRIA ENTRE SEGURADO E

    SEGURADORA RECONHECIDA -SENTENA MANTIDA. 1.

    "Inquestionavelmente, os danos morais subsumem-se na classificao de

    danos pessoais. Prevista, no contrato de seguro, cobertura para os danos

    pessoais, os danos morais enquadram-se na responsabilidade de

    ressarcimento da seguradora, impondo-se, pois, ressarcidos por conta da

    aplice que rege as relaes estabelecidas entre a responsvel direta pela

    reparao advinda do cometimento de ilcito e a companhia de seguros

    denunciada lide" (AC n. 98.015971-7, Des. Trindade dos Santos).

    2."No havendo prova nos autos de que o seguro obrigatrio foi pago

    aos beneficirios, no se o pode deduzir do montante a ser pago por

    aquele que deu causa ao evento" (AC n. 99.017662-2, Des. Srgio

    Paladino). 3. Se o valor total da condenao no ultrapassar o limite

    previsto na aplice securitria, o percentual arbitrado para o clculo dos

    honorrios advocatcios devidos pela seguradora deve incidir sobre o

    montante do pagamento por ela efetuado. 4. "No merece qualquer

    alterao a sentena que, ressalvando o limite da aplice, estabelece a

    responsabilidade solidria da seguradora pelo pagamento das verbas a

    que condenado o segurado, porquanto tal medida garante a efetivao da

    indenizao assegurada vtima e evita manobras procrastinatrias dos

    responsveis pelo pagamento, quando da execuo do ttulo judicial"

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    (AC n. 01.008049-4, Des. Carlos Prudncio). (TJ-SC - AC: 20152 SC

    2003.002015-2, Relator: Marcus Tulio Sartorato, Data de Julgamento:

    18/08/2003, Terceira Cmara de Direito Civil, Data de Publicao:

    Apelao Cvel n. , de Barra Velha.)

    Conforme lio de SILVIO RODRIGUES:

    A idia que se encontra na lei a de impor ao culpado pelo inadimplemento o dever de indenizar. Indenizar significa tornar indene,

    isto , reparar prejuzo porventura sofrido. De modo que, em regra, no

    deve o prejudicado experimentar lucro na indenizao.

    No pretende a autora obter lucro algum com esta indenizao, deseja somente o

    pagamento pelo dano sofrido. Conforme nos ensina novamente o Professor SILVIO

    RODRIGUES, sobre a teoria do risco:

    "Segundo esta teoria, aquele que, atravs de sua atividade, cria um risco

    de dano para terceiros, deve ser obrigado a repar-lo, ainda que sua

    atividade e o seu comportamento sejam isentos de culpa. Examina-se a

    situao e, se for verificada, objetivamente, a relao de causa e efeito

    entre o comportamento do agente e o dano experimentado pela vtima,

    esta tem direito de ser indenizada por aquele. (Rodrigues, Silvio, Direito Civil: Responsabilidade Civil, Vol. 4, 17 ed., 1999, Rio de Janeiro, Ed.

    Saraiva. P.12).

    Assim de acordo com a mais abalizada doutrina a configurao do dano moral

    consiste na ofensa de interesses patrimoniais, decorrentes de um determinado ato lesivo. o

    gravame que atinge a vtima na esfera pessoal, sem necessariamente, representar um prejuzo

    de ordem econmica.

    irretorquvel que a Requerente, pessoa de bom conceito perante a sociedade,

    foi submetida pelos Requeridos a uma situao incmoda, vexatria e injusta, acarretando-

    lhe danos irreparveis, inclusive perante terceiros.

    Assim, segundo Maria Helena Diniz esto presentes todos os requisitos que a

    doutrina aponta necessrios para que se busque a reparao:

    "So elementos indispensveis configurao do ato ilcito:

    1) fato lesivo voluntrio, ou imputvel, causado pelo agente por ao ou

    omisso voluntria (dolo), negligncia, imprudncia ou impercia

    (culpa), que viole um direito subjetivo individual. [...]

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    2) ocorrncia de um dano, pois para que haja pagamento da indenizao

    pleiteada, alm da prova da culpa ou do dolo do agente, necessrio

    comprovar a ocorrncia de um dano patrimonial ou moral [...]

    3) nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente, visto

    que a responsabilidade civil no poder existir sem a relao de

    causalidade entre o dano e a conduta ilcita do agente."

    (DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro. 11 ed. aum. e atual.

    So Paulo: Saraiva, 1996. 3 vol, p. 596/597)

    Alm disso, presume-se culpado aquele que colidiu contra a traseira, consoante

    remansosa jurisprudncia do TJRS:

    ACIDENTE DE TRNSITO. COLISO POR TRS. PRESUNO DE

    CULPA.

    H presuno de culpa "juris tantum" do motorista que colide por trs.

    No demonstrada realizao de manobra irregular do condutor do

    veculo em cuja traseira ocorre coliso, torna-se certa a obrigao de

    indenizar os prejuzos. A excluso da lide de parte, por ilegitimidade,

    acarreta a obrigao inerente sucumbncia.

    Apelos improvidos.

    (Apelao Cvel n 598200343, 12 Cmara Cvel do TJRS, Canoas, Rel.

    Des. Ulderico Ceccato. j. 19.11.1998.)

    ACIDENTE DE TRNSITO. COLISO POR TRS. PRESUNO DE

    CULPA QUE IMPENDE ELIDIDA POR INEQUVOCA PROVA EM

    CONTRRIO.

    A coliso por trs gera presuno juris tantum de culpa do motorista do

    veculo que colidiu por trs. Tal presuno, para ser desfeita, importa

    refutada por esclarecedora verso dos fatos, que no deixem dvida

    sobre o comportamento imprudente do veculo que teve sua traseira

    abalroada. No produzida tal prova, permanece inclume aquela

    presuno.

    (Apelao Cvel n 195070578, 1 Cmara Cvel do TJRS, Porto Alegre,

    Rel. Des. Jorge Lus Dall'agnol. j. 22.08.1995.)

    ACIDENTE DE TRNSITO. COLISO NA TRASEIRA DO VECULO

    QUE SEGUIA FRENTE. PRESUNO DE CULPA NO ELIDIDA.

    No provado satisfatoriamente pelo contexto probatrio que obrou com

    culpa o motorista que seguia frente, e sofrendo este abalroamento na

    traseira do seu veculo, presume-se, a teor da jurisprudncia dominante,

    imprudente aquele que colidiu atrs.

    Apelao provida.

    (Apelao Cvel n 197292253, 17 Cmara Cvel do TJRS, Esteio, Rel.

    Des. Elaine Harzheim Macedo. j. 22.12.1998.)

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    Alm disso, presume-se culpado aquele que colidiu contra a traseira, consoante

    remansosa jurisprudncia:

    APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE

    DE TRNSITO. INDENIZAO. COLISO DA TRASEIRA. O

    caminho do apelante colidiu na traseira do nibus da apelada no

    momento em que este parou ponto de embarque de passageiros. Coliso

    por trs. Presuno de culpa no afastada pela prova. Inverossmil a

    alegao do apelante de que trafegava em velocidade moderada a trinta

    metros do nibus, posto que, em tais circunstncias, o fato no teria

    ocorrido, salvo se estivesse o motorista demandado totalmente desatento

    ao trfego a sua frente. Apelo no provido. (Apelao Cvel n

    70023428790, 12 Cmara Cvel do TJRS, Rel. Cludio Baldino Maciel.

    j. 17.04.2008, DJ 02.05.2008).

    ACIDENTE DE TRNSITO. COLISO NA PARTE TRASEIRA.

    CULPA DO MOTORISTA-RU CARACTERIZADA. PROCEDNCIA

    DA AO. SENTENA MANTIDA. Em se tratando de coliso traseira,

    presume-se a culpa do motorista do veculo que abalroou o da frente,

    incumbindo-lhe a comprovao do fato que o desonere da

    responsabilidade. (Apelao n 0015850-40.2007.8.26.0361, 35 Cmara

    de Direito Privado do TJSP, Rel. Mendes Gomes. j. 17.10.2011, DJe

    27.10.2011).

    RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRNSITO -

    COLISO TRASEIRA - PREVALECE A PRESUNO DE CULPA DO

    MOTORISTA QUE COLIDE COM A TRASEIRA DO VECULO QUE

    TRAFEGAVA SUA FRENTE, POR NO GUARDAR DISTNCIA

    DE SEGURANA - LUCROS CESSANTES DEVEM FICAR

    COMPROVADOS DE MANEIRA SEGURA - RECURSO DA

    LITISDENUNCIANTE PARCIALMENTE PROVIDO - RECURSO

    ADESIVO DO AUTOR PREJUDICADO. (Apelao n 9226687-

    67.2006.8.26.0000, 27 Cmara de Direito Privado do TJSP, Rel.

    Berenice Marcondes Csar. j. 30.08.2011, DJe 28.10.2011).

    RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE VECULOS -

    COLISO NA TRASEIRA. Presuno de culpa do condutor do veculo

    que seguia atrs no elidida de forma segura pela prova produzida -

    Indenizao improcedente. Recurso provido. (Recurso n 2445, 1

    Colgio Recursal JECC/SP, Rel. Juiz Martins de Souza. j. 04.02.1997).

    RECURSO INOMINADO. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE

    DE TRNSITO. COLISO NA TRASEIRA DO VECULO.

  • AV. BARO DE MARUIM, N 867 BAIRRO SO JOS CEP 49.015-040 ARACAJU SERGIPE

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    11

    DEFERIMENTO DA INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS.

    SENTENA MANTIDA POR SEUS PRPRIOS FUNDAMENTOS. A

    prova segura no sentido de que o autor teve seu veculo abalroado na

    parte traseira, gerando presuno de culpabilidade. RECURSO

    IMPROVIDO. (Recurso Cvel n 71002600021, 2 Turma Recursal Cvel

    dos Juizados Especiais Cveis e Criminais/RS, Rel. Fabio Vieira Heerdt.

    j. 30.03.2011, DJ 04.04.2011).

    APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE

    DE TRNSITO . Coliso na traseira. Presuno de culpa daquele que

    colide na traseira do veculo que trafega sua frente no elidida pelas

    provas carreadas aos autos. Tpico atinente a pagamentos feitos pela

    seguradora no conhecido. Apelo conhecido em parte e no provido.

    Unnime. (Apelao Cvel n 70034786764, 11 Cmara Cvel do TJRS,

    Rel. Antnio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard. j. 25.08.2010, DJ

    01.09.2010).

    INDENIZAO - ACIDENTE DE TRNSITO - COLISO NA

    TRASEIRA DO VECULO - PRESUNO DE CULPA NO

    AFASTADA - DANO MATERIAL COMPROVADO - SUSPEIO

    FORO NTIMO - MOTIVO SUPERVENIENTE - NO TEM EFEITOS

    RETROATIVOS - APELO DESPROVIDO. Se as provas apresentadas

    nos autos no apontarem em direo oposta, presume-se a culpa do

    motorista que colidiu com a traseira do veculo que trafegava a sua

    frente. O valor mensurado a ttulo de indenizao deve ser aferido pelos

    oramentos apresentados pelas partes, no bastando para sua reduo a

    simples alegao de que o montante arbitrado excessivo. A suspeio

    por foro ntimo no gera efeitos retroativos, incumbindo parte que

    alegar comprovar o vnculo capaz de inquinar vcio de nulidade os atos

    executados pelo magistrado, evidenciando que no atuou com iseno de

    nimo. (Apelao n 70427/2009, 2 Cmara Cvel do TJMT, Rel. A.

    Bitar Filho. j. 14.07.2010, DJe 13.08.2010).

    APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS

    MATERIAIS. ACIDENTE DE TRNSITO. COLISO TRASEIRA.

    CULPA. PRESUNO RELATIVA DE QUEM COLIDE. AUSNCIA

    DE PROVA EM SENTIDO CONTRRIO. NUS DO RU. (ART. 333,

    II DO CPC) PRECEDENTES DO STJ. RECURSO DESPROVIDO. A

    Coliso na traseira, mesmo se o veculo frente estiver parado, firma a

    presuno juris tantum da responsabilidade daquele que colide, que s

    pode ser afastada caso demonstrado que a culpa fora exclusivamente do

    condutor do veculo posicionado frente. Deciso unnime. Recurso

    desprovido. Sentena reformada. (Apelao Cvel n 2011214766

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    12

    (13060/2011), 2 Cmara Cvel do TJSE, Rel. Ricardo Mcio Santana de

    Abreu Lima. unnime, DJ 30.09.2011)

    APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE

    REPARAO DE DANOS CAUSADOS EM ACIDENTE DE

    TRNSITO . DIREO SEM AS DEVIDAS CAUTELAS. AUSNCIA

    DA DISTNCIA DE SEGURANA. COLISO TRASEIRA.

    PRESUNO DE CULPA NO ELIDIDA POR PROVA EM

    CONTRRIO. ART. 333 , I, DO CPC. CAMINHO DA FRENTE QUE

    PARA IMPRUDENTEMENTE NA PISTA DE ROLAMENTO.

    ALEGAO RECHAADA. DEVER DE INDENIZAR

    CONFIGURADO. PEDIDO CONTRAPOSTO EM SEDE DA

    CONTESTAO . SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO

    E IMPROVIDO. dever do condutor imprimir velocidade condizente

    com o local onde trafega, sendo vedado imprimir velocidade que impea

    a conteno do veculo, a tempo de evitar qualquer sinistro. Tratando-se

    de coliso traseira, presume-se culpado aquele que colidiu com o veculo

    sua frente, por no respeitar a distncia de segurana e no dirigir com

    a devida cautela. (Apelao Cvel n 2007.034475-2, Cmara Especial

    Regional de Chapec/TJSC, Rel. Saul Steil. unnime, DJe 20.11.2009).

    JUIZADOS ESPECIAIS CVEIS. CIVIL. ACIDENTE DE TRNSITO.

    COLISO TRASEIRA. PRESUNO DE CULPA NO ELIDIDA.

    RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Age com culpa quem

    conduz veculo automotor sem guardar distncia de segurana frontal

    entre o seu e os demais veculos, vindo a colidir com o veculo que

    trafegava sua frente (Arts. 29, inciso II, e 192 da Lei n 9.503/97). Na

    hiptese, o autor, ora recorrente, no logrou afastar a presuno de

    culpa. Com efeito, a par de inverossmil, o autor no logrou demonstrar

    que o veculo do ru, ao passar por um quebra-molas, teria deixado o

    veculo descer. 2. Recurso conhecido e improvido. Sentena mantida por

    seus prprios fundamentos. A smula de julgamento servir de acrdo,

    conforme regra do art. 46 da Lei n 9.099/95. Condenado o recorrente ao

    pagamento das custas processuais e dos honorrios advocatcios fixados

    em 10% do valor da condenao, cuja exigibilidade resta suspensa em

    razo da gratuidade de Justia que lhe socorre, na forma da Lei n

    1.060/50. (Processo n 2011.03.1.014418-9 (536301), 3 Turma Recursal

    dos Juizados Especiais Cveis e Criminais/DF, Rel. Sandra Reves

    Vasques Tonussi. unnime, DJe 22.09.2011).

    APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE

    DE TRNSITO . Hiptese em que o apelado no se desincumbiu de

    elidir a presuno relativa de veracidade acerca da culpa de quem colide

    na traseira do veculo que trafega sua frente, nus probatrio que lhe

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    13

    incumbia. Apelo provido. Unnime. (Apelao Cvel n 70035375625, 11

    Cmara Cvel do TJRS, Rel. Antnio Maria Rodrigues de Freitas

    Iserhard. j. 01.09.2010, DJ 10.09.2010).

    APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE

    DE TRNSITO . Coliso na traseira. Presuno de culpa daquele que

    colide na traseira do veculo que trafega sua frente no elidida pelas

    provas carreadas aos autos. Tpico atinente a pagamentos feitos pela

    seguradora no conhecido. Apelo conhecido em parte e no provido.

    Unnime. (Apelao Cvel n 70034786764, 11 Cmara Cvel do TJRS,

    Rel. Antnio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard. j. 25.08.2010, DJ

    01.09.2010).

    RECURSO INOMINADO. ACIDENTE DE TRNSITO. COLISO NA

    PARTE TRASEIRA DO VECULO. CULPA PRESUMIDA. INVERSO

    DO NUS DA PROVA. PRESUNO NO ELIDIDA. DANO

    MATERIAL FIXADO EM R$ 1.000,00 (-). ORAMENTO S FLS. 10.

    RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. (Processo n 0163652-

    69.2009.805.0001-1, 2 Turma Recursal dos Juizados Especiais Cveis e

    Criminais/BA, Rel. Celia Maria Cardozo dos Reis Queiroz. unnime, DJe

    09.08.2011).

    RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE VECULOS -

    COLISO NA TRASEIRA. Presuno de culpa do condutor do veculo

    que seguia atrs no elidida de forma segura pela prova produzida -

    Indenizao improcedente. Recurso provido. (Recurso n 2445, 1

    Colgio Recursal JECC/SP, Rel. Juiz Martins de Souza. j. 04.02.1997).

    INDENIZAO - ACIDENTE DE TRNSITO - COLISO NA

    TRASEIRA DO VECULO - PRESUNO DE CULPA NO

    AFASTADA - DANO MATERIAL COMPROVADO - SUSPEIO

    FORO NTIMO - MOTIVO SUPERVENIENTE - NO TEM EFEITOS

    RETROATIVOS - APELO DESPROVIDO. Se as provas apresentadas

    nos autos no apontarem em direo oposta, presume-se a culpa do

    motorista que colidiu com a traseira do veculo que trafegava a sua

    frente. O valor mensurado a ttulo de indenizao deve ser aferido pelos

    oramentos apresentados pelas partes, no bastando para sua reduo a

    simples alegao de que o montante arbitrado excessivo. A suspeio

    por foro ntimo no gera efeitos retroativos, incumbindo parte que

    alegar comprovar o vnculo capaz de inquinar vcio de nulidade os atos

    executados pelo magistrado, evidenciando que no atuou com iseno de

    nimo. (Apelao n 70427/2009, 2 Cmara Cvel do TJMT, Rel. A.

    Bitar Filho. j. 14.07.2010, DJe 13.08.2010).

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    ACIDENTE DE VECULO. COLISO NA PARTE TRASEIRA DE

    VECULO QUE REDUZ A VELOCIDADE, EM RAZO DE

    AUTOMVEL QUE SAI DO ACOSTAMENTO E ENTRA NA

    RODOVIA. Presuno relativa de culpa. nus da prova. Cabe ao

    motorista que bate na traseira elidir a presuno relativa de sua culpa.

    Juros moratrios. Aplicao da taxa legal prevista no art. 406 do novo

    Cdigo Civil. Recursos da r desprovido e adesivo provido. (Apelao n

    992070206227 (1120218700), 28 Cmara de Direito Privado do TJSP,

    Rel. Csar Lacerda. j. 29.06.2010, DJe 27.07.2010).

    ACIDENTE DE TRNSITO. DANOS MATERIAIS. COLISO NA

    TRASEIRA. PRESUNO DE CULPA. DEVER DE INDENIZAR OS

    DANOS MATERIAIS CAUSADOS. IMPUGNAO AOS

    ORAMENTOS REALIZADOS SEM ELEMENTOS DE CONVICO

    SUFICIENTES. 1. Em se tratando de acidente de trnsito, o choque na

    traseira estabelece presuno de culpa. 2. Inexistncia de prova

    produzida pela parte r, de molde a afastar a presuno de sua

    responsabilidade no evento danoso. 3. Aplicao do princpio da

    imediatidade na valorao da prova. 4. Manuteno da sentena de

    procedncia. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cvel n

    71002782712, 3 Turma Recursal Cvel dos Juizados Especiais Cveis e

    Criminais/RS, Rel. Eduardo Kraemer. j. 17.03.2011, DJ 23.03.2011).

    O veculo de propriedade do requerente sofreu avarias de elevada monta. Para

    repar-las, foi realizado laudo de reparao/ autorizao para retira de veculos (doc. anexo),

    importando o valor de reparo de R$ 13.688.82. (treze mil seiscentos e oitenta e oito reais e

    oitenta e dois centavos), assim no sendo compensveis os reparos a seguradora avaliou o

    veiculo como perda total sendo necessrio o pagamento integral do valor do bom importando

    no valor de mercado na poca de R$16.451.00 (dezesseis mil quatrocentos e cinqenta e

    um reias).

    Ademais, Dano patrimonial aquele que pode ser avaliado pecuniariamente por

    critrios objetivos, "podendo ser reparado, seno diretamente mediante restaurao

    natural ou reconstituio especfica da situao anterior leso , pelo menos indiretamente por meio de equivalente ou indenizao pecuniria" (Antunes Varela apud Cavalieri F., 2005, p. 96-97).

    O artigo 402 do Cdigo Civil Brasileiro prev duas hipteses de dano material,

    os lucros cessantes e o dano emergente, seno, vejamos:

    Art 402 Salvo as excees expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, alm do que ele efetivamente perdeu,

    o que razoavelmente deixou de lucrar.

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    O Dano emergente tudo aquilo que se perdeu, importando "efetiva e imediata

    diminuio no patrimnio da vtima", devendo a indenizao "ser suficiente para

    a restitutio in integrum" (Cavalieri F., 2005, p. 97). Ele no ser composto necessariamente

    somente pelos prejuzos sofridos diretamente com a ao danosa, mas incluir tambm tudo

    aquilo que a vtima despendeu com vistas a evitar a leso ou o seu agravamento, bem como

    outras eventuais despesas relacionadas ao dano sofrido.

    Nossos Tribunais tambm assim se manifestam:

    142000201216 JCPC.70 JCPC.70.III PROCESSUAL CIVIL AO DE REPARAO DE DANO MATERIAL ACIDENTE DE TRNSITO DENUNCIAO DA LIDE SEGURADORA APELO DO RU FALTA DE PREPARO NO CONHECIDO RECURSO DA SEGURADORA ERROR IN IUDICANDO INEXISTNCIA RESPONSABILIDADE PELO ACIDENTE INOBSERVNCIA DA VIA PREFERENCIAL DANO MATERIAL FIXAO MENOR ORAMENTO JUNTADA DE NOTAS FISCAIS DESNECESSIDADE LIDE SECUNDRIA AUTOMVEL CAUSADOR DO SINISTRO CONDUZIDO POR MOTORISTA DEVERSO DO SEGURADO CONDIES DE USO OMISSO DA INFORMAO CANCELAMENTO DO SEGURO ENDOSSO DA APLICE VIGNCIA COM DATA POSTERIOR AO ACIDENTE COBERTURA SECURITRIA PRESENTE HIPTESE PREVISTA NO CONTRATO 1- Embora o requerimento de gratuidade da justia possa ser deferido em qualquer momento processual e grau de jurisdio,

    carecem os autos de elementos novos hbeis a autorizar o beneplcito

    pleiteado, indeferido anteriormente e renovado no recurso, por no ser

    possvel revolver tema j decidido a assentado, o qual no foi objeto de

    insurgncia no momento oportuno. 2- A circunstncia do sinal de

    trnsito estar intermitente exige do motorista que trafega em pista

    localizada em cruzamento de via principal com secundria, ateno

    redobrada e estrita observncia preferncia para trafegar, do incio ao

    encerramento do trajeto, sob pena de ser responsabilizado por eventual

    acidente. 3- Os oramentos apresentados, no elididos, so suficientes a

    comprovarem os danos advindos na estrutura fsica do veculo e o

    montante necessrio ao seu conserto. A lei no faz qualquer exigncia

    acerca da presena de notas fiscais ou de outra prova de gastos. Ademais,

    o valor da indenizao corresponde ao menor oramento apresentado. 4-

    O fato de pessoa diversa do segurado estar na conduo do veculo no

    momento do sinistro, sem autorizao, no implica, necessariamente, na

    ausncia da responsabilidade da seguradora em efetuar o pagamento da

    indenizao, eis que, quando ocorreu o acidente, o veculo do ru ainda

    possua a cobertura contratada. No caso, a seguradora decidiu, por

    iniciativa prpria, efetuar o cancelamento da aplice somente depois do

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    evento danoso, circunstncia esta prevista no contrato. Assim, mantida a

    obrigao contratual da seguradora, dever ressarcir o ru segurado da

    quantia a que ele foi condenado, nos moldes estabelecidos no artigo 70,

    inciso III, do cdigo de processo civil. 5- Recurso do ru a que se negou

    seguimento, diante da ausncia do preparo. Recurso da denunciada

    conhecido e desprovido. (TJDFT PC 20080110261249 (641462) Rel. Des. Gilberto Pereira de Oliveira DJe 09.01.2013 p. 205)v99

    156000053811 APELAO REGULARIDADE FORMAL RECURSO CONHECIDO ACIDENTE DE TRNSITO CAUSA DETERMINANTE RESPONSABILIDADE CONDUTOR E PROPRIETRIO DANO MATERIAL LUCROS CESSANTES IMPROCEDNCIA DANOS EMERGENTES VERBA DEVIDA Evidenciado que o recurso interposto pela parte preenche o pressuposto

    de admissibilidade da regularidade formal, deve o mesmo ser conhecido.

    Provado nos autos que a causa determinante para a ocorrncia de

    acidente foi uma ao culposa do condutor do veculo que invadiu a mo

    contrria de direo, deve o mesmo, de forma solidria com o

    proprietrio do bem, responder pelos danos materiais na modalidade

    emergente. incabvel a condenao ao pagamento de lucros cessantes

    se estes no forem devidamente comprovados nos autos, bem como se a

    pretenso inicial se basear unicamente em documentos unilaterais e

    desprovidos de maiores elementos que possam impor a certeza quanto ao

    valor pretendido. (TJRO Ap 0042587-24.2009.8.22.0005 2 C.Cv. Rel. Des. Marcos Alaor Diniz Grangeia DJe 05.09.2012 p. 77)v97

    28060678 JCPC.511 JCPC.511.2 JCTB.38 JCTB.38.PUN CIVIL E PROCESSUAL CIVIL AO DE INDENIZAO DECORRENTE DE ATO ILCITO ACIDENTE DE TRNSITO DESERO NO VERIFICADA CULPA DO CONDUTOR APELANTE COMPROVADA INDENIZAO DEVIDA DANO EMERGENTE IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAO NO MOMENTO DA

    LIQUIDAO DANO MORAL REDUO RECURSO PROTELATRIO MULTA RATIFICADA APELO PARCIALMENTE PROVIDO Uma vez presente nos autos o comprovante de recolhimento das custas recursais (DARJ), deve ser

    rejeitada a preliminar de desero. Nem mesmo a alegao da apelada de

    que o valor ali discriminado inferior ao devido pode alcanar sucesso,

    pois, em se tratando de complementao de custas, a desero s pode ser

    declarada aps a intimao da parte apelante para tal fim, nos termos do

    art. 511, 2 do CPC. Por contemplar verbas no abrangidas no pedido,

    devem tais verbas serem decotadas da sentena para que esta permanea

    inclume quanto s verbas ali requeridas. Analisando o trajeto dos

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    veculos envolvidos no acidente, demonstrado no croquis da Polcia

    Rodoviria Federal, fcil concluir que o apelante, ao efetuar a

    converso esquerda no cedeu a passagem ao veculo onde estava a

    apelada que vinha em sentido contrrio, contrariando o art. 38,

    pargrafo nico do Cdigo de Trnsito Brasileiro. O dano material, seja

    ele dano emergente ou lucros cessantes, deve ser especificado e depende

    de prova. Nos caso sob exame, devem ser deferidas apenas as despesas

    comprovadas nos autos, no podendo tal comprovao ser diferida para o

    momento da liquidao. O dano moral decorre da dor experimentada

    pela vtima de um grave acidente de trnsito ocorrido em uma rodovia de

    trnsito rpido. O seu quantum, porm, deve ser reduzido para o patamar

    aceito pela jurisprudncia. Ao se valer dos embargos declaratrios

    apenas para revolver matria ftica, o apelante, alm de ter utilizado a

    via inadequada, manifestou seu intento protelatrio, de forma que deve

    ser mantida a multa aplicada pelo Juzo de primeiro grau. (TJPE AC 122956-3 Rel. Des. Fernando Ferreira DJ 07.08.2009)

    141000043658 JSUMSTJ.54 APELAO CVEL DIREITO CIVIL AO DE REPARAO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS ACIDENTE AUTOMOBILSTICO COLISO LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO ACERVO PROBATRIO SUFICIENTE PARA FORMAO DO CONVENCIMENTO DO JULGADOR DANOS MORAIS E MATERIAIS DEVIDOS SENTENA REFORMADA APELO CONHECIDO E PROVIDO, EM PARTE 1- Acervo probatrio, prova tcnica e testemunhal, indica que o veculo conduzido

    pelo ru invadiu a contramo de direo, na qual trafegava o veculo do

    autor, provocando o acidente. Comprovada a culpa, o nexo causal e o

    dano, impe-se o dever de indenizar; 2- A fixao dos danos morais deve

    alcanar valor que sirva de exemplo para o ru, mas nunca deve ser

    fonte de enriquecimento para o autor, servindo-lhe apenas como

    compensao pela dor sofrida; 3- No tocante condenao, a ttulo de

    danos materiais, deve ser acatado o valor pleiteado pelo autor, relativo ao

    conserto do automvel no quantum de Cr$ 3.082.294,00 (trs milhes,

    oitenta e dois mil, duzentos e noventa e quatro cruzeiros), devendo,

    portanto, converter a moeda e atualizar, consoante ndices oficiais; 4-

    "'Em caso de responsabilidade extracontratual, os juros moratrios

    fluem a partir do evento danoso' (Smula 54 do STJ). A correo

    monetria deve incidir a partir da fixao de valor definitivo para a

    indenizao do dano moral (Smula 362 do STJ)." (REsp 1127484/SP;

    Rel Min MARIA ISABEL GALLOTTI; 4 Turma. DJe 23/03/2011).

    Precedentes do STJ; 5- Sentena reformada; 6- Apelo conhecido e

    provido, em parte. (TJCE AC 0000277-83.2000.8.06.0095 Rel. Francisco Lincoln Arajo e Silva DJe 30.05.2012 p. 66)v96

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    Ex positis, requer a V. Exa. o recebimento da presente pea, determinando sua

    autuao e registro, a citao dos Rus e da Empresa-r, atravs de seu representante legal e

    no endereo declinado no prembulo desta, ou onde for encontrado, para, querendo,

    contestar a presente ao, sob pena de revelia e confisso ficta e, com ou sem resposta, se

    digne a instruir o feito, deferindo as provas adiante requeridas, para ao final, conden-la a:

    1. DETERMINE V. Exa., a citao dos rus, atravs de "AR", conforme preceitua o artigo 222 da Lei adjetiva civil, tendo em vista a constante

    tentativa de protelar os feitos negando-se a serem citadas pelos Oficiais de

    Justia com alegaes procrastinatrias como "no existe procurador na

    filial" ou "o gerente no se encontra" ou ainda, este assunto no

    departamento jurdico ..." para, querendo, contestar a presente ao no

    prazo de quinze dias, sob pena de revelia e confisso;

    2. Reparar os danos morais causados a autora em face do constrangimento ilegal, ilcito e imoral imposto, a ser arbitrados por V. Exa.;

    3. Pagamento da importncia de R$ 23.298,68 (vinte e trs mil duzentos e noventa e oito reais e sessenta e oito centavos), referente aos Danos

    Patrimoniais causados a autora, que trata do valor do veculo corrigido

    monetariamente, e,

    4. Reparao de todas as despesas, havidas pela autora, necessrias a instruo deste feito (custas processuais) e demais cominaes legais

    honorrios advocatcios de sucumbncia a ser arbitrado por V. Exa.,

    conforme pargrafo 3 do art. 20 do CPC sucumbentes, estes a base 20%

    (vinte por cento), sobre o montante deferido.

    Protesta provar o alegado por todos por todos os meios de prova em direito

    permitidas, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da empresa-r,

    oitiva das testemunhas, percia e juntada de documentos, aguardando, finalmente, que seja a

    presente ao julgada procedente para atingir os fins a que se destina, com a condenao dos

    Rus, na reparao dos danos morais, nas custas processuais, honorrios advocatcios e

    demais cominao de estilo, na forma da lei.

    Por fim, requer o benefcio da justia gratuita, nos moldes da Lei n 5.584/1970,

    art. 14, 1 e da Lei 1.060/1950, art. 4, posto que, a autora encontra-se atualmente

    desempregada, no tem condies de demandar sem prejuzo do sustento prprio ou de sua

    famlia;

    D-se a presente o valor de R$ R$ 50.000,00 (cinqenta mil reais) meramente

    para efeitos fiscais face impossibilidade de mensurar os danos morais, que sero arbitrados

    por V. Exa. quando da sentena.

  • AV. BARO DE MARUIM, N 867 BAIRRO SO JOS CEP 49.015-040 ARACAJU SERGIPE

    FONEFAX: (79) 3214-3450/3214-1982

    E-mail: [email protected]

    19

    Termos em que

    Pede e espera deferimento.

    Aracaju, 25 de setembro de 2013.

    LUIZ ANTNIO SILVA MENDONA OLIVEIRA

    OAB/SE 7303