apostila meio ambiente

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MANUAIS PARA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL apresenta:

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Page 1: Apostila meio ambiente

MANUAIS PARA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

MEIO AMBIENTE

apresenta:

Page 2: Apostila meio ambiente

“uai”

“sô”

“bão”

“cê”

Page 3: Apostila meio ambiente

“nó”

“trem”

.

Page 4: Apostila meio ambiente

EDITORIALMANUAIS PARA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Volume 8Meio Ambiente

IniciativaAssociação Mineira de Municípios

PresidenteAntônio Carlos de Andrada

SuperintendenteCristina Márcia de Oliveira Mendonça

OrganizaçãoInstituto AMM de Ensino, Pesquisa e Extensão

PresidenteAntônio Carlos de Andrada

Coordenação Executiva e Editorial

Superintendência do Instituto AMMGustavo Costa Nassif

Supervisão Editorial

Assessoria de Gestão das Áreas TécnicasVívian Belezzia

Assessoria do Instituto AMMSarah Rosignoli Souza

AutoresLicínio Eustáquio Mol XavierGilber Faria MoratoSérgio Moreira MartinsCristina ElisaCarvalho Almeida

RevisãoMara Luiza Grego

Tamirys de Oliveira Freitas

DiagramaçãoChristian Lana Rachid

Para mais informações acesse:portalamm.org.br

institutoamm.org.br

Page 5: Apostila meio ambiente

MANUAIS PARA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Antônio Carlos AndradaPrefeito da cidade de Barbacena

Presidente da AMM e do Instituto AMM

Caros alunos,

Sou Toninho Andrada, prefeito de Barbace-na, presidente da Associação Mineira de Mu-nicípios e do Instituto AMM.

Criamos o Instituto AMM de Ensino, Pesqui-sa e Extensão, uma entidade sem fins lucra-tivos que fomenta as ações de capacitação e treinamento de servidores públicos. No escopo dessa nova entidade educacional está a realização de cursos de curta dura-ção, educação superior, pósgraduação – pre-sencial e a distância - pesquisa, extensão e certificação ocupacional.

Na busca de novos horizontes para a educa-ção, este Centro de Estudos Acadêmicos tem total apoio da Associação Mineira de Municípios e colabora para que os municí-pios se tornem mais eficientes, uma vez que contarão com uma nova geração de profissionais capacitados e com habilida-des para um alto desempenho em suas funções públicas.

É com grande satisfação que comunicamos o início das atividades do CQGP online, nosso Centro de Qualificação para a Gestão Pública ofertado na modalidade a distância. Mobilizados sempre pela causa municipalis-ta, alicerçados pela solidez de nossa Asso-ciação e revigorados pelo conhecimento e pela educação continuada, trabalhamos unidos para fazer a diferença e colocar Minas Gerais na dianteira das ações trans-formadoras para a construção do Brasil que todos desejam e merecem.

Sejam bem vindos e forte abraço.

Page 6: Apostila meio ambiente

A Associação Mineira de Municípios (AMM) foi fundada em 17 de outubro de 1952 e com mais de 60 anos de história, preserva a filosofia que orienta o seu dia-a-dia: reunir e representar os municípios de Minas buscando, por meio de suas potencialidades e individualidades, o fortalecimento de cada um e o consequente desenvolvimento do Estado.

Trata-se de uma entidade política, suprartidária e de utili-dade pública além de ter como seus parceiros os gestores municipais que acreditam no princípio municipalista como alavancador para a construção de um Estado e um País soberano. Os governos estadual e federal, as associações microrregionais de municípios, bem como diversas institui-ções da sociedade civil, trabalham com a parceria da AMM e reconhecem a força de sua representatividade.

A AMM atua como estrutura de articulação política e se posiciona frente aos poderes executivo, legislativo e judici-ário como representante legítima das 853 cidades, o maior número de municípios reunidos do Brasil. Ao mesmo tempo em que defende os interesses e os direitos dos mu-nicípios mineiros, oferece a eles ferramentas para se tornarem autônomos econômica e juridicamente através da implementação de uma gestão eficiente.

Além da importante representação política, a AMM está estruturada para prestar consultoria a todos os municípios mineiros nas áreas jurídica, assistência social, educação, economia, contábil, finanças, captação de recursos, meio ambiente, serviços especializados e comunicação. Seus consultores, profissionais especializados na área pública, trabalham com estratégia de fortalecimento municipal, pro-porcionando aos prefeitos melhores condições de tomada de decisão.

Somos 853. Somos Minas. E, juntos, somos muito mais.

Page 7: Apostila meio ambiente

O Instituto AMM (I-AMM) é um centro de estudos acadêmicos criado pela Associação Mineira de Municípios (AMM) para contribuir com as organizações públicas e privadas sediadas no país, especialmente no Estado de Minas Gerais, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão. No alvo dessa nova entidade educacional está a realização de cursos de curta duração, educação superior, pós-graduação presen-cial e à distância - pesquisa, extensão e certificação ocupacional.

Com natureza de associação civil, sem fins lucrativos, o Instituto AMM conta com o apoio institucional da AMM, a maior associação do gênero no Brasil.

VisãoSer uma referência na área da educação com ênfase na gestão da administração pública.

MissãoImpulsionar as ações de capacitação e treinamento de gestores e servidores públicos, promovendo o desenvolvimento humano e social e a formação científica, com base na ética e no compromisso com a oferta de soluções aos principais desafios surgidos na admi-nistração pública municipal.

ValoresO Instituto AMM orienta suas ações baseando-se nos seguintes valores:

- Compromisso com a Excelência e com a Qualidade;- Democratização da prestação dos serviços públicos;- Promoção da Ética e da transparência pública;- Proteção do meio ambiente;- Promoção do desenvolvimento econômico sustentável no âmbito local e regional;- Promoção da inovação tecnológica.

Page 8: Apostila meio ambiente

Tendo como objetivo subsidiar as ações dos gestores ante trabalho desafiador que é a saúde municipal, o Departamen-to de Meio Ambiente da AMM municia os gestores públicos mineiros com informa-ções oportunas e estratégicas para o de-senvolvimento de uma gestão pública de excelência em seus municípios.

Visando fortalecer e conferir mais auto-nomia aos municípios do estado em rela-ção às ações ambientais, o Departamen-to de Meio Ambiente da AMM, não tem poupado esforços no sentido de capaci-tar por meio do CQGP e do Instituto AMM de Ensino e Pesquisa, as diversas secretarias e respectivos quadros técni-cos da saúde, com o intuito de transfor-mar os municípios mineiros em modelo de gestão e inovação na saúde pública, atuando com excelência no cumprimento de sua missão, constituindo-se motivo de orgulho para cidadãos, gestores, tra-balhadores e prestadores.

APRESENTAÇÃO

MEIO AMBIENTE

Page 9: Apostila meio ambiente

TUDOPARATODOS OS MUNICÍPIOSDE MINAS

INSTITUCIONAL1 .

DESENVOLVIMENTOECONÔMICO3 .

. 4SAÚDE

ASSISTÊNCIA SOCIAL5 .

. 6CONTÁBIL E TRIBUTÁRIO

CAPTAÇÃO DERECURSOS

7 .

. 8MEIO AMBIENTE

COMUNICAÇÃO, CERIMONIAL EEVENTOS

9 .

. 2JURÍDICO

SUMÁRIODE VOLUMES

Page 10: Apostila meio ambiente

Sumário Vol.8 - Meio Ambiente

11 Contextualização Da Questão Ambiental

19 Introdução

23 Módulos

MÓDULO I

23 Regularização Ambiental/ Licenciamento Ambiental

Autorização Ambiental de Funcionamento - AFF

Licenciamento ambiental (Classe 3 a 6 conforme DN 74)

Custos de Análise

Emergência ambiental

COPAM e CERH

MÓDULO II

51 Saneamento Básico

Introdução

Legislação pertinente - Lei 11.445 de 2007

Objetivos da política de saneamento básico

Plano municipal de saneamento básico

MÓDULO III

57 Resíduos Sólidos

Legislação pertinente - Lei federal 12.305/2010

Marco Regulatório para a área de resíduos sólidos

A política nacional de resíduos sólidos integra

Page 11: Apostila meio ambiente

Sumário Vol.8 - Meio Ambiente

Prazos do estado para elaboração e entrega dos planos (PGIRS)

Coleta seletiva - apoio aos municípios

MÓDULO IV

63 Nova Lei Florestal/LC 140/Programas Governo

Nova Lei florestal - 12.651(novo código florestal)

Base do novo código floresta brasileiro

Novo código florestal mineiro - Lei nº 20.922, de 16/10/2013

Sistema Municipal de Meio Ambiente - SISMAM

Fiscalização ambiental

ICMS ecológico

Programas de governo

MÓDULO V

93 Recursos Minerais

Introdução

Reconhecimento da atual situação

Formalização de requerimento junto ao DNPM

Os demais regimes de aproveitamento das substâncias minerais

Regularização ambiental

Repasse da compensação financeira pela exploração de

recursos munerais - CFEM para os municípios

Prazos da união para elaboração e entrega dos planos de

gestão integrada de resíduos sólidos (PGIRS)

Page 12: Apostila meio ambiente

Sumário Vol.8 - Meio Ambiente

Marco Regulatório

MÓDULO VI

100 Recursos Hídricos

A quem recorrer

Outorga do direito de uso de água

Cobrança da água

Regulação/Legislação

Base legal

Gestão da água

106 Documentos/Informações de Apoio

108 Glossário

Reconhecimento

Page 13: Apostila meio ambiente

Se vamos tratar da Questão Ambiental, precisamos conhecer o seu

contexto, por que e como surgiu a necessidade de se preocupar com o

meio ambiente. E essa é justamente a proposta deste treinamento.

Tente imaginar a sociedade artesanal... no período pré-industrial... As

comunidades eram autossustentáveis, produziam seus próprios utensílios e

alimentos, atendiam suas necessidades de maneira harmoniosa com a

natureza. Os artesãos produziam exatamente o que o consumidor

precisava, um item de cada vez... A exploração dos recursos naturais se

dava de modo pouco impactante, tanto pela demanda pequena como

pela singela capacidade de intervenção do homem (limitações de

tecnologia, ferramentas, etc.). Os resíduos eram basicamente aparas de

madeira, argila, materiais orgânicos, minerais... substâncias que a

natureza podia decompor com facilidade.

Não havia tanta preocupação em alcançar altos níveis de produção

para atender demandas comerciais, apenas se buscava suprir as

necessidades da comunidade. Mas as fronteiras foram se expandindo, o

comércio ganhando espaço, vencendo distâncias na terra e nos

oceanos, novos continentes foram descobertos, a população foi

crescendo, as Grandes Navegações trouxeram uma nova visão de

mundo... novos mercados... novos hábitos...

Deste modo, o homem vem, desde os tempos mais remotos, modificando

o meio ambiente de forma a adaptá-lo no intuito de atender suas

necessidades fisiológicas, sociais e econômicas. Assim, surgiu, no passado,

a Engenharia, “pelos grandes esforços do homem no sentido de criar e

aperfeiçoar dispositivos que aproveitassem os recursos naturais”.

1CONTEXTUALIZÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL

11

Page 14: Apostila meio ambiente

Esta interferência se dá de diversas formas, como pela extração e

exploração de recursos naturais, modificação do meio para ocupação

antrópica, e pelo despejo de resíduos resultantes das atividades humanas.

A intervenção humana no meio ambiente natural criou ambientes

artificiais ou domesticados, formando ecossistemas específicos como as

regiões agrícolas e agroindustriais e até mesmo as cidades e os distritos

industriais, embora esses últimos casos sejam concessões ao termo

ecossistema, sendo denominados como tecnossistemas urbano-

industriais, os quais “se caracterizam por serem parasitas dos ambientes

naturais e domesticados, pois não produzem os alimentos de que a

população necessita, não limpam o ar e reciclam muito pouco as águas

que utilizam”.

A Revolução Industrial do século XIX pode ser apontada como marco

importante na intensificação dos problemas ambientais... Era notória a

deterioração do ambiente urbano com a contaminação do ar, a

disseminação de enfermidades, as péssimas condições de vida dos

trabalhadores. O uso crescente do carvão para fins industriais e

domésticos gerava os chamados “odores fétidos”. O carvão queimado

na época continha o dobro do enxofre do usado hoje em dia.

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Page 15: Apostila meio ambiente

Por consequência, o desenvolvimento econômico e industrial introduziu

novos padrões de consumo, intensificando a exploração dos recursos

naturais para atender à produção crescente, assim como novos e

assustadores níveis de geração de resíduos, que surgiram em quantidades

excessivamente maiores que a capacidade de absorção da natureza e

de maneira que ela não é capaz de reciclar.

Com a Revolução Industrial veio a Produção em Massa. Mas uma

Produção em Massa necessitava de um “Consumo de Massa”! No início,

os artesãos produziam bens para atender as necessidades das pessoas.

Ou seja, a produção deveria atender à demanda. Mas, neste novo

cenário, as pessoas descobriram outras “necessidades”. Com o

desenvolvimento industrial, a eficiência produtiva gerou uma imensa

quantidade de produtos que precisavam ser consumidos (vendidos),

então era necessário criar uma demanda, incentivar as pessoas a

comprarem, consumirem, ou seja, criar “necessidades”... Desse modo, a

demanda é que deveria atender à produção! Todavia, as pessoas

continuavam a ver o meio ambiente como na era artesanal: para quê se

preocupar? Existem tantos recursos disponíveis!? Tantas áreas a serem

exploradas!? Tanta água!? Tantas florestas...

A urbanização acelerada também tem sido fator preocupante no que se

refere à degradação do ambiente, agravada pelo processo de

adaptação do ambiente natural, com a escala de aglomeração e

concentração populacional. Quanto maior for essa escala, maiores serão

as adaptações e transformações do ambiente natural, maiores serão a

diversidade e a velocidade de recursos extraídos, maiores serão a

quantidade e a diversidade dos resíduos gerados e menor será a

velocidade de reposição desses recursos.

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Page 16: Apostila meio ambiente

Uma cidade pode ser considerada um ecossistema heterotrófico

incompleto, pois “necessita de grandes áreas externas a ele para a

obtenção de energia, alimentos, fibras, água e outros materiais”

Mas diferentemente de um sistema heterotrófico natural, uma área

metropolitana apresenta:

Metabolismo muito mais intenso por unidade de área, exigindo um

influxo maior de energia concentrada (combustíveis fósseis,

eletricidade);

Grande necessidade de entrada de materiais (alimentos, matéria-

prima) acima e além do necessário para a sustentação da própria

vida;

Saída maior e mais venenosa de resíduos (substâncias tóxicas

sintéticas).

Assim, as áreas urbanas são extremamente dependentes das áreas verdes

circunvizinhas, que funcionam como ambientes de entrada e saída do

sistema, fornecendo energia e materiais e degradando os resíduos e

emissões, e limpando o ar. Todavia, contraditoriamente, quanto mais as

áreas urbanas crescem, diminuem as áreas naturais e aumenta a

necessidade destes ambientes para a sustentação das cidades, embora

muitos ainda acreditam que basta a tecnologia para suprir todas as

necessidades e solucionar os problemas ambientais contemporâneos. Isso

mostra como os limites da natureza são pressionados pelo crescimento e

desenvolvimento urbano-industrial.

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Page 17: Apostila meio ambiente

Outro fato a ser considerado é que o lixo gerado pela população cada

vez mais está composto por restos de embalagens e de produtos

industriais. Você sabe o quanto de lixo cada pessoa gera, desde o

nascimento até o fim de sua vida, na velhice...? Aproximadamente vinte e

cinco toneladas de lixo! A intensificação da industrialização, a explosão

demográfica, a produção e o consumo desmedido, a urbanização e a

modernização agrícola são alguns aspectos da evolução histórica das

sociedades humanas que geraram desenvolvimento econômico, mas

que resultaram numa degradação ambiental desenfreada. O aumento

da escala de produção tem sido um importante fator que estimula a

exploração dos recursos naturais e eleva a quantidade de resíduos.

Recursos naturais e economia interagem de modo bastante evidente,

uma vez que algo é recurso na medida em que sua exploração é

economicamente viável. E assim, a sociedade moderna foi forjada em um

ideal mecanicista, movida por uma economia caracterizada pelas leis

cegas do mercado. Nessa nova organização, a busca pelo lucro e a razão

instrumental são sobrepostas às leis da natureza, assolando também as

questões culturais, dizimando o sentimento de humanidade e, desse

modo, desembocando na CRISE AMBIENTAL que conhecemos e

vivenciamos hoje.

À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na

natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem

tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da

tecnologia disponível. Daí surge a necessidade de se controlar este uso

desmedido. Como? Através do Processo de Licenciamento Ambiental.

Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, trazendo a

industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho,

além da mecanização da agricultura, que inclui o uso intenso de

agrotóxicos, e a urbanização, com um processo de concentração

populacional nas cidades.

15

Page 18: Apostila meio ambiente

A tecnologia empregada evoluiu rapidamente com consequências

indesejáveis que se agravam com igual rapidez. A exploração dos

recursos naturais passou a ser feita de forma demasiadamente intensa.

Recursos não-renováveis, como o petróleo, ameaçam escassear. De

onde se retirava uma árvore, agora retiram-se centenas. Onde moravam

algumas famílias, consumindo alguma água e produzindo poucos

detritos, agora moram milhões de famílias, exigindo imensos mananciais e

gerando milhares de toneladas de lixo por dia. Essas diferenças são

determinantes para a degradação do meio onde se insere o homem.

Sistemas inteiros de vida vegetal e animal são tirados de seu equilíbrio. E a

riqueza, gerada num modelo econômico que propicia a concentração

da renda, não impede o crescimento da miséria e da fome. Algumas das

consequências indesejáveis desse tipo de ação humana são, por

exemplo, o esgotamento do solo, a contaminação da água e a

crescente violência nos centros urbanos.

Crise ambiental ou crise civilizatória? Para uns, a maior parte dos

problemas atuais, decorrentes do modelo de desenvolvimento,

economia e sociedade, pode ser resolvida pela comunidade científica.

Confiam na capacidade de a humanidade produzir novas soluções

tecnológicas e econômicas a cada etapa, em resposta a cada

problema que surge, permanecendo basicamente no mesmo

paradigma civilizatório dos últimos séculos.

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Page 19: Apostila meio ambiente

Para outros, a questão ambiental representa quase uma síntese dos

impasses que o atual modelo de civilização acarreta. Consideram que

aquilo a que se assiste, no final do século XX, não é só uma crise ambiental,

mas uma crise civilizatória. E que a superação dos problemas exigirá

mudanças profundas na concepção de mundo, de natureza, de poder,

de bem-estar, tendo por base novos valores individuais e sociais. Faz parte

dessa nova visão de mundo a percepção de que o homem não é o centro

da natureza.

Para outros ainda, o homem deveria se comportar não como dono do

mundo, mas, percebendo-se como parte integrante da natureza,

resgatar a noção de sacralidade da natureza, respeitada e celebrada por

diversas culturas tradicionais antigas e contemporâneas.

De todo modo, os recursos naturais e o próprio meio ambiente tornam-se

uma prioridade, um dos componentes mais importantes para o

planejamento político e econômico dos governos. Passam então a ser

analisados em seu potencial econômico e vistos como fatores

estratégicos. O desnível econômico entre grupos sociais e entre os países,

tanto em termos de riqueza quanto de poder, criam vetores importantes

de pressão sobre as políticas econômicas e ambientais em cada parte do

mundo. E, além do mais, o poderio dos grandes empreendimentos

transnacionais torna-os capazes de influir fortemente nas decisões

ambientais que governos e comunidades dever iam tomar,

especialmente quando envolvem o uso dos recursos naturais.

Com a constatação dessa inevitável interferência que uma nação exerce

sobre outra por meio das ações relacionadas ao meio ambiente, a

questão ambiental torna-se internacional.

Portanto, ao lado da chamada “globalização econômica”, assiste-se à

globalização dos problemas ambientais, o que obriga os países a

negociar, a legislar de forma a que os direitos e os interesses de cada

nação possam ser minimamente limitados em função do interesse maior

da humanidade e do planeta.

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Page 20: Apostila meio ambiente

Portanto, ao lado da chamada “globalização econômica”, assiste-se à

globalização dos problemas ambientais, o que obriga os países a

negociar, a legislar de forma a que os direitos e os interesses de cada

nação possam ser minimamente limitados em função do interesse maior

da humanidade e do planeta. A ética entre as nações e os povos deve

passar então a incorporar novas exigências com base numa percepção

de mundo em que as ações sejam consideradas em suas conseqüências

mais amplas, tanto no espaço quanto no tempo. Não é só o crime ou a

guerra que ameaçam a vida, mas também a forma como se gera, se

distribui e se usa a riqueza, a forma como se trata a natureza.

A questão ambiental — isto é, o conjunto de temáticas relativas não só à

proteção da vida no planeta mas também à melhoria do meio ambiente

e da qualidade de vida das comunidades — compõe a lista dos temas de

relevância internacional.

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Page 21: Apostila meio ambiente

O meio ambiente permeia diretamente a vida humana e não há como

dissociá-los. No entanto, as forças de mercado nem sempre atingem o

ponto de equilíbrio ideal para atender às necessidades de todos os

elementos envolvidos. Nesse momento, cabe a atuação do Estado

(União, Estado e Município), de forma a determinar limites e a preservar o

bem comum. A Constituição Federal alçou o direito fundamental do

povo tanto o meio ambiente equilibrado como o desenvolvimento

econômico e social. Esses três elementos (União, Estado e Município)

formam o tripé do chamado desenvolvimento sustentável. O equilíbrio

desses interesses resultará na prosperidade almejada.

O licenciamento ambiental é instrumento fundamental na busca do

desenvolvimento sustentável. Sua contribuição é direta e visa a encontrar

o convívio equilibrado entre a ação econômica do homem e o meio

ambiente onde se insere. Busca-se a compat ib i l idade do

desenvolvimento econômico e da livre iniciativa com o meio ambiente,

dentro de sua capacidade de regeneração e permanência.

A presente CAPACITAÇÃO tem por objetivo contribuir com a divulgação

desse importante instrumento da Política Nacional e Estadual de Meio

Ambiente. Traz a nova legislação florestal e responsabilidades para com o

meio ambiente e amplia a discussão de conceitos e procedimentos.

Neste contexto, busca-se difundir cada vez mais orientações e

informações sobre o meio ambiente, visando ao correto trato das

questões ambientais e à preservação do meio ambiente para as

presentes e futuras gerações.

2INTRODUÇÃO

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Page 22: Apostila meio ambiente

O Gestor municipal deve ter presente que a proteção e a recuperação

ambiental são obrigações legais. A Constituição Federal de 1988 contém

um capítulo, o artigo 255, que estabelece o direito de todos ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, e impõe ao poder Público e à

coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações

presentes e futuras. Pela legislação ambiental do país e mineira, os

gestores municipais podem ser enquadrados por responsabilidade civil,

administrativa e penal, recomendando-se especial atenção à Lei da

Política Nacional de Meio Ambiente e da Estadual, e à Lei de Crimes

Ambientais. Atenção especial deve ser dada pelo Gestor Público ao que

estabelece o artigo segundo da Lei 9.605/98:

Até a lei de improbidade administrativa e o Decreto Lei nº 201/1967 são

instrumentos que têm sido utilizados ultimamente para proteção

ambiental.

Após a edição da Lei da Ação Cível Pública, que disciplina a Ação Civil

Pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente,

dentre outros bens e direitos difusos, foram criadas as Curadorias de Meio

Ambiente, atribuindo-se a Promotores funções relativas ao meio

ambiente, o que vem dando grande destaque ao papel do Ministério

Público Estadual no acompanhamento da aplicação e do cumprimento

da legislação ambiental (Lei de Crimes Ambientais – Lei Federal nº 9.605,

editada em 1998 e regulamentada pelo Decreto Federal nº 3.179 de 1999,

atualizada em 22 de julho de 2008, pelo Decreto Federal nº 6.514).

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Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos

crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas,

na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o

administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o

auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica,

que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de

impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la

Page 23: Apostila meio ambiente

A Associação Mineira dos Municípios – AMM, desde 2007 vem atuando na

área de Meio Ambiente para apoiar os municípios na implementação das

políticas públicas ambientais, que, além de indutoras do desenvolvimento

local são partes de sua responsabilidade legal. A partir do segundo

semestre de 2014, a AMM estará disponibilizando em meio eletrônico um

treinamento básico na área ambiental com foco na Legislação Ambiental

Mineira, focando a Lei Florestal Mineira/CAR (Lei 12.651 – Federal e a Lei

20.922 a Mineira), a descentralização do licenciamento ambiental para as

Prefeituras Municipais (LC 140), as questões de direito de uso de águas

públicas (Outorga) e Substâncias Minerais – Regime de Aproveitamento e

uma parte Federal, principalmente no que tange a Lei de Resíduos Sólidos

(Lei Federal 12.305) e Lei de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007).

Focando nisso, o Departamento de Meio Ambiente propôs este

treinamento básico em Meio Ambiente, focado principalmente nas

questões municipais com intuito de assessorar e subsidiar os gestores

municipais e seus representantes legais no entendimento e aplicação da

legislação em benefício da comunidade local.

Este treinamento não visa esgotar todo assunto pertinente a área de meio

ambiente, mas sim mostrar os caminhos e o que o município pode fazer

para obter algum tipo de benefício de visibilidade comunitária e

financeira e como os gestores e assessores ambientais das prefeituras

mineiras poderão e terão que agir ante uma legislação ambiental

colocada pelos governos federal e estadual.

É com satisfação que a AMM, com respaldo do Departamento de Meio

Ambiente lança o presente treinamento. Isto porque a AMM cumpre uma

missão de extrema relevância, no que concerne ao Meio Ambiente,

principalmente nos dias de hoje.

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Page 24: Apostila meio ambiente

A AMM que no ano em curso completa 62 anos é uma Associação

reconhecida por toda a sociedade, dada a sua presença no Estado,

representando seus associados perante a Federação e outras entidades e

o seu papel de levar aos municípios mineiros a importância do Meio

Ambiente e o cumprimento da legislação ambiental brasileira, em

especial no que concerne às questões que dizem respeito ao município e

ao meio ambiente local e regional. E agora no meio eletrônico ela se

moderniza e busca alcançar um maior envolvimento de pessoas

interessadas na área ambiental nos municípios.

A qualidade do licenciamento ambiental depende, em grande parte, da

disponibilidade e da produção de informação básica acerca dos recursos

naturais (solos, minerais, fauna, flora, ecossistemas, etc.) de uma

determinada região e de conhecimento técnico e de instrumentos legais

visando a adequação ambiental das atividades potencialmente

poluidoras. E, sob esse aspecto, a presente iniciativa da AMM irá suprir essa

lacuna, na medida em que orienta os interessados e garante maior

publicidade ao meio ambiente e ao processo de licenciamento

ambiental, por meio da divulgação de seu conceito, etapas,

requerimentos e responsabilidades dos gestores. Além disso, é louvável

porque divulga conhecimentos e compartilha experiências sobre as

especificidades sócio-econômicas inerentes ao meio ambiente,

atualizadas.

Espera-se que os gestores municipais encontrem aqui os subsídios

necessários para a correta aplicação desse instrumento de gestão

ambiental que visa em última instância, a melhoria de qualidade de vida

de todos nós e dos que estão por vir.

22

Page 25: Apostila meio ambiente

Em Minas Gerais, as atribuições do licenciamento ambiental e da

Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) são exercidas pelo

Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), das Unidades

Regionais Colegiadas (URC´s), das Superintendências Regionais de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SUPRAM´s), que representa a

Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), o Instituto Mineiro de

Gestão das Águas (IGAM) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).

Para a regularização ambiental, considera-se a classificação dos

empreendimentos nos termos da Deliberação Normativa Copam 74/04:

3MÓDULOS

23

3.1- MÓDULO I - REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL/LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Deliberação Normativa n.º 74, de 09 de setembro de 2004

“Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de

empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de

autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas

para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização e de

licenciamento ambiental, e dá outras providências.”

(http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=32335)

Consulta obrigatória dos Gestores Municipais para subsidiar “Declaração de

Conformidade Legal” – documento este indispensável na composição do

Processo de Licenciamento Ambiental.

Page 26: Apostila meio ambiente

Quadro de Classificação dos empreendimentos conforme Porte e

Potencial Poluidor:

Para os empreendimentos classes 1 e 2, considerados de impacto

ambiental não significativo, é obrigatória a obtenção da Autorização

Ambiental de Funcionamento (AAF).

Para as demais classes (3 a 6), o caminho para a regularização ambiental

é o processo de licenciamento, com o requerimento das licenças Prévia

(LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO).

A regularização ambiental de um empreendimento não termina,

entretanto, com a obtenção da Licença de Operação (LO) ou da

Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF. O fato de ter obtido um

ou outro desses diplomas legais significa que o empreendimento atendeu

a uma exigência legal, mas a manutenção da regularidade ambiental

pressupõe o cumprimento permanente de diversas exigências legais e

normativas, explícitas ou implícitas na licença ambiental ou na AAF.

Classe 1 - pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor

Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluído

Classe 3 - pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte médio

Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor

Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande

Classe 6 - grande porte e grande potencial poluidor

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Page 27: Apostila meio ambiente

Os empreendimentos ou atividades considerados de impacto

ambiental não significativo estão dispensados do licenciamento

ambiental e devem, obrigatoriamente, requerer a Autorização

Ambiental de Funcionamento (AAF) – um processo mais simples e

rápido para a regularização.

São considerados empreendimentos de impacto ambiental não

significativo aqueles que se enquadrarem nas classes 1 ou 2, conforme

estabelecido pela Deliberação Normativa Copam 74/04.

Para obtenção da AAF, o primeiro passo é o preenchimento do

Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento (FCEi).

Na sequência, o empreendedor recebe o Formulário Integrado de

Orientação Básica (FOBi), onde estão detalhados os documentos que

deverão ser apresentados, como:

Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do

empreendimento, conforme modelo disponibilizado no site da

SEMAD;

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente

do profissional responsável pelo gerenciamento ambiental da

atividade;

Declaração da Prefeitura de que o empreendimento está de

acordo com as normas e regulamentos do município

(consultar a DN 74 para fins desta emissão);

25

3.1.1- AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO - AAF

Page 28: Apostila meio ambiente

Quando necessário, serão ainda exigidos pela SUPRAM:

Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos ou

Certidão de Registro de Uso da Água, emitidas pelo órgão

ambiental competente;

Título Autorizativo, emitido pelo Departamento Nacional

de Produção Mineração (DNPM).

É por meio do Termo de Responsabilidade e da ART que o

empreendedor e o responsável técnico declaram ao

órgão ambiental que foram instalados e estão em

operação os equipamentos e/ou sistemas de controle

capazes de atender às exigências da legislação vigente.

Caso se configurem não conformidades em relação às normas legais,

a AAF está sujeita ao cancelamento.

26

Obs.: O Estado através da SEMAD e de acordo com a Lei

Complementar Federal 140 está viabilizando junto aos municípios a

transferência da competência de Licenciamento Ambiental de

atividades de Pequeno Porte (Classe 1 e 2 da DN 74/2004) para as

Prefeituras. Este assunto será tratado no MÓDULO IV deste Treinamento.

Page 29: Apostila meio ambiente

A AAF não é concedida mediante condicionantes. Os elementos

vinculantes entre o empreendimento e o órgão licenciador, no que tange

às obrigações de natureza ambiental, são o Termo de Responsabilidade

(Empreendedor) e a Anotação de Responsabilidade Técnica (Profissional

Contratado) (ART).

Quanto aos aspectos legais, os empreendimentos que operam

mediante AAF estão sujeitos a obrigações. Cabe ao órgão

ambiental fiscalizá-los para verificar o cumprimento das

obrigações pós-AAF. Seguem alguns exemplos:

Dispor de maneira ambientalmente correta os efluentes e

resíduos, respeitando as diretrizes estabelecidas nas normas

vigentes. É importante destacar que a não imposição do

programa de auto monitoramento para empreendimentos

portadores de AAF não significa que estão desobrigados de

cumprir as exigências legais com relação à emissão de

efluentes e à destinação de resíduos sólidos. O empreendedor

deve demonstrar, sempre que solicitado pelo órgão

fiscalizador, que não está causando poluição ou degradação

ambiental.

Comunicar ao órgão ambiental sempre que surgir algum

problema operacional que implique em não conformidade

legal, como por exemplo a necessidade de intervenção em

sistema de tratamento/disposição de efluentes face a uma

eventual baixa eficiência do mesmo. É recomendável

também que, tão logo se tenha o controle da situação, haja

nova comunicação ao órgão ambiental, notificando esse

controle.

27

3.1.1.1- AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO - AAF

Page 30: Apostila meio ambiente

Comunicar ao órgão ambiental a ocorrência de acidente que

interfira com o meio antrópico, fauna, flora ou com os

componentes ambientais ar, água ou solo, tais como:

de r ramamento de in sumos ou p rodutos no so lo ,

transbordamento de Estação de Tratamento de Efluentes (ETE),

incêndios, explosões, vazamento de gases, desligamento

acidental de sistemas de tratamento de efluentes, etc. Essa

comunicação busca o início imediato das ações com vistas à

reparação dos danos causados. É recomendável também

que, tão logo se tenha o controle da situação, haja nova

comunicação ao órgão ambiental, notificando esse controle.

Comunicar ao órgão ambiental a constatação de passivo

ambiental que porventura tenha sido omitido durante a fase

de obtenção da AAF ou que tenha sido criado na fase pós-

AAF, apresentando as propostas de solução.

Não executar, à revelia do órgão ambiental, ampliação ou

modificação pass íve l de nova AAF ou mesmo de

licenciamento.

Caso ocor ra o encer ramento das a t i v idades do

empreendimento no decurso da vigência da AAF, executar as

ações para liberação da área no que se refere ao aspecto

ambiental e comunicar o fato ao órgão licenciador, que fará a

fiscalização para arquivamento do processo.

28

Page 31: Apostila meio ambiente

A Constituição Federal previu, em seu art. 225, que “todos têm direito

ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum

do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações.” Com isso, o meio ambiente tornou-se

direito fundamental do cidadão, cabendo tanto ao governo quanto

a cada indivíduo o dever de resguardá-lo.

A defesa do meio ambiente apresenta-se também como princípio

norteador e inseparável da atividade econômica na Constituição

Federal. Desse modo, da não são admissíveis atividades iniciativa

privada e pública violem que a proteção do meio ambiente.

De acordo com a Lei Estadual 7.772/80, alterada pela Lei 15.972/06, o

licenciamento ambiental é o procedimento administrativo por meio

do qual o poder público autoriza a instalação, ampliação,

modificação e operação de atividades ou empreendimentos

utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou

potencialmente poluidores.

O licenciamento é também um dos instrumentos da Política Nacional

do Meio Ambiente (PNMA), cujo objetivo é agir preventivamente

sobre a proteção do bem comum do povo - o meio ambiente – e

compatibilizar sua preservação com o desenvolvimento econômico-

social. Ambos, essenciais para a sociedade, são direitos

constitucionais. A meta é cuidar para que o exercício de um direito

não comprometa outro igualmente importante.

29

3.1.2 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL (CLASSE 3 A 6 CONFORME DN 74)

Page 32: Apostila meio ambiente

A previsão do licenciamento na legislação ordinária surgiu com a

edição da Lei Federal 6.938/81, que em seu art. 10 estabelece:

Independente de ocorrer no âmbito da União, estados ou municípios,

o processo de licenciamento ambiental é dividido em três etapas:

Licença Prévia (LP): é concedida na fase preliminar de planejamento

do empreendimento ou atividade aprovando, mediante fiscalização

prévia obrigatória ao local, a localização e a concepção do

empreendimento, bem como atestando a viabilidade ambiental e

estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem

atendidas nas próximas fases de sua implementação. Tem validade

de até quatro anos.

Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento

ou atividade de acordo com as especificações constantes dos

planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de

controle ambiental e demais condicionantes. Tem validade de até

seis anos.

30

A construção, instalação, ampliação e funcionamento de

estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,

considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os

capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,

dependerão de prévio licenciamento por órgão estadual competente,

integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em

caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.

Page 33: Apostila meio ambiente

Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou

empreendimento, após fiscalização prévia obrigatória para

verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças

anteriores, tal como as medidas de controle ambiental e as

condicionantes porventura determinadas para a operação. É

concedida com prazos de validade de quatro ou de seis anos

estando, portanto, sujeita à revalidação periódica. A LO é passível de

cancelamento, desde que configurada a situação prevista na norma

legal. Tem validade diferenciada em função da Classe, variando de 4

a 6 anos.

Segundo o artigo 1º da Deliberação Normativa Copam 74/04, os

empreendimentos enquadrados na classe 3 ou na classe 4 poderão

requerer concomitantemente a LP e a LI, cabendo ao órgão

ambiental a decisão de expedi-las ou não na forma solicitada.

Licenciamento Preventivo e Corretivo

Se o requerimento de licença ambiental é apresentado quando o

empreendimento ou atividade está na fase de planejamento, ou seja,

antes que qualquer intervenção seja feita no local escolhido para sua

implantação, diz-se que está ocorrendo o licenciamento preventivo.

Quando o empreendimento ou atividade está na fase de instalação

ou de operação, diz-se que está ocorrendo o licenciamento

corretivo. Nesse caso, dependendo da fase em que é apresentado o

requerimento de licença, tem-se a licença de instalação de natureza

corretiva (LIC) ou a licença de operação de natureza corretiva (LOC).

31

Page 34: Apostila meio ambiente

Prazos

Independente do tipo de licença requerida, o prazo regimental para

que o órgão ambiental se manifeste acerca do requerimento é de até

seis meses, ressalvada a hipótese de requerimentos instruídos por

EIA/RIMA, quando o prazo é de até 12 meses. Com relação aos

requerimentos de revalidação de LO, o prazo regimental é de até 90

dias. Não é computado nesses prazos o tempo gasto pelo

empreendedor para apresentar informações complementares.

Infrações

Qualquer desconformidade do l icenciamento, fa l ta de

licenciamento e ou degradação ambiental, é tratado pelo Decreto

Estadual 44.844 de 25 de junho de 2008.

http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=7966

Decreto Estadual 44.844:

“Estabelece normas para licenciamento ambiental e autorização

ambiental de funcionamento, tipifica e classifica infrações às

normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e

estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e

aplicação das penalidades”.

32

Page 35: Apostila meio ambiente

Esta tabela refere-se às atividades das listagens constantes na DN

74/04, cujos custos são estabelecidos pela Resolução SEMAD 870, de

30/12/2008.

1 - Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF)

2 - Licenciamento

33

3.1.3 - CUSTO DE ANÁLISE

AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO – AAF SISEMA

TIPO/CLASSE 1 2

AAF SEM

CONDICIONANTES 441,45 662,18

TIPO/CLASSELicenciamento Semad (UFEMGS)

3 4 5 6

LICENÇA PRÉVIA - LP 2.759,08 3.862,71 11.036,31 18.209,91

LICENÇA INSTALAÇÃO - LI 1.655,45 2.207,26 7.725,42 11.036,31

LI CORRETIVA 4.414,53 6.069,97 18.761,73 29.246,22

LICENÇA OPERAÇÃO - LO 3.586,80 4.690,43 8.829,05 12.139,94

LICENÇA OPERAÇÃO CORRETIVA

8.001,33 10.760,40 27.590,78 41.386,16

Page 36: Apostila meio ambiente

*Valores expressos em Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais (UFEMG) e conforme SEF nº 4.270

de 19/11/2010, o seu valor para o exercício de 2014 é de R$ 2,6382 (dois reais, seis mil trezentos e

oitenta e dois milésimos).

A emergência é uma situação crítica ou acontecimento perigoso

e fortuito, que pode ocorrer em diferentes níveis de importância.

Em diversos contextos, as Emergências Ambientais podem colocar

em risco as vidas humanas, o meio ambiente, a saúde pública, os

bens vulneráveis e as atividades sociais e econômicas, sendo que

uma resposta rápida a estes eventos indesejados pode ser um fator

muito relevante para a redução dos impactos potenciais.

A emergência ambiental decorre de um acidente ou a iminência

de ocorrência de acidente com danos ambientais oriundas de

atividades industriais, minerárias, de transporte de produtos e

resíduos perigosos e infra-estrutura envolvendo produtos químicos

perigosos.

TIPO/CLASSEANÁLISE EIA RIMA

3 4 5 6

SISEMA 3.310,89 4.138,62 12.139,94 18.761,73

TIPO/CLASSEREVALIDAÇÃO DE LO SISEMA

3 4 5 6

LO 3.586,80 4.690,43 8.829,05 12.139,94

3.1.4 - EMERGÊNCIA AMBIENTAL

34

Page 37: Apostila meio ambiente

Como exemplo de acidentes, pode-se citar:

- Explosões;

- Colisões e Tombamento de veículos;

- Descarrilamento de composições ferroviárias;

- Vazamentos diversos ou derramamento de produtos

perigosos.

Também são consideradas emergências a mortandade de peixes

e o rompimento de barragem industrial, de mineração e de

abastecimento.

Como comunicar uma Emergência Ambiental:

Acionar o Núcleo de Emergência Ambiental - NEA, informando

no mínimo, os seguintes dados:

-Local da ocorrência;

- Data e hora do acidente;

- Tipo do acidente (tombamento, vazamento, explosão,

colisão, etc);

- Produto(s) envolvido(s) e quantidade;

- Responsável pela carga ou pelo empreendimento;

- Quantidade de peixes mortos;

- Presença de comunidade próxima e

- Curso d'água próximo.

Nos casos de acidentes com produtos químicos perigosos, é

importante a agilidade na comunicação. Quanto mais rápida

a atuação das equipes competentes, mais rápida é a

contenção do produto e menor a possibilidade de ocorrência

de dano ambiental.

35

Page 38: Apostila meio ambiente

Os acidentes com dano ambiental deverão ser comunicados

imediatamente pela pessoa física ou jurídica responsável pelo

empreendimento, devendo solicitar o registro da data e do

horário da comunicação, para fins de futura comprovação.

(Decreto 44.844/2008 – Art.90, Inciso I).

Constitui infração gravíssima, sujeita a multa simples “deixar de

comunicar a ocorrência de acidentes com danos ambientais

às autoridades ambientais competentes”. (Decreto

44.844/2008 – Anexo I, código 124)

http://www.semad.mg.gov.br/emergencia-ambiental

Telefones de Plantão: 31 3915-1237 / 9822-3947 / 9825-3947

http://www.defesacivil.mg.gov.br/index.php/servicos/emerg

encias

Telefones de Plantão: 31 3915-0226 / 9818-2400

36

Page 39: Apostila meio ambiente

Criado em 1977, o Conselho de Política Ambiental - COPAM é um

órgão normativo, colegiado, consultivo e deliberativo,

subordinado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável – SEMAD. Tem por finalidade

deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e

técnicas, padrões e outras medidas de caráter operacional, para

preservação e conservação do meio ambiente e dos recursos

ambientais, bem como sobre a sua aplicação pela Secretaria de

Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pelas

entidades a ela vinculadas e pelos demais órgãos locais. São

considerados órgãos locais os órgãos ou as entidades do Poder

Público Municipal cujas atividades estejam associadas às de

proteção e controle do uso dos recursos ambientais.

O COPAM tem por finalidade também julgar os processos de

licenciamento ambiental de classe 3 a 6, de acordo com a DN 74,

por meio de reuniões mensais, em cidades polos (9). Visando

descentralizar a atuação do COPAM, foram criadas as URC´s –

Unidades Regionais do COPAM, cuja operacionalização dos

trabalhos é atribuída a uma Superintendência de Meio Ambiente

(SUPRAM). A AMM se faz presente em todas as Unidades Regionais

do COPAM (URC´s), visando o acompanhamento e defesa dos

interesses municipais.

37

3.1.5 - COPAM E CERH

3.1.5.1 - CONSELHO ESTADUAL DE POLÍCIA AMBIENTAL - COPAM

Page 40: Apostila meio ambiente

Criado pelo Decreto: Nº 26.961 de 28/04/87

Criado a partir da necessidade da integração dos órgãos

públicos, do setor produtivo da sociedade civil organizada,

visando assegurar o controle da água e sua utilização em

quantidade e qualidade.

Objetivo:

Promover o aperfeiçoamento dos mecanismos de

planejamento, compatibilização, avaliação e controle dos

Recursos Hídricos do Estado, tendo em vista os requisitos de

volume e qualidade necessários aos seus múltiplos usos.

O CERH-MG é composto por:

- Representantes do poder público, de forma paritária entre o

Estado e os municípios;

- Representantes dos usuários e de entidades da sociedade civil

ligadas aos recursos hídricos, de forma paritária com o poder

público;

- Representantes do poder público, de forma paritária entre o

Estado e os municípios;

- Representantes dos usuários e de entidades da sociedade civil

ligadas aos recursos hídricos, de forma paritária com o poder

público.

38

3.1.5.2 - CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - CERH

Page 41: Apostila meio ambiente

A presidência do CERH-MG será exercida pelo titular da

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável, à qual está afeta a Política Estadual de Recursos

Hídricos.

As Superintendências Regionais de Regularização Ambiental

(SUPRAM´s) têm por finalidade planejar, supervisionar, orientar e

executar as atividades relativas à política estadual de proteção

do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos

formuladas e desenvolvidas pela SEMAD dentro de suas áreas de

abrangência territorial.

Competências:

promover o planejamento e a execução e avaliação da

política estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável, de forma integrada com as instituições que

compõem a área de competência da SEMAD;

promover a formulação e a execução de planos e programas

na área de competência da SEMAD, em articulação com os

demais órgãos e entidades integrantes da estrutura da

Secretaria;

zelar pela observância da legislação e as normas específicas

de meio ambiente e de preservação, conservação, controle e

desenvolvimento sustentável dos recursos naturais;

apoiar técnica e administrativamente as Unidades Regionais

Colegiadas do COPAM em suas áreas de jurisdição;

39

3.1.5.3 - Superintendências Regionais de Regularização Ambiental

Page 42: Apostila meio ambiente

planejar, supervisionar e orientar as atividades da SEMAD a

cargo dos Núcleos de Apoio às Unidades Regionais do

COPAM;

planejar, supervisionar e executar as atividades de

administração geral, de finanças e de contabilidade;

planejar e coordenar a execução das atividades relativas à

regularização ambiental de empreendimentos sob sua

responsabilidade, definidas na legislação federal e estadual,

de forma integrada e interdisciplinar, articulando-se com as

entidades da estrutura da SEMAD;

atuar em conjunto com as demais entidades que integram a

estrutura da SEMAD e em articulação com a PMMG e o

Governo Federal na execução das atividades de controle e

fiscalização ambiental referentes ao uso dos recursos

ambientais do Estado, de acordo com normas emanadas do

Grupo Coordenador de Fiscalização Ambiental Integrada -

GCFAI;

aplicar as penalidades por infrações às legislações ambientais

vigentes dentro da esfera de competência da SEMAD e de

suas entidades vinculadas;

planejar e executar planos, programas e projetos de

educação e extensão ambiental e de comunicação social,

em consonância com as diretrizes emanadas da SEMAD;

conceder autorização ambiental de funcionamento para

empreendimentos localizados em sua jurisdição;

40

Page 43: Apostila meio ambiente

decidir os processos de imposição de penalidades aplicadas

pelos servidores credenciados lotados na Supram;

apoiar tecnicamente os organismos que atuam na área do

meio ambiente e especificamente na área de recursos

hídricos, com a finalidade de garantir a execução da política

ambiental e de gestão de recursos hídricos do Estado;

fazer cumprir as decisões do Conselho Estadual de Política

Ambiental - COPAM - e do Conselho Estadual de Recursos

Hídricos - CERH -, observadas as normas legais pertinentes;

fornecer subsídios para a formulação dos índices de qualidade

ambiental para as diversas regiões do Estado, a serem

observados na concessão do licenciamento ambiental;

realizar programa de treinamento dos conselheiros do

COPAM, a fim de esclarecer-lhes sobre as finalidades,

procedimentos, instrumentos e regime legal do COPAM;

ordenar despesas e autorizar pagamentos relativos aos

créditos orçamentários destinados à Superintendência

Regional; e exercer outras atividades correlatas.

Nos procedimentos relativos aos processos de regularização

ambiental, as Superintendências Regionais de Regularização

Ambiental subordinam-se administrativamente à SEMAD.

41

Page 44: Apostila meio ambiente

Relação das SUPRAM´s e seus respectivos

municípios de abrangência

1 – Central - Metropolitana

Sede: Belo Horizonte

Rua Espirito Santo, 495, Centro

CEP: 30160-030

Telefone: (31) 3228.7700/ 7831 / 7704 / 7702

E-mail: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

URC Rio Paraopeba

Felixlândia; Joaquim Felício; Três Marias; Cachoeira da Prata;

Caetanópolis; Fortuna de Minas; Inhaúma; Papagaios;

Paraopeba; Betim; Bonfim; Brumadinho; Crucilândia; Esmeraldas;

Florestal; Ibirité; Igarapé; Itatiaiuçu; Juatuba; Mário Campos;

Mateus Leme; Moeda; Piedade dos Gerais; Rio Manso; São

Joaquim de Bicas; Sarzedo; Belo Vale; Caranaíba; Casa Grande;

Catas Altas da Noruega; Congonhas; Conselheiro Lafaiete;

Cristiano Otoni; Entre Rios de Minas; Itaverava; Jeceaba; Ouro

Branco; Queluzito; Santana dos Montes; São Brás do Suaçuí;

URC Rio das Velhas

Augusto de Lima; Buenópolis; Corinto; Curvelo; Inimutaba;

Monjolos; Morro da Garça; Presidente Juscelino; Santo Hipólito;

Araçaí; Baldim; Capim Branco; Confins; Cordisburgo; Funilândia;

Jaboticatubas; Jequitibá; Lagoa Santa; Matozinhos; Pedro

Leopoldo; Prudente de Morais; Santana do Pirapama; Santana do

Riacho; Sete Lagoas; Belo Horizonte; Caeté; Contagem; Nova

Lima; Nova União; Raposos; Ribeirão das Neves; Rio Acima;

Sabará; Santa Luzia; São José da Lapa; Taquaraçu de Minas;

Vespasiano; Diogo de Vasconcelos; Itabirito; Mariana; Ouro Preto.

42

Page 45: Apostila meio ambiente

2 – Alto São Francisco

Sede: Divinópolis

Rua Bananal, 549 - Vila Belo Horizonte

CEP: 35500-036

Tel: (37) 3229.2800

E-mail: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Araújos; Arcos; Bambui; Bom Despacho; Capitólio; Corrego

Danta; Corrego Fundo; Dores do Indaiá; Doresópolis; Estrela do

Indaiá; Formiga; Iguatama; Japaraíba; Lagoa da Prata; Luz;

Medeiros; Moema; Pains; Pimenta; Piumhi; Quartel Geral; Santo

Antonio do Monte; São Roque de Minas; Serra da Saudade;

Tapiraí; Vargem Bonita;Conceição do Pará; Igaratinga; Leandro

Ferreira; Maravilhas; Nova Serrana; Onça de Pitangui; Pará de

Minas; Pequi; Pitangui; São Gonçalo do Pará; São José da

Varginha; Aguanil; Camacho; Campo Belo; Cana Verde;

Candeias; Carmo da Mata; Carmo do Cajuru; Carmópolis de

Minas; Cláudio; Cristais; Desterro de Entre Rios; Divinópolis;

Itaguara; Itapecerica; Itaúna; Oliveira; Passa-Tempo; Pedra do

Indaiá; Perdigão; Piracema; São Francisco de Paula; São

Sebastião do Oeste; Abaeté; Biquinhas; Cedro do Abaeté;

Martinho Campos; Morada Nova de Minas; Paineiras; Pompéu.

3 – Jequitinhonha

Sede: Diamantina

Av. da saudade, 335 - Centro

CEP: 39.100-000

Tel: (38) 3531.2650 / 3919

E-mail: [email protected]

43

Page 46: Apostila meio ambiente

Municípios integrantes da área de abrangência:

Angelândia; Berilo; Capelinha; Chapada do Norte; José

Gonçalves de Minas; Leme do Prado; Minas Novas; Setubinha;

Turmalina; Veredinha; Aricanduva; Carbonita; Felício dos Santos;

Itamarandiba; São Gonçalo do Rio Preto; Senador Modestino

Gonçalves; Águas Vermelhas; Araçuaí; Cachoeira de Pajeú;

Comercinho; Coronel Murta; Curral de Dentro; Divisa Alegre;

Francisco Badaró; Itaobim; Itinga; Jenipapo de Minas; Medina;

Padre Paraíso; Pedra Azul; Ponto dos Volantes; Santa Cruz de

Salinas; Virgem da Lapa; Almenara; Bandeira; Divisópolis;

Felisburgo; Jacinto; Jequitinhonha; Joaíma; Jordânia; Mata

Verde; Monte Formoso; Palmópolis; Rio do Prado; Rubim; Salto da

Divisa; Santa Maria do Salto; Santo Antonio do Jacinto; Alvorada

de Minas; Conceição do Mato Dentro; Congonhas do Norte;

Couto de Magalhães de Minas; Datas; Diamantina; Gouveia;

Morro do Pilar; Presidente Kubitschek; Rio Vermelho; Santo Antônio

do Itambé; Serra Azul de Minas; Serro.

4 – Leste de Minas

Sede: Governador Valadares

Rua 28, 100 – Ilha dos Araújos

CEP: 35020–800

Tel: (33) 3271.4988 / 4935 / 9981

E-mail: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Aimorés; Alvarenga; Central de Minas; Conselheiro Pena;

Cuparaque; Divino das Laranjeiras; Galiléia; Goiabeira; Itabirinha

de Mantena; Ituêta; Mantena; Mendes Pimentel; Nova Belém;

Resplendor; Santa Rita do Ituêto; São Félix de Minas; São Geraldo

do Baixio; São João do Manteninha; São José do Divino;

Tumiritinga; Alvinópolis; Bela Vista de Minas; Dionisio; Ferros; Itabira;

Itambé do Mato Dentro; João Monlevade; Nova Era; Passabém;

44

Page 47: Apostila meio ambiente

Rio Piracicaba; Santa Maria de Itabira; Santo Antônio do Rio

Abaixo; São Domingos do Prata; São José do Goiabal; São

Sebastião do Rio Preto; Açucena; Antônio Dias; Belo Oriente;

Braúnas; Coronel Fabriciano; Ipaba; Ipatinga; Jaguaraçu;

Joanésia; Marliéria; Mesquita; Naque; Periquito; Santana do

Paraíso; Timóteo; Bom Jesus do Galho; Bugre; Caratinga;

Conceição de Ipanema; Córrego Novo; Dom Cavati; Entre

Folhas; Iapu; Imbé de Minas; Inhapim; Ipanema; Mutum; Piedade

de Caratinga; Pingo d'Água; Pocrane; Santa Bárbara do Leste;

Santa Rita de Minas; São Domingos das Dores; São João do

Oriente; São Sebastião do Anta; Taparuba; Ubaporanga; Vargem

Alegre; Cantagalo; Carmésia; Coluna; Coroaci; Divinolândia de

Minas; Dom Joaquim; Dores de Guanhães; Frei Lagonegro;

Gonzaga; Guanhães; Materlândia; Nacip Raydan; Paulistas;

Peçanha; Sabinópolis; Santa Efigênia de Minas; Santa Maria do

Suaçuí; São João Evangelista; São José do Jacuri; São Pedro do

Suaçuí; Sardoá; Senhora do Porto; Virginópolis; Virgolândia; Água

Boa; Ataléia; Caraí; Catuji; Franciscópolis; Frei Gaspar; Itaipé;

Itambacuri; José Raydan; Ladainha; Malacacheta; Novo

Cruzeiro; Ouro Verde de Minas; Poté; São José da Safira; São

Sebastião do Maranhão; Teófilo Otoni; Águas Formosas;

Bertopolis; Carlos Chagas; Crisólita; Fronteira dos Vales;

Machacalis; Nanuque; Novo Oriente de Minas; Pavão; Santa

Helena de Minas; Serra dos Aimorés; Umburatiba; Alpercata;

Campanário; Capitão Andrade; Engenheiro Caldas; Fernandes

Tourinho; Frei Inocêncio; Governador Valadares; Itanhomi;

Jampruca; Marilac; Mathias Lobato; Nova Modica; Pescador; São

Geraldo da Piedade; Sobralia; Tarumirim; Barão de Cocais; Bom

Jesus do Amparo; Catas Altas; Santa Bárbara; São Gonçalo do Rio

Abaixo.

45

Page 48: Apostila meio ambiente

5 – Noroeste

Sede: Unaí

Rua Jovino Rodrigues Santana, 10 - Nova Divinéia - Unaí - MG

Cep 38610-000

Tel: (38) 3677.9800

E-mail: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Arinos; Buritis; Formoso; Riachinho; Uruana de Minas; Urucuia;

Bonfinóplis de Minas; Brasilândia de Minas; Dom Bosco; João

Pinheiro; Natalândia; Lagoa Grande; São Gonçalo do Abaeté;

Varjão de Minas; Guarda-Mor; Lagamar; Paracatu; Vazante;

Cabeceira Grande; Unaí.

6 – Norte de Minas

Sede: Montes Claros

Av. José Corrêa Machado, s/n - Bairro Ibituruna

CEP: 39401-832

Tel: (38)3224-7500

E-mail: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência: Bonito de Minas;

Cônego Marinho; Januária; Lontra; Pedras de Maria da Cruz;

Bocaiúva; Chapada Gaúcha; Engenheiro Navarro; Francisco

Dumont; Guaraciama; Olhos Dágua; Botumirim; Claro dos

Poções; Cristália; Francisco Sá; Glaucilândia; Grão Mogol;

Itacambira; Juramento; Montes Claros; Capitão Enéas; Catuti;

Espinosa; Gameleiras; Janaúba; Mamonas; Mato Verde; Monte

Azul; Nova Porteirinha; Pai Pedro; Porteirinha; Riacho dos

Machados; Serranopólis de Minas; Buritizeiro; Coração de Jesus;

Ibiaí; Jequitaí; Lagoa dos Patos; Lassance; Pirapora; São João da

Lagoa; São João do Pacuí; Várzea da Palma; Brasília de Minas;

I c a r a í d e M i n a s ; J a p o n v a r ; L u i s l â n d i a ;

46

Page 49: Apostila meio ambiente

Mirabela; Patís; Pintópolis; São Francisco; Berizal; Fruta de Leite;

Indaiabira; Josenópolis; Montezuma; Ninheira; Novorizonte; Padre

Carvalho; Rio Pardo de Minas; Rubelita; Salinas; Santo Antônio do

Retiro; São João do Paraíso; Taiobeiras; Vargem Grande do Rio

Pardo; Campo Azul; Ponto Chique; Santa Fé de Minas; São Romão;

Ubaí; Ibiracatu; Itacarambi; Jaiba; Juvenília; Manga; Matias

Cardoso; Miravânia; Montalvânia; São João da Ponte; São João

das Missões; Varzelândia; Verdelândia.

7 – Sul de Minas

Sede: Varginha

Avenida Manoel Diniz, 145 - Bairro Industrial JK

CEP: 37062-480

Tel: (35) 3229-1816 / 1817

E-mail: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência: Alpinopolis;

Alterosa; Arceburgo; Bom Jesus da Penha; Capetinga; Carmo do

Rio Claro; Cássia; Claraval; Conceiçao da Aparecida; Delfinopolis;

Fortaleza de Minas; Guapé; Guaranesia; Ibiraci; Ilicínea; Itamogi;

Itaú de Minas; Jacui; Monte Santo de Minas; Passos; Pratápolis; São

João Batista do Gloria; São José da Barra; São Sebastião do

Paraíso; São Tomás de Aquino; Bom Repouso; Borda da Mata;

Brasópolis; Bueno Brandão; Cachoeira de Minas; Camanducaia;

Cambuí; Careaçu; Conceição das Pedras; Conceição dos Ouros;

Congonhal; Consolação; Córrego do Bom Jesus; Delfim Moreira;

Espírito Santo do Dourado; Estiva; Extrema; Gonçalves; Heliodora;

Inconfidentes; Itajubá; Itapeva; Jacutinga; Maria da Fé;

Marmelópolis; Monte Sião; Munhoz; Natércia; Ouro Fino;

Paraisópolis; Pedralva; Piranguçu; Piranguinho; Pouso Alegre;

Santa Rita do Sapucai; São Jose do Alegre; São Sebastião da Bela

Vista; Sapucaí-Mirim; Senador Amaral; Senador Jose Bento;

S i lv ianópol i s ; Tocos do Moj i ; To ledo; Wences lau Braz.

47

Page 50: Apostila meio ambiente

Machado; Monte Belo; Muzambinho; Nova Resende; Poço Fundo;

Poços de Caldas; Santa Rita de Caldas; São João da Mata; São

Pedro da União; Serrania; Turvolândia; Boa Esperança; Bom

Sucesso; Cambuquira; Campanha; Carmo da Cachoeira;

Carrancas; Coqueiral; Cordislândia; Elói Mendes; Ibituruna; Ijaci;

Ingaí; Itumirim; Itutinga; Lavras; Luminárias; Monsenhor Paulo;

Nepomuceno; Paraguaçu; Perdões; Ribeirão Vermelho; Santana

da Vargem; Santana do Jacaré; Santo Antônio do Amparo; São

Bento Abade; São Gonçalo do Sapucaí; Três Corações; Três Pontas;

Varginha. Aiuruoca; Alagoa; Andrelândia; Arantina; Baependi;

Bocaina de Minas; Bom Jardim de Minas; Carmo de Minas;

Carvalhos; Caxambu; Conceição do Rio Verde; Cristina; Cruzilia;

Dom Viçoso; Itamonte; Itanhandu; Jesuania; Lambari; Liberdade;

Minduri; Olimpio Noronha; Passa Quatro; Pouso Alto; Santana do

Garambéu; São Lourenço; São Sebastião do Rio Verde; São Tome

das Letras; São Vicente de Minas; Seritinga; Serranos; Soledade de

Minas; Virginia; Conceição da Barra de Minas; Coronel Xavier

Chaves; Madre de Deus de Minas; Nazareno; Piedade do Rio

Grande; Prados; Resende Costa; Ritápolis; Santa Cruz de Minas; São

João Del Rei; São Tiago; Tiradentes.

8 – Triângulo mineiro

Sede: Uberlândia

Praça Tubal Vilela, 03 – Bairro: Centro

CEP: 38400-186

Tel: (34) 3237.3765 / 3215-0722

E-mail: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência: Araxá; Campos

Altos; Conquista; Ibiá; Pedrinópolis; Perdizes; Pratinha; Sacramento;

Santa Juliana; Santa Rosa da Serra; Tapira. Abadia dos Dourados;

Casca lho R ico ; Coromandel ; Cruze i ro da Fo r ta leza ;

Douradoquara; Estrela do Sul; Grupiara; Guimarânia; Iraí de Minas;

Monte Carmelo; Patrocínio (SEDE); Romaria; Serra do Salitre.

48

Page 51: Apostila meio ambiente

Arapuá; Carmo do Paranaíba; Lagoa Formosa; Itapagipe;

Fronteira; Prata. Água Comprida; Campo Florido; Conceição das

Alagoas; Delta; Pirajuba; Uberaba; Veríssimo. Campina Verde;

Carneirinho; Iturama (SEDE); Limeira d'Oeste; São Francisco de

Sales; União de Minas. Araporã; Cachoeira Dourada; Canápolis;

Capinópolis; Centralina; Gurinhatã; Ipiaçu; Ituiutaba; Santa Vitória.

Araguari; Indianópolis; Monte Alegre de Minas; Nova Ponte;

Tupaciguara; Uberlândia.

9 – Zona da Mata

Sede: Ubá

Endereço: Rodovia Ubá-Juiz de Fora, KM 02, Horto Florestal.

CEP: 36500-000, Caixa Postal 181.

Tel: (32) 3539-2700.

E-mail: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência: Alfredo

Vasconcelos; Aracitaba; Belmiro Braga; Bias Fortes; Bicas; Chácara;

Chiador; Coronel Pacheco; Descoberto; Ewbank da Câmara;

Goiana; Guarani; Guarará; Juiz de Fora; Lima Duarte; Mar de

Espanha; Maripá de Minas; Matias Barbosa; Mercês; Olaria; Oliveira

Fortes; Paiva; Passa Vinte; Pedro Teixeira; Pequeri; Piau; Rio Novo;

Rio Pomba; Rio Preto; Rochedo de Minas; Santa Bárbara do Monte

Verde; Santa Rita do Jacutinga; Santana do Deserto; Santos

Dumont; São João Nepomuceno; Senador Cortes; Silveirânia;

Simão Pereira; Tabuleiro; Abre Campo; Alto Jequitibá; Caputira;

Chalé; Durandé; Lajinha; Luisburgo; Manhuaçu; Manhumirim;

Martins Soares; Matipó; Pedra Bonita; Piedade de Ponte Nova; Raul

Soares; Reduto; Rio Casca; Santa Margarida; Santana do

Manhuaçu; São João do Manhuaçu; São José do Mantimento; São

Pedro dos Ferros; Sericita; Simonésia; Vermelho Novo; Além

Paraíba; Antônio Prado de Minas; Argirita; Astolfo Dutra; Barão de

Monte Alto; Cataguases; Dona Euzébia; Estrela d'Alva;

Eugenópolis; Itamarati de Minas; Laranjal; Leopoldina; Miradouro;

Mirai; Muriaé; Palma; Patrocínio do Muriaé; Pirapetinga; Piraúba;

49

Page 52: Apostila meio ambiente

Recreio; Rosário da Limeira; Santana de Cataguases; Santo

Antônio do Aventureiro; São Sebastião da Vargem Alegre; Vieiras;

Volta Grande; Alto Caparaó; Caiana; Caparaó; Carangola;

Divino; Espera Feliz; Faria Lemos; Fervedouro; Orizônia;

Pedra Dourada; São Francisco do Glória; Tombos; Acaiaca; Alto Rio

Doce; Amparo da Serra; Araponga; Barra Longa; Brás Pires; Cajuri;

Canaã; Cipotânea; Coimbra; Divinésia; Dom Silvério; Dores do

Turvo; Ervália; Guaraciaba; Guidoval; Guiricema; Jequeri; Lamim;

Oratórios; Paula Cândido; Pedra do Anta; Piranga; Ponte Nova;

Porto Firme; Presidente Bernardes; Rio Doce; Rio Espera; Rodeiro;

Santa Cruz do Escalvado; Santo Antônio do Grama; São Geraldo;

São Miguel do Anta; Sem-Peixe; Senador Firmino; Senhora de

Oliveira; Teixeiras; Tocantis; Ubá; Urucânia; Antônio Carlos;

Barbacena; Barroso; Capela Nova; Carandaí; Desterro do Melo;

Dores de Campo; Ibertioga; Lagoa Dourada; Ressaquinha; Santa

Bárbara do Tugúrio; Santa Rita do Ibitipoca; Senhora dos Remédios,

Viçosa; Visconde do Rio Branco;

50

Page 53: Apostila meio ambiente

Saneamento básico é definido como o conjunto de serviços, de

infraestrutura e de instalações operacionais relacionadas a:

(a) abastecimento de água potável;

(b) esgotamento sanitário;

(c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

(d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

A Lei de Saneamento Básico (lei 11445), sancionada em 2007,

estabeleceu que os municípios brasileiros deverão, até 2014,

desenvolver e aprovar seus Planos Municipais de Saneamento

Básico, sob pena de não mais receberem transferências voluntárias

ou financiamentos de projetos e empreendimentos em

saneamento por par te do governo federa l , a lém da

responsabilização direta do gestor.

51

3.2 - MÓDULO II - SANEAMENTO BÁSICO

3.2.1- INTRODUÇÃO

3.2.2- LEGISLAÇÃO PERTINENTE - LEI 11.445 DE 2007

Ao estabelecer diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as os

Leis n 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990,

8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga o

a Lei n 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.

A Penalidade prevista em função do NÃO cumprimento do prazo é o

NÃO repasse de recursos Federais para o município para a área

ambiental.

Page 54: Apostila meio ambiente

Ofertar, na sua integralidade, as atividades e os componentes de

cada um dos diversos serviços destacados, propiciando à

população, urbana e rural, o acesso na conformidade de suas

necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados.

Tendo, também, em mente as diretrizes da universalização do

serviço, o abastecimento de água com qualidade e quantidade; a

coleta e o tratamento adequado de esgoto e lixo e o manejo

correto de águas pluviais (águas de chuvas).

Contribuir para o desenvolvimento nacional, a redução das

desigualdades regionais, a geração de emprego e de renda e a

inclusão social;

Priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e

ampliação dos serviços e ações de saneamento básico nas áreas

ocupadas por populações de baixa renda;

Proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental aos

povos indígenas e outras populações tradicionais, com soluções

compatíveis com suas características socioculturais;

Proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental às

populações rurais e de pequenos núcleos urbanos isolados;

Assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados

pelo poder público dê-se segundo critérios de promoção da

salubridade ambiental, de maximização da relação benefício-

custo e de maior retorno social;

52

3.2.3 - OBJETIVOS DA POLÍTICA DE SANEMENTO BÁSICO

“Assim, os municípios deverão planejar sua política municipal de

saneamento, por meio do plano municipal de saneamento, até

agosto de 2014, pré – condição para obtenção e solicitação de

financiamento junto ao governo federal.”

Page 55: Apostila meio ambiente

Incentivar a adoção de mecanismos de planejamento, regulação

e fiscalização da prestação dos serviços de saneamento básico;

Promover alternativas de gestão que viabilizem a auto-

sustentação econômica e financeira dos serviços de saneamento

básico, com ênfase na cooperação federativa;

Promover o desenvolvimento institucional do saneamento básico,

estabelecendo meios para a unidade e articulação das ações dos

diferentes agentes, bem como do desenvolvimento de sua

organização, capacidade técnica, gerencial, financeira e de

recursos humanos, contempladas as especificidades locais;

Fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção

de tecnologias apropriadas e a difusão dos conhecimentos

gerados de interesse para o saneamento básico;

Minimizar os impactos ambientais relacionados à implantação e

desenvolvimento das ações, obras e serviços de saneamento

básico e assegurar que sejam executadas de acordo com as

normas relativas à proteção do meio ambiente, ao uso e

ocupação do solo e à saúde;

Planejar significa projetar, delinear, desenhar determinada política

pública, traçando metas, programas e ações de curto, médio e

longo prazo, em harmonia com as demais áreas de atuação e

serviços municipais, bem como, com os seus instrumentos

orçamentários. A articulação da política de saneamento com as

políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de

combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção

ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse

social, todas voltadas para a melhoria da qualidade de vida, será

fator determinante para sua eficiência, eficácia e sustentabilidade

econômica.

53

Page 56: Apostila meio ambiente

O Plano de Saneamento Municipal, como instrumento de

planejamento, deverá trazer:

Diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de

v ida, u t i l i zando s i s tema de ind icadores san i tá r ios ,

epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando

as causas das deficiências detectadas;

Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a

universalização, admitidas soluções graduais e progressivas,

observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;

Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos

e as metas, de modo compatível com os respectivos planos

plurianuais e com outros planos governamentais correlatos,

identificando possíveis fontes de financiamento;

Ações para emergências e contingências;

Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da

eficiência e eficácia das ações programadas.

Vantagens e Benefícios para o município e sua população:

A política de saneamento tem inúmeros impactos positivos,

diretos e indiretos na vida do cidadão e do município.

Como benefício direto destaca-se os benefícios nas áreas de:

Saúde – qualidade, redução de doenças e economia

orçamentária aos municípios que permite melhoria da política

de saúde, ampl iação de metas de saneamento e

implementação de projetos;

54

3.2.4- PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – PLANSAB

Page 57: Apostila meio ambiente

Meio ambiente - a redução da poluição dos mananciais e dos

cursos d'agua oriundos da disposição inadequada dos esgotos e

resíduos sólidos; integração das infraestrutura e serviços com a

gestão eficiente dos recursos hídricos;

Defesa social - quando do controle de inundações e a

segurança da vida e do patrimônio público e privado;

Ind i retamente, os mun ic íp ios poderão observar : o

desenvolvimento social, cultural, econômico e o uso e a

ocupação do solo e seu crescimento de forma organizada e

consciente.

Formas de obtenção de recurso para elaboração do plano?

O Governo Federal, por meio da FUNASA, disponibiliza linhas de

recurso para que os munic íp ios possam custear o

desenvolvimento de seus planos municipais de saneamento e

outras ações correlacionadas.

Quem é o titular do serviço público de saneamento?

O titular dos serviços de saneamento municipal é o próprio

município, podendo este delegar sua execução, mas não seu

planejamento.

Toda prestação dos serviços que compõem a política de

saneamento, executada diretamente ou indiretamente pelo

município ou a quem este delegar, atenderá a requisitos mínimos de

qualidade, incluindo a regularidade, a continuidade e aqueles

relativos aos produtos oferecidos, ao atendimento dos usuários e às

condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo

com as normas regulamentares e contratuais.

55

Page 58: Apostila meio ambiente

Cabe-nos ainda destacar que mesmo o município optando pela

delegação do serviço de saneamento básico à um terceiro, este não

estará isento ou dispensado de planejar e elaborar o seu plano de

saneamento, para então, exigir o seu cumprimento pelo prestador do

respectivo serviço (água, esgoto, resíduos, etc.).

A política de saneamento deve ser incorporada aos seus planos de

governo por se tratar da prospecção de uma política pública que tem

impacto direto na saúde preocupação dos eleitores) e na (primeira

qualidade de vida do cidadão municipal, eleitor. Enfatizando a

oportunidade de captar recursos e obras para sua gestão!

Assim, os gestores deverão estar atentos às demandas municipais e

deverão incorporar aos seus Planos de Governo para os próximos

anos ações de política de saneamento como forma de melhoria da

saúde e da qualidade de vida de seus eleitores.

56

Page 59: Apostila meio ambiente

http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=14290

Define diretrizes para reduzir a geração de resíduos sólidos,

combater a poluição e se refere a todo e qualquer tipo de resíduos

sólido:

Doméstico

Industrial

Da Construção Civil

Eletroeletrônico

Lâmpada de vapores mercuriais

Agrossilvopastoril

De Saúde perigosos exceto os radioativos

3.3 - MÓDULO III - RESÍDUOS SÓLIDOS

3.3.1 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE - LEI FEDERAL 12.305/2010

“Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; o

altera a Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de

1998; e dá outras providências.”

3.3.2 - MARCO REGULATÓRIO PARA A ÁREA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

57

Page 60: Apostila meio ambiente

A Política Nacional de Meio Ambiente e articula-se com a Política

Nacional de Educação Ambiental;

A Política Nacional de Recursos Hídricos;

A Política de Saúde;

A Lei federal de Saneamento Básico e;

A Lei dos Consórcios Públicos.

Está ainda inter-relacionada com as Políticas Urbanas, Industriais,

Tecnológica e de Comércio Exterior, bem como as que promovem a

Inclusão Social.

03/08/2012 – vencido o prazo de entrega do Plano de Resíduos

Sólidos

Agosto/2014 – todo município com o Plano elaborado, sob pena

de não recebimento de recursos Federais para a área ambiental.

VENCIDO O PRAZO

Até agosto/2014 - Extinção dos Aterros Controlados e Lixões a céu

aberto. VENCIDO O PRAZO.

3.3.3 - A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS INTEGRA

58

3.3.4 - PRAZOS DA UNIÃO PARA ELABORAÇÃO E ENTREGA DOS PLANOS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGIRS):

Page 61: Apostila meio ambiente

A partir de 30 de julho de 2012 – cadastro dos Planos de acordo com a

DN 170/2011:

1 - Municípios com população superior a 50 mil habitantes - prazo até

26/09/2012 - VENCIDO O PRAZO.

2 - Municípios com população de 20 mil a 50 mil habitantes - prazo até

26/09/2013 - VENCIDO O PRAZO.

3 - Municípios com população abaixo de 20 mil habitantes - prazo até

26/09/2014 - VENCIDO O PRAZO.

Definição dos Resíduos Sólidos:

A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, estabelece uma

distinção entre - aquilo que tem valor econômico e que RESÍDUO

pode ser aproveitado e - qualquer material considerado REJEITO

inútil, após esgotadas as possibilidades de tratamento e

recuperação por processos adequados a cada caso.

Implanta a partir de 2012 da Regulamentação da Lei (dezembro

de 2010) os Planos de Gestão dos Resíduos Sólidos – PGRS:

a. Sem o plano definido e elaborado os municípios não poderão ter

acesso a recursos federais ambientais;

b. , todas as federações do Brasil (País, A PARTIR DE AGOSTO DE 2014

Estado e municípios deverá estar tratando o lixo adequadamente e

estará erradicado de vez os lixões);

59

3.3.5 - PRAZOS DO ESTADO PARA ELABORAÇÃO E ENTREGA DOS PLANOS (PGIRS)

Page 62: Apostila meio ambiente

c. Os planos de Gestão Municipais deverão identificar e indicar

medidas saneadoras para os passivos ambientais originários de

áreas contaminadas por lixões e aterros controlados;

d. Municípios que participam de consórcios poderão ter um só

plano de gestão para todos os membros do grupo;

e. Os geradores de resíduos sólidos com características diferentes

dos resíduos sólidos urbanos deverão elaborar um plano de

gerenciamento de resíduos, cujo conteúdo mínimo englobará:

1. Descrição do empreendimento ou atividade;

2. Diagnóstico dos resíduos gerados e administrados e seus

respectivos passivos ambientais;

3. Expl icitação dos responsáveis e dos procedimentos

operacionais de cada etapa;

4. Indicação de soluções compartilhadas e/ou consorciadas

com outros geradores;

5. Ações preventivas e corretivas, caso ocorra acidentes;

6. Metas de redução, reutilização e reciclagem;

7. Ações para a responsabilidade compartilhada de acordo com

o ciclo de vida do produto;

8. Revisões de acordo com a Licença Ambiental de Operação do

empreendimento, dentre outras.

60

Page 63: Apostila meio ambiente

f. Na Lei está prevista a elaboração de inventários e criação do

Sistema Declaratório Anual dos resíduos gerados, diagnóstico e

base das políticas adequadas à realidade de cada município,

região ou estado.

g. O Decreto 7405 – trata da situação do catador de lixo, focando

que este grupo marginal deva ser respeitado e deverá ser integrado

na sociedade através da inserção destes na cadeia produtiva.

Terão a Profissão reconhecida de catador de material reciclável. A

prioridade será para associação de catadores de lixo. Estas leis

estão dentro do cerne do PNRS (Plano Nacional de Resíduos

Sólidos).

h. Até 2014 quem gerou ou produziu o lixo terá que se adequar e

receber este lixo. E quem produz tem o passivo ambiental do seu

produto. Ex.: tv, geladeira etc. Será a responsabilidade

compartilhada, chegando até ao consumidor final.

i. O Brasil está enfrentando os principais problemas ambientais,

sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos

resíduos sólidos.

A legislação determina a prevenção e a redução na geração de

resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo

sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o

aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos

(aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou

reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos

rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

61

Page 64: Apostila meio ambiente

É Instituída a responsabilidade compartilhada dos geradores de

resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes,

o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos

urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-

consumo e pós-consumo.

É criada metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos

lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional,

estadual, microregional, intermunicipal e metropolitano e municipal;

além de impor que os particulares elaborem seus Planos de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais

países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a

inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e

reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva.

Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das

metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de

alcançar o índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015.

Os focos principais desta nova Lei dos Resíduos Sólidos (12.305/10) são:

a. Não geração

b. Redução

c. Reuso

d. Reciclagem

e. Tratamento

f. Disposição final dos rejeitos

62

Page 65: Apostila meio ambiente

A partir de 06 de fevereiro de 2012, a FEAM iniciou o processo de

recebimento das manifestações de interesse dos municípios mineiros

para receber apoio do Estado na implantação ou ampliação dos

serviços de coleta seletiva, conforme estabelece o Plano Estadual de

Coleta Seletiva – PECS, que foi instituído pela DN 172 de 23 de

dezembro de 2011, aprovada em reunião realizada em 30 de

novembro de 2011 pela Câmara Normativa e Recursal do COPAM.

LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012 E LEI 12.727 de 17/10/2012, que o

Altera a Lei n 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a osproteção da vegetação nativa; altera as Leis n 6.938, de 31 de

agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de os

dezembro de 2006; e revoga as Leis n 4.771, de 15 de setembro de o

1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória n 2.166-67, ode 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei n 6.015,

o o ode 31 de dezembro de 1973, e o § 2 do art. 4 da Lei n 12.651, de 25 de

maio de 2012

63

3.3.6 - COLETA SELETIVA - APOIO AOS MUNICIPÍOS

Para receber apoio, o prefeito municipal deverá se manifestar

formalmente à FEAM, por meio de ofício, até 31 de março de cada ano,

conforme modelo disponível na FEAM:

www.feam.br

3.4 - MÓDULO IV - NOVA LEI FLORESTAL / LC140/ PROGRAMAS GOVERNO

3.4.1 - NOVA LEI FLORESTAL - 12.651 (NOVO CÓDIGO FLORESTAL)

Page 66: Apostila meio ambiente

O Código Florestal aprovado pelo Congresso estabelece normas

gerais com o fundamento central da proteção e uso sustentável das

florestas e demais formas de vegetação nativa em harmonia com a

promoção do desenvolvimento econômico, atendidos os seguintes

princípios: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012).

a – reconhecimento das florestas existentes no território nacional e

demais formas de vegetação nativa como bens de interesse

comum a todos os habitantes do País;

b – afirmação do compromisso soberano do Brasil com a

preservação das suas florestas e demais formas de vegetação

nativa, da biodiversidade, do solo e dos recursos hídricos, e com a

integridade do sistema climático, para o bem-estar das gerações

presentes e futuras;

c – reconhecimento da função estratégica da produção rural na

recuperação e manutenção das florestas e demais formas de

vegetação nativa, e do papel destas na sustentabilidade da

produção agropecuária;

d – consagração do compromisso do País com o modelo de

desenvolvimento ecologicamente sustentável, que concilie o uso

produtivo da terra e a contribuição de serviços coletivos das

florestas e demais formas de vegetação nativa privadas;

e – ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas,

coordenada com a Política Nacional do Meio Ambiente, a Política

Nacional de Recursos Hídricos, a Política Agrícola, o Sistema

Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, a Política de

Gestão de Florestas Públicas, a Política Nacional sobre Mudança do

Clima e a Política Nacional da Biodiversidade;

64

3.4.2 - BASE DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

Page 67: Apostila meio ambiente

f – responsabilidade comum de União, Estados, Distrito Federal e

Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de

políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa e

de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais;

g – fomento à inovação para o uso sustentável, a recuperação e a

preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa;

h – criação e mobilização de incentivos jurídicos e econômicos para

fomentar a preservação e a recuperação da vegetação nativa, e

para promover o desenvolvimento de atividades produtivas

sustentáveis.

Dispõe sobre as políticas florestais e de proteção à biodiversidade no

Estado compreendem as ações empreendidas pelo poder público e

pela coletividade para o uso sustentável dos recursos naturais e para

a conservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado,

essencial à sadia qualidade de vida, nos termos dos arts. 214, 216 e 217

da Constituição do Estado. Dentro desta Lei destacamos o CADASTRO

AMBIENTAL RURAL – CAR:

3.4.3 - NOVO CÓDIGO FLORESTAL MINEIRO - LEI Nº 20.922, DE 16/10/2013

65

Page 68: Apostila meio ambiente

RESUMO DO CÓDIGO FLORESTAL MINEIRO

Lei 20.922 de 16/10/2013 (MF = MÓDULO FISCAL - pode variar de

acordo com a região do Estado)

Obrigatoriedade de recomposição APP – área consolidada - cursos

d´água

66

1) APP - CURSOS D’ÁGUA

Largura máxima do rio ou córrego

APP (cada margem)

Lei 20.922/13

Até 10 metros 30 metros Art. 9 – I – a

De 10 a 50 metros 50 metros Art. 9 – I – b

De 50 a 200 metros 100 metros Art. 9 – I – c

De 200 a 600 metros 200 metros Art. 9 – I – d

Acima de 600 metros 500 metros Art. 9 – I – e

Área da Propriedade

Faixa a recompor

Largura do curso d'água

Área máxima

a recompor

Lei 20.922/13Artigos

Até 1 MF 5 metros independente10% da área

total16 § 1º inciso I +

Art 18

De 1 a 2 MF 8 metros independente10% da área

total16 § 1º inciso II +

Art 18

De 2 a 4 MF 15 metros independente20% da área

total16 § 1º inciso III

+ Art18

De 4 a10 MF 20 metros até 10 metros a necessária16 § 2º inciso I +

Art 18

Acima de 4 MF

Acima de 10 MF

de 30 a 100 m

(metade largura rio)

superior a 10 metros

independentea necessária

16 § 2º inciso II + Art 18

Page 69: Apostila meio ambiente

Um raio mínimo de 50 metros (Lei 20.922/13 Artigo 9º inciso IV)

Obrigatoriedade de recomposição APP (área consolidada)

nascentes e olhos dágua

Com superfície de água até 20 ha – APP 50 metros de margem (Lei

20.922/13 artigo 9º - II - b)

Com superfície de água maior que 20 ha – APP 100 metros de margem

(Lei 20.922/13 artigo 9º - II - c)

Obrigatoriedade de recomposição APP (área consolidada) lagos e

lagoas naturais

67

2) APP - NASCENTES E OLHOS D’ÁGUA PERENES

Área da Propriedade Faixa a Recompor Lei 20.922/13

Qualquer 15 metros de raio Art. 16 § 3º

3) APP - LAGOS E LAGOAS NATURAIS

Área da Propriedade

Faixa a recomporLei 20.922/13

Artigos

Até 1 MF 5 metros Artigo 16 - § 4º inciso I

De 1 a 2 MF 8 metros Artigo 16 - § 4º inciso II

De 2 a 4 MF 15 metros Artigo 16 - § 4º inciso III

Acima de 4 MF 30 metros Artigo 16 - § 4º inciso IV

Page 70: Apostila meio ambiente

Reservatório artificial com superfície de água até 20 ha - 15 metros de

margem (Lei 20.922/13 Art. 9º § 3º)

Os lagos concedidos para geração de energia ou abastecimento

público até 24/08/2001, a APP é a distância entre o nível máximo

operativo normal e a cota máxima maximorum (Lei 20.922/13 Art.22

Parágrafo único). A APP para o Lago de Furnas, por exemplo, é a

distância da cota 768 à cota 769.3 metros.

Os lagos concedidos após 24/8/2001, a APP é a definida pela Licença

Ambiental. (Lei 20.922/13 - Art.22).

OBS.: Em açudes ou acumulações naturais ou artificiais, com

superfície de água até 1 ha, é dispensada faixa de APP (Lei 20.922/13

Artigo 9° § 5º)

Encostas com declividade superior a 45° equivalentes a 100% na linha

de maior declive são consideradas APP´s (Lei 20.922/13 artigo 9° inciso

V).

Todo morro com altura mínima de 100 metros e inclinação média

maior do que 25°, o terço superior é considerado APP (Lei 20.922/13

artigo 9° inciso VII). A base é definida pelo plano horizontal

determinado por planície ou espelho d´água adjacente ou, nos

relevos ondulados, pela cota do plano de sela mais próximo.

Todas as áreas em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a

vegetação (Lei 20.922/13 artigo 9º inciso VIII).

68

4) APP DE LAGOS ARTIFICIAIS (RESERVATÓRIO ARTIFICIAL ATÉ 20ha)

5) APP EM ENCOSTAS

6) APP EM TOPO DE MORRO

7) APP EM ALTITUDE SUPERIOR A 1.800 METROS

Page 71: Apostila meio ambiente

As bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do

relevo, em faixa nunca inferior a 100 metros em projeções horizontais

(Lei 20.922/13 artigo 9º inciso VI).

A faixa marginal mínima de 50 metros a partir do término da área

de solo hidromórfico (Lei 20.922/13 artigo 9º inciso IX)

Obrigatoriedade de recomposição APP (área consolidada) em

veredas

a) Propriedade até 4 MF em 22/7/2008 – não há obrigatoriedade dos

20% de RL. A RL será a área de vegetação nativa existente naquela

data (mesmo inferior a 20% da área da propriedade) – (Artigo 40)

b) Propriedade acima de 4 MF – 20% da área do imóvel (Lei 20.922/13

artigo 25). Será admitido o cômputo das APPs no cálculo do

percentual da Reserva Legal, desde que a área esteja conservada ou

em processo de recuperação comprovada pelo órgão ambiental, o

proprietário tenha feito o registro no CAR (Lei 20.922/13 artigo 35 incisos

I, II e III)

69

8) APP EM CHAPADAS

9) APP EM VEREDAS

Área da Propriedade

Faixa a recompor a partir do término da área de solo hidromórfico Lei 20.922/13

Até 4 MF 30 metrosArtigo 16 § 5º

inciso I

Acima de 4 MF

50 metros Artigo 16 § 5º

inciso II

10) RESERVA LOCAL

Page 72: Apostila meio ambiente

A área da RL deverá ser registrada no órgão ambiental por meio de

inscrição no CAR. O registro da RL no CAR desobriga a averbação no

Cartório de Registro de Imóveis (Lei 20.922/13 artigo 31 Parágrafo

único)

Obrigatoriedade de Recomposição Reserva Legal

Nos imóveis rurais com área até 15 módulos fiscais é admitida a prática

da piscicultura em tanque escavado ou tanque rede nas APPs,

inclusive com a infraestrutura, desde que o imóvel tenha a Licença

Ambiental, inscrição no CAR e não retira a vegetação nativa (Lei

20.922/13 - Artigo 15 incisos I, II, III, IV e V)

Toda propriedade ou posse rural estará obrigada a se inscrever no

CAR, no prazo de 1 ano, após a sua implantação (Lei 12. 651/12 -

Artigo 29 § 3º e Decreto 7.830/12 Artigo 6º & 2º).

70

Área da Propriedade Área a recompor Lei 20.922/13

Até 4 MFNão há necessidade de

recomposiçãoArtigo 40

Acima de 4 MF20% da área do imóvel

menos APP Artigo 38

11) PISCICULTURA EM APP

12) INSCRIÇÃO NO CAR (CADASTRO AMBIENTAL RURAL)

Page 73: Apostila meio ambiente

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um instrumento fundamental

para auxiliar no processo de regularização ambiental de

propriedades e posses rurais. Consiste no levantamento de

informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das

Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL),

remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada,

áreas de interesse social e de utilidade pública, com o objetivo de

traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores

das áreas para diagnóstico ambiental.

Ferramenta importante para auxiliar no planejamento do imóvel

rural e na recuperação de áreas degradadas, o CAR fomenta a

formação de corredores ecológicos e a conservação dos demais

recursos naturais, contribuindo para a melhoria da qualidade

ambiental, sendo atualmente utilizado pelos governos estaduais

e federal.

No governo federal, a política de apoio à regularização

ambiental é executada de acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de

maio de 2012, que criou o CAR em âmbito nacional, e de sua

regulamentação por meio do Decreto nº 7.830, de 17 de outubro

de 2012, que criou o Sistema de Cadastro Ambiental Rural - SICAR,

que integra o CAR de todas as Unidades da Federação.

71

3.4.3.1- CADASTRO AMBIENTAL RURAL

Page 74: Apostila meio ambiente

RESUMO DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL – C A R

O que é o CAR?

O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro eletrônico,

obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade

integrar as informações ambientais referentes à situação das

Áreas de Preservação Permanente - APP, das áreas de Reserva

Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa,

das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das

propriedades e posses rurais do país. Criado pela Lei 12.651/2012

no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio

Ambiente - SINIMA, o CAR se constitui em base de dados

estratégica para o controle, monitoramento e combate ao

desmatamento das florestas e demais formas de vegetação

nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e

econômico dos imóveis rurais.

Onde fazer a inscrição?

A inscrição deve ser feita junto ao órgão ambiental estadual ou

municipal competente, que disponibilizará na internet programa

destinado à inscrição no CAR, bem como à consulta e

acompanhamento da situação de regularização ambiental dos

imóveis rurais. Estados que não possuem sistemas eletrônicos

poderão utilizar o Módulo de Cadastro para fins de atendimento

ao que dispõe a Lei Federal 12.651/12 acesso a seus benefícios.

Desta forma, antes de acessar o Módulo CAR para realizar

inscrição, verifique se o imóvel rural que pretende cadastrar se

localiza em unidade da federação no qual o órgão ambiental

responsável por recepcionar as inscrições no CAR possui sistema

eletrônico próprio e página específica para tal finalidade. Nesses

casos, não será possível inscrever seu imóvel rural no CAR por meio

do Módulo de Cadastro disponibilizado nesta página.

72

Page 75: Apostila meio ambiente

Para realizar a inscrição, acesse o sítio eletrônico e/ou entre em

contato com o órgão ambiental competente do Estado da

federação em que se localiza o imóvel rural para obter

informações acerca dos procedimentos a serem adotados.

Benefícios:

Além de possibilitar o planejamento ambiental e econômico do

uso e ocupação do imóvel rural, a inscrição no CAR,

acompanhada de compromisso de regularização ambiental

quando for o caso, é pré-requisito para acesso à emissão das

Cotas de Reserva Ambiental e aos benefícios previstos nos

Programas de Regularização Ambiental – PRA e de Apoio e

Incentivo à Preservação e Recuperação do Meio Ambiente,

ambos definidos pela Lei 12.651/12. Dentre os benefícios desses

programas pode-se citar:

Possibilidade de regularização das APP e/ou Reserva Legal

vegetação natural suprimida ou alterada até 22/07/2008 no

imóvel rural, sem autuação por infração administrativa ou

crime ambiental;

Suspensão de sanções em função de infrações administrativas

por supressão irregular de vegetação em áreas de APP,

Reserva Legal e de uso restrito, cometidas até 22/07/2008.

Obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades,

com taxas de juros menores, bem como limites e prazos

maiores que o praticado no mercado;

Contratação do seguro agrícola em condições melhores que

as praticadas no mercado;

73

Page 76: Apostila meio ambiente

Dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva

Legal e de uso restrito base de cálculo do Imposto sobre a

Propriedade Territorial Rural-ITR, gerando créditos tributários;

Linhas de financiamento atender iniciativas de preservação

voluntária de vegetação nativa, proteção de espécies da flora

nativa ameaçadas de extinção, manejo florestal e

agroflorestal sustentável realizados na propriedade ou posse

rural, ou recuperação de áreas degradadas; e

Isenção de impostos para os principais insumos e

equipamentos, tais como: fio de arame, postes de madeira

tratada, bombas d'água, trado de perfuração do solo, dentre

outros utilizados para os processos de recuperação e

manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de

Reserva Legal e de uso restrito.

Em Minas Gerais:

No Estado de Minas Gerais, o Cadastro Ambiental Rural – CAR é

de responsabilidade da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável – SEMAD e do Instituto Estadual de

Florestas - IEF, e será feito exclusivamente via internet, no Portal de

Soluções - SISEMANET por meio do sistema SICAR-MG.

74

Page 77: Apostila meio ambiente

Onde?

O acesso ao SICAR-MG para realização do cadastro, bem como

o seu Manual, estão disponíveis no endereço eletrônico da

SEMAD, pois após o Ato da Ministra do Meio Ambiente que instituiu

a implementação do CAR, todos proprietários rurais já podem e

devem fazer o seu CAR. O cadastro é gratuito, não há a

necessidade do pagamento de taxa ou emolumento ao Estado.

Em Minas Gerais o Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA

desenvolveu o SICAR-MG, integrante do Portal de Soluções –

SISEMANET, que é o sistema oficial para o cadastramento dos

imóveis rurais do Estado. Com interface amigável, ágil e de fácil

utilização, possui ferramentas simples de cadastro e desenho dos

imóveis rurais, tutorial, suporte e tópicos de ajuda em todas as

funcionalidades. Para a maioria dos estados federativos, os

proprietários/posseiros poderão utilizar o sistema desenvolvido em

parceria do Ministério do Meio Ambiente - MMA e IBAMA ou

sistemas próprios desenvolvidos por cada um deles, se for o caso.

Abaixo os links a serem usados:

http://www.meioambiente.mg.gov.br/cadastro-ambiental-rural

http://sisemanet.meioambiente.mg.gov.br/mbpo/portal.do

75

Page 78: Apostila meio ambiente

É Obrigatório?

O CAR é obrigatório a todos os imóveis rurais, mesmo para

aqueles que possuam a área da Reserva Legal averbada, pois o

cadastro solicita informações que vão além da Reserva Legal.

Dessa forma, todos deverão se inscrever normalmente no SICAR-

MG preenchendo os campos necessários.

A não realização do CAR poderá restringir o acesso do

proprietário/posseiro a linhas de crédito federal ou programas de

fomento oferecidos pelos governos federal e estadual. Caso o

proprietário/posseiro não faça o cadastro e tenha em sua área

Reserva Legal e/ou APP's a recuperar, ele estará sujeito às

penalidades impostas pela legislação vigente.

Qual o Prazo?

O prazo de inscrição no CAR é de a partir do Ato da 1 (um) ano

Ministra do Meio Ambiente. Como foi assinado este ato em maio

de 2014, o prazo vence em abril/2015. Podendo ser renovado

para mais um ano. (Art.21, do Decreto 7.830/2012).

Pequena Propriedade – até 4 MF:

Para pequena propriedade ou posse rural familiar, que detêm

área de até 04 (quatro) módulos fiscais (unidade de medida

agrária usada no Brasil instituída pela Lei nº 6.746, de 10 de

dezembro de 1979, expressa em hectares, variável conforme o

município), o responsável poderá se dirigir a uma das unidades de

regularização ambiental do SISEMA ou entidades parceiras

(Endereço e telefones estarão disponíveis no endereço

eletrônico: www.semad.mg.gov.br) para que técnicos treinados

o auxiliem na realização do cadastro.

76

Page 79: Apostila meio ambiente

Para os imóveis acima de 04 (quatro) módulos, o cadastro deverá

ser feito exclusivamente por meio de contratação de responsável

técnico e emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica -

ART.

Validade:

O Recibo, documento emitido ao final do cadastro, do imóvel rural

no SICAR-MG terá prazo de validade de 30 (trinta) dias.

Entretanto, o cadastro das informações do imóvel rural no SICAR-

MG não tem prazo de validade e um novo Recibo poderá ser

emitido pelo proprietário/posseiro sempre que desejado. Caso

sejam identificadas pelo órgão ambiental pendências ou

inconsistências nas informações e documentos apresentados ou

inconformidades encontradas em vistorias de campo e o

proprietário/posseiro não apresentar as devidas informações

complementares ou retificações solicitadas o imóvel rural poderá

ficar irregular, impossibilitando a emissão de um novo recibo até o

cumprimento das exigências pertinentes.

O proprietário/posseiro também deverá alterar todas as

informações e documentos cadastrados sempre que houver a

venda ou transferência de titularidade do imóvel.

77

Page 80: Apostila meio ambiente

PRA – Programa de Regularização Ambiental:

Ao se cadastrar no CAR, automaticamente o proprietário é

direcionado a fazer o PRA, que é o Programa de Regularização

Ambiental disponibilizado dentro do SICARMG que permitirá ao

proprietário/posseiro do imóvel que possui déficit ambiental (Área

de Preservação Permanente - APP a recuperar e/ou Reserva

Legal a compensar ou recuperar) regularizar a situação do seu

imóvel rural de acordo as exigências legais. O PRA contemplará

todas as opções disponíveis na legislação vigente de

recuperação ou recomposição de APP's e compensação ou

recuperação de Reserva Legal, e permitirá também, caso seja de

interesse do cadastrante aderir aos programas de fomento

oferecidos pelo Governo de Minas Gerais. Para aderir ao PRA o

proprietário terá que estar cadastrado no SICAR-MG.

O sistema será disponibilizado após o lançamento do SICAR-MG,

mas mesmo antes da adesão ao PRA o proprietário/posseiro

pode iniciar a recuperação e/ou compensação das áreas com

déficit ambiental.

Averbação da Reserva Legal em Cartório:

Com a inscrição do imóvel no CAR, a exigência do ato de

averbação deixa de ser obrigatória e passa a ser . facultativa

Ressaltando ainda que o proprietário ou posseiro que desejar

realizar esse ato não terá impedimento .e tem direito à gratuidade

78

Page 81: Apostila meio ambiente

Alteração no CAR:

Caso o proprietário/posseiro tiver interesse em modificar, corrigir

ou atualizar algumas das informações já cadastradas, este

poderá editá-las sempre e o número de vezes que necessitar até

que o processo do seu imóvel rural seja encaminhado para

análise do órgão competente. A partir deste momento, o

proprietário/posseiro não terá mais a opção de alterar os dados

do cadastro via sistema (SICAR-MG). Caso o cadastro tenha sido

encaminhado para a análise e o proprietário/posseiro tenha

necess idade de ret ificá-lo ele deverá protocolar um

requerimento formal em uma das unidades administrativas do

SISEMA.

O que se entende por pequena propriedade ou posse rural

familiar?

É aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor

fami l iar e empreendedor fami l iar rura l , inclu indo os

assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao

disposto no art. 3° da Lei n° 11.326/2006.

(Art. 3°, V, da Lei n° 12.651/2012)

O arrendatário, o comodatário e o parceiro devem se inscrever ?

Não. As obrigações previstas no Código Florestal são de natureza

real. A relação jurídica estabelecida pelos contratos de

arrendamento, de comodato ou de parceria é de natureza

obrigacional.

(Art.2°, § 2°, Lei n° 12.651/2012)

79

Page 82: Apostila meio ambiente

Quais são os dados necessários fornecidos pelo declarante para

a inscrição da propriedade ou posse rural no CAR?

A. Dados pessoais do declarante: se pessoa física ou jurídica,

espólio; endereço para correspondência; número do CPF ou

CNPJ, identidade, nacionalidade, pais de origem; se proprietário,

posseiro, condômino ou enfiteuta. E, ainda, informações

complementares, como moradia no imóvel ou não, se fora do

município ou do Pais; quem dirige as atividades de exploração do

imóvel.

B. Informações sobre o imóvel rural: denominação do mesmo,

acesso, referência para sua localização, município, distrito,

unidade da federação, se na zona rural ou parte dela; incidência

em unidade de conservação, terra indígena, ou na faixa de

fronteira; nomes dos confrontantes; se o imóvel já foi cadastrado

no INCRA ou na Receita Federal.

C. Situação jurídica do imóvel rural: relacionar o titulo de

propriedade; caracterização do título, como comarca, cartório,

ofício, origem do título, matrícula, folha, área em hectare, se existe

área sob posse e se de justo título, ou ocupação, início da posse,

se há litígio e a área da posse ou ocupação. Informações, ainda,

sobre a existência de outros imóveis do declarante. (Parágrafo 1°,

I, II, art. 29 da Lei n°12.651/2012).

80

Page 83: Apostila meio ambiente

Como será feita a inscrição da pequena propriedade ou posse

rurais com área até 04 (quatro) módulos fiscais e da agricultura

familiar no CAR?

A inscrição da pequena propriedade ou posse rural no CAR

obedecerá a procedimento simplificado com apresentação

apenas de documentos para identificação do proprietário ou

possuidor rural e comprovação da propriedade ou posse e de

croqui indicando o perímetro do imóvel, as Áreas de Preservação

Permanente e os remanescentes que formam a Reserva Legal.

(Art. 55, da Lei n° 12.651/2012, parágrafo único do art. 3° e 53 da

Lei n°12.651/2012, art. 4° da Lei n° 8.629/93).

É necessário pagar alguma taxa para o cadastro no CAR?

O cadastro é gratuito, não há a necessidade do pagamento de

taxa ou emolumento e é feito por meio do sistema SICAR-MG.

Para propriedades com tamanho de até 04 (quatro) módulos

fiscais (*) o proprietário poderá se dirigir a uma das unidades de

regularização ambiental do SISEMA ou entidades parceiras

(Endereço e telefones no site: www.semad.mg.gov.br) para que

técnicos treinados o auxiliem na realização do cadastro. Para

propriedades acima de quatro módulos, o cadastro deverá ser

feito exclusivamente por meio de contratação de responsável

técnico e emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica -

ART.

(*) Unidade de medida agrária usada no Brasil instituída pela Lei nº

6.746, de 10 de dezembro de 1979, expressa em hectares, variável

conforme o município.

81

Page 84: Apostila meio ambiente

Porque é importante o registro no CAR?

Além de possibilitar o planejamento ambiental e econômico do

uso e ocupação do imóvel rural, a inscrição no CAR, traz muitos

benefícios aos Produtores Rurais, como:

1. Compute das áreas de APP no percentual da reserva legal;

2. Compensar a Reserva Legal em Unidade de Conservação

pendente de Regularização fundiária;

3. Compensar a Reserva Legal em área localizada no mesmo

bioma;

4. Para manutenção da atividade de aquicultura e infraestrutura

nos cursos d'água, lagos e lagoas naturais de imóveis rurais com

área de até 15 (quinze) módulos fiscais;

5. Para adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA);

6. Suspensão de sanções aplicadas em função de infrações

administrativas por supressão irregular de vegetação em áreas de

APP, Reserva Legal e de uso restrito, cometidas até 22/07/2008.

82

Page 85: Apostila meio ambiente

A) Lei Federal Complementar n° 140/2011 – Delega aos municípios a

competência de Licenciar, fiscalizar e gerir as questões ambientais a

nível municipal. Para licenciar o município deverá possuir um Sistema

Municipal de Meio ambiente, SISMAM, que possua no mínimo:

1- CODEMA

Deverá ser criado por lei

Deverá ser paritário

Deverá ser deliberativo

Órgão colegiado autônomo, normativo, deliberativo e consultivo.

Não é um órgão da estrutura da Prefeitura, não se submete a

intervenção do prefeito.

Recomenda-se que o presidente seja eleito entre os membros.

Na renovação da presidência é necessário que o cargo seja

repassado em reunião, com a presença de quem está deixando o

cargo e de quem está recebendo o cargo, registrado em Ata.

Paridade: 50% poder público, 50% sociedade civil, mas para

cidades maiores, o ideal seria: 50% poder público + empresários e

50% sociedade civil.

O representante da sociedade civil nunca deve ser indicado por

entidade do poder público, mas por alguma entidade civil.

Recomenda-se que na bancada do poder público tenha menos

representações da prefeitura. As outras representações podem

ser do poder público federal, estadual e até municipal, mas não

da prefeitura. Ex. EMATER, IBAMA, FEAM, IEF, IGAM, COPASA,

CEMIG, escolas públicas municipais, Ministério Público, etc. Isso

torna o Conselho mais imparcial.

83

3.4.4 - SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - SISMAM

Page 86: Apostila meio ambiente

2 - Política ambiental

Conjunto de Leis

Lei de Política Ambiental

Leis Secundárias, ajustadas à realidade municipal;

3 - Órgão técnico executivo de Meio Ambiente

A política ambiental municipal, desde que definida em lei, poderá

ser exercida por uma secretaria, uma fundação, ou outro órgão da

estrutura de gestão municipal.

Deverá possuir um corpo técnico proporcional às necessidades do

município, que seja capaz de efetuar o licenciamento, a

fiscalização e o controle das atividades sob a responsabilidade do

município.

4 - Vantagens de ter o Sistema Municipal de Meio Ambiente

estruturado:

A possibilidade de gerir o maior patrimônio do município que é o

meio ambiente;

A participação nos processos eletivos dos órgãos colegiados do

Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SISEMA,

incluindo: o Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM, o

Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH, os Comitês de

Bacias Hidrográficas e os Conselhos de Unidades de Conservação.

84

Page 87: Apostila meio ambiente

a. Polícia Militar do Meio Ambiente

b. SUPRAM

c. Promotoria Pública

d. Comunidade (denúncia)

e. Estrutura do Estado:

Superintendência de Fiscalização Ambiental Integrada

A Superintendência de Fiscalização Ambiental Integrada tem por

finalidade planejar, organizar e executar as atividades de controle e

fiscalização referentes ao uso dos recursos ambientais no Estado,

inclusive dos hídricos, e ao combate da poluição, definidas na

legislação federal e estadual. Diretorias relacionadas:

a - Diretoria de Estratégia em Fiscalização

b - Diretoria de Fiscalização de Recursos Hídricos e Atmosféricos e

do Solo

c - Diretoria de Fiscalização dos Recursos Florestais

d - Diretoria de Fiscalização da Pesca

Autos de Infração:

Os Autos de Infração são lavrados pelos Analistas Ambientais e pelos

Agentes Autuantes Conveniados (Polícia Militar do Estado de Minas

Gerais – Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito) quando for

constatado o cometimento de alguma infração ambiental, relativa

a intervenções ambientais, sejam na mineração, na indústria, nos

recursos hídricos, na pesca, na flora (florestas e demais formas de

vegetação) etc.

3.4.5 - FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

85

Page 88: Apostila meio ambiente

Penalidade que podem ser aplicadas por meio dos Autos de

Infração, com base no Decreto 44.844 de 25 de junho de 2008:

a) advertência;

b) multa simples;

c) multa diária;

d) suspensão parcial ou total de atividades;

e) embargo de atividade ou obra;

f) apreensão;

g) demolição de obra;

h) destruição ou inutilização do produto;

i) suspensão de venda e fabricação do produto;

j) restritiva de direitos;

Decreto Estadual 44.844 de 25 de junho de 2008:

86

“Estabelece normas para licenciamento ambiental e

autorização ambiental de funcionamento, tipifica e classifica

infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos

recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos

de fiscalização e aplicação das penalidades”.

Page 89: Apostila meio ambiente

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

Ecológico é um instrumento para beneficiar os municípios que

priorizam Saneamento Básico e Unidades de Conservação.

A Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, também conhecida

como Lei Robin Hood, estabeleceu os critérios da distribuição do

ICMS aos municípios. A Lei tinha como objetivo reduzir as diferenças

econômicas e sociais entre os municípios; incentivar a aplicação

de recursos em áreas de prioridade social e utilizar as receitas

próprias e descentralizar a distribuição do ICMS. Em 2000, foi

alterada pela Lei nº 13.803 (27/12).

A divisão de todo ICMS arrecadado pelo Estado é feita da seguinte

forma: 75% do montante é destinado para a União e os outros 25%

são distribuídos entre os municípios em vários critérios como

determina a Lei 13.803.

Dentre os critérios estabelecidos pela Lei, está o critério Meio

Ambiente que fica com a quantia de 1% dos 25%. O critério está

dividido em 2 (dois) sub-critérios, o Índice de Conservação (IC),

referente às Unidades de Conservação e outras áreas protegidas e

o sub-critério Índice de Saneamento Ambiental (ISA), referente a

Aterros Sanitários, Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) e Usinas

de Compostagem. Cada sub-critério, IC e ISA ficam com a quantia

de 0,5% cada um.

87

3.4.6 - ICMS ECOLÓGICO

Page 90: Apostila meio ambiente

O cálculo do Índice de Conservação é de responsabilidade do

Instituto Estadual de Florestas (IEF) e leva-se em conta a área da

unidade de conservação e/ou área protegida; a área do

município; o fator de conservação, que é um valor fixo,

estabelecido pela própria Lei 13.803, que varia de 0,025 a 1; e o

fator de qualidade, estabelecido pela Deliberação Normativa

COPAM n° 86 (17/07/2005), que define seus parâmetros e

procedimentos, referente as avaliações das unidades de

conservação da natureza e outras áreas especialmente

protegidas. O Fator de Qualidade varia de 0,1 a 1.

O Índice de Saneamento Ambiental é de responsabilidade da

Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) e leva-se em conta

para o seu cálculo o número total de sistemas habilitados, tipo de

empreendimento e porcentagem da população atendida.

O repasse feito aos municípios acontece sempre no segundo dia

útil da semana, sendo que o primeiro repasse do mês é feito com

base no índice calculado do mês anterior.

Para que o município receba sua co-parte do ICMS Ecológico nos

sub-critérios 'Conservação' e 'Saneamento Ambiental' é necessário

inscrição no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação e

Saneamento Ambiental que é atualizado trimestralmente. As

normas, documentos e procedimentos para o cadastro estão

estabelecidos na Resolução SEMAD 318, de 15 de fevereiro de 2005.

Para dúvidas sobre cadastramento de Unidades de Conservação,

procure a Diretoria de Áreas Protegidas do IEF, pelo telefone (31)

39151345 ou pelo e-mail: [email protected].

Para cadastramento de municípios quanto a Saneamento

Ambiental, entre em contato com FEAM, (31) 3915-1145.

88

Page 91: Apostila meio ambiente

89

Para mais informações entre em contato com a Superintendência

d e C o o r d e n a ç ã o T é c n i c a d a S E M A D p e l o e - m a i l

[email protected]. Os valores

repassados aos municípios estão disponíveis para consulta no site

da Fundação João Pinheiro. http://www.fjp.gov.br/

http://www.ief.mg.gov.br/bolsa-verde

O Bolsa Verde tem por objetivo apoiar a conservação da

cobertura vegetal nativa em Minas Gerais, mediante

pagamento por serviços ambientais aos proprietários e

posseiros que já preservam ou que se comprometem a

recuperar a vegetação de origem nativa em suas

propriedades ou posses.

A prioridade é para agricultores familiares e pequenos

produtores rurais. Também serão contemplados produtores

cujas propriedades estejam localizadas no interior de unidades

de conservação e sujeitos à desapropriação.

A concessão de incentivo financeiro aos proprietários e

posseiros, denominada Bolsa Verde, foi instituída pela Lei

17.727, de 13 de agosto de 2008, e regulamentada pelo

Decreto 45.113, de 05 de junho de 2009.

O incentivo financeiro é proporcional à dimensão da área

preservada. Recebe mais quem preservar mais até o limite de

hectares correspondente a quatro módulos fiscais em seu

respectivo município (consultar informação no Anexo V do

Manual do Bolsa Verde).

3.4.7 - PROGRAMAS DE GOVERNO

3.4.7.1 - BOLSA VERDE

Page 92: Apostila meio ambiente

90

As duas modalidades previstas no Programa Bolsa Verde são a

manutenção e a recuperação da cobertura vegetal nativa. A

primeira é uma forma de remuneração (premiação) pelos

serviços ambientais prestados pelos proprietários e posseiros

rurais e estará disponível para solicitações a partir de 2010. A

segunda visa ao repasse de um montante menor de recursos

financeiros e o repasse de insumos para os beneficiados

restaurarem, recomporem ou recuperarem a área com

espécies nativas, com previsão de abertura para adesão em

2011 e assim sucessivamente.

Os formulários para solicitações estarão disponíveis no citado

manual para encaminhamento às unidades desconcentradas

do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Escritórios Regionais,

Núcleos Operacionais de Pesca e Biodiversidade, Agências

Especiais e nas unidades das instituições com parceria

celebrado por meio de Termo de Cooperação Técnica

visando à operacionalização do programa.

Page 93: Apostila meio ambiente

91

http://www.feam.br/minas-sem-lixoes

Investir em saneamento é investir na saúde e na melhoria da

qualidade de vida da população. A disposição inadequada do

lixo causa poluição do solo, das águas e do ar, além de propiciar

a proliferação de vetores de doenças. A busca por soluções deve

passar pelo esforço integrado das prefeituras órgãos estaduais e

sociedade.

Com objetivo de apoiar os municípios no atendimento às normas

de gestão adequada de resíduos sólidos urbanos definidas pelo

Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), a Fundação

Estadual do Meio Ambiente (Feam) está à frente do programa

Minas sem Lixões.

3.4.7.2 - MINAS SEM LIXÕES

Page 94: Apostila meio ambiente

http://www.feam.br/minas-trata-esgoto

O Governo de Minas com o objetivo de reduzir a poluição das

águas do Estado de Minas Gerais e melhorar a qualidade de vida

da população deliberou, por intermédio do Conselho Estadual de

Política Ambiental (Copam), pela implantação de sistema de

tratamento de esgotos sanitários em todos os municípios, de

acordo com a convocação realizada por meio da Deliberação

Normativa – DN/Copam Nº 96/2006. Em 2008, a DN/Copam Nº

128/2008 prorrogou alguns prazos da DN 96/2006, que

permanecem válidos.

Com o intuito de facilitar a gestão dessa política publica, a DN

96/2006, dividiu os 853 municípios mineiros em sete grupos com

diferentes faixas populacionais e prazos para adequação,

conforme a Figura 1.

3.4.7.3 - MINAS TRATA ESGOTO

92

Page 95: Apostila meio ambiente

A grande maioria das obras públicas utiliza brita, areia, cascalho

(agregados da construção civil) como matéria prima. Para utilização

desta matéria prima é necessário licenciar a atividade de extração

junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e

Superintendência Regional de Regularização Ambiental - SUPRAM.

Compete à União administrar os recursos minerais, a indústria de

produção mineral e a distribuição, o comércio e o consumo de

produtos minerais.

Aos órgãos da administração direta e autárquica da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, lhes é permitido a

extração de substâncias minerais de emprego imediato na

construção civil, definidas em Portaria do Ministério de Minas e

Energia, para uso exclusivo em obras públicas por eles executadas

diretamente, respeitados os direitos minerários em vigor nas áreas

onde devam ser executadas as obras e vedada a comercialização

(Decreto 3.358 de 02 de fevereiro de 2.000).

3.5- MÓDULO V - RECURSOS MINERAIS

3.5.1 - INTRODUÇÃO

93

Page 96: Apostila meio ambiente

Verificar se já existem processos junto ao DNPM;

Acessar o site: www.dnpm.gov.br e clicar em Cadastro Mineiro;

Entrar na opção Consulta – Pesquisar processos;

94

3.5.2 - RECONHECIMENTO DA ATUAL SITUAÇÃO

Page 97: Apostila meio ambiente

Preencher os campos município, unidade protocolizadora (Clicar

em 48403-Minas Gerais), CNPJ da prefeitura, código e clicar em

pesquisar.

O sistema fará uma busca se já existem processos e listará o resultado.

V e r i fi c a d o a e x i s t ê n c i a d e p r o c e s s o s é i m p o r t a n t e o

acompanhamento da análise do processo junto ao DNPM para o

cumprimento da legislação vigente.

Caso haja necessidade de execução de uma obra que utilizará

mineral (agregados para a construção civil), na qual o município

não possua o requerimento desta, é necessário levantar com GPS

as coordenadas geográficas do local e verificar junto ao técnico a

condição da área (se está livre ou já foi requerida), estando livre é

necessário o Requerimento do Registro Extração.

Caso a área tenha sido requerida com a anuência e somente com

a anuência do titular do processo da área pretendida, poderá

fazer o requerimento para registro de extração.

Formulário padronizado de pré-requerimento eletrônico

(disponível no sítio do DNPM);

Comprovação de que o requerente é órgão da administração

direta ou autárquica da União, dos Estados, do Distrito Federal ou

dos Municípios;

Memorial descritivo contendo a descrição da área pretendida,

formada por uma única poligonal delimitada, obrigatoriamente,

por vértices definidos por coordenadas geodésicas e datum South

American Datum (SAD-69).

95

3.5.3 - FORMALIZAÇÃO DE REQUERIMENTO JUNTO AO DNPM

Page 98: Apostila meio ambiente

Cada vértice deverá formar com o vértice seguinte um segmento

de reta Norte-Sul ou Leste-Oeste verdadeiros, vedado o

cruzamento entre os segmentos de reta que formam os lados da

poligonal. Os vértices deverão ser numerados sequencialmente e o

ponto de amarração (PA) será o primeiro vértice da poligonal da

área objeto do requerimento (Portaria DNPM nº 263 de 10 de julho

de 2008);

Anotação de Responsabilidade Técnica, na forma original do

profissional responsável pela elaboração do memorial descritivo e

da planta de situação;

Planta de situação da área georreferenciada, assinada por

profissional legalmente habilitado e apresentada em escala

adequada, contendo, além da configuração gráfica da área, os

principais elementos cartográficos, tais como ferrovias, rodovias,

dutovias e outras obras civis, rios, córregos, lagos, áreas urbanas,

denominação das propriedades, ressaltando limites municipais e

divisas estaduais, quando houver (Portaria DNPM nº 263 de 10 de

julho de 2008);

Se a área objetivada estiver onerada, autorização do titular do

direito minerário preexistente;

Procuração pública ou particular com firma reconhecida, se o

requerimento não for assinado pelo requerente.

Acompanhar o desenvolvimento da obra se é compatível com a

licença concedida pelo DNPM, caso seja necessário solicitar

prorrogação da licença junto ao DNPM.

96

Page 99: Apostila meio ambiente

regime de concessão, quando depender de portaria de

concessão do Ministro de Estado de Minas e Energia;

regime de autorização, quando depender de expedição de

alvará de autorização do Diretor-Geral do Departamento

Nacional de Produção Mineral – D.N.P.M.;

regime de licenciamento, quando depender de licença expedida

em obediência a regulamentos administrativos locais e de registro

da licença no Departamento Nacional de Produção Mineral –

D.N.P.M.;

regime de permissão de lavra garimpeira, quando depender de

portaria de permissão do Diretor-Geral do Departamento Nacional

de Produção Mineral – D.N.P.M.;

regime de monopolização, quando, em virtude de lei especial,

depender de execução direta ou indireta do Governo Federal.

Após o requerimento formalizado junto ao DNPM é necessário a

regularização ambiental da atividade de extração, uma vez que, o

DNPM só concederá a autorização mediante apresentação da

regularização ambiental.

3.5.4 - OS DEMAIS REGIMES DE APROVEITAMENTAMENTO DAS SUBSTÂNCIAS MINERAIS

3.5.5 - REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

97

Page 100: Apostila meio ambiente

As Leis nº. 7.990/1989 e nº 8.001/1990, que disciplinam o pagamento

da CFEM prevista no art. 20, da Constituição Federal, determinam que

os valores apurados sejam distribuídos da seguinte forma:

65% para os municípios produtores;

23% para os estados e o Distrito Federal onde for extraída a

substância mineral;

12% para a União (DNPM, IBAMA e Ministério da Ciência e

Tecnologia).

Os recursos arrecadados da CFEM devem ser aplicados em projetos

que, direta ou indiretamente, revertam em prol da comunidade local

e não podem ser usados para pagamento de dívida, ou do quadro

permanente de pessoal da União, dos Estados, Distrito Federal e dos

Municípios.

Verificar no site do DNPM se houve arrecadação no município;

Entrar no site www.dnpm.gov.br, entrar em arrecadação, relatórios;

3.5.6 - REPASSE DA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECUSROS MINERAIS - CFEM PARA OS MUNICÍPIOS

3.5.7 - RECONHECIMENTO

98

Page 101: Apostila meio ambiente

Clicar em cima do valor total e em cima do estado, assim abrirá a

relação dos municípios e a arrecadação do CFEM por mês.

Se houver identificação da atividade de extração no município e não

ocorrer a arrecadação do CFEM é necessário comunicar ao DNPM.

Os passos descritos caracterizam etapas importantes a serem

avaliadas em relação a utilização de recursos minerais pelo município

e o repasse do CFEM.

Trata-se do Projeto de Lei N° 5.807, de 2013 que dispõe sobre a

atividade de mineração , a participação no resultado da exploração

de recursos minerais assegurada à União, aos Estados, ao Distrito

Federal e aos Municípios, nos termos do art. 20, §1°, da Constituição

Federal, cria o Conselho Nacional de Política Mineral e a Agência

Nacional de Mineração – ANM e dá outras providências.

Situação: em tramitação.

99

3.5.8 - MARCO REGULATÓRIO

Page 102: Apostila meio ambiente

I n s t i t u t o M i n e i r o d e G e s t ã o d a s Á g u a s “ I G A M ” -

http://www.igam.mg.gov.br/outorga - é uma Autarquia estadual

responsável por planejar e promover ações direcionadas à

preservação da quantidade e da qualidade das águas de Minas

Gerais. O gerenciamento é feito por meio da concessão de outorga

de direito de uso da água, do monitoramento da qualidade das

águas superficiais e subterrâneas do Estado, dos planos de recursos

hídricos, bem como da consolidação de Comitês de Bacias

Hidrográficas (CBHs) e Agências de Bacia. O Instituto tem como diretriz

uma administração compartilhada e descentralizada, envolvendo

todos os segmentos sociais.

A Outorga é um dos instrumentos utilizados para a gestão dos recursos

hídricos apresentados na Lei 9433/1997. É o instrumento pelo qual o

Poder Executivo faculta ao outorgado, o direito ao uso de certa

quantidade de água bruta de manancial, com objetivo de assegurar

o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo

exercício dos direitos de acesso à água.

A Outorga é o instrumento legal que assegura ao usuário o direito de

utilizar os recursos hídricos, no entanto, essa autorização não dá ao

usuário a propriedade de água, mas, sim, o direito de seu uso.

Portanto, a outorga poderá ser suspensa, parcial ou totalmente, em

casos extremos de escassez, de não cumprimento pelo outorgado

dos termos de outorga, por necessidade premente de se atenderem

aos usos prioritários e de interesse coletivo, dentre em outras hipóteses

previstas na legislação vigente. 100

3.6 - MÓDULO VI - RECURSOS HÍDRICOS

3.6.1 - A QUEM RECORRER

3.6.2 - OUTORGA DO DIREITO DE USO DE ÁGUA

Page 103: Apostila meio ambiente

- Outorga do Direito de Uso de Água Captação de águas

superficiais diretamente em corpos de água ou em barramentos.

- Captação de águas subterrâneas por meio de poço manual

(cisterna) ou tubular e em nascentes;

CONCESSÃO - usos desenvolvidos por pessoa física ou jurídica de

direito público, quando se destinarem a finalidade de utilidade

pública (prazo máximo de 20 anos).

AUTORIZAÇÃO - usos desenvolvidos por pessoa física ou jurídica

de direito privado e quando não se destinarem a finalidade de

utilidade pública (prazo máximo de 5 anos).

CADASTRO - Usos insignificantes: definidos pela DN CERH 09/04

(prazo total de 3 anos).

Algumas captações de águas superficiais e/ou subterrâneas,

bem como acumulações e estão sujeitas à outorga, sendo

passível de Cadastro de Uso Insignificante. Para as UPGRHs - SF6,

SF7, SF8, SF9, SF10, JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1, Rio Jucurucu e Rio

Itanhem, são consideradas como usos insignificantes, as

captações e derivações de águas superficiais com vazão

máxima de 0,5 litro/segundo e acumulações em volume máximo

de 3.000 m³. Para o restante do estado, são consideradas como

usos insignificantes, as captações e derivações de águas

superficiais menores ou iguais a 1 litro/segundo e acumulações de

volume máximo igual a 5.000 m³. No caso de captações

subterrâneas, tais como, poços manuais, surgências e cisternas,

são consideradas como insignificantes aquelas com volume

menor ou igual a 10 m3/dia, de acordo com DN CERH MG

09/2004.101

3.6.2.1 - O QUE ESTÁ SUJEITO A OUTORGA?

3.6.2.2 - MODALIDADES DE OUTORGA

Page 104: Apostila meio ambiente

Antes da implantação de qualquer intervenção que venha

alterar o regime, a quantidade ou a qualidade das águas.

As outorgas em águas de domínio do Estado são obtidas junto

à SURAM/IGAM (Lei 13.199/99)

As outorgas em águas de domínio da União são concedidas

pela ANA (lei 9.984/2000)

A cobrança pelo uso da água visa o reconhecimento da água

como um bem natural de valor ecológico, social e econômico,

cuja uti l ização deve ser orientada pelos princípios do

desenvolvimento sustentável, dando ao usuário uma indicação de

seu real valor através do estabelecimento de um preço público

para seu uso.

O objetivo deste instrumento, que está inserido na gestão das

Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, é induzir os

usuários de água, públicos e privados, a utilizar esse recurso natural

de forma mais racional, evitando-se o seu desperdício e

garantindo, dessa forma, o seu uso múltiplo para as atuais e futuras

gerações.

A cobrança não é um imposto, uma vez que sua implementação

ocorrerá por bacia hidrográfica, a partir de iniciativa do respectivo

Comitê de Bacia Hidrográfica. Os recursos financeiros arrecadados

com sua implementação serão revertidos obrigatoriamente para a

bacia onde foram gerados, sendo utilizados no financiamento de

estudos, projetos e obras que visem a melhoria quantitativa e

qualitativa da água da bacia, previstos no seu Plano Diretor de

Recursos Hídricos. 102

3.6.2.3 - QUANDO SOLICITAR OUTORGA

3.6.2.4 - A QUEM SOLICITAR

3.6.3 - COBRANÇA DA ÁGUA

Page 105: Apostila meio ambiente

Nos mesmos moldes da Lei Federal, a Política Estadual de Recursos

Hídricos, instituída pela Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999,

estabeleceu que a cobrança possui como objetivo, dentre outras

finalidades, incentivar a racionalização.

Outros usos que alterem a qualidade, a quantidade ou o regime de

um corpo de água.

Captação de águas subterrâneas por meio de poço manual

(cisterna) ou tubular em nascentes;103

3.6.4 - REGULAÇÃO/ LEGISLAÇÃO

Page 106: Apostila meio ambiente

Desvio, canalização, retificação ou dragagem de curso de água;

104

Aproveitamento Hidrelétrico Tratamento de efluente

Page 107: Apostila meio ambiente

Política Nacional de Gestão de Recursos Hídricos - Lei 9433/ 97

Política Estadual de Gestão de Recursos Hídricos - Lei 13199/ 99

A Água é recurso natural limitado, dotado de valor

econômico;

Uso múltiplo das águas, sendo que consumo humano e

dessedentação de animais são usos prioritários;

A bacia hidrográfica é a unidade territorial de planejamento e

gerenciamento;

Gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos;

Comitês de Bacia Hidrográfica.

3.6.5 - BASE LEGAL

Gestão da Água: ÁGUA É UM BEM LIMITADO! Água é

BEM PÚBLICO de Gestão Descentralizada e Participativa.

Responsabilidade Compartilhada. Não deve haver

sobreposição de Interesses Individuais na Utilização de

um BEM PÚBLICO.

3.6.6 - GESTÃO DA ÁGUA

3.6.6.1 - PRINCIPAIS FUNDAMENTOS

105

Page 108: Apostila meio ambiente

1 - Legislação Ambiental Mineira

Legislação Ambiental Mineira - http://www.siam.mg.gov.br/sla/

Algumas Leis e Deliberações importantes:

Resolução Conjunta IEF/SEMAD Nº 1905 DE 12/08/2013:

Padroniza, racionaliza, simplifica e atualiza os procedimentos autorizativos

vigentes, com vistas à melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo

Sistema Estadual de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos - SISEMA do

Estado de Minas Gerais.

Deliberação Normativa CERH nº 43, de 06 de janeiro de 2014.

Estabelece critérios e procedimentos para a utilização da outorga

preventiva como instrumento de gestão de recursos hídricos no Estado de

Minas Gerais.

A Instrução de Serviço Nº 01, de maio de 2012

Dispõe sobre os procedimentos em caráter EMERGENCIAL, de

intervenção em recursos hídricos.

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD Nº 1964 DE 04 DEZEMBRO DE 2013

A Resolução Conjunta SEMAD/IGAM nº 1964,de 04 de dezembro de 2013,

estabelece os procedimentos para cadastro de obras e serviços

relacionados às travessias aéreas ou subterrâneas em recursos hídricos do

domínio do Estado de Minas Gerais.

De acordo com a norma, ficam dispensadas da obtenção de outorga,

mas sujeitas a cadastramento junto à Secretaria de Estado de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, das seguintes obras

hidráulicas e serviços executados em Minas Gerais:

DOCUMENTOS/INFORMAÇÕES DE APOIO

106

Page 109: Apostila meio ambiente

Travessias sobre corpos de água, como passarelas, dutos e pontes, que

não possuam pilares dentro do leito do rio e que não alteram o regime

fluvial em período de cheia ordinária;

Travessias de cabos e dutos de qualquer tipo, existentes ou a serem

instaladas em estruturas de pontes e em aterros de bueiros, desde que

essas instalações não resulte em redução da capacidade máxima da

seção de escoamento da travessia existente;

Travessias subterrâneas de cabos, dutos, túneis e outras semelhantes,

existentes ou a serem construídas sob cursos de água;

Bueiros que servem de travessias ou se constituírem em parte do sistema

de drenagem de uma rodovia ou ferrovia, tendo como finalidade a

passagem livre das águas.

As travessias aéreas sobre corpos de água de linhas de energia elétrica,

cabos para telefonia e outras semelhantes, existentes ou a serem

construídas, em altura ou desnível tal que não interfiram em quaisquer

níveis máximos de cheia previstos para a seção e sem que as estruturas de

suporte dos cabos ou linhas interfiram com o caudal de cheia, além de

estarem dispensadas de outorga, como nos demais casos acima, ficam

também desobrigadas de apresentarem o cadastro junto a SEMAD.

Contudo, a SEMAD, mediante fundamentação técnica, poderá submeter

qualquer dos casos supra mencionado ao procedimento convencional

de outorga.

O cadastramento não dispensa nem substitui a obtenção de outras

licenças ou autorizações ambientais previstas na legislação em vigor,

devendo ser pleiteado por meio de requerimento específico, na forma do

modelo contido no Anexo da Resolução Conjunta em referência,

disponibilizado no sítio eletrônico.

http://www.semad.mg.gov.br/outorga/formularios

107

Page 110: Apostila meio ambiente

ACONDICIONAMENTO - Termo utilizado na Gestão de Resíduos Sólidos

para designar o ato ou efeito de embalar os resíduos sólidos para o

transporte.

ACONDICIONAMENTO DE LODO - Diz-se do processo de natureza física,

química ou físico-química que tem por finalidade tornar possível a

desidratação, floculação, filtração ou centrifugação do lodo. O mesmo

que condicionamento do lodo.

ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS - Diz-se do ato de embalar os resíduos

visando ao armazenamento, ao transporte, à estocagem, à reutilização, à

reciclagem, ao tratamento ou à disposição final.

ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS - Forma temporária de

acondicionamento de resíduos perigosos em contêineres, tambores,

tanques ou embalagens plásticas à espera de reciclagem, recuperação,

tratamento e/ou disposição final.

AFLORAMENTO ROCHOSO - Parte de um maciço ou camada de rocha, de

qualquer natureza, que chega à superfície do solo em virtude de irrupção

ou desnudamento da capa preexistente. Ex. Afloramento de calcário.

AGÊNCIA DE BACIA - Organismo novo na administração dos bens públicos

do Brasil. As Agências de Bacia têm como objetivo promover a gestão

integrada dos recursos hídricos e demais recursos ambientais de uma

determinada bacia hidrográfica.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA) - Agência criada pela Lei Federal nº

9.984, der 17/07/2000 e que tem como função implementar a Política

Nacional de Recursos Hídricos, disciplinar o uso e articular o planejamento

dos setores usuários desses recursos nos níveis nacional, regional e

estadual.

GLOSSÁRIO

108

Page 111: Apostila meio ambiente

AGENDA AZUL - Diz-se do conjunto de atividades voltadas para a Gestão

de Recursos Hídricos. No Estado de Minas Gerais, o Instituto Mineiro de

Gestão das Águas – IGAM é o órgão do Sistema Estadual de Meio

Ambiente – SISEMA – responsável pela implantação da Agenda Azul. É de

responsabilidade do IGAM o planejamento e a administração de todas as

ações direcionadas à preservação da quantidade e da qualidade dos

recursos hídricos em Minas Gerais.

AGENDA MARROM - Diz-se do conjunto de atividades voltadas para a

fiscalização e controle das atividades industriais, minerarias, de infra-

estrutura e de saneamento. A Agenda marrom é aquela que tem como

responsabilidade a fiscalização e controle de atividades degradadoras e

poluidoras do meio ambiente e, no Estado de Minas Gerais está a cargo

da FEAM.

AGENDA VERDE - Diz-se o conjunto de atividades voltadas para a proteção

e manejo dos recursos florestais e da biodiversidade. No Estado de Minas

Gerais, o Instituto Estadual de Florestas – IEF é o órgão do Sistema Estadual

de Meio Ambiente, responsável pela implantação da Agenda Verde e

tem como missão propor, coordenar e executar as políticas florestais e de

gestão da pesca no Estado de Minas Gerais.

AGENDA 21 - Documento aprovado pela Conferência das Nações Unidas

sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em

1992, que fortalece a idéia de que o desenvolvimento econômico deve

ocorre com equidade social e equilíbrio ecológico.

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL - É o resultado dos métodos alternativos que

utilizam a agricultura ecológica, a biodinâmica e o controle biológico,

visando ao desenvolvimento de uma agricultura com o menor impacto

possível ao meio ambiente e à saúde humana.

AGRIMENSURA - Técnica de medição de superfície de terrenos, de

levantamento de plantas e transcrição para o papel.

109

Page 112: Apostila meio ambiente

AGROTÓXICOS - Produtos químicos destinados ao uso em setores de

produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas,

nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de

outros ecossistemas, e também de ambientes urbanos, hídricos e

industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna,

a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos.

AMBIENTALISMO - Termo utilizado em Ecologia para designar o conjunto

de idéias, ideologia ou movimento em favor do meio ambiente. É o

conjunto de ações e práticas que visam a reverter o quadro de crise

ambiental, de dimensão planetária, que ocorre atualmente.

ARBORIZAÇÃO URBANA - Diz-se da plantação e cultura de árvores em

áreas urbanas com o objetivo de gerar sombra, amenizar o clima e

embelezar as ruas. A arborização urbana, além de ser importante pelo

aspecto estético, deve ser planejada para gerar conforto ambiental e

bem-estar da comunidade.

ÁREA CONTAMINADA - Área onde foi comprovada poluição causada por

depósito, acumulação, armazenamento, enterramento ou infiltração de

substâncias ou resíduos, gerando impactos ambientais negativos.

ÁREA DE ENTORNO - Área que circunda as Unidades de Conservação

delimitada num raio de dez quilômetros, a partir de seus limites.

ÁREA DEGRADADA POR LIXÕES - Área que apresenta alteração adversa

das suas características ambientais em função da disposição

inadequada de lixo, o que causa polução da água, do solo e do ar.

ÁREA DE RESTRIÇÃO AMBIENTAL - Diz-se da área que, em função de suas

particularidades ou da sua fragilidade do ponto de vista ambiental,

apresenta restrições em relação ao desenvolvimento de atividades

potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente.

110

Page 113: Apostila meio ambiente

ÁREA DE RISCO - Diz-se da área que apresenta risco do ponto de vista de

sua ocupação ou desenvolvimento de atividades econômicas, em

função das características geológicas.

ÁREA URBANA - Área compreendida no perímetro urbano definido por lei

municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas. (Lei

Federal nº 4.771, de 15/09/1965).

ASSOREAMENTO - É o processo de obstrução de um corpo d'água (rio,

canal, estuário, lago, etc.) pelo acúmulo de substâncias minerais (areia,

argila...) ou orgânicas, ocasionando a diminuição de sua profundidade e

da velocidade das águas.

ATERRO CONTROLADO - Método de disposição do lixo sobre o solo, em

camadas de 1,0 a 1,5m, cobertas com uma camada de terra ou material

inerte de 10 a 15 cm de espessura, na conclusão de cada jornada de

trabalho. Deve ser feito o isolamento da área, sistema de drenagem

superficial e de valas especiais para disposição de resíduos sépticos.

ATERRO SANITÁRIO - Forma de disposição de resíduos sólidos urbanos no

solo, realizada dentro de critérios técnicos e operacionais que previnem a

poluição e danos à saúde pública.

AUDIÊNCIA PÚBLICA - Forma de consulta aos diversos atores sociais

afetados, direta ou indiretamente, pelos impactos ambientais

decorrentes de planos, programas, atividades e empreendimentos.

“É a reunião destinada a expor à comunidade as informações sobre a

obra ou atividade potencialmente causadora de significativo impacto

ambiental e o respectivo Estudo de Impacto Ambiental – EIA, dirimindo

dúvidas e recolhendo as críticas e sugestões a respeito para subsidiar a

decisão quanto ao seu licenciamento” (Deliberação Normativa COPAM

nº 12, de 13/12/1994, que dispõe sobre a convocação e a realização de

Audiências Públicas).

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Page 114: Apostila meio ambiente

AUTOCLAVE - Equipamento que utiliza vapor de água sob pressão para

esterilizar instrumentos. Atualmente, é também utilizado para esterilizar

Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde.

AUTO DE INFRAÇÃO - Documento emitido por autoridade ambiental

competente, que atesta a existência de uma infração à legislação

ambiental. A infração é devidamente caracterizada no auto, e o autuado

tem prazo legalmente estabelecido para apresentar defesa.

AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO (AAF) - Documento

instituído no Estado de Minas Gerais por meio da Deliberação Normativa

COPAM nº 74, de 09/09/2004, para os empreendimentos considerados de

Impacto Ambiental não significativo e que ficam dispensados processo de

Licenciamento Ambiental.

AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL (APEF) - Diz-se da

autorização dada pelo órgão responsável, para supressão de vegetação

em áreas onde serão implantados empreendimentos industriais,

minerários, florestais, agropecuários, de infra-estrutura urbana, para fins

hidrelétricos, etc.

BIODEGRADÁVEL - Diz-se produto, efluente ou resíduo que se decompõe

pela ação de microorganismos, tornando mais fácil a sua assimilação pelo

meio ambiente.

BIODIVERSIDADE - “Significa a variabilidade de organismos vivos de todas

as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres,

marinhos, e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de

que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de

espécies, entre espécies e de ecossistemas”.

CAPINA QUÍMICA - Diz-se da eliminação de vegetais realizada por meio

da aplicação de produtos químicos que, muitas vezes, além de matá-los,

impedem o seu crescimento. Deve ser feita de forma cuidadosa para

evitar a poluição das águas e do solo.112

Page 115: Apostila meio ambiente

CHORUME - Líquido escuro, malcheiroso, que apresenta elevada

demanda bioquímica de oxigênio – DBO e é altamente poluente. Tem

composição e quantidade variáveis e afetam sua composição, entre

outros fatores, o índice pluviométrico e o grau de compactação das

células do lixo. Deve ser tratado dentro de critérios técnicos para não

poluir o solo e as águas superficiais e subterrâneas.

CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL (COPAM) – Conselho

normativo e deliberativo que integra o sistema de meio ambiente do

Estado de Minas Gerais, e foi criado em 29/04/1977. Visando a ampliação

da representat iv idade do COPAM e a p romoção de sua

descentralização, foram implantadas as Unidades Regionais Colegiadas

do COPAM.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) – Órgão colegiado,

representativo dos mais diversos setores do Governo e da sociedade que

tem direta ou indiretamente interveniência com relação aos aspectos

ambientais.

CONTROLE AMBIENTAL - É o conjunto de ações tomadas pelo poder

público e por particulares, visando manter, em níveis satisfatórios, as

condições ambientais e a qualidade de vida da população. O poder

público exerce o controle ambiental de acordo com a Política e a

Legislação Ambiental, utilizando instrumentos, tais como: padrões de

lançamento de efluentes, padrões de qualidade ambiental, zoneamento

ambiental, fiscalização e licenciamento ambiental, monitoramento

ambiental.

DANO AMBIENTAL - Considera-se dano ambiental qualquer efeito

deletério causado ao meio ambiente por pessoa física ou jurídica, de

direito público ou privado. O dano pode resultar na degradação da

qualidade ambiental – alteração adversa das características do meio

ambiente – ou em poluição.

113

Page 116: Apostila meio ambiente

EDUCAÇÃO AMBIENTAL - É processo de formação social orientado para o

desenvolvimento de uma consciência crítica sobre a problemática

ambiental. Prevê o desenvolvimento de atitudes que levem à

preservação e ao controle ambiental, e de habilidades e instrumentos

tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais.

INVENTÁRIO AMBIENTAL - É o levantamento minucioso e sistemático

resultante da análise, identificação e coleta de informações sobre os

recursos ambientais de uma região ou área de estudo.

LICENÇA AMBIENTAL - “Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental

competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle

ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa

f í s ica ou jur ídica, para local izar, instalar, ampl iar e operar

empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob

qualquer forma, possam causar degradação ambiental” (Resolução

CONAMA n° 237, de 19/12/1997).

LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) – Licença que “autoriza a instalação do

empreendimento ou atividade de acordo com as especificações

constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as

medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual

constituem motivo determinante”.

LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) – Licença que autoriza a operação da

atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo

cumprimento do que consta das licenças anteriores. As licenças

ambientais poderão ser expedidas, isolada ou sucessivamente, de acordo

com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade.

Na fase de LO, é feita vistoria ao empreendimento para verificar se os

projetos de controle ambiental foram implantados, conforme aprovados

na fase anterior, se estão de acordo com a legislação ambiental vigente e

com os estudos ambientais.

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Page 117: Apostila meio ambiente

LICENÇA PRÉVIA (LP) – Licença “concedida na fase preliminar do

planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua

localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e

estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos

nas próximas fases de sua implementação”.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL – Procedimento administrativo pelo qual o

órgão ambiental competente licencia a localização, instalação,

ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras

de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente

poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar

degradação ambiental.

LICENCIAMENTO CORRETIVO - Procedimento corretivo utilizado para os

empreendimentos instalados anteriormente à legislação ambiental, ou

que estejam em desacordo com a legislação ambiental.

MEIO AMBIENTE - Conjunto de condições, leis, influências e interações de

ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em

todas as suas formas.

(Lei Federal nº 6.938, de 31/08/1981, que dispõe sobre a Política Nacional

do Meio Ambiente).

OUVIDORIA AMBIENTAL - Sistema utilizado pelos órgãos ambientais com o

objetivo de receber, tramitar e encaminhar sugestões, reclamações,

denúncias e propostas enviadas à instituição, fornecendo ao interessado

informações sobre os encaminhamentos e soluções dados às questões

demandadas.

PASSIVO AMBIENTAL - Diz-se dos custos e responsabilidades, referentes às

atividades de adequação de um empreendimento potencialmente

poluidor aos requisitos da legislação ambiental e à compensação por

danos ambientais causados a terceiros.

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Page 118: Apostila meio ambiente

PATRIMÕNIO ESPELEOLÓGICO - é o “conjunto de elementos bióticos e

abióticos, socioeconômicos e histórico-culturais, subterrâneos ou

superficiais, representados pelas cavidades naturais subterrâneas ou a

estas associados – Decreto Federal n° 99.556, de 01/10/1990, que dispõe

sobre a proteção das cavidades naturais subterrâneas existentes no

território nacional.

PERÍCIA AMBIENTAL - é a perícia realizada para elucidar aspectos

ambientais, com o objetivo de avaliar circunstâncias e relações de

responsabilidade e de causa-efeito, além de analisar o nível de

comprometimento dos recursos ambientais e da qualidade ambiental.

PESQUISA MINERAL - “Execução dos trabalhos necessários à definição da

jazida e à avaliação e determinação da exeqüibilidade do seu

aproveitamento econômico” (Decreto-Lei nº 227, de 22/02/1967).

PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA) - É um dos documentos técnicos

necessários ao Licenciamento Ambiental: é exigido pela Resolução

CONAMA N° 09, DE 06/12/1990, para concessão de Licença Ambiental. O

Plano de Controle Ambiental deve propor as medidas mitigadoras para os

impactos ambientais, visando solucionar os problemas detectados.

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE (PGRSS) -

Documento integrante do processo de Licenciamento Ambiental,

baseado nos princípios da não-geração de resíduos e na minimização da

geração de resíduos que, de acordo com a Resolução CONAMA nº 358,

de 29/04/2005, disciplina as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos

serviços de saúde, contemplando os aspectos referentes à geração,

segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,

reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde

pública e ao meio ambiente.

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Page 119: Apostila meio ambiente

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) - Documento

técnico necessário ao Licenciamento Ambiental das atividades

minera0rias; prevê a recuperação de áreas degradadas e o seu uso

futuro. O dever de recuperar o meio ambiente degradado pela

exploração de recursos minerais foi instituído pela Constituição Federal, de

1998, em seu Art. 225, &2º.

RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL (RCA) - é um documento técnico,

necessário ao licenciamento ambiental e, deve ser elaborado de acordo

com as diretrizes dos órgãos ambientais.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL (RADA) -

Documento apresentado ao órgão ambiental do Estado de Minas Gerais

para a renovação da licença de operação (LO), que tem prazo de

validade de acordo com a classificação do empreendimento quanto ao

porte e potencial poluidor.

RESERVA BIOLÓGICA – Categoria de Unidade de Conservação que

pertence ao grupo das Unidades de Proteção Integral e “tem como

objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais

existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou

modificações ambientais.” É de posse e domínio públicos, sendo que as

áreas particulares incluídas aos seus limites são desapropriadas de acordo

com o que dispõe a lei.

RESERVA LEGAL – Diz-se do percentual da propriedade, que apresenta

restrições de uso, com o objetivo de manter as características da área, a

diversidade biológica e o patrimônio genético.

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) – Categoria de

Unidade de Conservação que faz parte das unidades de uso sustentável e

“é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de

conservar a diversidade biológica” (Lei Federal nº 9.985, de 18/07/2000).

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Page 120: Apostila meio ambiente

RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS) – “São todos aqueles

resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde que, por suas

características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo,

exigindo, ou não, tratamento prévio à sua disposição final”. (Resolução

CONAMA nº 358, de 20/04/2005).

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – São os resíduos gerados nas atividades

urbanas de origem domiciliar, comercial, hospitalar, industrial e de limpeza

das ruas e praças (lixo público).

SUSTENTABILIDADE – Termo utilizado para designar o resultado do equilíbrio

entre as dimensões ambiental, econômica e social nos empreendimentos

humanos. De acordo com a ONU - Organização das Nações Unidas, a

vida é sustentável quando é possível dispor de no mínimo 1 mil m³ por

habitante/ano.

USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM – Usina que promove a separação do

lixo e realiza a compostagem das frações orgânicas dos resíduos sólidos. É

uma instalação dotada de pátio de compostagem e do conjunto de

equipamentos destinados a promover e auxiliar o tratamento.

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – Expressão utilizada em planejamento

territorial para designar a forma e o processo de utilização do solo e o

modo de assentamento.

USO SUSTENTÁVEL – Exploração do ambiente, de forma socialmente justa e

economicamente viável, de maneira a garantir a perenidade dos

recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos e, a

manutenção da biodiversidade.

VALORAÇÃO AMBIENTAL – Atribuição de valores monetários aos Ativos e

Passivos Ambientais.

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Page 121: Apostila meio ambiente

ZONA DE AMORTECIMENTO – Diz-se do entorno de uma Unidade de

Conservação, onde as atividades antrópicas estão sujeitas a normas e

restrições específicas, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais

negativos incidentes na Unidade de Conservação.

ZONA DE USO ESTRITAMENTE INDUSTRIAL (ZEI) – Área que se destina,

preferencialmente, à localização de empreendimentos industriais cujos

resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e

radiações possam causar perigo a saúde, ao bem-estar e à segurança

das populações. (Lei Federal nº 6.803, de 02/07/1980).

ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO (ZEE) – É o zoneamento que, na

área de proteção ambiental, estabelece as normas de uso, de acordo

com as condições locais bióticas, geológicas, urbanísticas, agro-pastoris,

extrativistas, culturais e outras... (Resolução CONAMA nº 010, de

14/12/1988).

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