apostila - políticas de saúde pública

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Políticas de Saúde Pública

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Prof. Enf. Anglica QueirozPOLTICA DE SADE NO BRASIL

O QUE SO POLTICAS PBLICAS? So conjuntos de programas, aes e atividades desenvolvidas pelo estado diretamente ou indiretamente, com a participao de entes pblicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural, tnico ou econmico.

2

O QUE SO POLTICAS PBLICAS? Aos direitos assegurados constitucionalmente;Afirmados pelo reconhecimento da sociedade e/ou pelos poderes pblicos.As polticas pblicas correspondem:3COMO SO FORMULADAS AS POLTICAS PBLICAS?As polticas pblicas podem ser formuladas principalmente por iniciativa dos poderes executivo, ou legislativo, separada ou conjuntamente, a partir de demandas e propostas da sociedade, em seus diversos seguimentos.

A participao da sociedade na formulao, acompanhamento e avaliao das polticas pblicas em alguns casos assegurada na prpria lei que as institui.Lei Complementar n. 131 (Lei da Transparncia), de 27 de maio de 2009I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;

II liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico;

Lei Complementar n. 131 (Lei da Transparncia), de 27 de maio de 2009Assim, de acordo com esta Lei, todos os poderes pblicos em todas as esferas e nveis da administrao pblica, esto obrigados a assegurar a participao popular. Esta, portanto, no mais uma preferncia poltica do gestor, mas uma obrigao do Estado e um direito da populao. INSTRUMENTOS DAS POLTICAS PBLICASAs polticas pblicas normalmente esto constitudas por instrumentos de planejamento, execuo, monitoramento e avaliao, encadeados de forma integrada e lgica, da seguinte forma:

Planos;Programas;Aes;Atividades.

POLTICA DE SADE PBLICACrise do sistema de sade presente no nosso dia a dia:

PERGUNTA: Como analisar e compreender essa complexa realidade do setor sade no pas? Filas, falta de leitos hospitalares, escassez de recursos, atrasos em repasses, baixos valores pagos pelos SUS para procedimentos mdico-hospitalares, aumento na incidncia e ressurgimento de doenas.

81. HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASIL1500 at o primeiro reinado: no dispunha de nenhum modelo de ateno sade;Recursos provenientes da terra (plantas e ervas) e curandeiros;Boticrios e Medicina Liberal.

Com a vinda da famlia real ao Brasil:1850: atribuies sanitrias s juntas municipais, controle de navios e sade de portos CONTROLE SANITRIO MNIMO.

9Principais Doenas: Malria, sarampo, varola, febre amarela e outros;

Condies precrias:

escassez de mdicos;o alto preo das drogas e dos remdios oriundos de Portugal e do Oriente;saberes curativos dos indgenas;Boticrios.

Criao da primeira faculdade de medicina em 1808:

FAMEB (Faculdade de Medicina da Bahia);

Escola de Anatomia, Cirurgia e Medicina (1 nome)- UFRJ

(Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro);

Nesse perodo buscava-se eliminar os sintomas das doenas, j que as causas eram desconhecidas;HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILIncio da repblica (1889) at 1930

Interesses agrcolas agrrios, economia agroexportadora;Falta de modelo sanitrio com consequente epidemias (varola, febre amarela, tuberculose e sfilis) e endemias rurais (chagas, malria);Assistncia Individual era privada;Assistncia Hospitalar pblica tinha carter de assistncia social abrigava e isolava portadores de tuberculose e hansenase. Demais reas de ateno Santas Casas de Misericrdia.12

"Tiros, gritaria, engarrafamento de trnsito, comrcio fechado, transporte pblico assaltado e queimado, lampies quebrados pedradas, destruio de fachadas dos edifcios pblicos e privados, rvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinao obrigatrio proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz" (Gazeta de Notcias, 14 de novembro de 1904).

Oswaldo Cruz - INTERVENO CAMPANHISTA (repressivo) para combate febre amarela no RJ;- Erradicao da Varola no RJ: revolta da vacina (vacina anti varola);HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILHISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILReforma promovida por Oswaldo cruz:

Registro demogrfico;Laboratrio para diagnstico etiolgico;Fabricao organizada de produtos profilticos para uso em massa.

1920 - Carlos Chagas: propaganda e educao sanitria (luta contra tuberculose, lepra e doenas venreas)

At 1960 Poltica de sade: MODELO DO SANITARISMO CAMPANHISTA (Controle de doena para exportao)14HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILO NASCIMENTO DA PREVIDNCIA SOCIAL

1923 aprovao da Lei Eloy ChavesMARCO INICIAL DA PREVIDNCIA SOCIAL NO BRASIL1923 CAP dos Ferrovirios1926 CAPs dos Porturios e Martimos

Poltica de sade: Instituram-se as Caixas de Aposentadoria e Penso (CAPs) que deveriam ser organizadas por empresas.Benefcios para o operrio urbano: socorros mdicos, medicamentos por preos baixos, aposentadoria, penso para herdeiros em caso de morte.15Caractersticas das CAPsOrganizada por instituio ou empresa;

Financiamento e gesto: Trabalhador e Empregador;

Aposentadoria, penso e assistncia mdica.

HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILCrise dos anos 30

A partir de 1930 Getlio Vargas Industrializao, classe operria e trabalhadores assalariados.Regulamentao da Justia do Trabalho e homologao da Consolidao das leis trabalhistas (CLT);Transio demogrfica (aumenta expectativa de vida, predomnio das doenas da pobreza, e endemias rurais);Poltica de sade: substituio do CAPs por IAPs17HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILInstituto de aposentadoria e Penses (IAP)

Por categorias: martimos (IAPM), comercirios (IAPC), bancrios (IAPB), transportes e cargas (IAPETEC), servidores do estado (IPASE); Financiamento: 3 entes (Estado, empregado e empregadores); Gerncia: indicado pelo Estado; Benefcios: Aposentadoria, penso e assistncia mdica.

18HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILPERODO DE 30 A 60

Em 1930 cria-se o Ministrio da Educao e Sade Pblica;Em 1953 cria-se o Ministrio da Sade;Em 1956 cria-se DNERU (Departamento Nacional de Endemias Rurais) febre amarela, malria e peste;Polticas de sade: Lei orgnica da Previdncia (abranger todos os trabalhadores com CLT, exceto os trabalhadores rurais e os empregados domsticos) e expanso da assistncia mdico-hospitalar;19HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILPERODO DE 64 a 80

Regime Militar

Regime autoritrio (21 anos); Governo autoritrio e centralizador; Urbanizao e industrializao crescentes; Milagre Brasileiro (1968-73);

# Promoveu a unificao dos IAPs em 1966 INPS (Instituto Nacional de Previdncia Social): uniformizou e centralizou a previdncia social.

Obs.: Nesta dcada a previdncia social se firmou como principal rgo de financiamento dos servios de sade.

20Crescimento acentuado por consultas, uso abusivo de medicaes e equipamentos para diagnstico.

HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASIL

Perfil Epidemiolgico

Condies de sade continuam crticas: aumento da mortalidade infantil, tuberculose, malria, Chagas, acidentes de trabalho, etc.HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASIL 1963 - os trabalhadores rurais foram incorporados aos IAPs (FUNRURAL);

1972 - previdncia para autnomos e empregadas domsticas;

1974 - criao do Ministrio da Previdncia e Assistncia Social (MPAS):

- Plano de Pronta Ao (PPA) - Ampliao do atendimento de emergncia/urgncia a toda a populao nas clnicas e hospitais da previdncia.

HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASIL1978 - criao do INAMPS (Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social):

Fortalecimento da relao Estado e segmento privado Privatizao das aes curativas pagamento por quantidade de atos mdicos;

Quase inexistia controle ou regulao CHEQUE EM BRANCO.

-Alma-Ata Sade para todos at o ano de 2000. Servios primrios.-Criado o SINPAS (Sistema Nacional da Previdncia e Assistncia Social).

23HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILPERODO DE 80 a 88

Aes Integradas de Sade (AIS) Previdncia, educao e sade (1983)

Repasse dos recursos do INAMPS para as Secretarias Estaduais de Sade (para expanso da rede de sade);Tentativa incipiente de descentralizao do poder; - Gesto ainda no nvel federal.Amplia as aes de assistncia (servios previdencirios) para a POPULAO NO CONTRIBUINTE.24

HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILPERODO DE 80 a 88

Fim do regime militar.Movimento da reforma sanitria organiza a VIII Conferncia Nacional de Sade, com ampla participao da sociedade organizada.Eleies para Presidente da Repblica.Retirada da carteira de trabalho como acesso aos servios de sade.

25HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILReforma Sanitria

Movimento de professores, pesquisadores e intelectuais da sade cujos estudos criticavam o sistema de sade existente.

Proposta da Reforma Sanitria: reconhecimento do direito universal sade, criao de um Sistema nico de Sade, Participao popular (controle social) e responsabilizao do estado pela administrao desse sistema.

HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASIL8 Conferncia Nacional de Sade

Um marco que teve como objetivo discutir a reforma sanitria a ser implantada pelo governo. O relatrio dessa conferncia trouxe em seu texto a sade como um direito de todo cidado a ser garantido pelo estado.

Em seu sentido mais abrangente, a sade o resultado das condies de alimentao, habilitao, educao, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos servios de sade.

HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASIL1987- AIS SUDS (Sistema Unificado e Descentralizado de Sade)

Estratgia ponte para instalao do SUS;Apresentava certos avanos organizativos: superava a compra de servios ao setor privado;Criaram-se os Conselhos Estaduais e Municipais de Sade;Descentralizao: ESTADUALIZAO poder poltico aos estados;

HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASIL Tudo que era do antigo INAMPS passa agora Secretaria Estadual de Sade;

Os investimentos comearam a ser direcionado ao setor pblico e no mais ao privado:

- 1980: pblico absorvia apenas 28,7%; - 1987: pblico absorveu 54,1%.

E o setor privado?1998 os planos e seguros sade foram regulamentados pela Lei 9.656/98:

Plano ambulatorial: consultas em nmero ilimitados, exames complementares e outros procedimentos, atendimento de urgncia e emergncia at 12 horas.

Plano Hospitalar sem obstetrcia atendimento em unidade hospitalar com nmero ilimitado de dirias, incluindo UTI, transfuses, quimioterapia e radioterapia entre outros, necessrios no perodo de internao. Atendimento de urgncia e emergncia que evolurem em internao ou que sejam necessrio preservao da vida, rgos ou funes.

Plano hospitalar com obstetrcia acresce ao plano hospitalar sem obstetrcia, a cobertura de consultas, exames e procedimentos relativos ao pr-natal, assistncia ao parto e ao recm-nascido durantes os primeiros 30 dias de vida.

Plano odontolgico procedimentos odontolgicos realizados em consultrios.

Plano referncia representa a somatria dos quatros tipos de planos anteriores.

HISTRIA DAS POLTICAS DE SADE NO BRASILConstituio de 1988

Sade como direito de todos e dever do Estado;

Ampliao do conceito de sade;

Cria o SUS.

2. Sistema nico de Sade - SUSO que o SUS:

Novo Sistema de Sade

SISTEMA

NICO

Envolve todas as atividades da ateno sade

Sistema nico de Sade - SUSFoi criado pela Constituio Federal de 1988 e regulamentado pelas Leis n 8.080/90 (Lei Orgnica de Sade) e n 8.142/90 (Lei Complementar da Sade), com a finalidade de alterar a situao de desigualdade na assistncia sade da populao, tornando obrigatrio o atendimento pblico a qualquer cidado; sendo proibidas cobranas de dinheiro sob qualquer pretexto.

OBJETIVOS DO SUSMelhorar a qualidade de ateno sade;

Romper com o passado de descompromisso e irracionalidade tcnico-administrativa;

Servir de norte ao trabalho do Ministrio da Sade e das Secretarias Estaduais e Municipais de Sade.

Sistema nico de Sade SUSPRINCPIOS DO SISTEMA NICO DE SADE (Lei 8.080/90)UniversalidadeEquidadeIntegralidade (sentidos)Participao popularRegionalizao e hierarquizaoDescentralizao e comando nico

Princpios Doutrinrios do SUS (Lei 8.080/90) Universalidade: a garantia de ateno sade a todo e qualquer cidado; Sade direito de cidadania; Para se ter acesso, basta apenas precisar.

Sistema nico de Sade SUS

Princpios Doutrinrios do SUS (Lei 8.080/90)Equidade: assegurar aes e servios de todos os nveis, de acordo com a complexidade do caso; Todo cidado igual perante o SUS e ser atendido conforme suas necessidades; Igualdade com justia.

Sistema nico de Sade SUS

INTEGRALIDADE

Cada pessoa um todo indivisvel;Aes de promoo, proteo e recuperao tambm um todo indivisvel;As unidades de sade, com diversos nveis de complexidade, tambm indivisvel;O homem um ser integral, biopsicossocial e ser atendido em uma viso holstica por um sistema tambm integral.Princpios Doutrinrios do SUS (Lei 8.080/90)Sistema nico de Sade SUSPrincpios Organizativos do SUSREGIONALIZAO E HIERARQUIZAO - Servios organizados em nveis de complexidade tecnolgica crescente, disposto numa rea geogrfica delimitada e com uma populao definida.

RESOLUTIVIDADE - O servio de sade deve apresentar resolutividade at o nvel de sua competncia.

PARTICIPAO POPULAR - participao dos usurios dos servios de sade atravs dos Conselhos Municipais de Sade;

DESENCENTRALIZAO POLTICA ADMINISTRATIVA - consolidada com a municipalizao das aes de sade, tornando o municpio gestor administrativo e financeiro do SUS; direo nica em cada esfera de governo.Sistema nico de Sade SUSSistema nico de Sade SUSConstituio Federal 1988 art. 196 ao 200O Captulo da Sade Art. 198. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais;

III - participao da comunidade.

QUEM FINANCIA O SUS ? (CF Art.198 ) OS CIDADOS - atravs dos impostos e contribuies sociais pagos;

Recursos do Oramento da seguridade social * Seguridade Social = Sade + Previdncia + Assistncia Social

Recurso dos Oramentos da Unio, Estados e MunicpiosSistema nico de Sade SUSComo setor privado participa do SUS (CF/88 )? Quando as unidades pblicas de sade no forem suficientes para garantir o atendimento as pessoas de uma determinada rea.

de Forma COMPLEMENTAR, por meio de contratos ou convnios seguindo os princpios e diretrizes do SUS.

PRIORIDADE para as Instituies Filantrpicas e Sem fins lucrativos

PRIORIDADE No exclusividadeSistema nico de Sade SUSQuais as atribuies do SUS (art. 200 CF 1988) ?I. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a sade e participar da produo de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos, hemoderivados e outros insumos;II. Executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como as de sade do trabalhador;III. Ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade;IV. Participar da formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento bsico;Art. 200 CF 1988 Ao SUS compete, alm de outras atribuies, nos termos da lei:Sistema nico de Sade SUSV. Incrementar em sua rea de atuao o desenvolvimento cientfico e tecnolgico;

VI. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e guas para consumo humano;

VII. Participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

VIII. Colaborar na proteo do meio ambiente nele compreendido o trabalho.Sistema nico de Sade SUSLei Orgnica da Sade 8.080/90 Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes e d outras providncias.Sistema nico de Sade SUS

A lei 8.080/90 trata:da organizao, da direo e da gesto do SUS;da definio das competncias e das atribuies das trs esferas do governo;do funcionamento e da participao complementar dos servios privados de Assistncia Sade;dos recursos financeiros, da gesto financeira, do planejamento e do oramento.Sistema nico de Sade SUSDecreto n 7.508/2011Entre as vantagens e conquistas, podemos destacar que o Decreto:

Definiu, aprofundou ou clareou conceitos essenciais ao sistema como exemplo: regionalizao, hierarquizao, regio de sade, protocolos clnicos e diretrizes teraputicas, contratos entre os entes pblicos, comisses intergestores.

Oficializou a Ateno Primria como porta de entrada do SUS, e como ordenador do acesso universal e igualitrio s aes e servios de sade.

Sistema nico de Sade SUSLei Complementar da Sade 8.142/90Dispe sobre a participao da comunidade na gesto do SUS e sobre as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade e d outras providncias.

Sistema nico de Sade SUS

Garantir que a populao por intermdio de suas entidades representativas poder participar dos processos de formao das polticas de sade em todos os nveis desde o Federal at o local.

Participao da Comunidade (Lei 8142/90)Conselhos de SadeNacional Estadual Conselho de Secretrios Estad. de Sade - CONASSMunicipal Conselho de Secretrios Munic. de Sade - CONASEMSDistrito Federal - Conselho Nacional de Secretrios de Sade - CONASS

Composio do conselho: usurios, governo, profissionais da sade, prestadores de servios.

Conferncia de SadeEncontros de 4 em 4 anos

Obs.: Os conselhos so fiscais da aplicao dos recursos pblicos em sade.Sistema nico de Sade SUSCompetncias da Unio, Estado e MunicpioMunicpio - as polticas so aprovadas pelo CMS Conselho Municipal de Sade;

Estado as polticas so negociadas e pactuadas pela CIB Comisso Intergestores Bipartite (Secretarias municipais de sade e secretaria estadual de sade) e discutidas pelo CES Conselho Estadual de Sade;

Unio - as polticas do SUS so negociadas e pactuadas na CIT Comisso Intergestores Tripartite (Ministrio da Sade, secretarias municipais de sade e das secretarias estaduais de sade).ANTES DO SUScentralizao dos recursos e do poder na esfera federal;

aes voltadas para a ateno curativa e medicamentosa;

servios exclusivos para contribuintes;

no participao da comunidade.Sistema nico de Sade SUSHOJE COM O SUSSistema nico de sade; Aes voltadas para preveno, promoo, proteo e reabilitao da sade; Investimento nas aes preventivas: PACS e ESF;Controle social: Conselhos e Conferncias de Sade; Processo de MUNICIPALIZAO; Novo MODELO DE ATENO SADE (vai alm da relao hospedeiro e agente etiolgico).

Sistema nico de Sade SUS3 Nveis e Modelos de Ateno SadeAteno sade organizada estrategicamente em resposta s necessidades da populao.

expressa em polticas, programas e servios de sade de acordo com os princpios e as diretrizes que estruturam oSistema nico de Sade(SUS).

Nveis de Ateno SadePromoo aes que buscam eliminar ou controlar as causas das doenas e agravos, ou seja, o que determina ou condiciona o aparecimento de casos. Essas aes esto relacionadas a fatores biolgicos, psicolgicos e sociais.

Exemplos de aes: Saneamento Bsico, imunizao, aes coletivas e preventivas, vigilncia sade e sanitria, etc.Nveis de Ateno SadeProteo aes especficas para prevenir riscos e exposies s doenas, ou seja, para manter o estado de sade, como por exemplo:

Tratamento da gua para prevenir clera;Preveno de complicao da gestao, parto e do puerprio;Imunizaes;Preveno das DSTs;Preveno de cncer de mama, prstata, pulmo (combate ao fumo).Nveis de Ateno SadeRecuperao desenvolvida atravs de aes que evitem a morte das pessoas doentes e as sequelas; so as aes que j atuam sobre os danos. Por exemplo:Atendimento mdico ambulatorial bsico e especializado;Atendimento s urgncias e emergncias;Internaes hospitalares;Reabilitao fsica.

Ateno BsicaA Ateno Bsica caracterizase por um conjunto de aes de sade, no mbito individual e coletivo, que abrange a promoo e a proteo da sade, a preveno de agravos, o diagnstico, o tratamento, a reabilitao, reduo de danos e a manuteno da sade. NVEIS DE COMPLEXIDADE

Objetivo da Ateno BsicaDesenvolver uma ateno integral que impacte na situao de sade e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de sade da populao.NVEIS DE COMPLEXIDADE

Ateno BsicaExerccio de prticas de cuidado e gesto, democrticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe;Dirigidas a populaes de territrios definidos;Assume a responsabilidade sanitria, considerando o perfil do territrio em que vivem essas populaes.NVEIS DE COMPLEXIDADEATRIBUIO DOS TCNICOS EM ENFERMAGEMI participar das atividades de ateno realizando procedimentos regulamentados no exerccio de sua profisso na UBS e, quando indicado ou necessrio, no domiclio e/ou nos demais espaos comunitrios (escolas, associaes etc);II realizar atividades programadas e de ateno demanda espontnea;III realizar aes de educao em sade a populao adstrita, conforme planejamento da equipe;IV participar do gerenciamento dos insumos necessrios para o adequado funcionamento da UBS; eV contribuir, participar e realizar atividades de educao permanente.NVEIS DE COMPLEXIDADE Ateno de Mdia ComplexidadeCompese por aes e servios que visam a atender aos principais problemas de sade e agravos da populao, cuja prtica clnica demande disponibilidade de profissionais especializados e o uso de recursos tecnolgicos de apoio diagnstico e teraputico.NVEIS DE COMPLEXIDADE

Ateno de Mdia ComplexidadeProcedimentos especializados; cirurgias ambulatoriais especializadas;procedimentos traumatoortopdicos;aes especializadas em odontologia;patologia clnica;anatomopatologia e citopatologia;radiodiagnstico;exames ultrasonogrficos;diagnose;fisioterapia;terapias especializadas;prteses e rteses;anestesia.NVEIS DE COMPLEXIDADE Ateno de Alta ComplexidadeConjunto de procedimentos que envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar populao acesso a servios qualificados, integrandoos aos demais nveis de ateno sade (ateno bsica e de mdia complexidade).NVEIS DE COMPLEXIDADE

Ateno de Alta ComplexidadeAssistncia ao paciente portador de doena renal crnica;paciente oncolgico;cirurgia cardiovascular;cirurgia vascular;procedimentos cardiolgicos intervencionistas;laboratrio de eletrofisiologia;assistncia em traumatoortopedia;procedimentos de neurocirurgia;reabilitao prottica etc.NVEIS DE COMPLEXIDADENVEIS DE COMPLEXIDADENvelTipo de UnidadeServiosImpactoPrimrio ou Ateno BsicaUnidades Bsicas; ESF. Imunizaes; Consultas bsicas; pr-natal; Programas80%Secundrio ou Mdia ComplexidadeCentros de Sade; Ambulatrios especializados; Laboratrios; Hospitais especializados , UPAsExames; Consultas especializadas; internaes em CM, CC, PD, CO e PS15%Tercirio ou Alta ComplexidadeUnidades Assistenciais de Alta Complexidade;Cirurgias Cardacas; Transplante, Tomografia; Ressonncia5%NVEIS DE COMPLEXIDADE67Modelos de Ateno SadeSo entendidos como combinaes tecnolgicas estruturadas em funo de problemas de sade (danos e riscos) que compem o perfil epidemiolgico de uma dada populao e que expressam necessidades sociais de sade, historicamente definidas.

Portanto, no se trata de normas ou exemplos a serem seguidos, mas sim de racionalidades diversas que informam as intervenes em sade. (PAIM, 2002)

Modelos de Ateno SadeDesse modo, dois modelos convivem no Brasil de forma contraditria ou complementar:

O modelo mdico-assistencial privatista;O modelo assistencial sanitarista.

Modelos de Ateno no BrasilMODELO MDICO ASSISTENCIAL PRIVATISTA

ATENDIMENTO AO DOENTE

DEMANDA ESPONTNEA

ASSISTNCIA AMBULATORIAL E HOPITALAR

REDE CONTRATADA E CONVENIADA AO SUS

ATENO COMPROMETIDA PELA EFETIVIDADE, EQUIDADE, E NECESSIDADES DE SADEMODELO SANITARISTA

VOLTADO PARA PROBLEMAS DE SADE SELECIONADOS

ATENDE NECESSIDADES ESPECFICAS DE GRUPOS

AO DE CARATER COLETIVO

CAMPANHAS SANITRIAS, PROGRAMAS ESPECIAIS, AES DE VIG. EPIDEMIOLOGICA E SANITARIA

LIMITAES NA ATENO INTEGRAL, COM QUALIDADE, EFETIVIDADE EQUIDADE

70Modelo Mdico-Assistencial Privatista o mais conhecido e prestigiado;Predomina no Brasil;Refora a atitude dos indivduos s procurarem os servios de sade quando se sentem doentes.Assistncia Curativa, tendo a prejudicar o atendimento integral ao paciente e comunidade; a presso espontnea e desordenada da demanda que sustenta a organizao de recursos para a oferta.

Modelo Assistencial SanitaristaCorresponde Sade Pblica. Campanhas: imunizao, reidratao oral, combates s epidemias, etc.Programas Especiais: tuberculose, hansenase, sade da criana e do adolescente, da mulher, do homem, do recm nascido, etc.Usualmente essas formas de interveno no contemplam a totalidade da situao de sade, isto , concentram sua ateno no controle de certos agravos ou em determinados grupos supostamente em risco de adoecer ou morrer. As campanhas de sade pblica tm um carter geralmente temporrio, requerem uma grande mobilizao de recursos e dispem de uma administrao centralizada.Modelo Assistencial SanitaristaAs campanhas so necessrias para enfrentar problemas de sade que a rede de servios no conseguiu resolver atravs das suas atividades usuais. Ex: Vacinao contra plio, sarampo, controle da dengue ou da meningite.

4. Vigilncia EpidemiolgicaVigilncia a ao sistemtica de coleta contnua, comparaes e anlise de informaes relacionadas a sade que comunicada de forma oportuna a todos que necessitam saber quais os problemas de sade que requerem aes em sua comunidade. (Last, A Dictionary of public Health, 2007)

EpidemiologiaA epidemiologia a cincia que estuda o processo sade-doena na comunidade, analisando a distribuio e os fatores determinantes das enfermidades e dos agravos sade coletiva, propondo medidas de preveno, de controle ou de erradicao(Rouquayrol, 1994).EPIDEMIOLOGIA Estudo dos fatores que determinam a frequncia e a distribuio das doenas nas coletividades humanas. (IEA Associao Internacional de Epidemiologia, 1973) Objetivos da Epidemiologia

Descrever magnitude, tendncia e a distribuio dos problemas de sade na populao. Descrever caractersticas dos casos, formas clnicas, modo de transmisso, grupos de maior risco, curso da doena, etc., quando da ocorrncia de um agravo desconhecido.

Proporcionar dados essenciais para o planejamento, e avaliao das aes de preveno, controle e tratamento das doenas, bem como estabelecer prioridades.

Identificar fatores de risco e determinantes das enfermidades e outros agravos sade Clnica X EpidemiologiaTrade epidemiolgica/ecolgica das doenasGordis, L.2000. EpidemiologyAgenteAmbienteEstrutura Epidemiolgica HospedeiroVetor

Campos de aplicao da epidemiologiaAnlise de situao de sade

Investigao de determinantes e fatores de risco sade

Avaliao de tecnologias em sade

Vigilncia Epidemiolgica/Vigilncia da sade

Conceitos Importantes na Epidemiologia Epidemia - a manifestao, em uma coletividade ou regio de um nmero de casos de uma doena ou agravo sade, num determinado tempo e espao, que exceda a claramente a ocorrncia esperada. Ex: Clera; Dengue

Surto - uma epidemia de propores reduzidas, atingindo uma pequena comunidade humana (colgio, quartel, edifcio, etc.), delimitada no tempo e no espao fsico. Ex: intoxicao alimentar.

Endemias - a ocorrncia habitual de uma doena ou agravo sade, numa rea geogrfica, no importando se a frequncia do nmero de casos alta ou baixa, desde que a incidncia esteja dentro dos limites esperado Ex. Tuberculose.

Pandemia - a manifestao de uma epidemia que se caracteriza por uma larga distribuio espacial, atingindo mais de um pas, mais de um continentes ou grande parte do mundo. Ex: Cncer de pulmo, AIDS.Etapas da Vigilncia EpidemiolgicaColeta e processamento de dados;Anlise e interpretao dos dados processados;Investigao epidemiolgica de casos e surtos;Recomendao e promoo de medidas de controle apropriadas;Avaliao da eficcia das medidas adotadas;Divulgao de informaes sobre as investigaes, medidas de controle, impacto obtido, formas de preveno de doenas, dentre outras.

(Ministrio da Sade, 2010)1. Acidentes por animais peonhentos;2. Atendimento antirrbico;3. Botulismo;4. Carbnculo ou Antraz;5. Clera;6. Coqueluche;7. Dengue;8. Difteria;9. Doena de Creutzfeldt-Jakob;10. Doena Meningoccica e outras Meningites;11. Doenas de Chagas Aguda;12. Esquistossomose;13. Eventos Adversos Ps-vacinao;14. Febre Amarela;15. Febre do Nilo Ocidental;16. Febre Maculosa;17. Febre Tifide;18. Hansenase;19. Hantavirose;20. Hepatites Virais;21. Infeco pelo vrus da imunodeficincia humana HIV em gestantes e crianas expostas ao risco de transmisso vertical;22. Influenza humana por novo subtipo;Lista de Notificao Compulsria LNCPORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 201123. Intoxicaes Exgenas (por substncias qumicas, incluindo agrotxicos, gases txicos e metais pesados);24. Leishmaniose Tegumentar Americana;25. Leishmaniose Visceral;26. Leptospirose;27. Malria;28. Paralisia Flcida Aguda;29. Peste;30. Poliomielite;31. Raiva Humana;32. Rubola;33. Sarampo;34. Sfilis Adquirida;35. Sfilis Congnita;36. Sfilis em Gestante;37. AIDS;38. Sndrome da Rubola Congnita;39. Sndrome do Corrimento Uretral Masculino;40. Sndrome Respiratria Aguda Grave associada ao Coronavrus (SARS-CoV);41. Ttano;42. Tuberculose;43. Tularemia;44. Varola; e45. Violncia domstica, sexual e/ou outras violncias.Lista de Notificao Compulsria LNCPORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011Caso suspeito ou confirmado de:

1. Botulismo;2. Carbnculo ou Antraz;3. Clera;4. Dengue nas seguintes situaes:- Dengue com complicaes (DCC),- Sndrome do Choque da Dengue (SCD),- Febre Hemorrgica da Dengue (FHD),- bito por Dengue- Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmisso endmica desse sorotipo;5. Doena de Chagas Aguda;6. Doena conhecida sem circulao ou com circulao espordica no territrio nacional que no constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhus, Mormo, Encefalites Eqinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras;7. Febre Amarela;8. Febre do Nilo Ocidental;Lista Nacional de Compulsria Imediata LNCIPORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 20119. Hantavirose;10. Influenza humana por novo subtipo;11. Peste;12. Poliomielite;13. Raiva Humana;14. Sarampo;15. Rubola;16. Sndrome Respiratria Aguda Grave associada ao Coronavrus (SARS-CoV);17. Varola;18. Tularemia; e19. Sndrome de Rubola Congnita (SRC).

II. Surto ou agregao de casos ou bitos por:1. Difteria;2. Doena Meningoccica;3. Doena Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcaes ou aeronaves;4. Influenza Humana;5. Meningites Virais;Lista Nacional de Compulsria Imediata LNCIPORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 20116. Outros eventos de potencial relevncia em sade pblica, aps a avaliao de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se:a. Alterao no padro epidemiolgico de doena conhecida, independente de constar no Anexo I desta Portaria;b. Doena de origem desconhecida;c. Exposio a contaminantes qumicos;d. Exposio gua para consumo humano fora dos padres preconizados pela SVS;e. Exposio ao ar contaminado, fora dos padres preconizados pela Resoluo do CONAMA;f. Acidentes envolvendo radiaes ionizantes e no ionizantes por fontes no controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou mdicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU.g. Desastres de origem natural ou antropognica quando houver desalojados ou desabrigados;h. Desastres de origem natural ou antropognica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de sade locais em consequncia evento.Lista Nacional de Compulsria Imediata LNCIPORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011III. Doena, morte ou evidncia de animais com agente etiolgico que podem acarretar a ocorrncia de doenas em humanos, destaca-se entre outras classes de animais:1. Primatas no humanos2. Eqinos3. Aves4. MorcegosRaiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situao no usual, tais como: vos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenao de movimentos, agressividade, contraes musculares, paralisias, encontrado durante o dia no cho ou em paredes.5. CandeosRaiva: candeos domsticos ou silvestres que apresentaram doena com sintomatologia neurolgica e evoluram para morte num perodo de at 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva. Leishmaniose visceral: primeiro registro de candeo domstico em rea indene, confirmado por meio da identificao laboratorial da espcie Leishmania chagasi.6. Roedores silvestresPeste: Roedores silvestres mortos em reas de focos naturais de peste.Lista Nacional de Compulsria Imediata LNCIPORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 20115. Sistema de Informao em SadeA informao fundamental para a determinao da sade e o aprimoramento de sua gesto. A informao das atividades do SUS, dentro de diretrizes tecnolgicas adequadas, essencial para a descentralizao das atividades de sade e viabilizao e controle social sobre a utilizao dos recursos disponveis.

Sistema de Informao em SadePara alcanar tais objetivos, foi atribuda ao Departamento de Informtica do SUS DATASUS, rgos da Secretaria Executiva do MS, a responsabilidade de coletar, processar e disseminar informaes sobre sade.

Sistema de Informao em SadeDATASUS um rgo de informtica de mbito nacional, representa papel importante como centro tecnolgico de suporte tcnico e normativo para a montagem dos sistemas de informtica e informao da sade.

MISSOProver os rgos do SUS de sistemas de informao e suporte de informtica, necessrios ao processo de planejamento, operao e controle do SUS. Atravs da manuteno de bases de dados nacionais, apoio e consultoria na implantao de sistemas e coordenao das atividades de informtica inerentes ao funcionamento integrado dos mesmos.Sistema de Informao em Sade

Secretaria Municipal de SadeSecretaria Estadual de SadeMinistrio da SadeSistema de Informao em SadePlanejamento um processo de tomada de decises que, com base na situao atual, visa a determinao de providncias a tomar objetivando atingir uma situao futura desejada.

OBJETIVOS DO SIFacilitar a formulao e avaliao das polticas, planos e programas de sade, subsidiando a tomada de decises;

Possibilitar a anlise da situao de sade em nvel local, como tambm as condies de vida da populao na determinao do processo sade-doena.Principais Sistemas de Informao em SadeSistemasEventoInstrumento de ColetaAlguns UsosSIMbitoDeclarao de bitoEstudos de Mortalidade, Vigilncia de bitos (infantil, materno, etc.)SINASCNascido VivoDeclarao de Nascido VivoMonitoramento da Sade da Criana; Vigilncia a criana de riscoSINANAgravos sob notificaoF/Notificao e F/InvestigaoAcompanhamento dos agravos sob notificao, surtos, epidemias, etc.SIHInformao HospitalarAIHMorbidade hospitalar, gesto hospitalar, custeio de ateno hospitalar.SIAProduo AmbulatorialBPAAcompanhamento da produo ambulatorial, gesto ambulatorial, custeio da ateno ambulatorial.SISVANVigilncia alimentar e nutricionalCarto da criana e da gestanteIncidncia e Prevalncia da desnutrio e sobrepesoPrincipais Sistemas de Informao em SadeSistemasEventoInstrumento de ColetaAlguns UsosAPIAvaliao do Programa Nacional de ImunizaoMapa dirio do registro de doses aplicadas e boletim mensal de doses aplicadasCobertura vacinais por tipo de vacina, quantidade de vacinas aplicadas, por: tipo, dose e faixa etria.SIABSistema de Informao da Ateno BsicaRelatrios do PSFPlanejamento da Assistncia em Sade6. Programa de Educao PermanenteA Educao Permanente aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizaes e ao trabalho.

A Educao Permanente baseia-se na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as prticas profissionais.

Educao Permanente se baseia na aprendizagem significativaA aprendizagem significativa acontece quando responde a uma pergunta nossa e/ou quando o conhecimento novo construdo a partir de um dilogo com o que j sabamos antes.

Na aprendizagem significativa acumulamos e renovamos experincias. Isto bem diferente da aprendizagem mecnica, na qual retemos contedos sem um questionamento crtico e muitas vezes sem partir de nossas experincias.

Principais Legislaes que regem a Educao Permanente em Sade:8 Conferncia Nacional de Sade - 1986

Constituio Brasileira de 1988

Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990

Portaria n.198, de 13 de fevereiro de 2004

Pacto pela Sade - Portaria 399, de 22 de fevereiro de 2006

Portaria n.1996, de 22 de agosto de 2007

8 Conferncia Nacional de SadeA 8 Conferncia Nacional de Sade reconhece a importncia da rea de Recursos Humanos nas polticas de sade e aponta para Educao Permanente como estratgia para formao e desenvolvimento dos trabalhadores do setor sade.

Constituio Brasileira de 1988A Constituio Nacional de 1988, em seu artigo 200, atribui ao SUS o ordenamento da formao de Recursos Humanos para o setor sade.

Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990Dispe sobre a criao e as funes das Comisses Permanentes de Integrao entre de Ensino e Servios de Sade.

Portaria GM/MS n.198, de 13 de fevereiro de 2004Institui a Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade (EPS) como estratgia do Sistema nico de Sade para a formao e o desenvolvimento dos trabalhadores do setor .

(Grande movimentao na formao dos Polos com oficinas e Liberao de recursos para efetivao da poltica de EPS)

Pacto pela SadeO Pacto pela Sade um conjunto de reformas institucionais do SUS entre as trs esferas de gesto: Unio, Estados e Municpios, com o objetivo de promover inovaes nos processos e instrumentos de gesto.

Redefine as responsabilidades de cada gestor, em funo das necessidades de sade da populao, na busca da equidade social.

So criados, ento, os Colegiados de Gesto Regionais CGR para operacionalizar a regionalizao do SUS.

A Educao Permanente em Sade EPS, reafirmada como estratgia para a formao e o desenvolvimento dos trabalhadores do SUS.Politica de Educao Permanente em SadeDiretrizes - Portaria 1996 de 2007Reafirma os princpios da Educao Permanente em Sade como norteadores para a construo dos Planos Regionais de Educao Permanente em Sade e das aes educativas na sade.

Recoloca a questo de que as demandas para a formao e desenvolvimento dos trabalhadores no SUS sejam definidas a partir da identificao dos problemas cotidianos referentes ateno sade e organizao do trabalho.

OBJETIVOS DA EDUCAO PERMANENTEManter os profissionais atualizados;

Buscar solues a partir dos problemas enfrentados no cotidiano do trabalho, considerando as experincias e as vivncias de cada um, e, com isso, promover transformaes na prtica profissional, na prpria organizao do trabalho e nas prticas de ensino.(Ministrio da Sade)Prioridade de Ao Reafirmar a necessidade de que as demandas no sejam definidas somente a partir de uma lista de necessidades individuais de atualizao, da capacidade de oferta das instituies de ensino, nem das orientaes dos nveis centrais, mas, prioritariamente, desde a origem dos problemas que acontecem no cotidiano do trabalho referentes ateno sade e organizao do prprio trabalho.

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Educao Permanente X Educao ContinuadaEDUCAO PERMANENTE: processos de aprendizagem no trabalho, a partir da reflexo sobre o processo de trabalho, enunciando problemas e necessidades de natureza pedaggica. (MOTTA)

EDUCAO CONTINUADA: alternativas educacionais mais centradas no desenvolvimento de grupos profissionais, seja atravs de cursos de carter seriado, seja atravs de publicaes especficas de um determinado campo.(NUNES)

Educao Permanente X Educao Continuada:

MultiprofissionalPrtica institucionalizadaProblemas de sadeTransformao das prticasContinuaCentrada na resoluo de problemas

UniprofissionalPrtica autnomaTemas de especialidadeAtualizao tcnicaEspordicaCentrada na transmisso de conhecimentos

ETAPAS DA EDUCAO PERMANENTEAnlise de contexto;

Identificao de necessidades educativas;

Identificao de estratgias educativas;

Desenvolvimento do processo educativo;

Monitoramento e avaliao.

Anlise de ContextoProblemas de sade situao epidemiolgica, polticas pblicas, situao social,cultural e econmica.

Cenrios de trabalho - estrutura e a fora de trabalho.

Identificao de Necessidades EducativasAnlise das inter-relaes entre necessidades do contexto, das demandas e dos problemas do servio concreto.

Reconhecer problemas (o que problema?).

Discriminar problemas de natureza educativa.

Determinar prioridades de formao para o servio.

Identificao de Estratgias EducativasPedagogia Transmisso Ignora o saber acumuladoPassivaMuitas informaes

Pedagogia Adestramento IndividualRoteiros especficosAprendizagem de tcnicas sem conhecer os fundamentos cientficos

Pedagogia ProblematizadoraColetivaTroca de experinciasConsidera o saber acumulado da prticaProfessoresso facilitadores do processo de aprendizado a reflexo dos problemas da realidade

Desenvolvimento do Processo EducativoValor do saber acumulado;

Integrao teoria e prtica;

Construo coletiva do conhecimento;

Resultado nos processos de trabalho.Monitoramento e AvaliaoMonitorar a aprendizagem.

Monitorar as mudanas na prtica e nos processos de trabalho.

Importante estabelecer uma linha de base e desenvolver indicadores.

"Educao no transforma o mundo. Educao muda pessoas. Pessoas transformam o mundo". Paulo Freire