aprendizagem activa na criança com multideficiencia - guia para educadores - de clarisse nunes

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  • 7/23/2019 Aprendizagem Activa Na Criana Com Multideficiencia - Guia Para Educadores - De Clarisse Nunes

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    ColecoA P O I O S E D U C A T I V O S

    N. 1Transio para a Vida AdultaJovens com Necessidades Educativas Especiais

    N. 2Organizao e Gestodos Apoios Educativos

    N. 3O Aluno Surdo em Contexto EscolarA Especificidade da Criana SurdaEstratias de Interven!o em Conte"to Esco#ar

    N. 4Os Alunos com Multideficincianas Escolas de Ensino !egular

    N. 5Aprendizagem Activana Criana com Multideficinciauia para educadoresA P O I O S E D U C A T I V O S

    A p rendi$aem Act ivana Criana com %u#tidefici&ncia% i n i s t r i o d a E d u c a ! oD e p a r t a m e n t o d a E d u c a ! o ' ( s i c aT"tuloAprendi$aem Activana Criana com %u#tidefici&nciauia para educadoresEditor%inistrio da Educa!oDepartamento da Educa!o '(sicaAv) *+ de Ju#,o- .+/ 0 .1220/*3 4is5oa#irector do #epartamento

    Paulo Abrantes

    Coordenadora

    do $%cleo de Orientao Educativae de Educao EspecialFilomena Pereira

    AutorClarisse Nunes

    Concepo gr&ficaCeclia Guimares

    'lustraoRaquel Pineiro

    Composio e 'mpressoAntunes 6 Am7#car- 4da)Tiragem./// e"emp#aresDep8sito 4ea# N)O .91)./1:/.IS'N; 29*09+*0.++0es @inais============================================================== .2.'i5#iorafia====================================================================== .29Ane"osA 0 @ormas de comunica!o associadas a cada n7ve# de comunica!o =========== */9' 0 N7veis de proress!o de s7m5o#os======================================= */C 0 4itt#e Boom ========================================================== */2D 0 Posicionamentos====================================================== *.35

    E ousaram a aventura mais incr7ve#

    Viver a inteire$a do poss7ve#%o"ia &e 'elo (re)ner An&resen*nNavea>es- .21Uma Esco#a de ua#idade para todos va#ori$a a diferena- sendo capa$ deresponder diversidade- isto - promove a inc#us!o- nomeadamente das crianas e?ovens com necessidades educativas especiais mais comp#e"as) Ta# perspectiva particu#armente importante no momento actua#- em ue se est( a incrementar areorani$a!o curricu#ar do ensino 5(sico- em ue a Esco#a procura #evar a ca5oum processo de ref#e"!o e reorienta!o das suas pr(ticas- perspectivando0as comonovos desafios educativos)Neste m5ito o %inistrio da Educa!o- atravs do Departamento da Educa!o'(sica- edita o presente tra5a#,o onde s!o a5ordados aspectos re#acionados com ainterven!o ?unto de a#unos com mu#tidefici&ncia) F uma popu#a!o esco#ar

    especifica- em nGmero crescente- cu?o am5iente educativo deve ser o5?ecto de umcuidado especia#- importando para ta# ue as esco#as mo5i#i$em adeuadamenten!o s8 os seus pr8prios recursos ,umanos e materiais- mas- tam5m- outros meiose"istentes na comunidade educativa mais vasta- na pr8pria sociedade)O sucesso educativo dos a#unos com mu#tidefici&ncia depende de uma riorosaidentifica!o e ava#ia!o das suas necessidades- e tam5m da ua#idade daspr(ticas educativas- suscept7veis de se renovarem- no sentido de uma inova!o- uese uer intenciona# e duradoira) S8- assim- a mudana poss7ve#)Trata0se de um desafio ue ape#a ao empen,amento pessoa# e so#id(rio- compet&nciaprofissiona# e ao con,ecimento e"periencia# de uantos s!o protaonistasnesta (rea educativa)!

    Becon,ecendo0se ue s!o ainda 5astante insuficientes os instrumentos de apoioactua#mente dispon7veis- desinadamente 5i5#ior(ficos- a pu5#ica!o do presenteHuia para os educadoresH representa um contri5uto necess(rio- de va#or inestim(ve#e de importncia nuc#ear 0 tam5m- para a sua forma!o)No percurso ue- neste dom7nio- importa ainda rea#i$ar ,( ue contar comini#ud7iveis e indi$7veis dificu#dades) Para todos o camin,o #ono ui(- por ve$es-sinuoso e- seuramente- e"iente- porm sempre poss7ve# ir mais #one) Aui-neste terreno- os peuenos sucessos s!o ?( &"itos S8 em con?unto- dando as m!os-profissionais da educa!o- comunidadesK educativasK- fam7#ias- comunidadesK

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    envo#ventesK e estruturas ministeriais- nomeadamente com o %inistrio daEduca!o- teremos condi>es para prosseuir e proredir 0 num terreno dif7ci# 0perseuindo o rumo traado) Se?amos- pois- actores e parceiros so#idariamenteatentos e activos nesta camin,ada- contri5uindo- com empen,o- para ue acidadania da dinidade c,eue a todos)Este nosso dese?o a rea#i$ar- uotidianamente) com todos)

    O Secret(rio de Estado da Educa!o$

    +

    Pref(cioPerspectivar a educa!o de a#unos com mu#tidefici&ncia um desafio) A especificidadedas suas necessidades educativas reuer tcnicos com e#evado n7ve# deespecia#i$a!o ue #,es permita identificar necessidades de forma a providenciar asrespostas mais adeuadas) Estas respostas necessitam de ser enuadradaspor e"pectativas positivas contri5uindo assim para o sucesso- dinifica!o eme#,oria da ua#idade de vida desta popu#a!o) S8 assim fa$ sentido fa#ar emeduca!o)A educadora C#arisse Nunes- autora deste #ivro e actua#mente respons(ve# pe#a (rea

    da %u#tidefici&ncia no NGc#eo de Orienta!o Educativa e Educa!o Especia#do Departamento de Educa!o '(sica do %inistrio da Educa!o- tem vindo adesenvo#ver um not(ve# tra5a#,o nesta (rea- contri5uindo efectivamente para ue aestes a#unos se?a recon,ecido o estatuto de pessoas com direito educa!o e comum #uar na sociedade)Este #ivro constitui um va#ioso instrumento de tra5a#,o para professores eeducadores a tra5a#,ar na (rea da mu#tidefici&ncia) Apresenta simu#taneamentea#uns fundamentos te8ricos e indica>es pr(ticas de rande uti#idade-constituindo um suporte indispens(ve# para todos os ue se interessam poresta pro5#em(tica) A sua pu5#ica!o contri5ui sem dGvida para uma ref#e"!o ueconsidero fundamenta# so5re o pape# ue ca5e educa!o no desenvo#vimentode crianas e ?ovens com mu#tidefici&ncia)

    *sabel Amaral11

    AradecimentosSer participante no LEducationa# 4eaders,ip ProramM na Perins Sc,oo# for t,e'#ind foi para mim uma e"peri&ncia inesuec7ve#) uero aproveitar esta oportunidadepara e"pressar a min,a i#imitada ratid!o a todos os ue tornaram poss7ve#a min,a participa!o nesse prorama- onde foi poss7ve# reco#,er informa!o re#evantepara o desenvo#vimento da min,a actividade profissiona# e con,ecer pessoasue se dispuseram a parti#,ar as suas e"peri&ncias e con,ecimentos)Primeiro ue tudo ostaria de aradecer profundamente s pessoas ue mereferenciaram para participar no prorama Dra) 'ar5ara %c4etc,ie e Dra) Isa5e#Amara#K)

    ostaria tam5m de e"pressar o meu aradecimento ao LQi#ton Perins ProramMe LPerins Sc,oo# for t,e '#indM por me darem oportunidade de estudar- parti#,aros recursos e o5ter a?udas de especia#istas- de professores e de todas as pessoasue tra5a#,am no prorama e nessa esco#a)ostaria ainda de fa$er um aradecimento muito especia# Dra) Isa5e# Amara#pe#os conse#,os e suest>es dadas auando da e#a5ora!o do tra5a#,o- assim comope#a disponi5i#idade manifestada)O5riado- a todos os co#eas do LEducationa# 4eaders,ip ProramM por tornarem amin,a vida em LPerins Sc,oo# for t,e '#indM t!o sinificativa- arad(ve# e

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    inesuec7ve#)Um profundo o5riado tam5m a todos os ue tornaram poss7ve# a pu5#ica!odeste tra5a#,o)

    IntroduoEste documento insere0se no m5ito do tra5a#,ote8rico rea#i$ado na Perins Sc,oo# for t,e '#ind- nosEUA- enuanto docente participante no LEducationa#4eaders,ip ProramM) Com a sua rea#i$a!o pretendeu0see#a5orar um instrumento de tra)al*o ue constitu7sseum recurso pedag+gico para ser utilizado peloseducadores ue se encontram a desenvolver a suapr&tica educativa ,unto de crianas multideficientescom deficincia visual-Ap8s o reresso a Portua# foi proposto ao Departamentode Educa!o '(sica- NGc#eo de Orienta!oEducativa e de Educa!o Especia#- a sua pu5#ica!o- emvirtude deste conter informa!o ue poder( ser Gti# auem tra5a#,a com esta popu#a!o)Dadas as fun>es ue me encontro a desempen,ar nestemomento apoio tcnico0peda8ico a docentes uetra5a#,am com crianas mu#tideficientesK- parece0mere#evante esses docentes terem sua disposi!o a#uma5i5#iorafia em portuu&s- ue a5orde aspectosre#acionados com a interven!o ?unto da popu#a!o commu#tidefici&ncia- pois cada ve$ s!o em maior nGmero ascrianas ue apresentam pro5#em(ticas mais severas)Be#ativamente ao atendimento educativo prestado acrianas com Necessidades Educativas Especiais- ao#ono dos G#timos anos t&m0se verificado a#umasinter,en-omulti&eici/ncia

    15Apren di$ aem Ac t iv a na Cr iana c om %u#t i defi ci &nc ia 0 ui a para educadore s

    "essoas commulti&eici/ncia so

    0ru"o

    etero0neoensino es"ecialia&o

    necessi&a&es &e

    a"ren&ia0em nicas

    transforma>es nas pr(ticas educativas- passando demode#os sereadores para mode#os mais inc#usivos)Na interven!o educativa- os aspectos c#7nicos dei"aram

    de ser uma prioridade- verificando0se um &nfase maiornas capacidades e compet&ncias da criana)Os esta5e#ecimentos de ensino pG5#ico passaram a serrespons(veis pe#a Educa!o de TODAS as crianas-inc#uindo as ue apresentam pro5#emas mais raves-como a mu#tidefici&ncia) De acordo com Ore#ove eSo5seR as pessoas com mu#tidefici&ncia s!o in&i,&uoscom atraso mental se,ero ou "roun&o com uma ou

    mais &eici/ncias sensoriais ou motoras e6ou necessi&a&es

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    &e cui&a&os es"eciais7. De rea#ar ue a mu#tidefici&ncia mais do ue a mera com5ina!o ouassocia!o de defici&ncias- constituindo um rupo muito,eteroneo entre si- apesar de apresentarem caracter7sticasespec7ficas : particu#ares) A sua inc#us!o no sistemareu#ar de ensino re p resenta- freuentemente- um desafio

    para muitos dos educadores ue interv&m ?unto de#as)Este desafio pode ser ainda maior no caso da crianamu#tideficiente com defici&ncia visua#)Estas constituem um rupo e"tremamente diverso)O facto de apresentarem defici&ncia visua# fa$ comue esta cateoria possa inc#uir desde crianas ceas acrianas com 5ai"a vis!o- as uais podem e"i5ir umavariedade de pro5#emas visuais tais como estra5ismo-pro5#emas no campo visua#- diminui!o da acuidadevisua# Este factor inf#uencia a forma como se processao seu desenvo#vimento e a sua inc#us!o num esta5e#ecimentode ensino) A situa!o pode ser mais ou menos

    comp#e"a de acordo com as com5ina>es ue os outrospro5#emas por i)e) a para#isia cere5ra# ou outrosp ro5#emas motores os pro5#emas neuro#8icos osatrasos de desenvo#vimento a defici&ncia auditiva ospro5#emas de saGde raves)))K esta5e#ecem entre si) Cadaum destes pro5#emas pode variar no tipo e raude ravidade- n!o tendo apenas um efeito meramenteaditivo) Assim- a interac!o esta5e#ecida entre os1#A p o i o s E d u c a t i v o s

    diferentes pro5#emas inf#uencia o desenvo#vimento dascrianas- as formas como e#as funcionam nos diferentesam5ientes e o modo como aprendem- reuerendoensino especia#i$ado) Devido s interac>es esta5e#ecidasentre as diferentes defici&ncias- a#umas crianascom esta pro5#em(tica t&m dificu#dade em se manterema#erta) Porue o estar a#erta um est(dio 5io0comportamenta#no ua# os 5e5s e as crianas est!o maisreceptivas estimu#a!o- s!o capa$es de aprenderme#,or e responder de uma forma mais rec7proca emtermos sociais- este constitui um aspecto a ter ematen!o na interven!o Smit, e 4evac- .22K) Assim- o uepode ser Gti# a uma criana pode n!o ser para outra-dado ue a associa!o dos diferentes pro5#emas resu#tar(em necessidades de aprendizagem %nicas eexcepcionais C,en e Dote0Wan- .223K)Conseuentemente- a criana mu#tideficiente com defici&nciavisua# tem o acesso informa!o mais #imitado-podendo diminuir a sua motiva!o para e"p#orar omundo ue a rodeia- iniciar interac>es ou participaractivamente em todas as actividades do seu dia a dia)Atravs de estratias educativas adeuadas s suascapacidades e necessidades e com a cria!o de am5ientes

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    e oportunidades de aprendi$aem adeuadas- o educadorpode a?ud(0#a a compreender me#,or os cen(riosue a envo#vem) Uma interven!o peda8ica adeuadas suas necessidades e capacidades- n!o esuecendo asprioridades da fam7#ia- e#ementar para o sucessoeducativo destas crianas- constituindo um dos aspectos

    principais da actividade peda8ica do educador)Este precisa de con,ecer a#umas estratias ue oa?udem na sua interven!o educativa) Esta necessidadefoi sentida por mim- enuanto educadora de ApoioEducativo- nomeadamente uando desenvo#vi a pr(ticapeda8ica ?unto das crianas com pro 5 # e m ( t i c a smais comp#icadas) Por outro #ado- enuanto educadoraco0respons(ve# pe#os apoios educativos do Centro daXrea Educativa do Oeste pude o5servar ue esta necestemo acesso 8 inorma-omais limita&o

    "riori&a&es &a amlia

    1!Aprendi$aem Act iva na Cr i an a com %u# t i def i ci& ncia 0 uia para e duca dores

    su0erir

    estrat0iasmelorar

    quali&a&e &e ,i&a

    sidade tam5m sentida por muitos dos co#eas ue seencontram a tra5a#,ar ?unto desta popu#a!o)Com este tra5a#,o procura0se sugerir algumas estrat.giasrelativas / interveno pedag+gica a exercer,unto das crianas multideficientes com deficinciavisual0 cu,as idades variam entre o nascimento e osseis1sete anos de idade- As estratias referidas devemser entendidas como suest>es- um est7mu#o e um meio

    para desenvo#ver novas ideias) As varia>es espec7ficasdepender!o das necessidades de cada criana- apesardo o5?ectivo fina# ser id&ntico para todas e#as- La?udar acriana a funcionar o mais autonomamente poss7ve# nasua re#a!o com o mundo- de modo a me#,orar a suaua#idade de vida- enuanto pessoaM) F nesta perspectivaue o presente tra5a#,o se insere)Em termos orani$ativos- este encontra0se dividido emduas partes) Na primeira procura0se a5ordar aspectoserais da educa!o da criana mu#tideficiente com defici&nciavisua# e na seunda parte suerir estratias maisespec7ficas- ue o educador pode usar para promover

    uma aprendi$aem mais activa e a?udar a criana afuncionar o mais independentemente poss7ve#- nas (reasconsideradas mais re#evantes)Be#ativamente primeira parte- esta encontra0se estruturadaem tr&s cap7tu#os) No"rimeiro ca"tulo apontam00se os princ7pios orientadores e a#umas considera>eserais a ter uando se tra5a#,a com estas crianas- independentementeda sua idade) Nose0un&o ca"tulo

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    mencionam0se dois aspectos essenciais ue se deve terem considera!o antes de intervir; con,ecer o esti#o deaprendi$aem da criana e o esti#o de aprendi$aemdo am5iente onde e#a se encontra inserida) O terceiroca"tulo apresenta a#umas estratias erais poss7veisde imp#ementar- no sentido de a?udar a criana a ser

    mais activa)Tendo em considera!o a especificidade da interven!o?unto destas crianas- nomeadamente nas idades mais1$A p o i o s E d u c a t i v o s

    precoces- na segunda parte do tra5a#,o indicam0sea#umas estratias mais espec7ficas a serem usadas pe#oeducador para promover o funcionamento das crianas-nas (reas consideradas mais re#evantes para e#as- demodo a torn(0#as mais activas) No ca"tulo quartocomea0se por a5ordar estratias espec7ficas re#acionadascom o funcionamento sensoria# destas crianas-

    desinadamente no ue di$ respeito vis!o- audi!o eao tacto e o uso das m!os) Como para a criana mu#tideficientecom defici&ncia visua# a comunica!o indispens(ve#para a aprendi$aem do mundo- no quintoca"tulo ana#isam0se estratias poss7veis de imp#ementarpara fomentar a comunica!o) Befere0se a importnciada comunica!o nas crianas mu#tideficientes- asformas de comunica!o receptiva e e"pressiva ue e#aspodem apresentar e suerem0se a#umas estratias paraestimu#ar a sua capacidade comunicativa e a sua capacidadede interair com as pessoas e com os o5?ectos)Considerando0se ue ?oar fundamenta# para ascrianas destas idades- nose9to ca"tulo e"p>em0seestratias re#ativas a esta (rea) Evidencia0se a inf#u&nciada defici&ncia visua# no funcionamento das crianas no?oo- assim como a importncia dos 5rinuedos a uti#i$are termina0se com a#umas suest>es para promover umaaprendi$aem activa) Nostimo ca"tulo sa#ientam0seestratias re#acionadas com os comportamentosmotores e os s:ills7 de orienta!o e mo5i#idade) Noltimo ca"tulo- procura0se dar indica>es pr(ticas efuncionais de como- usando as rotinas di(rias- se podemtra5a#,ar todos os aspectos referidos nos cap7tu#osanteriores)@ina#i$a0se o tra5a#,o apresentando a#umas considera>esfinais)1+Aprendi$aem Act iva na Cri an a com %u# t i de fi ci &ncia 0 ui a para educa dores

    1. Captulo2rinc"pios orientadorese considera3es geraisConsidera3es gerais

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    Neste primeiro cap7tu#o pretende0se apontar a#umasconsidera>es erais- re#ativas a aspectos f7sicos- ea#uns princ7pios orientadores ue o educador dever(ter em aten!o no desenvo#vimento da sua interven!oeducativa ?unto da criana mu#tideficiente com defici&nciavisua#) O primeiro aspecto a a5ordar s!o as

    considera>es erais)Y Con*ecer a *ist+ria cl"nica da criana um dosf a c t o res a considerar) A#umas crianas podem apresentarrestri>es f7sicas e t&m- freuentemente- ,ist8riasmdicas comp#icadas e- por isso- fundamenta#con,ecer estes aspectos antes de comear a intervir?unto de#a) Para o5ter estas informa>es o educadorpode fa$er a#umas peruntas fam7#ia e aos serviosue me#,or con,ecem a criana- como por e"emp#o;0 O seu dian8stico indica cuidados especiaisZ0 Tem imp#ica>es educacionaisZ uaisZ0 A criana toma medicamentosZ uaisZ A dosaem foi

    revista recentementeZ0 E#a tem a#um tipo de a#eriaZ uaisZ0 Tem epi#epsiaZ uais s!o os sinaisZ T&m um padr!oespec7ficoZconecer a ist;riaclnica &a crian-a

    23Apren di$ aem Act iv a na Cr iana c om %u# t idef ici &ncia 0 ui a para educadore s

    aer as a&a"ta-es f7sicas ou diatcticasZ uaisZ0 O ue fa$er numa situa!o de emer&ncia mdicaZ

    A criana deve aprender a comunicar esta informa!o-de acordo com as suas capacidades- o ue pode fa$erpor i)e) atravs de um #ivro 0 LpassaporteM individua# ouportef8#io)Y 4azer as adapta3es 5ue forem consideradasnecess&riaspara ir de encontro s suas necessidadesf7sicas) Como se disse anteriormente- a criana mu#tideficientenorma#mente tem dificu#dades no acesso aomundo ue a rodeia) A fa#ta de vis!o- as dificu#dadesno desenvo#vimento motor e conitivo podem afectarprofundamente a sua capacidade para e"p#orar oam5iente) Com a#uma imaina!o- o educador pode

    fa$er a#umas adapta>es nos 5rinuedos- nos ?oos enoutros materiais- proporcionando0#,e o acesso a e#es)Por e"emp#o te"turas podem ser adicionadas aos5rinuedos de modo a a?ud(0#a a identificar as suasdiferentes partes ou a #oca#i$ar um s=itc7 .) Domesmo modo co#ocar nos diferentes #uares diferenteste"turas- por i)e) na cadeira da criana- na porta do seuuarto- no seu ca5ide ver foto n)[ .K pode a?ud(0#aa des#ocar0se pe#a casa e:ou pe#o esta5e#ecimento de

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    ensino de uma forma mais independente Cus,man-.22*K)Y Criar um am)iente 5ue estimule o funcionamentoda criana o me#,or poss7ve# outro aspecto f7sico aconsiderar) F importante estruturar o am5iente demodo a e#a poder funcionar com todo o seu potencia#)

    Uma rande maioria das crianas mu#tideficientes n!oconseue orani$ar o meio envo#vente de uma formasinificativa- ficando assim dependente da estrutura!odo am5iente ue os outros orani$am para si)24A p o i o s E d u c a t i v o s

    Foto n. 1

    . Euipamento e#ectr8nico ue permite criana provocar mudanas no seuam5iente- ou se?a- provocar conseu&ncias na sua ac!o) Este euipamentoest(- norma#mente- re#acionado com a uti#i$a!o de a?udas tcnicas- sendomuito uti#i$ado pe#as crianas com pro5#emas neuro#8icos raves)Por ve$es- tam5m desinado \man7pu#o]) ver a#uns e"emp#os nas

    p() .13K)

    uando se preparar um espao devem considerar0se

    factores como a #u$- a parte acGstica- a disposi!of7sica dos materiais e os euipamentos) %uitas destascrianas t&m dificu#dade em reco#,er inform a ! ore#evante do am5iente ue as rodeia e os sons de umasa#a 5aru#,enta podem tornar0se ,iper0estimu#antespara e#as) Podem ser importantes para o desenvo#vimentode mecanismos de imita!o- mas podem causarirrita!o) Assim- por ve$es- necess(rio minimi$aras distrac>es provocadas pe#os sons am5ientais-para poderem foca#i$ar0se nas situa>es imediatascf) cap7tu#o +K)Estruturar o seu Lespao de tra5a#,oM primordia#- orani$ando

    os materiais e os euipamentos a7 e"istentes)Podem usar0se cai"as- divis8rias e:ou ta5u#eiros paradefinir os espaos e a?ud(0#as a orani$arem0se nae"p#ora!o dos materiais e no seu tra5a#,o) A sua#oca#i$a!o f7sica na sa#a de actividades pode tam5mafectar a capacidade individua# de funcionar independentementei5idK) Por outro #ado- a#umas destascrianas dependem fortemente da previsi5i#idade dassuas rotinas para compreenderem o mundo) Providenciaruma rotina na ua# as e"pectativas se?am c#aras econsistentes - por isso- fundamenta#) Contudo- tam5m dese?(ve# serem um pouco f#e"7veis e aprenderem a

    adaptar0se s mudanas ue ocorrem no mundo)2rinc"pios orientadoresEducar crianas mu#tideficientes com defici&ncia visua# um processo comp#e"o) As estratias educativasadeuadas a uma criana poder!o n!o o ser para outra-dado ue cada uma um ser Gnico) F dif7ci# enera#i$ara uti#i$a!o de uma a5ordaem ue se?a correcta paratodas- so5retudo uando est( imp#icado o tra5a#,o emeuipa) No entanto- e"istem a#uns princ"pios ue se

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    consideram poder servir de orientao / interveno0os uais foram arupados em tr&s randes (reas; osre#acionados com a atitude do educador os re#acionadoscom o am5iente de aprendi$aem e os re#acionados coma criana- ue se apresentam de seuida)or0aniar os materiais

    e os equi"amentos"re,isibili&a&eca&a uma um ser nico

    25Aprendi$aem Act iva na Cri an a com %u# t i de fi ci& ncia 0 ui a para educa dores

    abor&a0em em equi"a

    trans&isci"linar

    mo&elocentra&o na crian-a

    2rinc"pios relacionados com a atitude do educadorYNo tra5a#,o a desenvo#ver ?unto da criana mu#tideficientecom defici&ncia visua# fundamenta# a co#a5ora!ocom a fam7#ia- 5em como com os profissionaisde outros servios re#evantes para a educa!o da

    criana- no sentido de uma A)ordagem em E5uipaTransdisciplinar - onde as pessoas ue de#a fa$emparte parti#,am os mesmos o5?ectivos) Desta forma- ainterven!o ser( mais rica para todos- sendo a responsa5i#idadedo processo educativo parti#,ada por todosos e#ementos ue a constituem) Conseuentemente- afam7#ia e o educador n!o se sentem t!o iso#ados-am5os disp>em de mais Lpeas do pu$$#eM- ficandotodos com um uadro mais comp#eto da criana) Comeste tipo de a5ordaem o educador e a fam7#ia ser!oos principais impu#sionadores da sua educa!o) Oso u t ros tcnicos tra5a#,am directamente com e#a

    durante o processo de ava#ia!o e a?udam a imp#ementaras estratias mais espec7ficas nos am5ientesnaturais criana Smit, e 4evac- .22K)Este mode#o centrado na criana e as decis>es s!otomadas por todos os e#ementos- como nos i#ustra oesuema n)[ .- sendo considerado mais efica$ na interven!oa desenvo#ver ?unto das crianas com pro5#emasmais raves)2#A p o i o s E d u c a t i v o sEsuema n)[ .A)ordagem em E5uipa transdisciplinarFonte> %mit e ?e,ac: 1++#>13Educador de 'nf6ncia doesta)elecimento de ensino

    2ais1fam"liaAuxiliar deA- EducativaEducadordos Apoio Ed-TerapeutaOcupacional2sicologoTerapeuta da 4ala

    A co#a5ora!o entre todos os e#ementos da euipa vita#para o sucesso deste tipo de a5ordaem Sacs e Si#5erman-

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    .22K)A fam7#ia parte interante da euipaK deve ser omais activa poss7ve# no processo educativo- uma ve$ue a criana aprende mais efica$mente uando aaprendi$aem interada nas actividades de rotinadi(ria- dadas as suas dificu#dades na enera#i$a!o

    de comportamentos) Por outro #ado- devido ao sistemaactua# e co#oca!o de docentes- a fam7#ia - freuentemente-o Gnico e#emento ue ano ap8s ano continuao tra5a#,o com a criana) Assim- uando esta est(envo#vida mais f(ci# manter a consist&ncia das estratiase dar a#uma continuidade ao tra5a#,o desenvo#vido)Isto v(#ido para todas as crianas comNecessidades Educativas Especiais- mas ainda maissinificativo para este rupo- dado ue rande parteda interven!o nas primeiras idades reforada ourea#i$ada directamente no am5iente fami#iar Smit, e4evac- .22K)

    Y Como acontece na educa!o de ua#uer criana-outro princ7pio a considerar a independncia)O educador e a fam7#ia devem procurar a?udar acriana a funcionar o mais independente poss7ve#nos am5ientes onde se encontra inserida) Para a#umascrianas isto s8 vi(ve# com a a?uda de a#unseuipamentos especiais- como por e"emp#o- ascadeiras de rodas- os sistemas de comunica!oa # t e rnativos))) F tam5m necess(rio- por ve$es-muita eneria- criatividade e to#erncia das pessoasue tra5a#,am com a criana- pois pode ser maisf(ci# fa$er a tarefa por e#a do ue ensin(0#a a fa$er-

    mesmo ue se?a uma peuena parte) Assim- importanteue o educador e a fam7#ia estruturem situa>es-nas uais a criana consia comp#etar a tarefa dentrodas suas possi5i#idades- criando oportunidades desucesso)colabora-o entre to&os

    in&e"en&/nciaequi"amentos es"eciais

    o"ortuni&a&es &e sucesso

    2!Apre ndi$ aem Act iva na Cr i an a com %u# t idef ici&ncia 0 uia para e duca dores

    &een&er os seus

    "r;"rios &ireitosse@a entusiasta

    ambiente &ea"ren&ia0em

    Y Porue rande parte destas crianas n!o capa$ dedefender os seus pr+prios direitos essencia# ueuem contacta com e#as sistematicamente respeite osseus direitos individuais- como por e"emp#o;0 ter consci&ncia da privacidade da criana- isto - n!odiscutir assuntos re#acionados com e#a na suapresena) O facto de freuentemente n!o conseuir

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    fa#ar ou ter dificu#dade em pensar n!o sinifica n!ocompreender ue se est( a fa#ar de#a Cus,man- .22*K0 permitir ue ten,a a dinidade de correr a#unsriscos naturais- dei"ando0as fa$er a#umas coisas porsi pr8pria- em5ora- por ve$es- possa ser inconvenientepara os outros) Se poss7ve#- por e"emp#o-

    dei"ar ue e#a esco#,a as suas roupas para vestir0 a?ud(0#a a esco#,er materiais e actividades adeuadas sua idade crono#8ica- mesmo ue funcione an7veis mais e#ementares em termos de desenvo#vimento)Y A sua atitude decerto inf#uenciar( a criana- por issose,a entusiasta) F importante repreend&0#a uandofa$ transress>es- mas fundamenta# e#oi(0#a uandofa$ as coisas 5em)2rinc"pios relacionados com o am)ientede aprendizagemY F indispens(ve# criar um am)iente de aprendizagemue constitua uma v e rdadeira experincia de apre nd

    i z a g e mpara a criana) O educador deve p#anearum meio envo#vente no ua# possa estar activa-promovendo e#a pr8pria a aprendi$aem- ou se?a-um am5iente ue convide resposta) Isto pode serfeito criando (reas de ?oo com espaos espec7ficospara certos conteGdos e com de#imita!o de $onas)uanto mais cedo o convite for feito criana me#,or-de modo a ue n!o se torne passiva- permitindo0#,ea#uma iniciativa e a tomada de a#umas decis>esAnt,onR- s:dK)2$A p o i o s E d u c a t i v o s

    Y Deve envolver a criana numa apre n d i z a g e mactiva de modo a poder ter a#um contro#o so5re oseu am5iente) Desta forma- pode0se incentivar a suamotiva!o para iniciar respostas ue contro#am acontecimentos)Por outro #ado- aprende ue as suasac>es podem ter conseu&ncias e como resu#tadocomea a interessar0se mais pe#o mundo sua vo#taC,en e Dote0Wan- .223K )Y F fundamenta# considerar a a)ordagem multisensorial-nomeadamente uando a criana apresentaatrasos de desenvo#vimento e pro5#emas sensoriais)Como a criana mu#tideficiente com defici&ncia visua#poder( ter a#umas dificu#dades em aprender atravsda vis!o- 5eneficiar( de uma interven!o 5aseada nodesenvo#vimento dos outros sentidos Cus,man- .22*K)As e"peri&ncias t(cteis s!o uma forma de se aduiririnforma!o acerca do mundo- sendo essencia# se a crianafor cea) Os canais auditivos s!o tam5m muitoimportantes para a a?udar a interpretar e dar sentido aoue ouve- sendo indispens(veis para a sua capacidadede funcionar nos am5ientes) Adiciona#mente- os sentidos

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    do c,eiro e do osto tam5m a a?udar!o a compreenderme#,or o mundo ue a rodeia) Idea#mente- ede acordo com Cus,man .22*K- cada um dos sentidosdeve ser incorporado numa interven!o interada-de modo a encora?ar a criana a e"p#orar o mundo sua vo#ta)

    Y F essencia# ensinar skills 7 funcionais criana-dado as dificu#dades ue pode apresentar na enera#i$a!ode comportamentos e a sua idade) uantomais funciona# 1 for o ensino- mais possi5i#idade de&"ito a criana tem- pois mais faci#mente compreendeo seu sinificado) Assim- muito importante pensar0sena perspectiva da criana- ana#isando o va#or de umen,ol,er a crian-a numa

    a"ren&ia0emacti,a

    abor&a0em multisensorial

    ensinar s:ills7 uncionais

    2+

    Aprendi$ aem Act iva na Cr i an a com %u# t idef ici&ncia 0 uia para e duca dores* Compet&ncias : Comportamentos1 O conceito de funciona#idade refere ue tudo o ue a criana aprende deveser suscept7ve# de ser uti#i$ado e contri5uir para aumentar a sua autonomia

    pessoa#) Pressup>e ue o ensino se faa em fun!o das necessidades dacriana e acontea nos conte"tos reais Vieira e Pereira- .22; 2 e ...K)e 9 " e r i / n c i a s

    s u c e s s o

    usar ob@ectos reais

    centrarse nos interesses&a crian-a

    determinado s:ill7para e#a) uest>es como; Lparaue ue a criana precisa de aprender istoZ- ser(re#evante para a sua vida futuraZ- uma prioridadeeducaciona#Z- promove a sua independ&nciaZM- podema?udar a compreender este aspecto) O educador n!odeve esuecer ue os s:ills7para a#m de funcionaisdevem ser ensinados nos conte"tos naturais ondeocorrem I5idK)Y F necess(rio- iua#mente- pro p o rcionar e x p e r i n c i a sue permitam criana ter sucesso- devendo asactividades serem adeuadas s suas capacidadese interesses- sendo freuentemente preciso u s a ro),ectos reais- dadas as suas dificu#dades visuais-conitivas e a sua fai"a et(ria) Deste modo- compreendeos conceitos 5(sicos 5aseados em factos reaise sinificativos para e#a) uando o seu desenvo#vimentoo permitir pode0se e deve0seK usar formas derepresenta!o mais sim58#ica- proressivamente maisafastadas do rea#)Y F vita# proporcionar0#,e experincias em 5uantidadesuficientepara poder aprender- dado precisarde muitas repeti>es para manter a informa!o na suamem8ria) A mem8ria permite0nos imainar uepodemos vo#tar a fa$er a mesma coisa v(rias ve$es-

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    pe#o ue as repeti>es au"i#iar!o a sua aprendi$aem)Por essa ra$!o- c,ama0se a aten!o para o facto deue as e"peri&ncias devem ser sinificativas e emuantidade suficiente- para e#a ter oportunidade de aspraticar Ant,onR- s:dK)2rinc"pios relacionados com a criana

    Y As e"peri&ncias e as actividades a rea#i$ar devemcentrar8se nos interesses da criana) Atravs dao5serva!o da criana o educador con,ece as suasprefer&ncias e interesses particu#ares em determinadoso5?ectos e actividades) Partindo deste con,ecimentopode se#eccionar o voca5u#(rio a usar- estruturar o seudia a dia- dar reforos positivos e compreender a3BA p o i o s E d u c a t i v o s

    perspectiva da criana) E"emp#ificando- se e#a osta demovimento pode0se us(0#o para motivar a interac!ocom outros pares)

    Y Outro aspecto capita# na interven!o dar tempo /criana para ela responder) A criana com estapro5#em(tica precisa de mais tempo para manipu#ar oso5?ectos e e"p#or(0#os tacti#mente) Se tiver pro5#emasmotores raves ou dificu#dades no processamento dainforma!o sensoria#- ainda necessita de mais tempopara processar e compreender essa informa!o eprodu$ir uma resposta) Desta forma importantedar0#,e tempo para focar a sua aten!o e e"p#orar osmateriais) E#a precisa de tempo para dar sentido aoue acontece sua vo#ta) Por isso- as mudanas demateriais- de actividades- de rotinas- de ordens ede disposi!o do mo5i#i(rio devem ser rea#i$adosradua#mente- para ue n!o fiue confusa C,en eDote0Wan- .223K) uando estiver mais fami#iari$ada comas actividades- o seu tempo de resposta poder(diminuir)&ar tem"o "ara res"on&er

    31Aprendi$aem Act iva na Cri an a com %u# t i de fi ci& ncia 0 ui a para educa dores

    2. Captulo2lanear a intervenoA defici&ncia visua# um factor muito re#evante a ter emconta no funcionamento das crianas mu#tideficientes)As pessoas mais sinificativas na vida destas crianas

    devem entender a inf#u&ncia da perca da vis!o na aprendi$aem-antes de comearem a p#anificar o proramaeducativo para e#as) A vis!o um dos 8r!os dossentidos ue nos a?uda a compreender o mundo nossavo#ta e nos d( sinificado para os o5?ectos- conceitos eideias) As crianas sem pro5#emas nesta (rea aprendempor imita!o- atravs da o5serva!o e da e"perimenta!odo seu am5iente- sendo a vis!o um dos sentidos faci#itadores

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    da intera!o de toda a informa!o rece5ida)Assim- a criana mu#tideficiente com defici&ncia visua#n!o aprende da mesma forma ue os seus pares) As suasdificu#dades visuais- conitivas- motoras- comportamentaise de comunica!o- certamente t&m um impacto naforma como cada criana aprende)

    O estilo de aprendizagem da crianaNem todos os indiv7duos aprendem da mesma forma-pe#o ue as crianas com mu#tidefici&ncia tam5mpodem apresentar diferentes esti#os de aprendi$aem)Este aspecto muito importante uando se p#aneia ainterven!o ?unto da criana mu#tideficiente com pro5#emasvisuais) Sa5er a forma como e#a processa ainforma!o ue rece5e e o seu tempo de resposta fundamenta# para o desenvo#vimento do tra5a#,o do&eici/ncia ,isual

    estilos &e a"ren&ia0emsaber como

    "rocessa a inorma-o

    11Apren di$ aem Ac t iva na Cr iana com %u#t i defi ci &nc ia 0 ui a para educ adores

    inorma-es da fam7#ia e as suas prioridadese uais as recomenda>es da euipa ue tra5a#,acom e#a)Para a#m destes dois aspectos- para con,ecer o esti#ode aprendi$aem da criana- de uma forma era#- oeducador deve;aK Sa5er como ue a criana interae com o meioam5iente5K Sa5er como ue rece5e e processa a informa!ocK Sa5er ua# a sua capacidade de aten!odK Sa5er uais os tipos de a?uda ue e#a prefere)Partindo destes aspectos erais- seuidamente suerir00se0!o a#umas informa>es ue o educador deve

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    o5ter- para con,ecer a forma como a criana aprendeme#,or)Interaco com o meio ambiente

    Y Sa5er uais as estratias ue a criana usa parae"p#orar o seu am5iente) ue tipo de o5?ectose"amina) ue tipo de entusiasmo manifesta uando os

    e"p#ora e ue tipo de curiosidade tem1+A p o i o s E d u c a t i v o s

    Y Sa5er como e#a comunica vontades- dese?os e necessidadesY Sa5er se tem a#um comportamento ue interfira coma aprendi$aem descrever o comportamentoK- sa5eruando ue ocorre e com ue freu&ncia- sa5er oue o5tm com esse comportamentoY Sa5er ua# o tipo de reforo mais efectivo paraa criana prmio socia#- comida- 5rinuedo preferido-#u$- mGsica- toue- movimento vesti5u#arKY Sa5er como e#a reae s a?udas tcnicas- tais como;

    8cu#os- cadeira de rodas- andari#,o- s=itc Recepo e processamento da informaoY Sa5er uais s!o as condi>es 8ptimas para a crianaaprender)Y Sa5er como processa a informa!o e uais s!o as suasp refer&ncias; t(cteis- auditivas- o#factivas- visuais-uinestsicas ou a com5ina!o de dois ou mais sentidos)Descrever o seu tempo de processamento dainforma!o- em diferentes situa>esY Sa5er como responde a situa>es fami#iares e descon,ecidas)uanto tempo de pausa precisa para respondera um est7mu#o- ou a uma situa!o fami#iar ouactividade- 5em como nas situa>es descon,ecidasY Sa5er se capa$ de enera#i$ar s:ills a novassitua>es e a novos o5?ectos tam5m muito importante)Esta enera#i$a!o pode ser muito dif7ci# paramuitas crianas com a pro5#em(tica em an(#ise)Con,ecer ua# o r(cio educador:criana mais efica$para praticar a enera#i$a!o de s:illsY Sa5er uais os posicionamentos ue a a?udam a sermais efica$ na rea#i$a!o das actividades especificas)Sa5er se e"istem a#umas posi>es ue devem ser evitadas)uais s!oZ13Apre ndi$ aem Act iva na Cr i an a com %u# t idef ici&ncia 0 uia para educadores

    A capacidade de atenoY Sa5er uando ue a criana est( atenta : responsiva-em ue condi>es- com uem e em ue actividades)D e t e rminar por uanto tempo conseue pre s t a raten!o a uma tarefa depende 5asicamente do tipo deactividadeZ da fami#iaridade com a actividadeZ com aparte do diaZ com as condi>es de #u$Z com as caracter7sticassensoriais da actividadeZKY Sa5er como ue se conseue cativar me#,or a sua

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    aten!o; atravs do contacto visua#- de estos- de sons-do tacto- das pa#avras- da a?uda f7sica- ou a com5ina!ode a#umas destas situa>esZY Sa5er se a criana se distrai com sons ocorridos sua vo#ta- com a intensidade da i#umina!o- com aforma como a sa#a de actividades tem a informa!o

    disposta))) A criana distrai0se mais com osest7mu#os visuais- com os auditivos- com os t(cteisou atravs do e"cesso de est7mu#osZ Em ue situa>esisso aconteceZ Nestes casos como recuperar a suaaten!o para o ue estava a fa$erZ Como usa a crianaa vis!o e : ou a audi!o em diferentes situa>es eactividadesZipos de a!uda preferidos pela criana

    Y Sa5er os tipos de a?uda mais efica$es para e#a aprenderum comportamento- ou para a transi!o de actividades)Ser( atravs de pistas t(cteis- de pistas visuais-de pistas estuais- de pistas auditivas ou de pistas

    ver5aisZY Sa5er uais as situa>es em ue prefere a a?uda mosobre mo a m!o do educador co#ocada so5rea m!o da criana- de forma a orientar o seu movimento0 o educador tem o contro#o da situa!oK-ou a a?uda mo sob mo a m!o do educador co#ocadaso5 as m!os da criana de modo a orientar oseu movimento- mas n!o as contro#a- antes convida a1A p o i o s E d u c a t i v o s

    criana a uti#i$(0#as como instrumento e a e"p#orar oo5?ecto em con?unto- como se pode o5servar na0 imaem n[ .K+)Bespondendo a estas e a outras uest>es pode identificaros interesses da criana e as suas capacidades- aspreocupa>es da fam7#ia e as suas prioridades- ficando acon,ecer ua# o seu esti#o de aprendi$aem)Para a#m desta an(#ise- o educador necessita decon,ecer o am5iente de aprendi$aem onde a criana seencontra- pois este ir( servir de suporte para providenciaro seu acesso informa!o) Se o am5iente tivercondi>es adeuadas ao seu esti#o de aprendi$aem es suas necessidades e capacidades- este ser( maissinificativo para e#a C,en e Dote0Wan- .223 #eason- .223 eSacs e Si#5erman- .22K)O am)iente e a aprendizagemOs am5ientes onde a criana vive a casa e:ou o esta5e#ecimentode ensinoK s!o e"tremamente importantespara o seu desenvo#vimento- pois este depende- emparte- da estimu#a!o ue rece5e desses am5ientes)Assim- ana#isar os am5ientes de aprendi$aem onde e#ase encontra inserida fundamenta# para a interven!o)Atravs dessa an(#ise o educador con,ece me#,or a

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    criana e pode criar as condi>es necess(rias apreni&entiicarinteressese ca"aci&a&es

    analisarambientes

    un&amental

    inter,en-o

    19Aprendi$aem Act iva na Cr i an a com %u# t i de fi ci& ncia 0 uia para e duca dores*ma0em n. 1 Fonte> 'iles 'a) 1+++> # e !

    + aspecto a a5ordar mais pormenori$adamente nas p(s) 93 e 9amlia

    analisar os ambientes

    or0ania-o &o ambiente

    di$aem) Deve procurar a?ustar o seu mtodo detra5a#,o s suas caracter7sticas e ao esti#o de funcionamentoda fam7#ia- dada a sua importncia- so5retudo nasprimeiras idades) O educador n!o deve fa$er ?u#amentosem re#a!o fam7#ia da criana- deve respeit(0#a)Ao ana#isar os am5ientes- precisa de sa5er se e"istem asoportunidades necess(rias para a criana ter a#um contro#o so5re o seu mundo- assim como sa5er se e#a temoportunidade de e"perimentar diferentes situa>es ouactividades e como ue os adu#tos e pares interaemcom e#a) Assim- o educador dever( ana#isar os am5ientesonde a criana se encontra- de modo a con,ecer;iK uais as condi>es e"istentes para faci#itar a suaaprendi$aem e uais as ue dever!o ser criadasiiK como os am5ientes respondem s suas necessidadese se estes seuem as suas necessidades e interessesiiiK ua# a previsi5i#idade do am5iente como a crianasa5e o ue vai acontecer a seuir- se e"istem rotinasesta5e#ecidas ou n!oK eivK como o am5iente a a?uda a dar sentido ao ue se passa sua vo#ta e uais s!o as oportunidades de apre n d i $ aemactiva nesse am5iente) A an(#ise do am5ienteinc#uir( v(rios dom7nios; aK a orani$a!o dosam5ientes- 5K as actividades e cK os adu#tos e pare s )Relati"amente # or$ani%ao do ambiente &

    importante procurar entender como se encontra

    or$ani%ado

    Y Con,ecer os #ocais am5ientes e su50am5ientesKfreuentados pe#a criana- em casa e no esta5e#ecimentode ensino- fa$endo uma descri!o desses#ocais e tendo em aten!o as condi>es de i#umina!o-o contraste- as lan&mar:s ^ para a orienta!o e amo5i#idade e o n7ve# sonoro dos am5ientesY Sa5er ua# a inf#u&ncia desses am5ientes no funcionamentoda criana1A p o i o s E d u c a t i v o spontos de refer&ncia

    Y Ter con,ecimento acerca dos euipamentos necess(rios-uais os ue se encontram dispon7veis para e # a

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    e uais as adapta>es e"istentes #eason- .223K)Relati"amente #s acti"idades & essencial

    Y Sa5er como a criana encora?ada a usar a vis!odurante as actividades di(rias- em casa e:ou no esta5e#ecimentode ensinoY Sa5er como encora?ada a comunicar durante as

    actividades di(rias em casa e:ou no esta5e#ecimentode ensino)Relati"amente aos adultos e pares & fundamental

    Y Sa5er uem est( dispon7ve# para interair com e#apares e adu#tosKY Sa5er como os adu#tos respondem s suas tentativasde comunica!o) Caso ten,a irm!os sa5er comocomunicam com e#aY Sa5er como comunicam os pares com a crianaY Sa5er uais os tipos de actividades mais confort(veispara os fami#iares desenvo#verem come#a) Considerar a sua to#erncia para as actividades

    espontneas e estruturadas e o tempo ue t&md i s p o n 7 v e # Y Sa5er como os adu#tos demonstram f#e"i5i#idadee criatividade na adapta!o do am5iente- dosmateriais- dos mtodos e das estratias- de formaa irem de encontro s necessidades individuais dacriana)'aseando0se nesta an(#ise modifica>es am5ientaispodem ser rea#i$adas e estratias educativas podem seridentificadas e desenvo#vidas para promover a aprendi$aemactiva da criana) Essas modifica>es devem serrea#istas e terem em aten!o o desenvo#vimento de

    actividades apropriadas sua idade- s suas capacidadese necessidades- de modo a serem funcionais para e#aC,en e Dote0Wan- .223K)acti,i&a&esa&ultos e "ares

    12Aprendi$ aem Act iva na Cr i an a com %u# t idef ici& ncia 0 uia para e duca dores

    '. CaptuloEstrat.gias GeraisA5ordados a#uns dos princ7pios orientadores e considera>eserais acerca do tra5a#,o a desenvo#ver ?untoda criana mu#tideficiente com defici&ncia visua# seuidamenteindicar0se0!o a#umas estratias educativasue o educador pode usar na sua interven!o) Estasparecem ser efica$es na educa!o das crianas comNecessidades Educativas Especiais- independentementeda sua idade- nomeadamente se tiver dificu#dades nodesenvo#vimento ver5a# e se n!o e"i5ir ?oo sim58#icoCoo- Tessier e #ein- .22* cit)- in; C,en e Dote0Wan- .223K)Atravs destas estratias- o educador pode a?udar acriana a desenvo#ver as suas capacidades e compet&ncias-

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    de modo a participar mais activamente nas actividadesda vida di(ria e a ser mais independente) Para ta#-a euipa ue tra5a#,a com e#a dever( esco#,er e se#eccionaras estratias reve#adas como as mais apropriadase fa$er as adapta>es necess(rias) O esuema n)[ *procura mostrar o ue se aca5ou de referir)

    Dada a rande variedade de estratias erais ue sepode uti#i$ar na sua actividade peda8ica- estas encontramaui orani$adas em tr&s cateorias;iK estratias re#acionadas com as actividadesiiK estratias re#acionadas com o ensino de novos s : i l l s iiiK estratias re#acionadas com a e"i5i!o de comportamentos-as uais podem apresentar a#uma re#a!oestrat0ias e&ucati,as

    "artici"ar maisacti,amente

    41Apre ndi$ aem Act iv a na Cr iana c om %u# t idef ici &ncia 0 uia para educadores

    moti,a-o

    interac-o ecomunica-o

    iiiK entre e#as) Antes de se fa$er a refer&ncia s estratias-sa#ienta0se o facto de ue n!o se dever esuecerue;Y A motiva!o indispens(ve# aprendi$aem-sendo essencia# sa5er o ue e#a osta e o uen!o osta- de modo a motiv(0#a para aprender)Deve identificar os o5?ectos- as pessoas e as actividadespreferidas pe#a criana- respeitando os seusinteresses e as suas capacidades)Y A interac!o e a comunica!o esta5e#ecida entreo educador e a criana muito importante eenvo#ve o pear a ve$- o uso das rotinas- o incentivaras esco#,as e o criar oportunidades paracomunicar)42A p o i o s E d u c a t i v o s

    Se#eccionar estratiasEncadeamento%a"in07Assist&nciaFa&in07Adapta>ess:ills7

    ActividadesA?uda individua#

    %udanas deatitude socia#Aumentar um skill espec"ficoAumentar o n"vel departicipao da crianaEsuema n)[ *Op3es de 'nterveno

    Fonte> Dra&u-o &e Cen

    e Eote=an 1++5>43H

    Estrat.gias relacionadas com as actividades

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    1. A determinao dos ob!ecti"os da acti"idade

    F necess(rio a determina!o dosK o5?ectivosK educativosK ue se pretendemK a#canar com as actividades-dado n!o se poder estimu#ar simu#taneamente todosos s:ills ue fa$em parte do prorama educativo dacriana) Por isso precisa de sa5er uais os ue uer

    ensinar ou estimu#ar com a actividade) Por e"emp#o; seo o5?ectivo da actividade ue a criana aprenda acomer com uma co#,er- devemos posicion(0#a correctamentena sua cadeira para ue o seu esforo se possaconcentrar na actividade em causa) No entanto- se oo5?ectivo for manter o eui#75rio na cadeira uando est(sentada durante a reuni!o de rupo- n!o devemos comp#icara situa!o introdu$indo movimentos Hpertur5adoresHda postura do eui#75rio)2. A se(u)ncia das acti"idades

    A orani$a!o e a seu&ncia das actividades a rea#i$ardurante o dia um factor a considerar na forma como o

    educador orani$a o dia a dia da criana) Por e"emp#o-as actividades f7sicas no e"terior devem ser interca#adascom as actividades de menos movimento reuni!o derupo- conto de ,ist8rias)))K- no interior)'. A consist)ncia da rotina

    As actividades a rea#i$ar pe#a criana no esta5e#ecimentode ensino ou em casaK devem seuir umarotina di(ria ?( ue- norma#mente- as actividadessucedem0se diariamente na mesma ordem) Isto - necess(ria uma rotina consistente- ao #ono dos dias-pois atravs de#a a criana comea a antecipar o ue vaiacontecer a seuir- permitindo ma"imi$ar a sua independ&ncia)

    F fundamenta# dar0#,e indica!o c#ara dacessa!o de uma dada actividade e de ue outra se vaiseuir) Por e"emp#o- terminado o per7odo do #anc,e-indicado pe#o arrumar da sua moc,i#a tempo de ir&etermina-o &osH

    ob@ecti,osHor0ania-o e sequ/ncia

    &as acti,i&a&es

    rotina consistenteanteci"ar

    43Aprendi$ aem Act iva na Cr i an a com %u# t idef ici&ncia 0 uia para e duca dores

    me&ia-o social&a e9"eri/ncia

    anIlise &e tareascaractersticas &a crian-a

    5rincar no recreio- o pear no 5on ou num 5rinuedoa usar especificamente naue#e espao pode dar essarefer&ncia criana) Usar as rotinas de forma sistem(tica indispens(ve# para se verificar aprendi$aem)*. A mediao social da aprendi%a$em

    A media!o socia# da e"peri&ncia outra estratia apoder uti#i$ar0se) Consiste na tradu!o ver5a# ou f7sica do

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    acontecimento ue a criana est( a e"perimentar:vivenciare faci#ita a compreens!o do acontecimento- optimi$andoas suas capacidades para terminar a actividade)Ter consci&ncia- uer das etapas normais do desenvo#vimentouer do ue e#a conseue fa$er com a?uda- 5emcomo ua# o passo seuinte ue deve rea#i$ar para ser

    mais independente essencia# nesta estratia) O adu#topode dar o n7ve# de a?uda necess(ria para permitir criana terminar com sucesso a tarefa)Estrat.gias relacionadas com o ensino de + s k i l l s +1. A an,lise de tarefas

    A An(#ise de Tarefas descri!o deta#,ada de todos oscomportamentos necess(rios rea#i$a!o de uma determinadatarefa- a partir das capacidades demonstradaspe#a crianaK- uma das estratias vu#arm e n t euti#i$adas para ensinar novos s:ills) Como muitascrianas n!o conseuem aprender uma tarefa de uma s8ve$- e#a tem ue ser dividida em passos mais peuenos)

    Este processo envo#ve um o#,ar atento para cada passoseuencia# da tarefa:actividade) O Htaman,oH de cadapasso depender( das caracter7sticas da criana- noentanto- uanto mais nova e#a for e uanto maiscomp#icada for a sua pro5#em(tica mais peuenosdevem ser os passos) Ve?amos a actividade H#avar osdentesH; se a criana est( a iniciar a aprendi$aem de#avar os dentes- pode comear apenas por to#erar ter aescova dentro da 5oca e- mais tarde- uando estiverpreparada pode comear a sentir a pasta- a remover atampa)))44

    A p o i o s E d u c a t i v o suando se fa$ uma an(#ise de tarefas necess(rioo5servar como ue a criana sem pro5#emas desenvo#vea actividade para se ter a tarefa ana#isada a partirda sua perspectiva) Ter con,ecimento de como o adu#tocom defici&ncia visua# rea#i$a a actividade pode tam5mser Gti# para se desenvo#ver as adapta>es : a#tera>esnecess(rias- por i)e) se a criana for cea a pasta dosdentes pode ser co#ocada no dedo) Nestes casos aan(#ise de tarefas deve inc#uir pr(ticas aceit(veis naspessoas com defici&ncia visua#) Assim- esta an(#iseimp#ica partir das situa>es normais- da forma como norma#mentese rea#i$am as tarefas sa5er uais os passosKe depois adeu(0#a s capacidades e necessidades dacriana) Seuidamente ir0se0( descrever a forma como sepode orani$ar uma an(#ise de tarefas)aH Como se or0ania

    P#anear a an(#ise de tarefas;Y Se#eccionar a tarefa; iK pedir a a#um ue a rea#i$eiiK visua#i$ar no espe#,o e iiiK imainar como se fa$.[ passo 0 partir da forma como norma#mente a

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    tarefa se rea#i$a passos da tarefaK*[ passo 0 pensar como os adaptar criana emcausa1[ passo 0 pedir a a#um para fa$er a tarefa deacordo com o p#aneado- para ver seresu#ta)

    Y Ana#isar a tarefa na tota#idadeY Ver uais as respostas motoras mais simp#es para asua rea#i$a!oY Definir ua# o est7mu#o ue a?uda a criana a entenderua# o passo seuinte da tarefa)bH Jscre,er a anIlise &e tareas

    Y Escrever a seu&ncia dos passos:da ac!o usandover5osY Se for necess(rio c#arificar os passosY Escrever os passos numa fo#,a de nota!oobser,ar

    como or0aniar

    45Apre ndi$ aem Act iv a na Cr iana c om %u# t idef ici &ncia 0 uia para educadore sconsist/ncia

    Y Ana#isar;0 Os passos ue a criana ?( sa5e fa$er 0 o ue fa$0 Os passos ue ainda n!o sa5e fa$er 0 o ue n!ofa$0 ue adapta>es necessita; o ue fa$ com a?uda0 ue tipo de a?uda necessita0 ue comportamentos necessitam de ser maisdeta#,ados)cH Planear a a,alia-o

    Y Deve0se concentrar s8 na rea#i$a!o de a#uns

    passos- de modo a arantir sucesso- dado n!o serposs7ve# a concentra!o em todos os passos simu#taneamentee para n!o desmotivar a crianaY F importante ter a no!o da tarefa no seu todo eana#isar a evo#u!oY Insistir nos primeiros s:ills e terminar a tarefauase com assist&ncia tota#- de modo a ficar acriana com a no!o #o5a# da tarefa e ter sucessoY Bea#i$ar o encadeamento reressivo ver a descri!odesta estratia mais adianteKY Decidir uanto tempo vamos esperar pe#a suaresposta e respeit(0#o

    Y P#anear o ue vamos fa$er com os errosY P#anear onde aca5a a ava#ia!oY Escrever todos estes dados e a c,ave da nota!onuma fo#,a de dados)Amara#- .22K2. A consist)ncia na forma como o skill &

    reali%ado

    A consist&ncia na forma como um s:ill7 especifico rea#i$ado - so5retudo- fundamenta# uando o educador

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    ensina um novo s:ill7 criana) Em termos deconsist&ncia deve considerar os materiais usados e as4#A p o i o s E d u c a t i v o s

    pa#avras uti#i$adas para descrever o comportamento dacriana e:ou os materiais- assim como as a?udas ue #,e

    d( durante a rea#i$a!o das actividades) Se todos osmateriais e euipamentos necess(rios estiverem preparadosantes de iniciar a actividade- os tempos de esperaser!o diminu7dos- sendo isto vanta?oso para e#a C,en eDote0Wan- .223K)'. - encadeamento

    O encadeamento3 outro tipo de estratia ue se podeusar na interven!o peda8ica ?unto destas crianas-norma#mente uti#i$ado para ensinar novos comportamentos)Pode0se utiliar sem"re que uma tare atena como caracterstica "rinci"al uma sequ/ncia

    tem"oral e "ortanto se@a "oss,el or&enar os "assos

    em termos &e 1 2 3... isto o "asso se0uinteno "o&e ser realia&o sem que ca&a um &os anterioreso se@a tambm Vieira e Pereira- .229;.3+K) Comea0se pordesenvo#ver a An(#ise de Tarefas so5re o comportamentoue se pretende a#canar Sacs e Si#5erman- .22K)Com este procedimento a criana aprende um passo datarefa de cada ve$- at conseuir rea#i$ar todos os passosnecess(rios sua comp#eta concreti$a!o)E"istem v(rios tipos de encadeamento;aH K enca&eamento "ro0ressi,o

    A criana comea a rea#i$ar a tarefa a partir do primeirocomportamento necess(rio para a iniciar- ou ent!o-no primeiro passo da tarefa ue e#a ainda n!o conseuefa$er- at conseuir rea#i$ar a actividade de formaindependente) O reforo pode ser dado para amotivar i5idK- sendo diferente de criana paracriana)enca&eamento

    sequ/ncia tem"oralti"os &e enca&eamento

    4!Apren di$ aem Ac t iv a na Cr iana com %u#t i defi ci &nc ia 0 ui a para educadore s3 Consiste na seuencia#i$a!o dos passos de uma tarefa e no seu ensino deforma encadeada)

    E"emp#o; Durante o #anc,e o Jo!o tem um iourte paracomer e estes s!o os passos ue ter( de rea#i$ar para ser

    tota#mente independente nesta actividade;aK Aarra a co#,er com a m!o dominante5K P>e a co#,er dentro do copo de iourtecK P>e comida na co#,erdK Tra$ a co#,er at 5ocaeK Boda a co#,er para a 5ocafK P>e a co#,er na 5ocaK Tira a comida da co#,er com os #(5ios,K Tira a co#,er da 5oca

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    iK P>e a co#,er dentro do copo de iourte)No entanto- ap8s a an(#ise do seu comportamento-verificou0se ue e#e s8 conseue fa$er a tarefa at aopasso dK 0 tra$er a co#,er 5oca) Ent!o dever0se0(comear a ensinar o passo seuinte 0 passo eK- atconseuir rea#i$ar todos- desde ue as suas capacidades

    o permitam)bH K enca&eamento re0ressi,o

    O encadeamento reressivo o inverso do referidoanteriormente) O educador rea#i$a toda a actividadee"cepto o G#timo passo- o ua# ser( da responsa5i#idadeda criana) Desta forma e#a o#,a para a actividadede uma forma mais #o5a# C,en e Dote0Wan- .223K)O pr8"imo passo s8 ensinado uando o anteriorestiver aduirido- isto - a criana s8 deve passar rea#i$a!odo penG#timo passo depois do G#timo estarconso#idado) Esta tcnica mais efica$ se a criana tiverpra$er com o resu#tado e estiver motivada i5idK) Caso

    n!o faa nen,um passo da tarefa- o educador podeo5servar ua# o passo mais sinificativo para e#a ecomear por a7- o ue difere de criana para criana)4$A p o i o s E d u c a t i v o s

    Assim- importante determinar o ue mais motivantee a partir da7 encadeiam0se os passos uns a seuir aosoutros at ao fina# da tarefa)E"emp#o;

    Y Passos da tarefa ue a criana fa$Ap8s a an(#ise do encadeamento a dar tarefa- o e"emp#oue se seue pretende e"p#icitar me#,or como se

    pode fa$er o encadeamento reressivo) A actividade amesma ue se referiu anteriormente- mas a ordem inversa- sen!o ve?amos;aK Depois retirar a co#,er da 5oca-"

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    *. A aborda$em total da tarefa

    Para a#m das duas formas de encadeamento ana#isadas-uma a5ordaem tota# da tarefa- na ua# se ensina todosos passos simu#taneamente produ$- freuentemente-anIlise &o enca&eamentoabor&a0em total &a tarea

    4+Aprendi$aem Act iva na Cr i an a com %u# t i de fi ci& ncia 0 ui a para e duca dores

    Y YPassos da tarefaestimula-o contin0ente

    a"ren&ia0em acti,a

    anteci"arreor-o

    resu#tados mais r(pidos- por ser uma forma natura# deensinar- desde ue a criana ten,a oportunidades depraticar cada passo da tarefa)Estrat.gias relacionadascom a exi)io de comportamentos

    1. A estimulao contin$enteA estimu#a!o continente uma estratia usadapara promover uma aprendi$aem activa- dado ue oest7mu#o sensoria# apresentado como conseu&ncia docomportamento e"i5ido pe#a criana) Por e"emp#o- e#ao#,a para um 5oneco musica# com #u$es e movimento)Ap8s esse o#,ar- o adu#to acciona o mecanismo uandoa criana n!o conseue fa$&0#o so$in,aK pondo o 5onecoa tra5a#,ar e desta forma a criana perce5e ue aue#eo#,ar produ$iu um efeito) Comea- assim- a anteciparue as suas ac>es e comportamentos podem inf#uenciaro am5iente- tornando0se mais activa- pois o ue acontece

    sua vo#ta tem a#uma re#a!o com os seus comportamentosC,en e Dote0Wan- .223K)2. - sapin$

    A estratia denominada sa"in0- uma tcnica efica$a poder uti#i$ar0se uando o repert8rio actua# da crianainc#ui o s:ill7 comportamenta# ue se pretende a#canar)De acordo com Sne## e `irpo#i- .29- cit)- in; i5idK estaestratia envo#ve reforo so5re ua#uer apro"ima!osucessiva ao comportamento pretendido) E"emp#ificando-na actividade de ca#ar os sapatos a criana n!omostra ua#uer interesse pe#o sapato) No entanto se-por acaso- toca no sapato- o educador refora esse

    comportamento di$endo- por e"emp#o; Hmuito 5em-encontraste o sapatoH) Depois o educador uiar(:condu$ir(fisicamente a criana usando a tcnica de m!oso5 m!o ou m!o so5re m!o para rea#i$ar a tarefa) Apesarde n!o ter sido o comportamento dese?ado- s!o apro"ima>es-as uais dever!o ser aproveitadas)5BA p o i o s E d u c a t i v o s Tam5m desinado por Vieira e Pereira .22;.33K como %o#daem

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    '. As pistas naturais e as a!udas

    As pistas naturais e as a?udas9 dadas pe#o educadorpodem constituir estratias educativas de sucesso- dadoa?udarem a criana a aduirir s:ills75(sicos Joffee 6Bi,Re- .22.- cit)- in; i5idemK- assim como #ev(0#a a e"i5ir ocomportamento ue ?( fa$ parte do seu desenvo#vimento)

    @a#veR .223 cit)- in; Sac e Si#5erman- .22K defineestas estratias como *nstructional Prom"ts7- ondeuma vasta ama de est7mu#os s!o dados directamente criana na tentativa de se o5ter o comportamento dese?ado-isto #ev(0#a a rea#i$ar o comportamento pretendido)Antes de se introdu$ir as a?udas devemos pensar see#as s!o necess(rias ou n!o)Be#ativamente a estas estratias e"istem diferentesn"veis- os uais t&m uma posi!o ,ier(ruica- indo don7ve# de a?uda mais intrusiva para a menos intrusiva-aconse#,ando0se a usar- se poss7ve#- as formas menosintrusivas por permitirem uma maior independ&ncia da

    criana)Seuidamente descrever0se0!o os diferentes n7veis deestratias e"istentes- comeando pe#as menos intrusivas)aKPistas Naturais> s!o uaisuer situa>es do am5ientenatura# pessoa:o5?ectosK ue d!o uma pista para acriana e"i5ir o comportamento dese?ado) uantomais evidente for a pista mais possi5i#idades e#a temde #,e prestar aten!o e e"i5ir o comportamento ouaduirir o s:ill7) Por e"emp#o; o c,eiro da confec!odos a#imentos pode ser uma pista natura# para indicarue est( na ,ora da refei!o co#ocar uma marcaf#orescente na etiueta do seu casaco pode a?ud(0#a a

    #oca#i$ar o seu casaco no ca5ide co#ocar diferentesmarcas t(cteis nas roupas da criana para cada corpode permitir criana cea identificar as cores uecom5inam me#,or umas com as outras)

    "istas naturais

    a@u&asn,el &e a@u&a

    &ierentes n,eis

    "istas naturais

    51Apre ndi$ aem Act iva na Cr iana com %u# t idef ici &ncia 0 uia para educadores9 ou Incitamentosa@u&a 0estual

    a@u&a ,erbal in&irecta

    a@u&a ,erbal &irectaa@u&a ,isual

    5KA@u&a Gestual> s!o estos do educador ou doadu#toK para #evar a criana a rea#i$ar a actividade)Pode usar estos como o apontar- o a5anar a ca5ea-pode fa$er movimentos com as m!os e:ou outrosmovimentos- de modo a indicar0#,e o comportamentoue deve rea#i$ar- para terminar a tarefa ou partede#a)

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    Neste tipo de estratias o educador deve ter acerte$a de ue a criana conseue ver a pista estua#-caso contr(rio o contacto f7sico imprescind7ve# paracativar a sua aten!o e dar0#,e seurana Tedder-arder 6 Sia- .221 cit)- in; C,en e Dote0Wan- .223K) Pore"emp#o; se a criana for cea- pode ser necess(rio

    tocar0#,e no om5ro ou na sua m!o para anunciar ac,eada de uma pessoa e- deste modo- cativar a suaaten!o ou inform(0#a ue preciso fa$er a#o- ap8sa c,eada dessa pessoa)cKA@u&a ,erbal *n&irecta> s!o ordens ver5ais dadas deuma forma indirecta pe#o educador:adu#to- como pori)e)- em ve$ de se di$er Lvamos comerM- pode di$erL,um- ten,o fome- est( na ,ora do #anc,eM- #evandoa criana ao comportamento dese?ado 0 comer)dKA@u&a ,erbal &irecta; s!o ordens directas dadas pe#oeducador: adu#to- di$endo e"p#icitamente o ue acriana tem de fa$er e acontece natura#mente uando

    se interae com outra pessoa- n!o reuerendo apro"ima!of7sica) Por e"emp#o; Lapaa a #u$M)eKA@u&a ,isual> s!o a?udas dadas a partir de uaisuero5?ectos- desen,os- contornos dos o5?ectos ou deimaens- ou s7m5o#os usados pe#o educador para a?udara criana a responder correctamente a um pedidoespecifico) Ve?amos a seuinte situa!o; Lest( na ,orade ir para casaM e o educador d( a ordem ver5a# atodo o rupo- esta ordem imp#ica terem de ir vestir osseus casacos) No entanto- a criana mu#tideficiente-para compreender ue deve ir vestir o seu casaco-pode necessitar de ter uma a?uda visua# ver ou sentir

    o o5?ecto ue sim5o#i$a o Lir para casaMK) Os o5?ectos-52A p o i o s E d u c a t i v o s

    sempre ue poss7ve#- devem ser simp#es- suficientementepeuenos e f(ceis de aarrar e serem de f(ci#su5stitui!o) Podem ser co#ocados em fundos contrastantes-para mais faci#mente a criana os identificare #oca#i$ar) O educador pode usar os contornosdos o5?ectos- as imaens ou os desen,os se e#ativer aduirido o desenvo#vimento conitivo ue #,epermita compreender o seu sinificado) Por i)e) odesen,o ou uma foto da m!e #em5ra0#,e ue est( na,ora de ir para casa) Para as crianas com 5ai"a vis!opode ser necess(rio fa$erem0se a#umas adapta>es-tais como aumentar os desen,os ou sa#ientar oscontornos a nero)fKA@u&a tIctil; s!o a?udas dadas pe#o educador criana- atravs de pistas t(cteis e:ou de a?uda t(cti#)O educador pode apresentar o5?ectos de refer&ncia-uando a e#a apresenta raves dificu#dades visuais efracas capacidades auditivas) Por e"emp#o- uando

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    est( deitada e- de acordo com a sua rotina di(ria est(no momento de se #evantar- pode0se tocar #evementenos seus cotove#os- fa$endo um #ieiro esto de#evantar e- s8 depois desse est7mu#o t(cti#- o educadordeve #evant(0#a e pear ne#a ao co#o)K'o&ela-o>primeiro o educador demonstra o comportamento

    a ser imitado pe#a criana e s8 depoise#a o imita) Por e"emp#o- o educador tem um carrocom um corde# e ostaria ue a criana aprendesse apu"(0#o- ent!o- rea#i$a a actividade 5rincando com ocarro e depois espera ue e#a o imite) Para as crianascom raves pro5#emas motores e visuais esta tcnican!o apropriada- devendo ser uti#i$ada outra- pore"emp#o- maior a?uda f7sica),KA@u&a sica "arcial> imp#ica o contacto f7sico entre acriana e o educador e consiste em enti#mente uiara criana na rea#i$a!o da tarefa) Por e"emp#o; uandoe#a est( a comer e #eva a co#,er 5oca mas depois

    n!o fa$ mais nada- pode precisar apenas de um#ieiro toue no 5rao para retirar a co#,er da 5oca ea@u&a tIctil

    mo&ela-oa@u&a sica "arcial

    53Aprendi$ aem Act iva na Cr i an a com %u# t idef ici&ncia 0 uia para e duca dores

    a@u&a sica totalcombina-o &e

    n,eis6ti"os &e a@u&as

    re&u-o 0ra&ual &a a@u&a

    vo#tar a co#oc(0#a no prato- ou uando est( a ca#ar ossapatos- pode somente ter necessidade ue #,etouem no p- para indicar ue o sapato para p_r

    no p) Tam5m se pode uiar a sua m!o para a actividadedese?ada) A diferena entre esta estratia e aanterior ue aui o adu#to tem o contro#o da situa!o-enuanto na mode#a!o o movimento pode serrea#i$ado coactivamente)iKA@u&a sica total> imp#ica uiar fisicamente a crianadurante a actividade) Esta pode ser Gti#- por e"emp#o-uando e#a tem raves pro5#emas motores) Contudo-n!o se pode esuecer ue o contro#o da actividadepassa a ser do adu#to e n!o da criana)De referir tam5m ue- por ve$es- pode ser necess(riousar a com5ina!o de v(rios n7veis:tipos de a?udas para

    se ter a certe$a de ue o comportamento dese?ado ocorrer(Sac e Si#5erman- .22K) Em termos pr(ticos estasestratias poder!o co#ocar0nos a#umas uest>es- comopor e"emp#o- decidir uanto tempo se espera antes deusar uma a?uda- tendo em aten!o o tempo ue a crianaprecisa para dar uma resposta) Q( a#umas ue n!ofuncionam sem as a?udas e uanto mais tempo e#asforem mantidas mais dif7ci# ser( retir(0#as- pois nesse

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    caso- para a criana- estas passam a fa$er parte dapr8pria actividade)*. - fadin$

    Be#acionado com as estratias anteriores e tendocomo o5?ectivo a?udar a criana a ser o mais aut8nomaposs7ve#- o educador pode ainda uti#i$ar a estratia

    denominada a & i n 07 ) Este Lum "ro c e & i m e n t osistemItico que ,isa &iminuir a sua &e"en&/ncia &a

    a@u&a7 I5idK e imp#ica:envo#ve a redu!o radua# da54A p o i o s E d u c a t i v o s ou redu!o das a?udas como referem Vieira e Pereira .22;.3K

    a?uda- de modo a- proressivamente- a criana se tornarmais independente) Q( ainda a sa#ientar o facto de sepoder usar esta estratia de v(rias formas;Y Bedu$ir o nGmero de a?udas dadas criana pararea#i$ar uma determinada actividade- dando0a apenasdurante a#umas tentativas) Por e"emp#o; no ?ardimde infncia o momento de comear a arrumar os5rinuedos porue est( na ,ora de ir em5ora)Inicia#mente a educadora d( a?uda ver5a# directa-a?uda f7sica tocando no om5ro da crianaK e a?udaestua# apontando o #oca# onde arrumar os 5rinuedosKantes da criana iniciar uma resposta) Ap8s v(riase"peri&ncias e depois de#a conseuir comp#etar atarefa com sucesso- o educador pode redu$ir pore"emp#o a a?uda f7sica) Se continuar a ter sucesso naactividade pode ir redu$indo as a?udas at a crianaser tota#mente independente- ou o mais independenteposs7ve#)Y Dar a a?uda no princ7pio da resposta:comportamento-

    mas permitir criana comp#etar so$in,a- cada ve$mais- a G#tima parte da tarefa)Y Outra forma redu$ir o n7ve# de a?uda) Por e"emp#o-uando se ensina a criana a usar o copo pode0se-inicia#mente- ter de #,e dar muitas a?udas f7sicas;parcia# ou tota#- de acordo com as suas capacidades)No entanto- radua#mente estas poder!o ser diminu7das medida ue a criana aduire compet&ncias noaarrar do copo- passando da a?uda f7sica tota# paraparcia#- por i)e)- dando apenas #ieiros toues noseu cotove#o para a a?udar a #evar o copo 5oca) Deacordo com C,en e Dote0Wan .223K esta tcnica

    n!o deve ser usada antes de#a ter um n7ve# de rea#i$a!oaceit(ve#) Assim- esta estratia deve ser usada#enta e radua#mente- para ue a criana possamanter a#tos padr>es de rea#i$a!o nas actividadesSac e Si#5erman- .22K)re&uir o nmero&e a@u&as

    a@u&a no "rinc"iore&uir o n,el &e a@u&a

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    55Apre ndi$ aem Act iva na Cr i an a com %u# t idef ici&ncia 0 uia para educadores

    *. CaptuloO uso funcional dos sentidosA Viso e a Audio

    Cada um de n8s um indiv7duo Gnico) Todos temos onosso pr8prio esti#o de aprendi$aem- as nossas pr8priasmotiva>es e o nosso repert8rio de capacidades e denecessidades) A maior parte de n8s tem uma randeuantidade de ta#entos inatos para a aprendi$aem-permitindo0nos usar os sentidos como um uadro 5asepara nos desenvo#vermos- mesmo antes de nascermos)Por outro #ado- cada um tende a perce5er e a interpretaro mundo sua vo#ta- a partir de uma variedade de pontosde vista e"ternos- os uais nos permitem sentirm o 0 n o sconfort(veis ou desconfort(veis- ter a#um contro#o so5reo ue se passa connosco e com os outros- amar e ser

    amado))) ree#eR e Ant,onR- %aR .223K)Os sentidos da vis!o e audi!o s!o os principais canaispara se rece5er essa informa!o e"terna a n8s pr8prios)Deste modo- uando e"iste uma defici&ncia sensoria# acapacidade para perce5er e interpretar o am5iente- assimcomo as oportunidades de aprendi$aem encontram0sediminu7das)A viso- sentido da "iso e a criana

    multideficiente com defici)ncia "isual

    A vis!o afecta os outros aspectos do desenvo#vimento-tais como a (rea motora- o comportamento e"p#orat8rio-

    "erceber e inter"retaro mun&o

    senti&os &a ,isoe au&i-o

    5+Aprendi$aem Act iva na Cri an a com %u# t i de fi ci &ncia 0 ui a para educa dores

    ,iso ea"ren&ia0em

    "rocessar a inorma-oa crian-a com

    bai9a ,iso

    a (rea da #inuaem- a re#a!o afectiva- ))) 'rennan- Pec-4o##i- .22* e #ass- .221K- estando estimado ue cerca de 93bda aprendi$aem ocorre por via do sistema visua#)

    Sen!o ve?amos o caso dos recm0nascidos; o recm00nascido comea a sua vida o#,ando para a m!e ou parauem cuida de#e) Esse contacto ocu#ar e as e"press>esfaciais encora?am o desenvo#vimento da comunica!oentre am5os- assim como o desenvo#vimento socia# eemociona#) Por outro #ado- as capacidades motorasaumentam uando a criana a#cana os o5?ectos e semove para os e"p#orar) Por sua ve$- essa e"p#ora!oencora?a o desenvo#vimento da #inuaem e da fa#a)

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    Be#ativamente criana mu#tideficiente- devido aos diferentespro5#emas ue pode apresentar- as informa>esvisuais c,eadas ao Sistema Nervoso Centra# S)N)C)Kpodem ser incomp#etas e n!o apresentarem uma re#a!oaparente entre e#as serem desconectadasK- inf#uenciando-assim- a forma como o seu S)N)C) ir( processar a

    informa!o) Ve?amos como a informa!o visua# processada;/b das mensaens rece5idas no cre5ro pe#oor!o da vis!o s!o enviadas para os centros de associa!ovisua# para processar a informa!o acerca dasformas- #uminosidade- cor- taman,o- distncia- profundidade-#in,as- movimento- marens))) Todas estas informa>ess!o co#ocadas numa s8 imaem 0 aui#o uevemos) Dos centros visuais a informa!o enviada paraoutras partes do cre5ro) A #inuaem d( o nome aoue se est( a ver- as (reas motoras s!o respons(veispor a#canar o ue se est( a ver e a mem8ria c,amae"peri&ncias passadas para re#acionar com o ue se v&

    no momento) F o mais a#to centro de comando visua#ue comunica o recon,ecimento de uma pessoa ouo5?ecto a partir de e"peri&ncias sensoriais prvias)Como- norma#mente- a criana com 5ai"a vis!o rece5e ainforma!o visua# pouco c#ara- para a#m de- tam5m-poder ,aver envo#vimento de outros sistemas sensoriais-estes factores dificu#tam o processamento da informa!o)Se e#a tomar a#uma medica!o- este factor tam5mpode afectar a vis!o- como- por e"emp#o- o estar a#erta)Por estas ra$>es- a criana com 5ai"a vis!o v& o ue vBA p o i o s E d u c a t i v o s

    e n!o sa5e o ue deveria ver natura#menteK- n!o e"istindoduas pessoas com pro5#emas simi#ares a funcionarvisua#mente da mesma forma) As capacidades visuaisda criana como a acuidade visua#- o campo visua#- asfun>es 8cu#o0motoras- a percep!o da cor))) assimcom as suas caracter7sticas e ua#idades individuais-constituem factores inf#uenciadores do seu funcionamentovisua#) As capacidades conitivas- os aspectospsico#8icos- as interac>es sociais e as motiva>es e osoutros aspectos da persona#idade da criana determinar!oa forma como a5ordar( a sua defici&ncia visua# eos desafios por e#a apresentados)As dificu#dades verificadas no funcionamento visua# e-por ve$es- tam5m- no funcionamento auditivo dacriana mu#tideficiente- nem sempre s!o convenientementeana#isadas- devido s dificu#dades sentidas pe#ostcnicos na ava#ia!o ofta#mo#8ica e:ou auditiva destascrianas) No entanto- essencia# ue a criana rece5aapropriada correc!o de #entes ou de outras a?udastcnicas para poder ter acesso a mais informa!o)Adiciona#mente estratias educativas podem ser usadas

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    para a?udar a desenvo#ver estas (reas e a me#,orar a suacompreens!o acerca do mundo C,en e Dote0Wan- .223K)Assim- parte da sua adapta!o ao mundo depender(do am5iente onde a criana se encontra inserida) Estedeve convidar aprendi$aem- ser consistente e aestimu#a!o ser sinificativa para e#a) A estimu#a!o

    sensoria# deve dar0#,e oportunidade para perce5er ainforma!o sensoria# rece5ida dentro de um conte"tosinificativo e confort(ve#- de modo a permitir0#,e ae"p#ora!o dos o5?ectos envo#vidos na sua rotina di(riada forma mais natura# poss7ve#) Ou se?a- aprender a usare a compreender a informa!o sensoria# mais efica$ sefor rea#i$ado nas situa>es naturais- partindo de actividadessinificativas e motivantes)- ambiente e o uso funcional da "iso

    O pape# do am5iente na forma como a criana comdefici&ncia visua# funciona freuentemente poucocompreendido ou ne#ienciado) No entanto- a ava#ia!oca"aci&a&es ,isuais

    uncionamento ,isual

    estrat0ias e&ucati,as

    ambientea,alia-o &o ambiente

    #1Aprendi$ aem Act iva na Cr i an a com %u# t idef ici&ncia 0 uia para e duca dores

    a,alia-oobser,ar a crian-a

    do am5iente onde a criana se encontra inserida fundamenta# para o educador poder adeu(0#o scaracter7sticas e necessidades espec7ficas desta e poderdesenvo#ver as estratias apropriadas- no sentido deaumentar o seu funcionamento visua#)

    A ava#ia!o do am5iente deve ser funciona#- identificando0se as capacidades e as necessidades da crianaem termos de funcionamento visua#- nos diferentesam5ientes onde se encontra inserida) Atravs dosresu#tados dessa ava#ia!o o educador far( as necess(riasadapta>es e modifica>es nos am5ientes- paraoptimi$ar essas condi>es C,en e Dote0Wan- .223K) Assim-os factores am)ientais0 apesar de exteriores /criana constituem uma condio importante0afectando no s+ a forma como ela v mas tam).ma forma como explora o 5ue v) Esses factorespodem inc#uir a #uminosidade- o contraste- a cor- a

    distncia e o tempo) Pode0se fa$er pouco em re#a!o scaracter7sticas individuais da criana e perante asua#idades da sua persona#idade- mas modificando oam5iente e ensinando0a a usar essas modifica>espoder0se0( a?ud(0#a a usar me#,or a sua vis!o 'rennan-Pec e 4o##i- .22*K )A ?uminosi&a&e

    Be#ativamente #uminosidade- a uantidade- o tipo-

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    a direc!o e a posi!o da i#umina!o- assim como adistncia da criana perante a fonte #uminosa e a e"ist&nciade superf7cies com 5ri#,o ue provouem ref#e"o s!oaspectos inf#uenciadores da perfomance visua# dacriana) A#umas podem ser sens7veis #u$ e:ou aosmateriais 5ri#,antes e- deste modo- sentirem desconforto

    perante a ref#e"o e- por ve$es- at dores o ue imp#icaconseuentemente uma diminui!o das suas capacidadespara usar funciona#mente as capacidades visuais)uando a criana sens7ve# ao 5ri#,o uma 5asea5sorvente de fe#tro de cor preta pode constituir uma5oa 5ase de Htra5a#,oH) Por outro #ado- outras crianaspodem precisar de mais #u$ para verem me#,or)#2A p o i o s E d u c a t i v o s

    Por estas ra$>es importante o5servar a criana so5reuma variedade de condi>es de i#umina!o e e"perimentardiferentes fontes de i#umina!o) O uso

    funciona# da vis!o pode ser radua#mente aumentado-se o educador con,ecer as condi>es dos o#,os dacriana e a forma como a sua vis!o afectada por essascondi>es- com5inando a o5serva!o do comportamentoda criana e a e"perimenta!o em diferentesam5ientes)A Cor e o Contraste

    Outra forma de a?udar a criana a usar me#,or a suavis!o pode ser incrementar o contrasteentre o o5?ecto e o ue est( por detr(se redu$ir o nGmero de est7mu#os vo#ta do o5?ecto) A criana com 5ai"avis!o precisa de diferenas maise"aeradas entre o o5?ecto e o ueest( por detr(s:fundo) O preto e o5ranco providenciam um 5om contraste-mas outras com5ina>es comoas da imaem n)[ * s!o poss7veis-dependendo das caracter7sticas dacriana)uando se ava#ia o contraste da cor importantee"perimentar0se os o5?ectos com cores e taman,osdiferentes e com v(rios tipos de #u$) %odifica>essimp#es e econ8micas podem ser feitas na mesa- noc,!o- nos arm(rios- usando pape# autoco#ante- fe#tro-pape# de constru!o- tapetes- ta5u#eiros))) para modificara cor da superf7cie onde a criana se encontra)De rea#ar tam5m a importncia do contraste nase"peri&ncias so5re o espao) No caso da criana n!o tervis!o pode0se uti#i$ar diferentes te"turas)K Damano e a EistMncia

    uando e"iste uma perca da acuidade visua# ou docampo visua# um o5?ecto e:ou uma imaem pode ser

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    uso uncional &a ,isocontraste

    mo&iica-

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    com cores contrastantes ou com diferentes te"turas-de modo a a?udar a criana a or a n i $ a r0se noespaoY Use lan&mar:spara a?udar a criana a orani$ar0seno espaoY Crie um 5om contraste- entre o c,!o e a parede como

    por i)e) nos i#ustra a foto n)[ *i5idK%u0est (rennan Pec: e ?olli 1++2>4

    Foto n. 2

    orma claraambiente consistenteambiente reacti,o7

    materiais ori0inais

    e"iente em termos de concentra!o n!o deve contermuita informa!o visua# simu#tnea- nomeadamente sea criana tiver ceueira cortica#2 i5idemKY Use cai"as ou prate#eiras- para esta5i#i$ar os o5?ectosmais dif7ceis de se seurarem na posi!o correcta)Deste modo est( a dar informa!o criana ue e#a ospode encontrar sempre no mesmo #uar- a?udando atornar o am5iente mais consistenteY D&0#,e informa!o sensoria# o mais rica poss7ve#-atravs de o5?ectos e de te"turas na (rea de ?oo deforma a convidar a criana sua e"p#ora!o) O o5?ectivoser( construir um am5iente LreactivoM- ondeos seus movimentos espontneos e as suasac>es causem resposta convidativas repeti!o)Por e"emp#o- o movimento do 5rao pode tocar num5rinuedo ue toca em resposta a esse contacto- umpontap pode p_r um mo5i#e a irar perto dos o#,osda criana)))Y Use o5?ectos e materiais oriinais- ricos em reac>ese ue apresentem diferentes comp#e"idades nassuas componentes t(cti# e visua#) Estes podem serGteis ao funcionamento da criana- pois criamum am5iente reactivo- no ua# as ac>es e os5rinuedos s!o continentes com a sua manipu#a!oactivaY A p resente0#,e e#ementos surpresa durante aactividade- pois este aspecto pode a?ud(0#a adesenvo#ver s:ills7 visuais e t(cteis ree#eR e Ant,onR-.223K

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    Y Use o euipamento ?ittle Room7 ./- ver foto n)[ 1K-pois este pode contri5uir para proporcionar este tipode am5ientes)##A p o i o s E d u c a t i v o s2 Cortica# Visua# Impairment./ Ver descri!o deta#,ada acerca deste euipamento nas p(s) 9/- .330.39

    [ cap7tu#oKFoto n. 3-rienta/es 0ducacionais

    Para a#m das suest>es anteriormente apresentadas-indicar0se0!o a#umas orienta>es educacionais consideradasGteis interven!o a desenvo#ver ?unto destascrianas- neste m5ito- as uais inc#uem suest>esre#ativas estimu#a!o visua#- uti#i$a!o de actividadese materiais e a#umas considera>es acerca da criana)%u0est

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    Y O o#,ar e o ver s!o comportamentos diferentes)O educador deve estar atento a esta diferena- pois acriana pode o#,ar para o o5?ecto e n!o compreendero ue est( a ver) No entanto- se e#a a5rir a 5ocauando o#,a para a co#,er sina# de recon,ecimentodo o5?ecto)

    Tavernier- %aR- .221K%u0estes s!o sinificativas para e#a) Pore"emp#o- na ,ora da refei!o estimu#e a criana ao#,ar para o iourte e:ou para o pudim- de modo apoder indicar a sua prefer&nciaY As actividades de estimu#a!o visua# re a # i $ a d a sem am5ientes mais contro#ados- como por e"emp#ouando est( na ?ittle Room7- devem ser radua#mente

    mudadas para am5ientes mais naturais- como osreferidos anteriormente)%u0estes-ressonncias- ritmos- pesos e temperaturas- s!o

    tam5m importantes para activar estes sistemassensoriaisY O educador pode usar fita co#a de diferentes cores-para contrastarem com os o5?ectos di(rios da criana-#$A p o i o s E d u c a t i v o s

    de modo a torn(0#os mais vis7veis- por i)e) p_r riscasna caneca e:ou nos 5rinuedos criando padr>escomo i#ustra a imaem n)[ +Y Pode tam5m usar ta5u#eiros de diferentes cores paraproporcionar um 5om contraste de 5ase e definir (reasde Ltra5a#,oM ou de a#imenta!o)%u0estes derespira!o- o es5oar de um sorriso)))Y O educador deve ter em aten!o os posicionamentosda criana- nomeadamente no caso das criana compro5#emas motores- o ue pode ser feito com a a?uda

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    do tcnico de fisioterapia ou de terapia ocupaciona#)A audio- sentido da audio e a criana

    multideficiente com defici)ncia "isual

    A capacidade para ouvir fundamenta#- so5retudo nocaso da criana cea) Atravs da informa!o auditiva a

    criana pode aprender a recon,ecer os mem5ros dacontrasteres"ostas subtis

    "osicionamentos

    ca"aci&a&e "ara ou,ir

    #+Apre ndi$ aem Act iva na Cr i ana com %u# t idef ici&ncia 0 uia para educadores

    *ma0em n. 4 Fonte> **%A 1++5>+!5

    acti,aescoler

    "ro&u-o &e sons

    fam7#ia- a recon,ecer o ue se passa sua vo#ta- afa#ar e a mover0se independentemente) A audi!opermite0#,e ainda e"p#orar actividades auditivas arad(veis-

    tendo possi5i#idades de encontrar form a srecreativas positivas) F freuente a criana mu#tideficientecea parar os seus movimentos uando ouveum som- de modo a escutar mais atentamente o ueouviu) Para ta#- precisa de estar inserida num am5ienteonde ten,a possi5i#idade de aprender ue um som provocado por a#o e ue e#a pr8pria pode produ$irsons) Esta condi!o pode a?ud(0#a a tornar0se maisactiva e uanto mais cedo fi$er esta aprendi$aemme#,or) Um dos materiais faci#itadores desta aprendi$aem o euipamento ?ittle Room7.A produo de sons e a ittle Room

    Este euipamento permite criana ser mais activa efa$er as coisas a partir da sua pr8pria iniciativa- poisatravs das repeti>es imediatas- pode ser capa$ deuardar e recon,ecer e"peri&ncias- sa5endo o ue fe$para a sua concreti$a!o) Por outro #ado- pode tam5mcomparar as e"peri&ncias t(cteis com as auditivas-rea#i$(0#as de acordo com o seu tempo e uando #,eapetece- ou se?a- por sua #ivre vontade- sem a inf#u&nciadirecta dos outros) A partir destas compara>es aprendea encontrar um o5?ecto espec7fico) Com este euipamentoa criana tem oportunidade de esco#,er oso5?ectos- fa$er seu&ncias de ?oos e compar(0#as-

    aprender so5re as formas- o peso- o taman,o e asuperf7cie de cada o5?ecto particu#ar) Este euipamentopode ainda faci#itar a aprendi$aem do 5a#5uciar evoca#i$ar) Os sons produ$idos pe#o pu"ar- apan,are #arar dos o5?ectos encora?am a produ!o e a e"perimenta!odos diferentes sons poss7veis) Tendo v(riase"peri&ncias acerca da produ!o dos sons- com diferenteso5?ectos a criana pode aduirir o conceito5(sico de ue os sons t&m uma fonte e- desta forma- ser

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    capa$ de procurar um o5?ecto apenas atravs de umapista sonora)!BA p o i o s E d u c a t i v o s

    -s sons do ambiente da sala de acti"idades

    A uantidade de informa!o auditiva e"istente na sa#a de

    actividades e o feed5ac acGstico s!o factores muitoimportantes para estas crianas- principa#mente se acriana n!o v&) A e"ist&ncia de um am5iente com informa!oauditiva em e"cesso os sons das campain,as atocar- o som do te#efone- os sons das pessoas afa#aremK pode tornar0se confuso para e#a) Assim-a#uns passos podem ser dados para a a?udar a fami#iari$ar0se com os sons do seu am5iente)Y D& a con,ecer criana uando ir!o acontecer determinadossons e:ou diminua a#uns desses sons doam5iente) Desta forma- dar0#,e0( informa!o Gti# paraa a?udar a orani$ar0se nesse am5iente sonoro)

    Y Use a#catifas no c,!o e:ou cortinas nas ?ane#as paradiminuir a uantidade de sons e"istentes numam5iente mais ruidoso- assim e#a pode compreenderme#,or a informa!o da7 proveniente)O tacto e o uso das mosO uso das mos e a criana multideficiente comdeficincia visualAs m!os desempen,am uma fun!o e"tre m a m e n t eimportante no desenvo#vimento da criana) E#as podemser uma forma de aduirir informa!o- nomeadamentese e#a n!o v&) Podem ser usadas como ferramentas eserem um or!o dos sentidos inte#iente e Gti# para e#a)

    Atravs das m!os- a criana- pode ter acesso a materiais-a pessoas e- muitas ve$es- #inuaem- de outra formaimposs7ve#) Para ta#- tem de aprender a us(0#as comoum meio de aduirir informa!o) Deste modo- as m!ostornam0se poderosas para actuar so5re os o5?ectos e aspessoas- para e"p#orar o mundo e para se movimentarde uma forma mais seura)Norma#mente a criana sem vis!o #eva mais tempo atra$er as m!os #in,a mdia do corpo e a ?unt(0#as-assim como a desenvo#ver a preens!o intenciona#quanti&a&e &e inorma-o

    au&iti,aos sons &o ambiente

    moserramentasa"ren&er

    !1Apre ndi$ aem Act iv a na Cr iana c om %u# t idef ici &ncia 0 uia para educadores

    e9"lora-omanual &os ob@ectos

    mobili&a&e

    inorma-o tIctili"ertens,eis

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