apostila de metodologia[1]

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MBA GESTO AVANADA DE VAREJO FARMACUTICO

Metodologia do Trabalho CientficoProfessor: Llian Faria E-mail: [email protected]

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Sumrio1. PROGRAMA DA DISCIPLINA

1.1 EMENTA 1.2 CARGA HORRIA 1.3 CONTEDO PROGRAMTICO 1.4 METODOLOGIA 1.5 BIBLIOGRAFIA 1.6 CURRCULO DO PROFESSOR

2. CONTEDO DA DISCIPLINA

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1. Programa da disciplina1.1 EmentaPermitir ao aluno a compreenso das etapas para elaborao de pesquisa cientfica e suas principais caractersticas. Proporcionar familiaridade com conceitos que envolvam o estudo do mtodo cientfico e fornecer embasamento terico sobre as tcnicas e os instrumentos apropriados para coleta e anlise de dados.

1.2 Carga horria20 horas

1.3 Contedo Programtico Diretrizes para a elaborao de uma monografia cientfica; Elementos constitutivos de um projeto de pesquisa: Escolha de um tema; Formulao do problema; Justificativa; Procedimentos metodolgicos; Redao final do projeto conforme as normas estabelecidas.

1.4 MetodologiaAula expositiva e dinmica de grupo por meio de leitura e discusso de textos. Avaliao: entrega de monografia no final do curso

1.5 BibliografiaASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6023: Informao e Documentao - Referncias - Elaborao. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

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BASTOS, Llian da Rocha, PAIXO, Lyra, FERNANDES, Lcia Monteiro. Manual para elaborao de projetos e relatrios de pesquisa, teses e dissertaes. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. 117p. BRAZIELLAS, Maria de Lourdes, AN, Nelza Maria Moutinho. Normas para Apresentao de Trabalhos de Concluso de Curso, Monografia, Dissertao e Tese na Universidade. Rio de Janeiro: Editora Gama Filho, 2005. 100p. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia cientfica. 3. ed. rer. So Paulo, SP: Atlas, 2000. 289 p. (1 exemplar) LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da metodologia cientfica. 4. ed.rev. e ampl. So Paulo, Atlas, 2001. 288p. RUIZ, Joo lvaro. Metodologia cientfica: guia para eficincia nos estudos. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2002. 177p.

1.6 Currculo do professorMestre, Mestrado em Cincias Farmacuticas. Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil. Ttulo: Perfil de Pacientes em uso de Sulfasalazina como Modelo de Estudo para Assistncia Farmacutica. Ano de obteno: 1997. Especialista, Especializao em Docncia Universitria. Universidade Gama Filho, UGF, Rio de Janeiro, Brasil. Ttulo: Discutindo o Ensino Mdico: o profissional para a sociedade. Ano de obteno:1995. Orientador: Maria Luiza de Santanna. Farmacutico Habilitao Bioqumica, Faculdade de Farmcia, UFRJ, 1985. Docente de Bioqumica. Universidade Gama Filho (atual) Coordenadora Acadmica da UGF. (atual) Docente de Ps Graduao da disciplina de Metodologia da Pesquisa Cientfica. (atual) Membro da Comisso de Ensino do CRF. (atual) Ex-coordenadora e diretora do curso de Farmcia da UGF. (at 2006) Docente de Farmacologia. Faculdade de Medicina de Petrpolis. (at 2002) Professora Substituta de Estgio Supervisionado da UFRJ. (at 1997)Metodologia do Trabalho Cientfico

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2. Contedo da disciplina1.1 Conceito de Cincia A palavra cincia pode ser entendida em duas acepes: latu sensu tem, simplesmente, o significado de conhecimento; stricto sensu no se refere a um conhecimento qualquer, mas aquele que, alm de apreender ou registrar fatos, os demonstra por suas causas constitutivas ou determinantes. A cincia um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou provveis, obtidos metodicamente sistematizados e verificveis, que fazem referencias aos objetivos de uma mesma natureza. Conhecimento e Cincia 1.2 Tipos de Conhecimento 1.2.1 Conhecimento Popular aquele obtido no decorrer da experincia cotidiana, atravs dos sentidos. Suas caractersticas principais so: ser subjetivo, valorativo, assistemtico, fragmentrio e ingnuo. 1.2.2 Conhecimento Religioso aquele obtido no decorre da experincia cotidiana, atravs dos sentidos. Caracteriza-se principalmente por sr ser autoritrio, subjetivo inspiracional, sistemtico, dogmtico, preciso. 1.2.3 Conhecimento Filosfico Manifesta-se a partir da necessidade de o ser humano explicar o mundo em que vive estabelecendo causa e conseqncia, atravs de reflexes e pensamentos, com o objetivo de entender o porqu das coisas. Baseia-se em exigncias lgicas, muitas vezes no dedutveis por clculos matemticos, a partir e relaes empricas. So caracterizadas, basicamente, pela busca do saber, atravs de especulaes, racionalizaes, elucidaes, sistematizaes e criticas.

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1.2.4 - Conhecimento Cientfico Provem da necessidade de aprofundamento do conhecimento emprico, utilizando-se das reflexes filosficas para tentar explicar a realidade, atravs de experimentos controlados, as evidencias fticas, utilizando-se de medies, classificaes, comparaes metodologias e analises dos resultados, com o objetivo de se chegar a uma concluso instantnea. Suas caractersticas principais so: ser factuais, experimentais, sistemticos, rigorosos, objetivos e aproximadamente exatos. 2.0 Mtodos Cientficos O mtodo constitui caracterstica to importante da cincia que, no raro, identificamos cincia com seu mtodo. Cumpre, pois que o destaquemos para uns breves estudos. A palavra mtodo origem grega e significa o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigao dos fatos ou na procura da verdade. O diverso passo do mtodo cientifica no foram estabelecidos aprioristicamente; de fato, os homens procuraram agir cientificamente e, s depois, pararam para examinar o caminho que conduzira seu trabalho ao xito. Assim, surgiu o mtodo ou o traado fundamental do caminho a percorrer na pesquisa cientifica. No foi somente com o mtodo que tal fenmeno de reflexo e sistematizao ocorreu, pois o homem primeiro viveu, e s depois estudou a vida: primeiro viveu moralmente, e s depois sistematizou a moral, primeira raciocinou com lgica espontnea ou natural, e s depois definiu as leis do raciocnio; assim, tambm, o homem primeiro agiu metodicamente, e s depois estruturou os passos e exigncias dos mtodos cientficos. O mtodo confere a segurana e fator de economia na pesquisa, no estudo, na aprendizagem. Estabelecido e aprimorado pela contribuio cumulativa dos antepassados, no pode ser ignorado hoje, em seus delineamentos gerais, sob pena de insucesso. Entretanto, se, por um lado, ser aceita a opinio de que um esprito medocre, mas guiado por um bom mtodo, far muitas vezes, mas progressos nas cincias que outro, mas brilhante que caminha ao acaso, por outro lado, preciso no exagerar a importncia do mtodo ou sua eficcia incondicional. O mtodo um extraordinrio instrumento de trabalho que ajuda, mas no substitui por si s o talento do pesquisador. O melhor ser que

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o esprito talentoso no caminhe ao acaso ou s apalpadelas, mas aceite a contribuio do mtodo para conseguir progressos nas cincias. Mtodos um conjunto de normas-padro que devem ser satisfeitas, caso se deseje que a pesquisa seja tida e adequadamente conduzida e capaz de levar a concluses merecedoras de adeso racional. A rigor, porem reserva-se a palavra mtodo para significar o traado das etapas fundamentais da pesquisa, enquanto a palavra tcnica significa os diversos procedimentos ou a utilizao de diversos recursos peculiares a cada objeto de pesquisa, dentro das diversas etapas do mtodo. Diramos que a tcnica a instrumentao especifica da ao, e que o mtodo mais geral, mais amplo, menos especifico. Por isso, dentro das linhas gerais e estveis do mtodo, as tcnicas variam muito e se alteram e progridem de acordo com o progresso tecnolgico, naturalmente. 3.0 Trabalhos Cientficos Os trabalhos cientficos devem ser elaborados de acordos com normas preestabelecidas e com os fins a que se destinam. Serem inditos ou originais e contriburem no s para a ampliao de conhecimentos ou a compreenso de certos problemas, mas tambm servirem de modelo ou oferecer subsdios para outros trabalhos. Para salvador (1980:11), os trabalhos cientficos, originais, devem permitir a um outro pesquisador, baseado nas informaes dadas: (a) reproduzir as experincias e obter os resultados descritos, com a mesma preciso e sem ultrapassar a margem de erro indicada pelo autor; b) repetir as observaes e julgar as concluses do autor; c) verificar a exatido das analises e dedues que permitiram ao autor chegar concluso. Rey (1978:29) aponta como trabalhos cientficos: (a) Observaes ou descries originais de fenmeno naturais, espcies novas, estruturas e funes, mutaes e variaes, dados ecolgicos etc.. b) Trabalhos experimentais cobrindo os mais variados campos e representando uma das mais frteis modalidades de investigao, por submeter o fenmeno estudado s condies controladas da experincia.

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c) Trabalhos tericos de analise ou sntese de conhecimentos, levando produo de conceitos novos por via indutiva ou dedutiva; apresentao de hipteses, teorias, etc., Os trabalhos cientficos podem ser realizados com base em fontes de informaes primarias ou secundarias e elaborados de varias formas, de acordo com a metodologia e com os objetivos propostos. 3.1 Monografia Descrio ou tratado especial de determinada parte de uma cincia qualquer, dissertao ou trabalho escrito que trata especialmente de determinado ponto da cincia, da arte, da historia etc. oi trabalho sistemtico e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado do tratamento, mas no extenso em alcance (American Library Association). Trata-se, portanto, de um estudo sobre um tema especifico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto no s em profundidade, mas tambm em todos os seus ngulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina. Tem como base a escolha de uma unidade ou elemento social, sob duas circunstancias: 1)ser suficientemente representativo de um todo cujas caractersticas se analisam; 2) ser capaz de reunir os elementos constitutivos de um sistema social ou de refletir as incidncias e fenmenos de carter autenticamente coletivos. As caractersticas essenciais no a extenso, como querem alguns autores, mas o carter do trabalho (tratamento de um tema delimitado) e a quantidade da tarefa, isto , o nvel da pesquisa, que este intimamente ligado aos objetivos propostos para a sua elaborao. A monografia implica originalidade, mas ate certo ponto, uma vez que impossvel obter total novidade em um trabalho; isto relativo, pois a cincia, sendo acumulativa, est sujeita a continuas revises. 3.2 Dissertao Dissertao um estudo terico, de natureza reflexiva, que consiste na ordenao de idias sobre determinado tema (Salvador, 1980:35); aplicao de uma teoria existente

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para analisar determinado problema (Rehfeldt, 1980:62) ou trabalho feito nos moldes da tese com a peculiaridade de ser ainda tese inicial ou em miniaturas (Salomon, 1999:222). Dissertao , portanto, um tipo de trabalho cientifica apresentado ao final do curso de ps-graduao, visando obter o titulo de mestre. Requer defesa de tese. Tem carter didtico, pois se constitui em um treinamento ou iniciao investigao. 3.3 Tese So varias, mas no contraditrias, as definies de teses, formuladas por diferentes autores. Tese opinio ou posio que algum sustenta e esta preparados para defender (Barrass, 1979:152); proposio que trata de demonstrar (...), enunciao previa do assunto ou doutrina, objeto de exame e discusso, que se deve apresentar, sustentar e defender em discusso publica contra objees que lhe devem opor os examinadores (Vegas, 1969:620); proposio clara e terminantemente formulada em um de seus aspectos formal e material, e que se submete discusso ou prova; ato culminante do pensar reflexivo (Whitney, 1958:368). Para leite (1978:1) a tese um instrumento de pesquisa destinado a promover a aquisio de novos conhecimentos com o objetivo de interpretao, predio e controle do fenmeno em estudo. Severino (2000:150-151) considera que tese uma abordagem de um inicio tema, que exige pesquisa prpria da rea cientifica em que se situa, com os instrumentos metodolgicos especficos, podendo ser de origem experimental, historia ou filosfica, versando sempre sobre um tema nico, especifico, delimitado e restrito. A tese apresenta o mais alto nvel de pesquisa e requer no s exposio e explicao do material coletado, mas tambm, e principalmente, analise e interpretao dos dados. o tipo de trabalho cientifico que levanta, coloca e soluciona problemas; argumenta e apresenta razes baseadas na evidencia dos fatos, com o objetivo de provar se as hipteses levantadas so falsas ou verdadeiras. A tese pode ser considerada como um teste de conhecimento para o candidato, que deve demonstrar capacidade de imaginao, de criatividade, e habilidade no s para relatar o trabalho, mas tambm para apresentar solues para determinado problema.

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3.4 Artigos Cientficos Os artigos cientficos so pequenos estudos, porm completos, que tratam de uma questo verdadeiramente cientifica, mas que no se constituem em matria de um livro. Apresentam o resultado de estudos ou pesquisa documental bibliogrfico ou de campo para os resultados sejam conhecidos, faz-se necessrio sua publicao. Esse tipo de trabalho proporciona no s a ampliao de conhecimentos como tambm a compreenso de certas questes. Os artigos cientficos, por serem completos, permitem ao leitor, mediante a descrio da metodologia empregada, do processamento utilizado e resultados obtidos, repetirem a experincia. 4.0 Pesquisa 4.1 Pesquisa Cientifica Pesquisa cientifica a realizao concreta de uma investigao planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pelas cincias. mtodo de abordagem de um problema em estudo que caracteriza o aspecto cientifico de uma pesquisa. A diferena entre os trabalhos de pesquisa dos cientistas e os dos estudantes no deveria residir no mtodo, mas nos propsitos. Os cientistas j esto trabalhando com intuito de promover o avano da cincia para humanidade; os estudantes universitrios ainda esto trabalhando para o crescimento da sua cincia. Ambos, porem, devem trabalhar cientificamente. Os estudantes trabalham cientificamente quando realizam pesquisas dentro dos princpios estabelecidos pela metodologia cientifica, quando adquirem a capacidade no s de conhecer as concluses que lhes foram transmitidas, mas tambm se habilitam a reconstituir, a refazer as diversas etapas do caminho percorrido pelos cientistas. Resumindo, diramos que o primeiro trabalho de pesquisas exigidas dos estudantes tem carter didtico-pedaggica, isto , constituem meio de aprendizagem, ensinam, exercitam, treinam, habilitam a refazer cientificamente caminhos j percorridos. assim que se principia. Assim procederam em seus tempos de estudantes os cientistas de hoje. Nada

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melhor do que a realizao de trabalhos cientficos para iniciar o universitrio no esprito, nas tcnicas e na conscincia da validade da pesquisa planejada, desenvolvida e redigida de conformidade com os cnones da metodologia cientifica. Ao observar um fato, ao explorlo criticamente, ao estabelecer uma hiptese, ao investigar fontes e ao controlar variveis, o estudante situa-se, concretamente, no plano da pesquisa cientifica. 4.2 Tipos de Pesquisas Na literatura referente ao tema ora abordado, observa-se uma serie de classificaes distintas baseadas em critrios diferentes. Nesta seo trata-se da classificao segundo as formas de estudo do objeto; 4.2.1 Descritivas Nesse tipo de pesquisa, o investigador observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenmenos, comparando-os sem qualquer tipo de experincia ou interveno na realidade ftica, sendo os exemplos mais comuns pesquisa bibliogrfica e a pesquisa documental. 4.2.1.1 Bibliografia Qualquer espcie de pesquisa, em qualquer rea, supe e exige pesquisa bibliografia previa, quer maneira de atividade exploratria, quer para o estabelecimento do status quaestionis, quer para justificar os objetivos e contribuies da prpria pesquisa. Os trabalhos didtico-pedaggicos solicitados durante os diversos cursos para desenvolvimento de determinadas partes dos programas, com maior participao dos alunos, constituem-se, em geral, em pequenas pesquisas bibliogrficas. Nem todos faro pesquisa de campo ou de laboratrio, mas todos faro pesquisa bibliogrfica. 4.2.1.2 Documental A finalidade de pesquisa bibliogrfica a de colocar o pesquisador em contato direto com todo o material levantado a fim de que faa sua sntese pessoal. A pesquisa documental abrange apenas a documentos, seja escrito ou em qualquer outro meio diferente que exista ou possa vir existir. 4.2.2 Pesquisa de Campos

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No experimental no sentido de no produzir ou de no reproduzir os fatos tal que estuda. A pesquisa de campo consiste na observao dos fatos tal como ocorre responsabilidade, na coleta de dados e no registro de variveis presumivelmente relevantes para ulteriores analises. Esta espcie de pesquisa no permite o isolamento e o controle das variveis supostamente relevantes, mas permite o estabelecimento de relaes constantes entre determinadas condies variveis independentes e determinados eventos variveis dependentes -, observadas e comprovadas. Inicialmente, devemos realizar uma pesquisa bibliogrfica sobre o assunto em questo. Tal estudo nos informar sobre a situao do problema, sobre os trabalhos j realizados a esse respeito e sobre as opinies reinantes; permitir o estabelecimento das variveis e na prpria elaborao do plano geral da pesquisa. Aps a pesquisa bibliogrfica previa, de acordo com a natureza da pesquisa, que poder se sociolgica, psicolgica, mercadolgica etc., cumprem determinar as tcnicas que sero utilizadas na coleta de dados, as fontes da amostragem que devera se significativa isto representativa e suficiente para apoiar concluses; preciso, ainda, antes que se parta para a coleta de dados, estabelecer as tcnicas de registros desses dados e as tcnicas de sua analise posterior. Entrevista Consiste no dilogo com objetivo de colher, de determinada fonte, de determinada pessoa ou informante, dados relevantes para a pesquisa em andamento. Portanto, no s os quesitos da pesquisa devem ser muito bem elaborados, mas tambm o informante deve ser criteriosamente selecionado. O entrevistador deve ser discreto, deve evitar ser importuno; precisa deixar muito vontade o informante. Embora seja sua funo dirigir a entrevista a mant-la dentro dos itens preestabelecidos, o entrevistador precisa ser habilidoso e elegante ao evitar que dilogo se desvie dos propsitos de sua pesquisa. importante lembrar que o entrevistador deve apenas coletar dados e no discuti-los com o entrevistado; disso se conclui que o entrevistador deve falar pouco e ouvir muito. O nmero e a representativos dos entrevistados devem ser tais que possam apoiar e validar os resultados da pesquisa de campo.

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Cumpre ainda lembrar que o entrevistador no deve confiar excessivamente em sua memria; portanto, deve anotar cuidadosamente os informes coletados, registrando-os sumariamente durante a entrevista e completando suas anotaes imediatamente aps a entrevista ou o mais breve possvel. Questionrio Na entrevista, o informante fala; na tcnica do questionrio, o informante escreve ou responde por escrito a um elenco de questes cuidadosamente elaboradas. Tem a vantagem de poder ser aplicado simultaneamente a um grande numero de informantes; seu anonimato pode representar uma segunda vantagem muito aprecivel sobre a entrevista. Deve apresentar todos os seus itens com a maior clareza, de tal sorte que o informante possa responder com preciso, sem ambigidade. As questes devem ser bem articuladas. importante que haja explicaes iniciais sobre a seriedade da pesquisa, sobre a importncia da colaborao dos que foram selecionados para participar do trabalho como informante r, principalmente, sobre a maneira correta de preencher o questionrio e devolv-lo. Formulrio uma espcie de questionrio que prprio pesquisador preenche de acordo com as respostas do informante. Tem a vantagem de permitir esclarecimentos verbais adicionais s questes de entendimento mais difcil, e pode ser aplicado em informantes analfabetos. Aps a coleta de dados, resta o trabalho de tabulao, de elaborao de grficos, quadros, mapas, estatsticas para as analises, interpretaes e concluso de carter indutivo. 4.2.3 Pesquisa de Laboratrio (experimental) A pesquisa cientfica pode ser experimental e no experimental. As pesquisas bibliogrficas e de campo no so experimentais; so de simples observao controlada, pois o pesquisador no manipula as variveis, no as isola, no provoca eventos, mas observa-os e registra-os. A pesquisa de laboratrio, ao contrario, permite que o pesquisador reitere, provoque e produza fenmenos em condies de controles. Experimentar, ou realizar experimentos, significa exercer positivo controle sobre as condies presumidamente relevantes, relativamente a determinado evento, com o objetivo de descobrir as condies antecedentes responsveis pelo evento subseqente, ou efeito, ou varivel dependente assumida como objeto da pesquisa.

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Denominam-se variveis independentes as diversas condies antecedentes tomadas como relevantes para a ocorrncia de determinados eventos. Varivel dependente o fato, o evento produzido suspenso ou afetado pela presena, ausncia ou variaes das variveis independentes. Na experimentao cientifica ou de laboratrio o pesquisador manipula as variveis e controla uma, tanto quanto possvel, as variveis independentes, com o objetivo de determinar qual ou quais delas so a causa necessria e suficiente determinante da varivel dependente ou evento em estudo. por isso que a palavra laboratrio lembra um recinto caracterstico, dotado de instalaes, aparelhos, instrumentos, peas e materiais, que permitem a produo de fenmenos nas mais rigorosas condies de controles das variveis. O primeiro passo da pesquisa do laboratrio ser tambm a pesquisa bibliogrfica previa, pelas razes j apontadas em nosso item anterior a respeito da pesquisa de campo. A pesquisa de laboratrios, como qualquer espcie de pesquisa cientifica no se realiza em um ato, mas se desenvolve ao longo de um processo ordenado, que percorre etapas bem definidas. Como mtodo experimental constitui o mtodo padro da pesquisa cientifica, procuraremos caracterizar cada um de seus passos, fases ou etapas, a saber: a observao, a hiptese, a experimentao, a induo ou ampliao da concluso que permite previses e domnio da natureza. 5.0 Projeto de Pesquisa O projeto uma proposta especifica e detalhada da pesquisa, com o objetivo de definir uma questo e a forma pela qual ela ser investigada. Esta sujeito a modificaes durante o seu desenvolvimento. O projeto de pesquisa , de modo geral, estruturado em trs partes: (a) preliminares ou pr-textual; (b) corpo do trabalho ou textual; e (c) referncias bibliogrficas e anexos. As preliminares incluem: folha de rosto; pgina de aprovao; ndice; listas de tabelas, de figuras e de anexos; e a abstract. Em geral os projetos se estruturam em determinados captulos e sees, cuja incluso ou excluso dependem da natureza da pesquisa. Os captulos principais de

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qualquer projeto tratam da definio do problema com uma reviso sucinta da bibliografia e da metodologia a ser adotada. Esses captulos e suas sees podem ser modificados em funo das caractersticas da pesquisa, esperando-se, no entanto, que o problema, os objetivos e a relevncia sejam explicitados, assim como a metodologia. 5.1 Critrios para escolha do assunto O primeiro passo a ser dado por aquele que se prope desenvolver uma pesquisa bibliogrfica a escolha do assunto, o que no fcil. Em qualquer rea, o campo vasto, mais a experincia comprova a indeciso a perplexidade e at a angustia que precedem a opo por assunto e no por inmeros outros. Mesmo quando a prpria cadeira sugere o assunto, incumbir sempre ao aluno delimit-lo, circunscrev-lo e determinar o aspecto sob o qual o focalizar. Mas imaginemos que o prprio aluno deva resolver o problema da escolha do assunto para sua pesquisa de fim de curso. Que critrios vo gui-los? Consideramos ento os critrios que devem nortear a escolha feliz de um assunto; trata-se de questo importantes, porque a escolha feliz de um assunto fator decisivo para o bom desenvolvimento de uma pesquisa. 1. Da parte do pesquisador. Tendncias e preferncias pessoais O pesquisador deve escolher um assunto correspondente a seu gosto pessoal, que esteja na linha de suas tendncias e preferncias pessoais. O entusiasmo e a dedicao, o empenho, a perseverana e a deciso para superar obstculos dependem, naturalmente, do ajustamento do pesquisador ao assunto. A observncia dessa convenincia funcionar como um multiplicador de foras. Aptido No basta gostar do assunto; preciso ter aptido, ser capaz de desenvolv-lo. No presente caso, aptido significa formao cultural adequada ou especfica, experincia ou vivncia na rea em que se situa o assunto. Assuntos de carter filosfico exigem aptido ou capacidade para a abstrao; assuntos de carter exigem correspondentes conhecimentos bsicos, e assim por diante.

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Tempo Ante o problema da escolha do assunto, importante considerar o tempo disponvel e o tempo necessrio para levar a bom termo esta ou aquela pesquisa. bem verdade que o entusiasmo e a aptido multiplicam a eficcia do trabalho, mais no se podem optar por assunto que exija muito mais tempo de pesquisa do que se dispe. Recursos materiais Consideremos ainda o fator econmico, o custo de viagens e de aquisio de material, a possibilidade de acesso a fontes raras e a existncia ou no de material bibliogrfico disponvel. O celebre querer poder no deve, pois, ser entendido em sentido absoluto. Muita frustrao resultou da falta de ponderao dos critrios que acabamos de enumerar quanto s condies do pesquisador. 2. Da parte do prprio assunto. Relevncia O estudante universitrio imbudo de esprito cientfico no cede tentao, ao comodismo, mediocridade de escolher assunto pela sua aparente facilidade; ao contrrio, procura assuntos cujo estudo e aprofundamento lhe tragam contribuio para o prprio amadurecimento cultural, e alguma contribuio objetiva ao esclarecer melhor um problema, ao cobrir uma lacuna, ao corrigir uma falsa interpretao, ao esclarecer aspectos at ento obscuros, ao aprimorar a definio de um conceito ambguo, ao promover o aprofundamento sobre tema relevante pelo seu contedo e pela atualidade. FONTES DE ASSUNTOS Onde encontrar assunto? De onde brotam assuntos? A ateno de quem quer descobrir um bom assunto deve voltar-se para as trs fontes mais comuns, a saber: Vivncia Nossas leituras, nossas conversaes, os problemas que ocorrem ao nosso esprito, busca da resposta satisfatria que no encontramos nossas dvidas, nossa maneira pessoal de questionar problemas e de reagir ante hipteses

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aparentemente frgeis, tudo isto representa uma vivncia capaz de suscitar assuntos que mereceriam melhor anlise e maior aprofundamento. Polmicas Quando um assunto se torna objeto de polmica, duas coisas devem estar acontecendo: Em primeiro lugar, o assunto deve ter alguma relevncia, alguma importncia; em segundo lugar, as hipteses ou posies sustentadas pelo contendores no esto suficientemente comprovadas. Em livros, em revistas e jornais em seminrios de estudo, e freqente o aparecimento de polmicas. Podem elas surgir de definies imprecisas, de classificaes ambguas, de amostra insuficiente, do desconhecimento de solues anteriores, de incorreta colocao do problema, de lacunas intransponveis, e assim por diante. De qualquer desses itens podem surgir bons assuntos de pesquisa. Reflexo A vivncia, as polmicas e todo o universo so, na realidade, imenso reservatrio de problemas espera de soluo. Mas preciso refletir, preciso interrogar, preciso onde o homem vulgar v apenas fatos sem problema. Quem em nada v problema ou no atingiu o nvel normal de desenvolvimento da razo. A reflexo suscita dvidas reais ou metdicas; a dvida define, circunscreve e delimita um problema digno de ser esclarecido. Aps a opo por determinado assunto, est vencida a primeira etapa muito importante para o trabalho de pesquisa. Mas fica faltando a indispensvel delimitao do assunto. Qualquer problema que se considere mais cuidadosamente revela sua complexidade, apresenta aspectos diversos sob os quais pode ser estudado, manifesta-se no sob forma de um todo unitrio, mas sob a forma de uma constelao de problemas. Aps a escolha do assunto, necessrio, pois, determinar o aspecto particular sob o qual ser focalizado; s um tema bem delimitado pode ser objeto de pesquisa cientifica. Generalidades j existem nas enciclopdias, nos compndios didticos e nos dicionrios.

Sugestes para a Delimitao do Assunto

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Leitura exploratria No se pode especificar ou delimitar um assunto antes de conhec-lo em sua generalidade, antes de apreender os mltiplos aspectos sob os quais possa ser estudado, antes de submet-lo a uma anlise preliminar. A especificao definitiva do assunto fruto da prpria pesquisa; entretanto, no se pode iniciar uma pesquisa sem determinar um alvo sem delimitar o assunto e sem excluir a grande variedade de aspectos que no se pretende explorar. Para essa primeira delimitao, que evoluir durante a pesquisa, estreitando cada vez mais o seu campo, concorre leitura exploratria. Devem-se ler inicialmente compndios ou manuais didticos, verbetes de enciclopdias relativos ao assunto, assim como conversar com professores da respectiva rea. Devem-se, tambm, registrar definies, classificaes, aspectos, formular problemas, refletir sobre sua relevncia e suas implicaes. Dessa primeira explorao e desse primeiro questionrio surgir o projeto provisrio da pesquisa. Dizemos provisrio porque ele evoluir pari passu com o progresso dos trabalhos de pesquisa, que iro alargando os horizontes e solicitando ulteriores delimitaes at a completa especificao do assunto. Determinao da extenso do sujeito e do objeto A delimitao provisria do assunto, que necessria para qualquer pesquisa, deve estar assegurada pelas leituras exploratrias. O problema que constituir a idia central do trabalho j dever estar expresso em uma proposio significativa, relevante e pesquisvel, como esta: funo da superaprendizagem no esquecimento. Nesse exemplo, o assunto geral seria memria. Aps um primeiro exame o assunto revelou-se vastssimo e sumamente complexo. O detalhe ou aspecto que pode orientar inicialmente a pesquisa foi expresso numa proposio significativa, relevante e pesquisvel, a saber: a superaprendizagem causa esquecimento. O assunto restringiu-se para esquecimento; no para o esquecimento em geral, mas para o esquecimento causado pela superaprendizagem, isto , pela tentativa de reter novos materiais antes do domnio dos anteriormente administrados.

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Parece que o assunto j est bem delimitado. Entretanto, qual o sujeito da presente pesquisa? Qual a sua extenso? Cumpre esclarecer que o sujeito de uma pesquisa a pessoa, o fato, a coisa, o fenmeno a respeito do qual se quer saber alguma coisa. O sujeito da pesquisa no , necessariamente, ncleo do sujeito das anlises gramaticais. Na proposio, a superaprendizagem causa esquecimento, qual seria o sujeito da pesquisa, o homem ou o animal? O homem adulto ou criana? A criana norma ou subnormal? Subnormal limtrofe ou subnormal grave? A limitao da extenso do sujeito levar a maior especificao do assunto, que poderia ser expresso agora nesta proposio funo da superaprendizagem no esquecimento de crianas subnormais limtrofes. Este sujeito crianas subnormais limtrofes poder sofrer ainda vrios cortes em sua extenso, mediante a incluso de outros detalhes ou circunstancias, tais como a idade, o gnero de escolaridade e outros. S para efeito de demonstrao da possibilidade de delimitao da extenso do sujeito da pesquisa e, consequentemente, da maior delimitao do assunto expressaramos o tema da pesquisa nesta proposio: funo da superaprendizagem no esquecimento de crianas subnormais limtrofes de doze anos de idade, com cinco anos de escolaridade em classes especiais. 5.2 Apresentao 5.3 Objetivo 5.4 Justificativa 5.5 O problema 5.5.1 Hiptese 5.5.2 Variveis 5.6 Metodologia 5.6.1 Tcnicas 5.6.2 Amostragem 5.7 Embasamento Terico 5.8 Reviso Bibliografia

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5.9 Definio de termos 5.10 Cronograma 5.11 Oramento 5.12 Bibliografia 6.0 Pesquisa Piloto ou pr-teste Uma vez terminado o projeto de pesquisa definitivo, a tentao de iniciar imediatamente a pesquisa muito grande. Todas as etapas foram previstas as hipteses enunciadas, as variveis identificadas, a metodologia minuciosamente determinada, incluindo as provas estatsticas a que sero submetidos os dados colhidos; portanto, por que no comear incontinenti a coleta de dados? A resposta encontra-se em toda parte: nenhuma fabrica, por exemplo, de automveis, lana um novo modelo sem antes construir prottipos e test-los. Qual a razo desse comportamento? A resposta que muitos fatos no podem ser previstos em uma prancheta de desenho, no que respeita ao desempenho real do carro, com seus inmeros componentes. Dessa forma, o automvel deve ser testado em condies concretas de funcionamento, pois se encontram defeitos, poupam-se tempo e dinheiro com seu aperfeioamento, antes que o modelo entre em linha de montagem. Com a pesquisa ocorre o mesmo. Como exemplo, tome-se o instrumento de coleta de dados, que pode ser o questionrio. A equipe de especialista que o preparou vivenciou o problema durante certo espao de tempo. Todas as perguntas parecem necessrias e bem formuladas. Mas o entrevistado? Tomara contato com o assunto no momento da pesquisa. S pensara nele quando um pesquisador o estiver entrevistando. Compreendero-no todas as pesquisas? Estaro elas redigidas, utilizando a linguagem que lhe comum? Ou ter dvidas sobre o significado das questes e sobre o sentido de algumas palavras? S experincia o dir dessa forma, a pesquisa-piloto tem, como uma das principais funes, testarem os instrumentos de coleta de dados. por esse motivo que se recomenda, mesmo se o Instrumento definitivo for o questionrio, a utilizao, no pr-teste, do formulrio com espao suficiente para que o pesquisador anote as reaes do entrevistado, sua dificuldade de entendimento, sua tendncia para esquivar-se de questes polemicas ou delicadas, seu

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embarao com questes pessoais etc. A pesquisa-piloto evidenciara ainda: ambigidade das questes, existncias de perguntas suprfluas, adequao ou no da ordem da apresentao das questes, se so numerosas ou, ao contrario, necessitam ser complementadas etc. Uma vez constatadas as falhas, reformula-se instrumento, conservando, modificando, ampliando, desdobrando ou alterando itens; explicitando melhor algumas questes ou modificando a redao de outras; perguntas abertas (e uma grande parte deve ser aberta na pesquisapiloto) podem ser fechadas, utilizando as prprias respostas dos entrevistados, desde que no haja muita variabilidade. Ainda em relao ao questionrio, o pr-teste poder evidenciar se ele apresenta ou no trs elementos de suma importncia: Fidedignidade - Isto , obter-se-o sempre os mesmo resultados, independentemente da pessoa que o aplica? Vaidade Os dados obtidos so todos necessrios a pesquisa nenhum fato, dado o fenmeno deixado de lado na coleta. Operatividade O vocabulrio acessvel a todos os entrevistados, e o significado das questes claro? Outra importante finalidade da pesquisa-piloto verificar a adequao do tipo de amostragem escolhido. O pr-teste sempre aplicado para uma amostra reduzida, cujo processo de seleo idntico ao previsto para a execuo da pesquisa, mas os elementos entrevistados no podero figurar na amostra final (para evitar contaminao). Muitas vezes descobre-se que a seleo por demais onerosas ou viciadas. Em suma inadequada, necessitando-se modificada. A aplicao da pesquisa-piloto tambm um bom teste para os pesquisadores. Finalmente, o pr-teste permite tambm a obteno de uma estimativa sobre os futuros resultados, podendo inclusive, alterar hipteses, modificar variveis e a relao entre elas. Dessa forma, haver maior segurana e preciso para a execuo da pesquisa. 7.0 - Estrutura da monografia

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Atravs da NBR 14724 (202, p.3) a ABNT estabelece que A estrutura de tese, dissertao ou de um trabalho acadmico: elementos pr-textuais, elementos textuais e elementos ps textuais. 7.1 Elementos pr-textuais So elementos obrigatrios: 7.1.1 7.1.2 7.1.3 7.1.4 7.1.5 7.1.6 7.1.7 7.1.8 7.1.9 Capa Folha de Rosto Folha de aprovao Errata Dedicatria Agradecimento Epigrafe - Resumo em lngua vernculo Lista de ilustraes, tal das abreviaturas e siglas, smbolos.

7.1.10 Sumario 7.2 Elementos Textuais 7.2.1 7.2.2 7.2.3 7.3.1 7.3.2 7.3.3 7.3.4 7.3.5 Introduo Desenvolvimento Concluso Referencia Bibliogrfica Glossrio Apndice Anexo ndice

7.3 Elementos ps-textuais

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8.0 Uniformizao Redacional 8.1 Estilo da redao tcnico-cientfica. Ao abordar o estilo redacional de trabalhos cientficos, sero feitas referencias a alguns princpios bsicos que devem ser observados em tal estilo e recomendaes de natureza geral. O princpio indispensvel redao cientifica podem resumir-se em clareza preciso comunicabilidade e consistncia. Uma redao clara quando no deixa margem a interpretaes diversas da que o autor deseja comunicar. A linguagem rebuscada, cheia de termos desnecessrios, desvia a ateno do leitor confundindo-o, por vezes. Ambigidade falta de ordem na apresentao de idias, esbanjamento de termos e pouca fluncia desencorajam o leitor, ao passo que a propriedade com que se expem conceitos e a lgica em seu desenvolvimento constitui estimulo para prosseguimento da leitura. Um autor claro quando usa linguagem precisa, isto , quando atenta para que cada palavra empregada traduza, exatamente, o pensamento que deseja transmitir. Expresses como nem todos, praticamente todos, vrios deles, so interpretadas de formas diferentes e tiram a foras das afirmativas. Melhor seria indicar: cerca de 90%, quase metade ou, com mais preciso: 93%, 45%. mais fcil ser preciso na linguagem cientifica do que na literria, na qual a escolha de termos bem mais ampla. De qualquer forma, a seleo de termos em inequvocos, e a cautela no uso de expresses coloquiais devem estes sempre presentes na redao acadmica. Comunicabilidade essencial na linguagem cientifica, em que os assuntos devem ser tratados de maneira diretas e simples, com lgica e continuidade no desenvolvimento das idias. O leitor perturba-se com uma leitura em que frases substituem simples palavras ou quando a seqncias de idias interrompida por digresses e irrelevantes. importante evitar ambigidade em referencias. O pronome relativo que freqentemente responsvel pelo sentido dbio de frases. Exemplificando: os grupos de alunos foram organizados por turnos que considerados em conjuntos.... ai que o leitor se pergunta: o que foi considerado em conjunto os grupos ou os turnos?.

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A pontuao tambm deve ser usada criteriosamente, facilitando a compreenso do texto. Pontuao em excesso cansa o leitor e, quando deficiente, no oferece clareza. O principio da consistncia um importante elemento no estilo e pode ser considerado dentro de trs dimenses: Consistncia de expresso gramatical; consistncia de categoria; e consistncia de seqncia. (1) A consistncia de expresso gramatical violada quando, por exemplo, em uma enumerao de trs itens, o primeiro um substantivo, o segundo, uma frase, e o terceiro, um perodo completo. Isso, sem duvida, confunde e distrai o leitor. Outro caso seria o de uma enumerao cujos itens se iniciassem ora por substantivo, ora por verbo. No exemplo: na redao cientifica, cumpre observar, entre outras regras: (1) terminologia precisa; (2) pontuao criteriosa; (3) no abusar de sinnimos; (4) evitar ambigidade nas referncias, os itens (3) e (4), para que se observasse a consistncia de expresso gramatical, teriam que ser assim enunciados: (3) parcimnia no uso de sinnimos; (4) clareza nas referncias. (2) A consistncia de categoria reside no equilbrio que deve ser mantido nas principais sees de um captulo ou subsees de uma seo. Exemplificando: um captulo cuja trs primeiras sees se referissem respectivamente, aos aspectos legais, filosficos e sociolgicos da profissionalizao em nvel de 2 grau e em que a quarta seo tratasse de instrumentos para a medida de aptides diferenciadas, estaria desequilibrado, a quarta seo, sem dvida, apresenta matria de categoria diferente da abordada pelas trs primeiras, devendo, portanto, perceber a outro captulo. (3) A terceira dimenso do princpio de consistncia diz respeito seqncia que deve ser mantida na apresentao de captulos, sees e subsees de um trabalho. Embora nem sempre a seqncia a ser observada seja cronolgica, existe em qualquer enumerao uma lgica inerente ao assunto e que, uma vez detectada, determinar a ordem em que captulos, sees, subsees e quaisquer outros elementos devero aparecer. Seja qual for seqncia adotada, o que importa que reflita uma organizao lgica. O uso da terceira pessoa do singular e da voz passiva recomendado na linguagem cientfica, que deve ser o mais possvel, impessoal. Quanto ao tempo do verbo, o relatrio final redigido no passado, admitindo-se o presente quando apropriado. No projeto de

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pesquisa, tese ou dissertao emprega-se o tempo futuro, pois o texto refere-se a intenes e no a fatos j consumados, como o caso do relatrio final. Expresses taxativas devem ser evitadas. Por exemplo, em vez de se dizer que o resultado do teste da hiptese provou..., cabe, com mais propriedade, dando o carter probabilstico inerente estatstica inferencial, afirmar que o resultado do teste da hiptese apresentou evidncias de que.... Recomenda-se, tambm, cuidado no uso de sinnimos. Embora louvvel, pois a variedade de ter dvidas quanto inteno quando o autor introduz novos termos manter o mesmo significado do termo procedente ou introduzir uma diferena sutil? Perodos curtos so de mais fcil compreenso que os longos, mas o autor experiente saber manter-se entre o estilo telegrfico e circunlquio, entre a pobreza de expresso e a excessiva qualificao imprpria ao discurso cientfico. O essencial, entretanto, que cada perodo seja compreendido facilmente, sem que haja necessidade de o leitor reportar-se a exposies anteriores. Ao mesmo critrio deve obedecer a extenso dos pargrafos. Embora as idias devam fluir livremente, se a matria for longa demais merecer reorganizao para que, sem quebra da lgica e da clareza, possa distribuir-se em pargrafos cuja extenso oferea conforto ao leitor, inclusive visualmente. So esses alguns princpios e recomendaes a que deve atender a boa redaes cientfica. No devem ser entretanto, to rigidamente observados a ponto de sufocarem o estilo pessoal. No tm, tambm, a pretenso de assegurar a boa qualidade da redao, da mesma forma que o conhecimento de regras gramaticais no garante a boa qualidade da comunicao. 8.2 Caractersticas da linguagem Enquanto instrumento de comunicao acadmica, a linguagem utilizada segue os padres da norma culta, o que significa apresentar correo, objetividade, conciso, clareza e preciso, destacando-se, ainda, a sobriedade. indispensvel que se evite o uso de linguajar banal e de jarges que, apesar de uso consagrado, comprometem a qualidade do trabalho acadmico.

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A linguagem cientfica trata os assuntos de maneira direta e simples, com lgica e continuidade, evitam a ambigidade no uso de termos e da construo de frases, perodos, pargrafos, considerando at mesmo os sinais de pontuao, cuja presena ou omisso pode mudar o sentido da mensagem. Recomendam-se cuidados quanto repetio de palavras, ao uso de pronomes possessivos, de adjetivos desnecessrios. A construo de um texto de qualidade exige adequada articulao dos argumentos, o que requer ateno no suo dos pronomes relativos, das conjunes, dos tempos verbais; para posicionamentos personalizados indicado o uso da terceira pessoa porque confere sobriedade construo do texto. As siglas, geralmente, representam a abreviatura de nomes de instituies ou ttulos de rgos de estruturas organizacionais. Mesmo que o significado de uma sigla seja do domnio pblico, recomenda-se que, na primeira apario no texto, a expresso seja escrita inicialmente por extenso, seguindo-se seu registro entre parnteses, ficando liberado o seu uso a partir de ento. No se admite a pluralizao de uma sigla, com o uso de um s, uma vez que no se pluraliza a expresso escrita, por extenso, do nome prprio da instituio ou o ttulo do rgo que ela representa; ao ser pluralizado, o nome deixa de ser prprio e passa a ser substantivo comum. Chama-se a ateno, ainda, para o registro de horrios usando-se abreviaturas das diferentes unidades de tempo utilizadas. Exemplo: 10h25min30s. Com relao presena de nmeros na construo de textos, via de regra, so escritos com algarismos rbicos, registrados por extenso os compostos por at dois algarismos; os nmeros ordinais grafam-se por extenso at o dcimo e os demais com algarismos arbicos; fraes ordinrias e nmeros decimais so escritos em algarismos. Se o nmero iniciar uma rase ser escrito, obrigatoriamente, por extenso, qualquer que seja a sua composio. Para datas, indica-se o registro do dia e ano com algarismos arbicos o nome do ms abreviado com as trs primeiras letras minsculas. Seguidas de ponto; no se abrevia o ms de maio. Exemplo: 30 jul. 2003. A indicao de milnio faz-se com o uso de numeral ordinal por extenso (terceiro milnio) e a de sculo com o uso d algarismos romanos (sculo XXI).

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8.3 - Citaes e notas de roda p O estudante universitrio desenvolve a habilidade de consultar fontes tcnico-cientficas como forma de estudo e para fundamentar a produo de trabalhos acadmicos. As citaes so elementos retirados das fontes pesquisadas durante a leitura e anlise da documentao selecionada, dos quais o aluno lana mo por se revelarem teis para corroborar as idias desenvolvidas por ele no decorrer do seu raciocnio. O uso comedido de citaes valoriza o trabalho, mas no se pode admitir, em hiptese alguma, a transcrio literal de um texto, ainda que seja uma pequena parte, sem a referncia adequada da fonte consultada (SEVERINO, 2002). A ABNT (NBR 10520, 2002, p.1) concebe a citao como Meno de umas informaes extrada da outra fonte". A seguir, esta mesma norma apresenta a classificao dos diferentes tipos de citao: a) citao direta: transcrio textual ou cpia d parte da obra do autor consultado; b) citao indireta: texto produzido com base na obra do autor lido, guardando fidelidade s suas idias; o primeiro pargrafo deste tpico (6.2) ilustra o uso de citao indireta; c) citao de citao: utilizao, pelo autor do trabalho acadmico, de uma citao direta ou indireta feita pelo autor do material consultado sem ter tido acesso ao material original. Fazer uma citao direta significa transcrever palavras de outrem, com todas as caractersticas do texto original, mesmo que algum aspecto parea estranho. Neste caso, necessrio registrar, logo aps o fato merecedor de correo, a expresso sic entre colchetes (sic) que significa assim mesmo ou segundo informaes colhidas, para chamar a ateno do leitor. O texto citado pode ser transcrito com supresso de partes, desde que o corte no lhe prejudique o sentido, bem como receber acrscimos esclarecedores da construo frasal, principalmente quando, no original, houver elementos ocultos reconhecveis no contexto da leitura, mas de presena necessria para facilitar a compreenso da mensagem. Os cortes so indicados por reticncias entre colchetes [...] colocados na parte do texto onde

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ocorreram; acrscimos e comentrios so registrados tambm entre colchetes [] no espao adequado. Segundo Severino (2002, p.107), [...] a citao, quando literal, deve ser [...] colocada entre aspas [quando no ultrapassar tem linha]. O autor do trabalho acadmico pode, ainda, destacar alguma palavra ou expresso em texto citado, registrando a expresso: grifo pessoal aps a referncia da fonte bibliogrfica de chamada a citao, colocada entre parnteses. Se o destaque j fizer parte do texto transcrito usa-se a expresso grifo do autor. As citaes so os elementos retirados dos documentos pesquisados [...] que se revelam teis para corroborar as idias desenvolvidas pelo autor no decorrer do seu raciocnio. (SEVERINO, 2002 p. 106, grifo pessoal). Tambm j existem no Brasil alguns repertrios bibliogrficos d boa qualidade, mas, em geral, pouco conhecidos e utilizados. (SEVERINO, 2002 p. 197, grifo pessoal). As citaes diretas de at trs linhas so colocadas entre aspas duplas, como parte do texto produzido: as de maior extenso so transcritas em destaque, sem aspas, com deslocamento de quatro centmetros a partir da margem do papel, usos da fonte 10 e espao simples. Se no interior de uma citao encontra-se uma citao de terceiros, as aspas duplas no trecho correspondente so substitudas por aspas simples ( ). Em qualquer tipo de citao exigida a indicao da fonte de onde foi retirado o material transcrito. A ABNT (NBR 10520, 2002) define o sistema autor-data (sobrenome do autor, ano da publicao da fonte, nmero da pgina) para o registro das fontes bibliogrficas das citaes e o sistema numrico para registro das notas explicativas de rodap. No caso de transcrio de material retirado de texto disponibilizado pela Internet, sugere-se a expresso online em substituio ao nmero da pgina. Quando o(s) nome(s) do(s) autor (es), instituio (os) responsvel (eis) estiver (em) includo(s) na sentena, indica-se data, entre parnteses, acrescida da(s) pgina(s), se a citao for direta. (NBR 10520, 2002, p.3). Santos (2000, p. 41) afirmam:A dvida significa um produto de equilbrio entre afirmar e negar, podendo ser espontnea (falta de estudo pr e contra) refletida (resulta de estudo do que

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MBA Gesto Avanada de Varejo Farmacutico contra e a favor), metdica (dvida sobre o que tido como certo, usando o mtodo) e universal (considera tudo como errado, so os cpticos).

Se o sobrenome do autor, ou correspondente, no aparecer na sentena ser colocado dentro dos parnteses, grafado com todas as letras maisculas, seguindo-se as demais informaes. Os debates sobre os caminhos utilizados para a investigao favorecem um aprendizado, bem como uma evoluo no seu prprio processo de formao profissional cientfico. (BARROS, LEHFELD, 2000, p. 100). Na citao indireta exclui-se o nmero da pgina. Segundo Possenti (1999) a escola tem como objetivo ensinar o portugus padro, o que contraria a tese preconceituosa segundo a qual no texto, a referncia fica inclusa no mesmo, entre parnteses, colocando-se o ponto final aps o fechamento do mesmo. A escola tem como objetivo ensinar o portugus padro, o que contaria a tese preconceituosa segundo a qual crianas d classes populares no so capazes de aprend-lo. (POSSENTI, 1999) Usar citao de citao significa pedir emprestado ao autor consultado uma citao que ele tenha apresentado no livro que o aluno consultou. Esta condio no pode ser omitia; neste caso a indicao correta prev o uso da expresso latina apud (que significa citado por ou segundo). Deve-se, ento, registrar o sobrenome do autor original, a data da publicao da respectiva obra, seguindo-se a expresso apud com as indicaes bibliogrficas do material consultado. A razo simultaneamente uma faculdade e uma faculdade e uma postura crtica (CISTA, 1993 apud MATTAR NETO, 2002, p. 36). Pode acontecer de o aluno precisar de o aluno precisar fazer aluso a dados obtidos por informao verbal (palestras, debates e entrevista) para enriquecer os fundamentos tericoprticos do trabalho. Neste caso, segue-se ao registro do contedo a expresso informao verbal colocada entre parnteses, sem usar o negrito, mencionando-se os dados disponveis a respeito do evento em nota de rodap, incluindo a titulao ou cargo acadmico do entrevistado ou palestrante. Este critrio no se aplica a dados obtidos em pesquisa de campo.

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Com o texto acadmico redigido em lngua portuguesa, s citaes que forem transcritas de material publicado em lngua estrangeira devem ser traduzidas, seguindo-se a expresso traduo livre (sem negrito) apia a indicao correta da fonte, entre parnteses. Em casos especiais, [os textos transcritos] podem ser mantidos no original, como nos estudo lingstico especializados. [...] quando a verso original tenha algum particular interesse, ela pode muito bem figurar em nota de rodap. (SEVERINO, 2002, p.108) As notas de rodap constituem espao usado pelo autor, ao final da pagina, para registrar comentrios adicionais ao texto, remeter o leitor a outras partes do trabalho ou a outras fontes, transcrever a verso original de citaes traduzidas e colocadas no trabalho e, ainda, indicar fonte bibliografia de citaes, uso ainda freqncia, embora no priorizado pela ABNT. Caso haja interesse em utilizar este recurso, NBR 10520:2002 apresenta a orientao no tpico de nmero 7. Situadas na parte inferior da pagina, as notas de rodap devem ser separadas dos textos por um filete com 3 cm a partir da margem esquerda, ser dirigidas com fonte 10 e espacejamento simples e receber numerao arbica em seqncia nica no mbito de cada capitulo. O registro do indicativo numrico deve ser digitado de forma sobrescrita. O uso dos recursos disponibilizados pela metodologia cientifica aliado ao conhecimento da riqueza e nuances do idioma portugus, constitui um conjunto que possibilita uma variada articulao do pensamento, caractersticas preconizadas como indispensvel para a redao de trabalhos acadmicos independentemente da rea de formao do universitrio. 9.0 Normas para referencias bibliogrfica. 9.1 Conceito 9.2 Casos comuns de referencias bibliogrficas 9.2.1- Livros usados como um todo 9.2.2 - Livros usados em parte ou capitulo destacado 9.2.3 Obras de referencia 9.2.4 Artigos de revista, boletim, peridicos. 9.2.5 Matria de Jornal 9.2.6 Artigo ou matria de revista, boletim, jornal em meio eletrnico.

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9.2.7 Evento Cientfico como um todo 9.2.8 Trabalho apresentado em evento cientfico 9.2.9 Teses, dissertaes ou outros trabalhos acadmicos. 9.2.10 Legislao 9.2.11 Outros materiais com referencias normalizadas pela ABNT 10.0 Tcnica de Estudo 10.1 Leitura 10.2 Elementos da leitura A leitura constitui-se em fator decisivo de estudo, pois propicia a ampliao de conhecimentos, a obteno de informaes bsicas ou especficas, aberturas de novos horizontes para mente, a sistematizao do pensamento, o enriquecimento de vocabulrio e o melhor entendimento dos contedos das obras. necessrio ler muito continuada e constantemente, pois a maior parte do conhecimento obtida por intermdio da leitura: Ler significa conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos mais importantes dos secundrios, optando pelos mais representativos, utiliz-los como fonte de novas idias e do saber, atravs dos processos de busca, assimilao, reteno, critica, comparao, verificao, integrao do conhecimento. Por esse motivo, havendo disponveis muitas fontes para leitura e no sendo todas importantes, impe-se uma seleo. Na busca do material adequado para leitura, a que identificar o texto. Para tal, existem vrios elementos auxiliares, como segue: a) o ttulo apresenta-se acompanhado ou no por subttulo, estabelece o assunto e, s vezes, at a inteno do autor; b) a data da publicao - fornece elementos para certificar-se de sua atualizao e aceitao (numero de edies), exceo para textos clssicos, onde no a atualidade que importa. c) a orelha ou contracapa Permite verificar as credenciais ou qualificaes do autor; onde se encontra, geralmente, uma apreciao da obra, assim como a indicao do publico a que se destina;

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d) o ndice ou o sumario Apresenta tanto os tpicos abordados na obra quanto as divises a que o assunto esta sujeito. e) a introduo prefacia ou nota do autor - Propicia indcios sobre os objetivos do autor e, geralmente, da metodologia por ele empregada; f) a bibliografia Tanto final como as citaes de rodap, permite obter uma idia das obras consultadas e suas caractersticas gerais. Os livros ou textos selecionados servem para leituras ou consultas podem ajudar nos estudos em face dos conhecimentos tcnicos e atualizados que contem, ou oferecer subsdios para a elaborao de trabalhos cientficos, incluindo seminrios, trabalhos escolares e monografias. Por esse motivo todo estudante, na medida do possvel deve preocupar-se com a formao de uma biblioteca de obras selecionadas, j que ser seu instrumento de trabalho. Inicia-se geralmente, por obras clssicas que permitem obter uma fundamentao em qualquer campo da cincia a que se pretende dedicar, passamos depois para outras mais especializadas e atuais, relacionadas com sua rea de interesse profissional. Somente a seleo de obras no suficiente. A leitura deve conduzir obteno de informaes tanto bsicas quanto especificas, variando a maneira de ler, segundo os propsitos em vista, mas sem perder os seguintes aspectos: Leitura com objetivo determinado, mantendo as unidades de pensamento avaliando o que se ler; preocupao com o conhecimento de todas as palavras, utilizando para isso glossrios, dicionrios especializados da disciplina ou mesmo dicionrio geral; interrupo da leitura quer peridica quer definitivamente, se perceber que as informaes no so mais importantes discusso freqente do que foi lido com colegas, professores e outras pessoas. 10.3 Seleo da leitura Uma leitura deve ser proveitosa e trazer resultados satisfatrios. Para tal, alguns aspectos so fundamentais, com estes:

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a) Ateno Aplicao cuidadosa e profunda da mente ou do esprito em determinado objeto, buscando o entendimento, a assimilao e apreenso dos contedos bsicos do texto; b) Inteno Interesse ou propsito de conseguir algum proveito intelectual por meio da leitura; c) Reflexo Considerao e ponderao sobre o que se l, observando todos os ngulos, tentando descobrir novos pontos de vista, novas perspectivas e relaes; desse modo favorece-se a assimilao das idias do autor, assim como o esclarecimento e o aperfeioamento delas, o que ajuda a aprofundar o conhecimento; d) Esprito Crtico - A avaliao do texto. Implica julgamento, comparao, aprovao ou no, aceitao ou refutao das diferentes colocaes e pontos de vistas. Ler com esprito crtico significa faz-lo com reflexo, no admitindo idias sem analisar ou ponderar, proposies sem discutir, nem raciocnio sem examinar; consiste em emitir juzo de valor, percebendo no texto o bom e o verdadeiro, da mesma forma que o fraco o medocre ou o falso; e) Anlise Diviso do tema em partes, determinao das relaes existentes entre elas, seguidas do entendimento de toda sua organizao; f) Sntese Reconstituio das partes decomposta pela anlise, procedendo-se ao resumo dos aspectos essenciais, deixando de lado tudo o que for secundrio e acessrio, sem perder a seqncia lgica do pensamento. Resumindo, uma leitura de estudo nunca deve ser realizada sem ser determinar de antemo seu objetivo ou propsito, sem entender parte do que se l (mesmo que seja uma ou outra palavra), sem avaliar, discutir e aplicar o conhecimento e mando de anlise e sntese do texto lido. 10.4 Velocidade de leitura Alguns lem to devagar que, ao final de um pargrafo, j tiveram tempo para esquecer seu inicio, e voltam para rev-lo. Estes retornos representam nova forma de perda de tempo que se soma lentido da leitura, com enorme prejuzo. Quem

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assim procede no encontra tempo para ler, pois no h tempo que cheque e, desta forma, instala-se um verdadeira circulo vicioso. Normalmente, a leitura veloz no prejudicar a eficiente ou a compreenso. Quem l bem e depressa encontra tempo para ler e faz seu tempo render. No existe uma velocidade-padro de leitura; a maior ou a menor velocidade depende do gnero do prprio texto, bem como das peculiaridades do leitor. No se lem com a mesma velocidade textos de gneros de diferentes, como por exemplo, um romance e um manual de biologia. Por outro lado, cada um deve atingir sua velocidade ideal mais certo que sempre possvel aumentar a velocidade sem prejuzo da compreenso. No pretendemos apresentar um curso de leitura veloz, mas oferecer uma seqncia de normas e de consideraes que levaro normalmente a um aumento de velocidade e de eficincia na leitura cultural, isto , um curso que aumentara o rendimento do esforo pessoal no estudo, atravs da leitura. Em nosso caso, da leitura eficiente decorrem a captao, a reteno e a integrao de conhecimentos contidos no manancial dos textos lidos. Em cada pargrafo, pois, o leitor deve Ca pitar a idia principal; deve concentrar-se em sua procura. O mau leitor, ou seja, o leitor lento e ineficiente, ler palavras, ou melhor, dizendo, l palavra por palavra, como se todas tivessem igual valor; o bom leitor ler unidades de pensamento, ler idias e as hierarquiza enquanto l, de maneira a encontrar a idia mestra ou a palavra-chave. Quem l idias mais veloz na leitura e capta melhor o que l. Mas isto fruto de treinamento, de exerccios. Se vocs, amigos leitores, dedicassem uma hora por dia tarefa de descobrir, concretizar e formular as idias diretrizes de alguns pargrafos de diversos textos exercitar-se-iam em uma tcnica de abstrao e de sntese que lhes permitiria tirar o mximo proveito de qualquer tipo de leitura ou estudo ulterior. 10.5 Sublinhar e resumir Sublinhar uma arte que ajuda a colocar em destaque as idias mestra, as palavras-chave e os pormenores importantes. Quem sublinha com inteligncia esta

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constantemente atenta leitura; descobre o principal pargrafo e o diferencia do acessrio; estes propsitos o mantm concentrado e em atitude de critica durante todo o tempo dedicado leitura. Alem desse efeito benfico, j durante a leitura, o hbito de sublinhar com inteligncia favorecem o trabalho das revises imediatas, bem como as revises globalizadoras posteriores. H leitores que ouviram falar na vantagem de sublinhar, ou o que tiveram colegas excelentes nos estudos, cujos livros estavam sempre sublinhados inteligentemente; por isso resolveram sublinhar tambm. Mas esses imitadores de coisas vo sublinhando logo na primeira leitura todas as palavras que parecem mais importantes em determinado pargrafo, e seguem em frente como se tudo estivesse perfeitamente localizado, hierarquizado, captado entendido. Sublinhar uma tcnica que tem suas normas. Se essas normas no forem observadas, o sublinhamento indiscriminado atrapalhar mais do que ajudara, quer durante a leitura, quer por ocasio das revises. Cada um pode adotar uma simbologia arbitrria e pessoal para sublinhar e fazer anotaes s margens dos textos. Basta que a simbologia adotada mantenha a significao bem definida e constante. Entretanto, poderamos sugerir algumas normas colhidas em fontes credenciadas e em larga experincia pessoal: a) Sublinhar apenas as idias principais e os detalhes importantes-No se deve sublinhar em demasia. No sublinhar longos perodos; basta sublinhar palavras-chave. Aplica-se ao caso o adgio latino non multa, sed multum, que traduziramos, adaptando o nosso intento: no sublinhar multa, isto , multas coisas, mas sublinhar multum, isto muito significativo. b) No sublinhar por ocasio da primeira leitura As pessoas mais experimentadas, que examinam textos pertinentes sua rea de especializao, sublinham inteligentemente por ocasio da primeira leitura; mas recomenda-se a aos principiantes que no o faam; leiam primeiro um ou, mas pargrafos, e retornem para sublinhar aquelas palavras ou frases essenciais que, desde a primeira leitura, foram identificadas como principais e que releitura mais rpida confirma como tais.

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c) Reconstituir o pargrafo a partir das palavras sublinhadas suprfluo esclarecer esta norma que traduz a natureza e a finalidade do ato de sublinhar. d) Ler o texto sublinhando com a continuidade e plenitude de sentido de um telegrama Por ocasio das revises imediatas posteriores, os textos sublinhados de acordo com esta norma permitiro uma leitura rapidssima, apoiada nos pilares das palavras sublinhadas; por outro lado, a leitura das palavras sublinhadas, embora pertencentes a frases diferentes e at distanciadas, ter um sentido fluente e concatenado. e) Sublinhar com dois traos as palavras-chave da idia principal com uns nicos traos por menores importantes Devemos sublinhar tanto as idias principais como os detalhes importantes, mas bom agir de tal maneira que as idias principais se mantenham destacadas. f) Assinalar com linha vertical, margem do texto, as passagens mais significativas No raro, a idia principal retorna em diversos pargrafos e em diversos contextos. E h passagens em que o autor atinge uma espcie de clmax; estas passagens, que poderamos transcrever em nossas fichas de documentao pessoal devem ser identificadas para futuras buscas. Nada melhor que um trao vertical margem do texto para tal identificao. g) Assinalar com um sinal de interrogao; margem; os pontos de discordncia Podemos no concordar com as posies assumidas pelo o autor como tambm perceber incoerncias, paralogismos, interpretaes tendenciosas de fontes e uma serie de falias ou de colocaes que julgamos insustentveis, dignas de reparos ou de passiveis de criticas. Devemos registrar o fato mediante de uma interrogao margem do texto em apreo. H quem fale do uso de cores diferentes para assinalar idias principais e pormenores importantes, em lugar de usar um ou dois traos, conforme preferirmos, bem como do uso de uma terceira cor para assinalar pontos mais difceis ou que no tenham ficados claros. Para assinalar pontos mais obscuros, quer durante a leitura de preparao para as aulas, quer durante as leituras ulteriores, em textos de maior desenvolvimento, preferimos utilizao de lpis e no de canetas a tintas. De resto

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aplica-se ao caso o provrbio latino de gustibus et cloribus nom disputador, isto , a respeito de preferncias e de cores no se deve discutir: que cada um adote a simbologia que melhor lhe parea. 10.6 Vocabulrio Muita gente l mal porque no tem bom vocabulrio e no tem bom vocabulrio porque l mal, o que torna um circulo vicioso que deve converter-se em circulo virtuoso para que todo aquele que aspira atingir nvel de crescimento cultural. O domnio cada vez mais amplo do vocabulrio enriquece nossa possibilidade de compreenso e concorre para aumentar a velocidade na leitura. Mas como aumentar nosso vocabulrio? Decorando algum dicionrio? Quem o fez em seu tempo de estudante, em eras que no voltam mais, confessa que o trabalho era penoso; entretanto, acaba agradecendo aos professores exigentes de seu tempo. Mas o melhor recurso para aumentar o prprio vocabulrio , sem duvida, a leitura. Como proceder ante uma palavra de sentido desconhecido, ou que assume sentido novo em determinado contexto? Morgan e muitos outros recomendam a imediata consulta aos dicionrios; A primeira coisa a fazer procur-la num dicionrio. Por nossa parte, sugerimos que se experimente no interromper a leitura ante um termo de sentido desconhecido; no raro, a seqncia do texto deixar bem clara o sentido da palavra desconhecida; anote, pois, a palavra desconhecida em um papel avulso, e continue a ler. Ao final de um capitulo, apanhe o dicionrio para esclarecer todas as palavras anotadas como desconhecidas e verifique o sentido que melhor se coaduna com o respectivo contexto. Assim, durante a segunda leitura, em que se sublinham as idias principais e os pormenores importantes, todos os termos estaro claros e incorporados o nosso vocabulrio. Adote a sugesto da consulta imediata ou a sugesto de no interromper a leitura cada vez que encontrar uma palavra desconhecida. O fundamental que no se deve perder a oportunidade de enriquecer o prprio vocabulrio pela preguia da busca de palavras novas em algum dicionrio. Por certo, estaramos prejudicando a compreenso do texto e

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impedindo o prprio crescimento cultural. Que dicionrios consultar? No se entende um estudante de nvel superior que no tenha um bom dicionrio comum da lngua materna. Mas h certas palavras que, embora incorporadas linguagem vulgar, conservam ou assumem sentido especficos, definido pelas diversas cincias, como a botnica, a biologia, a medicina, a filosofia, e assim por diante. Outras palavras no constam nos dicionrios comuns, mas to-somente nos dicionrios de maior porte ou em dicionrios tcnicos das diversas reas. O estudante deve adquirir um bom dicionrio dentro de sua rea de especializao. Entretanto, as faculdades mantm bibliotecas ricas em fontes de consultas com grande variedade de dicionrios e enciclopdias disposio de seus alunos. No preciso que cada um compre enciclopdias carssimas para usar uma vez ou outra, com o dinheiro de uma enciclopdia de generalidades monta-se uma preciosa estante com obras da prpria especialidade, inclusive com dicionrios tcnicos; Isto parece ser mais til. Durante a leitura, nossos olhos percorrem as linhas no em movimento continuo, mas aos pulos, no lemos durante o movimento dos olhos, mas nas suas rpidas paradas, que podem ser observadas com aparelhos adequados. Nossos olhos podem fixar-se em uma silaba, em uma palavra, ou em um grupo de palavras, nessas paradas de reconhecimento dos estmulos grficos. Quanto mais amplo for este campo de parada ou de reconhecimento, mais veloz ser a leitura; e como essas paradas incidem em palavras principais mais compreensveis torna-se o texto. O bom leitor no ler palavra por palavra muito menos silaba por silaba; sua vista incide sobre grupos de palavras; a pausa de reconhecimento deste grupo de palavras curta. Mas esta habilidade fruto de exerccios e da pratica da leitura. Sugerimos que se faam exerccios de leitura, procurando fixar as slabas iniciais em cada grupo de palavra, como se o texto estivesse escrito com abreviaturas. 10.7 Regras de resumos Para acentuar os propsitos da leitura, para melhor captar, discernir, assimilar, gravar e facilitar a evocao futura dos contedos da leitura, nada melhor que

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procurar reproduzir ou refrasear aquilo que lemos: se voc resolver anotar brevemente o que o autor diz no pode evitar que o que ele diz se torne parte do seu prprio processo mental. Quem ler bem, de lpis na mo, procura das idias diretrizes e dos por menores importantes, j preparou caminho para o levantamento do esquema seguido pelo autor, bem como para a elaborao do resumo daquilo que leu. Quem faz leitura trabalhada exercita-se na habilidade de discernir o principal e o acessrio e deixa assinalada, durante a leitura, tudo que poderia fornecer elementos para o levantamento do esquema, para a elaborao do resumo ou para transcries em fichas de documentao pessoal. Ao contrario, quem no l com discernimento, ou quem no sublinha com inteligncia, far resumos falhos, snteses mutiladas que mais atrapalharo nos estudos e confundiro nas revises do que ajudaro. No concordamos com a sugesto de elaborar por escrito resumos de tudo o que estudamos. Isso pode podem ser muito bom ou mesmo necessrio, quando o texto em apreo muito amplo ou de acesso difcil, pois no temos condio ou interesse de possu-lo; isso acontece quando estamos pesquisando obra rara em uma biblioteca pblica, por exemplo. O resumo torna-se aconselhvel quando ouvirmos uma aula ou conferencia profunda ou amplamente desenvolvida, ou quando estamos coletando material para um trabalho de maior flego. De resto, o resumo ser til para testar nosso entendimento de textos mais difceis, para nos exercitar na arte de decidir com clareza e conciso. Mas, um texto lido, trabalhado, analisado, sublinhado, com anotaes margem, um resumo em potencial; no concordamos com a posio daqueles que prescreve a prtica do resumo escrito de tudo que se l como condio necessria ao estudo eficiente. Voltemos idia fundamental: quem l bem ser capaz de elaborar bom resumo, e obedecero quase espontaneamente as seguintes regras: a) b) No pretender resumir antes de ler, de esclarecer todo o texto, de sublinhar, de fazer breves anotaes margem do texto. Ser breve e compreensvel.

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c) d) e)

Percorrer especialmente as palavras sublinhadas e as anotaes margem do texto. Nos casos de transcrio textual, usar aspas e fazer referncia completa fonte. Juntar, especialmente ao final, idias integradoras, referencia bibliogrficas e criticas de carter pessoal.

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