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segurança do trabalho e risco ocupacional

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2014.2 

Profº anilo Santos

 

GESTÃO E ANÁLISE DE

RISCO

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Hipócrates (considerado o pai de medicina) viveu entre 460 a 370 antes de Cristo. Ele é

considerado um dos homens mais importantes na história da medicina. Foi pioneiro em muitas

descobertas, entre elas, a identificação na origem das doenças relacionadas ao trabalho com as

minas de estanho. 

Século XVI  – Paracelso estudou as afecções dos mineiros. 

1700  – Bernardus Ramazzini publicou sua obra “As doenças dos trabalhadores”. O trabalho dele

foi a base de estudo que iluminou o trabalho de grandes mentes da medicina ao longo dos

séculos.

Em torno de 1760 surge a Revolução Industrial na Inglaterra, com o aparecimento das máquinas

de tecelagem movidas a vapor (tear mecânico). O artesão e sua família passam a trabalhar nas

fábricas. 

Podemos dividi-la em 3 fases: 

-1760 a 1830  – Se ateve praticamente a Inglaterra. Surgiram as primeiras máquinas movidas a

vapor. 

-1830 a 1900  – difundiu-se pela Europa e América. Surgiram novas formas de energia:

Hidrelétricas e novos combustíveis (gasolina) 

-1900 em diante  – Várias inovações surgiram: energia atômica, meios de comunicação rápida,

produção em massa. 

Alguns historiadores indicam a 4° fase, a partir da década de 50, com o advento doscomputadores. 

1802  – O parlamento inglês através de uma comissão de inquérito, aprovou a 1° lei de proteção

aos trabalhadores: Lei de saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo limite de 12 horas de

trabalho/dia, proibindo o trabalho noturno. 

Obrigava os empregadores a lavarem as paredes das fábricas 2 vezes ao ano e tornava obrigatório

a ventilação desses locais. 

1831  – Na Inglaterra uma Comissão Parlamentar de Inquérito, elaborou um cuidadoso relatório,

que concluía da seguinte forma: 

“Diante dessa Comissão Parlamentar desfilou longa procissão de trabalhadores homens e

mulheres, meninos e meninas, abobalhados, doentes, deformados, degradados na sua qualidade

humana, cada um deles é clara evidência de uma vida arruinada. Um quadro vivo da crueldade

humana do homem para com o homem, uma impiedosa condenação imposta por aqueles que,

detendo em suas mãos poder imenso, abandonam os fracos à capacidade dos fortes” 

1844 – 1848  – A Grãn – Bretanha aprova as primeiras Leis específicas de Segurança do Trabalho e

saúde pública. 

1919  – Criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho). 

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HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL 

1891  – A preocupação prevencionista teve início com a Lei que tratava da proteção ao trabalho

dos menores, em 23/01/1891 

1919  – Criada a Lei n° 3724, de 15/01/19 – Primeira Lei brasileira sobre acidentes de trabalho. 

1941  – Em 21/04/41, empresários fundam no Rio de Janeiro a ABPA – Associação Brasileira para

Prevenção de Acidentes. 

1943  – CLT foi aprovada pelo decreto-Lei n°5452, em 01/05/43 (entrou em vigor em 10/11/43). Foi

o instrumento jurídico que viria a ser prática efetiva da prevenção no Brasil. 

1944  – Decreto-Lei n° 7036 de 10/11/44 promoveu a “reforma da Lei de acidentes de trabalho”

(um desdobramento que contava no capítulo V do Título II da CLT). 

Objetivando maior entendimento à matéria e agilizar a implementação dos dispositivos da CLT

referentes a Segurança e Higiene do Trabalho, além de garantir a “Assistência Médica, hospitalar

e farmacêutica” aos acidentados e indenizações por danos pessoais por acidentes. 

Este Decreto-Lei, em seu artigo 82 criou as CIPA. 

1953 - Decreto-Lei n° 34715, de 27/11/53 instituiu a SPAT (Semana de Prevenção de Acidentes do

Trabalho) A ser realizada na 4° semana de Novembro de cada ano. Também em 1953 a Portaria

155 regulamenta e organiza as CIPA‘s e estabelece normas para seu funcionamento. 

1955 - Criada a portaria 157, de 16/11/55 para coordenar e uniformizar as atividades das SPAT.

Constando a realização do Congresso anual das CIPA durante a SPAT. O Título do Congressopassou em 1961 para Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho – CONPAT. A

exclusão do CONPAT ocasionou a proliferação de Congressos e outros eventos. 

1960  – A Portaria 319 de 30/12/60 regulamenta a uso dos EPI´s. 

1966  – Criada conforme Lei n° 5161 de 21/10/66 a Fundação Centro Nacional de Segurança

Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina

do Trabalho, em homenagem ao seu primeiro Presidente. 

Hoje mais conhecida como FUNDACENTRO. A criação da FUNDACENTRO foi sem dúvida um dosgrandes feitos na história da segurança do trabalho e partir de ações da entidade a segurança do

trabalho pode avançar de forma significativa. 

1967  – A Lei n° 5316 de 14/09/67 integrou o seguro de acidentes de trabalho na Previdência

Social. 

Também em 1976 surge a sexta lei de acidentes de trabalho, e identifica doença profissional e

doença do trabalho como sinônimos e os equipara ao acidente de trabalho. 

1972  – Decreto n° 7086 de 25/07/72, estabeleceu a prioridade da Política do PNVT-Programa

Nacional de Valorização do Trabalhador. Selecionou 10 prioridades, entre elas a Segurança,

Higiene e Medicina do Trabalho. 

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A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os serviços de Segurança, Higiene e Medicina do

Trabalho nas empresas. Foi o “divisor de águas” entre a fase do profissional espontâneo e o

legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos de preparação dos profissionais da área. 

1974  – Iniciados enfim, os cursos para formação dos profissionais de Segurança, Higiene e

Medicina do Trabalho. 

1977  – A Lei n° 6514 de 22/12/77 modificou o Capitulo V do Título II da CLT. Convém ressaltar que

essa modificação deu nova cara a CIPA, estabeleceu a obrigatoriedade, estabilidade, entre outros

avanços.

1978  – Criação das NR – Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria 3214 de 08/06/78 do

MTE, aproveitando e ampliando as postarias existentes e Atos Normativos, adotados até na

construção da Hidrelétrica e Itaipu. Na ocasião foram criadas 28 NR’s. 

Essa portaria representou um dos principais impulsos dados a área de Segurança e Medicina do

Trabalho nos últimos anos. 

1979  – Em virtude da carência de profissionais para compor o SESMT, a resolução n° 262

regulamenta a criação de cursos em caráter prioritário para esses profissionais. 

1983  – A Portaria n° 33 alterou a Norma Regulamentadora 5 introduzindo nela os riscos

ambientais. 

1985  – A lei n° 7410 de 27/11/85 Oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do

Trabalho e criou a categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, até então os

únicos profissionais prevencionistas não reconhecidos legalmente. 

Dava prazo de 120 dias para o MEC os currículos básicos do curso de especialização em Técnico de

Segurança do Trabalho. Mas somente em 1987, através do parecer 632/87 do MEC, foi

estabelecido o curso de formação de TST em vigor. 

1986  – A lei n° 7498/86 regulamenta as profissões Enfermeiro, Técnico em Enfermagem, Auxiliar

de Enfermagem. 

1986  – A Lei n° 9235 de 09/04/86 regulamentou a categoria de Técnico de Segurança do

Trabalho. Que na década de 50 eram chamados de “Inspetores de Segurança”. 

1990  – O quadro do SESMT NR 4 é atualizado. O SESMT a partir de então é formado por: 

- Engenheiro de Segurança do Trabalho; 

- Médico do Trabalho; 

- Enfermeiro do Trabalho; 

- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho; 

- Técnico em Segurança do Trabalho. 

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1991  – Lei 8.213/91 estabelece o conceito legal de Acidente de Trabalho e de Trajeto e nos artigos

19 a 21 e no artigo 22 também estabelece a obrigação da empresa em comunicar os Acidentes do

Trabalho as autoridades competentes.

Foi posteriormente alterado pelo Decreto nº 611, de 21 de julho de 1992. 

2001  – Entra em vigor a Portaria n° 458 de 4 de Outubro de 2001 e fica proibido a partir de então,

o trabalho infantil no Brasil.

2009  – O termo Ato Inseguro é retirado do item 1.7 da Norma Regulamentadora 1. E isso é motivo

de comemoração para muitos prevencionistas que reclamam que o termo retirava em muitas

vezes o responsabilidade do empregador. Pois era fácil rotular os acidentes somente como Ato

Inseguro, e isso dificultava encontrar a verdadeira causa. 

2012 - A presidente do Brasil institui através da Lei nº 12.645, de 16 de maio de 2012 o dia 10 de

outubro como o Dia Nacional de Segurança e de Saúde nas Escolas.

PLANOS DE CONTINGENCIA E AS NRs.

A EQUIPE SST E OS PLANOS DE CONTINGÊNCIA 

Algumas das grandes falhas de empresas que faliram tiveram pouco ou nada a ver com problemas

de qualidade de produtos e serviços, e tudo a ver com falhas na identificação, avaliação e

tratamento de possíveis riscos.

O QUE É CONTINGÊNCIA 

Define-se contingência como a possibilidade de um fato acontecer ou não. É uma situação de riscoexistente, mas que envolve um grau de incerteza quanto à sua efetiva ocorrência. Sucintamente,

as condições necessárias para a existência de uma contingência são: possibilidade de um

acontecimento futuro resultante de uma condição existente, incerteza sobre as condições

operacionais envolvidas e a resolução destas condições dependerem de eventos futuros. Em SST

esta situação é denominada de “incidente”, ou “quase acidente”. 

Os Planos de Contigencia surgiram inicialmente visando a cobertura de uma população ou

comunidade diante de um desastre (incendios, terremotos, vazamentos). São Planos geralmente

elaborados por empresas públicas.

Para as empresas privadas, esses Planos visam preparar para o enfrentamento de situações de

crise potenciais de grande impacto, porém menos prováveis. Essas situações requerem medidas

preventivas para proteger a segurança e saúde dos funcionários, preservar recursos vitais da

Empresa e minimizar a interrupção da produção.

Neste Estudo faremos uma contextualização desse tema com as NRs, e a importância do

conhecimento de diversas situações de risco onde se aplicam Planos de Contingência. Com o

aumento do número de NRs e do texto de cada uma delas em constante ampliação, utilizaremos

as normas regulamentadoras.

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AS NRs E OS PLANOS DE CONTINGENCIA

O PPRA da NR-9 menciona o conceito de “nivel de ação”, indicando a emergencia   de medidas

quando situações de risco ultrapassam determinados níveis, mas não especifica uma ação

contingencial que pudesse prever possíveis cenários ou especificando incidentes.

NR 09 item 9.3.6 Do nível de ação.

9.3.6.1 Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas

ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes

ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento

periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico.

9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição

ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:

a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de acordo

com a alínea "c" do subitem 9.3.5.1;

b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15,

Anexo I, item 6.

NR 10 item 10.12 - SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

10.12.1 As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem

constar do plano de emergência da empresa.

10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros

socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória.

10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas

atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação.

10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de

prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas.

NR 13 item 13.5.3 Segurança na operação de vasos de pressão.

13.5.3.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II deve possuir manual de operação

próprio ou instruções de operação contidas no manual de operação de unidade onde estiver

instalado, em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:a) procedimentos de partidas e paradas;

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b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;

c) procedimentos para situações de emergência;

d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ANEXO N.º 14

AGENTES BIOLÓGICOS

Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela

avaliação qualitativa.

Insalubridade de grau máximo

Trabalho ou operações, em contato permanente com:

- pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não

previamente esterilizados;

- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de

doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);

- esgotos (galerias e tanques); e - lixo urbano (coleta e industrialização).

Insalubridade de grau médio

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-

contagiante, em:

- hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros

estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoalque tenha contato com os pacientes,

bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);

- hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao

atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais

animais);

- contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;

- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);

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- gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal

técnico);

- cemitérios (exumação de corpos);

- estábulos e cavalariças; e

- resíduos de animais deteriorados.

NR 19 item 5.2.4.1 O Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão deve conter:

a) Informações sobre a empresa:

a1. nome da empresa;

a2. detalhamento das edificações de forma isolada;

a3. população fixa e flutuante;

a4. quartel de bombeiros mais próximo;

a5. croqui dos equipamentos de segurança contra incêndio instalados;

a6. mapa de risco de incêndio e explosão;

b) Ações de prevenção:

b1. constituição e atribuições da brigada de incêndio;

b2. registros de treinamentos e exercícios simulados anuais envolvendo os

trabalhadores e a brigada de incêndio;

b3. previsão de sistema de comunicação com o corpo de bombeiros e

autoridades competentes;

b4. descrição dos equipamentos de segurança contra incêndio;

b5. cronograma de inspeção e manutenção periódica dos equipamentos de segurança contra

incêndio;

c) Ações de combate a incêndio e procedimentos em caso de explosão:

c1. acionamento do sistema de alerta e alarme;

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c2. procedimento de abandono e previsão de rotas de fuga;

c3. comunicação com o corpo de bombeiros e autoridades competentes;

c4. acionamento da brigada de incêndio;

c5. isolamento da área afetada (perímetro de segurança);

c6. local de concentração de vitimas;

c7. descrição dos procedimentos de atendimentos as vitimas;

c8. previsão das rotas de acesso dos veículos de socorro;

c9. procedimentos de combate a incêndio e ações emergenciais em decorrência de explosão;

c10. procedimento de avaliação e registro do sinistro;

c11. autorização para o retorno as atividades normais.

NR 22 item 22.32 Operações de Emergência

22.32.1 Toda mina deverá elaborar, implementar e manter atualizado um plano de emergênciaque inclua, no mínimo, os seguintes requisitos:

a) Identificação de seus riscos maiores;

b) normas de procedimentos para operações em caso de:

I. incêndios;

II. inundações;

III. explosões;IV. desabamentos;

V. paralisação do fornecimento de energia para o sistema de ventilação;

VI. acidentes maiores e

VII. outras situações de emergência em função das características da mina, dos produtos e dos

insumos utilizados;

c) localização de equipamentos e materiais necessários para as operações de emergência e

prestação de primeiros socorros;

d) descrição da composição e os procedimentos de operação de brigadas de emergência para

atuar nas situações descritas nos incisos I a VII;

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e) treinamento periódico das brigadas de emergência;

f) simulação periódica de situações de salvamento com a mobilização do contingente da mina

diretamente afetado pelo evento;

g) definição de áreas e instalações devidamente construídas e equipadas para refúgio das pessoas

e prestação de primeiros socorros;

h) definição de sistema de comunicação e sinalização de emergência, abrangendo o ambiente

interno e externo e

i) a articulação da empresa com órgãos da defesa civil.

NR 29 item 29.6.6 Plano de Controle de Emergência - PCE e Plano de Ajuda Mútua - PAM.

29.6.6.1 Devem ser adotados procedimentos de emergência, primeiros socorros e atendimento

médico, constando para cada classe de risco a respectiva ficha, nos locais de operação dos

produtos perigosos.

29.6.6.2 Os trabalhadores devem ter treinamento específico em relação às operações com

produtos perigosos.

29.6.6.3 O plano de atendimento às situações de emergência deve ser abrangente, permitindo o

controle dos sinistros potenciais, como explosão, contaminação ambiental por produto tóxico,

corrosivo, radioativo e outros agentes agressivos,

incêndio, abalroamento e colisão de embarcação com o cais.

29.6.6.4 Os PCE e PAM devem prever ações em terra e a bordo, e deverá ser exibido aos agentes

da inspeção do trabalho, quando solicitado.

NR 33 item 33.4 Emergência e Salvamento

33.4.1 O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate

adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo:

a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos;

b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de

emergência;

c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência,

busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;

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d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de resgate

e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e

e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços

confinados.

33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir aptidão

física e mental compatível com a atividade a desempenhar.

33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários de

acidentes identificados na análise de risco.

34.6.4 Plataformas Fixas

34.6.4.1 As plataformas devem ser projetadas, aprovadas, instaladas e mantidas de modo a

suportar as cargas máximas permitidas.

34.6.4.2 O projeto de plataformas e de sua estrutura de sustentação e fixação deve ser realizado

por profissional legalmente habilitado.

NR 35 35.6. Emergência e Salvamento

35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências paratrabalho em altura.

35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que

executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.

35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as

respostas a emergências.

35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constardo plano de emergência da empresa.

35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar

capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental

compatível com a atividade a desempenhar.

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Investigação de acidentes

DEFINIÇÕES 

O termo incidente refere-se a um evento imprevisível que não causa lesão ou dano naquele

momento mas tinha o potencial da causá-lo.

O acidente pode ser definido como um evento não planejado que interrompe o cumprimento de

uma atividade e pode ou não incluir lesão ou dano patrimonial.

Razões para investigar um acidente de trabalho:

Quando um acidente é investigado a ênfase deve se concentrar em achar a causa primária (raiz).

Quando a causa primária é determinada, geralmente encontram-se diversos eventos que eram

previsíveis e poderiam ter sido prevenidos se as ações corretas tivessem sido adotadas.

O objetivo principal é encontrar fatos que levaram a precipitar o acidente e não culpa.

Sempre pesquisar as causas mais profundas. Não adianta simplesmente registrar as etapas que

levaram ao evento.

De forma ideal, a investigação deve ser conduzida por alguém experiente em causas de acidentes,

em técnicas de investigação e totalmente inteirado dos processos de trabalho, procedimentos,

pessoas e o ambiente das relações industriais naquela situação particular.

Em alguns países existem regulamentos que exigem uma investigação conjunta, entre osrepresentantes da gerencia e dos trabalhadores da empresa.

Na maioria dos casos, o supervisor deve ajudar na investigação do evento. Outros membros de

uma equipe de investigação de acidente, podem incluir:

PROBLEMAS 

A vantagem do Supervisor na investigação é que ele provavelmente é o mais inteirado do trabalho

e das pessoas envolvidas nessas condições. Posteriormente, o supervisor pode tomar ações

corretivas.

A desvantagem é que o supervisor pode tentar encobrir as deficiências do pessoal subordinado.

Essa situação pode não ocorrer se o acidente é investigado por uma equipe e se o representante

dos trabalhadores e os membros revisarem a fundo o relatório da investigação do acidente.

PORQUE OLHAR PARA A RAIZ DO PROBLEMA? 

Um investigador que acredita que o acidente é causado por condições inseguras irá

provavelmente tentar descobrir as causas e condições. Por outro lado, aquele que acredita que o

acidente é causado por atos inseguros, irá tentar encontrar erros humanos no evento. Entretanto,

é necessário examinar fatores subjacentes em uma cadeia de eventos que acaba no acidente.Mesmo no mais simples acidente, raramente, se não sempre, não há somente uma simples causa.

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Por exemplo, se uma investigação que conclue que um acidente foi devido a um ato inseguro e

não vai adiante, falhará em buscar respostas para algumas importantes perguntas:

Uma investigação que responde essas e outras questões relacionadas provavelmente irá revelar as

condições mais propícias de correção do que uma tentativa de prevenir “ato inseguro”. 

A investigação de acidente de trabalho deve acontecer seguindo no mínimo os seguintes passos: 

- Descobrir o que aconteceu no momento do acidente; 

- Descobrir o que saiu errado; 

- Encontrar a causa do acidente; 

- Determinar os riscos existentes; 

- Evitar que aconteça novamente agindo preventivamente.

Primeiro passo 

Conheça o processo normal de trabalho. 

Não tem como investigar se não souber como é funcionamento de cada função envolvida. 

Saiba o que fazem, quais movimentos são necessários, para onde tem que se locomover, e tudo

mais que seja pertinente ao local do acidente e as funções dos envolvidos.

Levantamento dos fatos:

O ambiente 

- Se esforce para ser a primeira pessoa a chegar à cena do acidente. Ser o primeiro lhe garantirá

uma ambiente livre de alterações e isso irá contribuir para desvendar o que saiu errado e

provocou o acidente. Anote todos os detalhes que julgar ser importante.

Entrevistas 

- Converse com as pessoas envolvidas no acidente, as que só viram e até as que foram vítimas. 

Essa conversa a princípio deve ser em particular. 

Se for entrevistar alguma mulher em particular então leve outro homem junto de você para evitar

falatórios posteriores. 

Deixe claro que o objetivo da conversa não é encontrar pessoas para punir, e sim descobrir o que

saiu errado para evitar que aconteçam acidentes semelhantes. 

- Durante a entrevista tente descobrir de fato o que ocorreu, seja detalhista. 

Se necessário vá com a testemunha ao lugar do acidente, através de descrições descubra a posição

onde a testemunha estava, e também a posição da vítima, os movimentos que deram origem ao

acidente. 

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Se o acidente envolver queda, descreva a altura da queda, se envolver queda de matérias

descreva a altura da queda e o peso do material, e assim por diante, quanto mais detalhes melhor. 

- Não imponha limites à conversa, deixe que ela seja a mais aberta possível, se necessário estimule

a pessoa criando um clima informal. 

- Entreviste quantas pessoas julgar necessário, esse processo às vezes demora dias… 

- Escreva tudo o que julgar importante, assim garantirá não perder detalhes que podem ser

decisivos para elucidas às causas dos acidentes. 

Logo após colher os depoimentos dos evolvidos e analisar o local do acidente, já deverá ser

possível descobrir o que saiu errado. 

Exames médicos 

São importantes para determinar a gravidade da lesão e também o agente causador.

Elaborando o relatório final do acidente 

O relatório do acidente deve ser pequeno com texto de fácil compreensão e sem termos técnicos,

não deve maior do que 2 folhas tamanho A4. 

Um bom relatório é aquele simples e direto. Descreva: 

- Descreva o agente causador do acidente; 

Descreva esse item em detalhes quanto mais detalhes, maiores as chances de descobrir a causa. 

- Quantidade de envolvidos; 

- Depoimento de testemunhas; 

- Detalhes importantes sobre o ambiente de trabalho; 

- Quantos dias de afastamento o funcionário terá que cumprir; 

- Quantas horas de jornada já tinham sido cumpridas no dia do acidente; 

Esse item é importante por que pode mostrar que o acidente ocorreu por causa de exaustão física

no caso de jornadas muito longas.

- Se o acidentado é portador de alguma enfermidade e se toma algum tipo de medicamento

controlado; 

- Outras situações dignas de atenção. 

Como já dissemos acima o objetivo da investigação de acidente de trabalho não é encontrar

culpados, e sim, evitar que ocorra novamente. Por isso evite apontar falhas humanas na

investigação. Termos como, o funcionário se acidentou por que cometeu um “ato inseguro” não

levam a nenhuma causa do acidente e não devem ser utilizados. 

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Aponte soluções para eliminiação dos riscos 

Encontre o problema e sugira soluções possíveis de serem cumpridas. Acompanhe o andamento

das correções de perto. 

Seja flexível e escute e avalie com calma as opiniões contrárias a sua. Ninguém sabe tudo, às vezes

um ponto de vista diferente do seu pode mudar sua forma de enxergar o fato. 

Agindo assim a investigação será um sucesso e cumprirá seu objetivo maior que é evitar que o

acidente se repita. 

Estatística de Acidentes

A segurança do trabalho é uma ciência multidisciplinar e se utiliza de outras ciências para atuar.

Dessa forma, vamos discutir, nesta aula, a utilização de dados estatísticos usados pela segurança

do trabalho no sentido de prevenir acidentes de trabalho.

Objetivo:

Compreender os dados estatísticos em relação a acidentes de trabalho

lendo e interpretando estes dados.

Calcular alguns dados estatísticos.

Para começo

de conversa...

Em todos os ramos de atividade a estatística está presente, fornecendo dadosque permitem comparações para se avaliar o comportamento daquilo que está

sendo realizado. Como exemplo, temos: as pesquisas de opinião pública, que

aferem à audiência de um determinado programa; as pesquisas realizadas em época de eleições,

que refletem os resultados nas urnas da preferência dos eleitores em relação aos candidatos. Isso

é a aplicação da Estatística.

A Segurança do Trabalho lança mão de estatística para estudar o comportamento dos acidentes

nas empresas e, a partir daí, averiguar o nível das condições de segurança desenvolvidas nas

diversas atividades.

O que é Estatística?

Segundo Milone (2004, p. 3), a

Estatística é o estudo dos modos de obtenção, coleta, organização, processamento e análise de

informações relevantes que permitem quantificar, qualificar ou ordenar entes, coleções,

fenômenos ou populações de modo tal que se possa concluir, deduzir ou predizer propriedades,

eventos ou estados futuros.

Assim, utilizando a estatística de acidentes, podemos deduzir se as ações de segurança do

trabalho estão sendo eficazes ou não.

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O que são dados estatísticos?

Os dados são quaisquer registros ou indícios relacionados a alguma entidade ou evento que

servirão de análise e posterior conclusão relacionado ao acontecimento.

A Estatística e a

Segurança do Trabalho

Para relembrar...

Os acidentes de trabalho ocorridos na empresa devem ser comunicados

ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) através da Comunicação de

Acidentes de Trabalho (CAT). A emissão da CAT se destina ao controle

estatístico e epidemiológico junto aos órgãos Federais e visa, principalmente,

à garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou até

mesmo de uma aposentadoria por invalidez. Por sua vez, o Ministério do

Trabalho e do Emprego (MTE), através da FUNDACENTRO, recebe, trata e

divulga as fi chas de acidentes com o objetivo de avaliar e comparar a

efi cácia da prevenção de acidentes nos setores da economia dos municípios,

estados e do país.

Os objetivos da Estatística de acidentes na

Segurança do Trabalho são:

a) Possibilitar avaliações sobre o desempenho do programa de Segurança do Trabalho da

empresa, através de comparações de índices de acidentes ocorridos entre os seus diversos setores

ou entre empresas de mesmo ramo de atividades na mesma ou em diferentes regiões do país ou

no mundo.

b) Propiciar o desenvolvimento de estudos referentes ao custo de acidentes – quanto

custa um acidente de trabalho? Financeiramente falando, vale à pena investir na

prevenção de acidentes?

c) Fornecer aos órgãos públicos e particulares dados concretos e atualizados da

estatística acidentária – nesse caso os interessados teriam parâmetros para avaliar

a necessidade ou não de intervenção nos programas de segurança desenvolvido

pelas empresas.

d) Desenvolver programas que visem à redução de acidentes do trabalho e assim

permitir que a empresa pague prêmios menores no tocante ao seguro de acidente

do trabalho.

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Cadastro de

acidentes na empresa

O cadastro de acidentes é o conjunto de informações das ocorrências dos acidentes de uma

empresa. Sua organização tem por base a Norma NBR 14280/99 – Cadastro de acidentes do

trabalho, procedimento e classificação – e deve proporcionar unidades de medidas padrões

universais de comparação.

Esses padrões são as Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e a Taxa de Gravidade de Acidentes

(G) usados para indicar a necessidade relativa de medidas de prevenção em diferentes

departamentos da fábrica ou entre indústrias de mesmo risco.

Conceitos básicos que servirão para o estudo

das Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e

Taxa de Gravidade de Acidentes (G)

a) Empregado: Número de pessoas com compromisso de prestação de serviço na área de trabalho

considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos.

b) Horas-homem de exposição ao risco: Somatório das horas durante as quais os empregados

ficam à disposição do empregador, em determinado período – dias, semanas, meses, ano, etc.

c) Dias perdidos: Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, exceto o

dia do acidente e o dia de volta ao trabalho.

d) Dias debitados: Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do

tempo computado.

e) Tempo computado: Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com 

incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas  de morte ou

incapacidade permanente, total ou parcial”. 

f) Número de acidentes, com e sem perda de tempo ocorrido no mês.Praticando

Calcule o que se pede:

1. José sofreu um acidente no dia 11 de abril e voltou ao trabalho no dia

30 de maio. Calcule os dias perdidos desse trabalhador. 

2. João acidentou-se no dia 25/04/2007 e voltou a trabalhar no dia

07/05/2007. Calcule os dias perdidos desse trabalhador.

Medidas de avaliação de frequência e gravidade

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O cálculo das taxas deve ser realizado por períodos mensais e anuais, podendo-se usar outros

períodos quando houver conveniência. Os acidentes de trajeto devem ser tratados à parte, não

sendo incluído no cálculo usual das taxas de frequência e de gravidade.

Taxa de frequência de acidentes

É o número de Acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado

período.

Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão:

FA = N × 1.000.000

 ________________

H

Em que:

FA → taxa de frequência de acidentes

N → número de acidentes

H → horas-homem de exposição ao risco

Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento

É o número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-homem de exposição

ao risco, em determinado período.

Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: 

FL = N × 1.000.000

 _________________H 

Em que:

FL → taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento

N → número de acidentados com lesão com afastamento

H → horas-homem de exposição ao risco

Taxa de frequência de acidentados com lesão

sem afastamento 

É o número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas-homem de exposiçãoao risco, em determinado período. Deve-se fazer o levantamento do número de acidentados

vítimas de lesão, sem afastamento, calculando a respectiva taxa de frequência. Apresenta a

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vantagem de alertar a empresa para acidentes que concorram para o aumento do número de

acidentes com afastamento. O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os acidentados

vítimas de lesão com afastamento. Auxilia os serviços de prevenção, possibilitando a comparação

existente entre acidentes com afastamento e sem afastamento.

FL(sem / afastamento) = N × 1.000.000

 _____________

H

FL → taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento

N → número de acidentados com lesão sem afastamento

H → horas-homem de exposição ao risco

Calcule o que se pede:

1. Em uma empresa onde trabalham 500 empregados, com regime de trabalho de 8h diárias,

ocorreram, em dois meses, 5 acidentes com perda de tempo. Calcular a Taxa de frequência desta

empresa.

Taxa de Gravidade 

É o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em 

determinado período. Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela seguinte expressão:

G = T × 1.000.000

 _______________

Em que:

G → taxa de gravidade

T → tempo computado

H → horas-homem de exposição ao risco

Calcule o que se pede:

Praticando

1. Calcular a Taxa de Gravidade da empresa “ X ”, sabendo-se que a mesma

registrou no primeiro trimestre de 2006 os seguintes dados:

O número de horas-homens trabalhadas foi 500.000 e o número de diasperdidos foi de 400.

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Números médios para efeito de estatística de acidentes para cada trabalhador:

Quadro 01 – Números médios de dias trabalhados

Descrição Números médios

Horas trabalhadas por dia 8h/dia 

Dias trabalhados por mês 25 dias/mês 

Horas trabalhadas por mês 200 h/mês (8×25)

Dias trabalhados por ano 300 dias/ano (25×12)

Horas trabalhadas por ano 2.000 h/ano 

Exemplo 1

Analisaremos duas fábricas: uma a que chamaremos de T e a outra, de

H. No ano passado, 10 trabalhadores se acidentaram na fábrica T e 20 na

H. Qual das duas fábricas teve uma proporção mais alta de acidentados ?

T ou H ?

Mas

sup

onhamos que na fábrica T trabalhem 100 pessoas e na H um

número duas vezes maior. Cada fábrica, portanto, teve o mesmo número

de acidentados para cada 100 trabalhadores.

Fábrica Número de acidentados Observação

a) 

Cálc

uloda

Taxa

de

Freq

uên

cia

FL = 10 × 1.000.000

 _________________ = 50

200.000

Fábrica Números de Acidentes Observação

T 10

T é melhor que HH 20

Fábrica Números de

Acidentes

Número de

Trabalhadores

Horas trabalhadas

na semana

Observação

T 10 100 40 H é melhor que T , pois ostrabalhadores têm

mais tempo de exposição

ao risco.

H 20 100 44

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b) Cálculo da Taxa de Gravidade

No caso da fábrica T , as 10 lesões provocaram um total de 200 dias

perdidos, assim, com a fórmula da Taxa de gravidade, obteremos o valor de

dias perdidos com acidentes para cada 1.000.000 horas trabalhadas:

G = 200 × 1.000.000

 _________________ = 1000

200.000

Isto é, o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica T , no ano

passado, foi de 1.000 dias para cada 1.000.000 horas-trabalhadas. Supondose

que cada empregado trabalhou 2.000 horas por ano, a média de tempo

perdido foi de 2 (dois) dias por homem, por ano.

Aplicação da tabelas

de Dias Debitados

A tabela de dias debitados permite a comparação de redução de capacidade devido ao acidente.

Representa uma perda econômica, tendo a vida média do trabalhador sido estimada em 20 anos

ou 6.000 dias.

Se no nosso exemplo incluirmos uma lesão da qual resultou a perda de 2 dedos da mão, a cargacorrespondente é de 750 dias, os quais, acrescidos à perda de tempo proveniente das 9 lesões

restantes, que equivalem a 180 dias, nos dá um total de 930 dias, e a Taxa de gravidade será:

G = (180 + 750) × 1.000.000

 ________________________ = 4.650

200.000

tempo perdido devido aos acidentes foi de 4.650 para cada 1.000.000 de horas-homem

trabalhadas, fato esse agravado pelo acréscimo dos dias debitados referentes à perda de doisdedos da mão.

A tabela de dias debitados é uma tabela utilizada com o fi m exclusivo de permitir a comparação

da redução da capacidade resultante dos acidentes entre departamentos de uma mesma

empresa, entre diversas Empresas e entre empresas de países que adotem a mesma tabela. A

perda de tempo constante da tabela representa uma perda econômica tendo por base a vida

média ativa do trabalhador, estimada em 20 anos ou 6.000 dias.

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Tabela 1 –- Dias debitados

NaturezaAvaliação

PercentualDias Debitados

Morte 100 6.000

Incapacidade total e permanente 100  6.000 

Perda da visão de ambos os olhos 100 6.000

Perda da visão de um olho 30 1.800

NaturezaNR 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS 

20.1 Introdução20.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos mínimos para a gestão da

segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades

de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e

líquidos combustíveis.

20.2 Abrangência

20.2.1 Esta NR se aplica às atividades de:

a) extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis,

nas etapas de projeto,construção, montagem, operação, manutenção, inspeção e desativação da

instalação;

b) extração, produção, armazenamento, transferência e manuseio de líquidos combustíveis, nas

etapas de projeto,construção, montagem, operação, manutenção, inspeção e desativação da

instalação.

20.2.2 Esta NR não se aplica:

a) às plataformas e instalações de apoio empregadas com a finalidade de exploração e produção

de petróleo e gás do subsolo marinho, conforme definido no Anexo II, da Norma Regulamentadora

30 (Portaria SIT n.º 183, de 11 de maio de 2010);

b) às edificações residenciais unifamiliares.

20.3 Definições

20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60º C.

20.3.2 Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20º C e a uma pressão padrão de 101,3

kPa.

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20.3.3 Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60º C e ≤ 93º C

20.4 Classificação das Instalações

20.4.1 Para efeito desta NR, as instalações são divididas em classes, conforme Tabela 1.

Classe I

a) Quanto à atividade:

a.1 - postos de serviço com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis.

b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:

b.1 - gases inflamáveis: acima de 2 ton até 60 ton;

b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 10 m³ até 5.000 m³.

Classe II

a) Quanto à atividade:

a.1 - engarrafadoras de gases inflamáveis;

a.2 - atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis e/ou combustíveis.

b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:

b.1 - gases inflamáveis: acima de 60 ton até 600 ton;

b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 5.000 m³ até 50.000 m³.

Classe III

a) Quanto à atividade:

a.1 - refinarias;

a.2 - unidades de processamento de gás natural;

a.3 - instalações petroquímicas;

a.4 - usinas de fabricação de etanol e/ou unidades de fabricação de álcool.

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b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:

b.1 - gases inflamáveis: acima de 600 ton;

b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 50.000 m³.

Tabela 1

20.4.1.1 Para critérios de classificação, o tipo de atividade enunciada possui prioridade sobre a

capacidade de armazenamento.

20.4.1.2 Quando a capacidade de armazenamento da instalação se enquadrar em duas classes

distintas, por armazenar líquidos inflamáveis e/ou combustíveis e gases inflamáveis, deve-se

utilizar a classe de maior gradação.

20.4.2 Esta NR estabelece dois tipos de instalações que constituem exceções e estão definidas no

Anexo I, não devendo ser aplicada a Tabela 1.

20.5 Projeto da Instalação

20.5.1 As instalações para extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e

manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem ser projetadas considerando os

aspectos de segurança, saúde e meio ambiente que impactem sobre a integridade física dostrabalhadores previstos nas Normas Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na ausência

ou omissão destas, nas normas internacionais, convenções e acordos coletivos, bem como nas

demais regulamentações pertinentes em vigor.

20.5.2 No projeto das instalações classes II e III devem constar, no mínimo, e em língua

portuguesa:

a) descrição das instalações e seus respectivos processos através do manual de operações;

b) planta geral de locação das instalações;

c) características e informações de segurança, saúde e meio ambiente relativas aos inflamáveis e

líquidos combustíveis, constantes nas fichas com dados de segurança de produtos químicos, de

matérias primas, materiais de consumo e

produtos acabados;

d) fluxograma de processo;

e) especificação técnica dos equipamentos, máquinas e acessórios críticos em termos de

segurança e saúde no trabalho estabelecidos pela análise de riscos;

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f) plantas, desenhos e especificações técnicas dos sistemas de segurança da instalação;

g) identificação das áreas classificadas da instalação, para efeito de especificação dos

equipamentos e instalações elétricas;

h) medidas intrínsecas de segurança identificadas na análise de riscos do projeto.

20.5.2.1 No projeto das instalações classe I deve constar o disposto nas alíneas ″a″, ″b″, ″c″, ″f″ e

″g″ do item 20.5.2. 

20.5.2.2 No projeto, devem ser observadas as distâncias de segurança entre instalações,

edificações, tanques, máquinas,equipamentos, áreas de movimentação e fluxo, vias de circulação

interna, bem como dos limites da propriedade em relação a áreas circunvizinhas e vias públicas,

estabelecidas em normas técnicas nacionais.

20.5.2.3 O projeto deve incluir o estabelecimento de mecanismos de controle para interromper

e/ou reduzir uma possível cadeia de eventos decorrentes de vazamentos, incêndios ou explosões.

20.5.3 Os projetos das instalações existentes devem ser atualizados com a utilização de

metodologias de análise de riscos para a identificação da necessidade de adoção de medidas de

proteção complementares.

(Vide prazo no Art. 3ª da Portaria n.º 308/2012 )

20.5.4 Todo sistema pressurizado deve possuir dispositivos de segurança definidos em normas

técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, em normas internacionais.

20.5.5 Modificações ou ampliações das instalações passíveis de afetar a segurança e a integridade

física dos trabalhadores devem ser precedidas de projeto que contemple estudo de análise de

riscos.

20.5.6 O projeto deve ser elaborado por profissional habilitado.

20.5.7 No processo de transferência, enchimento de recipientes ou de tanques, devem ser

definidas em projeto as medidas preventivas para:

a) eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases inflamáveis;

b) controlar a geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática.

20.6 Segurança na Construção e Montagem

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20.6.1 A construção e montagem das instalações para extração, produção, armazenamento,

transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem observar as

especificações previstas no projeto, bem como nas Normas Regulamentadoras e nas normas

técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais.

20.6.2 As inspeções e os testes realizados na fase de construção e montagem e no

comissionamento devem ser documentados de acordo com o previsto nas Normas

Regulamentadoras, nas normas técnicas nacionais e, na ausência ou

omissão destas, nas normas internacionais, e nos manuais de fabricação dos equipamentos e

máquinas.

20.6.3 Os equipamentos e as instalações devem ser identificados e sinalizados, de acordo com o

previsto pelas Normas Regulamentadoras e normas técnicas nacionais.

20.7 Segurança Operacional

20.7.1 O empregador deve elaborar, documentar, implementar, divulgar e manter atualizados

procedimentos operacionais que contemplem aspectos de segurança e saúde no trabalho, em

conformidade com as especificações do projeto das instalações classes I, II e III e com as

recomendações das análises de riscos. (Vide prazo no Art. 3ª da Portaria n.º 308/2012 ) 

20.7.1.1 Nas instalações industriais classes II e III, com unidades de processo, os procedimentos

referidos no item 20.7.1 devem possuir instruções claras para o desenvolvimento de atividades emcada uma das seguintes fases:

a) pré-operação;

b) operação normal;

c) operação temporária;

d) operação em emergência;

e) parada normal;

f) parada de emergência;

g) operação pós-emergência.

20.7.2 Os procedimentos operacionais referidos no item 20.7.1 devem ser revisados e/ou

atualizados, no máximo trienalmente para instalações classes I e II e quinquenalmente parainstalações classe III ou em uma das seguintes situações:

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a) recomendações decorrentes do sistema de gestão de mudanças;

b) recomendações decorrentes das análises de riscos;

c) modificações ou ampliações da instalação;

d) recomendações decorrentes das análises de acidentes e/ou incidentes nos

trabalhos relacionados com inflamáveis e líquidos combustíveis;

e) solicitações da CIPA ou SESMT.

20.7.3 Nas operações de transferência de inflamáveis, enchimento de recipientes ou de tanques,

devem ser adotados procedimentos para:

a) eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases inflamáveis;

b) controlar a geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática.

20.7.4 No processo de transferência de inflamáveis e líquidos combustíveis, deve-se implementar

medidas de controle operacional e/ou de engenharia das emissões fugitivas, emanadas durante a

carga e descarga de tanques fixos e de veículos transportadores, para a eliminação ou

minimização dessas emissões.

20.7.5 Na operação com inflamáveis e líquidos combustíveis, em instalações de processo contínuo

de produção e de Classe III, o empregador deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficiente

para a realização das tarefas operacionais com segurança.

20.7.5.1 Os critérios e parâmetros adotados para o dimensionamento do efetivo de trabalhadores

devem estar documentados.

20.8 Manutenção e Inspeção das Instalações

20.8.1 As instalações classes I, II e III para extração, produção, armazenamento, transferência,

manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem possuir plano de inspeção

e manutenção devidamente documentado.

20.8.2 O plano de inspeção e manutenção deve abranger, no mínimo:

a) equipamentos, máquinas, tubulações e acessórios, instrumentos;

b) tipos de intervenção;

c) procedimentos de inspeção e manutenção;

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d) cronograma anual;

e) identificação dos responsáveis;

f) especialidade e capacitação do pessoal de inspeção e manutenção;

g) procedimentos específicos de segurança e saúde;

h) sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual.

20.8.3 Os planos devem ser periodicamente revisados e atualizados, considerando o previsto nas

Normas Regulamentadoras, nas normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas

normas internacionais, nos manuais de inspeção, bem como nos manuais fornecidos pelos

fabricantes.

20.8.3.1 Todos os manuais devem ser disponibilizados em língua portuguesa.

20.8.4 A fixação da periodicidade das inspeções e das intervenções de manutenção deve

considerar:

a) o previsto nas Normas Regulamentadoras e normas técnicas nacionais e, na ausência ou

omissão destas, nas normas internacionais;

b) as recomendações do fabricante, em especial dos itens críticos à segurança e saúde do

trabalhador;

c) as recomendações dos relatórios de inspeções de segurança e de análise de acidentes e

incidentes do trabalho, elaborados pela CIPA ou SESMT;

d) as recomendações decorrentes das análises de riscos;

e) a existência de condições ambientais agressivas.

20.8.5 O plano de inspeção e manutenção e suas respectivas atividades devem ser documentados

em formulário próprio ou sistema informatizado.

20.8.6 As atividades de inspeção e manutenção devem ser realizadas por trabalhadores

capacitados e com apropriada supervisão.

20.8.7 As recomendações decorrentes das inspeções e manutenções devem ser registradas e

implementadas, com a determinação de prazos e de responsáveis pela execução.

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20.8.7.1 A não implementação da recomendação no prazo definido deve ser justificada e

documentada.

20.8.8 Deve ser elaborada permissão de trabalho para atividades não rotineiras de intervenção

nos equipamentos, baseada em análise de risco, nos trabalhos:

a) que possam gerar chamas, calor, centelhas ou ainda que envolvam o seu uso;

b) em espaços confinados, conforme Norma Regulamentadora n.º 33;

c) envolvendo isolamento de equipamentos e bloqueio/etiquetagem;

d) em locais elevados com risco de queda;

e) com equipamentos elétricos, conforme Norma Regulamentadora n.º 10;

f) cujas boas práticas de segurança e saúde recomendem.

20.8.8.1 As atividades rotineiras de inspeção e manutenção devem ser precedidas de instrução de

trabalho.

20.8.9 O planejamento e a execução de paradas para manutenção de uma instalação devem

incorporar os aspectos relativos à segurança e saúde no trabalho.

20.9 Inspeção em Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho

20.9.1 As instalações classes I, II e III para extração, produção, armazenamento, transferência,

manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem ser periodicamente

inspecionadas com enfoque na segurança e saúde no ambiente de trabalho.

20.9.2 Deve ser elaborado, em articulação com a CIPA, um cronograma de inspeções em

segurança e saúde no ambiente de trabalho, de acordo com os riscos das atividades e operaçõesdesenvolvidas.

20.9.3 As inspeções devem ser documentadas e as respectivas recomendações implementadas,

com estabelecimento de prazos e de responsáveis pela sua execução.

20.9.3.1 A não implementação da recomendação no prazo definido deve ser justificada e

documentada.

20.9.4 Os relatórios de inspeção devem ficar disponíveis às autoridades competentes e aostrabalhadores.

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20.10 Análise de Riscos

20.10.1 Nas instalações classes I, II e III, o empregador deve elaborar e documentar as análises de

riscos das operações que envolvam processo ou processamento nas atividades de extração,

produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e de líquidos

combustíveis.

20.10.2 As análises de riscos da instalação devem ser estruturadas com base em metodologias

apropriadas, escolhidas em função dos propósitos da análise, das características e complexidade

da instalação.

20.10.2.1 As análises de riscos devem ser coordenadas por profissional habilitado.

20.10.2.2 As análises de riscos devem ser elaboradas por equipe multidisciplinar, com

conhecimento na aplicação das metodologias, dos riscos e da instalação, com participação de, no

mínimo, um trabalhador com experiência na instalação, ou em parte desta, que é objeto da

análise.

20.10.3 Nas instalações classe I, deve ser elaborada Análise Preliminar de Perigos/Riscos

(APP/APR).

(Vide prazo no Art. 3ª da Portaria SIT n.º 308/2012 e prorrogação no Art. 1º da Portaria MTE n.º

1.079/2014 )

20.10.4 Nas instalações classes II e III, devem ser utilizadas metodologias de análise definidas pelo

profissional habilitado, devendo a escolha levar em consideração os riscos, as características e

complexidade da instalação. (Vide prazo no Art. 3ª da Portaria SIT n.º 308/2012 e prorrogação no

 Art. 1º da Portaria MTE n.º 1.079/2014 ) 

20.10.4.1 O profissional habilitado deve fundamentar tecnicamente e registrar na própria análise a

escolha da metodologia utilizada.

20.10.5 As análises de riscos devem ser revisadas:

a) na periodicidade estabelecida para as renovações da licença de operação da instalação;

b) no prazo recomendado pela própria análise;

c) caso ocorram modificações significativas no processo ou processamento;

d) por solicitação do SESMT ou da CIPA;

e) por recomendação decorrente da análise de acidentes ou incidentes

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relacionados ao processo ou processamento;

f) quando o histórico de acidentes e incidentes assim o exigir.

20.10.6 O empregador deve implementar as recomendações resultantes das análises de riscos,

com definição de prazos e de responsáveis pela execução.

20.10.6.1 A não implementação das recomendações nos prazos definidos deve ser justificada e

documentada.

20.10.7 As análises de riscos devem estar articuladas com o Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais (PPRA) da instalação. (Vide prazo no Art. 3ª da Portaria SIT n.º 308/2012 ) 

20.11 Capacitação dos trabalhadores

20.11.1 Toda capacitação prevista nesta NR deve ser realizada a cargo e custo do empregador e

durante o expediente normal da empresa.

(Vide prazo no Art. 3ª da Portaria SIT n.º 308/2012 e prorrogação no Art. 1º da Portaria MTE n.º

1.079/2014 )

20.11.1.1 Os critérios estabelecidos nos itens 20.11.2 a 20.11.9 encontram-se resumidos no Anexo

II.

20.11.2 Os trabalhadores que laboram em instalações classes I, II ou III e não adentram na área ou

local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de

inflamáveis e líquidos combustíveis devem receber informações sobre os perigos, riscos e sobre

procedimentos para situações de emergências.

20.11.3 Os trabalhadores que laboram em instalações classes I, II ou III e adentram na área ou

local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de

inflamáveis e líquidos combustíveis, mas não mantêm contato direto com o processo ou

processamento, devem realizar o curso de Integração.

20.11.4 Os trabalhadores que laboram em instalações classes I, II ou III, adentram na área ou local

de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e

líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou processamento, realizando

atividades específicas, pontuais e de curta duração, devem realizar curso

Básico.

20.11.5 Os trabalhadores que laboram em instalações classes I, II e III, adentram na área ou local

de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis elíquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou processamento, realizando

atividades de manutenção e inspeção, devem realizar curso Intermediário.

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20.11.6 Os trabalhadores que laboram em instalações classe I, adentram na área ou local de

extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e

líquidos combustíveis e mantêm contato direto

com o processo ou processamento, realizando atividades de operação e atendimento a

emergências, devem realizar curso Intermediário.

20.11.7 Os trabalhadores que laboram em instalações classe II, adentram na área ou local de

extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e

líquidos combustíveis e mantêm contato direto

com o processo ou processamento, realizando atividades de operação e atendimento a

emergências, devem realizar curso Avançado I.

20.11.8 Os trabalhadores que laboram em instalações classe III, adentram na área ou local de

extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e

líquidos combustíveis e mantêm contato direto

com o processo ou processamento, realizando atividades de operação e atendimento a

emergências, devem realizar curso Avançado II.

20.11.9 Os profissionais de segurança e saúde no trabalho que laboram em instalações classes II e

III, adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e

manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou

processamento devem realizar o curso Específico.

20.11.10 Os trabalhadores que realizaram o curso Básico, caso venham a necessitar do curso

Intermediário, devem fazer complementação com carga horária de 8 horas, nos conteúdos

estabelecidos pelos itens 6, 7 e 8 do curso Intermediário, incluindo a parte prática.

20.11.11 Os trabalhadores que realizaram o curso Intermediário, caso venham a necessitar do

curso Avançado I, devem fazer complementação com carga horária de 8 horas, nos conteúdos

estabelecidos pelos itens 9 e 10 do curso Avançado I, incluindo a parte prática.

20.11.12 Os trabalhadores que realizaram o curso Avançado I, caso venham a necessitar do curso

Avançado II, devem fazer complementação com carga horária de 8 horas, no item 11 e 12 do curso

Avançado II, incluindo a parte prática.

20.11.13 O trabalhador deve participar de curso de Atualização, cujo conteúdo será estabelecido

pelo empregador e com a seguinte periodicidade:

a) curso Básico: a cada 3 anos com carga horária de 4 horas;

b) curso Intermediário: a cada 2 anos com carga horária de 4 horas;

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c) cursos Avançado I e II: a cada ano com carga horária de 4 horas.

20.11.13.1 Deve ser realizado, de imediato, curso de Atualização para os trabalhadores envolvidos

no processo ou processamento, onde:

a) ocorrer modificação significativa;

b) ocorrer morte de trabalhador;

c) ocorrerem ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que

implicaram em necessidade de internação hospitalar;

d) o histórico de acidentes e/ou incidentes assim o exigir.

20.11.14 Os instrutores da capacitação dos cursos de Integração, Básico, Intermediário, Avançados

I e II e Específico devem ter proficiência no assunto.

20.11.15 Os cursos de Integração, Básico e Intermediário devem ter um responsável por sua

organização técnica, devendo ser um dos instrutores.

20.11.16 Os cursos Avançados I e II e Específico devem ter um profissional habilitado como

responsável técnico.

20.11.17 Para os cursos de Integração, Básico, Intermediário, Avançados I e II e Específico, a

emissão do certificado se dará para os trabalhadores que, após avaliação, tenham obtido

aproveitamento satisfatório.

20.11.17.1 O certificado deve conter o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga

horária, data, local, nome do(s) instrutor(es), nome e assinatura do responsável técnico ou do

responsável pela organização técnica do curso.

20.11.17.2 O certificado deve ser fornecido ao trabalhador, mediante recibo, e uma cópiaarquivada na empresa.

20.11.18 Os participantes da capacitação devem receber material didático, que pode ser em meio

impresso, eletrônico ou similar.

20.11.19 O empregador deve estabelecer e manter sistema de identificação que permita conhecer

a capacitação de cada trabalhador, cabendo a este a obrigação de utilização visível do meio

identificador.

20.12 Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e emissões

fugitiva

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20.12.1 O empregador deve elaborar plano que contemple a prevenção e controle de vazamentos,

derramamentos, incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, a

identificação das fontes de emissões fugitivas.

20.12.2 O plano deve contemplar todos os meios e ações necessárias para minimizar os riscos de

ocorrência de vazamento, derramamento, incêndio e explosão, bem como para reduzir suas

consequências em caso de falha nos sistemas de prevenção e controle.

20.12.2.1 Para emissões fugitivas, após a identificação das fontes nos locais sujeitos à atividade de

trabalhadores, o plano deve incluir ações para minimização dos riscos, de acordo com viabilidade

técnica. (Vide prazo no Art. 3ª da Portaria n.º 308/2012 ) 

20.12.3 O plano deve ser revisado:

a) por recomendações das inspeções de segurança e/ou da análise de riscos;

b) quando ocorrerem modificações significativas nas instalações;

c) quando da ocorrência de vazamentos, derramamentos, incêndios e/ou explosões.

20.12.4 Os sistemas de prevenção e controle devem ser adequados aos perigos/riscos dos

inflamáveis e líquidos combustíveis.

20.12.5 Os tanques que armazenam líquidos inflamáveis e combustíveis devem possuir sistemas

de contenção de vazamentos ou derramamentos, dimensionados e construídos de acordo com as

normas técnicas nacionais.

20.12.5.1 No caso de bacias de contenção, é vedado o armazenamento de materiais, recipientes e

similares em seu interior,exceto nas atividades de manutenção e inspeção.

20.13 Controle de fontes de ignição

20.13.1 Todas as instalações elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e portáteis,

equipamentos de comunicação,ferramentas e similares utilizados em áreas classificadas, assim

como os equipamentos de controle de descargas

atmosféricas, devem estar em conformidade com a Norma Regulamentadora n.º 10.

20.13.2 O empregador deve implementar medidas específicas para controle da geração, acúmulo

e descarga de eletricidade estática em áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis.

20.13.3 Os trabalhos envolvendo o uso de equipamentos que possam gerar chamas, calor oucentelhas, nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis, devem ser precedidos de

permissão de trabalho.

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20.13.4 O empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição nas áreas sujeitas à

existência de atmosferas inflamáveis.

20.13.5 Os veículos que circulem nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis devem

possuir características apropriadas ao local e ser mantidos em perfeito estado de conservação.

20.14 Plano de Resposta a Emergências da Instalação

20.14.1 O empregador deve elaborar e implementar plano de resposta a emergências que

contemple ações específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou derramamentos

de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões. (Vide prazo no Art. 3ª da Portaria

n.º 308/2012 ) 

20.14.2 O plano de resposta a emergências das instalações classe I, II e III deve ser elaborado

considerando as características e a complexidade da instalação e conter, no mínimo:

a) nome e função do(s) responsável(eis) técnico(s) pela elaboração e revisão do plano;

b) nome e função do responsável pelo gerenciamento, coordenação e implementação do plano;

c) designação dos integrantes da equipe de emergência, responsáveis pela execução de cada ação

e seus respectivos substitutos;

d) estabelecimento dos possíveis cenários de emergências, com base nas análises de riscos;

e) descrição dos recursos necessários para resposta a cada cenário contemplado;

f) descrição dos meios de comunicação;

g) procedimentos de resposta à emergência para cada cenário contemplado;

h) procedimentos para comunicação e acionamento das autoridades públicas e desencadeamento

da ajuda mútua, caso exista;

i) procedimentos para orientação de visitantes, quanto aos riscos existentes e como proceder em

situações de emergência;

 j) cronograma, metodologia e registros de realização de exercícios simulados.

20.14.3 Nos casos em que os resultados das análises de riscos indiquem a possibilidade de

ocorrência de um acidente cujas consequências ultrapassem os limites da instalação, oempregador deve incorporar no plano de emergência ações que visem à proteção da comunidade

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circunvizinha, estabelecendo mecanismos de comunicação e alerta, de isolamento da área

atingida e de acionamento das autoridades públicas.

20.14.4 O plano de resposta a emergências deve ser avaliado após a realização de exercícios

simulados e/ou na ocorrência de situações reais, com o objetivo de testar a sua eficácia, detectar

possíveis falhas e proceder aos ajustes necessários.

20.14.5 Os exercícios simulados devem ser realizados durante o horário de trabalho, com

periodicidade, no mínimo, anual, podendo ser reduzida em função das falhas detectadas ou se

assim recomendar a análise de riscos.

20.14.5.1 Os trabalhadores na empresa devem estar envolvidos nos exercícios simulados, que

devem retratar, o mais fielmente possível, a rotina de trabalho.

20.14.5.2 O empregador deve estabelecer critérios para avaliação dos resultados dos exercícios

simulados.

20.14.5.1 Os trabalhadores na empresa devem estar envolvidos nos exercícios simulados, que

devem retratar, o mais fielmente possível, a rotina de trabalho.

20.14.5.2 O empregador deve estabelecer critérios para avaliação dos resultados dos exercícios

simulados.

20.14.6 Os integrantes da equipe de resposta a emergências devem ser submetidos a exames

médicos específicos para a função que irão desempenhar, conforme estabelece a Norma

Regulamentadora n.º 7, incluindo os fatores de riscos psicossociais, com a emissão do respectivo

atestado de saúde ocupacional.

20.14.7 A participação do trabalhador nas equipes de resposta a emergências é voluntária, salvo

nos casos em que a natureza da função assim o determine.

20.15 Comunicação de Ocorrências

20.15.1 O empregador deve comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e

ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento a ocorrência de

vazamento, incêndio ou explosão envolvendo inflamáveis e líquidos combustíveis que tenha como

consequência qualquer das possibilidades a seguir:

a) morte de trabalhador(es);

b) ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram emnecessidade de internação hospitalar;

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c) acionamento do plano de resposta a emergências que tenha requerido medidas de intervenção

e controle.

20.15.1.1 A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência e deve

conter:

a) Nome da empresa, endereço, local, data e hora da ocorrência;

b) Descrição da ocorrência, incluindo informações sobre os inflamáveis, líquidos combustíveis e

outros produtos envolvidos;

c) Nome e função da vítima;

d) Procedimentos de investigação adotados;

e) Consequências;

f) Medidas emergenciais adotadas.

20.15.1.2 A comunicação pode ser feita por ofício ou meio eletrônico ao sindicato da categoria

profissional predominante

no estabelecimento e ao setor de segurança e saúde do trabalho do órgão regional do Ministério

do Trabalho e Emprego.

20.15.2 O empregador deve elaborar relatório de investigação e análise da ocorrência descrita no

item 20.15.1, contendo as

causas básicas e medidas preventivas adotadas, e mantê-lo no local de trabalho a disposição da

autoridade competente, dos

trabalhadores e seus representantes.

20.16 Contratante e Contratadas

20.16.1 A contratante e as contratadas são solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta

Norma Regulamentadora.

20.16.2 Das responsabilidades da Contratante.

20.16.2.1 Os requisitos de segurança e saúde no trabalho adotados para os empregados das

contratadas devem ser, no mínimo, equivalentes aos aplicados para os empregados da

contratante.

20.16.2.2 A empresa contratante, visando atender ao previsto nesta NR, deve verificar e avaliar o

desempenho em segurança e saúde no trabalho nos serviços contratados.

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20.16.2.3 Cabe à contratante informar às contratadas e a seus empregados os riscos existentes no

ambiente de trabalho e as

respectivas medidas de segurança e de resposta a emergências a serem adotadas.

20.16.3 Da Responsabilidade das Contratadas.

20.16.3.1 A empresa contratada deve cumprir os requisitos de segurança e saúde no trabalho

especificados pela contratante, por esta e pelas demais Normas Regulamentadoras.

20.16.3.2 A empresa contratada deve assegurar a participação dos seus empregados nas

capacitações em segurança e saúde no trabalho promovidas pela contratante, assim como deve

providenciar outras capacitações específicas que se façam necessárias.

20.17 Tanque de líquidos inflamáveis no interior de edifícios

20.17.1 Os tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis somente poderão ser instalados

no interior dos edifícios sob a forma de tanque enterrado e destinados somente a óleo diesel.

20.17.2 Excetuam-se da aplicação do item 20.17.1 os tanques de superfície que armazenem óleo

diesel destinados à alimentação de motores utilizados para a geração de energia elétrica em

situações de emergência ou para o funcionamento das bombas de pressurização da rede de água

para combate a incêndios, nos casos em que seja comprovada a impossibilidade de instalá-lo

enterrado ou fora da projeção horizontal do edifício.

20.17.2.1 A instalação do tanque no interior do edifício deve ser precedida de Projeto e de Análise

Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR), ambos elaborados por profissional habilitado,

contemplando os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas

Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas

internacionais, bem como nas demais regulamentações pertinentes, e deve obedecer aos

seguintes critérios:

a) localizar-se no pavimento térreo, subsolo ou pilotis, em área exclusivamente destinada para talfim;

b) deve dispor de sistema de contenção de vazamentos:

c) deve conter até 3 tanques separados entre si e do restante da edificação por paredes

resistentes ao fogo por no mínimo 2 horas e porta do tipo corta-fogo;

d) possuir volume total de armazenagem de no máximo 3.000 litros, em cada tanque;

e) possuir aprovação pela autoridade competente;

f) os tanques devem ser metálicos;

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g) possuir sistemas automáticos de detecção e combate a incêndios, bem como saídas de

emergência dimensionadas conforme normas técnicas;

h) os tanques devem estar localizados de forma a não bloquear, em caso de emergência, o acesso

às saídas de emergência e aos sistemas de segurança contra incêndio;

i) os tanques devem ser protegidos contra vibração, danos físicos e da proximidade de

equipamentos ou dutos geradores de calor;

 j) a estrutura da edificação deve ser protegida para suportar um eventual incêndio originado nos

locais que abrigam os tanques;

k) devem ser adotadas as medidas necessárias para garantir a ventilação dos tanques para alívio

de pressão, bem como para a operação segura de abastecimento e destinação dos gases

produzidos pelos motores à combustão.

20.17.2.2 O responsável pela segurança do edifício deve designar responsável técnico pela

instalação, operação, inspeção e manutenção, bem como pela supervisão dos procedimentos de

segurança no processo de abastecimento do tanque.

20.17.2.3 Os trabalhadores envolvidos nas atividades de operação, inspeção, manutenção e

abastecimento do tanque devem ser capacitados com curso Intermediário, conforme Anexo II.

20.17.3 Aplica-se para tanques enterrados o disposto no item 20.17.2.1, caput, alíneas ″b″, ″e″,

″f″, ″g″, ″h″, ″i″, ″j″ e ″k″, item 20.17.2.2 e 20.17.2.3, bem como o previsto nas normas técnicas

nacionais e, na sua ausência ou omissão, nas normas técnicas internacionais.

20.18 Desativação da instalação

20.18.1 Cessadas as atividades da instalação, o empregador deve adotar os procedimentos

necessários para a sua

desativação.

20.18.2 No processo de desativação das instalações de extração, produção, armazenagem,

transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis, devem ser

observados os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas

Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas

internacionais, bem como nas demais regulamentações pertinentes em vigor.

20.19 Prontuário da Instalação

20.19.1 O Prontuário da instalação deve ser organizado, mantido e atualizado pelo empregador e

constituído pela seguinte documentação:

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a) Projeto da Instalação;

b) Procedimentos Operacionais;

c) Plano de Inspeção e Manutenção;

d) Análise de Riscos;

e) Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e

identificação das fontes de emissões fugitivas;

f) Certificados de capacitação dos trabalhadores;

g) Análise de Acidentes;

h) Plano de Resposta a Emergências.

20.19.2 O Prontuário das instalações classe I devem conter um índice e ser constituído em

documento único.

20.19.2.1 Os documentos do Prontuário das instalações classes II ou III podem estar separados,

desde que seja mencionado

no índice a localização destes na empresa e o respectivo responsável.

20.19.3 O Prontuário da Instalação deve estar disponível às autoridades competentes, bem como

para consulta aos

trabalhadores e seus representantes.

20.19.3.1 As análises de riscos devem estar disponíveis para consulta aos trabalhadores e seus

representantes, exceto nos

aspectos ou partes que envolvam informações comerciais confidenciais.

20.20 Disposições finais

20.20.1 Quando em uma atividade de extração, produção, armazenamento, manuseio e

manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis for caracterizada situação de risco grave e

iminente aos trabalhadores, o empregador deve adotar as medidas necessárias para a interrupção

e a correção da situação.

20.20.2 Os trabalhadores, com base em sua capacitação e experiência, devem interromper suas

tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves eiminentes para sua segurança e saúde ou de outras pessoas,comunicando imediatamente o fato a

seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

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20.20.3 Os tanques, vasos e tubulações que armazenem/transportam inflamáveis e líquidos

combustíveis devem ser identificados e sinalizados conforme a Norma Regulamentadora n.º 26.

20.20.4 Nas operações de soldagem e corte a quente com utilizações de gases inflamáveis, as

mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas na saída do cilindro e

chegada do maçarico.

ANEXO I da NR-20

1. As instalações que desenvolvem atividades de manuseio, armazenamento, manipulação e

transporte com gases inflamáveis acima de 1 ton até 2 ton e de líquidos inflamáveis e/ou

combustíveis acima de 1 m³ até 10 m³ devem contemplar no Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais, além dos requisitos previstos na Norma Regulamentadora n.º 9:

a) o inventário e características dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis;

b) os riscos específicos relativos aos locais e atividades com inflamáveis e/ou líquidos

combustíveis;

c) os procedimentos e planos de prevenção de acidentes com inflamáveis e/ou líquidos

combustíveis;

d) as medidas para atuação em situação de emergência.

1.1 O empregador deve treinar, no mínimo, três trabalhadores da instalação que estejam

diretamente envolvidos com

inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, em curso básico previsto no Anexo II.

2. As instalações varejistas e atacadistas que desenvolvem atividades de manuseio,

armazenamento e transporte de recipientes de até 20 litros, fechados ou lacrados de fabricação,

contendo líquidos inflamáveis e/ou combustíveis até o limite máximo de 5.000 m³ e de gases

inflamáveis até o limite máximo de 600 toneladas, devem contemplar no Programa de Prevençãode Riscos Ambientais, além dos requisitos previstos na Norma Regulamentadora n.º 9:

a) o inventário e características dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis;

b) os riscos específicos relativos aos locais e atividades com inflamáveis e/ou líquidos

combustíveis;

c) os procedimentos e planos de prevenção de acidentes com inflamáveis e/ou líquidos

combustíveis;

d) as medidas para atuação em situação de emergência.

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2.1 O empregador deve treinar trabalhadores da instalação que estejam diretamente envolvidos

com inflamáveis, em curso Básico, na proporção definida na Tabela 2.

Capacidade armazenada (gases inflamáveis e/ou líquidos inflamáveis e/ou combustíveis) No de

trabalhadores treinados

Acima de 1 ton até 5 ton e/ou acima de 1 m³ até 9 m³ mínimo 2

Acima de 5 ton até 10 ton e/ou acima de 9 m³ até 42 m³ mínimo 3

Acima de 10 ton até 20 ton e/ou acima de 42 m³ até 84 m³ mínimo 4

Para cada 20 ton e/ou 84 m³ mais 2 trabalhadores

Tabela 2

2.2 Para efeitos dos itens 2 e 2.1 deste Anexo, será aceito curso de prevenção e combate a

incêndios já realizado pelo trabalhador há até dois anos da data de publicação desta NR, desde

que possua uma carga horária mínima de 6 horas, contemple no mínimo 80% do conteúdo

programático do curso Básico previsto

no Anexo II.

3. Aplica-se o disposto nos itens 2 e 2.1 deste Anexo para a instalação de armazenamento de

recipientes de até 20 litros, fechados ou lacrados de fabricação, contendo líquidos inflamáveis

e/ou combustíveis até o limite máximo 10.000 m³ e de gases inflamáveis até o limite máximo1.200 ton, desde que a instalação de armazenamento esteja separada por parede da instalação

onde ocorre a fabricação, envase e embalagem do produto a ser armazenado.

3.1 A instalação de armazenamento de recipientes com volume total superior aos limites

mencionados no item 3 deve elaborar análise de riscos, conforme disposto nos itens 20.10.2,

20.10.2.1, 20.10.2.2, 20.10.4, 20.10.4.1, 20.10.5, 20.10.6, 20.10.6.1 e 20.10.7 plano de resposta a

emergências, conforme itens 20.14.1, 20.14.2, 20.14.4, 20.14.5, 20.14.5.1, 20.14.5.2, 20.14.6 e

20.14.7.

2.2 Para efeitos dos itens 2 e 2.1 deste Anexo, será aceito curso de prevenção e combate a

incêndios já realizado pelo trabalhador há até dois anos da data de publicação desta NR, desdeque possua uma carga horária mínima de 6 horas, contemple no mínimo 80% do conteúdo

programático do curso Básico previsto no Anexo II.

3. Aplica-se o disposto nos itens 2 e 2.1 deste Anexo para a instalação de armazenamento de

recipientes de até 20 litros, fechados ou lacrados de fabricação, contendo líquidos inflamáveis

e/ou combustíveis até o limite máximo 10.000 m³ e de gases inflamáveis até o limite máximo

1.200 ton, desde que a instalação de armazenamento esteja separada por parede da instalação

onde ocorre a fabricação, envase e embalagem do produto a ser armazenado.

3.1 A instalação de armazenamento de recipientes com volume total superior aos limites

mencionados no item 3 deve elaborar análise de riscos, conforme disposto nos itens 20.10.2,20.10.2.1, 20.10.2.2, 20.10.4, 20.10.4.1, 20.10.5, 20.10.6, 20.10.6.1 e 20.10.7 plano de resposta a

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emergências, conforme itens 20.14.1, 20.14.2, 20.14.4, 20.14.5, 20.14.5.1, 20.14.5.2, 20.14.6 e

20.14.7.

REFERÊNCIAS

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943.

PORTARIA GM N.º 3.214, DE 08 DE JUNHO DE 1978.