81620096 apostila gestao integrada de meio ambiente saude e seguranca no trabalho

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Segurança do Trabalho GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO WAGNER TEIXEIRA DOS SANTOS

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Segurança do Trabalho

GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

UNIVERSIDADE DE

SANTO AMARO

WAGNER TEIXEIRA DOS SANTOS

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WAGNER TEIXEIRA DOS SANTOS

GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

São Paulo

2009

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WAGNER TEIXEIRA DOS SANTOS

GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

São Paulo

2009

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 7

2 CONCEITUAÇÃO DO SGIMASST 9

2.1 Definição de Sistema de Gestão 9

2.2 Abordagem por Processos 9

2.3 Introdução ao Sistema de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho 11

2.4 Introdução ao Sistema de Gestão do Meio Ambiente 13

2.5 Cultura de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) 14

2.6 Sistema de Gestão Integrado de Meio Ambiente, Saúde e Segurança no

Trabalho

16

3 PLANEJAMENTO DO SGIMASST 18

3.1 Requisitos Gerais 18

3.2 Política 19

3.2.1 Política SSO 19

3.2.2 Política Meio Ambiente 20

3.2.3 Política Integrada SGIMASST 20

3.3 Planejamento 22

3.3.1 Identificação de Perigos, Avaliação e Controle de Riscos 22

3.3.2 Identificação de Aspectos e Avaliação de Impactos Ambientais 23

3.3.3 Requisitos Legais e Outro Requisitos 27

3.3.4 Objetivos e Metas 28

3.3.5 Programa(s) de Gestão 30

4 EXECUÇÃO DO SGIMASST (IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO) 31

4.1 Recursos, Funções, Responsabilidades e Autoridades 31

4.2 Treinamento, Conscientização e Competência 32

4.3 Consulta e Documentação 33

4.4 Documentação 33

4.5 Controle de Documentos e Dados 35

4.6 Controle Operacional 35

4.6.1 Controle Operacional da SSO 36

4.6.2 Controle Operacional do Meio Ambiente 38

4.7 Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências 40

4.7.1 Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências da SSO 40

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ii

4.7.2 Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências do Meio Ambiente 41

5 VERIFICAÇÃO DO SGIMASST 42

5.1 Medição e Monitoramento de Desempenho 42

5.2 Registros e Gestão de Registros 44

5.3 Auditoria Interna 46

6 CORREÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA DO SGIMASST 49

6.1 Não-Conformidades e Ações Corretivas e Preventivas 49

6.1.1 Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas

da SSO

49

6.1.2 Não-Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas do Meio Ambiente 51

6.2 Análise Crítica 51

6.3 Melhoria Contínua 53

7 INTEGRANDO OUTROS SISTEMAS DE GESTÃO 56

7.1 Sistema de Gestão da Qualidade 56

7.2 Responsabilidade Social 57

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 58

REFERÊNCIAS 60

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7

1 INTRODUÇÃO

Do ponto de vista meramente etimológico, ou seja, do estudo da origem e da evolução

das palavras, o conceito da palavra trabalho tem a sua origem na palavra latina tripaliare, ou

martirizar com o tripalium, instrumento utilizado para tortura; associando historicamente o

trabalho com algo relacionado à aflição, dores, labuta, entre outros. Durante muitos séculos, o

trabalho foi sinônimo de castigo e da necessidade de conseguir mão de obra escrava;

salientando que a maioria das guerras, tinha como objetivo a conquista de território, além do

recrutamento de mão-de-obra escrava (MORAES: 2004).

Nos dias atuais, o trabalho tem um foco mais nobre, envolvendo a aplicação das forças

e faculdades humanas, físicas e/ou intelectual, visando alcançar objetivos em troca de

remuneração, mediante condições dignas de segurança e saúde, relacionando o ato de

trabalhar a uma atividade coordenada necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou

empreendimento (MORAES: 2004). Alinhando-se a esta realidade, BENITE defende que o

contexto social, econômico, político, e tecnológico vêm ocorrendo mudanças no mundo e no

Brasil, em que as empresas, como agentes sociais, podem trazer uma grande contribuição para

diminuição de acidentes, fato que só é possível, caso as empresas adotem modelos

tradicionais de gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) (BENITE: 2004).

Em relação ao meio ambiente, é importante alertar que as conseqüências ambientais

adversas da ação do homem vêm tomando proporções alarmantes nas diversas regiões do

globo. A aglomeração de pessoas nos países desenvolvidos e nos em desenvolvimento, vem

apresentando efeitos destrutivos no meio ambiente. Devido a este fato, há uma busca intensa

de alternativas e soluções, e a comunidade internacional vem pressionando os governos

locais, por meio de conferências e tratados, a adotarem e estimularem a adoção de medidas

concretas na conservação do meio ambiente (SEIFFERT: 2006).

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8

No que tange a gestão ambiental, os países desenvolvidos possuem exigências legais e

normativas, as quais obrigam as empresas a implantarem programas de gerenciamento

ambiental, a fim de atender as restrições de mercado e proliferação dos “selos verdes”. Em

relação ao Brasil, apesar dos empresários considerarem os problemas ambientais como

secundários, o governo publicou uma série de regulamentações a partir da década de oitenta,

restringindo a poluição industrial; medidas que impulsionaram uma série de mudanças na

forma de produção das organizações, deixando evidente que, assim como os demais países, as

empresas brasileiras foram nitidamente obrigadas, pela intervenção governamental a adotarem

o mecanismo de gestão ambiental (SEIFFERT: 2006).

Objetiva-se, aqui, mostrar a importância de um Sistema de Gestão Integrado de Meio

Ambiente, Saúde e Segurança no Trabalho (SGIMASST), o qual proporcionará as

organizações além de atenderem os requisitos legais aplicáveis, agregarem valores ao

“conceito do negócio”, preservarem o meio ambiente e a segurança e saúde do trabalhador e

caso aplicável buscarem a certificação.

A seção “Conceituação do SGIMASST” descreve em linhas gerais as características do

SGIMASST; O “Planejamento do SGIMASST” estabelece objetivo e processos necessários

para atingir os resultados em concordância com a política do SGIMASST; “Execução do

SGIMASST” define a implementação e operação dos processos do SGIMASST; “Verificação

do SGIMASST” esclarece como o monitorar e medir dos processos do SGIMASST;

“Correção, Análise e melhoria do SGIMASST” visa agir continuamente para melhorar o

desempenho do SGIMASST; “Integrando outros Sistemas de Gestão” é uma abordagem

simplificada da integração do SGIMASST, com o sistema de Gestão de Qualidade e

Responsabilidade Social; e depois disso, as “Considerações Finais” fecham à apresentação

dos conceitos do SGIMASST; e em “Referências” acham-se alistadas as fontes consultadas.

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2 CONCEITUAÇÃO DO SGIMASST

2.1 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO

Um sistema é composto de vários subsistemas, que trabalham de forma sincronizada

para atender a um objetivo comum para qual o sistema foi instituído (MARANHÃO: 2005).

“O termo “Gestão” está associado a um conjunto de práticas gerenciais necessárias ao

processo de planejamento, avaliação, controle e monitoramento dos processos produtivos.

Assim, Sistema de Gestão é a forma sistemática de conduzir políticas organizacionais

mediante a aplicação de um conjunto de ações para se alcançar os objetivos e metas

corporativas” (MORAES: 2004).

2.2 ABORDAGEM POR PROCESSOS

A NBR ISO 9001:2005 define processo como: “conjunto de atividades inter-

relacionadas ou interativas que transformam entradas em saídas”. Na realidade tudo o que

acontece na terra, tudo que percebemos ou fazemos são processos; a cada processo

identificamos a presença de três agentes: entrada, transformação e resultado da

transformação. A Figura 1 exibe o que denominamos intuitivamente de processo.

Figura 1 – Modelo de um processo genérico

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10

A agregação de valor é essencial na compreensão básica sobre processos, ou seja, o

ato de agregar valor em um processo é a diferença de valor entre o produto (saída) e soma dos

valores das entradas (matérias primas, serviços ou informações). A procura por melhorias

estruturais e consistentes tem obrigado as organizações a reverem a direção das suas

atividades, buscando de forma mais abarcante, que essas atividades sejam analisadas não em

termos de função, áreas ou produtos, mas de processo de trabalho (MARANHÃO: 2004).

A NBR ISO 9001:2005 traz o seguinte esclarecimento sobre a importância da

abordagem por processo: “Para que as organizações funcionem de forma eficaz, elas têm que

identificar e gerenciar processos inter-relacionados e interativos. Quase sempre, a saída de um

processo se constitui na entrada do processo seguinte. A identificação sistemática e a gestão

dos processos empregados na organização, e, particularmente, as interações entre tais

processos são conhecidas como “abordagem de processos””.

Apesar de toda potencialidade a abordagem por processos, ainda não está devidamente

compreendida pelas organizações. A gestão organizacional com foco na abordagem por

processos provoca grandes melhorias na forma em que às atividades são realizadas,

proporcionando as organizações a oferecerem produtos e serviços de qualidade, aplicando

processos eficientes e eficazes para produzi-los e vende-los (MARANHÃO: 2004).

Em relação aos sistemas de gestão a abordagem por processo é uma realidade presente

e exigida pelas normas de Qualidade, SSO e Meio Ambiente.

Ao longo de toda a NBR ISO 9001:2008 encontramos aproximadamente 85 vezes

citação ao termo “processo”. Já na introdução no tópico 0.2 versão 2000 verificamos a

aclamação a abordagem por processo; quando a norma faz referência à importância da adoção

de uma abordagem de processo para o desenvolvimento, implementação e melhoria da

eficácia de um sistema de gestão da qualidade para aumentar a satisfação do cliente por meio

deste atendimento.

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11

A OHSAS 18002 cita o termo “processo” aproximadamente 98 vezes. Ao definir

diretrizes para implementação da Política da SSO (Requisito 4.2); os tópicos Entradas típicas,

Processo e Saída típica apresentam de forma explicita a abordagem por processo, abordagem

esta que é evidente no decorrer dos demais requisitos da OHSAS 18002.

A NBR ISO 14001:2004 apresenta o contexto de abordem por processos logo na

introdução, quando menciona a seguinte nota: “Esta norma é baseada na metodologia

conhecida como Plan-Do-Check-Action (PDCA)/(Planejar-Executar-Verificar-Agir), ou seja,

planejar, implementar, verificar e agir os processos do sistema de gestão ambiental. A norma

ainda aborda que diversas organizações gerenciam as suas operações através da aplicação de

um sistema de processo e suas inteirações, que podem ser denominados como “abordagem de

processos” e que o ciclo PDCA pode ser aplicados a todos estes processos, assim como na

NBR ISO 9001:2008.

2.3 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA NO

TRABALHO

Como o aparecimento do trabalho se funde com a origem dos acidentes, houve-se a

necessidade da criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no início do século

XX, quando na ocasião a proteção jurídica do trabalho ganhou força. A idéia inicial era de

uma instituição trabalhista internacional, objetivando o resultado das reflexões éticas e

econômicas sobre os impactos ao homem devidos o crescimento da revolução industrial. No

ano de 1950, ou seja, a mais de cinqüentas anos atrás, o comitê Misto da Organização

Mundial de Saúde (OMS) e da OIT definiram os seguintes princípios (MORAES: 2004):

“A Saúde Ocupacional tem como objetivos: a promoção e

manutenção do mais alto grau de bem-estar físico, mental e social dos

trabalhadores em todas as ocupações; a prevenção entre os

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trabalhadores, de desvios de saúde causados pelas condições de

trabalho; a proteção dos trabalhadores em seus empregos, dos riscos

resultantes de fatores adversos à saúde; a colocação e manutenção do

trabalhador adaptadas às aptidões fisiológicas e psicológicas, em

suma: a adaptação do trabalho ao homem e cada homem a sua

atividade (Junqueira, 1976, p.58)”.

O governo brasileiro ratificou a Recomendação 171, colocando em ordem os Serviços

de Saúde Ocupacional e a Recomendação 161, sobre a necessidade de instituir serviços

médicos aos trabalhadores, que foram promulgadas pela OIT em 1985, recomendações que

possuem “visão essencialmente preventiva”. Estas resoluções valorizaram e deram autonomia

aos profissionais de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do

Trabalho (SESMT). E suma, a OIT, Organização Não-Governamental (ONG) e sindicatos

influenciam para que as negociações econômicas mundiais contenham aspectos relacionados

à proteção do menor, eliminação do trabalho escravo e indigno, combate a pobreza, inclusão

social e proteção ambiental (MORAES: 2004).

Outro fato a ser incorporado ao nosso raciocínio é que apesar da melhoria da qualidade

da legislação a redução dos acidentes de trabalho não é alguma coisa simples de resolver. Em

08 de junho de 1978, foi aprovada a portaria nº. 3214, a qual estabelece as Normas

Regulamentadoras (NR´s); acrescido ao estabelecimento das NR´s pelo governo brasileiro

houve em paralelo a modernização tecnológica, e apesar destas importantes ferramentas a

prevenção de acidentes ainda é precária. Objetivando o fechamento das lacunas em relação à

SSO é que o Sistema de Gestão em Segurança do Trabalho (SGST) ganha importância, pois a

implementação de ferramentas gerencias irá auxiliar na melhoria contínua do desempenho em

relação à SSO, o que é de suma importância para a empresa, trabalhadores e sociedade

(BENITE: 2004).

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Visando o aprimoramento do SGST foram desenvolvidas normas e guias para o

assunto, tendo a Grã-Bretanha com participação de destaque neste processo, através da British

Standards seu organismo normalizador. Como exemplo deste pioneirismo em 1996 foi

publicada a norma BS 8800, a qual propõe uma série de elementos que compõem o SGST.

Em 1999 foi aprovada a BSI OHSAS 18001, a qual é uma “especificação” para Sistemas de

Gestão de Saúde Ocupacional e Segurança - OH&S; a OHSAS foi conjuntamente

desenvolvida por alguns organismos de certificação de terceira parte, incluindo o LRQA,

organismos nacionais de normas da Irlanda, África do Sul, Espanha, Malásia, Austrália e

outras partes interessadas de todo o mundo, incluindo a Federação de Funcionários de

Engenharia do Reino Unido (BENITE: 2004).

2.4 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE GESTÃO DO MEIO AMBIENTE

O meio ambiente natural pode ser definido pelo conjunto dos elementos como o solo,

água, ar, flora e fauna, ou seja, recursos naturais ou ecológicos e sistema de elementos

bióticos e abióticos. Em relação aos Fundamentos de Cultura de Segurança, Meio Ambiente e

Saúde (SMS) o conceito de meio ambiente, pode ser estendido como tudo aquilo que nos

rodeia incluindo meio ambiente de trabalho e a comunidade (MORAES: 2004).

Ainda em relação ao meio ambiente, devemos entender que as atitudes de pessoas e

empresas em determinados locais do globo, estão sujeitas a serem percebidas nos locais mais

distantes do globo. Devendo o sistema ambiental ser entendido como um elemento único e

indivisível, ou seja, como: a aldeia global (BARBOSA FILHO: 2001).

A realidade degenerativa do meio ambiente aumentou as exigências dos consumidores

em relação às questões ambientais, para fundamentar estas exigências ampliam-se cada vez

mais as legislações nacionais e internacionais, as quais estão a cada dia mais restritas e

coercitivas. Países como Japão, Alemanha e Inglaterra, que já causaram austeros danos ao

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meio ambiente, criaram barreias alfandegárias que podem inviabilizar a produção de produtos

rotulados como agressivos à condição ambiental. A atividade produtiva focando o meio

ambiente exige uma gama variada de cuidados, tais como: matérias-primas, embalagem e sua

destinação final, reciclagem e recuperação de materiais, geração de resíduos, entre outros

(BARBOSA FILHO: 2001).

Uma das maneiras das organizações atenderem a legislação vigente, além de exercer a

responsabilidade social em relação aos anseios dos consumidores, entre outras exigências

ambientais é atendendo os requisitos das normas ISO 14000 (BARBOSA FILHO: 2001).

2.5 CULTURA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS)

Devido a uma série de acidentes industriais catastróficos, as organizações, a partir da

década de oitenta, passaram a repensar sobre o atual conceito da Cultura de Segurança, Meio

Ambiente e Saúde (SMS). Na medida em que os acidentes e o processo de evolução

organizacional começaram a ser estudados, perceberam-se uma evolução significativa em

relação ao indivíduo, as questões técnicas e situacionais; concretizando assim a constituição

de um modelo de Cultura de SMS, ou seja, o sucesso de cultura de SMS tem como caminho

obrigatório a mudança comportamental (MORAES: 2004).

Somando ao conceito de Cultura de SMS foi desenvolvida uma série de literatura

especializada sobre Cultura de SMS, as quais apresentam uma diversidade de situações, sendo

que, a maioria delas envolve aspectos relacionados aos valores, crenças, e princípios. É

importante destacar que os colaboradores trabalham em uma dura incompatibilidade social, as

quais envolvem as diversas realidades sócias econômicas e culturais em detrimento ao

ambiente organizacional; com base nisto, faz-se necessário, uma reflexão de como melhorar a

qualidade de vida dentro e fora das organizações, diminuindo assim estes paradoxos

(MORAES: 2004).

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“Atitudes valem mais do que pactos de boas intenções!”. Utilizando-se de ferramentas

como a de pesquisas organizacionais percebe-se que o nível de Cultura do SMS pode ser

influenciado por forças externas e internas, tais como: acionistas, sindicatos, órgãos de

fiscalização, ONG, entre outros; acidentes dentro da organização ou fora de suas

dependências, são exemplos de fatores externos, os quais colaboraram profundamente para

mudar a Cultura do SMS (MORAES: 2004).

Diversas organizações têm mostrado crescente interesse em implementar uma Cultura

do SMS como parte integrante do Sistema de Gestão, no entanto, a implementação desta

cultura não é imposta apenas pelo desejo da Alta Administração. O sucesso da implementação

de Cultura do SMS deve ser encarado como um processo gradativo, resultante de ações

sistemáticas, pré-definidas e participativas, proveniente da vontade da quebra de paradigmas

do direcionamento de valores, hábitos e das atitudes de todos os níveis hierárquicos da

organização. Para tanto a implementação de um programa de SMS é vital para influenciar a

mudança de atitudes e comportamento, devendo este programa deve envolver (MORAES:

2004):

a) Limpeza, higiene e organização;

b) Avaliação da saúde ocupacional;

c) Valorização e motivação do indivíduo;

d) Definição das tarefas básicas;

e) Disciplina e atribuição de níveis e autoridades e responsabilidades;

f) Apoio social aos funcionários;

g) Elaboração e atendimento aos procedimentos;

h) Treinamento sobre conscientização de segurança;

i) Registros de acidentes, incidentes e não-conformidades;

j) Implementação de técnicas identificação de acidentes;

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k) Cidadania e ética no trabalho;

l) Campanha de reconhecimentos de atitudes pró-ativas.

“Conclui-se que: a evolução da cultura depende da capacidade de convencimento a

partir de um processo árduo de negociação interna com os diversos autores responsáveis pelo

sucesso do sistema de estão” (MORAES: 2004).

2.6 SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO DE MEIO AMBIENTE, SAÚDE E

SEGURANÇA NO TRABALHO

Como áreas de Qualidade e Meio Ambiente, sempre foram independentes da gestão de

SSO, a implementação do SGIMASST torna-se uma empreitada complexa, uma vez, que os

diversos elementos da série de Norma ISO 9000, OHSAS 18001, ISO 14000 e SA 8000,

devem ser considerados para o sucesso da implementação e eventual certificação do sistema

de gestão. Devido o crescimento e importância da gestão de SMS nas organizações, os

profissionais do SESMT, foram forçados a mudar a sua postura e imagem de fiscal para

assessor, obrigando estes profissionais a reverem os seus conceitos e formas de abordagem. A

dificuldade na implementação o Sistema de Gestão Integrado (SGI), proporcionou a

surgimento do profissional de SMS; o qual não precisa ser um profissional do SESMT e sim

um colaborador com conhecimento em gestão (MORAES: 2004).

O ciclo PDCA (Planejar, Executar, Verificar e Atuar) é uma ferramental chave para a

implementação do SGIMASST, contudo o nível de Cultura de SMS é fundamental para o

sucesso da implementação do sistema de gestão SMS, visando ou não uma certificação de

terceira parte (MORAES: 2004).

Infelizmente existem diversos exemplos de organizações que estão mais preocupadas

com auditorias de manutenção, auditorias de terceira parte, responsáveis pelo papel de

certificação e conseqüente possibilidade de alcançar grandes contratos, uma vez que:

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“Certificação não é passaporte para o Céu!”, ou mesmo, a garantia da quebra de paradigmas,

visando a o bem estar das pessoas e organizações em relação à cultura organizacional. Por

isso há três tipos de empresas em relação as questão de SMS, a saber: as reativas, as

conservadoras e as pró-ativas, conforme Tabela1 abaixo (MORAES: 2004):

Postura Reativa

Desconhecimento da legislação aplicada às atividades,

produtos e serviços da empresa.

Solução de Problema/Adoção de Ações em razão de:

• pressão da sociedade;

• determinação do órgão de controle e/ou do Ministério

Público, através de termos de compromisso ou Termos

de Ajustamento de Conduta;

• decisão judicial.

Postura Conservadora

Conhecimento da legislação aplicada às atividades/produtos e

serviços da empresa;

Gerenciamento voltado para atender e cumprir legislação

ambiental.

Postura Pró-Ativa

Conhecimento da legislação aplicada às atividades/produtos e

serviços da empresa;

Gestão pró-ativa e de excelência, com o gerenciamento

voltado para ir além do atendimento e do cumprimento da

legislação;

Antecipações do problema futuros através da prevenção e

gerenciamento de riscos;

Integração dos diversos setores ao planejamento estratégico da

empresa.

Tabela 1 – Diferenças entre as questões de implementação de SMS

1 Fonte: MALHEIROS, 2002. Adaptação

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18

3 PLANEJAMENTO DO SGIMASST

Analisando os elementos das normas ISO 14001 e OHSAS 18001, percebemos que as

fases de planejamento e execução irão demandar mais tempo e recursos financeiros. É

importante esclarecer que o planejamento é a base para o sucesso de qualquer sistema de

gestão, uma vez, que sem planejamento, metas e objetivos, é impossível chegar a lugar

qualquer. Em relação ao aos conceitos do planejamento, em primeiro lugar devemos entender

a diferença entre é meta e objetivo (MORAES: 2004):

Meta é um alvo de longo prazo. Exemplo: “Vazamento de Óleo Zero” ou

“Queima Zero”;

Objetivo é um alvo em curto prazo, ou seja, um meio para se atingir uma meta

final. São exemplos de objetivos:

a) Aumentar o número de campanhas SMS em 10%;

b) Reduzir em 20% a Taxa de freqüência de acidentes com afastamento

(TFCA);

c) Reduzir em 40% a emissão gasosa dos queimadores;

d) Aumentar em 30% as verbas de treinamento.

3.1 REQUISITOS GERAIS

A OHSAS 18001:2007 foi desenvolvida para ser compatível com a NBR ISO

14001:2004, de forma a facilitar a integração dos sistemas de gestão ambiental e segurança e

saúde no trabalho nas organizações. Seguindo a mesma linha a NBR ISO 14001:2004

esclarece na sua introdução, que os seus requisitos não incluem especificação de outros

sistemas de gestão, tais como de qualidade, segurança e saúde ocupacional, finanças ou

gerenciamento de riscos, apesar dos seus elementos serem alinhados ou integrados com estes

sistemas de gestão.

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19

Em linhas gerais a implementação de um SGIMASST, com base na OHSAS

18001:2007 e na NBR ISO 14001:2004, obriga a organização a estabelecer, documentar,

implementar, manter e melhorar continuamente o seu SGIMASST.

3.2 POLÍTICA

O termo “política” é definido como uma manifestação de intenções, previstas, nas

diretrizes organizacionais, que determinarão e influenciarão as tomadas de decisões

(MORAES: 2006). Outra definição é que a política de uma organização seja entendida como

um conjunto de intenções sobre um determinado assunto (Figura 2) (SEIFFERT: 2006).

Figura 2 – Política organizacional e seus desdobramentos

3.2.1 Política SSO

A política da SSO é uma carta de intenções, a qual deve compor pontos que sejam

efetivamente atendidos pela organização e que possam ser evidenciados de forma clara. É

essencial que a política defina o direcionamento e os princípios de atuação em relação à SSO

(BENITE: 2004).

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20

3.2.2 Política Meio Ambiente

Segundo a NBR ISO 14001:2004, em seu anexo A (Orientações para uso desta

Norma) “A política ambiental é a força motriz para a implementação e aprimoramento do

sistema de gestão ambiental de um a organização, permitindo que seu desempenho ambiental

seja mantido e potencialmente aperfeiçoado”.

3.2.3 Política Integrada do SGIMASST

Quanto à integração da política do SGIMASST é importante observarmos que tanto na

OHSAS 18001:2007 como na NBR ISO 14001:2004 a política seja definida, autorizada e

assegurada pela AA, abaixo apresentamos uma de relação entre a determinação da política

integrada entre as duas normas, quando a política deve:

a) ser apropriada à natureza, escala e impactos ambientais das atividades, produtos e

serviços e à natureza e escala dos riscos de SSO da organização;

b) incluir o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção de

poluição e da SSO;

c) incluir o comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis e outros

requisitos subscritos pela organização do Meio Ambiente e Segurança e Medicina

do Trabalho;

d) fornecer uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e metas

ambientais;

e) ser documentada, implementada e mantida em relação Meio Ambiente e SSO;

f) ser comunicada a todos os que trabalhem na organização ou atuem em seu nome e

eles tenham conhecimento de suas obrigações individuais em relação a SSO;

g) esteja disponível para as partes interessadas; e

Page 20: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

21

h) seja periodicamente analisada criticamente, para assegurar que ela permanece

pertinente e apropriada à organização.

Abaixo estaremos apresentando um exemplo de Política Ambiental e de SSO, através

da qual se pode notar o formato e conteúdo em relação à natureza da organização (BENITE:

2004).

HENKEL LOCTITE ADESIVOS LTDA.

POLÍTICA AMBIENTAL E DE SEGIRANÇA E SAÚDE ORGANIZACIONAL

Henkel Loctite Adesivos Ltda., fabricante de adesivos e produtos complementares, declara

que todos os seus processos devem ser estabelecidos de maneira segura e apropriada,

assegurando a preservação do meio ambiente, e a proteção de todos os seus colaboradores e

da comunidade.

Estamos comprometidos com a melhoria contínua em todos os aspectos referentes à Saúde,

Segurança e Meio Ambiente, assegurando:

A implementação e manutenção do Sistema de Gestão de Saúde, Segurança e Meio

Ambiente.

O fornecimento de recursos necessários para atingimento dos Objetivos e Metas relativos

à Saúde, Segurança e Meio Ambiente.

O atendimento a todos os requisitos legais aplicáveis aos processos e produtos.

O atingimento da melhoria contínua dos processos e produtos, visando à prevenção de

poluição e de acidentes.

A promoção da conscientização e do comprometimento de todos os seus colaboradores.

A manutenção de canais de comunicação com a comunidade e autoridades locais.

Assinatura dos diretores.

Tabela 2 – Exemplo de Política de SGIMASST (Fonte: HENKEL LOCTITE, 2003).

Page 21: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

22

3.3 PLANEJAMENTO

3.3.1 Identificação de Perigos, Avaliação e Controle de Riscos

“Os termos “perigo” e “risco”, em diversos casos, inclusive em algumas leis e normas,

costumam ser aplicados como sinônimos e sem nenhum tipo de distinção. Assim a empresa

deve adotar uma definição e divulga-los para todos os colaboradores de forma a uniformizar a

linguagem e facilitar a comunicação”. Sendo assim, é impossível acontecer um acidente e

suas conseqüências sem antes existir a presença de um perigo. Com base nesta realidade, as

organizações devem buscar conhecer todos os perigos existentes em seus ambientes de

trabalho (BENITE: 2004).

A implementação de um gerenciamento de riscos sistemático, proativo e que vise

assegurar que todos os perigos futuros e atuais sejam identificados e avaliados adequadamente

é necessário e de fundamental importância; pois irá permitir a alocação adequada dos recursos

possibilitando a medição correta das medidas de controle (BENITE: 2004).

É importante que na elaboração do plano para identificar, analisar e avaliar os riscos o

gestor proponha meios de prevenção ou proteção, em suas diversas formas, conforme

demonstrado na figura 3, na adaptação de Corte Díaz (1997:112) (BARBOSA FILHO: 2001).

Algumas ferramentas gerenciais podem ser aplicadas a esta temática, tais como:

Diagrama de Causas e Efeitos; Série de Riscos; Análise Preliminar de Riscos (APR); Análise

de Árvore de Falhas; Matriz de Análise de Riscos; entre outras (BARBOSA FILHO: 2001).

Page 22: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

23

Figura 3 – Gerenciamento de riscos

3.3.2 Identificação de Aspectos e Avaliação de Impactos Ambientais

Segundo a norma ISO 14004 aspecto ambiental é um “elemento das atividades,

produtos e serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente”, enquanto

que impacto ambiental é “qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que

resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização”. Subentendendo que o

aspecto e o impacto ambiental têm uma relação direta entre si de causa e efeito. Os exemplos

de aspecto ambiental relacionados ao produto são: consumo de matéria-prima e insumos de

produção, consumo de água, de energia, descarte de resíduos sólidos, emissão de fluentes,

produção de emissões atmosféricas específicas (SEIFFERT: 2006).

A implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), tem como uma de suas

etapas mais importantes à identificação dos aspectos ambientais associados às atividades,

processos e produtos da organização. É de suma importância a devida implementação dos

subsistemas, a fim de determinar a abrangência e robustez na implantação do SGA; e que a

realização do levantamento de aspectos/impactos ambientais, seja dos colaboradores da

própria organização (SEIFFERT: 2006).

Page 23: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

24

A ISO 14004 apresenta os seguintes questionamentos sistemáticos para a identificação

dos aspectos ambientais:

1. As atividades, produtos e serviços da organização geram impactos ambientais

adversos significativos?

2. A organização tem um procedimento para avaliar os impactos ambientais de

novos projetos?

3. A localização da organização exige considerações ambientais especiais?

4. De que forma as modificações ou acréscimos pretendidos nas atividades,

produtos ou serviços afetarão os aspectos ambientais e seus impactos

associados?

5. Quão significativos ou severos são os impactos ambientais potenciais, se

ocorrer uma falha no processo?

6. Com que freqüência uma situação que leve um impacto poderá ocorrer?

7. Quais são os aspectos ambientais significativos, levando-se em consideração os

impactos, a probabilidade, a severidade, e a freqüência?

8. Os impactos ambientais significativos são de abrangência local, regional ou

global?

O formato do atendimento destes requisitos é vital para evitar o retrabalho no

levantamento dos aspectos ambientais da organização (SEIFFERT: 2006).

3.3.2.1 Identificação de aspectos ambientais em função da temporalidade

Primeiramente os aspectos ambientais devem ser considerados em relação a sua

temporalidade, o qual indica o período de ocorrência do processo, atividade ou operação

causadora do impacto aspecto ambiental, conforme apresentado no Tabela 3 (SEIFFERT:

2006).

Page 24: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

25

TEMPORALIDADE DESCRIÇÃO EXEMPLO

Passada (P) Impacto ambiental identificado no presente, mas foi causado por atividade desenvolvida no passado.

Área de solo contaminado com óleo Ascarel

Atual (A) Impacto ambiental decorrente de atividade atual

Lançamentos de efluentes

Futura (F) Impacto ambiental previsto, decorrente de futuras alterações de processo, aquisições de novos equipa/os, introdução de novas tecnologias.

Ampliação ETE

Tabela 3 – Temporalidade de ocorrência de aspectos/impactos ambientais

Uma vez definida a temporalidade de ocorrência de aspectos/impactos ambientais,

deve-se efetuar o levantamento dos aspectos/impactos ocorridos no passado, além do

levantamento dos aspectos/impactos que apresentem temporalidade atual ou futura; estes

levantamentos irão fornecer subsídios históricos para uma avaliação de risco ambiental

associada à probabilidade, a qual indicará que situações de emergências detectadas nos

passado, tenderão a se repetir no futuro. Estes levantamentos serviram de informações que

integrarão a avaliação dos aspectos/impactos para as circunstâncias atuais (SEIFFERT: 2006).

DONAIRE apresenta quatro itens básicos de um roteiro básico para a análise de

aspectos ambientais: meio físico, recursos hídricos, meio biológico e meio antrópico. É

imprescindível que sejam avaliados os aspectos que realmente apresentem um impacto de

âmbito ambiental que exceda os limites físicos da organização, apresentando potencialidade

de reclamações por órgãos de controle ambiental, associações comunitárias, ambientalistas,

organizações não governamentais, mídia, entre outros (SEIFFERT: 2006).

A classificação de riscos é um elemento-chave em relação aos impactos ambientais, e

são determinados pela seguinte classificação: quanto à probabilidade; quanto à severidade e

quanto à abrangência; sendo que as três classificações são divididas em grau 1, grau 2 e grau

3, conforme a sua aplicabilidade. A relevância dos impactos ambientais pode ser classificada

Page 25: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

26

como quantitativo-qualitativas (hierárquicas ou binárias) ou enquadrada como relevante,

muito relevante ou pouco relevante (SEIFFERT: 2006).

3.3.2.2 Caracterização dos impactos ambientais

Após a devida identificação de aspectos ambientais reais ou potenciais em cada

departamento da organização através da elaboração das listagens dos processos existentes,

efetua-se a sua caracterização em relação aos aspectos/impactos ambientais (SEIFFERT:

2006).

3.3.2.3 Verificação de importância dos impactos ambientais

Em relação à verificação de importância dos impactos ambientais devem-se levar em

conta duas características de avaliação: a avaliação de conseqüência/magnitude (abrangência

versos severidade) e a avaliação de freqüência/probabilidade (SEIFFERT: 2006).

3.3.2.4 Avaliação da significância dos impactos ambientais em função da situação

operacional de enquadramento dos impactos

Quando ocorrem impactos em uma situação operacional normal ou anormal, a

classificação é a seguinte: impactos desprezíveis; impactos moderados; e impactos críticos.

No caso dos impactos ambientais em uma situação operacional anormal ou de emergências

classificam-se em: crítico; moderado; e menor. É importante ressaltar que todos impactos em

uma situação operacional de risco ou emergência é considerado significativo; e que o

enquadramento como crítico, moderado ou menor é somente para direcionar a prioridade do

gerenciamento (SEIFFERT: 2006).

Page 26: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

27

3.3.3 Requisitos Legais e Outros Requisitos

Efetuando um paralelo entre a OHSAS 18001:2007 e a NBR ISO 14001:2004 iremos

observar que em relação aos “requisitos legais e outros requisitos” as duas normas são

similares nas exigências e obrigações, uma vez, que é dever da organização estabelecer e

manter procedimento para identificar e ter acesso à legislação e a outros requisitos

relacionados ao meio ambiente e a SSO, divergindo apenas na colocação das palavras, mas

com o mesmo conteúdo e sentido.

A aparente simplicidade no cumprimento deste requisito, implica em diversas

situações de dificuldade, pois podem apresentar dificuldades no andamento da gestão, como

no próprio funcionamento da organização. A organização passa a ser obrigada a identificar e

manter um cadastro de requisitos legais aplicados as suas atividades, produtos e serviços,

atividade simples e que não apresenta nenhuma dificuldade aparente; mas é do ponto de vista

prático, que muitas organizações, em particular as pequenas e médias, sofrem por não dispor

de colaboradores habilitados e são forçadas a terceirizarem a atividade, além de enfrentar o

fato do desconhecimento técnico especializado sobre o tema, em especial para as leis

ambientais (SEIFFERT: 2006).

É interessante que os controles aplicáveis ao SGIMASST, sejam integrados, algumas

das licenças importantes são (MORAES: 2006):

Licença de corpo de bombeiros;

Licenças ambientais;

Licenças e autorizações especiais para transporte de produtos perigosos

(Ministério do Exército, Polícia Federal, Órgãos Estaduais do Meio Ambiente,

Prefeituras, entre outros);

Licenças do Ministério da Saúde (Ambulatórios e hospitais);

Licenças do Ministério da Agricultura (Agrotóxicos).

Page 27: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

28

O anexo A (Orientações para uso desta Norma) da NBR ISO 14001:2004 traz duas

recomendações em relação à avaliação do atendimento a requisitos legais e outros:

Primeira Recomendação: “Recomenda-se que a organização seja capaz de

demonstrar que ela tenha avaliado o atendimento aos requisitos legais

identificados, incluindo autorizações ou licenças aplicáveis”;

Segunda Recomendação: “Recomenda-se que a organização seja capaz de

demonstrar que ela tenha avaliado o atendimento a outros requisitos subscritos

identificados”.

3.3.4 Objetivos e Metas

O conceito de objetivos e metas para o SSO e SGA tem a política como o seu

princípio, ou seja, em ambos os casos os objetivos devem ser coerente-compatíveis com a

política. Para os dois sistemas de gestão deve-se estabelecer, implementar e manter

documentos, nas funções e níveis pertinentes da organização; deve-se determinar objetivos e

metas mensuráveis, sempre que praticável; deve-se considerar os requisitos legais e outros

requisitos; deve-se incluir o comprometimento com a melhoria contínua; deve-se considerar

as opções tecnológicas, seus requisitos financeiros, operacionais, comerciais e a visão das

partes interessadas. A única diferença está em questões específicas no caso do SGA à política

deve incluir comprometimento com a prevenção de poluição e no caso da SSO deve

considerar os perigos e riscos em relação à segurança e saúde do trabalho (OHSAS

18001:2007) / (ISO 14001:2004).

As metas estabelecem etapas necessárias e cronologicamente concatenadas para que

um objetivo possa ser atingido (SEIFFERT: 2006).

Page 28: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

29

Figura 4 – Objetivo e metas relacionadas

O emprego de objetivos não mensuráveis somente é aceito, caso a organização não

encontre formas adequadas para realizar o seu acompanhamento de forma quantitativa, ou

seja, sempre que possível os objetivos devem ser mensuráveis (BENITE: 2004).

OBJETIVO META (QUANTO + QUANDO) INDICADOR

Reduzir o número de acidentes de trabalho sem afastamento No mínimo 50% até Dez/2004

Número de acidentes sem afastamento apresentado no relatório anual de acidentes de 2004 em relação ao de 2003

Eliminar atividades com risco 09 (alto) na empresa

Eliminar 02 atividades com risco 09 (alto) até Dez/2004

Número de atividades com risco 09 (alto) no relatório anual de 2004 em relação ao de 2003

Implementação de Sistemas de Proteção Coletiva inovadoras No mínimo dois até Dez/2004

Número de Sistemas de Proteção Coletiva inovadores implementados e em operação no ano

Aumentar o número médio de horas dos treinamentos de SSO

Aumentar em 2 horas/funcionário até Dez/2004

Número de horas de treinamento de SSO/Número de funcionários (medido mensalmente)

Tabela 4 – Exemplos de objetivos de SSO desdobrados em metas e indicadores

Conforme podemos verificar a integração dos objetivos e metas no SGIMASST são

exeqüíveis e de simples aplicação.

OBJETIVO

Eliminação de emissões de SO4

Meta 1

Desenvolvimento de projeto para a instalação de lavadores de gases para emissões atmosféricas até agosto de

2001

Meta 2

Instalação de lavadores de gases até dezembro de 2001

Page 29: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

30

3.3.5 Programa(s) de Gestão

A definição de estratégias e planos de ação é fundamental para que os objetivos e

metas sejam alcançados. Para efetivar as metas e objetivos é necessário documentar os

programas de gestão que serão estabelecidos, os quais devem possibilitar a comunicação a

todos envolvidos, e a sua decorrente aplicação (BENITE: 2004).

Assim como nos objetivos e metas, os conceitos de estabelecer, implementar e manter

programa(s) na OHSAS 18001:2007 e na NBR ISO 14001:2004 se fundem tornando a sua

integração de fácil aplicação.

PROGRAMA DE GESTÃO DA SSO N° 035

Objetivo: Eliminar atividades com risco 09 (alto) na empresa

Meta: Eliminar atividades com risco 09 (alto) até Dez/2004

Indicador: Número de atividades com risco 09 (alto) no relatório anual de 2004 em relação ao de 2003

Ações e recursos necessários

Descrição Prazo Responsáveis

Estudar a substituição do processo de escavações de tubulações a céu aberto (poço) por outro processo com menor risco, como por exemplo, a utilização de perfuratrizes mecânicas. Contratar uma assessoria técnica especializada em fundações para auxiliar no estudo.

Até Julho/2004 Diretor Técnico, Gerente de Contratações e Eng. de Segurança.

Substituir o processo de demolição de rochas utilizando explosivos pelo processo de demolição com rompedores mecânicos pneumáticos

Até Dez/2004 Diretor Técnico, Gerente de Contratações e Eng. de Segurança.

Instalar dispositivos de retenção de poeira nos equipamentos de corte de peças do setor C. Até Dez/2004

Diretor Técnico, Gerente de Contratações e Eng. de Segurança.

--- --- ---

Tabela 5 – Exemplos de Programa de Gestão da SSO

Page 30: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

31

4 EXECUÇÃO DO SGIMASST (IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO)

4.1 RECURSOS, FUNÇÕES, RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES

O sucesso da implementação e manutenção do sistema de gestão (SGIMASST) irá

depender da atuação de cada colaborador dentro da organização, desde a Alta Administração

até o menor nível dentro da estrutura organizacional. Assim todas as funções,

responsabilidades e autoridades devem ser claramente definidas e comunicadas, para que cada

colaborador esteja ciente de suas obrigações em relação ao sistema de gestão (SGIMASST)

(BENITE: 2004).

O comprometimento da Alta Administração deve ser explicito na definição da política

do sistema de gestão (SGIMASST), dos objetivos e metas, na nomeação/indicação do seu

representante e na análise crítica. Em linhas gerais a importância da Alta Administração está

na disponibilidade de providenciar os elementos para a implantação e manutenção do sistema

de gestão (SGIMASST); ou seja, é dever da Alta Administração assegurar que a organização

seja capaz de atender os requisitos das normas de sistema de gestão (SGIMASST), os quais

são (SEIFFERT: 2006):

1. disponibilizar recursos;

2. integrar o SGIMASST;

3. definir atribuições e responsabilidades

4. viabilizar o processo de motivação e conscientização do SGIMASST;

5. identificar os conhecimentos e habilidades necessários;

6. estabelecer processos para comunicação e relatos;

7. implementar controle operacionais necessários

É importante destacarmos que a exigência deste requisito é similar em todos os

sistemas de gestão, seja de Meio Ambiente, SSO ou Qualidade.

Page 31: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

32

4.2 TREINAMENTO, CONSCIENTIZAÇÃO E COMPETÊNCIA

A integração em relação ao treinamento, conscientização e competência do

SGIMASST irá exigir da organização que qualquer pessoa que, para ela ou em seu nome, seja

identificada e componente com base na formação apropriada, treinamento ou experiência,

para realizar tarefas que tenham o potencial de causar impacto(s) ambiental(is) significativo(s)

e/ou tarefas que possam ter impacto na SSO, no local de trabalho; é determinante também que

sejam mantidos registros associados ao treinamento, conscientização e competência dos

colaboradores, além de estabelecer, implementar e manter procedimentos para fazer que as

pessoas que trabalhem para organização ou em seu nome sejam conscientes de suas

obrigações (OHSAS 18001:2007) / (ISO 14001:2004).

Educação (formação apropriada), treinamento e experiência, são definidos como

(MELLO:2002):

Educação: subtende-se o período de graduação que a pessoa adquiriu ao longo

de sua vida, desde de o ensino básico, médio, superior, podendo chegar até o

doutorado;

Treinamento: é o ato ou processo de fornecer ou receber instrução para uma

habilidade, profissão ou ocupação particular, tais como cursos de pequena

carga horária, como, por exemplo: metrologia, auditoria interna, leitura de

mudanças, etc;

Experiência: é o conhecimento prático obtido por meio de fatos ou eventos,

considerado como fonte de conhecimento, tal como as capacitações adquiridas

pelo trabalho em dada atividade por um longo período de tempo, como, por

exemplo, operação de máquinas em geral, atendimento do SAC etc.

Page 32: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

33

4.3 CONSULTA E COMUNICAÇÃO

A comunicação é uma tarefa complexa e de difícil operacionalização para muitas

organizações, e que podem gerar inúmeros ruídos, insatisfações e conflitos. Para tanto a Alta

Administração deve estabelecer canais para manter os seus colaboradores informados sobre a

eficácia do SGIMASST (MARANHÃO: 2005). Visando eliminar as dificuldades da

comunicação tanto a OHSAS 18001:2007 como a NBR ISO 14001:2004 determina que

organização deva estabelecer, implementar e manter procedimentos em relação aos seus

aspectos ambientais e ao SGA como para a SSO.

Como o processo de divulgação da política ambiental integrada com a política da SSO,

nos diversos níveis da organização, é um fator determinante para a efetiva implementação do

SGIMASST, diversos recursos podem ser utilizados para a efetividade da divulgação,

ressaltando que a única barreira é a falta de criatividade de buscar alternativas adequadas à

cultura, necessidades ou limitações orçamentárias das organizações (SEIFFERT: 2006):

a) cartazes, quadros e placas;

b) camisetas;

c) informativos periódicos e folders;

d) utilização no verso do holerite do colaborador;

e) papel de parede e protetor de tela do colaborador;

f) informações complementares nos crachás dos funcionários e visitantes.

4.4 DOCUMENTAÇÃO

A NBR ISO 14001:2004, em seu anexo A (Orientações para uso desta Norma),

esclarece que a documentação do SGA pode ser integrada com as de outros sistemas de

gestão, em nosso caso específico com o sistema de gestão da SSO.

Page 33: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

34

Segundo a OHSAS 18001 a documentação do sistema gestão (SGIMASST) pode estar

em papel ou em meio eletrônico. É importante destacar que a tecnologia moderna permite que

toda a documentação do sistema gestão (SGIMASST), seja mantida em mídia eletrônica

(MARANHÃO: 2005).

Tomando como base as diretrizes da NBR ISO 9001:2008, a documentação do

SGIMASST pode ser ilustrada pelo Triângulo da Documentação (vide figura 5), ou seja, é a

forma triangular que usualmente representa a documentação e os níveis hierárquicos de uma

organização, as quais são (MARANHÃO: 2005):

Estratégico: Política e Manual do SGIMASST;

Tático: Procedimentos Sistêmicos (ou padrões de processo);

Operacional: Procedimentos Operacionais, Instruções de Trabalho,

Formulários e Registros.

Figura 5 – Estrutura documental de um SGIMASST

Page 34: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

35

4.5 CONTROLE DE DOCUMENTOS E DE DADOS

Outro ponto crítico do SGIMASST é o controle de documentos e dados, o qual é

responsável pelo maior índice de não-conformidades nos processos auditoria. É importante

que a quantidade de documentos do SGIMASST seja devidamente dimensionada, evitando o

controle impraticável dos documentos. No controle de documentos do SGIMASST é

importante garantir que os documentos sejam usados na revisão correta, para tanto é

necessário à distribuição adequada e confiável, e caso necessário, controlada com o auxílio de

protocolo (OLIVEIRA: 2005).

Considerações importantes em relação aos documentos e dados são (OLIVEIRA:

2005):

É fundamental que cada documento tenha um número de controle, título, data

de emissão, número da revisão e aprovação do responsável;

Para facilitar o gerenciamento, os documentos podem ser classificados como

Controlados e Não-Controlados: documento controlado é aquele cuja

distribuição de cópias é registrada, garantindo a sua rastreabilidade; documento

não-controlado sem que haja controle de distribuição, normalmente é um

documento de uso temporário.

É importante destacarmos que definição da sistemática de controle de documentos das

normas OHSAS 18001:2007, NBR ISO 14001:2004 e NBR ISO 9001:2008 são idênticas e de

um mesmo princípio, quando todas determinam que seja estabelecido, implementado e

mantido procedimentos para as atividades de controle de documentos.

4.6 CONTROLE OPERACIONAL

O controle operacional tem como objetivo identificar as operações e atividades

associadas aspectos ambientais significativo, o qual pode ser integrado como os de SSO, os

Page 35: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

36

quais devem ser caracterizados pela política, objetivos e metas do sistema de gestão

(SGIMASST) da organização (SEIFFERT: 2006).

4.6.1 Controle Operacional da SSO

O controle operacional da SSO deve estar baseado na identificação de perigo e

avaliação de riscos, ou seja, devo determinar o controle dos processos necessários,

objetivando a eliminação dos perigos e/ou a redução dos riscos. Na seleção dos controles

operacionais são necessários que seja analisado vários fatores, entre eles: o nível de risco

existente, os custos, a praticidade do controle, a possibilidade de se introduzir novos perigos;

número de pessoas expostas ao perigo, índice de utilização de equipamento de proteção

individual (EPI); exigências legais; exigências de clientes contratantes; histórico de

ocorrências de acidentes ou quase acidentes (BENITE: 2004).

Há três tipos de controle que devem ser levados em consideração no processo de

definição, os quais são: fonte (perigo), meio e homem. É importante destacar que quanto mais

próximo da fonte estiverem os controles, mais efetivos e eficientes eles serão (BENITE:

2004).

Figura 6 – Eficiência dos controles operacionais

Page 36: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

37

4.6.1.1 Controle sobre as fontes

A eliminação dos perigos ou evitar que eles existam é forma mais eficaz de não existir

um acidente, daí a necessidade do controle sobre as fontes. Na impossibilidade da eliminação

do perigo ou de evitar que ele exista, é importante que se busque a redução dos mesmos, de

forma que se diminuía a gravidade dos danos que possam acontecer ou da probabilidade da

sua ocorrência. É importante enfatizar que na maior parte dos casos de controle da fonte,

haverá a necessidade do emprego de novas tecnologias, alterações significativas nos

processos e, por conseguinte, aumento nos investimentos; em contra partida os resultados são

positivos, gerando um impacto significativo na SSO da organização. Exemplos de tipos de

controle sobre as fontes (BENITE: 2004):

eliminação da necessidade de um equipamento cortante em uma determinada

atividade;

eliminação de atividades em que o trabalhador esteja exposto a altura;

eliminação do uso de produtos inflamáveis, explosivos e/ou tóxicos.

4.6.1.2 Controle sobre os meios

O controle sobre os meios está embasado na prevenção da exposição do homem a um

determinado perigo, sem que o mesmo esteja extinto; é aplicação de barreiras devidamente

mantidas e operacionalizadas, de forma a impedir a ação do homem. A grande dificuldade é

que este tipo de controle, em sua maioria, é dimensionado indevidamente, permitindo que

sejam removidas ou tornadas inoperantes, expondo o homem aos perigos. Exemplos de tipos

de controle sobre os meios (BENITE: 2004):

colocação de cercas próximas as áreas de movimentação de veículos;

colocação de barreiras acústicas em fontes de ruído;

guarda-corpos de escadas e de periferia de lajes;

Page 37: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

38

dispositivos de proteção de máquina e equipamento.

4.6.1.3 Controle sobre o homem

Este tipo de controle está embasado na conscientização dos trabalhadores e

diretamente vinculado a eficácia da implementação da “Consulta e Comunicação” e do

“Treinamento, Conscientização e Competência”. Exemplos de tipos de controle sobre o

homem (BENITE: 2004):

utilização de EPI;

instruções de segurança documentada;

folhetos orientativos;

placas de segurança.

4.6.2 Controle Operacional do Meio Ambiente

Conforme exigência da NBR ISO 14001:2004 a Política Ambiental da organização

deve incluir o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção de poluição.

Com base nesta exigência controle operacional do meio ambiente deve ter como enfocar a

prevenção da poluição através do gerenciamento de resíduos. Os princípios básicos de um

programa de qualidade podem ajudar na eliminação dos resíduos, adotando os seguintes

princípios: utilização mais eficiente dos insumos; eliminação da utilização de materiais

perigosos ou de difícil manuseio; supressão de atividades prescindíveis (SEIFFERT: 2006).

O controle de resíduos propõe o seguinte modelo de diretrizes para implantação para

um sistema de gerenciamento de resíduos (SEIFFERT: 2006):

1. identificação de todos os resíduos de uma maneira sistemática;

2. estabelecimento de metas e prioridades ambientais associadas ao tipo de

resíduo;

Page 38: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

39

3. criação e implantação de planos de ação específicos;

4. estabelecimento de sistemas para rastrear pontos de perdas de processo, através

de procedimentos de balanço de massa;

5. monitoramento da utilização de resíduos tóxicos no processo, chegando, se

possível, a sua completa eliminação. Principalmente visando uma abordagem

proativa, buscando a substituição de matérias-primas e insumos por

substitutivos menos prejudiciais ao meio ambiente.

É recomendável que os padrões admissíveis de perdas de resíduos sejam revistos

sistematicamente (anualmente), evitando assim falhas no processo de controle de resíduos.

Cumprir o determinado na política ambiental em relação à prevenção da poluição irá permitir

a redução de geração dos resíduos sólidos, contribuindo expressivamente no aumento de

ganhos e com um impacto positivo em relação à eficiência de um processo pela identificação

de perdas, ainda que o objetivo final seja apenas o atendimento a legislação (SEIFFERT:

2006).

Outro ponto importantíssimo no controle operacional do meio ambiente é o controle

dos fornecedores e subcontratados da organização. É fato que qualquer atividade

desenvolvida na organização poderá acarretar impacto significativo ao meio ambiente, daí a

importância de gerenciar/monitorar os fornecedores e subcontratos; como ferramentas para

este controle destacam-se os seguintes (SEIFFERT: 2006):

desenvolvimento de programa de segurança;

definição de critérios operacionais em relação ao meio ambiente para

contratação;

máxima racionalização do uso matérias-primas, insumos e serviços menos

prejudiciais ao meio ambiente.

Page 39: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

40

Conforme podemos observar o controle operacional do meio ambiente e da SSO,

poderá ser integrado desde que se respeitem às exigências específicas para cada sistema de

gestão.

4.7 PREPARAÇÃO E ATENDIMENTO/RESPOSTA ÀS EMERGÊNCIAS

Tanto a OHSAS 18001:2007 como a NBR ISO 14001:2004 determina que

organização deva estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar o

potencial e atender situações de emergência, sendo que a diferenciação está em que a norma

OHSAS 18001 determina o atendimento a situações de emergências para prevenir e reduzir as

possíveis doenças e lesões que possam estar associadas a eles; enquanto que a ISO 14001

determina o atendimento a situações de emergências que possam ter impacto(s) sobre o meio

ambiente, e como a organização responderá a estes.

4.7.1 Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências da SSO

Acidente ou acontecimento casual, fortuito e inesperado é assim definido pela OHSAS

18001:2007: “Evento indesejado que resulta em morte, doença, lesão, dano ou outra perda”.

Como acidente é algo pelo qual ninguém espera e que não ocorre em todo tempo,

infelizmente na maioria dos casos o homem não sabe o que fazer devido ao despreparado para

uma situação de emergência. Para tanto, a organização tem a obrigação de determinar “o que

fazer em uma situação de emergência”, ou seja, a organização deve pensar, planejar, praticar e

implementar uma forma eficaz de atendimento as emergências; a definição de planos e

procedimentos podem fazer a diferença entre um pequeno incidente e um evento de grandes

proporções (BENITE: 2004).

É com base nos perigos existentes que a organização deverá definir as situações de

emergências, devendo estas identificações ocorrem de forma contínua e sistemática e

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41

integrada com o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos. No

desenvolvimento dos planos e procedimentos ao atendimento das emergências devem-se

considerar os seguintes elementos (BENITE: 2004).

Objetivo: qual o objetivo básico do plano, considerando a hipótese de

emergência;

Preparação: definição de recursos necessários que devem estar disponíveis

para uma eventual situação de emergência;

Atendimento: como a organização deve se mobilizar para atuar em uma

situação de emergência, ou seja, como é feita a detecção, comunicação,

avaliação e mobilização dos recursos disponibilizados para controlar a

emergência.

PERIGOS SITUAÇÕES DANOS HIPÓTESES DE EMERGÊNCIA

Queda e morte

Perdas de materiais e danos pessoais

Acidente fatal

Incêndio com vítima

Exposição à altura

Fonte de calor

Nas periferias e vão de lajes

Cigarro jogado em cestos de lixo

Figura 7 – Exemplos de definição das hipóteses de emergências

4.7.2 Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências do Meio Ambiente

É imprescindível que o SGA desdobre a identificação de aspectos e avaliação de

impactos ambientais, de forma a preparar a organização ao atendimento e situações de

emergências de cunho ambiental. Além de implementar e manter procedimentos para

identificar o potencial e atender situações de emergências que possam ter impacto(s) sobre o

meio ambiente, e como a organização responderá a estes; faz-se necessário a revisão dos seus

Page 41: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

42

procedimentos após a ocorrência de incidentes/acidentes ou situações desta natureza,

procedimentos estes que devem sistematicamente serem testados, conforme aplicável. Sendo

assim, o que foi evidenciado na implementação indica que a preparação para atendimento a

acidentes ou situações de emergências tem a obrigação de contemplar os seguintes princípios:

orientação para novos empregados, avaliações de riscos, sistemas de pesquisa e avaliação de

emergências e treinamento (SEIFFERT: 2006).

5 VERIFICAÇÃO DO SGIMASST

5.1 MEDIÇÃO E MONITORAMENTO DE DESEMPENHO

A medição do desempenho é uma ferramenta importante de se obter subsídios sobre a

eficácia do sistema de gestão (SGIMASST), sendo que, desempenho é uma avaliação da

conjuntura fundamentada na implementação de ações visando obter níveis de SSO e gestão

ambiental considerados satisfatórios para organização (MORAES: 2006).

A definição da sistemática da medição e monitoramento deve abordar os indicadores

proativos e os indicadores reativos (BENITE: 2004):

Indicadores Proativos: são aqueles capazes de detectar ou medir resultados ou

impactos negativos em fases suficientemente precoces, a fim de gerar

informações que levem a ações que permitam, ou que possibilitem, interromper

o curso evolutivo, reverter o processo e evitar o fato ou sua ocorrência

(Hopkins, 1994);

Indicadores Reativos: são aqueles capazes de detectar ou medir resultados ou

impactos após a ocorrência cuja análise, ainda que post factium, auxiliem com

informações para realimentar o processo de melhoria contínua (Hopkins,

1994).

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43

Para Hopkins os indicadores reativos são questionáveis, pois o fato de não ocorrer uma

não-conformidade (acidente) não indica que o ambiente de trabalho esteja seguro, em contra

partida os indicadores proativos proporcionam condições para antecipar as não-conformidades

reais ou potenciais (BENITE: 2004).

Para atendimento deste requisito tanto na OHSAS 18001:2007 como na NBR ISO

14001:2004 é determinante estabelecer, implementar e manter procedimentos para monitorar

e medir, periodicamente, o desempenho do SGIMASST.

Outra ferramenta determinante para o atendimento da medição e monitoramento de

desempenho é a elaboração de um plano para cada parâmetro a ser monitorado, o qual deve

conter (SEIFFERT: 2006):

aspecto/impacto ambiental e identificação de perigos e avaliação de controle de

riscos significativos;

quando pertinente, indicação de meta à qual está associado, bem como o

respectivo indicador de desempenho;

local de coleta e método de coleta a ser empregado;

níveis limítrofes (inferior e superior) do parâmetro;

nome do procedimento que serve como referência para realização da análise,

bem como forma de registro (formulário específico);

identificação do funcionário responsável.

Em relação à escolha dos monitoramentos ambientais é imprescindível que tais

indicadores, estejam relacionados aos impactos ambientais da organização, os mais usados

estão associados à legislação ambiental (SEIFFERT: 2006):

1. emissões atmosféricas de chaminés (SOx, material particulado, fumaça preta,

etc.);

Page 43: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

44

2. parâmetros de qualidade de água (nitrito, nitrato, pH, temperatura, turbidez,

etc.);

3. emissões de escapamento de frotas de veículos (fumaça preta, etc.).

Em relação ao SSO a organização deve identificar os elementos chaves para medição e

monitoramento do sistema de gestão. Exemplos de medição e monitoramento do desempenho

da SSO são (BENITE: 2004):

1. taxa de gravidade dos acidentes;

2. número de quase acidentes;

3. custos dos acidentes;

4. número de doenças do trabalho;

5. medições de ruído, iluminação, temperatura e qualidade do ar;

6. número de notificações e multas de organismos fiscalizadores; entre outros.

Outro fato considerado em ambas as normas, OHSAS 18001 e ISO 14001, é a

obrigação que os equipamentos de monitoramento e medição utilizados e mantidos, sejam

calibrados ou verificados, e que os seus registros associados sejam retidos.

5.2 REGISTROS E GESTÃO DE REGISTROS

Os registros é o único meio de demonstrar que os documentos (procedimentos e as

instruções de trabalho) relacionados ao SGIMASST estão sendo cumpridos dentro da

organização, ou seja, os registros são as únicas evidencias objetiva do SGIMASST

(OLIVEIRA: 2005).

A OHSAS 18001:2007 e a NBR ISO 14001:2004 determinam que seja estabelecido,

implementado e mantido procedimentos para garantir a: identificação, armazenamento,

proteção, recuperação, retenção e descarte dos registros.

Page 44: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

45

A forma de identificação, armazenamento, proteção, recuperação, retenção e descarte

dos registros, são (OLIVEIRA: 2005):

Identificação: Os registros são identificados como Anexos dos Procedimentos

ou das Instruções de Trabalho do SGIMASST;

Manutenção (Armazenamento e Proteção): Os registros em papel são

arquivados em pastas suspensa, entre outras, e os magnéticos, são gravados em

discos rígidos, CD-ROM ou disquetes;

Recuperação: Os registros são arquivados seguindo a indexação indicada no

documento, de forma a facilitar a sua localização. Os registros podem ser

indexados por ordem alfabética, numérica, cronológica, alfanumérica ou por

assunto;

Descarte: Vencido o tempo de retenção, os registros são destruídos / deletados

ou enviado para o arquivo inativo;

Tempo de retenção: O tempo de retenção do registro do SGIMASST no

arquivo deve ser definido, conforme a sua aplicabilidade, respeitando sempre o

tempo mínimo exigido por lei. O tempo de descarte do registro deve ser

identificado no SGIMASST.

A principal diferença entre registro da do SGIMASST e documento é que o registro

relaciona-se ao passado (registro de uma atividade realizada ou praticada), enquanto que o

documento relaciona-se ao presente e ao futuro (como tenho que fazer a minha atividade e

como irei fazê-la quando ela vier a ser melhorada) (MELLO: 2002).

Outra determinação em relação aos registros do SGIMASST é que os mesmos sejam

estabelecidos e mantidos, conforme necessário, e que permaneçam legíveis, identificáveis e

rastreáveis (OHSAS 18001:2007) / (ISO 14001:2004).

Page 45: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

46

5.3 AUDITORIA INTERNA

A NBR 19011:2002 define auditoria como: “processo sistemático, documentado e

independente para obter evidências de auditoria e avaliá-las objetivamente para determinar a

extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos”.

Indiscutivelmente a auditoria interna é a melhor ferramenta de avaliação do sistema de

gestão (SGIMASST), o objetivo deste instrumento é aferir a conformidade e monitorar a

adequação do SGIMASST, além de promover a oportunidade da melhoria contínua

(MARANHÃO: 2005). Ou seja, o processo de auditoria tem como objetivo levantar amostras

objetivas, que irão avaliar a adequação e conformidade do SGIMASST em relação à Política

Ambiental e/ou Política da SSO (Estas duas Políticas podem estar integradas em uma mesma

Política), objetivos, metas, manual, procedimentos, instruções, especificações, legislação,

códigos e norma estabelecidos e outros requisitos contratuais ou não-contratuais aplicáveis

(CERQUEIRA: 2004).

Tanto o sistema de gestão do meio ambiente como da SSO, possuem a mesma

determinação em relação planejamento e programa de auditoria interna de uma organização,

desde que a auditoria seja embasada na importância e situação para cada atividade em relação

aos requisitos especificados. Devendo as organizações implementarem um programa de

auditoria interna que analise as contingências do SGIMASST. Como requisito, a organização

deve estabelecer, implementar e manter um procedimento contendo todas as atividades que

obrigatoriamente serão aplicadas para o cumprimento de auditoria interna (CERQUEIRA:

2004):

a definição do programa de auditoria a ser implementado. Estes programas em

sua maioria são anuais, ou seja, no período de um ano, quando deve-se

assegurar que todos os requisitos do SGIMASST são verificados, em toda a

sua extensão e aplicabilidade;

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47

a descrição do fluxo das atividades constante do processo de auditoria interna;

a maneira adotada para formação, habilitação e qualificação dos auditores

internos;

o tratamento a ser dado aos relatórios de auditoria a às solicitações de ações

corretivas emitidas;

o processo de análise das não-conformidades encontradas, a tomada de ações

corretivas e as atividades de acompanhamento para verificação das ações

tomadas;

os modelos padronizados a serem adotados para relatório de auditoria,

solicitação de ação corretiva e a lista de verificação;

a definição clara das responsabilidades pelas diversas atividades;

a relação entre a atividade de auditoria e a análise crítica pela Alta

Administração, que deva ser realizada em função dos resultados da primeira.

Dois pontos a serem destacados no processo de auditoria e determinado na OHSAS

18001:2007 e na NBR ISO 14001:2004 é que: o programa de auditoria também deve basear-

se nos resultados de auditorias anteriores; e que a escolha dos auditores e a condução das

auditorias devem assegurar a imparcialidade do processo de auditoria.

Outro ponto a ser destacado no processo de auditoria é a referência que a NBR

19011:2002 faz em relação aos três tipos de auditoria, a saber:

Auditorias de Primeira Parte: Algumas vezes chamadas de auditoria interna,

são as auditoria conduzidas pela própria organização, ou em seu nome, para

análise crítica pela administração e outros propósitos internos, podem formar a

base para uma auto-declaração de conformidade do SGIMASST. Em muitos

casos, particularmente em pequenas organizações, a independência pode ser

Page 47: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

48

demonstrada pela liberdade de responsabilidades pela atividade sendo

auditada.

Auditorias de Segunda Parte: são auditorias externas que são realizadas por

partes que um interesse na organização, tais como clientes, ou por outras

pessoas em seu nome.

Auditorias de Terceira Parte: são auditorias externas que são realizadas por

organizações externas de auditoria independente, tais como organizações que

provêem certificados ou registros de conformidade.

A NBR 19011:2002 ainda explica que:

quando a organização opta em realizar auditoria do sistema de gestão de

qualidade em conjunto com o SGIMASST, isto é chamado de auditoria

combinada;

quando duas ou mais organizações de auditoria cooperam para realizar

auditoria um único auditado, isto é chamado de auditoria conjunta.

que o termo “independência” é a base para imparcialidade da auditoria e

objetividade das conclusões da auditoria.

Finalizando o assunto as auditorias do SGIMASST podem ser classificadas e

agrupadas, conforme a tabela 6 (CERQUEIRA: 2004):

CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS

Quanto ao objetivo ou Escopo Quanto às Partes Auditoras Quanto ao Objetivo da Auditoria

Sistema 1ª Parte Certificação

Supervisão ou Manutenção

Processo 2ª Parte Prêmio

Gestão

Produto 3ª Parte Garantia da Qualidade

Credenciamento

Autodeclaração de conformidade

Page 48: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

49

Tabela 6 – Classificação das auditorias

6 CORREÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA DO SGIMASST

6.1 NÃO-CONFORMIDADES E AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS

Como introdução ao assunto, estaremos apresentando as seguintes definições para

não-conformidade, correção, ação corretiva e ação preventiva, segundo a NBR ISO

9001:2005:

não-conformidade: “não atendimento de um requisito”;

correção: “ação tomada para eliminar uma não conformidade identificada”;

ação corretiva: “ação tomada para eliminar a causa de uma não conformidade

identificada ou outra situação indesejável”;

ação preventiva: ação tomada para eliminar a causa de uma potencial não

conformidade ou outra situação potencialmente indesejável.

6.1.1 Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas da

SSO

É determinante para a eliminação de uma não-conformidade, acidente ou incidente,

que seja identificada a causa do efeito, para a devida tomada de ação corretiva ou preventiva.

A sistemática da identificação e análise da não-conformidade, acidente ou incidente deve

contemplar os seguintes itens (BENITE: 2004):

formas de identificação das não-conformidade, acidente ou incidente;

técnicas a serem utilizadas para investigação das causas;

forma de planejamento das ações necessárias (de correção, corretivas ou

preventivas), incluindo definição de prazos, recursos e responsáveis;

forma de acompanhamento da implementação das ações planejadas;

forma de avaliação da eficácia das ações implementadas.

Page 49: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

50

Em relação ao sistema de gestão da SSO, há uma série de exemplos de informações

para a identificação de não-conformidade, acidente ou incidente, resultantes do processo de

medição e monitoramento, que sustentam a tomada das ações corretivas, preventivas ou de

correção, os quais são (BENITE: 2004):

relatórios de inspeções se segurança em obras;

resultado de inspeções em equipamentos de produção;

indicadores que apresentem desvios em relação ao atendimento dos objetivos e

metas;

resultados das auditorias internas ou externas;

ocorrências de acidentes e quase-acidentes;

notificações de organismos fiscalizadores;

reclamações de funcionários, sindicatos, subcontratados e visitantes;

resultados da análise crítica pela Alta Administração.

Existem diversas ferramentas que podem ser utilizadas para a identificação de causas,

entre elas destacamos (BENITE: 2004):

Análise de Árvore de Falhas;

Diagrama de Causa e Efeito;

Brainstorming.

Figura 8 – Exemplo de aplicação do Diagrama Causa-Efeito

Page 50: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

51

6.1.2 Não-Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas do Meio Ambiente

Como o conceito de não-conformidades, ações corretivas e preventivas e o método de

análise de causa são sempre o mesmo, independentemente do sistema de gestão em questão,

sendo mandatário apenas algumas adaptações para utilização no SGIMASST; faz-se

necessário inserir as não-conformidades básicas voltadas ao meio ambiente (SEIFFERT:

2006):

comunicações ambientais internas ou externas inadequadamente tratadas;

atividades de controle operacional do meio ambiente;

atendimento a situações de emergências do meio ambiente;

problemas associados à falta de cumprimento de leis e normas ambientais.

Fechando o assunto e em especial a questão da correção, citaremos a seguinte

afirmação “Há duas características intrínsecas à espécie humana: imprevisibilidade e

falibilidade. Portanto, é natural que o ser humano, além de morrer algum dia, falhe durante a

sua vida, por mais perfeitos que sejam os sistemas disponíveis. A questão essencial é ter

disposição para prevenir os erros, estar preparado para limitar-lhes os efeitos quando eles

ocorrerem, investigar as causa e tornar o sistema cada vez mais robusto, mediante melhorias

contínuas” (MARANHÃO: 2005).

6.2 ANÁLISE CRÍTICA

Tanto na OHSAS 18001:2007 como na NBR ISO 14001:2004 o requisito da análise

crítica determina que a alta administração da organização, em intervalos por ela pré-

determinados, deve analisar criticamente o sistema de gestão SSO/SGA, ou seja, a análise

crítica do SGIMASST, para assegurar sua conveniência, adequação e eficácia contínuas; o

processo de análise crítica deve assegurar que as informações necessárias sejam coletadas, de

modo a permitir à administração proceder a essa avaliação; a análise crítica pela Alta

Page 51: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

52

Administração deve abordar a eventual necessidade de alterações na política, objetivos e

outros elementos do SGIMASST, à luz dos resultados de auditorias do mencionado Sistema,

da mudança das circunstâncias e do comprometimento com a melhoria contínua.

Abaixo apresentamos uma relação das análises críticas necessárias em relação ao

sistema de gestão SSO e do Meio Ambiente:

SSO (BENITE: 2004) Meio Ambiente (SEIFFERT: 2006)

Adequação a política da SSO; Conveniência, suficiência e efetividade da política ambiental;

Definição ou atualização dos objetivos e metas de SSO para melhoria contínua no próximo período;

Conveniência, suficiência e efetividade dos objetivos e metas ambientais, principalmente considerando-se a situação atual da organização em relação aos objetivos e metas estabelecidos;

Desempenho do processo de identificação de perigos, análises de riscos e do processo de controle de risco;

Nível de implementação do SGA como um todo, bem como a sua efetividade;

Análise do nível atual de risca da eficácia das medidas de controle que estão sendo adotadas na empresa;

Análise da adequação dos recursos disponibilizados (financeiros, pessoais e materiais);

A conveniência, adequação e efetividade de esforços de treinamento realizados até o momento;

Eficácia do processo de inspeção e vistorias da SSO;

Análise dos dados relativos a acidentes e quase-acidentes;

Resultados das auditorias internas e externas ocorridas desde a última análise crítica;

Discussão dos resultados da auditoria realizada posteriormente à última reunião;

Desempenho do processo de preparação e atendimento a emergências, considerando os resultados obtidos em simulações e os eventuais casos reais de emergências;

Nível de implementação das ações corretivas/preventivas com base no que foi verificado nas auditorias;

Possibilidade de adoção de melhorias para o sistema de gestão de SSO (novas iniciativas a serem introduzidas ou ampliação de ações existentes);

Os resultados do encaminhamento de ações recomendadas em reunião prévia.

Análise de resultados obtidos em investigações de acidentes e quase-acidentes;

Page 52: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

53

Avaliação de efeitos previsíveis de mudanças em legislações aplicáveis ou adoção de novas tecnologias por parte da empresa.

Tabela 7 – Análises necessárias em relação ao sistema de gestão SSO e do Meio Ambiente

6.3 MELHORIA CONTÍNUA

Uma das filosofias da melhoria contínua (kaizen), para o SGIMASST, possui como

uma das mais conhecidas representação o ciclo PDCA, também conhecido como ciclo de

Shewhart, seu idealizador, ou como ciclo de Deming, o responsável por seu desenvolvimento

e conhecimento. O ciclo PDCA é um método gerencial para promoção da melhoria contínua e

reflete, em suas quatro fases, a base da filosofia do melhoramento contínuo. Praticando-as de

forma cíclica e ininterrupta, acaba-se por promover a melhoria contínua e sistemática nas

organizações, consolidando a padronização das práticas. As quatro fases são mostradas na

figura 9 e explicadas a seguir (ISNARD MARSHALL: 2003):

Figura 9 – Ciclo PDCA

Page 53: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

54

Planejamento (Plan): No planejamento devem-se estabelecer objetivos e

metas, para que sejam desenvolvidos métodos, procedimentos e padrões para

alcançá-los. Normalmente, as metas são desdobradas do planejamento

estratégico (política) e representam no SGIMASST a forma de controlar os

aspectos/impactos ambientais e seus riscos de acidentes e doenças

ocupacionais e melhorar seu desempenho. Os métodos contemplam os

procedimentos e as orientações técnicas necessárias para se atingir às metas;

Execução (Do): É preciso fornecer educação e treinamento para execução dos

métodos desenvolvidos na fase de planejamento do SGIMASST. Ao longo da

execução devem-se coletar os dados que serão utilizados na fase de

verificação;

Verificação (Check). É quando se verifica se o planejado foi consistentemente

alcançado através da comparação entre as metas desejadas e os resultados

obtidos. Normalmente, usa-se para isso ferramentas de controle como folhas de

verificação, histogramas, entre outras. É importante ressaltar que essa

comparação deve ser baseada em fatos e dados e não opiniões ou intuição;

Agir corretivamente (Act): Nessa fase têm-se duas alternativas. A primeira

consiste em buscar as causas fundamentais a fim de prevenir a repetição dos

efeitos indesejados, no caso de não terem sido alcançadas as metas planejadas.

A segunda, em adotar como padrão o planejado na primeira fase, já que as

metas planejadas foram alcançadas.

Girar o ciclo PDCA significa obter previsibilidade nos processos e melhoria do

SGIMASST e consequentemente permitir a organização controlar os aspectos/impactos

ambientais e seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e melhorar seu desempenho. A

previsibilidade acontece pelo atendimento aos requisitos do SGIMASST, pois, quando a

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55

melhoria é evidente, adota-se o método planejado, fundamentando ainda mais o do

SGIMASST adotado. Para que o PDCA atue como uma ferramenta de melhoria contínua no

SGIMASST é preciso criar uma cultura de esforços e padronização em toda a organização, a

Alta Administração precisa ter coragem para mudar, sendo essencial criar massa crítica em

toda organização; não podendo os colaboradores ou mesmo a alta administração agir sozinhos

(ISNARD MARSHALL: 2003).

Figura 10 – Esforços para melhoria contínua do SGIMASST

Em suma melhoria contínua significa buscar melhores resultados e melhores níveis de

desempenho dos processos, produtos e atividades da empresa, seja voltada ao meio ambiente,

ou seja, voltada a SSO, mas de preferência integradas (MOURA: 2003).

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56

Figura 11 – Melhoria contínua do SGIMASST

7 INTEGRANDO OUTROS SISTEMAS DE GESTÃO

Primeiramente estaremos entendo de forma sucinta o Sistema de Gestão da Qualidade

(SGQ) e da Responsabilidade Social.

7.1 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

O SGQ baseado na norma série ISO 9000, foi lançada em 1987, visando à garantia do

sistema de gestão das organizações. Difundida mundialmente a série ISO 9000 já foi revista

por duas vezes, sendo que, a versão ISO 9001:2008 especifica requisitos para um SGQ que

podem ser usados pelas organizações para aplicação interna, certificação ou fins contratuais

(GERALDO: 2003).

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57

7.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL

A SA 8000 (Social Accountability), criada em 1997, é uma moderna norma mundial,

que basicamente visa o bem-estar e as “condições globais de trabalho”, dentro de uma

organização, a fim de avaliar a cadeia produtiva sob o ponto de vista da responsabilidade

social (COLENGHI 2003).

Implementar um Sistema de Gestão Integrada (SGI) não é uma atividade simples,

devido a necessidade de integração dos diversos elementos das normas ISO 9000, ISO

14000, OSHAS 18001 e SA 8000 (MORAES: 2004).

Independente das dificuldades é importante destacar que as organizações necessitam

buscar a certificações de reconhecimento mundiais conhecidas (ISO 9001, ISO 14001,

OSHAS 18001 e SA 8000), visando a sua sobrevivência. O ponto positivo na elaboração e

implantação destas normas é que elas possuem uma concepção filosófica bastante semelhante,

ou seja, caso a organização já possua o SGIMASST a aplicação dos outros sistemas de gestão

será menos complicada, podendo até integrar a maioria dos requisitos (COLENGHI 2003).

Embasado nesta necessidade, é inteligente afirmar que a integração destes sistemas de

gestão é uma oportunidade para reduzir custos, ou seja, a integração dos sistemas de gestão irá

proporcionar uma série de vantagens para as organizações, conforme podemos observar na

tabela 8 (BENITE: 2004).

EMPRESA PROGRAMAS DE SSO E GESTÃO AMBIENTAL AGREGADOS AO SGQ ECONOMIAS ESTIMADAS

Xerox Corporation Environmental Leaddership Program 100 milhões de dólares por ano

3M Corporation Pollution Prevention Payz 506 milhões de dólares (1975-1989)

Unical Chemicals Safety Improvement Process 10% de redução de acidentes registradas no primeiro ano

Tennant Company Integrating Quality and Hazard Management Aproximadamente 60% de redução em acidentes e defeitos

Tabela 7 – Resultados em SSO e SGA com abordagem do SGQ (Fonte: AICE, 1996)

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58

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

“A dedicação é tão importante quanto o dinheiro a ser investido; sem dedicação não se

vai longe. Se você não gosta e/ou não acredita no que faz, não criará convencimento; as

pessoas não estão dispostas a colaborar sem entender a importância das propostas sugeridas”.

Ou seja, SGIMASST não pode impedir ao alvo principal da organização que é ganhar

dinheiro; todavia, o que não pode ocorrer é a visão de se lucrar a qualquer custo, daí a

importância que o SGIMASST seja o alicerce não apenas para atender a requisitos legais ou

técnicos, mas, também, da razão de existir da organização (MORAES: 2004).

Outro ponto a destacarmos é o fato que em algumas sociedades os valores sociais são

vitais, valores estes que são ensinados na base escolar; infelizmente muitas pessoas desprezam

estes ensinamentos, dificultando a implementação do SGIMASST nas organizações.

Instrumentos repressivos, preventivos e de incentivo são necessários para implementar a

cultura de SMS, ou seja, utilizar-se apenas da educação é tornar a organização lenta e

inabilitada para mudar o princípio do negócio e a cultura de SMS (MORAES: 2004).

Enfim a implementação de um SGIMASST inicia na “vontade política” da Alta

Administração e se concretiza através de atitudes e exemplos positivos, daí a importância de

um Programa de SMS eficaz, ou seja, não basta apenas querer um SGIMASST, mudar por

mudar, deve-se explicar e convencer os colaboradores dos benefícios da implementação do

SGIMASST. O comportamento seguro, seja na SSO ou em meio ambiente, deve fazer parte

das atividades diárias de uma organização e seus colaboradores (MORAES: 2004).

“Neste mundo globalizado, a competitividade, o consumo, a confusão dos espíritos

constituem baluartes do presente estado de coisas. A competitividade comanda nossas formas

de ação. O consumo comanda nossas formas de inação. E a confusão dos espíritos impede o

nosso entendimento do mundo, do país, do lugar, da sociedade e de cada um de nós mesmos”

(MILTON SANTOS: 2001). Concluindo entendemos que tais verdades, conforme afirmação

Page 58: 81620096 Apostila Gestao Integrada de Meio Ambiente Saude e Seguranca No Trabalho

59

de MILTON SANTOS, não deve afetar a nossa percepção da SSO e Meio Ambiente, ou seja,

apesar de todas as dificuldades diárias a integridade física e a água límpida, são

imprescindíveis para qualquer ser humano.

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REFERÊNCIAS

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