gestao de saude e seguranca do trabalho

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    UNIVERSIDADE DA AMAZNIA

    CENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

    CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    GESTO DA SADE E SEGURANA DO TRABALHO: UM

    MODELO SISTMICO APLICADO CONSTRUO CIVIL

    ALEXANDRE NOGUEIRA MAGALHES JUNIOR

    PAULO GUSTAVO ROCHA DE OLIVEIRA

    Belm PA

    2013

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    UNIVERSIDADE DA AMAZNIA - UNAMA

    CENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

    CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    SISTEMA DE GESTO DE SEGURANA DO TRABALHO

    ALINHADO A PRODUTIVIDADE DA EMPRESA

    ALEXANDRE NOGUEIRA MAGALHES JUNIOR

    PAULO GUSTAVO ROCHA DE OLIVEIRA

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado como exigncia

    parcial para obteno do ttulo de Bacharel em Engenharia Civil,

    submetido banca examinadora do Centro de Cincias Exatas e

    Tecnologia da Universidade da Amaznia.

    Orientador: Prof. Msc. Gracio Paulo Pessoa Serra

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    Belm PA

    2013

    Trabalho de Concluso de Curso submetido Congregao do Curso deEngenharia Civil do Centro de Cincias Exatas e Tecnologia da Universidade da

    Amaznia, como parte dos requisitos para obteno do ttulo de Engenheiro Civil,

    sendo considerado satisfatrio e APROVADO em sua forma final pela banca

    examinadora existente.

    APROVADO POR:

    ________________________________________________

    Prof. Msc. Gracio Paulo Pessoa Serra

    ________________________________________________

    Prof. Dr. Marco Valrio de Albuquerque Vinagre

    ________________________________________________

    Arquiteta Esp. em SST Elaine Cristina da Silva Castro

    DATA: BELM - PA, de dezembro de 2013

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    BSI Instituto de normalizao Britnica

    CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes

    EPI Equipamento de Proteo Individual

    ISO International Standard Organization

    INSS Instituto Nacional do Seguro Socia

    NR Normas Regulamentadoras

    OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Series

    OIT Organizao Internacional do Trabalho

    PAC Programa de Acelerao do Crescimento

    PCMSO Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    PDCA Plan, Do, Check, Act

    PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais

    SAT Seguro de Acidente de Trabalho

    SGSST Sistema de Gesto de Sade Segurana do Trabalho

    S&S Sade e Segurana

    SST Segurana e Sade do Trabalho

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01 Representao de um sistema

    Figura 02 Abrangncia da gesto

    Figura 03 Mudana na forma de atuao das organizaes

    Figura 04- Ato inseguro

    Figura 05 Condio insegura

    Figura 06 Relao entre perigo e risco

    Figura 07 Mtodo de avaliao de riscos

    Figura 08 Ciclo de Deming

    Figura 09 Requisitos da OHSAS 18001

    Figura 10 Plano de melhoria contnua

    Figura 11 Recomendaes e diretrizes para melhoria em SST

    Figura 12 Login AutoDoc PDG (Sistema Integrado de Gesto)

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    1.INTRODUO ..........................................................................................................7

    1.1Consideraes iniciais ..........................................................................7

    1.2Objetivo ................................................................................................8

    1.3Justificativa ...........................................................................................8

    1.4Metodologia ..........................................................................................8

    2.CONTEXTUALIZAO TERICA ...........................................................................9

    2.1Aspectos Gerais da SST ......................................................................9

    2.2A Evoluo da SST e o cenrio atual.................................................10

    3.GESTO DA SADE E SEGURANA NO TRABALHO .......................................11

    3.1Conceituao de SGSST .................................................................... 11

    3.2Conceitos Bsicos .............................................................................12

    3.2.1Acidentes e Quase-acidentes .....................................................................12

    3.2.2Condies inseguras e Atos inseguros ......................................................13

    3.2.3Perigo e Risco ............................................................................................14

    3.2.4Elementos chaves de um SGSST ..............................................................15

    3.3Os motivos e os perigos inerentes ao processo de sistematizao . .16

    3.4OHSAS 18001 ....................................................................................173.5As etapas do processo .......................................................................18

    3.5.1O planejamento ..........................................................................................19

    3.5.2Implementao e operao .......................................................................19

    3.5.3Verificao e controle ..................................................................................19

    3.5.4Anlise crtica pela direo .........................................................................20

    3.6Recomendaes e diretrizes para a melhoria em SST ......................20

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    4.ESTUDO DE CASO ................................................................................................21

    4.1Apresentao do caso ........................................................................21

    4.2A empresa ..........................................................................................214.3Generalidades do Sistema .................................................................21

    4.4Mudana de cultura ............................................................................22

    4.5Avaliao ...........................................................................................23

    4.6Identificao de perigos, avaliao e controle dos riscos ...................23

    4.7Preparao e atendimento a emergncias .........................................23

    4.8Auditoria .............................................................................................23

    4.9Exigncias legais e outras ..................................................................23

    4.10Dificuldades de aplicao do SGSST ...............................................24

    4.11Resultados .......................................................................................24

    5.CONSIDERAES FINAIS ....................................................................................25

    5.1A viso das partes interessadas .........................................................25

    5.2Concluso ...........................................................................................25

    ANEXOS ....................................................................................................................26

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................ .........30

    S............................................................................................52REFERNCIA BIBLIOGRFICA......................................................62

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    RESUMO

    O presente trabalho aborda o tema Sade e Segurana do Trabalho atravs

    de uma viso holstica, mostrando a nova tendncia das empresas construtoras para

    aumentar os ganhos em S&S e produtividade. O que se observou que no h mais

    espao no cenrio atual para empresas que ainda tenham altos ndices de acidente

    ou no tenham foco na segurana dos seus trabalhadores.

    Atravs da pesquisa e estudo de caso, o trabalho apresenta um Sistema de

    Gesto da Sade e Segurana do Trabalho, que atualmente considerado o melhor

    instrumento para garantir o avano das tcnicas necessrias melhoria constante

    das condies do ambiente de trabalho na construo civil, apresentando o conceito

    de um SGSST, como funcionam, quais as vantagens e perigos inerentes ao

    processo de implementao e as ferramentas necessrias para se alcanar os

    objetivos do sistema que a melhoria contnua da Segurana do Trabalho e

    principalmente afetar a cultura dos trabalhadores, fazendo com que haja uma

    mudana no sentido de que a segurana responsabilidade de todos

    transformando-os em multiplicadores de boas prticas em SST.

    O trabalho tambm expe a tica de todas as partes interessadas e afetadas,

    direta ou indiretamente, pelo SGSST, a possibilidade da integrao da SST com os

    sistemas de gesto da qualidade e do meio ambiente e divulga a norma OHSAS

    18001 como um guia para a implementao de SGSST em empresas, seja ela de

    qualquer porte ou ramo.

    Palavras Chave:construo civil; segurana do trabalho; sistema; gesto.

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    ABSTRACT

    The present work addresses the topic Occupational Health and Safety through

    a holistic view, showing the new trend of construction companies to increaseearnings at H&S and productivity. What was observed is that there is no more space

    in the current scenario for companies that still have high rates of accident or fail to

    focus on the safety of their workers.

    Through research and case study , the paper presents an Occupational Health

    and Safety Management System , which is currently considered the best instrument

    to ensure the advancement of the techniques required to constant improvements of

    the working environment in the construction , presenting the concept of an OHSMS,

    how they work, what advantages and hazards inherent in the implementation and the

    tools needed to achieve the goals of the system is the continuous improvement of

    Occupational Safety and mostly affect the culture of process workers, making there is

    a change in the sense that safety is everyone's responsibility transforming them into

    multipliers of good practice in OSH .

    The work also exposes the perspective of all interested and affected parties,

    directly or indirectly, by OHSMS, the possibility of integration of OSH management

    systems with quality and environment systems and disseminate the OHSAS 18001

    as a guide for implementation OHSMS in companies, be it any size or line .

    Keywords:construction, work safety, system, management.

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    1. INTRODUO

    1.1 Consideraes iniciais

    O atual cenrio social e econmico do pas vm passando por mudanas que

    desafiam as empresas a conciliarem a boa produtividade um ambiente de trabalho

    saudvel e livre de riscos. Nesse novo cenrio surge a necessidade de novas

    estratgias e modelos que ajudem as empresas a garantir a gesto eficaz desta

    demanda.

    Nos ltimos anos, o aumento competio do mercado e o crescimento da

    exigncia dos clientes levaram as organizaes a implementarem sistemas para

    garantir a satisfao do cliente atravs da qualidade do seu produto. Esse fato

    tambm foi evidenciado no setor da construo civil brasileira, na qual teve um

    grande nmero de certificaes em empresas construtoras com base na norma ISO-

    9001 e em normas de gesto da qualidade desenvolvidas especificamente para o

    setor. A mudana do cenrio est justamente neste ponto, onde a competitividade e

    o lucro no so mais diferenciais de mercado. preciso mostrar sociedade que a

    empresa tambm possui um papel tico e social e trabalha na valorizao dos seus

    funcionrios e do meio ambiente, sendo responsvel pelas condies de sade e

    segurana no ambiente de trabalho.

    O mercado agora fora o empresrio a rever seus tradicionais meios de

    gesto da SST, considerando que estes apenas visam o cumprimento de leis e

    normas do MTE, tendo ainda aquele pensamento antiquado de que basta estar de

    acordo com a NR 18 para no ter a obra embargada pela DRT em caso de

    fiscalizao. H ainda uma grande lacuna para as empresas, principalmente da

    construo civil que se adequam muito bem ao exemplo citado, para que sejam

    reavaliadas e modificadas as formas de administrar um canteiro.

    Assim, ao longo da evoluo dos anos, cada vez mais, a

    preocupao com o bem estar e com a integridade fsica dos colaboradores

    passou a ser um elemento de destaque na gesto de um negcio.

    Desenvolveu-se um entendimento de que as pessoas envolvidas no

    trabalho so o bem mais valioso para uma atividade bem feita que

    proporciona tornar uma organizao competitiva e bem sucedida comercial

    e socialmente. (DINIZ, 2005).

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    Os novos modelos de gesto no devem ter como objetivo apenas atender s

    exigncias legais, mas, a partir delas, instituir uma cultura de preveno de

    acidentes de trabalho que garanta a segurana e a integridade dos trabalhadores,

    podendo desencadear, como consequncia, o aumento da produtividade e a

    melhoria da qualidade dos servios.

    Assim vm surgindo e sendo disseminados com maior frequncia os SGSST,

    tema deste trabalho, que visa auxiliar as empresas no somente a garantir um

    ambiente seguro e saudvel, mas tambm a criar uma cultura prevencionista dentro

    de cada funcionrio

    1.2 Objetivo

    Este trabalho tem como propsito apresentar e discutir os motivos, os

    principais elementos, dificuldades e vantagens que podem ser obtidos com a

    implementao de um SGSST em empresas construtoras, contribuindo com

    informaes relevantes que auxiliem as organizaes na concepo e

    implementao de seus SGSST, baseado em normas e diretrizes internacionais, que

    visa principalmente a mudana comportamental de toda a empresa.

    1.3 Justificativa

    Segurana no trabalho um tema muito discutido em todo o mundo, mas

    especificamente na construo civil, esse assunto gera muitas duvidas, sejam elas

    na questo de como aplicar a segurana no trabalho na empresa ou na questo da

    fiscalizao. No geral, a segurana do trabalho, um dos maiores problemas no

    campo da construo, gerando prejuzo de bilhes de reais em indenizaes por

    ano. E no Brasil no diferente, devido ao aquecimento neste setor, e as diversas

    falhas na aplicao de gesto, torna o Brasil um dos pases com mais acidentes de

    trabalho do mundo.

    O Brasil atualmente passa por um momento muito bom na construo civil,

    onde nunca antes na histria houve tantas obras sendo executadas, sejam estas

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    obras civis, como casas, prdios, shoppings etc. como grandes obras pblicas de

    infraestrutura, como barragens, pontes, rodovias e estdios.

    Essa exploso no setor trouxe muitas vantagens, como o crescimento da

    economia, grande oferta de emprego e para a Engenharia Civil, que est em

    contnuo processo de aperfeioamento tcnico em seus mais variados seguimentos.

    Um destes seguimentos a Segurana do trabalho, que obteve grande

    aperfeioamento de tcnicas e sistemas de gesto e conseguiu mudar o modo de

    pensamento das empresas, que antes priorizavam investimentos apenas no

    aumento da produtividade, deixando a segurana em segundo plano.

    Com essa mudana de cenrio, a produtividade aliada segurana no

    trabalho torna-se um desafio a mais s empresas. Surgem assim os vrios mtodos

    e sistemas com o objetivo de criar uma gesto da segurana do trabalho alinhado

    produtividade e integridade dos colaboradores.

    Diante dessa situao, torna-se necessrio priorizar aes e adotar polticas

    mais contundentes para a preveno de riscos e incidentes nos locais de trabalho.

    Nessa lgica, assume relevada importncia mencionar novos mtodos de gesto da

    SST.Por buscar melhores resultados em segurana do trabalho por meio de um

    caminho inovador, que une as ferramentas aplicadas na gesto da segurana a um

    novo programa que busca mudar os preceitos comportamentais dos empregados e

    por estar inserido num ambiente em que a preocupao com a segurana vem antes

    at mesmo da importncia que se d produtividade, o desenvolvimento da

    pesquisa em torno dos SGSST foi abordado na elaborao deste trabalho.

    1.4 Metodologia

    Para elaborar o trabalho, inicialmente, foram analisados os melhores meios

    para se pesquisar e apresentar as informaes levantadas.

    Em seguida, partiu-se para uma anlise terica do material disponvel para

    consulta relacionado ao assunto trabalhado, verificando dessa maneira, os aspectos

    mais relevantes e os mais recentes diretamente ligados ao tema, ou seja, foilevantado o estado da arte sobre o conhecimento envolvido na elaborao do

    trabalho.

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    Por fim, foi evidenciado todo o sistema de gesto da segurana na empresa,

    passando por cada ferramenta utilizada, alm de mostrar os meios de controle para

    acompanhamento do processo.

    A partir dessa abordagem citada anteriormente, foi possvel chegar ao

    resultado final, estruturado em um relatrio e em uma apresentao para divulgao

    do trabalho executado.

    Todos os dados e informaes foram levantados mediante pesquisas de

    referncias bibliogrficas de textos e artigos na internet, bem como em livros e

    peridicos de circulao nacional. Foram obtidas ainda informaes com os

    tcnicos, engenheiros de segurana e funcionrios do canteiro de obras da

    Construtora e Incorporadora PDG Realty, Regional Belm. Tal metodologia foi

    utilizada, pois ela permitiu que se entrasse em contato com o que h de mais atual

    em termos de publicaes referentes ao tema, sem falar na questo de poder obter

    as informaes diretamente com os responsveis pelo assunto, que idealizaram

    implementao e so responsveis pelo monitoramento dos resultados conseguidos

    com ele.

    2. CONTEXTUALIZAO TERICA

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    Neste captulo sero apresentados aspectos conceituais, fazendo um resumo

    sobre a SST, apresentando conceitos bsicos, discutindo o cenrio atual da SST no

    Brasil e como este tema se relaciona com a Indstria da Construo Civil.

    2.1 Aspectos Gerais da SST

    Segurana no trabalho o conjunto de tcnicas e medidas utilizadas em uma

    empresa visando o bem-estar fsico, mental e social do trabalhador e no apenas a

    ausncia de enfermidade, focando na qualidade de vida, otimizao do ambiente e

    reduo de acidentes no trabalho, sempre alinhado melhor produtividade da

    empresa.

    Por segurana do trabalho definida como uma srie de medidas

    tcnicas, mdicas e psicolgicas, destinadas a prevenir acidentes

    profissionais, educando os trabalhadores nos meios de evit-los,

    como tambm procedimentos capazes de eliminar as condies

    inseguras do ambiente de trabalho. (VIEIRA, 1994)

    A segurana do trabalho tem o objetivo de evitar o acidente de trabalho, que

    aquele evento inesperado que acontece atravs de uma atividade trabalhista a

    servio de uma empresa, causando leso corporal ou outra perturbao que cause a

    perda ou reduo permanente ou temporria da capacidade laboral, interferindo no

    processo normal de uma atividade, causando perda de tempo til e/ou leses nos

    trabalhadores e/ou danos materiais.

    2.2 A Evoluo da SST e o cenr io atual

    O conceito de Segurana do Trabalho como conhecemos hoje comeou a ser

    desenhado a partir da Revoluo Industrial. Com a introduo da mquina um novo

    meio ambiente trabalhista nascia, com o incio da produo industrial e o

    crescimento do capitalismo que se deu devido a essa mudana no cenrio

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    trabalhista, mas as fbricas da poca no possuam a menor condio de trabalho.

    As mquinas eram to primitivas que no ofereciam nenhuma condio segura ao

    trabalhador que naquela poca era constitudo por homens, mulheres e at mesmo

    crianas, sem precisar de qualquer exigncia de capacitao e tinham de trabalhar

    turnos de mais de 12h, ficavam expostos a um ambiente insalubre, sem ventilao

    ou iluminao adequada e sem garantia trabalhista nenhuma caso o trabalhador

    viesse a sofrer algum dano em decorrncia do trabalho, pois na poca no existia

    nenhuma norma ou lei trabalhista e os empresrios s visavam produo de suas

    fbricas.

    Pouco a pouco, o cenrio trabalhista foi mudando, leis que asseguravam os

    direitos dos trabalhadores eram criadas e assim, com o passar do tempo, a

    sociedade passou a amparar aqueles que eram vtimas de acidentes de trabalho

    atravs dos rgos responsveis.

    O conceito de empresa moderna incompatvel com o ambiente de trabalho

    insalubre e perigoso. As boas prticas de sade e segurana trazem retorno

    econmico e de imagem s organizaes e, portanto, extremamente

    importante s empresas estarem voltadas para a preveno tanto das

    doenas de trabalho como de potenciais acidentes (Ricardo Gross Hojda,

    2007)

    O sucesso de qualquer prtica empresarial est intimamente ligado ao fato de

    se manter o seu recurso humano em condies timas de sade e segurana.

    Atualmente o Brasil vem vivendo um momento singular da histria da

    indstria. So ndices recordes de crescimento em considerao s duas ltimas

    dcadas. Isto , em grande parte, o reflexo do desenvolvimento econmico e social

    recente, que, alm do crescimento da produo, incluiu no mercado consumidor

    grande parcela de brasileiros.

    Nos ltimos anos tivemos uma grande expanso da indstria, principalmente

    na construo civil, com expanso do crdito imobilirio em todas as regies do pas

    e principalmente de investimentos em obras governamentais, principalmente de

    programas como o PAC (Programa de Acelerao do Crescimento) e obras de

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    infraestrutura para a realizao dos dois maiores eventos esportivos do mundo:

    Copa do Mundo e Olimpadas.

    Durante muitos anos a Segurana e Medicina do Trabalho no Brasil

    estiveram relegadas a uma posio de segunda classe. Apesar dos

    esforos pioneiros de alguns abnegados, tanto o empresariado como os

    trabalhadores e o poder publico, mantinham-se imobilizados, observando-se

    a poltica de que a atividade em condies de dano sade do trabalhador

    era decorrente dos processos laborativos prprios, permitindo-se a

    monetarizao do risco, o que satisfazia a todas as partes. (Bensoussan,Eddy 1999)

    A Medicina do Trabalho no Brasil s comea a ocupar o espao que lhe de

    direito, com a percepo do empresariado de que o cuidado com a sade

    fsica e mental de seus funcionrios est intimamente ligado produtividade

    e ao lucro desejado, e com a conscientizao do trabalhador, que por sua

    vez estimula o poder publico para uma postura de preveno, fiscalizao e

    estabelecimento de uma poltica realmente voltada higiene e Seguranado Trabalho (Bensoussan, Eddy 1999)

    Esta rpida expanso da indstria como um todo colaborou para a mudana

    de comportamento, principalmente por parte das grandes empresas, em relao

    Sade e Segurana do Trabalho.

    3. GESTO DA SADE E SEGURANA NO TRABALHO

    3.1 Conceituao de SGSST

    Um sistema pode ser entendido como uma srie de recursos que so

    interligados entre si formando um conjunto nico, visando um objetivo geral a ser

    atingido. No geral, um conjunto de elementos inter-relacionados que geram um

    fluxo de informaes entre as partes componentes desse sistema, entendendo-se

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    que seu funcionamento como um todo um fenmeno nico, irredutvel em suas

    partes.

    Chiavenato (1993) cita que deve ser includa a retroao como uma das

    caractersticas desejveis aos sistemas, ou seja, deve haver uma comunicao de

    retorno que corrija os desvios do sistema em relao aos seus objetivos ou

    propsitos. Essa idia apresentada na Figura 01

    Figura 01 Representao de um sistema

    Fonte: Acervo do autor

    Definido o que um sistema, partimos para a conceituao do que deve ser

    gesto. O ato de gerir ou administrar pode, por questo de objetividade, ser

    definido com base na ISO-9000: atividades coordenadas para dirigir e controlar uma

    organizao, ou seja, o ato de administrar ou gerenciar ambiente, pessoas ourecursos, com o objetivo de atingir metas fixadas.

    Figura 02 Abrangncia da gesto

    Fonte: Acervo do autor

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    Segundo Benite (2004) os Sistemas de Gesto podem ser entendidos como

    um conjunto de elementos dinamicamente relacionados que interagem entre si para

    funcionar como um todo, tendo como funo dirigir e controlar uma organizao com

    um propsito determinado.

    Sendo assim, conclui-se que um Sistema de Gesto da Segurana e Sade

    no Trabalho um elemento que atua no sentido de promover a eficcia da SST

    dentro de uma empresa, fazendo com o tema seja abordado com uma viso

    holstica, compreendendo toda a complexidade dos elementos que afetam

    diretamente a segurana dos funcionrios no ambiente de trabalho de forma que a

    SST esteja integrada com todos os processos da cadeia de produo, seja ela de

    qualquer ramo.

    Segundo a Organizao Internacional do Trabalho (OIT), o objetivo da

    Segurana e Sade no Trabalho : promover e manter um elevado grau de bem-

    estar fsico, mental e social dos trabalhadores em todas suas atividades, impedir

    qualquer dano causado pelas condies de trabalho e proteger contra os riscos da

    presena de agentes prejudiciais sade (OIT, 2004).

    Barreiros (2002) define o SGSST como uma srie de aes da empresaconstrudas atravs de polticas, programas, procedimentos e processos ligados ao

    negcio da organizao para auxili-la a estar em conformidade com as exigncias

    legais e demais partes envolvidas e simultaneamente dar coerncia a sua prpria

    concepo filosfica e cultural para conduzir suas atividades com tica e

    responsabilidade social. Nessa definio possvel notar que os propsitos do

    SGSST so detalhados.

    Os elementos do SGSST podem ser procedimentos, programas, definio

    de responsabilidades, controles, diretrizes, recursos fsicos, financeiros e

    humanos com diferentes graus de complexidade, sendo que o nvel de

    complexidade e a eficcia dos elementos so estabelecidos pela

    organizao.(Benite,2004)

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    Segundo Benite (2004) apud Brauer (1994) ainda na dcada de 30, introduziu

    um importante princpio que fundamenta os atuais modelos de SGSST. Este

    princpio estabelece que as aes de preveno deveriam focar mais a investigao

    e identificao antecipada das causas ao invs dos efeitos dos acidentes (leses,

    danos etc.), tal prerrogativa demanda uma mudana da forma de atuao das

    organizaes, saindo de uma ao exclusivamente reativa, e que depende da

    ocorrncia de acidentes reais para tomada de aes corretivas, para uma ao

    proativa, na qual existe a identificao e controle dos perigos antes de se tornarem

    acidentes.

    Figura 03 Mudana na forma de atuao das organizaes

    Fonte: Adaptado de Benite (2004)

    Assim, os SGSST podem contribuir efetivamente para que as empresas

    obtenham a melhoria contnua de desempenho, visto que apresentam

    mecanismos sistmicos de melhoria, fundamentam-se em uma atuao

    proativa e podem deflagrar a constncia de propsitos. (Benite, 2004)

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    3.2 Conceitos Bsicos

    A seguir so apresentados os principais conceitos sobre os itens bsicos

    inerentes a um SGSST.3.2.1Acidentes e Quase-acidentes

    O primeiro termo a ser definido e discutido acidente, visto que um dos

    principais objetivos dos SGSST a eliminao ou reduo de sua ocorrncia.

    O termo acidente naturalmente remete a um evento repentino, que ocorre

    por acaso e que resulta em danos pessoais. No entanto, essa viso inadequada e

    acaba por gerar dificuldades no campo da preveno dos acidentes, pois favorece a

    concepo das seguintes idias incorretas:

    Acidentes ocorrem por acaso;

    As consequncias ocorrem imediatamente aps o evento;

    Os acidentes necessariamente resultam em danos pessoais.

    O dicionrio define acidente, como: Acontecimento infeliz, casual ou no, e

    de que resulta ferimento, dano, estrago, prejuzo, avaria, runa etc.; desastre

    (Aurlio, 2010).

    Nota-se que essa definio evidencia que um acidente pode ser casual ou

    no, ou seja, um acidente pode no ocorrer necessariamente por um acaso (causas

    ignoradas, mal conhecidas e imprevistas), ou seja, ele pode ter causas bem

    conhecidas.

    Tal definio tambm no contempla nenhuma relao de temporalidade

    entre o evento e suas consequncias, o que comprova que a considerao de queum acidente um evento que resulta em consequncias imediatas ou repentinas

    um erro. Isto pode ser facilmente compreendido quando se abordam as doenas

    ocupacionais, que so consideradas acidentes, e em sua grande maioria, existe um

    intervalo ou tempo de latncia at que as consequncias se tornem evidentes.

    Outro termo de grande importncia o quase-acidente, que, segundo a

    norma OHSAS-18001, definido como: um evento no previsto que tinha potencial

    de gerar acidentes. Essa definio visa incluir todas as ocorrncias que noresultam em morte, problemas de sade, ferimentos, danos e outros prejuzos.

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    O conhecimento dos quase-acidentes fornece informaes para as

    organizaes identificarem deficincias e estabelecerem as devidas medidas de

    controle, permitindo eliminar ou reduzir a probabilidade de que se tornem acidentes

    reais em uma situao futura.

    Assim, a gesto da SST nas organizaes deve ter como foco, no apenas a

    eliminao e reduo de acidentes, mas tambm dos quase-acidentes, criando

    mecanismos que possibilitem a sua deteco, anlise e a subsequente

    implementao de medidas de controle.

    3.2.2 Condies inseguras e Atos insegurosSegundo Diniz (2005), a segurana ocupacional visa evitar o acidente de

    trabalho, ou seja, aquela ocorrncia no programada que se d pelo exerccio do

    trabalho a servio da empresa, provocando leso corporal ou perturbao funcional

    que cause a morte, perda ou reduo permanente ou temporria da capacidade

    para o trabalho, interferindo no processo normal de uma atividade, ocasionando

    perda de tempo til e/ou leses nos trabalhadores e/ou danos materiais.

    Dois fatores podem levar a ocorrncia de um acidente do trabalho: atos

    inseguros e/ou condies inadequadas.

    Os atos inseguros so aquelas onde a negligncia do funcionrio acarreta em

    um resultado negativo para si prprio, terceiros ou o meio ambiente. Um exemplo

    bastante comum de ato inseguro a negligncia da utilizao dos EPI

    (Equipamentos de Proteo Individual), onde a empresa disponibiliza ao funcionrio

    todo equipamento de proteo necessrio realizao segura de sua atividade e o

    mesmo decide no us-los.

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    Figura 04 - Ato inseguro

    Fonte: Acervo do Autor

    J as condies inadequadas so aquelas presentes no ambiente de trabalho

    que sejam um potencial risco de acidente, podendo estar ou no ligada diretamente

    ao trabalhador. Exemplificando estas condies podemos citar: montagem de laje

    acima de 2m de altura (caracteriza trabalho em altura) onde esta no possui

    nenhuma proteo dos vos, cabos de vida para os trabalhadores se atracarem,

    pontas verticais de ao expostas entre outros.

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    Figura 05 Condio insegura

    Fonte: Acervo do Autor

    3.2.3 Perigo e Risco

    O principal objetivo de um SGSST a gesto de riscos profissionais. Segundo

    o guia da OIT (2011), um perigo uma situao adversa existente dentro do

    ambiente de trabalho que possui potencial nocivo podendo provocar efeitos

    adversos na sade dos trabalhadores ou causar danos materiais. J o risco a

    possibilidade ou a probabilidade de que uma pessoa fique ferida ou sofra efeitosadversos na sua sade quando exposta a um perigo, ou que os bens se danifiquem

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    ou se percam. A relao entre perigo e risco a exposio, seja imediata ou em

    longo prazo.

    Fig.06 Relao entre perigo e risco

    Fonte: Sistema de Gesto da Segurana e Sade do Trabalho: Um instrumento para uma melhoria

    contnua. (OIT, 2011)

    Para tal, a deteco de perigos e a avaliao de riscos tm de ser

    consideradas de modo a identificar o que poderia afetar os trabalhadores e a

    propriedade, para que seja possvel desenvolver e implementar medidas de

    preveno e de proteo adequadas. O mtodo de avaliao de riscos que a seguir

    se indica, com 5 etapas, foi desenvolvido pelo rgo Executivo de Segurana e

    Sade do Reino Unido como uma simples abordagem para avaliar riscos:

    Fig. 07 Mtodo de avaliao de riscos

    Fonte: Sistema de Gesto da Segurana e Sade do Trabalho: Um instrumento para uma melhoriacontnua. (OIT, 2011)

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    Segundo a OIT (2011), um processo de avaliao de riscos pode ser inserido

    em qualquer ramo e tamanho de empresa, bem como aos recursos e s

    competncias disponveis, basta a empresa determinar qual a complexidade de

    riscos existentes em seu negcio e assim mobilizar recursos e competncias de

    acordo com o nvel de risco.

    Ainda de acordo com a OIT (2011) existem dois mtodos de avaliao de

    riscos considerados essenciais para a gesto de riscos profissionais so a

    determinao dos valores limite de exposio profissional (VLE) e a constituio de

    listas de doenas profissionais.

    3.2.4 Elementos chaves de um SGSST

    Os elementos deste sistema de gesto no so estticos e devem reagir e se

    adaptarem aos desvios (reais ou potenciais) que ocorram em relao aos seus

    objetivos e propsitos, visando melhoria contnua. Para a implantao do SGSST

    tambm importante conhecer os nveis de desempenho em relao Sade e

    Segurana do Trabalho que as organizaes podem apresentar, visto que o

    propsito bsico do sistema atuar sobre esse desempenho. Estes sistemas de

    gesto podem contribuir para que empresas obtenham um nvel de melhoria

    contnua de desempenho, visto que apresentam mecanismos sistmicos de

    melhoria, fundamentando-se em uma atuao proativa.

    Muito se tem falado a respeito de Sistema de Gesto. O assunto virou tema

    obrigatrio em quase todos os encontros profissionais. Por toda parte h

    gente falando sobre isso, alguns com conhecimento de causa, outros, no

    entanto apenas repetindo coisas que ouviram e muitos o fazendo sem

    qualquer anlise mais detalhada. Estamos diante de uma verdadeira faca de

    dois gumes, que tem de um lado a possibilidade de conduzir segurana e

    sade ao mundo da modernidade, mas ao mesmo tempo, trs em si a

    possibilidade de conduzirmos o assunto para mais um conjunto esttico,

    onde possvel encontrar inmeras explicaes para os fatos, mas que de

    forma alguma conduzem a real soluo dos problemas. H urgente

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    necessidade, de que aqueles que tm ligao direta com as questes de

    segurana e sade em nosso pas - e portanto conheam a distncia entre a

    realidade e o proposto - detenham-se numa anlise mais profunda quanto

    ao assunto. Podemos sim estar diante de um momento e oportunidade quenos leve a um futuro melhor, como ao mesmo tempo corremos o risco de

    legar a preveno ao vazio das pilhas das adequaes, conformidades e

    documentos - fceis de produzir - mas que na prtica em nada melhoram a

    vida dos trabalhadores. A pergunta chave, para este momento da histria de

    nossa rea saber at que ponto nossa cultura capaz de suportar as

    questes de segurana e sade a partir dos modelos propostos.(Palsio,

    2003)

    O sistema de gesto de segurana tem sido a principal estratgia para atacar

    o srio problema social e econmico dos acidentes e doenas no ambiente de

    trabalho. No existe um modelo de sistema de gesto de segurana predominante

    entre as empresas. Na verdade, muitas delas procuram conceber o seu prprio

    sistema de gesto, a partir de suas experincias com a gesto para a qualidade

    total.O modo comocada empresa introduz o seu modelo, cria ou no as condies

    favorveis para alcanarem as melhorias desejadas ao longo do tempo e ai entram

    os valores da diretoria da empresa, pois o modo como os gestores pensam e do

    importncia em relao aos riscos e perigos que ir definir os fatores que o SGSST

    poder trabalhar para elevar o desempenho da SST.

    a contnua introduo dessas melhorias que leva a estgios superiores de

    excelncia na gesto do sistema de segurana do trabalho por meio da melhoria do

    desempenho da mesma.

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    Figura 08 Ciclo de Deming

    Fonte: site http://www.bulsuk.com/2009/02/taking-first-step-with-pdca.html

    Este conceito de procedimento baseia-se no princpio do Ciclo Deming Plan-

    Do-Check-Act (PDCA), concebido nos anos 50 para verificar o desempenho de

    empresas numa base de continuidade. Quando aplicado a SST, Plan envolve o

    estabelecimento de uma poltica de SST, o planeamento incluindo a afetao derecursos, a aquisio de competncias e a organizao do sistema, a identificao

    de perigos e a avaliao de riscos. A etapa Do refere-se implementao e

    operacionalidade do programa de SST. A etapa Check destina-se a medir a eficcia

    anterior e posterior ao programa. Finalmente, a etapa Act fecha o ciclo com uma

    anlise do sistema no contexto de uma melhoria contnua e do aperfeioamento do

    sistema para o ciclo seguinte

    3.3 Os motivos e os perigos inerentes ao processo de

    sistematizao

    Como j foi dito, a implantao de um SGSST tima para a empresa, pois

    alm das boas prticas de sade e segurana trazerem retorno econmico e de

    imagem s organizaes, ele tambm auxilia no cumprimento das normas e

    permitem a integrao das questes de sade e da segurana no trabalho prtica

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    empresarial. Esto muito ligados ao sucesso do negcio, pois atuam diretamente em

    um dos fatores de maior importncia das empresas: o ser humano.

    O primeiro motivo para implantar que auxilia a cumprir a legislao, afinal

    de contas transforma itens de legislao em meios de gerenciamento. O

    segundo motivo ajudar na reduo de custos de segurana e sade,

    valendo-se da articulao de aes. O terceiro motivo, diz respeito a

    preservao de imagem das empresas. O quarto motivo, muito parecido

    com o terceiro diz respeito a manuteno da imagem e exigncias dos

    clientes. Importante mesmo talvez seja a meno a oportunidade de inserirsegurana e sade como um fator de produo. (Palsio, 2003)

    Quando se ouve que a diretoria de uma empresa optou por sistematizar a

    Segurana do Trabalho, a primeira coisa que nos vem cabea de que esta

    empresa uma entidade sria, que no visa apenas a produo e o lucro, mas

    tambm est comprometida com a qualidade de seu produto e com o bem estar detodos os seus colaboradores. Essa imagem imediata pode at parecer uma grande e

    boa novidade, mas tambm pode esconder e omitir algumas falhas e at mesmo

    riscos que so inerentes ao processo.

    Que os Sistemas de Gesto so necessrios e devem vir isso uma

    verdade. Que os Sistemas de Gesto feitos por pacotes so interessantes

    nem sempre. E entre uma coisa e outra temos o problemas da falta de

    conhecimento de nossos colegas especialistas dentro das empresas.

    (Palsio, 2003)

    Segundo Palsio (2003), A falta de atualizao nos processos de gesto da

    SST uma das maiores falhas afetam os profissionais da rea. Pouca genteentende que se fosse apenas para dizer o que no deve ser feito no haveria

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    necessidade do especialista. necessrio entender que o proibir no carece de

    muito conhecimento, mas o permitir com solues e novas possibilidades, isso sim

    agrega valor e traduz-se em resultados.

    Ainda segundo Palsio (2003), a implantao de SGSST vem virando moda

    no mercado de trabalho e isso acaba gerando uma enorme quantidade de empresas

    que apenas compram procedimentos que deram certos em outros lugares para

    evitarem o trabalho de todo o estudo necessrio para implementao de um sistema

    de acordo com a realidade da empresa, e tais sistemas enlatados acabam por servir

    apenas como burocracia desnecessria, passando uma falsa sensao de

    segurana, pois sistemas assim no contemplam a mudana na mentalidade e

    comportamento dos funcionrios que, acabam no entendendo nada do processo e

    de to burocrtico que se torna o sistema, ocorre que este vira uma pilha de papis

    que s serviro como provas de um falso gerenciamento para tornar real algo em

    termos de preveno e servir para iludir a prxima auditoria, mas que na prtica

    no traz segurana nenhuma aos funcionrios.

    O grande primeiro erro diz a interpretao de que comprar um sistema vai

    resolver todos os problemas do mundo da preveno da empresa onde

    voc trabalha. A maioria dos casos tem mostrado que isso acaba na

    presena de mais um aliengena na cabea dos trabalhadores e como tal

    acaba virando algo semelhante aos demais sistemas feitos para auditor ver.

    O segundo grande erro diz respeito aos mgicos da preveno alis,

    estes so velhos conhecidos e problemticos. Trazem para dentro das

    empresas truques e mgicas de ltima gerao cujo nico defeito noter aplicao quela realidade. Surge ento uma pseudossensao de

    preveno que logo se desfaz quando os acidentes comeam a ocorrer

    infelizmente muitas vezes pela troca de prticas consagradas e seguras

    pelo novo bonito e que permite fotos em jornais.

    O terceiro maior de todos os erros diz respeito a ignorar o cho de fbrica,

    o processo e sua voz. (Palsio, 2003)

    Ainda hoje no existe certificao ou padronizao de requisitos para se

    implementar um SGSST, porm muitas empresas que desenvolveram seus prpriossistemas tiveram como base a Norma OHSAS 18001 que, diferente das conhecidas

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    certificaes ISO 9001 (Qualidade) e ISO 14001 (Meio Ambiente), esta norma

    especifica requisitos para um sistema de gesto da SST, para permitir a uma

    organizao desenvolver e implementar uma poltica e objetivos que levem em

    considerao requisitos legais e informaes sobre os riscos de SST.

    3.4 OHSAS 18001

    Os Sistemas de Gesto de SST vieram ao longo dos anos se aprimorando e

    melhor se adequando aos diferentes seguimentos de empresas que queriam

    melhorar o bem estar do ambiente de trabalho. No h ainda um padro de

    requisitos que certifique uma empresa em excelncia na Sade e Segurana. Umatentativa de 1999 do Instituto de Normalizao Britnico (BSI) para desenvolver uma

    norma de gesto de SST sob a influncia da ISO originou linhas orientadoras de

    SGSST na forma de normas tcnicas de carcter privado. Surge ento a

    Occupational Health and Safety Assessment Series, comumente conhecida como

    OHSAS 18001, cuja melhor traduo Srie de Avaliao da Segurana e Sade no

    Trabalho.

    A OHSAS 18001 consiste em uma srie de normas britnicas para orientaode formao de um Sistema de Gesto e certificao da segurana e sade

    ocupacionais (SSO). uma ferramenta que fornece orientaes sobre as quais uma

    organizao pode implantar e ser avaliada, com relao aos procedimentos de

    sade e segurana do trabalho. O sistema de gesto proposto pela OHSAS pode

    ser integrado aos sistemas de gerenciamento ambiental e tambm aos sistemas de

    qualidade, mas sua funcionalidade independe dos outros. A norma OHSAS expe

    requisitos mnimos para a construo de um sistema de gesto da SSO onde aorganizao deve estudar os perigos e riscos do trabalho aos quais os trabalhadores

    (prprios ou terceirizados) podem estar expostos.

    As Normas OHSAS para a gesto da SST tm por objetivo fornecer s

    organizaes elementos de um sistema de gesto da SST eficaz, que possa

    ser integrado a outros requisitos de gesto, e auxili-las a alcanar seus

    objetivos de SST e econmicos. No se pretende que essas normas, bem

    como outras Normas Internacionais, sejam utilizadas para criar barreiras

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    comerciais no-tarifrias, nem para ampliar ou alterar as obrigaes legais

    de uma organizao. Esta Norma OHSAS especifica requisitos para um

    sistema de gesto da SST, para permitir a uma organizao desenvolver e

    implementar uma poltica e objetivos que levem em considerao requisitoslegais e informaes sobre os riscos de SST. Pretende-se que seja aplicada

    todos os tipos e portes de organizaes e se adeque a diferentes condies

    geogrficas, culturais e sociais. (OHSAS 18001 Apostila de Normas)

    Figura 09 Requisitos da OHSAS 18001

    Fonte: Adaptado da OHSAS 18001

    Esta norma aplicvel a todos os tipos e portes de organizaes e passvel

    de integrao com outros sistemas de gesto (qualidade, meio ambiente e

    responsabilidade social). Ela no define padres de desempenho ou indica como

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    podem ser desenvolvidos seus elementos, apenas apresenta requisitos bsicos a

    serem cumpridos. Essa condio pode resultar em empresas com sistemas de

    gesto de SST baseados na OHSAS, porm com resultados de desempenho

    completamente diferentes. A norma OHSAS baseada na metodologia PDCA (plan,

    do, check e act)

    O mtodo consiste na elaborao da poltica de SSO e de objetivos

    relacionados ao comportamento que esta empresa pretende ter com relao SSO.

    Esse comportamento ser monitorado pela prpria empresa, por meio de planos de

    ao, indicadores, metas e auditorias. Os critrios de desempenho e

    A abrangncia so estipulados pela prpria empresa, que deve definir qual o

    nvel de detalhamento e exigncia deseja atingir na gesto de segurana.

    Figura 10 Plano de melhoria contnua

    Fonte: Sistema de Gesto da

    Segurana e Sade do

    Trabalho: Um instrumento para uma

    melhoria contnua. (OIT, 2011)

    3.5 As etapas do processo

    A seguir so

    apresentados alguns

    principais itens do processo de

    implantao de um

    SGSST baseado em

    OHSAS 18001

    O desenvolvimento da poltica.

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    Para a OHSAS 18001, o principal meio de se conseguir xito na implantao

    de um SGSST a mudana comportamental dos funcionrios.

    A principal ferramenta para alcanar este objetivo atravs de uma poltica

    de segurana slida, que valorize os funcionrios e todos aqueles que fazem a

    empresa.

    A poltica de S&S estabelece um conjunto de princpios e diretrizes gerais que

    servem de guia para as aes bsicas para implementar o SGSST. A alta

    administrao deve assegurar que todos os elementos da poltica esto sendo

    contemplados. este documento ir influenciar as atitudes e posturas gerenciais

    necessrias para uma mudana de comportamento dos trabalhadores.

    3.5.1 O planejamento

    A fase de planejamento a primeira do PDCA, sendo uma etapa crtica para a

    implementao do SGSST. Nesta fase sero identificados os perigos e

    potencialidade dos danos, as necessidades de recursos materiais, humanos e

    financeiros e definio de objetivos e metas. O sucesso na implementao de um

    SGSST requer posturas gerenciais pr-ativas em todos os nveis hierrquicos.

    3.5.2 Implementao e operao

    Para garantir o atendimento da poltica e a implementao do SGSST, dever

    ser designado um representante da alta administrao. Este dever ter nvel de

    autoridade e responsabilidade para conduzir o processo de implementao do

    sistema, avaliar as necessidades de recurso e minimizar conflitos. Destaca-se que aresponsabilidade pela implementao e melhoria contnua do SGSST de cada

    pessoa exercendo uma funo dentro da empresa:

    definio dos recursos, atribuies das funes, responsabilidades,

    prestao de contas e de autoridades.

    definio do quadro de competncias, treinamento e conscientizao.

    comunicao (disseminao das informaes), definio daparticipao e consulta aos empregados nas etapas

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    definio da documentao necessria para inspees e para

    execuo das aes de SSO

    Preparao e resposta a emergncias;

    3.5.3 Verificao e controle

    Nesta etapa, a empresa deve avaliar o nvel de eficincia dos recursos

    disponibilizados para a implementao do SGSST de forma a garantir a realizao

    das operaes de forma segura. A verificao deve incluir a inspeo e

    monitoramento contnuo dos processos, produtos, servios e projetos, atravs do

    uso de ferramentas de antecipao de problemas, suportadas por um sistema de

    auditorias peridicas do SGSST:

    Monitoramento e medio do desempenho

    Avaliao do atendimento a requisitos legais (e outros)

    Investigao (incidentes, no-conformidades, aes preventivas e

    corretivas)

    Controle de registros

    Auditoria interna

    Atuar e corrigir

    O SGSST dever ser analisado criticamente em intervalos definidos pela alta

    administrao nas reunies de anlise crtica a fim de assegurar os mecanismos

    para melhoria contnua. Essa anlise crtica inclui a avaliao dos resultados das

    auditorias internas e externas bem como o acompanhamento dos indicadores de

    desempenho, visando assegurar:

    Capacidade de antecipar os problemas e identificar vulnerabilidades

    Garantir que as operaes estejam de acordo com os requisitos legais

    Adequar o SGSST aos procedimentos

    Aprovar recursos necessrios para a conduo do SGSST

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    3.5.4 Anlise cr tica pela direo

    A implantao da OHSAS 18001 retrata a preocupao da empresa com a

    integridade fsica de seus colaboradores e parceiros. O envolvimento e participaodos funcionrios e da alta direo no processo de implantao desse sistema de

    qualidade so, assim como outros sistemas, de fundamental importncia.

    3.6 Recomendaes e diretrizes para a melhoria em SST

    A Tabela 01 rene de forma sinttica as implicaes da anlise dos diferentes

    conceitos expostos no decorrer deste captulo, apresentando algumas

    recomendaes e diretrizes para as empresas que pretendem melhorar seu

    desempenho em SST.

    Figura 11 Recomendaes e diretrizes para melhoria em SST

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    4. ESTUDO DE CASO

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    No presente captulo caracterizado o estudo de caso desta pesquisa,

    apresentando-se a realidade de um SGSST em uma empresa construtora e os

    resultados que foram obtidos.

    Primeiramente, so apresentadas as caractersticas da empresa objeto do

    estudo de caso e as condicionantes para sua escolha. Em seguida, so

    apresentados, de forma subdividida de acordo com itens requisitos da OHSAS

    18001, os seguintes aspectos:

    A descrio da forma adotada pela empresa construtora para a

    aplicao de cada um dos elementos do SGSST;

    Os principais resultados obtidos com a aplicao de cada elemento, deforma a evidenciar que o SGSST gera melhorias no desempenho das

    empresas construtoras em relao SST.

    4.1 Apresentao do caso

    O estudo de caso foi realizado com a empresa PDG Realty, regional Norte,

    tendo como objeto de estudo a obra Torres Liberto, localizada na Rua dos Tamoios,na cidade de Belm PA, onde buscou-se verificar in loco de que maneira a obra e

    a empresa tratam a questo de SST e como mantm o SGSST funcionando em um

    canteiro de obras, observando as dificuldades de se manter o sistema em atuao e

    quais as vantagens que a obra vem apresentando ao se aplicar o SGSST da

    empresa. Para este estudo foram analisados documentos padres da empresa,

    visitas no canteiro de obras e entrevista com funcionrios responsveis pela

    coordenao da SST dentro da obra.

    4.2 A empresa

    A PDG Realty uma empresa construtora de capital aberto criada em 2007,

    que se tornou uma das principais construtoras e incorporadoras do Brasil com mais

    de 250 canteiros de obras em andamento, sendo a segunda maior do ramo

    imobilirio do pas, atuando com foco no mercado residencial e de maneira

    complementar nos segmentos comercial e de loteamento, presente em 56 cidades

    de 11 estados brasileiros, possuindo mais de 100 mil unidades entregues e trabalha

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    desde o desenvolvimento dos empreendimentos, passando pela compra,

    construo, e prestao de assistncia mesmo aps a entrega das chaves do

    imvel, contamos com mais de 9.000 colaboradores diretos.

    4.3 Generalidades do Sistema

    A PDG uma empresa que expandiu seus negcios atravs da incorporao

    de outras construtoras. Em 2010, quando o grupo absorveu a empresa AGRE,

    comeou ento um processo de unificao de processos e sistemas, integrando o

    que havia remanescente dessas empresas, principalmente da AGRE, criando assim

    um nico sistema de gesto.

    Todo o sistema de gesto do grupo PDG foi estruturado segundo a NBR ISSO

    9001:2008 e baseado em um programa focado na excelncia em qualidade,

    sade, segurana e meio ambiente.

    Na fase de planejamento da implantao do sistema de gesto, a PDG

    realizou primeiramente um diagnstico da situao da organizao inteira, em

    relao aos requisitos da norma ISO 9001 (Qualidade), atravs de visitas tcnicas

    nas obras e entrevistas nos diversos setores da organizao.

    Aps o levantamento, foram definidos os setores e obras atingidas pelo

    sistema, identificando os processos que precisariam ser gerenciados, determinando

    a sequncia e interao dos processos, estabelecendo um cronograma de

    implantao do desenvolvimento e implementao do sistema, definindo

    responsveis e criando critrios e mtodos necessrios para assegurar que a

    operao e o controle desses processos fossem eficazes.

    Para conseguir implementar o sistema de uma forma integrada com todas as

    obras e poder ter o controle simultneo das mesmas, a empresa optou pela compra

    do software AutoDoc, que um sistema de colaborao via web para Sistemas de

    Gesto ISO 9000, ISO 14000 e OHSAS 18001 em construtoras, auxiliando a gesto

    de muitos processos, entre eles: No-conformidades, Treinamentos, Auditorias,

    Gesto de Documentos e Fornecedores.

    Cada funcionrio da administrao possui um login e senha para ter acessoao sistema, que pode ser acessado atravs da internet de qualquer lugar, onde

    dentro deste encontram-se todos os documentos atualizados do sistema de gesto.

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    Figura 12 Login AutoDoc PDG (Sistema Integrado de Gesto)

    Fonte: Printscreen do site www.autodoc.com.br/agre

    4.4 Mudana de cultura

    O sistema de gesto integrado utilizado no possui certificao na norma

    OHSAS 18001, porm tem esta norma como orientao e utiliza alguns de seus

    requisitos como base para SST.

    Com base na Poltica da Qualidade j existente, a empresa desenvolveu sua

    Poltica de SST de forma integrada, ou seja, contemplando tanto os aspectos

    relativos qualidade quanto SST. Essa poltica apresentada no anexo 01

    Analisando-se a poltica possvel identificar o comprometimento com a

    melhoria contnua do desempenho em SST, e com o atendimento legislaorelativa SST.

    H um ano houve a reestruturao da empresa com troca de presidncia e

    essa nova gesto est focando na mudana de cultura, com o objetivo de

    transformar a mentalidade dos funcionrios, trabalhando principalmente a mudana

    de sentimento em relao empresa e seus pertences, conforme novo valor da

    empresa Sentimento de dono. A inteno que cada funcionrio se sentindo dono

    do negcio passa a trata-lo com maior cuidado em todos os seus processos.

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    A divulgao dos valores e poltica da empresa est sendo feita atravs

    treinamentos organizados pelas equipes de RH e SST que so enviadas pela matriz

    em So Paulo para todas as filiais (Regionais). Esses profissionais realizam o

    treinamento para a administrao de todas as obras, e essas por sua vez ficam

    encarregadas de divulgarem atravs de DSS e reunies semanais para todos os

    funcionrios do canteiro, inclusive aos terceirizados.

    A comunicao com os funcionrios feita atravs de DDS, e tambm

    atravs de placas de sinalizao espalhadas em pontos estratgicos das obras, pois

    a empresa acredita que a comunicao visual consegue atingir boa parte dos

    funcionrios do canteiro.

    Um diferencial na empresa que esta no possui CIPA, mas possui algo

    bastante similar que a CPA (Comisso de Preveno de acidentes), a diferena

    que esta no tem a regulamentao e oficialidade trabalhista da CIPA e da maior

    liberdade para a empresa trabalhar com este grupo. Alm disso, foi uma estratgia

    encontrada pela empresa para tirar aquela viso poltica sobre a CIPA, j que os

    funcionrios s procuravam se candidatar buscando estabilidade na empresa e

    pouco preocupados de fato com os objetivos desta comisso. Participam da CPA

    apenas aqueles que realmente estiverem engajados com a SST.

    Existem tambm mtodos de incentivo atuao das equipes para

    alcanarem bons resultados em SST, como bonificao s equipes que no

    apresentam nenhuma no conformidade ou atos inseguros durante a execuo de

    um processo construtivo ganha um determinado nmero de cestas bsicas para

    sortearem entre si. Essa bonificao ocorre tambm para as empresas terceirizadas,

    onde o prprio gestor da SST da PDG avalia e a da nota para a empresa.

    4.5 Avaliao

    Para avaliar o nvel de mudana comportamental e a satisfao dos mesmos

    em relao ao sistema de gesto da obra, existe um mtodo avaliativo chamado

    Pesquisa de Clima que um questionrio distribudo aos funcionrios, onde neste

    o funcionrio no precisa se identificar e avaliar o nvel de satisfao em relao aos

    lderes da obra e a nova poltica da empresa.

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    Esse formulrio eletrnico e os dados coletados so enviados diretamente

    So Paulo onde so catalogados e assim geram um resultado, demonstrando o nvel

    de satisfao dos funcionrios da obra. Esse questionrio ocorre entre todos os

    nveis da empresa, do Engenheiro ao servente de obra.

    4.6 Identificao de perigos, avaliao e controle dos riscos

    Inicialmente, foi realizado um grande levantamento de todas as origens de

    perigos (atividades, reas, equipamentos e processos da empresa). Em seguida,

    foram realizados a identificao dos riscos, utilizando-se de um formulrio especfico

    chamado Anlise Preliminar de Risco (APR) (ver Anexo 02) com a participao dos

    tcnicos de segurana, engenheiro de segurana, gerente do setor e com o efetivo

    envolvimento dos trabalhadores envolvidos.

    Todos os resultados obtidos desse levantamento foram cadastrados em e

    inseridos nas instrues e permisses para trabalho (Anexo 03 e 04).

    Caso surjam novas origens de perigos ou mudanas nos processos, so

    realizadas novas APR, esses documentos so enviados matriz em So Paulo que

    dispe de uma rea competente para a avaliao de riscos, esta rea envia uma

    equipe de profissionais de SST para a filial que detectou novos riscos, a equipe

    enviada analisa junto com o tcnico de SST local, volta para So Paulo e assim cria

    um novo documento ou mudana em um j existente a fim de atualizar os riscos e

    medidas de bloqueio e o documento inserido no sistema (intranet), onde todas as

    obras tem acesso, fazendo com que simultaneamente todos os canteiros adotem o

    novo padro.

    No AutoDoc j existe uma srie de documentos que listam os vrios riscos

    possveis em vrias etapas da obra de maneira integrada com a qualidade e meio

    ambiente. Por exemplo, na concretagem de uma laje feito um check-list de

    Segurana (anexo 07) afim de verificar se todas condies esto seguras e se os

    funcionrios esto com os EPI e medidas de segurana adequadas.

    4.7 Preparao e atendimento a emergncias

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    A obra possui um grupo de brigadistas, sendo que no grupo contm

    representantes da administrao, mais representantes do canteiro de obras e mais

    um funcionrio de cada empresa terceirizada e portaria. Todos estes funcionrios

    participaram de curso de brigadista com plano de emergncia e abandono e a cada

    seis meses feito um simulado de emergncia na obra onde elaborado uma rota

    de fuga e um plano de evacuao da obra.

    4.8 Auditoria

    A PDG procura avaliar suas obras mensalmente atravs do Relatrio de

    Auditoria Interna (Anexo 05), onde so avaliados requisitos de qualidades e sade esegurana do trabalho. Cada obra recebe uma nota referente ao nvel de avaliao,

    e esta nota alimenta um ranking nacional com todas as obras da empresa, fazendo

    assim com que a empresa seja capaz de ter uma viso global da eficincia em cada

    uma de suas obras.

    A obra Torres Liberto, onde foi feito o estudo de caso para esse trabalho, est

    em 2 lugar em toda a regio Norte.

    4.9 Exigncias legais e outras

    Existe um procedimento padro para a entrada de empresas terceirizadas e

    seus funcionrios (Anexo 06). De todos os funcionrios que entram na obra, so

    solicitados uma srie de documentos que comprovem a capacitao do mesmo em

    relao atividade que ele ir desempenhar.

    Quando h novas contrataes de funcionrios prprios, feita umaintegrao mostrando como funcionam os padres de trabalho na empresa.

    Para terceirizados, solicitada toda a documentao legal dos funcionrios,

    como contrato de trabalho, treinamentos de capacitao, exames admissionais e

    tambm PPRA e PCMSO.

    4.10 Dificuldades de aplicao do SGSST

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    Como os documentos e procedimentos do SGSST so nicos para todas as

    obras do pas, no levando em considerao as dificuldades regionais em que cada

    obra est inserida, acabam surgindo dificuldade em certas regies do pas por no

    estarem acostumadas a trabalhar da forma padronizada que a empresa pede. Alm

    das dificuldades de mo-de-obra, existem regies carentes de certos equipamentos,

    como por exemplo, o uso do sistema apara lixo (forca) onde este s pode ser

    elevado por grua e devido a custos elevados e falta de empresas que fornecem esse

    equipamento, tornou-se invivel o trabalho com grua e consequentemente

    impossvel a instalao do sistema apara lixo.

    Alm disso, a principal dificuldade atingir a mudana comportamental no

    funcionrio. A empresa procura trabalhar bem a comunicao interna e visual dos

    seus funcionrios, colocando placas em locais estratgicos, sempre bem didticas e

    de fcil compreenso, de maneira que todos sempre passem por elas e sempre

    releiam para fixar a idia prevencionista que o sistema tem. (Anexos 08, 09 e 10)

    4.11 Resultados

    O sistema foi criado com o intuito de transformar o local de trabalho em umambiente de total harmonia entre as leis que envolvem a sade e segurana do

    trabalho e a integridade fsica dos trabalhadores. Porm, existe uma grande

    resistncia por parte dos trabalhadores do canteiro de obras por no estarem

    acostumados a trabalhar com essa mentalidade.

    Com a mudana da presidncia e da diretoria, o sistema ainda esta em

    constante mudana, mas j possvel constatar alguns resultados, principalmente

    em relao satisfao dos funcionrios tanto na melhora do ambiente de trabalho,

    quanto na comunicao dos mesmos com administrao da empresa.

    Em contra partida o SGSST acabou criando certa burocratizao no processo,

    tornando o sistema mais difcil de ser aprovado pelos trabalhadores. Tambm

    importante observar quanto questo das peculiaridades de cada regio onde a

    PDG atua, pois cada novo procedimento ou alterao de um j existente no pode

    ser implantado sem antes passar por todos os processos descritos na analise

    preliminar de riscos.

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    Segundo entrevista realizada na empresa, o sistema, pouco a pouco, est se

    firmando de maneira positiva na empresa, contudo o grande desafio, ainda continua

    sendo mudar o modo de pensar dos trabalhadores quanto sade e segurana no

    ambiente de trabalho.

    5. CONSIDERAES FINAIS

    Para a concluso, estruturamos as consideraes finais em duas partes.

    Primeiramente apresentamos as principais consideraes em relao ao SGSST,

    transmitindo o que foi observado entre os diferentes pontos de vista de todosaqueles que so afetados pelo sistema dentro da empresa. Em seguida,

    apresentamos nossa considerao geral em relao aos SGSST e a viso do tema

    como uma tendncia no setor da construo civil.

    5.1 A viso das partes interessadas

    A Sade e Segurana um tema que envolve vrios elementos, pois precisa

    ter o comprometimento da alta hierarquia da empresa, ser implantado e mantido por

    profissionais da rea de Segurana e Medicina do Trabalho, ouvir a necessidade dos

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    trabalhadores que esto diretamente ligados produo, agregar valores imagem

    pblica da empresa fazendo com que seus clientes tenham mais confiana, estar de

    acordo com as normas e leis trabalhistas, e garantir a segurana e o bem estar de

    todos os seus colaboradores.

    Na viso dos clientes, o SGSST visto como um diferencial de mercado,

    similar a ISSO 9001 e 18000. Apesar de no termos nenhuma fonte que mostre a

    quantidade de empresas que passaram a adotar a OHSAS 18001 como modelo de

    SGSST, o que se percebe que o nvel de confiana dos clientes aumenta, pois

    esses enxergam a possibilidade de reduzir as consequncias resultantes de um

    acidente de trabalho, evitam ter seu nome divulgado em algum meio de

    comunicao envolvido a acidentes e principalmente evitando a ocorrncia de

    doenas e acidentes que acarretam na paralisao daquele funcionrios e

    consequentemente o atraso do servio.

    A mesma tica pode ser percebida pelos setores de Recursos Humanos e

    Jurdico pois estes tem relao direta com o trabalhador. A ocorrncia dos acidentes

    diretamente proporcional ao nmero de processos e indenizaes trabalhistas que

    a empresa pode sofrer.

    Isso se aplica inclusive aos funcionrios terceirizados da empresa, pois o

    SGSST aumenta a exigncia de controle dos servios e dos funcionrios, pois

    visando eliminar potenciais irregularidades atravs deste tipo de contratao, a

    empresa contratante passa a exigir uma srie de documentos que evidencie a

    regularidade da empresa contratada, por exemplo, PPRA, PCMSO, registro de

    treinamentos, recolhimento de INSS entre outros. Isso estimula as empresas a se

    mobilizarem em busca da regularizao com esta nova realidade de mercado. Em

    contrapartida, o que pode-se perceber que muitas empresas, principalmente de

    manuteno e pequenos prestadores da construo civil no esto preparadas para

    atenderem a esta realidade, e o aumento das exigncias contratuais dificulta a

    procura por essas empresas, o processo de torna lento e muito mais caro.

    O maior ganho alcanado aps a implantao de um SGSST a mudana

    comportamental dos funcionrios. A motivao por parte da equipe evidenciada na

    medida em que o SGSST cuida dos riscos e doenas. de suma importncia que o

    SGSST atinja todos os funcionrios, pois s com o comprometimento destes ser

    possvel alcanar os resultados e mantes um sistema eficaz e duradouro.

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    Essa motivao muito mais perceptvel entre os funcionrios da rea de

    Sade e Segurana. Com o SGSST esses profissionais sentem seu trabalho muito

    mais valorizado e consideram que suas solicitaes passam a ser mais bem

    recebidas pela administrao da empresa. Em contrapartida, a mudana no

    processo de gesto da SST aumenta as exigncias sobre a equipe e a dificuldade

    est em encontrar ou transformar a mentalidade dos profissionais da rea que esto

    acostumados com a parte operacional do processo, como distribuio de EPIs,

    secretariar a CIPA e andar pela obra fazendo inspees. preciso que estes

    profissionais sejam capazes de fazes a gesto da SST, atuando com as metas da

    empresa e utilizando ferramentas que possam melhorar o processo.

    importante frisar que mesmo com tanta vantagens perceptveis, ainda existe

    certa resistncia por parte dos empresrios em realizar investimentos na SST. Isso

    se deve principalmente devido grande preocupao da diretoria das empresas

    com o custo destinado ao atendimento e implantao de um SGSST. Alm disso, as

    correes das pendencias existentes iro consumir mais recursos humanos da

    empresa que j est atarefada com diversos projetos e sistemas de gesto.

    A contra argumentao a esta afirmao uma s: O desenvolvimento de um

    Sistema Integrado de Gesto que contemple o Sistema de Qualidade, Meio

    Ambiente e Sade e Segurana. Desta forma, os recursos humanos podero ser

    otimizados e a documentao do sistema integrada e reduzida.

    5.2 Concluso

    A partir da pesquisa terica e o estudo de caso realizado, foi possvel ter uma

    noo de como est sendo tratada atualmente a SST na indstria da construo

    civil. Os autores deste tambm tomaram como referncia as experincias

    profissionais adquiridas ao longo do curso de Engenharia Civil, e estas

    possibilitaram uma viso geral de diversas empresas do ramo da construo civil na

    Regio Metropolitana de Belm. O que se verificou que principalmente empresas

    regionais de pequeno/mdio porte ainda esto engatinhando no que diz SST.

    Tomando como base a experincia profissional dos autores, apenas em empresas

    de grande porte e que possuem sede em outros estados, em especial So Paulo,so aquelas que possuem de fato comprometimento com a SST. Fica claro dentro

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    dessas empresas que os profissionais daqui no esto acostumados com essa viso

    holstica em que S&S, qualidade e meio ambiente trabalham lado a lado, de maneira

    integrada.

    Sobre os SGSST, estes ainda so vistos como uma novidade por grande

    parte dos profissionais da rea dentro de Belm, mas percebemos que este quadro

    est mudando, principalmente devido a vinda dessas grandes construtoras. O

    SGSST pode trazer melhorias, porm os funcionrios sozinhos no podem garantir

    sucesso. preciso coexistir um ambiente seguro no local como suporte para que as

    pessoas trabalhem com segurana e ter o comprometimento da direo da empresa.

    Resultados significativos comeam a acontecer quando uma massa crtica do efetivo

    da fbrica est treinada, e de forma eficaz, aplicando o processo de comportamento

    seguro. Quando as pessoas so complacentes com os comportamentos de risco os

    bons resultados no aparecem. Por outro lado, quando os comportamentos so

    seguros, com empregados conscientes do cuidado que devem ter com eles e com

    seus colegas, resultados melhores so obtidos. Dessa forma, importante

    proporcionar a integrao dos processos da empresa com a SST para observar os

    comportamentos de risco existentes na organizao e reagir de modo a enfatizar os

    comportamentos seguros.

    Por fim, gostaramos de enfatizar mais uma vez a importncia de um SGSST

    dentro da empresa. Mais importante do que o sistema em si, a mudana de

    mentalidade que o sistema causa nos profissionais, pois essa mudana de

    mentalidade ir mudar o comportamento e transformar estes profissionais em

    multiplicadores de boas prticas de Sade e Segurana em qualquer ambiente.

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    ANEXOS

    ANEXO 01

    Poltica do Sistema de Gesto

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    ANEXO 02

    APR - Anlise Preliminar de Risco

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    ANEXO 03Instruo de Trabalho

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    ANEXO 04

    Permisso de Trabalho

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    ANEXO 05

    Formulrio de Auditoria Interna

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    ANEXO 06

    Procedimento de Integrao para terceirizados

    ANEXO 07

    Check-List de Segurana

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    ANEXO 08

    Comunicao visual

    ANEXO 09

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    ANEXO 09

    Comunicao visual - Preveno

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    ANEXO 10

    Comunicao visual Mensagens para a mudana cultural

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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