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Prof. Roberto Dias
Janeiro / 2009
Estas Notas de Aula apresentam apenas uma orientação para estudo dos temas
discutidos em aula. O aluno deve estudar a matéria pelas referências bibliográficas
indicadas para a disciplina.
ATENÇÃO: Os diversos assuntos abordados nesta Notas de Aula serão
complementados durante as aulas. É importante que o aluno participe das aulas e
faça as anotações complementares.
IINTRODUÇÃO: O AMBIENTE COMPETITIVO 3
IIFUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 4
I ORGANIZAÇÃO 10
IV PLANEJAMENTO 32
V DIREÇÃO 37
VI CONTROLE 47
VIIECONOMIA DO CONHECIMENTO: Conceitos Básicos53
VIII TEXTOS COMPLEMENTARES 56
Notas de Aula – Fundamentos de Administração – Jan/2009
Estas Notas de Aula apresentam uma orientação para estudo dos temas discutidos
em aula. O aluno deve estudar a matéria pelas referências bibliográficas indicadas
para a disciplina. É importante que o aluno participe das aulas e faça as anotações
complementares.
1Se Darwin fosse um Analista de Empresas
A teoria da evolução nasceu na Biologia e tornou-se “multidisciplinar” pelo
conceito de sobrevivência em ambientes competitivos, para explicar a formação de
estruturas sociais complexas, como, por exemplo, as empresas e outras
organizações.
A seleção natural é um processo básico que justifica e torna compreensível a
conformação (ou o desenho) dos organismos a cada momento, na medida em que,
nessa luta constante, somente aqueles que conseguem boa performance continuam a
existir.
Um equipamento, seres vivos e as organizações têm uma certa quantidade de
desenho. Um ambiente competitivo testa a qualidade de cada desenho de cada
participante, eliminando os de má qualidade e aperfeiçoando os de melhor resultado.
Desta forma, constitui-se o que Charles Darwin (referindo-se ao processo de
seleção) chamou de Princípio de Acumulação de Desenho. Para Darwin, os registros
físicos das etapas por que passa um ser vivo ao longo de sua evolução podem ser
estudados através de engenharia reversa. Desmonta-se um objeto para entender a
sua estrutura, função e a importância de cada uma de suas partes componentes.
Empresas são cada vez mais submetidas a uma versão análoga do Princípio de
Acumulação de Desenho. Com o tempo, vão reunindo um conjunto de regras e
postulados que atestam sua evolução para benchmarks competitivos e melhores
práticas no negócio. Convencionou-se denominar cultura os hábitos, costumes,
rotinas e atitudes estabelecidas entre os funcionários de uma companhia. Quando a
empresa apresenta bons resultados de forma consistente, diz-se que sua cultura é
vencedora.
1 Texto extraído do artigo “Se Darwin fosse um analista de empresas”, Carta Dynamo,
2o trimestre de 1998. Dynamo Administração de Recursos Ltda. Rio de Janeiro.
Não podemos imaginar a existência de uma empresa, ou outros tipos de
organização (órgãos governamentais, forças armadas, igrejas, entidades sem fins
lucrativos, etc) sem o concurso da administração. È certo que não podemos alcançar
um fim sem usar os meios, e uma das vias que conduzem ao objetivo das empresas
ou entidades é a administração.
Os administradores são pessoas importantes em qualquer empresa ou
organização. Tais administradores são pessoas encarregadas de fazer planos,
organizar, dirigir e controlar as operações, através do esforço conjunto dos
funcionários. Todas essas atividades são feitas com recursos de técnicas
administrativas.
Os administradores devem adquirir os conhecimentos necessários ao bom
desempenho de suas funções, pois não basta conhecer determinado assunto (ou
especialização técnica) para que o indivíduo se julgue em condições de administrar
esta ou aquela empresa. Um bom médico, em determinada especialização, pode não
ter aptidão para administrar um hospital. Um grande técnico em engenharia pode
fracassar como administrador de uma empresa ou no desempenho de um cargo
público no governo de uma cidade ou país. Quando uma pessoa tem capacidade
administrativa, adquirida através dos estudos e da prática, terá maiores chances de
sucesso, seja na administração de um laboratório farmacêutico, de uma fábrica de
biscoitos, de um supermercado, etc, embora cada uma produza coisas diferentes.
Concluímos, pois, que a técnica administrativa nas empresas é de vital importância
para o seu sucesso.
As denominadas escolas de administração representam as várias correntes do
pensamento, cada uma delas vendo a administração de um ponto de vista diferente.
Cada uma das escolas ou correntes tem os seus seguidores ou adeptos, contudo,
parece que a divergência entre eles reside na interpretação das palavras usadas por
todos, a começar pela própria expressão "Administração" e outras, tais como
"Gerência", "Organização", "Liderança", "Motivação", "Processo", "Sistema", "Método",
etc.
São seis as escolas de administração:
Escola do Processo Administrativo (também conhecida por tradicional ou
universalista): A administração é um processo de realizar coisas por meio de pessoas,
este processo é válido universalmente e de sua análise resultam os princípios ou
normas que facilitam a ação de administrar.
Escola Empírica ou de Observação: A administração é o resultado das
observações da experiência e da prática de todos os dias. A experiência e a prática
são generalizadas e transmitidas aos estudantes e administradores práticos.
Escola de Comportamento Humano (também conhecida por escola das
"relações humanas" ou "behaviorista"): A administração é o estudo das relações
humanas. Esta escola se baseia no princípio de que as pessoas trabalham juntas, em
grupos então, umas devem entender as outras.
Escola do Sistema Social: A administração é considerada um sistema social,
isto é, um sistema de relações culturais dos grupos sociais. Os grupos sociais
(reunião de pessoas que possuem as mesmas ideias, os mesmo sentimentos, os
mesmos desejos etc.) formam as instituições, como as instituições familiares, as
instituições económicas (empresas), as instituições religiosas, as instituições
governamentais etc. Os fins dessas instituições são alcançados através de um
sistema cooperativo de seus membros.
Escola da teoria das decisões: A administração não é outra coisa senão a
tomada de decisões.
Tudo que não existe numa empresa é englobado no processo de decisões, ou
seja, a escolha que se deve fazer em face das várias alternativas que oferecem um
curso de ação. Considera-se decisão um curso de ação escolhido por aquele que
decide. Sobre a tomada de decisões, como finalidade de informatização de empresas
através do serviço de computação eletrônica.
Escola matemática: A administração é um sistema de modelos matemáticos.
Trata-se do uso da matemática no campo da administração. Os problemas
administrativos são resolvidos por meios matemáticos, surgindo, então, os modelos
que facilitam o trabalho dos administradores.
Como vimos na classificação das escolas de administração, cada uma delas
define a administração a seu modo, porém a maioria está de acordo que a
administração procura fazer alguma coisa com e por meio de pessoas. Podemos,
então, aceitar dois conceitos de autores norte-americanos.
Conceito de HAROLD KOONTZ:
"Administração é a arte de realizar coisas com e por meio de pessoas em grupos
organizados".
Conceito de WILLIAM H. NEWMAN:
"Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de
indivíduos para um objetivo comum".
HAROLD KOONTZ inicia o seu conceito dizendo que a Administração é uma
arte de realizar coisas. Para ele, a arte administrativa compreende a aplicação de
diversas técnicas práticas, as quais, por sua vez, estão baseadas em conhecimentos
de várias ciências (Psicologia, Sociologia, Economia, Matemática e outras ciências).
Nesse raciocínio, o administrador, no desempenho de suas funções, aplica (com base
nos seus estudos ou na sua experiência) os princípios de Psicologia, Sociologia,
Economia, Matemática e de outras áreas do conhecimento humano.
Uma administração de empresas lida com pessoas que excutam os trabalhos
ou serviços para os quais contratados. Ao coordenador o trabalho dessas pessoas o
administrador desempenha suas através de quatro grandes grupos de processos
administrativos:
• PLANEJAMENTO – Traça objetivos de longo prazo, metas e planos de ação,
analisando o ambiente em que a empresa atua, avaliando cenários futuros.
• ORGANIZAÇÃO – Estrutura a empresa, reunindo de forma coordenada pessoas,
recursos financeiros e físicos, recursos informacionais, para alcance das metas e
objetivos da empresa.
• COMANDO OU DIREÇÃO – Conduz e coordena o trabalho do pessoal, o uso dos
recursos, avalia resultados alcançados e toma decisões .
• CONTROLE – Verifica se tudo está sendo feito de acordo com o que planejado e as
ordens dadas, fornecendo feedback para o planejamento e para a direção da
empresa.
O quadro abaixo ilustra os quatro grupos de processos essenciais para a
administração:
Direção
Planejamento Organização Controle
A administração de empresas lida com inúmeras áreas de conhecimento
aplicado à atividade empresarial:
9 Planejamento Estratégico e Operacional 9 Orçamento e Finanças 9 Controladoria e
Contabilidade 9 Marketing e Vendas 9 Recursos Humanos e Desenvolvimento de
Pessoas 9 Tecnolgia 9 Informação 9 Produção e Materiais 9 Logística
Cada uma dessas representa, por si só, uma disciplina de estudos
aprofundados que são aplicados na administração de empresas e, ampliando o
conceito, organizações de modo geral. Essas disciplinas utilizam conhecimentos de
base, de outras áreas do conhecimento, como por exemplo:
Matemática e Estatística
Ciências da natureza: Física, Química
Ciências sociais: Economia, Psicologia, Sociologia, Filosofia
As diversas atividades realizadas nas empresas podem ser agrupadas, em sua
essência, em três grandes grupos:
9 PROJETOS
Essas atividades devem planejadas, dirigidas, executadas e controladas, e
estão sujeitas às limitações de recursos (financeiros, físicos e humanos) e de
tecnologia. O quadro a seguir apresenta uma síntese desses grandes grupos de
atividades das empresas.
Dia-a-dia das atividades da organização na produção e distribuição dos produtos e
serviços.
Resultante das operações da organização.
Desenvolvimento e implantação de:
Os conhecimentos das diversas áreas estão inseridos nos produtos e serviços.
novos processos; novas tecnologias; Os conhecimentos das diversas áreas são
aplicados na produção dos produtos e serviços.
melhorias dos atuais processos e produtos & serviços.
Representam os custos de produção da empresa. Representam a receita para a
empresa.
Representam algo ‘novo’ para a empresa.
Visão de eficiência Visão de eficácia Visão de futuro
I ORGANIZAÇÃO Direção
Planejamento Controle Organização
As organizações, e em particular as empresas, podem ser consideradas como
um sistema administrativo. Internamente esses sistemas são compostos de
subsistemas ou elementos e interação, que estão subordinados a regras operacionais
(políticas, normas, procedimentos, objetivos, metas,...).
Nos anos recentes as fronteiras que delimitam o ambiente e estão cada vez
mais “difusas”, surgindo as chamadas empresas “virtuais”. Nessa tendência, o espaço
e a localização física começam a perder importância. Crescem de importância o
conhecimento e resultados alcançados.
A empresa, como todas as organizações, interage com o seu meio ambiente.
Tem “vida”: age e reage em relação ao ambiente externo. Pode-se observar essas
relacionamentos através de duas visões:
A visão sistêmica, através da qual a empresa é analisada como um sistema aberto,
composto por um determinado conjunto de subsistemas que realizam uma série de
processos operativos apresenta sintomas de ‘stress’, ‘prostração’, ‘alegria’ ‘euforia’,
A visão orgânica, onde a empresa é vista como um organismo vivo, e tem uma série
de ‘reações’. Diferentemente de um conjunto mecânico de processos operativos, a
empresa tem reações de um organismo: pensa, reage, aprende (tem uma curva de
aprendizado), apresenta padrão de comportamento, tem cultura uma organizacional,
Visão sistêmica: A organização analisada como um sistema aberto, com
diversos subsistemas internos que realizam processos operativos.
Resíduos
Ambiente Externo
Consumidores / mercado Concorrência: local e internacional Ambiente social
Conjuntura política e econômica, local e internacional
Ecologia Governo / legislação Grupos de interesses
Fatores
Capital Trabalho
Saídas (outputs)
Produtos Serviços
Insumos (inputs)
Energia/água/
Matéria prima Componentes Informação
$ Vendas
$ Investimentos
$ Financiamentos
Sensores
− Causam distúrbios na transmissão da informação
− “Vícios” no fluxo da informação
Visão orgânica: a organização analisada como um ‘organismo vivo’. A empresa
pensa, reage, aprende (tem uma curva de aprendizado), apresenta padrão de
comportamento, tem cultura uma organizacional, apresenta sintomas de ‘stress’,
‘prostração’, ‘alegria’ ‘euforia’,.
Resíduos
Ambiente Externo
Consumidores / mercado Concorrência: local e internacional Ambiente social
Conjuntura política e econômica, local e internacional
Ecologia Governo / legislação Grupos de interesses
Fatores
Capital Trabalho
Saídas (outputs)
Produtos Serviços
Insumos (inputs)
Energia/água/
Matéria prima Componentes Informação $ Vendas
$ Investimentos
$ Financiamentos
Organismo:
Conjunto de células com funções integradas.
A organização significa a ação de estruturar empresa, reunindo de forma
coordenada e eficiente as pessoas e os recursos materiais necessários à execução
do trabalho.
Agora vamos estudar com mais detalhes o processo administrativo de
organizar uma empresa, ou seja, a sua estrutura organizacional.
Conceitualmente podemos dizer:
"Organização é o processo administrativo que visa à estruturação da empresa;
reunindo pessoas e os equipamentos, de acordo com o planejamento efetuado".
Considerando a empresa como sendo uma estrutura com objetivos
econômicos, a estrutura organizacional compreende o arranjo ou agrupamento de
todos os seus órgãos (departamentos, divisões e seções) formando um todo ou
conjunto, de acordo com os modelos ou tipos de estrutura descritos no próximo item.
A estrutura organizacional determina quais os cargos ou postos que devem ser
ocupados pelas pessoas, bem como as funções (ou serviços) a serem
desempenhadas por elas. Ao definir quem deve ocupar os cargos ou postos e as
funções (ou serviços) de cada pessoa, a estrutura organizacional estará
estabelecendo a linha de autoridade e respectivas responsabilidades dentro da
empresa. Quando a empresa é organizada segundo o que acabamos de expor,
podemos dizer que estamos diante daquilo que se chama "Estrutura de Organização
Formal".
Acontece que nas empresas nem sempre são respeitados os cargos, a
autoridade, a responsabilidade as rotinas de trabalho etc. Por interesse ou
conveniência de certas pessoas ou grupos de pessoas, a forma pela qual a empresa
se acha estruturada costuma ser alterada. Outras relações entre as pessoas são
estabelecidas. Essa outra forma de organização é conhecida por esta denominação:
"Estrutura de Organização Informal".
Portanto, o processo administrativo de organização de uma empresa tanto se
preocupa com o arranjo ou agrupamento dos seus órgãos, como também com o
estabelecimento das relações entre as pessoas que integram esses órgãos. O arranjo
e agrupamento dos órgãos de uma empresa e as relações entre as pessoas que nele
trabalham constituem a sua estrutura organizacional.
Para uma visão mais formalizada vamos considerar os aspectos vistos no item
anterior onde as empresas apresentar características de organização de duas formas:
1) Estrutura de Organização Formal: deliberada pelos administradores, segundo o
planejamento efetuado, apresentando estabelecimento da linha de autoridade (que
tem autoridade sobre os subordinados) e a linha de responsabilidade (quem tem de
prestar obediência a determinada autoridade).
2) Estrutura de Organização Informal: aparece como resultante de interesses ou
conveniência de certas pessoas ou grupos de pessoas.
Primeiramente deve ser destacado que não existe uma melhor estrutura
organizacional. A melhor forma organizacional é a que permite à empresa:
• tomar decisões eficazes e implementar as decisões
• tratar a informação de forma eficiente
• manter-se competitiva, sobrevivenddo no mercado a longo prazo
ORGANOGRAMAS – algumas considerações:
A estrutura organizacional de uma empresa pode ser representada graficamente. Este
gráfico é conhecido pelo nome de organograma, existem muitos modelos
organogramas. Estudaremos o modelo tradicional ou clássico, reconhecidamente o
mais usado. O organograma clássico, também conhecido por organograma de caixa e
linha, o mais empregado entre todos os gráficos de organização.
Podemos definir o organograma da seguinte maneira:
Notas de Aula – Fundamentos de Administração – Jan/2009
Estas Notas de Aula apresentam uma orientação para estudo dos temas discutidos
em aula. O aluno deve estudar a matéria pelas referências bibliográficas indicadas
para a disciplina. É importante que o aluno participe das aulas e faça as anotações
complementares.
"Organograma é o gráfico que representa os órgãos da empresa e as relações de
autoridade e responsabilidade existentes entre si".
Neste tipo de gráfico, os órgãos de direção, assessores, administrativos e de
execução devem ser indicados por meio de retângulos ou caixas (interiormente
devem receber, em sentido horizontal, os nomes dos órgãos), enquanto que as
relações de autoridade e responsabilidade são representadas por meio de linhas.
Ao se desenhar o organograma, cumpre observara distribuição dos órgãos no plano.
Considera-se plano de um organograma a parte ou espaço da folha de papel onde
devem ser desenhados os órgãos da empresa..
Devemos ter em mente a divisão do papel em três partes ou espaços: 1. Espaço
Superior (1o plano); 2. Espaço Intermediário (2° plano); 3. Espaço inferior (3° plano).
Os órgãos devem ser expostos nos três planos, da seguinte maneira:
• No primeiro plano: os órgãos deliberativos (assembléia de acionistas, presidência,
superintendência, diretoria, gerência, etc, e assessores (a assessoria técnica, legal,
financeira, contábil, etc), isto é, órgãos que tomam as decisões e determinações e
órgãos auxiliares que facilitam o desempenho da linha de administração.
• No segundo plano: os órgãos administrativos (órgãos que exercem atividades-meio),
com autoridade diretiva, ou seja, os órgãos que dirigem a empresa.
• No terceiro plano: os órgãos auxiliares ou executivos (órgãos que exercem
atividades-fins), como, por exemplo, os órgãos que executam os serviços.
Modelo de organograma de uma grande organização:
Aspectos
Características da Linha e do Staff
Papel Principal
Atuação
Tipo de Atividade
Responsabilidade Exemplo
Staff
Assessora
Presta consultoria e assistência
Recomendação
Alternativas Trabalho de gabinete
Pelo planejamento e pelas sugestões
Gerente de Staff
Linha
Decide
Cuida da execução
Comando
Ação Trabalho de campo
Pela operação e pelos resultados
Gerente de Departamento
Staff Linha
Organização
CentralizadaOrganização Descentralizada
Organização “Alta” (hierarquizada) Organização “Achatada” Algumas características
no formato da estrutura organizacional
As funções básicas da empresa:
Funções Administrativas
Planejamento Organização Direção Controle
Funções de R H Funções Comerciais
Funções Financeiras Funções de Segurança
Funções Técnicas Funções Contábeis
A partir dos anos 1970/80, com diversas mudanças econômicas, políticas,
sociais ocorridas a nível mundial, as empresas sofreram um “choque”. Fatos como os
movimentos estudantis em 1968, as crises do petróleo no início dos anos 70 (crise
com grande impacto nos custos de energia e nos custos de produção), ocasionaram a
necessidade de uma série de mudanças nos processos produtivos, nos produtos, nas
estruturas organizacionais, e nos processos decisórios.
Em meados dos anos 70 surgiram as “reengenharias” de processos e de
produtos. Surgiram, em seguida, as diversas formas de reestruturação da produção e
aumento da qualidade, como os modelos de “Qualidade Total”, “Just-in-time”, e
outros. Como resultados, tarefas eliminadas por automação e reestruturação de
produtos e processos, ou terceirizadas. Parte da organização deslocada para uma
nova organização. Outras atividades passaram a ser feitas com parcerias estratégicas
de negócios.Diversos autores citam essas mudanças como a “reinvenção da
organização”.
O impacto nas estruturas organizacionais pode ser visto nos quadros a seguir,
que mostra esquematicamente as transformações ocorridas (e ainda ocorrendo em
muitos casos). Um aspecto muito importante desse “enxugamento” nas empresas foi
a redução da distância entre a decisão e a ação.
Tarefas eliminadas por automação e reestruturação de produtos e processos,
ou terceirizadas
Atividades feitas com parcerias estratégicas de negócios
Parte da organização deslocada par uma nova organização
Nova estrutura da organização:
Com a reestruturação ocorre uma redução na distância entre os níveis de
decisão e os níveis de execução da decisão (ação).
Com a redução da distancia entre decisão e ação a empresa fica mais ágil,
mais focada em seu negócio (“core business”).
A decorrência dessas transformações é que as áreas chave para o sucesso
das organizações podem ser apontadas em três grupos de fatores:
- Pessoas - Processos de negócios
- Tecnologia da informação
O departamento é uma divisão ou órgão da empresa, encarregado de um
conjunto específico de tarefas ou atividades.
A característica fundamental do tipo linear departamental é a divisão de
trabalho e direção de certo número de departamentos, num mesmo nível de
autoridade. Estes departamentos, por sua vez, comportam subdivisões em setores e
seções, repetindo-se a característica do mesmo nível de autoridade nos escalões
sucessivamente inferiores, cada um com suas atribuições específicas.
Este tipo de organização também atende aos princípios de unidade de
comando e direção porque, embora haja vários departamentos com o mesmo nível de
autoridade, dentro de cada departamento a estrutura é linear e não há interferência
entre departamentos, setores ou seções do mesmo nível. Os departamentos do
mesmo nível de autoridade estão também sob uma única autoridade direcional.
Existem vários critérios para a criação de departamentos numa estrutura
organizacional (tanto para o agrupamento de funções quando da reorganização de
empresas), porém, os mais comuns são aqueles que levam em conta:
• As funções (ou serviços) executadas;
• As mercadorias e/ou serviços de consumo produzidos;
• O processo (ou equipamento) de produção;
• As áreas geográficas de atuação da empresa;
• Os clientes da empresa;
• A combinação dos critérios anteriores.
Dependendo do tipo de atividade econômica desenvolvido pela empresa e do
porte dela, pode haver várias formas de divisão departamental:
• Departamentalização por função: quando os grupos de atividades ou funções de
uma empresa são reunidos em departamentos distintos, cada um sob uma direção
administrativa. Ex.: departamento de produção, de compras, de vendas, de tesouraria,
de pessoal etc. É o tipo mais comum em empresa de médio porte.
• Departamentalização territorial: também denominada geográfica ou por área,
utilizada pelas empresas territorialmente muito espalhadas, confiando-se uma ou
várias unidades a uma direção regional ou mesmo internacional, no caso das
companhias multinacionais.
• Departamentalização por produto: é o caso de empresas cuja produção é
amplamente diversificada, dividida em torno de produtos ou grupo de produtos. Por
exemplo, uma grande indústria de produtos químicos com divisão em cosméticos,
divisão em produtos farmacêuticos etc.
• Departamentalização por área de consumo: tendo em vista o mercado
consumidor diferenciado, uma empresa pode seguir este critério como, por exemplo,
uma grande casa de comércio que separa o atacado e o varejo em departamentos
específicos.
As empresas podem empregar ainda formas de departamentalização
combinadas, utilizando mais de um critério de divisão departamental. Uma empresa
com departamentalização territorial, por exemplo, pode adotar uma divisão
departamental por função para cada unidade regional.
Como já vimos, as empresas reúnem certo número de pessoas que trabalham
para determinado fim. Estas pessoas são admitidas e preenchem ou ocupam os
diversos cargos, definindo-se, então, suas atividades ou funções. Ao mesmo tempo,
delega-se a autoridade e fixam-se as responsabilidades de todo pessoal. Dessa
forma, a organização da empresa deve levar em conta três questões:
Divisão do Trabalho.
As duas primeiras questões serão abordadas neste item e a terceira no item
subsequente. Primeiramente cumpre-nos dizer o que se deve entender por autoridade
e responsabilidade. Podemos defini-la assim:
"Autoridade é o direito de mandar e o poder de se fazer obedecer"
"Responsabilidade é a obrigação de fazer e prestar contas do que foi feito".
No que diz respeito à autoridade podemos dizer que ela é delegada de cima
para baixo na tinha hierárquica da empresa. Por exemplo: numa sociedade anônima,
essa delegação de autoridade parte da assembléia geral dos acionistas, que elege a
diretoria, atribuindo-lhe a competente autoridade; esta, por sua vez, delega a
autoridade aos gerentes, chefes e encarregados de serviços, até alcançar o nível
inferior da empresa.
A delegação de autoridade que acabamos de descrever é caracteristicamente
formal. Ela também pode ser informal. De fato, a autoridade pode ser atribuída a uma
pessoa pelas demais, o que ocorre por diversos motivos, tais como posição que a
pessoa ocupa na empresa, personalidade marcante de um indivíduo, reconhecimento
do grau de capacidade de um funcionário, poder de liderança de uma pessoa, grau de
relacionamento social do empregado etc.
Concluímos então que este item declarando que, na organização ou "estrutura
formal" de uma empresa, alinha de autoridade vai de cima para baixo, enquanto que
linha de responsabilidade de "baixo para cima".
Considerações sobre o ‘poder’ nas empresas: Poder do cargo Æ poder
concedido, é do cargo que a pessoa ocupa e pode ser retirado
Poder de referência Æ poder pessoal, pertence ao indivíduo, não depende de cargos e não
pode ser retirado
Os cargos funcionais (gerente,
chefe,
) perdem
poder∗O profissional com conhecimento aumenta o seu poder∗
A estrutura de organização informal não é visível nas empresas, mas ninguém
pode negar sua existência. Como dissemos linhas atrás, por conveniência ou por
interesse de uma pessoa ou grupo de pessoas, a forma pela qual a empresa está
estruturada costuma ser modificada ou alterada, não sendo respeitados os cargos, o
grau de autoridade, bem como as rotinas de trabalho. Existem muitas razões para
justificar as mais variadas alterações ou desvios daquilo que foi planejado e
organizado, este fenômeno é comum em toda organização humana, pois sempre
aparece alguém procurando modificar ou alterar o que existe, o que, às vezes, é um
bem, desde que beneficie a todos os interessados na organização. Isso no bom,
sentido, porque, quando se trata de levar vantagem com prejuízo para alguém, então
a prática é condenável.
Os pontos fundamentais para as empresas, e organizações de modo geral, são
observados nos seguintes aspectos:
¾ Todas as pessoas da organização devem entender quem é o cliente e o que os
clientes esperam da organização
Organização das atividades ¾ para alcançar clientes de forma melhor e mais rápida
Como decorrência ¾ , qualquer processo ou atividade que efetivamente não agregue
valor ap negócio deve ser eliminada.
¾ Isso acarreta uma fragmentação da organização
Porém,¾ das atividades que não agregam valor a uma organização podem agregar a
outra organização
¾ Com isso, surgem redes de relacionamento.
A informação alcança todos os níveis da organização, como decorrência: ¾ É preciso
repensar a gestão de modo integrado.
Repensar => significa mudar funções e processos.
¾ A organização deve mudar para sobreviver e estar sempre se adaptando à
“ecologia” dos negócios (vide artigo “Se Darwin fosse um analista de empresas”).
¾ O ambiente dos negócios está testando as empresas, de modo cada vez mais
rápido e somente as mais capazes sobrevivem.
As características básicas da Reengenharia e da Qualidade Total são as
seguintes:
REENGENHARIA ♦ Mudança drástica, ♦ Conduzida pelo principal executivo da
organização
♦ Alto risco para a organização TOP DOWN
QUALIDADE TOTAL ♦ Processo contínuo de melhoria, ♦ Mais lento,
♦ A partir de todas as pessoas da organização UP
Diagrama de aplicação de ações combinadas de Qualidade Total e Reengenharia:
Performance /
Qualidade Total – objetivo de melhoria contínua
Tempo resultados Reengenharia – objetivo de melhoria drástica
Diferenças básicas: Reengenharia x Qualidade Total
Abordagem Melhoria radical Melhoria incremental Estratégia da mudança Geral
(drástica) Incremental (passo a passo) Tipo de mudança Cultural e estrutural Cultural
Ponto de partida “Do nada” (processos todos novos) Processos existentes
Freqüência da mudança Esporádica Contínua Nível de participação Baixo Alto Risco
organizacional Alto Baixo a moderado Estilo de mudança Mandatário (autoritário) Por
consenso
Papel da tecnologia da informação Fundamental Acidental
Visão com relação aos processos atuais Totalmente errados Basicamente bons
Foco Em todos os processos Um processo por vez
Base de formação – matriz estrutural GRUPOS FUNCIONAIS
- Reflexo da nossa estrutura: social, econômica e cultural. - Equilíbrio dinâmico nas
relações internas e externas
- Pontos importantes:
∗ Agilidade no tratamento eficiente das informações
∗ Agilidade nos processos de tomada de decisão: decisões eficazes e implementadas
∗ Equilíbrio na distribuição do poder dentro da organização
Pirâmide Reflexo social e cultural
Os “mundos” das Organizações
Político Poder
Técnico Qualificação técnica e gerencial
Tarefas Cumprir normas
Poder:
- Equilíbrio nas funções internas e nos fluxos de informação e nos processos de
decisão - Ser competitivo frente ao ambiente externo
Planejamento estratégico Planejamento de poder das organizações
IV PLANEJAMENTO Direção
Planejamento Controle Organização
Quando estudamos os processos de administração, verificarmos que o primeiro
deles consiste no planejamento. Melhor definindo, podemos dizer de planejamento:
É o processo administrativo que traça objetivos de longo prazo, metas e planos
de ação, analisando o ambiente em que a empresa atua, avaliando cenários futuros.
O planejamento significa decidir adiantadamente o que deve ser feito para
alcançar determinado objetivo ou meta. Em uma linguagem simples, planejar é
“pensar antes de fazer”.
O planejamento é um fato muito comum. Todos nós vivemos planejando
alguma coisa. Orando pretendemos ir ao centro da cidade com nosso automóvel,
planejamos o caminho a ser percorrido. As donas de casa planejam as refeições da
família. Uma festa de formatura é planejada pêlos diplomados de uma escola. Nota-
se, então, que o planejamento é um comportamento humano muito natural. O mesmo
acontece com os administradores de empresas. Eles estão sempre planejando algo
para suas empresas. Convém dizer que, além de planejar, os administradores
organizam. dirigem e controlam as atividades do pessoal que trabalha sob sua
orientação e coordenação.
Existem muitas classificações de tipos de planejamento administrativo. Visando
simplificar a questão, podemos aceitar a classificação de dois tipos principais de
planejamento administrativo:
Planejamento geral, como a própria denominação indica, é usado, em geral,
de forma permanente. Tem um horizonte de longo prazo (muitos anos). É o
Planejamento Estratégico.
Planejamento específico é aquele que tem um prazo definido para ser
alcançado e, atingindo (ou não) suas metas, é refeito para um novo período. Tem um
horizonte de tempo de curto / médio prazo (em geral 1 ano). É o Planejamento Tático,
também denominado Planejamento Operacional.
Metas gerais – Estratégicas (longo prazo)
Metas específicas – Táticas (curto/médio prazo)
Objetivos da empresa
Rentabilidade das operações Resultado do exercício (anual) Participação no mercado
Faturamento de Vendas x Custos de Produção
Estratégia empresarial
Retorno do capital Solidez corporativa
Imagem institucional Responsabilidade social
Planejamento Estratégico Planejamento Tático (Operacional)
Como vimos anteriormente, as diversas atividades realizadas nas empresas podem
ser agrupadas, em sua essência, em três grandes grupos:
OPERAÇÕES PRODUTOS / SERVIÇOS PROJETOS
No terreno do planejamento das empresas existe um instrumento fundamental
que possibilita avaliar as vantagens e desvantagens de reunir ou combinar todos
esses recursos num investimento empresarial, bem como aferira capacidade dos
empresários. Este instrumento é conhecido pelo nome de Projeto.
A palavra "projeto" significa plano, propósito, empreendimento. O projeto visa
realizar algo que ainda não foi feito – algo “novo” – para a empresa.
Por se tratar de um plano para realizar alguma coisa, o Projeto é uma “visão de
futuro”. Os projetos que visam desenvolver e implementar algo novo na empresa:
novos produtos e serviços;
melhorias dos atuais processos e produtos & serviços.
Mesmo não levando em conta a maior ou menor complexidade de um projeto,
podemos distinguir em todos eles as seguintes fases essenciais:
a) Anteprojeto/ Análise de viabilidade; b) Aprovação formal; c) Projeto detalhado
(projeto final); d) Desenvolvimento / implementação; e) Testes e aceitação parcial; f)
Aceite final / encerramento do projeto g) Funcionamento operacional.
As empresas, de modo generalizado, lidam com um número muito grande de
projeto, sejam comerciais, industriais, agrícolas, pecuários, financeiros, transportes,
comunicações e de serviços de consumo.
O grande desafio é saber se um determinado projeto é viável. E, se a empresa
tem mais de um projeto, qual (ou quais) devem ser realizados.
Para análise de projetos são utilizadas diversas técnicas, que são estudadas
no conjunto de conhecimento denominado Elaboração e Análise de Viabilidade de
Projetos.
Como a própria denominação da técnica esclarece, estamos diante de dois
aspectos diferentes, porém intimamente relacionados:
Dissemos que os dois aspectos estão relacionados ou ligados porque, ao se
fazer um projeto ou plano, sempre é preciso avaliar os seus resultados esperados.
Até um simples plano de viagem é avaliado, considerando-se a conveniência ou não
de sua realização, os meios a serem utilizados e os resultados, que serão
alcançados. O que não dizer, então, dos grandes projetos que envolvem uma soma
considerável de recursos materiais, mão-de-obra, equipamentos, financiamento, etc?
No primeiro aspecto – a elaboração de projetos – a sua realização recebe a
contribuição de outras áreas do conhecimento humano, tais como a Administração, a
Economia, a Engenharia, o Direito, as finanças, a Mercadologia, etc. Sendo o projeto
elaborado por uma equipe, o que é o ideal, terá a contribuição de administradores de
empresas, de economistas, de engenheiros, de advogados, de consultores
financeiros, de técnicos em mercadologia etc, cada um colaborando com seus
conhecimentos especializados.
O segundo aspecto – análise de viabilidade – é tarefa mais complexa, porque
muitas previsões falham devido as variações de toda ordem. Isto não quer dizer que
tudo acontece ao contrário das previsões, ou que os resultados são sempre
negativos. Outras vezes, a coisa falha totalmente, mas nem por isso devemos
desacreditar das ciências que contribuíram para a elaboração dos projetos. Os
critérios de avaliação de projetos têm sido os mais diversos. Não é tarefa fácil
descobrir um critério 100% positivos para avaliação de projetos ou planos de qualquer
natureza.
DIREÇÃO
Planejamento Controle Organização
Veja a exemplificação complementar em aula.
DIREÇÃO (ou COMANDO):
Antes de apresentar o conceito de direção temos que lembrar que estamos
diante do terceiro processo administrativo. Nunca poderíamos imaginar que uma
empresa, como qualquer organização, pudesse alcançar seus afins sem uma
ordenação diretiva para as mais diversas atividades e tarefas que devem ser
executadas.
A direção significa o meio pelo qual o administrador conduz e coordena o
trabalho do pessoal. Um conceito mais amplo de direção, pode ser enunciado como:
"Direção é o processo administrativo que coordena e conduz o pessoal na execução
das ações planejadas".
Como se vê, dirigir uma empresa significa conseguir que os funcionários
executem as tarefas ou serviços pelas quais respondem.
Por sua vez, o administrador ou dirigente deve saber orientar e coordenar o
trabalho de seus subordinados, indicando-lhes o que deve ser feito e também como
fazê-lo. Isto é o que um subordinado espera de seu superior.
O trabalho de direção é dos mais importantes, pois o sucesso ou fracasso de
um empreendimento está na razão direta das pessoas que o conduzem.
Não são suficientes um ótimo planejamento e uma boa organização. É preciso
também, uma direção satisfatória, o que nem sempre é fácil de se conseguir, como
muita gente supõe. Costumamos dizer que executar uma tarefa, relativamente, não é
difícil. Difícil mesmo é decidir, dar ordens ou instruções sobre o que fazer e como
fazer.
Talvez deva ser este o motivo pelo qual o capítulo menos desenvolvido dos
livros de Administração é justamente o da direção, mesmo enriquecido com os
conhecimentos dos sociólogos e dos psicólogos.
Quem desempenha o papel de dirigir uma empresa (ou qualquer subdivisão da
empresa) deve dar ordens ou instruções aos subordinados, assunto este que será
objeto do próximo item.
As relações entre os que dirigem e os que executam as tarefas (ou serviço),
envolvem outros meios de direção, tais como: as ordens ou instruções, a motivação,
comunicação, a coordenação e a liderança.
ALGUNS MEIOS DE DIREÇÃO EMPRESARIAL: 1. Ordens ou Instruções (transmitir
decisões aos subordinados) 2. Motivação (convencer as pessoas a trabalhar) 3.
Comunicação (transmitiras informações dentro e para fora da empresa)
Vamos estudar aqui aspectos de ‘Ordens ou Instruções’ e ‘Motivação e
Comunicação’. No capítulo seguinte vamos estudar alguns aspectos de ‘Controle’.
As ordens ou instruções são meios importantes na direção dos funcionários de
uma empresa. Via de regra, as ordens ou instruções são dadas ou emitidas pelos
encarregados da direção, enquanto que ao empregado cumpre executar o que lhe foi
determinado.
Podemos dizer que uma ordem ou instrução serve para iniciar, modificar ou
cessar uma tarefa ou serviço.
Muitos serviços são executados logo após a emissão da ordem. Às vezes, as
ordens têm por fim, alterar a rotina de um serviço. Elas também põem fim a um
serviço, quando, por exemplo, não se justifica mais a sua execução.
Dois aspectos principais devem ser mencionados a respeito das ordens de serviços.
• Quanto à amplitude (o número de funcionários que as ordens abrangem) - veja
quadro.
• Quanto à forma (a maneira como as ordens são emitidas) - veja quadro.
Ordens Gerais Obrigações de todos os funcionários da empresa
Ordens Específicas Competência de um ou de um determinado grupo de funcionários
Ordens Orais (Verbais) Ordens dadas de viva voz aos executores
Ordens Escritas Ordens dadas por escrito aos executores
Fazendo um pequeno comentário sobre as duas classificações apresentadas
no quadro, podemos destacar o seguinte:
1) Ordens Gerais: São aquelas que envolvem todos os funcionários de uma empresa.
Como exemplo podemos mencionar as novas ordens para entrada e saída da
empresa, com a marcação do ponto em determinadas horas, em virtudes da
celebração de acordo de compensação de horário de trabalho.
2) Ordens Específicas: São aquelas destinadas a uma pessoa ou grupo de pessoas
ligadas oa um determinado serviço. Exemplos: 1- Ordens dadas a um empregado
para dar entrada de documentos em determinada repartição pública. 2o - Ordens
expedidas sobre os registros de um novo serviço de controle de 'estoque (envolvendo
apenas um grupo de pessoas).
1) Ordens Orais (ou Verbais): Nas empresas pequenas e médias, por uma questão de
simplicidade usam-se, às vezes, tais tipos de ordens. Contudo, podem ser apontadas
estas desvantagens: são passageiras, mal compreendidas e facilmente esquecidas. O
importante, nas ordens transmitidas oralmente ou verbalmente, é a sua cobrança. Isto
é, o dirigente deve, constantemente, indagar do cumprimento da obrigação. Em caso
contrário, à medida que o tempo vai passando, a obrigação deixa de ser feita e a
ordem cai no esquecimento (naturalmente dos dois: do dirigente e do subordinado).
Muitas vezes a ordem continua sendo cumprida, porém sofre alterações.
2) Ordens Escritas: Geralmente, nas empresas de maior dimensão e por exigência da
própria organização interna, as ordens são dadas por escrito. Em algumas empresas
são proibidas ordens ou instruções orais ou verbais, pelo menos do ponto de vista da
organização formal. As ordens por escrito devem ser preferidas (em qualquer tipo de
empresa) porque eliminam desvantagens apontadas para as ordens orais ou verbais
e constituem um registro da decisão tomada e de quem deve obedecer.
Em algumas empresas existem formulários próprios para emissão de ordens
escritas tomando-se rotina comum o preenchimento de tal comprovante. No mercado
de documentos padronizados também podemos encontrar estes formulários,
bastando comprá-los nas papelarias especializadas e usá-las à medida que as ordens
vão sendo transmitidas aos executores de serviços.
Encerrando este item, devemos dizer que usamos as palavras ordens e
instruções como geralmente são empregadas na prática; isto é, quando damos uma
ordem já incluímos a maneira de fazer a coisa (instrução); quando expedimos uma
instrução determinamos que ela deve ser obedecida(ordem). Conceitualmente, alguns
autores dizem que a ordem significa o que fazer e, às vezes, quando deve ser feito,
enquanto que a instrução explica como a coisa deve ser feita.
Para bem dirigir seus subordinados um administrador deve motivar, comunicar,
coordenar e liderar. Estes quatro comportamentos do administrador são importantes
no desempenho do pessoal que está suas ordens.
A motivação humana tem sido objeto especial interesse da psicologia moderna,
existindo, por conseguinte, muitos livros que tratam do assunto, procurando todos
eles mostrar arrazoes do nosso comportamento.
O problema é o seguinte: Por que agimos dessa forma ou daquela maneira?
O administrador ou dirigente não pode ignorar a existência desse problema na
ação de sue subordinados, pois é certo que a pessoa que trabalha numa empresa
deve ter seus motivos para assim proceder.
Já que falamos em motivo e motivação convém dar os significados às palavras.
De maneira simples podemos dizer que:
• Motivo: é qualquer coisa que leva a pessoa praticar uma ação.
• Motivação: é proporcionar um motivo a uma pessoa, estimulando-a agir de maneira
desejada.
Pelas definições dadas é fácil perceber a complexidade do assunto. Pêlos
mesmos motivos as pessoas reagem diferentemente. O que serve de motivação para
uma pessoa não tem a menor importância para outra. E quanto ao número de
motivos? São Poucos? São muitos?
De fato não podemos dizer quantos motivos existem que levam os homens a
praticar determinados atos ou ações. A melhor maneira de abordar o assunto é fazer
um resumo ou classificação dos motivos em quatro categorias:
• Sobrevivência (continuar a viver); • Segurança (manter-se protegido);
• Estimulação (buscar novos estímulos).
Concluímos o raciocínio dizendo que a série interminável (diariamente surgem
novos motivos) de motivos que influem na conduta humana são canalizados para os
quatro grupos que acabamos de mencionar.
Passando para o estudo do motivo, do ponto de vista do administrador,
podemos afirmar que ela compreende a criação e condições que proporcionem
satisfação ao pessoal que trabalha sob suas ordens.
Mas não é tarefa simples estabelecer estas condições ou princípios
motivadores, justamente porque o comportamento humano é complexo e nem sempre
conseguimos entender a personalidade do subordinado que, além dos seus
problemas pessoais, tem, dentro de si, os motivos particulares (problemas familiares)
e sociais (problemas de suas relações no meio em que vive quando não está em
andamento).
Contudo, existem alguns fatores que influem nas pessoas, fazendo com que
elas procedam favoravelmente aos interesses da empresa. Esses fatores são
verdadeiras motivações de trabalho.
Destacamos, a seguir, cinco motivações do trabalho das dez apontadas por um
professor norteamericano:
• Oportunidade de progredir
• Trabalho interessante
• Tratamento humano.
Notas de Aula – Fundamentos de Administração – Jan/2009
Estas Notas de Aula apresentam uma orientação para estudo dos temas
discutidos em aula. O aluno deve estudar a matéria pelas referências bibliográficas
indicadas para a disciplina. É importante que o aluno participe das aulas e faça as
anotações complementares.
Cada uma dessas motivações merece um pequeno comentário, o suficiente
para compreendermos a importância de tais incentivos, para o melhor desempenho
do trabalhador, Um administrador não pode ignorar isto, sob pena de tornar-se um
dirigente ineficaz.
Assim sendo, passemos aos comentários, obedecendo à mesma ordem de
apresentação das cinco motivações.
Melhor Remuneração (bons salários): de um modo geral (porque
particularmente nem sempre isto acontece), podemos dizer que o pagamento de bons
ou altos salários constitui boa motivação para o trabalhador, pois é com o dinheiro
financeiro, o qual pode ser aplicado de duas maneiras:
• Aumentos progressivos no desempenho da mesma função
• Aumento de salário no caso de promoção de cargo e desempenho de novas
funções.
Projeto e Prestígio Social: Todos nós gostamos de ser "alguém" no meio de
pessoas que nos cercam. Por isso procuramos alcançar certa projeção no meio em
que vivemos. Nestas condições adquirimos, também, prestígio social.
Incentivar o indivíduo a alcançar esta posição é, verdadeiramente, uma
extraordinária motivação para o trabalho.
São várias as maneiras peias quais as pessoas conseguem projeção e
prestigio dentro de uma empresa. Às vezes, é um funcionário altamente competente
que se projeta na organização e passa a gozar de grande prestígio, não só na
empresa como também fora dela. Outras vezes, a dedicação, o trabalho honesto,
aliado à personalidade do funcionário permite projetá-lo no quadro de funcionários,
passando a ter, depois de certo tempo, grande prestígio entre todos os integrantes da
empresa.
Pode acontecer, também, que uma pessoa trabalhe numa empresa de grande
importância e ocupe um cargo de destaque, percebendo alto salário. Somando-se
estas duas circunstâncias, o resultado é este: prestígio social. Esse prestígio verifica-
se principalmente em relação a seus amigos, conhecidos e vizinhos. Enfim o prestígio
social alcançado confere o que se costuma chamar de bom "status" social.
Oportunidade de Progredir: Numa empresa 'todos funcionários desejam
progredir, salvo nas raras exceções, é lógico que eles estão, constantemente
motivados para o melhor desempenho de suas funções.
Constitui boa política administrativa (como ação motivadora) o aproveitamento
de funcionários de funcionários experientes em novos cargos, porque isto estimula no
sentido de maior dedicação para o melhor desempenho de suas funções.
Constitui boa política administrativa (como ação motivadora) o aproveitamento
de funcionários experientes em novos cargos, porque isto os estimula no sentido de
maior dedicação ao trabalho e à empresa.
Trabalho Interessante: Ninguém gosta de fazer o que não lhe agrada. Se for
obrigado, provavelmente o fará mal. O trabalho interessante é um motivo bastante
forte para o bom desempenho do trabalhador. Só assim ele terá prazer em executá-lo,
principalmente quando for um profissional especializado. É inegável que certas
tarefas são interessantes de executar que elas proporcionam verdadeira satisfação
aos executantes. Cabe, pois, ao administrador o papel de tornar agradáveis e
interessantes as tarefas de seus subordinados, o que exige, evidentemente, boa dose
de competência.
Tratamento Humano: Hoje é ponto pacífico que o empregado não deve ser
confundido com os equipamentos de produção de uma empresa. Ele é um ser
confundido com os equipamentos de produção de uma. Ele é um ser humano e deve
ser tratado com tal. Sua vida não se resume no que faz na empresa. Tem ele outros
interesses que não devem ser ignorados pêlos administradores. Cuidar desses
interesses é, sem dúvida, criar motivações para o trabalhador desempenhar a
contento suas obrigações.
Mas, pergunta-se: quais são esses interesses?
É verdade que eles variam, de pessoa para pessoa, competindo ao
administrador verificar caso por caso. Contudo, citemos alguns exemplos: as relações
familiares e sociais, as condições de vida e de saúde, passatempos favoritos, vida
religiosa, aspirações e assim por diante.
Tudo isso é importante para o trabalho e o administrador deve ver estas coisas
e procurar, dentro das possibilidades da empresa, proporcionar ao empregado a
satisfação de seus desejos e interesses.
Muitas empresas reconhecem esta situação e oferecem aos seus funcionários
e seus familiares assistência médica particular, empréstimos para casos de
emergência, financiamentos para aquisição de casa própria; casas para moradias
(com aluguéis reduzidos e descontados em folhas de pagamentos), jogos e
divertimentos etc, tudo isso com a felicidade de mante-los motivados a continuar
desempenhando satisfatoriamente o seu trabalho.
Chamamos a atenção para os anúncios publicados nos jornais oferecendo
emprego aos trabalhadores. Muitos anúncios fazem menção às motivações expostas,
com a finalidade de atrair os candidatos.
Passemos, agora, a tratar da comunicação da empresas. Iniciamos o estudo
sobre a comunicação dizendo que ela pode ser considerada como sendo o processo
de transmissão de informações ou mensagens.
A conceituação apresentada revela que o processo de comunicação envolve a
informação (baseada em dados) transmitida, por exemplo, pelo dirigente "A"
(chamado emissor) para o funcionário "B" (denominando receptor) que recebe a
mensagem. Receber a mensagem é entender o verdadeiro sentido da informação que
o código contém.
Dois exemplos ajudam a entender de maneira bem simples o que acabamos de dizer:
• Quando um motorista (emissor) liga o pisca - pisca do lado direito de seu automóvel,
os outros automobilistas que estão próximos (receptores) recebem a informação de
que ele vai fazer uma curva à direita. O sinal intermitente á e pisca-pisca é o código
utilizado pelo emissor e decodificador pêlos receptores.
• Quando o Diretor de uma empresa (emissor) transmite uma ordem por escrito a um
subordinado (receptor), este tem a obrigação de cumpri-la. As palavras (e outros
dados da ordem: números, datas, valores etc) representam os códigos utilizados pelo
emissor e decodificados pelo receptor.
O processo de transmissão de informações ou mensagens somente se
completa, para efeito de controle da - emissão, quando do retorno da informação.
Este retorno é chamado feedback.
Assim, quando duas pessoas, digamos o dirigente "A" e o funcionário "B",
trocam informações, dizemos que existir dois canais internos (vertical e horizontal).
Além das comunicações internas devemos considerar as comunicações externas
(canal extra organizacional) com as: repartições públicas, bancos, clientes,
fornecedores e o público em geral.
CONTROLE
Planejamento Controle Organização
Finalmente chegamos ao último processo de administração que é o controle.
Sabemos que ao administrador cumpre a tarefa de planejar, organizar, dirigir e
controlar as atividades do pessoal que está sob suas ordens.
Ao afirmarmos que, pelo controle, o administrador completa o seu trabalho,
evidentemente não pretendemos dizer que sua função controladora somente aparece
no fim de sua atuação. Isto é válido para fins didáticos (ou teóricos). Na realidade,
conforme veremos mais adiante, o controle se faz sentir durante todo o desempenho
do administrador, isto é, durante o planejamento, por ocasião da organização e muito
mais quando dirige o pessoal,
O administrador, constante ou simultaneamente, está planejando, organizando,
dirigindo e controlando o trabalho dos funcionários ou funcionários de sua empresa.
O conceito de controle pode ser enunciado como:
O processo administrativo que consiste em verificar se tudo está sendo feito de
acordo com o que foi planejado e com as ordens dadas, bem como assinalar as faltas
e os erros, a fim de repará-los e evitar sua repetição".
Como se vê, embora um tanto extenso: o conceito de controle revela a sua
importância e seu conteúdo permite:
• Verificar se o planejamento e as ordens estão sendo obedecidos.
• Assinalar as faltas e os erros cometidos.
• Reparar as faltas e os erros e não permitir a sua repetição.
Em face do que acabamos de expor no item anterior, logo se nos deparam
algumas características essenciais de todo processo de controle administrativo.
1. Maleabilidade Possibilitar a introdução de mudanças decorrentes de alterações nos
planos e nas ordens.
2. Instantaneidade Acusar o mais depressa possível as faltas e os erros
(Tempestividade) verificados.
3. Correção Permitir a reparação das faltas e dos erros, evitando-se a sua repetição.
Além das características de um controle eficiente, conforme quadro acima, não
podemos ignorar algumas classificações do controle, principalmente as mais
importantes. Vejamos algumas delas:
A primeira diz respeito as fase do controle de um serviço administrativo e ela
pode ser assim apresentada:
• Quando do planejamento.
• Quando da execução.
• Quando da apuração dos resultados.
Como decorrência dessas três fases do controle de um serviço administrativo,
surge uma classificação quanto ao tempo, também dividida em três partes:
• Controle antecedente (antes do serviço).
• Controle concomitante (durante o serviço).
• Controle subsequente (depois do serviço).
Outra classificação é quanto à duração do controle. A este respeito importa
saber que às vezes ele é contínuo, alcançando todo o tempo, enquanto que às vezes
é exercida em datas marcadas ou de improviso, daí a seguinte classificação:
• Controle permanente (execução constante).
• Controle temporário (execução variável).
Por fim temos a classificação do controle quanto ao processo, isto é, quanto à
forma de exercêlo. São três as etapas, de acordo com a classificação seguinte:
• Estabelecimento de padrões (critérios ou normas de serviço).
• Avaliação de desempenho (comparar, medir ou verificar os resultados com o
padrão).
• Correção dos desvios (corrigir os planos, modificar objetivos e mudar o pessoal).
Esta última classificação merece um breve comentário.
No primeiro processo do controle (estabelecimento de padrões), entende-se
por padrões ou critérios ou normas estabelecidos, mediante os quais os resultados
podem ser medidos ou avaliados. Os padrões podem ser:
• Físicos - Exemplos: quantidade de produtos ou mercadorias a produzir, unidades de
serviços a executar, homens-hora de trabalho, quantidade de vendas, etc.
• Expressos em dinheiro - Exemplos: totais dos custos de produção, valor dos
investimentos, custo de um serviço, valor das receitas, etc.
• De ordem pessoal - Exemplos: atuação dos funcionários, reação dos clientes,
opinião do público, etc.
Quando o segundo processo do controle, a avaliação do desempenho significa,
comparar, medir ou verificar os resultados obtidos em relação ao padrão estabelecido.
Nem sempre é fácil proceder-se à verificação dos resultados do desempenho
com o padrão estabelecido. Citemos um exemplo: o trabalho de um promotor de
vendas (não vendedor) em seus contatos de relações públicas. Pode-se estabelecer
um padrão de trabalho para ele, o qual será executado fora da empresa. Por mais que
mantenha um controle de seu trabalho externo, torna-se fácil perceber quanto é difícil
avaliar totalmente o seu desempenho em face do padrão estabelecido.
Assim como acontece com um promotor de vendas, o mesmo se verifica com
outros serviços administrativos e com as pessoas encarregadas de sua execução.
Nem sempre podemos estabelecer padrões c também temos dificuldades em avaliar
o desempenho dos executantes. Todavia, sempre que possível, devemos fazer
tentativas de um controle eficiente (ou razoável) para garantia de uma boa
administração.
Em se tratando de quantidades de produtos-hora, por exemplo, torna-se mais
fácil. Estabelecido o padrão, por exemplo, 10 unidades de produtos em uma hora, é
tarefa simples fazer-se a comparação ou controle de verificação depois de sessenta
minutos de produtos.
No tocante ao terceiro processo do controle, a correção dos desvios tem por
fim modificar os planos (ou padrões) ou serviços, alterar os objetivos, ou então, se for
o caso, designar novos funcionários para a execução, selecionar ou treinar outros
trabalhadores, ou, ainda, em última instância, contratar novos empregados em
substituição aos antigos, que se revelaram incapazes de satisfazer os padrões de
trabalho que foram estabelecimentos.
Notas de Aula – Fundamentos de Administração
Estas Notas de Aula apresentam uma orientação para estudo dos temas
discutidos em aula. O aluno deve estudar a matéria pelas referências
bibliográficas indicadas para a disciplina. É importante que o aluno participe
das aulas e faça as anotações complementares.