apostila - metodologia de pesquisa i

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Page 1: Apostila - Metodologia de Pesquisa I
Page 2: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

EDGAR RODRIGUES DE OLIVEIRA

METODOLOGIA DE PESQUISA I

PASSOS 2012

Page 3: Apostila - Metodologia de Pesquisa I
Page 4: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

EAD FESP-UEMG Fundação de Ensino Superior de Passos Universidade do Estado de Minas Gerais

Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG

Reitor Profº. Dijon Moraes Junior

Fundação de Ensino Superior de Passos – FESP

Presidente do Conselho Curador

Prof. Fabio Pimenta Esper Kallas

Diretor do Núcleo Acadêmico de Educação

Prof. Anderson Jacob Rocha

Núcleo de Educação a Distância

Coordenação Geral

Ana Maria Abdul Ahad

Suporte Técnico e Diagramação

Marcos Paulo Anard Botrel Sarno

Revisão de Texto

Ana Maria Abdul Ahad

Programador

João Paulo Silva Araújo

Departamento de Informática

Chefe de TI

Anderson de Souza

Departamento de Comunicação

Chefe de Comunicação e Marketing

Selma Tomé

Page 5: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

METODOLOGIA DE PESQUISA I

Educador virtual

Edgar Rodrigues de Oliveira possui graduações em Ciências Sociais, Pedagogia e

História, com especializações (lato sensu) nas três áreas e mestrado (strictu sensu)

em História e Cultura Social pela UNESP – Universidade Estadual Paulista Professor

Júlio de Mesquita Filho, campus Franca S. P. (2002). É coordenador do Curso de

História e leciona nos cursos de História, Sistemas de Informação, Ciências

Contábeis, Administração de Empresas e Nutrição da FESP, campus Passos – MG.

Page 6: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

LEGENDA

Atividades Complementares – Indica que questões complementares foram propostas ao longo do curso.

Atenção – Você deve ficar atento, pois tratam-se de avisos e questões importantes relacionadas ao curso.

Para Refletir – Indica que você deve refletir sobre o tema proposto.

Informações e Curiosidades – Indica fatos interessantes relacionados ao tema tratado.

Internet – Links da internet de apoio.

Page 7: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

CURSO PERÍODO SEMESTRE /ANO

PEDAGOGIA 2º/2012

DISCIPLINA: Metodologia de Pesquisa I 36 Horas / Aula

PROFESSOR: Edgar Rodrigues de Oliveira

EMENTA

Pesquisa na universidade; relação pesquisa, ensino e extensão. Introdução ao método

científico. Características essenciais da ciência e das outras formas de conhecimento. Formas

de organização de estudo e documentação bibliográfica. Redação técnico-científica. Normas

de apresentação gráfica do texto (ABNT).

DIRETRIZES GERAIS DO CURSO

O curso foi planejado para uma carga horária de 36 horas/aula (30 horas relógio);

A participação efetiva do aluno se dará com o acesso à sala virtual que estará

disponível o tempo todo, não necessitando de dia ou hora específicos para o acesso;

As atividades do curso poderão ser executadas a qualquer hora, obedecendo os

prazos estipulados para postagem de atividades avaliativas;

Siga as orientações para execução das tarefas utilizando as ferramentas de interação

indicadas nas descrições das mesmas;

O material didático está disponibilizado no início do curso em forma virtual e liberado

em forma de aulas. O mesmo material vai estar impresso e disponibilizado também na

biblioteca da FESP;

O professor da disciplina entrará na sala de aula virtual semanalmente para tecer

comentários, dar orientações, responder dúvidas e manter a dinâmica do grupo

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O conteúdo programático para o Curso de Metodologia de Pesquisa I está programado

para ser ministrado em 16 aulas/assuntos distribuídos em 32 horas/aula. 4 horas/aula são

destinadas às avaliações P1 e P2.

Page 8: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

SUMÁRIO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO __________________________________ 11

METODOLOGIA DE PESQUISA I _________________________________ 15

1. Apresentação da disciplina _______________________________________ 15

2. Objetivos ______________________________________________________ 15 2.1. Geral ______________________________________________________________ 15 2.2. Específicos _________________________________________________________ 15

3. Justificativa para a aplicação da disciplina __________________________ 15

4. A disciplina Metodologia de Pesquisa I e o contexto acadêmico _________ 16

5. Procedimentos didáticos _________________________________________ 17

6. Promotores da disciplina _________________________________________ 18

7. Pré requisito ____________________________________________________ 18

8. Material didático ________________________________________________ 18

9. Avaliação ______________________________________________________ 18

AULA INICIAL – Apresentação do Plano de Ensino da disciplina Metodologia de Pesquisa I ___________________________________________________ 20

1. Objeto e objetivo de estudo da Metodologia de Pesquisa I _____________ 20

2. Procedimentos didáticos _________________________________________ 21

3. Abrangência da disciplina Metodologia de Pesquisa I _________________ 21

Anotações ___________________________________________________ 24

AULA 1 – Modalidades do trabalho acadêmico _____________________ 25

1. Detalhamento das diversas modalidades de trabalhos acadêmicos ______ 25

Anotações ___________________________________________________ 28

AULA 2 – Modalidades do trabalho acadêmico – Outros trabalhos que podem ser desenvolvidos como trabalho acadêmico ______________________ 29

2.1. Resumos _____________________________________________________ 29

2.2. Resenhas _____________________________________________________ 30

2.3 Pôsteres ______________________________________________________ 32

Anotações ___________________________________________________ 35

AULA 3 – Definições básicas da Metodologia de Pesquisa ___________ 36

3.1. Conceito de pesquisa ___________________________________________ 36 3.1.1. Tipos de pesquisa __________________________________________________ 36 3.2. Conceito de conhecimento _____________________________________________ 39

3.3. A produção científica ___________________________________________ 39

Anotações ___________________________________________________ 42

Page 9: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

AULA 4 – Definições básicas da Metodologia de Pesquisa ___________ 43

4.1. Tipos de conhecimentos ________________________________________ 43 4.1.1. Conhecimento empírico, também chamado de conhecimento popular ou senso comum. ______________________________________________________________________ 44 4.1.2. Conhecimento filosófico _____________________________________________ 44 4.1.3. Conhecimento religioso ______________________________________________ 45 4.1.4. Conhecimento científico _____________________________________________ 46

Anotações ___________________________________________________ 48

AULA 5 – Detalhamento dos elementos existentes nas pesquisas mais usadas: bibliográfica, de campo e de laboratório.__________________________ 49

Anotações ___________________________________________________ 53

AULA 6 – A redação científica – elaboração de textos de trabalhos acadêmicos ____________________________________________________________ 54

Anotações ___________________________________________________ 58

AULA 7 – Classificação das pesquisas quanto aos fins e quanto aos meios ____________________________________________________________ 59

Anotações ___________________________________________________ 61

AULA 8 – Métodos de pesquisa _________________________________ 62

Anotações ___________________________________________________ 66

AULA 9 – Abordagens de pesquisa ______________________________ 67

Anotações ___________________________________________________ 69

AULA 10 – Conceito de universo e amostra de pesquisa_____________ 70

Anotações ___________________________________________________ 75

AULA 11 – Instrumentos de pesquisa e levantamento de dados – complementos da pesquisa de campo _________________________________________ 76

Anotações ___________________________________________________ 79

AULA 12 - Instrumentos de pesquisa e levantamento de dados _______ 80

1 – Entrevista _____________________________________________________ 80

2 – Questionário ___________________________________________________ 82

3 - Formulário _____________________________________________________ 89

Anotações ___________________________________________________ 90

AULA 13 – Fichamentos e citações ______________________________ 91

1 – Fichamentos ___________________________________________________ 91

2 – Citações ______________________________________________________ 93

Anotações __________________________________________________ 103

AULA 14 – Referências bibliográficas ___________________________ 104

Anotações __________________________________________________ 112

AULA 15 – O projeto de pesquisa _______________________________ 113

Page 10: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

Anotações __________________________________________________ 117

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______________________________ 118

Page 11: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

11

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

AULA INICIAL – Apresentação do Plano de Ensino da disciplina Metodologia de

Pesquisa I

1 – Objeto e objetivo de estudo da Metodologia de Pesquisa I

a) Objeto

b) Objetivos

2 – Abrangência da disciplina Metodologia de Pesquisa I

a) A forma

b) O conteúdo

AULA 1 – Modalidades do trabalho acadêmico

1. Detalhamento das diversas modalidades de trabalhos acadêmicos

a) Graduação

b) Pós-graduação com nível de mestrado (stricto sensu)

c) Doutorado, Pós-doutorado e Livre Docência

AULA 2 – Modalidades do trabalho acadêmico – Outros trabalhos que podem

ser desenvolvidos como trabalho acadêmico

2.1. Resumos

2.2. Resenhas

2.3. Pôsteres

AULA 3 – Definições básicas da Metodologia de Pesquisa

Conceitos e definições

3.1. Conceito de pesquisa

3.1.1. Tipos de pesquisa

a) Pesquisa básica pura ou fundamental

b) Pesquisa aplicada

c) Pesquisa histórica

d) Pesquisa descritiva

e) Pesquisa experimental

f) Pesquisa documental

Page 12: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

12

3.2. Conceito de conhecimento

3.3. A produção científica

a) Através da pesquisa acadêmica

b) Através da pesquisa não acadêmica

AULA 4 – Definições básicas da Metodologia de Pesquisa

Conceitos e definições

4.1. Tipos de conhecimentos

4.1.1 Conhecimento empírico, também chamado de conhecimento popular ou

senso comum

4.1.2 Conhecimento filosófico

4.1.3 Conhecimento religioso

4.1.4 Conhecimento científico

AULA 5 – Detalhamento dos elementos existentes nas pesquisas mais usadas:

bibliográfica, de campo e de laboratório

AULA 6 – A redação científica – elaboração de textos de trabalhos acadêmicos

AULA 7 – Classificação das pesquisas quanto aos fins e quanto aos meios

AULA 8 – Métodos de pesquisa

Método indutivo

Método dedutivo

Método hipotético-dedutivo

Método dialético

Método fenomenológico

Método histórico

Método comparativo

AULA 9 – Abordagens de pesquisa

Abordagem quantitativa

Abordagem qualitativa

Page 13: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

13

AULA 10 – Conceito de universo e amostra de pesquisa

1. Universo de pesquisa

2. Amostra de pesquisa

a) Amostragem probabilística

b) Amostragem não-probabilística

AULA 11 – Instrumentos de pesquisa e levantamento de dados – complementos

da pesquisa de campo

1. Uso de documentação indireta

Fontes primárias – documentos

Fontes secundárias

2. Observação direta intensiva

Observação assistemática ou não estruturada

Observação sistemática ou estruturada

Observação participante

Observação direta extensiva

Pesquisa bibliográfica

Pesquisa direta

Pesquisa de campo

AULA 12 - Instrumentos de pesquisa e levantamento de dados – entrevistas e

questionários

1. Entrevista

Entrevista padronizada ou estruturada

Entrevista despadronizada ou não estruturada

1. Questionário

a) Questionário fechado

b) Questionário misto

c) Questionário aberto

3. Formulário

4. Pesquisa de laboratório

Page 14: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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AULA 13 – Fichamentos e citações

1. Fichamentos

2. Citações

a) Citações diretas

b) Citações indiretas, ou interpretativas ou paráfrases

Supressões de parte de parágrafos citados

AULA 14 – Referências bibliográficas

1. – Referências bibliográficas completas

2. – Referências bibliográficas necessárias

a) Quando se tem somente um autor

b) Quando se tem 2 autores

c) Quando se tem 3 autores

d) Se existirem mais de três (3) autores

AULA 15 – O projeto de pesquisa

1. Definição do assunto de pesquisa

2. Definição do tema de pesquisa

3. Definição de título provisório

4. Justificativa

5. Problema de pesquisa

6. Hipóteses de pesquisa

7. 0bjetivos de pesquisa: geral e específicos

8. Referencial teórico

9. Sumário Prévio

10. Referências

Page 15: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

15

METODOLOGIA DE PESQUISA I

1. Apresentação da disciplina

Metodologia de pesquisa constitui-se em um apanhado de regras básicas

destinadas à facilitação na elaboração de escritos técnicos-científicos. A aplicação

dessa disciplina a cursos de graduação está ligada àqueles que têm a exigência de

um trabalho de conclusão de curso como requisito complementar para a obtenção de

uma titulação na área específica do discente.

2. Objetivos

2.1. Geral

Levar o aluno a uma fundamentação teórica e prática sobre o ato de analisar e

redigir textos e fazer pesquisas dentro da sua área de atuação, de acordo com regras

e normas técnicas.

2.2. Específicos

Familiarizar o aluno com o meio virtual onde se desenvolve o ensino a

distância;

Propiciar ao aluno conhecimentos técnicos sobre o ato de pesquisar;

Desenvolver no aluno o hábito de elaborar trabalhos científicos de acordo com

normas técnicas;

Desenvolver a habilidade para a elaboração de projetos de pesquisa e

desenvolvimento de textos acadêmicos de acordo com normas técnicas para a

redação científica;

Proporcionar ao aluno subsídios teóricos e técnicos para a compreensão

do processo de pesquisar.

3. Justificativa para a aplicação da disciplina

A pesquisa científica é o mote para o desenvolvimento sustentável de países

capitalistas. É ela que subsidia o sistema produtivo com propostas de soluções

práticas através de pesquisa – acadêmica ou não.

Dessa forma, a pesquisa acadêmica em cursos de licenciatura ou bacharelado,

assume responsabilidades gigantescas, o que faz com que as instituições de ensino

mantenham e busquem o aprimoramento das disciplinas técnicas que

Page 16: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

16

instrumentalizam o aluno para a pesquisa acadêmica, tornando o trabalho de

conclusão de curso – com qualquer nomenclatura: monografia, TCC, dissertação ou

tese – uma obrigatoriedade e um requisito parcial para a colação de grau.

Ao se observar o cenário acadêmico, destaca-se em finais dos cursos de

graduação, a exigência do trabalho de conclusão de curso, que se materializa em um

texto elaborado pelo aluno que tem as seguintes características:

1) Tem caráter interdisciplinar (Seu foco é disperso por todas as disciplinas

aplicadas durante a graduação, podendo o discente optar por uma área de

concentração de pesquisa específica. Neste caso, contempla-se uma ou

algumas disciplinas especialmente aquelas de maior afinidade do aluno);

2) Revisão de literatura;

3) Enfoque inédito sobre um assunto/tema já estudado;

4) Texto escrito de acordo com normas técnicas vigentes no país tendo como

base as prescrições da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

para escritos acadêmicos;

5) Relatório final aprovado por uma banca formada pela instituição que avalia a

validade acadêmica do trabalho apresentado pelo aluno.

4. A disciplina Metodologia de Pesquisa I e o contexto acadêmico

As matrizes curriculares dos vários cursos de graduação variam em sua

concepção e não seguem um padrão de período ou ano no contexto da

complementação da carga horária do curso para que a disciplina Metodologia de

Pesquisa I seja ministrada. Com isso, observa-se que em vários momentos dos

diversos cursos de graduação, essa disciplina é aplicada aos alunos como subsídio à

elaboração de seus trabalhos acadêmicos.

Contudo, a metodologia da pesquisa científica extrapola o contexto

universitário e segue o egresso no seu dia a dia profissional quando, por força da sua

ocupação laboral, tem que elaborar relatórios ou até mesmo realizar pesquisas

relacionadas com aquilo que executa nas empresas. Daí se constata a extensão da

colaboração das técnicas de pesquisa e de elaboração de relatórios para a vida do

egresso.

A elaboração de um trabalho acadêmico a título de trabalho de conclusão de

curso constitui-se em um componente curricular e uma exigência que está explicitada

Page 17: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

17

no projeto pedagógico do curso de graduação. Este trabalho pode ser desenvolvido

nas modalidades de monografia, projeto de iniciação científica ou artigo. A definição

da modalidade depende do que foi estabelecido e está registrado na documentação

legal do curso (PPC – Projeto Político Pedagógico e PDI – Projeto de

Desenvolvimento Institucional) e devidamente aprovado e avaliado pelas comissões

avaliadoras de cursos do MEC – Ministério da Educação e Cultura do Brasil.

O trabalho acadêmico denota o nível de aproveitamento que o aluno fez dos

ensinamentos oferecidos ao longo do curso. Ele é a síntese do aprendizado e a sua

elaboração direciona o aluno a futuras especializações, mestrado ou doutorado. A

metodologia da pesquisa acadêmica, ao apresentar ao aluno regras para a pesquisa

e escrita científicas, torna seus trabalhos apresentáveis e com um padrão acadêmico

compatível e aceitável pela comunidade acadêmica nacional e internacional.

5. Procedimentos didáticos

As aulas são ministradas em ambiente virtual pelo método de Ensino a

Distância (EaD) e têm frequência de duas (2) aulas semanais, totalizando uma carga

de 36 horas/aula para o semestre letivo em que será aplicada a disciplina Metodologia

de Pesquisa I.

O professor, através de aulas filmadas postadas na intranet da FESP, ministra

explicações básicas e fundamentais para a compreensão das várias etapas da

aplicação da disciplina.

Textos previamente elaborados serão disponibilizados em forma virtual e

impressos disponíveis na biblioteca da FESP ao discente para que ele possa

acompanhar o desenvolvimento da disciplina em todas as suas etapas.

Ao aluno será oferecido atendimento individualizado através de contatos via e-

mail, portfólio virtual e, eventualmente, por contatos pessoais agendados entre aluno

e professor.

Serão disponibilizados horários específicos para contatos virtuais com o

professor da disciplina onde serão prestados esclarecimentos e orientações ao aluno

para a compreensão adequada dos ensinamentos passados virtualmente.

Page 18: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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6. Promotores da disciplina

A disciplina Metodologia de Pesquisa I está alocada no centro de

responsabilidade do Núcleo Acadêmico de Educação e no Curso de Pedagogia

da FESP.

7. Pré requisito

Estar matriculado na disciplina Metodologia de Pesquisa I;

Estar de posse da senha de acesso à Intranet FESP;

Saber fazer download de arquivos virtuais;

Saber abrir, postar e imprimir arquivos virtuais.

8. Material didático

Apostila em PDF disponibilizada na sala de aula virtual;

Filmes ilustrativos de cada aula também disponibilizados semanalmente.

Os filmes estão relacionados aos textos das aulas;

Ao final de cada aula, têm indicativos de leituras relacionados aos

conteúdos daquela aula e que se encontram disponíveis no acervo

bibliográfico na biblioteca da FESP.

9. Avaliação

Serão aplicadas avaliações para averiguação de aprendizagem de acordo com

o Regimento Interno da FESP: duas avaliações denominadas de P1 e P2 e uma

avaliação denominada PS – Prova Substituta (recuperação semestral) se necessária,

de acordo com o calendário escolar e de avaliações previstas para cada curso.

A avaliação para atribuição de nota ao aluno se processa em dois níveis:

A nota da avaliação P1 (10 pontos) terá uma parcela (40,0%) atribuída para

avaliações virtuais e uma parcela (60,0%) atribuída por avaliação presencial de

acordo com o calendário do curso;

A nota da avaliação P2 (10 pontos) tem a mesma metodologia de distribuição

de notas de P1;

A nota de avaliação PS ocorre somente de forma presencial, no valor de 10

pontos seguindo a regra da FESP para avaliações PS.

Page 19: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

19

As avaliações P1, P2 e PS obedecerão ao calendário de avaliações do curso a

que o aluno está vinculado;

Estão previstos atividades práticas em ambiente virtual a serem cumpridas

pelos alunos.

Page 20: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

20

AULA INICIAL – Apresentação do Plano de Ensino da disciplina Metodologia de

Pesquisa I

1. Objeto e objetivo de estudo da Metodologia de Pesquisa I

a) Objeto

Um conceito básico para metodologia de pesquisa é a aplicação adequada de

formas de se desenvolver um estudo de cunho científico, usando parâmetros

estabelecidos em normas e regras já estabelecidas e aceitos pela comunidade

acadêmica.

Dessa forma, define-se como objeto da metodologia de pesquisa as regras e

normas consagradas e estabelecidas em documentos oficiais que criam parâmetros

aceitáveis para a pesquisa científica nas mais diversas áreas do conhecimento

humano.

Outro conceito importante relacionado ao objeto da pesquisa é sobre o que

está sendo realizado na pesquisa. Quando se define o assunto (sobre o quê) define-

se também o objeto de pesquisa e a partir de então, pode-se definir os objetivos da

pesquisa.

b) Objetivos

Os objetivos da pesquisa são definidos logo no início, na fase de elaboração de

projeto de pesquisa e eles podem – grosso modo – serem definidos com a seguinte

pergunta: onde se quer chegar com este estudo?

Desta forma, é conveniente ao pesquisador estabelecer dois tipos de objetivos:

geral e específicos.

Estabeleceu-se como objetivo geral, levar o aluno a uma fundamentação

teórica e prática sobre o ato de analisar e redigir textos e fazer pesquisas dentro da

sua área de atuação, de acordo com regras e normas técnicas.

Como objetivos específicos da disciplina Metodologia de Pesquisa I, definiu-se os

seguintes:

Desenvolver no aluno o hábito de elaboração de trabalhos acadêmicos de

cunho científico;

Proporcionar ao aluno subsídios teóricos e técnicos para a compreensão do

processo de pesquisar;

Page 21: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

21

Desenvolver a habilidade para a elaboração de textos de acordo com normas

técnicas e o desenvolvimento inicial do projeto de pesquisa.

2. Procedimentos didáticos

Aulas ministradas em espaço virtual pela metodologia de Ensino a Distância;

Transmissão de conteúdos via aulas gravadas/filmadas e postadas na Intranet.

Será utilizado o Ambiente Virtual de Aprendizado da FESP como sistema de

gerenciamento do curso;

Debates/discussão virtual sobre problemas inerentes à disciplina em horários

pré-estabelecidos;

Pesquisas bibliográficas e de campo indicadas pelo professor da disciplina

como complemento da parte teórica.

3. Abrangência da disciplina Metodologia de Pesquisa I

A disciplina Metodologia de pesquisa (I, II e Orientação de TCC) tem como

campo de ação instrumentalizar o aluno para a pesquisa científica e para o

desenvolvimento de textos acadêmicos de acordo com a modalidade escolhida pelo

curso que frequenta (Monografia, TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, Artigo)

dentro de regras e normas técnicas aceitáveis pela comunidade acadêmica.

Com base nesse preâmbulo, afirma-se que a metodologia de pesquisa

preocupa-se fundamentalmente com duas coisas:

a) A forma

A forma é a apresentação do trabalho de acordo com as regras gerais de

formatação do trabalho acadêmico para que se enquadre dentro das normas

regulamentadoras para a elaboração do trabalho científico, preconizadas

principalmente pelo ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

No quesito forma verificam-se principalmente os seguintes itens:

Margens adotadas:

o Superior e esquerda com 3 centímetros;

o Inferior e direita com 2 centímetros.

Page 22: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

22

Tamanho da fonte de letra – 12 para o corpo do texto e 10 para citações com

mais de três linhas que tem que ter recuo lateral esquerdo de 4 centímetros a

partir da margem esquerda;

Espaçamento entre linhas de 1,5 para o corpo do texto e espaçamento simples

para citações com mais de três linhas;

Regulamentação para a identificação de citações, entre outros.

b) O conteúdo

O conteúdo é o texto propriamente dito. É o teor da pesquisa. É onde o

pesquisador passa para a redação os resultados de seu trabalho.

O conteúdo tem como base o assunto/tema de pesquisa escolhido pelo

pesquisador quando da definição do que pesquisar. Essa definição tem o auxílio de

um professor orientador que, após a escolha definitiva do assunto/tema a ser

pesquisado, estabelece um vínculo de cooperação com o orientando com a finalidade

de guiar a pesquisa, dando acima de tudo, características de pesquisa científica.

Não se espera a pesquisa de assuntos inéditos, se bem que seu surgimento

enriquece o pesquisador e a instituição na qual ele está vinculado. O que se espera

do pesquisador é uma abordagem inédita para um assunto que já foi pesquisado por

outros e em outros tempos.

O conteúdo de uma pesquisa acadêmica é desenvolvido a partir de outros

estudos de outros pesquisadores em outros tempos. Daí a importância da escolha de

textos de apoio que tenham relação direta com o seu objeto de pesquisa. Esses

textos de apoio recebem a denominação de embasamento teórico que vão

fundamentar o referencial teórico da pesquisa.

O referencial teórico é o apoio explícito que o pesquisador busca naquilo que já

foi estudado por outros autores ao longo do tempo e que dão credibilidade ao seu

trabalho, por que torna explícita a colaboração de fontes consagradas e já publicadas.

Dependendo da natureza do curso (Humana, exata ou mista) tem-se que

observar se aquilo que está publicado ainda tem validade como verdade científica.

Esse tipo de constatação é muito comum em cursos das áreas de exatas e mistas

(mistura de exatas com humanas, como é o caso das Ciências Contábeis, por

exemplo). Como se observa avanços significativos, principalmente nas áreas

Page 23: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

23

tecnológicas, é prudente o pesquisador verificar se uma determinada tecnologia já

não está ultrapassada, obsoleta.

O conteúdo, materializado em um relatório final que pode ou não ser defendido em

uma banca examinadora, é o resultado da pesquisa que conta com muitos fatores

para a sua viabilização, tais como:

Existência de material bibliográfico suficiente para a elaboração do referencial

teórico;

Local para experimentações práticas (laboratórios, empresas que cedem

espaço para observação in loco, hospitais, restaurantes, escolas, etc.);

Apoio teórico a partir de disciplinas como a Metodologia de Pesquisa que

orientam o trabalho acadêmico impondo regras e normas para a sua

consecução;

Cobrança sistemática por parte da instituição fiscalizadora ou patrocinadora da

pesquisa;

Apoio financeiro por parte de agências de fomento à cultura como a CAPES,

FAPEMIG ou de subsídios oferecidos pela própria instituição de ensino, entre

muitos outros fatores.

Vê-se, portanto, que para se ter um trabalho acadêmico de qualidade,

necessita-se, antes de mais nada, de que o pesquisador seja capacitado para tal e é

nesse contexto que se impõe aos cursos de graduação as disciplinas de metodologia

de pesquisa em seus vários níveis e em seus vários momentos de aplicação, de

acordo com cada curso oferecido pela instituição de ensino FESP.

Para saber mais leia a Introdução do seguinte livro:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2006. (Número de chamada na biblioteca da FESP: 001.89S498m2002).

Page 24: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Anotações

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Page 25: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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AULA 1 – Modalidades do trabalho acadêmico

1. Detalhamento das diversas modalidades de trabalhos acadêmicos

Os trabalhos acadêmicos em suas diversas modalidades são exigidos de

alunos de graduação, especialização (lato sensu), pós-graduações nas modalidades

de mestrado, doutorado, pós-doutorado e livre docência (stricto sensu). Para cada um

tem-se a cobrança de um trabalho de conclusão de curso com grau de

aprofundamento de acordo com o nível de ensino que o discente cursa.

a) Graduação

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em sua norma NBR

14724/2011 não diferencia os termos Monografia de Trabalho de Conclusão de

Curso. Contudo, essa diferenciação pode ser feita pelas Instituições de Ensino

Superior (IES) no Regulamento de Trabalho de Conclusão de Curso, texto obrigatório

que é apresentado aos alunos como forma de orientação para a elaboração deste

trabalho e que pode ser verificado quando se entra na página da FESP na internet na

seção Downloads em Cursos.

Existem cursos que preferem a nomenclatura Monografia e existem cursos que

preferem TCC (como passa a ser chamado o Trabalho de Conclusão de Curso daqui

para frente) e fazem uma diferenciação básica entre esses dois termos:

Monografia é um estudo aprofundado de um só assunto de pesquisa, podendo

ter ou não pesquisa de campo como forma de comprovação prática daquilo

que se pesquisou teoricamente;

TCC é um estudo aprofundado de um só assunto de pesquisa, sendo

necessária a pesquisa de campo como forma de comprovação e

complementação da teoria.

Em ambos os casos, o assunto não precisa ser inédito (se for, melhor para o

aluno e para a instituição) e de acordo com o Regulamento de TCC, pode ser

defendido ou não em banca avaliadora composta de preferência por docentes da

própria instituição. Se a defesa for realizada em banca avaliadora, o acesso ao

momento da defesa é aberto ao público.

Alguns cursos de graduação exigem também a elaboração de artigos por parte

de seus discentes. Para a elaboração de artigos existem normas e regras específicas

que serão estudadas nesta aula. Os artigos não são defendidos em bancas. São só

Page 26: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

26

avaliados e orientados por um professor com formação na área de pesquisa em que

se desenvolveu o texto do artigo.

Os artigos podem ser:

Artigo científico – apresenta, discute ideias, métodos, técnicas, processos e

resultados obtidos através de pesquisa nas diversas áreas do conhecimento;

Artigo de revisão – parte de uma ideia já explorada por outros autores. Busca

um ângulo novo de visão para um assunto tema já explorados por outros

autores. Sua base para elaboração de textos são citações de outros autores.

TCC e Monografias também são elaboradas em pós-graduações com nível de

especialização (lato sensu).

Só recebem seus certificados de conclusão de curso alunos que apresentarem

e forem aprovados de acordo com o sistema de notas da IES.

b) Pós-graduação com nível de mestrado (stricto sensu)

Nesse nível de ensino o estudante desenvolve seu trabalho de conclusão de

curso que é denominado de Dissertação. A Dissertação é um trabalho mais

aprofundado em um só assunto, mas que tem implicações diretas com assuntos

paralelos que funcionam como complementação da ideia principal a ser explorada na

pesquisa.

A dissertação de mestrado é apresentada a uma banca designada pela IES e

constitui-se um elemento de defesa pública, isto é: não pode ser restrita, tendo que

ser divulgada data e hora da defesa e não se pode limitar presenças e nem a quem é

direcionada a temática do trabalho.

A Dissertação de Mestrado é requisito principal e fundamental para a obtenção

do título de Mestre.

c) Doutorado, Pós-doutorado e Livre Docência

Nesse nível de ensino o trabalho de conclusão de curso é denominado de Tese

e constitui-se também um estudo aprofundado de um só tema, com implicações em

assuntos paralelos.

A tese é apresentada a uma banca designada pela IES e constitui-se um

elemento de defesa pública, isto é: não pode ser restrita, tendo que ser divulgada data

e hora da defesa e não se pode limitar as presenças e nem a quem é direcionada a

temática do trabalho.

Page 27: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

27

A Tese de Doutorado, Pós-doutorado e Livre Docência é requisito principal e

fundamental para a obtenção dos títulos de Doutor, Pós-Doutor e Livre Docente.

Para saber mais, ler o Item 3 (Formas de trabalhos científicos) do Capítulo V (Diretrizes para a elaboração de uma monografia científica) e Capítulo VII (Observações metodológicas referentes aos trabalhos de pós-graduação) do livro:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2006.

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Anotações

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AULA 2 – Modalidades do trabalho acadêmico – Outros trabalhos que podem

ser desenvolvidos como trabalho acadêmico

2.1. Resumos

Os resumos são uma modalidade de trabalho acadêmico muito usada em

todos os níveis de escolaridade. O resumo, embora pareça fácil, é uma habilidade

que exige a capacidade de sintetizar ideias, ação que não é explicada nas escolas,

principalmente no ensino fundamental e médio. Essa carência faz com que o aluno

chegue à graduação com dificuldades de extrair ideias de textos.

Os resumos nada mais são que a redução de um texto em seus tópicos

principais, onde se faz um apagamento (do verbo apagar) daquilo que é supérfluo ao

texto como um todo.

É necessário identificar o texto que está sendo resumido. Para essa

identificação, levantar o nome do autor, título e subtítulo (se existir), cidade onde se

localiza a editora, nome da editora e ano de publicação.

Nos resumos não se faz julgamentos e não cabem comentários avaliativos

daquilo que se está resumindo. Isto é: em um resumo não se tem olhar crítico.

Três elementos básicos têm que estar preservados em um resumo:

A ideia central do texto;

As ideias secundárias do texto (são aquelas que complementam a ideia

central);

E a sequência em que elas aparecem no texto, o que denota uma correlação

entre elas.

Tem-se que observar quando se faz resumos o tipo de texto que está sendo

resumido. Desta forma, tem-se:

Se o texto é uma narrativa, tem-se que observar a sequência de tempo que o

autor empregou ao elaborá-lo;

Se o texto é descritivo, tem-se que observar os aspectos visuais e espaciais;

Se o texto for dissertativo, tem-se que observar a construção da ideia central

do texto.

Quando se faz um resumo, deve-se observar três técnicas que ajudam na sua

elaboração.

a) Técnica do apagamento – corte das partes desnecessárias. Um exemplo disso

pode ser observado na seguinte frase que deve ser resumida: “O motorista do

Page 30: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

30

ônibus fazia inúmeras paradas ao longo do trajeto a ser percorrido, dando

oportunidade dos passageiros de se irritarem.” Com o apagamento, o resumo

dessa frase é: “O motorista do ônibus parava muito, o que irritava os

passageiros”.

b) Técnica da generalização – consiste em reduzir os termos de uma frase em

função de seu significado. Um exemplo disso pode ser observado na frase: “O

paciente tomou primeiro aspirina, depois injeção na veia e por fim, remédio

para dormir.” Com a generalização, o resumo desta frase é: “O paciente tomou

remédios”.

c) Técnica da construção – consiste em substituir uma sequência de fatos ou

proposições com base no seu significado. Um exemplo disso pode ser

observado na frase: “Antônia se vestiu de branco, com véu e grinalda, foi para

a igreja acompanhada de seus pais e irmãos, padrinhos e daminhas de honra,

onde recebeu o sacramento do matrimônio juntamente com o noivo Deodato”.

Pela técnica da construção o resumo dessa frase é: “Antônia casou-se com

Deodato”.

2.2. Resenhas

A resenha é um instrumento muito importante e muito usado academicamente.

A resenha é um resumo e usam-se todas as técnicas de resumo para a sua

elaboração, só que o autor da resenha dá opinião sobre aquilo que está sendo

resenhado. Neste caso, o autor da resenha emite juízo de valor, opina positiva ou

negativamente sobre o texto que está sendo resenhado. O resenhista tem que usar a

técnica do resumo e ao mesmo tempo, ter senso crítico sobre o texto que está sendo

resenhado.

Um dos pecados mortais de resenhistas é o uso das expressões “Eu gostei” e

“Eu não gostei”. Estes termos não podem aparecer nas resenhas por serem

tendenciosos. A opinião do autor da resenha tem que aparecer sutilmente. Usam-se

muito em resenhas, as comparações entre gêneros parecidos. Uma frase típica de

resenhas é: “Enquanto esse autor fala superficialmente sobre este fato, aquele outro

aprofunda nessa ideia, o que traz mais clareza para este acontecimento”.

Os principais tipos de resenha são:

Resenha acadêmica – e a mais conhecida e subdivide-se em:

Page 31: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

31

a) Resenha acadêmica crítica – onde o resenhista tem que observar uma

sequência na sua elaboração:

Identificação da obra – autor, título, edição, cidade onde se encontra a editora,

nome da editora e ano de publicação;

Apresentar a obra como forma de situar o leitor sobre o texto que está sendo

resenhado;

Descrever a estrutura da obra – fale quantos capítulos tem e até mesmo o

número de páginas do texto. Isso influencia o leitor. Se a sua resenha for

positiva, o número alto de páginas não desencoraja o leitor a se interessar por

este livro. Se for um filme, o número de minutos de duração também é

indicativo de interesse do espectador;

Descrever o conteúdo – faça entre 4 a 6 parágrafos de aproximadamente 8

linhas (digitadas). Isso é o suficiente para resumir um trabalho;

Analisar de forma crítica o texto que foi resenhado. É somente aqui que o

resenhista vai emitir sua opinião de forma objetiva sem, contudo, ser grosseiro

ou elaborar textos de duplo sentido que vulgarize a resenha. Aqui, 3 a 5

parágrafos são suficientes para expor a opinião do resenhista. As comparações

com obras de mesma vertente de pensamento é um dos artifícios mais

utilizados por resenhistas. Muitas vezes, um resenhista utiliza obras do mesmo

autor que está sendo resenhado, para compará-las ou indicar nível de

aprofundamento de ideias que possivelmente existem em um e não em outro

texto;

Indicar a obra – se leu e opinou, o resenhista tem condições de determinar o

público a que esta obra se destina, se compensa ou não sua leitura e o que ela

poderá acrescentar em termos culturais. Para indicar a obra, baseie-se em

indicativos de gênero (para homem ou mulher), faixa etária, nível de

escolaridade, renda, etc.;

Falar sobre o autor do texto que foi resenhado. Quem ele é, sua importância:

se é iniciante ou não, fale de sua vida e o que já foi falado sobre ele em outras

resenhas (se existir outras obras do mesmo autor);

Falar de você, resenhista. Identifique-se e identifique a sua posição acadêmica,

como, por exemplo: “Aluno do 5º período do Curso de Jornalismo da Fundação

de Ensino Superior de Passos – FESP”.

Page 32: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

32

b) Resenha acadêmica temática – o resenhista fala de vários textos ao mesmo

tempo e que tenham temática semelhante. Para este tipo de resenha, siga os

seguintes passos:

Apresentar o tema que é comum aos textos, falando sobre o assunto tratado

por eles;

Justificar sua escolha para resenhar essa temática;

Resumir os textos. Um parágrafo para cada texto é o suficiente, dizendo logo

no início quem é o autor e o que ele fala sobre aquele assunto;

Identificar cada texto resenhado, indicando autor, título, edição, etc.;

Elaborar uma conclusão, onde você vai dar sua opinião pessoal para o

conjunto de textos ou para cada um em particular;

Identifique-se, pois assim estará assumindo a crítica que fez quando da

elaboração da resenha.

Elaborar resenhas parece fácil. Contudo, fazê-las com critérios e dentro de

técnicas torna-se aquilo que parece fácil em difícil.

A resenha, principalmente aquelas veiculadas em grandes meios de

comunicação como televisão e revistas semanais de expressão nacional como

Revista Veja, Época, Isto É, podem transformar um autor em campeão de vendas ou

em um amontoado de livros em estoque.

2.3 Pôsteres

O pôster é um resumo em uma só página de cartaz (banner) de um trabalho

acadêmico, livro ou filme. Sua principal característica e a concisão. Como o pôster é

um elemento mudo – seu autor o elabora e o deixa exposto – por si só ele tem que

passar o recado que seria dado através de textos mais extensos dos resumos e

resenhas.

Os pôsteres são elementos acadêmicos muito utilizados em congressos e

exposições. Eles são a comunicação que alguém está fazendo de seu trabalho e

também um aviso que é um trabalho concluído ou que está em fase de conclusão.

Os pôsteres têm como características básicas a concisão e ser apelativo. Eles

têm que chamar a atenção como um out door de propaganda. Têm que prender o

olhar do passante, pois normalmente são colocados em lugares de trânsito como

Page 33: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

33

corredores ou entradas de salões onde estão sendo realizadas conferências ou

palestras. Normalmente os pôsteres são lidos em intervalos de seções, palestras ou

conferências. Por isso, sua leitura é rápida e ele tem que ser elaborado para que a

mensagem seja transmitida com poucas palavras.

A estrutura básica de um pôster é a seguinte:

Título e autores nas duas primeiras linhas;

Introdução – de uma linha no máximo;

Objetivos – geral e específicos. Os específicos não podem ser mais que três;

Metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho;

Desenvolvimento;

Resultados obtidos;

Considerações finais/conclusão;

Principais referências utilizadas.

Não se tem um tamanho ideal de pôsteres. Os mais comuns têm em média um

metro por um metro e meio e quanto ao tamanho de letra, deve-se dar destaque para

o título (que deve ser escrito em caixa alta) e para os demais itens. O texto de cada

item deve ser em caixa mista com letra menor que o título do item.

Um pôster para ser eficiente tem que ser apelativo como um cartaz comercial,

seus itens principais como os títulos serem legíveis a 2 metros de distância, não ter

no todo mais que 200 palavras e ser lido em, no máximo, 2 minutos.

No pôster tem-se que observar três coisas: espaço livre entre as letras e entre

as linhas, texto e imagens (gráficos, fotografias, etc.).

Antes de fazer um pôster de forma definitiva, teste-o com o formato desejado

em computador. Este teste recebe o nome de “Handout” que é a impressão de

rascunho daquilo que se pretende colocar no texto: forma e conteúdo.

A decisão de fazer um pôster tem que ser tomada a partir do momento que se

decide pela pesquisa e que se tem elaborado o problema de pesquisa.

No entanto, o pôster pode também ser feito como elemento ilustrativo de aulas,

palestras ou conferências. Ele se torna um elemento interessante quando impõe um

limite de tempo ao expositor e indicar itens a serem comentados durante uma

exposição.

Page 34: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

34

Significado de termos:

caixa alta – todas as letras digitadas são em maiúsculas.

caixa mista – somente letras de início de frase ou início de nome próprio são em maiúsculas e as demais em minúsculas.

caixa baixa – todas as letras em minúsculas.

Para saber mais, ler o Item 3 (Formas de trabalhos científicos) do Capítulo V (Diretrizes para a elaboração de uma monografia científica) no livro:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2006.

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Anotações

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AULA 3 – Definições básicas da Metodologia de Pesquisa

Conceitos e definições

3.1. Conceito de pesquisa

Várias definições atualizam o conceito de pesquisa. No entanto, deve-se

observar o conceito deste termo quando contextualizado em um meio, no caso o

acadêmico.

O termo pesquisa, na visão de Marconi e Lakatos (citando ASTI VERA, 1979,

p. 9).

(...) o significado da palavra não parece muito claro ou, pelo menos, não é unívoco, pois há vários conceitos sobre pesquisa, nos diferentes campos do conhecimento humano. Para ele, o ponto de partida da pesquisa encontra-se no “problema que deverá definir, examinar, avaliar, analisar criticamente, para depois ser tentada uma solução. (2006, p. 15).

Marconi e Lakatos (2007) chegam a um ponto fundamental para o

entendimento do termo e da prática da pesquisa: através desse instrumento de

estudo, delineiam-se soluções e criam-se novos conhecimentos úteis ao homem.

Para Cervo; Bervian e Da Silva (2007), pesquisa está sempre ligada à

construção de algum tipo de conhecimento e conhecimento é a produção de uma

nova realidade que contribui para o desenvolvimento humano.

Na prática, pesquisa pode ser traduzida como cata, busca, procura,

certificação, indagação de forma minuciosa sobre algo que incomoda e pede

respostas.

Para saber mais consultar capítulo 1, item 1.1.1. Conceitos e item 1.1.2. Finalidades (pp. 15 a 17) do livro:

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa – Planejamento e execução – Amostragens e técnicas de Pesquisa e Elaboração, análise e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006. Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.891M313t.

3.1.1. Tipos de pesquisa

A classificação dos tipos de pesquisa varia de autor para autor. Fazendo um

apanhado médio do que vários autores consagrados relatam sobre tipos de pesquisa

(MARCONI e LAKATOS, 2006; KÖCHE, 2006; CERVO, BERVIAN e DA SILVA,

2007), pode-se enumerá-las da seguinte forma:

Page 37: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

37

a) Pesquisa básica pura ou fundamental – procura a ampliação de conhecimentos

teóricos sem a preocupação de utilizá-los na prática. Tem por meta o conhecimento

pelo conhecimento. (MARCONI e LAKATOS, 2006).

Esse tipo de pesquisa é mais praticado em graduações de licenciatura, onde o

aluno aprimora um conceito através de pesquisas, mas não demonstra a intenção de

colocar em prática os ensinamentos depurados com a pesquisa. Servem como

referência teórica para futuras pesquisas e pesquisadores.

b) Pesquisa aplicada – tem aplicação prática e seus resultados são usados para a

solução de problemas assim que se tem em mãos o relatório final elaborado. Este tipo

de pesquisa normalmente é feita em função de experimentos práticos e suas

conclusões são resultado de experiências durante a elaboração do relatório final.

c) Pesquisa Histórica – interpreta o passado e para isso, usa de fontes bibliográficas

de pesquisa que narram a História.

Outras fontes usadas na pesquisa histórica são:

Antropologia ou elementos antropológicos que definem aspectos culturais dos

povos ancestrais e contemporâneos;

Sociologia ou elementos sociológicos que definem comportamentos sociais ou

estudam o porquê de reações do comportamento coletivo em uma determinada

sociedade;

Arqueologia estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da

análise de vestígios materiais;

Arquivos públicos ou particulares que oferecem subsídios físicos para a

pesquisa histórica;

Museus e galerias de arte que tornam possível o estudo do passado sob a

ótica de artistas que retrataram seu tempo;

Investigação oral onde o pesquisador interroga o seu instrumento de pesquisa

– o homem – diretamente, investigando aquilo que ele representa para o

passado que está sendo pesquisado.

É conveniente lembrar que todas essas vertentes de investigação têm

limitações e incorrem nas imperfeições impressas pelo tempo e pela inteligência

humana que dá a sua versão pessoal dos fatos.

Page 38: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

38

d) Pesquisa descritiva – descreve o que é visto ou sentido. O campo do

conhecimento que mais utiliza a pesquisa descritiva é a Geografia, pois esta é por

excelência a ciência que descreve o que é físico.

Contudo, não é só a Geografia que usa desse tipo de pesquisa. Todas as

áreas do conhecimento usam-na com frequência, já que a descrição é inerente ao

processo de elaboração de textos.

e) Pesquisa experimental – depende de experimentação para que possa existir a

comparação do antes com o depois de determinado evento ou observação.

Normalmente a pesquisa experimental parte de uma hipótese que é uma afirmação

que carece de comprovação.

Normalmente as hipóteses pressupõem uma afirmação que pode ser

verdadeira ou não, necessitando, portanto, de pesquisas para sua verificação.

Exemplo de hipótese: “O cigarro causa doenças pulmonares”. É uma afirmação

que necessita de comprovação científica. O pesquisador neste caso estabelece dois

grupos de pessoas para desenvolver sua pesquisa: um grupo de controle que contêm

indivíduos que não fumam e um grupo experimental com indivíduos que fumam ou

vice e versa. Os dois grupos passam por um processo de pré-teste em que ambos

são testados quanto a existência de doenças pulmonares e depois de um período de

tempo determinado pelo pesquisador, faz-se o pós-teste, quando há a verificação de

qual grupo e quantos adquiriram doenças pulmonares ou não, podendo assim, validar

ou não a hipótese.

É importante que os grupos tenham as mesmas características como faixa

etária, sexo, classe social, escolaridade, antecedentes familiares, etc.

f) Pesquisa documental – é aquela que se processa através da análise de

documentos que podem ser oficiais quanto a fonte geradora. São órgãos oficiais

governos, empresas, instituições formalmente legalizadas e não oficiais quando sua

análise recai sobre arquivos particulares, cartas entre anônimos, acervos domésticos,

etc.

Para saber mais consultar Capítulo 1, item 1.2.3. Tipos de pesquisa do livro:

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa – Planejamento e execução – Amostragens e técnicas de Pesquisa e Elaboração, análise e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.891M313t.

Page 39: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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3.2. Conceito de conhecimento

Antes de conceituar o termo, uma pergunta se faz necessária: como se constrói

um conhecimento?

Para responder a essa pergunta, são necessárias algumas reflexões. Pensar é

próprio dos seres humanos. Animais não pensam, não constroem, são repetitivos. Os

animais são adestráveis e o homem vai além dessa aptidão animal: ele pensa e

quando ele pensa, produz saberes, soluções, pode fazer opções.

Essas alternativas que se apresentam ao homem e que possibilitam a

mudança de rumos, evolução de ideias, construção de novos parâmetros de vivência

e convivência e a produção de novos materiais, os estudiosos traduzem como sendo

conhecimento.

Ao produzir um conhecimento, o homem não pode “escondê-lo” de outras

pessoas, pois esse novo conhecimento passa a ser patrimônio histórico e cultural da

humanidade.

A produção do conhecimento é um bem que está sendo armazenado pelo

homem continuamente ao longo dos tempos. Se se fizer uma análise da sequência

histórica através do tempo, vê-se claramente a evolução dos fazeres humanos em

todos os campos do saber: ciência, arte, literatura, tecnologia, engenharia, etc.

Toda vez que o homem produz um novo conhecimento através da pesquisa,

ele dá um passo a mais na sua evolução. A produção de um novo conhecimento

obtido através da pesquisa acadêmica dá-se o nome de produção científica.

Quando o homem, através de processos de estudo ou da pesquisa, passa a

dominar um tipo específico de conhecimento, diz-se que este homem especializou-se

em uma vertente do conhecimento.

3.3. A produção científica

Por definição, produção científica é tudo aquilo que o homem produz, seja na

forma de elementos palpáveis físicos, seja na forma de saberes metafísicos,

conhecimentos subjetivos como a psiquiatria, por exemplo, através da pesquisa

científica.

A produção científica pode ser de duas naturezas:

a) Através da pesquisa acadêmica – quando o pesquisador está vinculado a uma

instituição de ensino e desenvolve um trabalho de pesquisa, por exigência ou não dos

Page 40: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

40

regulamentos internos dessa instituição. Essa produção científica exige uma

orientação de alguém mais experiente e com um acúmulo maior de saberes

específicos na sua área de conhecimento.

Os resultados de pesquisas acadêmicas são sempre traduzidos em relatórios

que são denominados de monografias, TCC’s, dissertações e teses.

b) Através da pesquisa não acadêmica – quando o pesquisador é autodidata ou

quando ele está vinculado a uma empresa e esta empresa busca o aprimoramento

contínuo de seus produtos ou processos. As empresas de tecnologia são as que mais

empregam pesquisa para a produção de novidades tecnológicas. A evolução do

processo de fabricação de automóveis, com a constatação da melhoria significativa

de desempenho, design e no uso de combustíveis variados é um bom exemplo dos

resultados que se obtém com a pesquisa.

A produção científica é verificada em todas as áreas do conhecimento e em

todas as atividades cotidianas do homem. Na pesquisa acadêmica, todas as áreas de

estudo produzem conhecimentos específicos na sua área de concentração. A

Nutrição, Biomedicina, Ciências Contábeis, Administração de Empresas, História,

Geografia, Engenharias de modo geral, enfim, todas as áreas produzem

conhecimentos em seus cursos de graduação e pós-graduação.

Ao se analisar o cotidiano das pessoas, tudo se resume a pesquisa e produção

de algum conhecimento. A dona de casa quando “inventa” um novo prato para o

almoço, demonstra o resultado de uma pesquisa. A moça quando descobre que

necessita de um novo corte de cabelo, isso é resultado de uma pesquisa que ela fez

no seu visual e descobriu que pode melhorá-lo.

O professor é o profissional que mais usa a pesquisa e que mais produz

conhecimento, pois ele necessita dessa sabedoria no seu dia a dia profissional.

O aluno é pesquisador nato, pois precisa dessa habilidade para cumprir seus

créditos de ensino. Até mesmo quando ele faz “cola” (lembretes para serem utilizados

em avaliações), ele está fazendo pesquisa e produzindo conhecimentos.

Para saber mais consultar Capítulo 1, item 1.1. “O Conhecimento Científico e outros tipos de conhecimento” do livro:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2004. Númede chamada na Biblioteca da FESP: 001.8L12m2004.

Page 41: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Consultar também Capítulo 1, itens 1.1 e 1.2 do livro:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006. Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.891M313t2006.

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Anotações

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AULA 4 – Definições básicas da Metodologia de Pesquisa

Conceitos e definições

4.1. Tipos de conhecimentos

Existem autores que classificam o conhecimento em níveis ou em tipos.

Quando se faz essa classificação, determina-se a abrangência de um nível ou tipo de

conhecimento.

Historicamente, os conhecimentos foram se cristalizando em áreas específicas

até que se definiram tipos de conhecimentos com clareza e que podem ser

desenvolvidos e ampliados pelo homem, pois já foram criadas fontes seguras de

pesquisa como textos escritos e produtos físicos para serem utilizados como

parâmetros para o desenvolvimento e aprimoramento de tudo aquilo que cerca o

homem.

Um tipo de conhecimento que os estudiosos de metodologia somente citam e

que não entra na classificação geral dos tipos de conhecimento, é o chamado

conhecimento inato.

O conhecimento inato é típico de seres vivos. É um conhecimento – animal,

humano ou da flora – que traduz formas de sobrevivência. Um exemplo desse

conhecimento é o fato do homem ou do animal enxergar. Pergunta-se: quem ensinou

o homem a enxergar? Não se tem uma resposta.

Da mesma forma, pode-se perguntar: quem ensinou o peixe a nadar, a criança

respirar ao nascer, sugar o peito da mãe para alimentar-se? Quem ensinou o homem

a sentir cheiros, julgar o que é bonito ou feio? Ninguém é a resposta. A natureza seria

a resposta mais apropriada e a mais aproximada para esta questão. Esse é um

conhecimento ancestral que os seres vivos necessitam dele para sobreviver e para

torná-los competitivos enquanto existirem.

Pesquisadores como Cervo, Bervian e Da Silva (2007) ou Marconi e Lakatos

(2004) estratificam os tipos de conhecimentos em quatro níveis: empírico, filosófico,

religioso e científico.

Page 44: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

44

4.1.1. Conhecimento empírico, também chamado de conhecimento popular ou

senso comum

Constitui-se no conhecimento mais primário desenvolvido pelo homem. É um

tipo de conhecimento que começou a ser sistematizado ainda na pré-história, quando

o homem ainda era nômade e vivia da coleta e da caça.

O conhecimento empírico começa a ser estruturado quando o homem, ainda

não humanizado, aprende com outros animais o que pode ou não ser ingerido como

alimentos. A sua observação faz com que ele perceba que se não faz mal ao animal,

não faz mal também a ele.

Esse tipo de conhecimento tem suas próprias características:

É valorativo – está relacionado com os valores pessoais de quem o aplica.

Depende do julgamento pessoal e da aceitação que o pesquisador tem de uma

determinada realidade. Exemplo: uma pessoa aceita com facilidade os dogmas

de sua religião e não aceita os dogmas que permeiam outra religião;

É assistemático – não tem um método a ser seguido. Depende da

organização pessoal de cada um e da ordem que se quer imprimir a uma

pesquisa. Isso quer dizer que esse é um conhecimento que não exige pré-

requisitos para o seu prosseguimento. Não se tem uma ordem cronológica ou

de exigências para a sua consecução;

Não pode ser verificado através de experimentos, em laboratório;

É parte da acumulação de experiências vivenciadas pelo homem ao longo

do tempo e isso se traduz como sendo sabedoria popular. Os remédios

caseiros, ditos populares, rezas, benzeções, artesanato, técnicas culinárias e

outros, são exemplos claros de conhecimentos empíricos.

A base do conhecimento empírico é a tradição, a herança do passado e é

enriquecido pela experiência de vida das pessoas. Ele pode também ser definido

como sendo uma forma de ver a realidade de um determinado grupo social. É um

conhecimento simples, rudimentar e espontâneo.

4.1.2. Conhecimento filosófico

É um conhecimento com grande dose de subjetividade. Consiste em uma

reflexão onde o homem busca compreender o sentido da realidade que o cerca,

realidade que está relacionada com outros homens e com a natureza.

Page 45: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

45

De acordo com Cervo, Bervian e Da Silva (2007), o conhecimento filosófico é

diferente dos outros conhecimentos uma vez que parte dos pressupostos filosóficos

para que se estabeleça como conhecimento.

Filosofar é interrogar. A interrogação parte da curiosidade, que é inata. Ela é constantemente renovada, pois surge quando um fenômeno nos revela alguma coisa de um objeto e ao mesmo tempo nos sugere o oculto, o mistério. Este impulsiona o ser humano a buscar o desvelamento do mistério. (...). Filosofar é interrogar principalmente sobre fatos e problemas que cercam o ser humano em seu contexto histórico. Esse contexto muda no decorrer do tempo, o que explica o deslocamento dos temas de reflexão filosófica. (...). (CERVO; BERVIAN e DA SILVA, 2007, p. 8).

Para Marconi e Lakatos (2004) o conhecimento filosófico é caracterizado pela

capacidade do homem em questionar problemas e discernir entre o certo e o errado,

utilizando para isso a lógica da razão humana.

O conhecimento filosófico permite ao homem enxergar mais de uma dimensão

para um problema: a dimensão filosófica. É um tipo de conhecimento falível e não

verificável através de experimentos.

Este é um conhecimento intuitivo e adimensional e pode ser considerado um

tipo de conhecimento de movimento, pois desperta a dúvida em quem faz a pesquisa,

o que possibilita o emprego da intuição, da dúvida e da incerteza como métodos de

pesquisa.

4.1.3. Conhecimento religioso

A base do conhecimento religioso é a crença do ser humano em um ser

superior e a sua prática produz um conhecimento restrito a um grupo de pessoas que

acredita naquela crença. Portanto, crenças diferentes produzem conhecimentos de

base religiosas diferentes.

O conhecimento religioso é um conhecimento sistemático uma vez que existem

as normas que compõem uma tendência religiosa. Isso faz com que o conhecimento

religioso tenha regras claras, métodos e sequência de execução. É um conhecimento

relacionado com a fé pessoal de cada um, é a busca da revelação divina.

O conhecimento religioso é uma evolução do conhecimento filosófico. Aquilo

que não se consegue explicar através da filosofia é levado para o plano teológico.

Page 46: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

46

4.1.4. Conhecimento científico

O conhecimento científico tem sua base na pesquisa científica e é o

conhecimento produzido pela comunidade acadêmica. As bases para a produção do

conhecimento científico estabelecem-se através de dois tipos de pesquisa que se

complementam: a pesquisa de cunho bibliográfico e a pesquisa de campo em suas

várias modalidades.

A produção científica obtida através da pesquisa produz resultados que nunca

são definitivos, uma vez que, por ser científico, cabe mais de uma versão para o

mesmo evento. Sempre é possível “enxergar” um evento sob outro ângulo de visão ou

de encaminhamento de pesquisa.

Uma pesquisa científica com base em um conhecimento científico tem três

objetivos distintos:

Ampliar um conhecimento já estudado;

Verificar se é verdadeiro ou não, um conhecimento já estudado;

Criar um novo conhecimento.

A produção de um conhecimento científico é sempre baseada em um método.

Métodos são caminhos que se utiliza para chegar a um resultado e à comprovação de

uma proposta de pesquisa. O conjunto de métodos, pois uma pesquisa científica não

se resume somente a um método para se obter resultados, chama-se metodologia.

O conhecimento científico tem a capacidade de:

Análise – permite estudos para a compreensão de uma situação ou uma

proposta de pesquisa. Ao se deparar com a necessidade de se compreender

uma situação qualquer, primeiro o pesquisador analisa sob diversos ângulos

essa situação para depois equacionar as formas mais pertinentes de levar a

cabo a pesquisa que ele se propõe fazer;

Explicação – explica aquilo que já foi pesquisado sob outro ponto de vista.

Com isso, amplia um conhecimento já consagrado;

Desdobramento – a partir de um conhecimento já existente pode-se chegar a

outro conhecimento mais aprimorado, aprofundado ou completamente diferente

daquele já existente;

Justificação – os resultados obtidos com uma pesquisa justificam a origem

desta pesquisa. O pesquisador sente a satisfação daquilo que foi feito e tem

uma maior consciência do porque dessa pesquisa;

Page 47: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

47

Indução – no decorrer da pesquisa o pesquisador é levado a aperfeiçoar seus

métodos e aquilo que está sendo pesquisado. Também, como elemento

indutor, o pesquisador descobre outras fontes que tratam do mesmo

assunto/tema de pesquisa que não estavam previstos anteriormente.

Para saber mais consultar Capítulo 1, item 1.1. “O Conhecimento Científico e outros tipos de conhecimento” do livro:

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2004. Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.8L12m2004.

Pesquisar também Capítulo 4 (Diferentes modos de conhecer) do livro: RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006. Número de chamada na biblioteca da FESP: 001.8(036)R934m2006.

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Anotações

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AULA 5 – Detalhamento dos elementos existentes nas pesquisas mais usadas:

bibliográfica, de campo e de laboratório

1- A pesquisa bibliográfica é uma das bases fundamentais para a construção do

conhecimento científico. Em um acervo bibliográfico, o pesquisador encontra

referências e esclarecimentos que o ajudam na construção de um novo

conhecimento.

Ao usar de referências bibliográficas para a construção de um novo

conhecimento, o pesquisador tem que tomar certos cuidados ao consultar autores:

O pesquisador tem que escolher obras que tenham relação direta com o

assunto a ser pesquisado. Ao selecionar obras específicas sobre o assunto a

ser pesquisado, o pesquisador faz um recorte na teoria, selecionando somente

textos que têm a ver com o que se pretende pesquisar, evitando assim, leituras

que não acrescentam nada àquilo que se quer detalhar através da pesquisa;

Ao selecionar textos e autores que tenham relação direta e específica com a

pesquisa, o pesquisador constrói bases sólidas para aquilo que em pesquisa

recebe o nome de embasamento teórico;

O pesquisador tem que tomar cuidado com as linhas de pesquisa dos autores

selecionados para um determinado trabalho. Isso porque os autores “brigam”

entre si, com pontos de vista diferentes sobre um mesmo assunto. Quando

seus pensamentos são antagônicos, usá-los em um texto como fonte para o

detalhamento de um determinado aspecto da pesquisa, denota que o

pesquisador não teve o discernimento necessário para perceber a diferença de

pensamento entre esses autores.

A pesquisa bibliográfica caracteriza-se por textos impressos em publicações

oficiais. São publicações oficiais aquelas que oferecem elementos objetivos que as

identificam e que podem ser relacionados da seguinte forma:

Autor ou autores ou entidade responsável pelo conteúdo do texto;

Título (com subtítulo quando existir);

Origem da publicação: cidade e editora;

Data da publicação.

Podem-se relacionar as seguintes modalidades de textos impressos:

Livros – neste caso, tem-se que observar, além dos elementos relacionados

acima, a edição e o número de ISBN.

Page 50: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

50

o O ISBN é uma sigla que significa International Standard Book Number.

Cada livro tem o seu ISBN específico que não se repete em nenhuma

publicação de livros.

Revistas – as mais indicadas são as especializadas. Contudo, as revistas

periódicas em circulação, por vezes apresentam artigos que interessam ao

pesquisador.

o O pesquisador, ao usar textos de revistas, tem tomar os mesmos

cuidados com a identificação dos elementos-base (os mesmos do livro),

mais o número da edição e o ISSN da revista.

o O ISSN é uma sigla que significa International Standard Serial Number.

Cada edição de revista tem o seu ISSN específico que não se repete em

nenhuma outra publicação.

Jornais – dando preferência aos cadernos especializados ou às seções que

contemplam o foco de sua pesquisa.

o Ao usar textos de jornais, o pesquisador tem que tomar o cuidado com a

identificação dos elementos-base: autor da reportagem; título (e

subtítulo se existir) da reportagem; nome do jornal; cidade e editora e

data da circulação do número utilizado.

Textos virtuais – São considerados também como fontes bibliográficas, os

textos virtuais, constantes em sites da Internet.

Nesse caso, é fundamental que o pesquisador atente para a credibilidade da

fonte virtual. Sites como a Wikipédia, por exemplo, não são aconselháveis seu uso,

por ser uma enciclopédia aberta e como tal, vulnerável à ação irresponsável de

leitores, o que compromete a validade e a credibilidade das informações ali presentes.

As fontes virtuais acreditadas (como o site Scielo, por exemplo, que é um acervo de

publicações de professores e trabalhos acadêmicos já aprovados de alunos) trazem

credibilidade para o trabalho acadêmico.

Neste caso, o aluno tem que observar os seguintes elementos-base para a

utilização de um texto de origem virtual:

Autor ou autores ou entidade responsável pelo conteúdo do texto;

Título (e subtítulo se existir);

Endereço eletrônico específico do texto (aquele que aparece na barra de

endereços do computador depois que se abre o texto escolhido);

Page 51: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Data de postagem do texto no meio virtual. Essa data de postagem

corresponde à data da edição de textos impressos;

Data de acesso ao texto. Essa data é importante em virtude da frequência de

atualização de textos virtuais feitas pelos autores. Ao indicar a data de acesso,

o pesquisador se previne quanto a possíveis mudanças de conteúdos feitas

pelos autores ou responsáveis pelo texto.

Tem-se que observar que textos impressos em computadores, como atas,

relatórios de empresas ou textos manuscritos não são catalogados como referências

bibliográficas e sim, como fontes pesquisadas.

Observação: Em aula específica será mostrado como são feitas as

referências de obras citadas no texto.

2- A pesquisa de campo complementa, na maioria das vezes, a pesquisa bibliográfica.

Ela serve como instrumento de comprovação prática para aquilo que foi afirmado

teoricamente.

A pesquisa de campo entra na metodologia de pesquisa como instrumento de

coleta de dados. Os principais instrumentos de coleta de dados mais usados são:

questionário, formulário e entrevista. Cada um desses instrumentos tem um indicativo

de uso e formas específicas de tratamento e análise dos resultados obtidos com a sua

aplicação.

Observação: Em aula específica será detalhado a aplicação e análise

de resultados de cada um desses instrumentos de coleta de dados.

3- A pesquisa de laboratório é sempre uma pesquisa experimental ou de observação

controlada onde o pesquisador observa e registra a evolução de um evento.

Na pesquisa de laboratório o pesquisador controla todas as etapas e a

evolução do objeto estudado.

Page 52: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Para conhecer melhor consultar Capítulo 3 (Como elaborar trabalhos de pesquisa) do livro:

RUIZ, Álvaro João. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006. Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.8(036)R934m2006.

Consultar também Capítulo 3 (Técnicas de pesquisa) todos os itens do livro:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006. Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.891M313t2006.

Consultar também o livro:

VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de coletas de dados no campo. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas s. A., 2009. Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.8V494m2009.

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Anotações

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AULA 6 – A redação científica – elaboração de textos de trabalhos acadêmicos

O texto final de um trabalho acadêmico recebe o nome de relatório. A

linguagem deve fugir do caráter coloquial e ser a mais impessoal possível. O texto

deve ser o mais operacional possível e algumas características da redação científica

devem ser seguidas. Essas características são relacionadas a seguir:

Não se coloca informações de cunho afetivo. Ao fazer a redação de um

trabalho acadêmico, o pesquisador deve evitar termos que indicam diminutivos

ou superlativos ou julgamentos no campo da afetividade como “Gostei desse

método...”, “Ao analisar esse assunto, adorei fazer esta pesquisa.”, etc.;

Não se coloca subjetividade em textos acadêmicos. Ao definir quantidades, ser

explícito e não usar termos como “alguns”, “uns”, “muito” ou “pouco”, por

exemplo;

Não usar regionalismos. Os termos regionais atendem somente a uma parcela

da população e não têm alcance universal. Lembre-se que os regionalismos

são criações locais e seu significado pode não ser entendido conforme o

pesquisador quer. Se tiver que usar termos regionais, colocar seu significado

em linguagem clara para que ele possa ser entendido como uma

particularidade do linguajar de uma região;

Não usar gírias ou modismos. Eles são temporários e o seu uso empobrece um

trabalho científico. As gírias são bordões que representam a linguagem popular

e em sua maioria não representam a linguagem culta. Os modismos devem

ficar fora da redação científica. Termos como “A nível de...” ou “Tipo assim...”

não podem constar de textos acadêmicos;

O texto tem que ter clareza e concisão. Evite frases longas e parágrafos muito

extensos. É mais conveniente parágrafos curtos de até seis linhas. Desta

forma, o texto ganha em clareza e facilidade de interpretação de seu conteúdo.

Evite também palavreado erudito. Lembre-se que o que você está escrevendo

é para todos e não somente para seus pares. Por isso, o texto tem que se fazer

compreender por pessoas das mais diversas procedências e não somente por

aqueles que estão na mesma área de atuação;

O texto tem que ter criatividade para atrair o leitor. Use títulos chamativos, que

seduzam o leitor assim que são vistos;

Page 55: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Coesão – Os parágrafos devem ter um encadeamento lógico entre eles. Um

parágrafo deve transferir a ideia constante nele para o parágrafo seguinte. O

pesquisador ao redigir seu texto final, deve ter o cuidado de hierarquizar as

ideias que são colocadas no texto. Isso quer dizer que as ideias constantes no

texto devem partir das mais simples para as mais complexas;

Para que o texto transmita a ideia de ser consistente, o pesquisador deve optar

por um tempo verbal e mantê-lo ao longo do texto. A forma impessoal de

redação é a mais recomendada para escritos acadêmicos e recomenda-se o

uso do passado para o relatório final, pois o futuro verbal é aplicado somente

em projetos de pesquisa, naquilo que ainda vai ser realizado.

o Sugere-se que se use o tempo verbal de acordo com alguns exemplos

como os que seguem: “Optou-se por esta pesquisa...”; “Buscando

entender os rumos desse estudo...”; “Verificou-se através desse

estudo...”, etc.;

o O uso da conjugação na primeira pessoa do plural é denominado pela

metodologia da pesquisa de plural da modéstia. Seguem exemplos do

uso do plural da modéstia: “Realizamos esta pesquisa...”; “Chegamos à

seguinte conclusão com esta pesquisa...”, etc.;

o O uso do plural da modéstia deve ser acordado com o orientador que vai

opinar pelo seu uso ou não.

Precisão – As informações que forem colocadas no texto devem ser

verdadeiras e os conceitos emitidos devem ser universalmente aceitos;

Originalidade – O conteúdo do texto acadêmico deve ser escrito de forma

original, sem cópias ou plágios. Lembre-se que cópias e plágios são formas

condenáveis do agir acadêmico e é punido pela Lei número 9610/1998,

também chamada de lei do Direito Autoral;

Especificidade – Na redação de um texto acadêmico deve ficar clara a

contribuição científica do trabalho para a comunidade de um modo geral e

especificamente para a área de concentração em que se insere a pesquisa;

Correção política – O texto deve ser politicamente correto. As críticas a autores

ou a outros pesquisadores devem ser evitadas. Não se deve menosprezar a

ideia de autores, mesmo que seja em trabalhos acadêmicos do mesmo nível

Page 56: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

56

daquele que se está desenvolvendo. Não dê conotação racista, sexista ou de

natureza étnica;

Fidelidade – O texto deve seguir parâmetros da ética, respeitando seus leitores

e as fontes que foram consultadas, citando os autores consultados em citações

em cópia direta ou em paráfrases;

Não usar generalizações como os exemplos que seguem:

o “Sabe-se que a escola é fonte de aprendizagem.” Isso é o óbvio. Toda

escola é fonte de aprendizagem;

o “Grande parte da comunidade acadêmica...”. Quanto representa essa

“grande parte”? É fundamental quantificar com clareza aquilo que se

quer dar uma dimensão no trabalho, do contrário, as informações ficam

imprecisas e geram dubiedade;

o “A população de Passos é mais ou menos mesclada entre negros e

brancos.” O que é o “mais ou menos”? Isso não significa nada e ainda

pode ser confundido com conotação racista;

o “Acho que este trabalho expressa uma ideia...”. Não se pode “achar” em

um trabalho científico. Tem-se sempre certeza daquilo que se está

expondo.

Não repetir palavras, verbos ou substantivos em uma mesma frase. Use

sinônimos se for necessário;

o Exemplo de um texto retirado de um trabalho acadêmico: “Ao fazer uma

análise dos resultados de pesquisa verificou-se que esses resultados

não são compatíveis com os resultados esperados.” Note que a palavra

resultados foi citada três vezes em uma mesma frase. Isso deve ser

evitado.

Ao fazer citações de parágrafos de textos de autores utilizados como fonte na

pesquisa, variar a contextualização. Ora escrever “Conforme o autor Fulano de

Tal...”, ora escrever “Nas palavras de Fulano...”; “Entendendo o pensamento de

Sicrano...”; “Concordando (ou discordando) com o autor Fulano...”, etc.;

Equilibrar o número de citações diretas com citações indiretas (as paráfrases);

Não usar abreviaturas. Sempre escrever o termo completo. Exemplo: número

ao invés de nº; artigo ao invés de art. (quando fizer referência a alguma lei ou

documento que tem esse tipo de ordenação de uma exposição qualquer).

Page 57: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Para saber mais consultar Capítulo 3, item 3.5 e subitens “Desideratos da Teoria

Científica ou Sintomas de Verdade” do livro:

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2004.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.8L12m2004.

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Anotações

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AULA 7 – Classificação das pesquisas quanto aos fins e quanto aos meios

A finalidade de uma pesquisa é definida no seu início e quanto a isso, o

pesquisador tem que dar clareza ao que ele está querendo com a elaboração de um

trabalho investigativo. Da mesma forma, é preciso ter clareza quanto aos meios que

se vai usar para que seja possível chegar aos resultados esperados. (VERGARA,

2007).

Dessa forma, definir a finalidade e os meios de se chegar a resultados é

prioritário para a elaboração de um trabalho acadêmico.

Pode-se classificar as pesquisas, portanto, de duas forma: quanto aos fins e quanto

aos meios.

a) Quanto aos fins:

Pesquisa exploratória – realizada em áreas do conhecimento pouco exploradas

por pesquisadores. As pesquisas exploratórias, por ser pouco em número, o

que deixa campos do conhecimento de forma obscura e pouco conhecida, não

permite o uso de hipóteses, que surgem a partir do momento em que se

começa a estruturar e a desenvolver a pesquisa;

Pesquisa descritiva – sua principal finalidade é deixar bem claro através da

descrição, as principais características de uma população ou fenômeno que se

quer estudar. Necessita de coletas de dados tanto bibliográficos, quanto de

campo;

Pesquisa explicativa – como o termo indica, tem a finalidade de tornar os

dados colocados no texto de fácil compreensão ao leitor, quando explica os

motivos e os porquês de um determinado resultado de pesquisa;

Pesquisa metodológica – define caminhos, formas, maneiras e procedimentos

que se usou para a realização da pesquisa e para se atingir os objetivos

propostos inicialmente. Exige a definição de um método de pesquisa;

Pesquisa aplicada – Os problemas que existem no mundo real, usam da

pesquisa aplicada para elaborar soluções. Ela busca resolver problemas;

Pesquisa intervencionista – Não se limita à pesquisa teórica. Além da pesquisa

propriamente dita, a pesquisa intervencionista interfere na realidade que está

sendo pesquisada e busca modificá-la de acordo com as intenções do

pesquisador.

b) Quanto aos meios as pesquisas podem ser:

Page 60: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

60

Pesquisa de campo – busca verificar na prática se a teoria sobre determinado

assunto ou fenômeno é verdadeiro e o quanto isso é verdadeiro ou não.

Realiza-se fora do ambiente em que está sendo realizada a pesquisa teórica,

porem insere-se no ambiente onde se pode constatar de forma prática aquilo

que se levantou teoricamente;

Pesquisa de laboratório – Realiza-se em um meio restrito onde o pesquisador

consegue manipular o seu objeto de pesquisa, fazendo-o evoluir-se e

observando essa evolução;

Pesquisa Documental – É realizada através da análise de documentos de

várias naturezas. As principais fontes de documentos são órgãos públicos,

empresas, instituições de ensino, casas religiosas ou acervos particulares. São

também considerados documentos, pessoas que fornecem informações

precisas e verdadeiras e que contribuem para o resultado positivo de uma

pesquisa;

Pesquisa Bibliográfica – Tem sua base em material publicado e que esteja

disponibilizado em uma base de dados como as bibliotecas e em arquivos

virtuais através da Internet;

Pesquisa Experimental – modalidade da pesquisa empírica onde o pesquisador

manipula variáveis. Nesse caso, necessita de experimentos e de hipóteses que

podem ser comprovadas ou não, ao longo da experiência e ao longo da

execução do trabalho como um todo.

É conveniente observar a semelhança existente entre a classificação das

pesquisas quanto aos fins e meios com os tipos de pesquisa já analisados neste

texto.

Consultar o livro:

VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de coletas de dados no campo. 4. Ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2009.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.8V494m2009.

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Anotações

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AULA 8 – Métodos de pesquisa

Antes de enumerar e explicar os métodos de pesquisa tem-se que definir a

palavra método. Etimologicamente, método é uma palavra que vem do grego e é a

fusão de duas palavras: metá que significa seguir e hodós que significa caminho,

estrada. Conclui-se que a palavra método é o conjunto de artifícios que traça a

trajetória de uma pesquisa, do seu início até o seu fim.

Em pesquisas científicas, método é a forma ordenada de procedimentos para

se chegar a resultados. O método é o conjunto de processos ou fases da pesquisa,

empregados na investigação e na busca de um novo conhecimento. “(...) não há

ciência sem o emprego de métodos.” (MARCONI e LAKATOS, 2004, p. 44).

Para Ruiz (2006, p. 137), “(...). O método é um extraordinário instrumento de

trabalho que ajuda, mas não substitui por si só o talento do pesquisador.”

Ainda Ruiz (2006, p. 138) “O método caracteriza-se por ser um conjunto de normas

padrão (...).”

Os autores enumeram vários tipos de métodos, mas aqueles que têm

convergência com o pensamento da maioria dos autores, podem ser enumerados da

seguinte maneira:

Método indutivo – Parte da análise do que é particular, restrito, para depois

generalizá-lo como sendo uma verdade geral e universal. Esse método é

usado nos estudos de caso, onde se analisa um evento ou fenômeno restrito e

as suas conclusões podem ser aplicadas a todos os outros fenômenos que têm

afinidade com a premissa inicial.

o Marconi e Lakatos (2004) apresentam o seguinte exemplo:

Cobre conduz energia.

Alumínio conduz energia.

Ferro conduz energia.

Cobre, alumínio e ferro são metais e conduzem energia. Logo, todos os

metais conduzem energia.

Infere-se que no uso do método indutivo, se as premissas são verdadeiras, a

conclusão pode ser ou não verdadeira. No caso dos metais a conclusão é verdadeira.

Mas, no exemplo que segue, constata-se que essa conclusão sobre o método indutivo

pode não ser verdadeiro.

Álcool é um material líquido e pega fogo.

Page 63: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Gasolina é um material líquido e pega fogo.

Logo, todo material líquido pega fogo.

Método dedutivo – Ao contrário do indutivo, o método dedutivo parte de uma

premissa geral para a explicação de um único fenômeno, particular. O método

dedutivo como o próprio nome diz, depende da dedução sobre a premissa

proposta. No método dedutivo, parte-se do princípio que as afirmações são

verdadeiras quando elas se aplicam a um número significativo de eventos ou

fenômenos já estudados. Como exemplo, tem-se que quando um produto é

muito procurado por compradores, seu preço tende a aumentar. Isso é

dedução. Outro exemplo, quando é inverno, as doenças respiratórias e

pulmonares se multiplicam. Percebe-se com esses exemplos, que primeiro se

generalizou um conceito para depois aplicá-lo a um estudo específico.

o Quando se aplica o método dedutivo, usa-se muito a pesquisa

bibliográfica, pois o assunto a ser pesquisado, teoricamente já foi

exaustivamente estudado em outros momentos e por muitos

pesquisadores.

o Marconi e Lakatos (2004) citam o seguinte exemplo de método dedutivo,

onde se observa primeiro o geral para depois fixar-se no particular:

Todo mamífero tem um coração.

O cão é um mamífero e tem coração.

Logo, todos os cães e todos os mamíferos têm coração.

Método hipotético-dedutivo – A base da formulação desse método é uma

hipótese que é uma afirmação. É um método que necessita de experimentação

para ser provado.

Ao formular uma hipótese sobre um evento qualquer, tem-se uma afirmação

que pode ser verdadeira ou não. Por isso, ela necessita de comprovação prática, de

testagem.

Um exemplo de hipótese: Aluno com boas notas no ensino médio

consegue boas notas no ensino superior. É uma hipótese que necessita a

averiguação, pois não significa uma verdade absoluta. Observa-se que na construção

da hipótese, sua primeira parte é uma afirmação já comprovada e a segunda parte é

uma conjetura que através da pesquisa e da observação pode-se constatar se é

verdadeira ou não.

Page 64: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

64

Método dialético – Dialética é diálogo, troca de informações e no caso do

método dialético, é a conversa do pesquisador com as suas fontes de

pesquisa.

Ao usar o método dialético, o pesquisador busca provar a teoria através da

prática. Ou seja, ele estabelece um diálogo daquilo que foi exposto teoricamente com

aquilo que ocorre praticamente.

Um exemplo desse método pode ser expresso da seguinte forma: Comprovar

que notas boas em um determinado nível de ensino implicam, obrigatoriamente,

em boas notas no nível de ensino a seguir. Por esse exemplo, o pesquisador trava

um diálogo com os fatores que levaram o aluno a ter boas notas no ensino médio com

a possibilidade dele repetir o feito no ensino superior.

Método fenomenológico – Busca a compreensão dos fenômenos que se

apresentam no cotidiano das pessoas. É um método que resgata aquilo que é

rotina, reeduca e redireciona ações.

Um exemplo do método fenomenológico pode ser: Professor que não é

cobrado pela qualidade de suas aulas acredita que elas são boas. Observa-se

que quando se afirma que professor que não é cobrado pela qualidade de suas aulas

torna-se um fenômeno, um evento que deve ser analisado para se saber o porque

dessa não cobrança por parte dos interessados diretos. Outro exemplo é: Alunos

habitantes da periferia de grandes cidades têm grandes chances de se tornarem

marginais.

O que se procura com a aplicação do método fenomenológico é a constatação

de uma realidade que é visível e até mesmo palpável e a sua repetição ao longo do

tempo.

Outros métodos mais específicos que são usados na pesquisa acadêmica são:

Método histórico – Parte do princípio de que tudo que existe na

contemporaneidade tem suas raízes no passado. Esse método busca

pesquisar a origem dos fenômenos atuais. Um exemplo de aplicação desse

método pode ser: Estudo da família como instituição social ao longo dos

tempos. Para se avaliar a família como instituição social atual é necessário

que se verifique como foi seu comportamento em outros tempos.

Método comparativo – Considera o estudo da semelhança de fenômenos ou

eventos que se repetem na contemporaneidade ou fenômenos e eventos da

Page 65: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

65

atualidade com aqueles de mesma natureza só que em tempos cronológicos

diferentes.

Para saber mais consultar Capítulo 2 (métodos científicos) todos os itens e subitens, do livro:

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2004.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.8L12m2004.

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Anotações

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AULA 9 – Abordagens de pesquisa

As pesquisas são classificadas de acordo com a abordagem que o pesquisador

dá a ela como sendo pesquisas quantitativas e pesquisas qualitativas.

Abordagem quantitativa – Nas pesquisas com abordagem quantitativa,

presume-se haver uma quantificação, uma gradação daquilo que se quer

averiguar. Como o próprio nome indica, busca-se medir alguma coisa e depois

comparar essa medição com parâmetros já conhecidos. Por exemplo, quando

se fala que 51,0% dos eleitores votaram em um determinado político, presume-

se uma totalidade de 100,0% de indivíduos capacitados para esta tarefa e

quando ocorre a dedução estatística – 51,0% - trabalha-se explicitamente com

a ideia de quantidade.

o A pesquisa com abordagem quantitativa tem sua base em leis

previamente aceitas por todos. (Vende-se mais cigarro para homem que

para mulher. Quando da constatação desse dado, observa-se que é

uma verdade ou não. Mas é um fenômeno que pode ser dimensionado

praticamente);

o As pesquisas com abordagem quantitativa demandam de coletas de

dados que são tabulados e recebem tratamento estatístico para

representar quantitativamente aquilo que se quer deduzir através da

pesquisa. É uma forma de mensurar resultados;

o As pesquisas com abordagem quantitativa normalmente usam do

artifício de consulta de opinião ou busca de dados já existentes para que

o pesquisador possa complementar uma ideia ou uma afirmação que ele

usou como argumento que serviu de base ao seu trabalho;

o As pesquisas com bases quantitativas permitem que o pesquisador faça

projeções utilizando uma amostra da população a ser estudada;

o Utiliza para a sua formulação instrumentos padronizados e os mais

utilizados são o questionário e os formulários.

Abordagem qualitativa – Nas pesquisas com abordagem qualitativa, o

pesquisador privilegia as informações coletadas por meio de um roteiro

estabelecido pelo pesquisador. Na abordagem qualitativa, os dados não são

palpáveis, mensuráveis. Tira-se conclusões sobre dados subjetivos, teóricos. O

Page 68: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

68

pesquisador privilegia dados que não são mensuráveis, de impressões e

conjeturas.

o Na abordagem qualitativa privilegia-se a pesquisa bibliográfica. O

pesquisador analisa e tira conclusões sobre alguma coisa já existente;

o Na abordagem qualitativa o pesquisador explora mais a ideia, o

conteúdo. Ela força o pesquisador a pensar, refletir de tirar conclusões

que não podem ser dimensionadas, medidas;

o Utiliza para a sua formulação, instrumentos padronizados e dentre eles

o mais utilizado é a entrevista.

Para conhecer mais, consulte o livro:

VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de coleta de dados de campo. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2009.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.8V494m2009.

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Anotações

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AULA 10 – Conceito de universo e amostra de pesquisa

Ao se propor uma pesquisa, o pesquisador tem que saber sobre o que ele vai

pesquisar e como quantificar seu objeto de pesquisa. Dessa forma, o pesquisador

necessita de instrumentos que identifiquem e meçam com clareza esse objeto de

pesquisa: ele precisa saber qual é o universo e qual é o tamanho da amostra que está

sendo investigada.

Dois conceitos fundamentais se fazem necessários: o que é universo de

pesquisa e o que é amostra. Ambos aplicáveis a pesquisas com abordagem

quantitativa já que é o dimensionamento de algo que é parte fundamental para

pesquisas dessa natureza.

1) Universo de pesquisa – Também chamado de população, não se atem ao gênero

humano, podendo ser uma designação genérica de animais, plantas, objetos (carros,

casas, etc.). Contudo, em pesquisa, o mais usual é definir universo de pesquisa como

sendo os indivíduos envolvidos diretamente na investigação.

Portanto, pode-se definir universo de pesquisa ou população de pesquisa como

sendo a totalidade de indivíduos de uma mesma espécie ou com as mesmas

características (pessoas, animais, objetos, plantas, etc.) da qual se pode recolher

dados e que se possa trabalhar estatisticamente esses dados. Pode-se também

definir universo de pesquisa como sendo um grupo com características semelhantes

sobre o qual o pesquisador descreve e tira conclusões válidas para o seu trabalho.

Como exemplos de universo de pesquisa, pode-se ter:

Número total de habitantes da cidade de Passos – 106.000. Considera-se a

população total da cidade como universo de pesquisa quando esta pesquisa se

desenvolve na cidade e usa-se indiscriminadamente seus habitantes como

objeto de pesquisa.

Observa-se que este é um universo de pesquisa muito amplo e indefinido,

necessitando, portanto, de um aprimoramento nesses dados. A partir desse universo

amplo, pode-se criar outros universos de pesquisa mais específicos, como por

exemplo, a porcentagem de mulheres que habitam a cidade de Passos. Esse

exemplo reduz o número, mas mantém a característica de universo.

Outro exemplo, ainda utilizando a população da cidade de Passos são os

eleitores que aqui votam e que estão registrados no TRE – Tribunal Regional Eleitoral

local.

Page 71: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

71

Outro exemplo é o número de motos que circulam pela cidade que é calculado

em 16 500 unidades.

Outro exemplo é a quantificação do número de alunos que frequentam os

cursos disponibilizados pela FESP.

Conclui-se, portanto, que universo de pesquisa é a totalidade de uma mesma

espécie de evento que se deseja investigar.

2) Amostra de pesquisa – É uma parcela do universo de pesquisa ou da população

pesquisada. Essa parcela torna-se significativa, pois representa o todo por ter as

mesmas características. A amostra é uma quantidade de indivíduos que demonstram

a representatividade do universo.

As amostras têm a capacidade de representar um todo. Como exemplo prático

dessa capacidade de representar o todo, está no fato de que não é necessário você

comer todo o arroz cozido que está em uma panela para saber se ele está bem

temperado de sal. Basta experimentar uma ponta de garfo para avaliar esse sabor.

Ou, não é preciso comer todas as balas fabricadas por uma indústria para avaliar o

seu sabor. Em ambos os exemplos, basta experimentar uma parcela para que se

tenha um conceito do todo.

É o caso das pesquisas de intenção de voto nas prévias de uma eleição. Basta

consultar uma parcela de eleitores para que se possa ter uma ideia das intenções de

todo o eleitorado.

Mas, essa parcela que representa o todo deve ser selecionada com critérios

claros e objetivos. Portanto, a amostragem é definida através de percentuais dos

indivíduos do universo de pesquisa, por isso, tem-se que definir com clareza o tipo de

amostra que se quer estudar. Dessa forma, define-se duas formas básicas de

amostras: a amostragem probabilística e a amostragem não-probabilística.

a) A amostragem probabilística é aquela que se tem acesso a todos os

indivíduos da amostra e que esse número seja diferente de zero. A

amostragem probabilística só é possível quando o universo for finito.

Exemplo: Número de alunos de um curso é uma população finita e

representa um universo de pesquisa e o número de alunos de uma

determinada turma desse curso é a amostra e ambos são acessíveis, isto é:

podem ser atingidos, tocados, visualizados e mensurados.

As formas de se conseguir a amostragem probabilística são:

Page 72: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

72

o Amostragem casual simples ou aleatória – os elementos são sorteados

para compor essa amostra. Não se aponta uma característica dominante

para a composição da amostra casual simples ou aleatória;

o Amostragem sistemática – Quando se divide o universo de pesquisa em

grupos e de cada grupo, retira-se a amostra. Por exemplo: de cada dez

carros vendidos pela Concessionária FIAT da cidade de Passos, um é

designado para uma revisão geral na primeira semana de rodagem com

o novo proprietário;

o Amostragem por conglomerados – Quando o universo de pesquisa se

divide naturalmente em números menores que o todo. Nesse caso,

sorteia-se um número de amostra do conglomerado. Exemplo: Alunos

do Curso de Biomedicina da FESP que é composto por quatro turmas.

Cada turma é um conglomerado (parcela do todo). De cada

conglomerado, sorteia-se uma amostra que representa o todo;

o Amostra estratificada – Quando o universo apresenta conglomerados

diferenciados, constituindo-se os conglomerados em um universo. É o

caso de se estudar os eleitores do sexo feminino da cidade de Passos

ou de se definir uma faixa etária que determina um estrato da

população: eleitoras com idade entre 30 e 40 anos.

b) Amostragem não-probabilística – É empregada quando não é possível

determinar a amostra probabilística. Seguem alguns casos que são

classificados como amostragem não probabilística:

o Quando parte da população é inacessível – o que obriga o pesquisador

a coletar amostra da parte do universo acessível. Um bom exemplo

disso são as previsões de casos de dengue em um local em função do

ocorrido no ano passado. Note que se trabalha sobre algo que pode vir

a acontecer. Outro exemplo é quantificar o número de recém-nascidos

em um período de tempo, por exemplo, entre os dias 1 e 30 do mês de

dezembro sendo que estamos ainda em meados desse mês. Nesse

caso, sabemos que o número de bebês nascidos até o dia 15 de

dezembro, mas não sabemos quantos vão nascer vivos até o dia 30

deste mês. Nesse caso, os bebês que ainda irão nascer é uma amostra

hipotética;

Page 73: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

73

o Amostragem sem normas de escolha ou amostragem a esmo – é uma

amostragem aleatória, contudo sem realizar sorteio. É o caso de um

pesquisador fazer perguntas a todas as pessoas que entram em um

consultório médico em um determinado dia da semana. Outro exemplo é

a verificação da qualidade de dez carros em um lote de cem carros,

escolhidos aleatoriamente, sem nenhum tipo de sorteio em que são

definidas regras para executá-lo;

o Amostragem quando a população é composta por material contínuo –

Isso ocorre quando a população for líquida ou gasosa. Nesse caso,

divide-se essa população em partes e utiliza uma como amostra.

Exemplo: testagem da qualidade da água de um manancial qualquer ou

da qualidade do ar de uma determinada cidade;

o Amostragem intencional – Quando o pesquisador escolhe entre todos os

elementos do universo de pesquisa alguns que representam mais

significativamente uma população estudada. Um exemplo: analisam-se

as Drags Queens de um grupo de homossexuais, por elas terem

elementos mais representativos desse universo de pesquisa.

É fundamental perceber que toda amostra, por ser amostra, contém em si uma

margem de erro. A margem de erro é a probabilidade da amostra não corresponder à

realidade em até 100%.

A amostra, na maioria das vezes, é parte do todo e o pesquisador,

deliberadamente, define essa parte do todo como amostra, pela impossibilidade de

pesquisar todo o universo.

Por exemplo, em uma pesquisa de campo, definiu-se pesquisar somente 10%

do eleitorado masculino da cidade de Passos. Se a pesquisa se estendesse a 100%

desse eleitorado, não se teria erro algum no resultado. Mas, como a pesquisa foi

realizada com parcela do universo, o erro surge e quanto menor é a amostra, maior é

o erro.

Determina-se o termo margem de erro à variação para mais ou para menos no

percentual conseguido com a amostra. O quadro que segue mostra como se calcula

as margens de erro em quantificações diferenciadas do universo de pesquisa.

Page 74: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Para conhecer mais consulte o Capítulo 2 (Amostragem) do livro:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.891M313t2006.

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AULA 11 – Instrumentos de pesquisa e levantamento de dados – complementos

da pesquisa de campo

Os instrumentos de pesquisa para levantamentos de dados numéricos são

elementos típicos da pesquisa quantitativa. No entanto, o levantamento de dados se

aplica também a pesquisas qualitativas, é o caso das pesquisas bibliográficas – uma

das formas de coleta de dados – que levanta aspectos do pensamento de autores a

respeito de um determinado assunto/tema de pesquisa.

A coleta de dados é um tipo de observação que o pesquisador faz sobre o

sujeito ou evento pesquisado e a isso se dá o nome de técnicas de pesquisa.

As técnicas de pesquisa podem ser:

1) Uso de documentação indireta – “É a fase da pesquisa que se realiza com

o intuito de colher informações prévias sobre o campo de interesse do

pesquisador.” (MARCONI e LAKATOS, 2006, p. 62). Isso não quer dizer que

são dados que dizem respeito direto ao objeto de pesquisa.

Nesta fase o pesquisador seleciona os tipos de fontes que serão utilizadas na

pesquisa. Esses tipos de fontes são:

o Fontes primárias – documentos. As pesquisas realizadas em fontes

primárias são denominadas de pesquisa documental.

A pesquisa documental é restrita a documentos escritos. Esses documentos

podem ser manuscritos ou impressos em meios não oficiais e um bom exemplo disso,

são atas e documentos com registros do dia a dia de uma empresa qualquer.

As fontes primárias podem ser de duas naturezas: contemporâneas e do

passado. Ambas são compostas de documentos de arquivos públicos, estatísticas

(censos), documentos de arquivos privados, cartas e contratos e retrospectivas,

compostas por diários pessoais, autobiografias, relatos de visitas a instituições e

relatos de viagens.

As fontes primárias podem ser caracterizadas também como fontes elaboradas

pelo próprio autor da pesquisa. Neste caso, são anotações e observações sobre

aspectos relacionados àquilo que se está pesquisando.

o Fontes secundárias – são formadas pelas bibliografias, termo que

generaliza os textos que estudam uma determinada área do

conhecimento.

Page 77: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

77

2) Observação direta intensiva – é sempre realizada através do uso de duas

técnicas: a observação e a entrevista. (MARCONI e LAKATOS, 2006).

a) Observação – a observação não é apenas ver ou sentir ou ouvir, mas poder

ser também manuseio e exame do fato ou fenômeno que se quer estudar. A

observação é uma técnica por excelência da Antropologia, ciência que permeia

praticamente todas as outras áreas do conhecimento humano, uma vez que ela

define aspectos culturais inerentes a qualquer civilização.

Observar significa desvendar aspectos culturais que estão incorporados em um

povo sem que ele perceba que eles existem. No entanto, a observação é científica

quando é necessária para uma etapa do trabalho de pesquisa que está sendo

desenvolvido, quando é planejada e quando são registrados de forma impessoal os

resultados dessa observação.

A observação pode ser de realizada de várias formas. As principais são:

Observação assistemática ou não estruturada – Segundo Marconi e

Lakatos (2006) é também conhecida como espontânea, informal, ordinária,

ocasional, entre outros, é aquela que o pesquisador colhe dados do fato ou

fenômeno que está em estudo sem utilizar meios técnicos ou perguntas

diretas. Ele só observa e tira suas conclusões;

Observação sistemática ou estruturada – neste tipo de observação o

pesquisador sabe o que está procurando e podem ser utilizados vários tipos

de anotações para a coleta de dados;

Observação participante – o pesquisador se infiltra no fato ou fenômeno a

ser pesquisado e, não raras vezes, até influencia no desenrolar do

acontecimento. Na observação participante o pesquisador chega até ao fato

ou fenômeno sabendo o que ele quer pesquisar. A observação participante

pode ser de duas naturezas: observação participante natural quando o

pesquisador pertence ao grupo que investiga e observação participante

artificial quando o pesquisador não pertence ao grupo, mas integra-se a ele;

Entrevista – A entrevista é assunto para uma aula exclusiva. (Aula 12);

Observação direta extensiva – É aplicada por meio de questionários que é

também assunto para uma aula exclusiva. (Aula12);

Pesquisa bibliográfica – “A pesquisa bibliográfica, ou fontes secundárias,

abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo,

Page 78: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

78

desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,

monografias, teses, material cartográfico, etc., até meios de comunicação

orais: rádio, gravações em fitas magnéticas e audiovisuais: filmes e

televisão. (...).” (MARCONI e LAKATOS, 2006, p. 71).

A pesquisa bibliográfica permite ao pesquisador selecionar fontes adequadas

àquilo que ele está pesquisando e coerente uma com as outras, o que possibilita ao

pesquisador manter um rumo determinado de pesquisa, sem a contradição de autores

que pesquisaram o mesmo assunto/tema, mas deram opinião diferente da linha de

pesquisa adotada.

Pesquisa direta – É o levantamento de dados no próprio local de

acontecimento do evento. (MARCONI e LAKATOS, 2006).

A pesquisa direta pode ser de duas naturezas distintas:

a. Pesquisa de campo – quando o pesquisador coleta a informação

junto ao seu objeto de pesquisa. Neste caso, o pesquisador faz

anotações do que está sendo observado ou aplica instrumentos

de pesquisa para levantamento de dados;

b. Pesquisa bibliográfica – quando o pesquisador coleta dados

empíricos ou teóricos diretamente de fontes escritas.

Para conhecer mais consulte o Capítulo 2 (Amostragem) do livro:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.891M313t2006.

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AULA 12 - Instrumentos de pesquisa e levantamento de dados

1 – Entrevista

A entrevista é o instrumento de coleta de dados que não pode ser delegado a

pessoas que não são os pesquisadores que desenvolvem o trabalho e necessitam

dos dados que são colhidos por esta técnica. É também um instrumento de coleta de

dados que só se realiza entre o pesquisador e o entrevistado. Portanto, é um

instrumento de pesquisa que só pode ser aplicado a uma única pessoa ou grupo de

pessoas que representa uma entidade, como por exemplo, um grupo musical.

A entrevista colhe aspectos antropológicos (culturais) do entrevistado e serve

para o pesquisador demonstrar comportamentos ou formas de pensar sobre um

determinado ângulo da pesquisa que está sendo realizada. É um instrumento que

colhe informações e impressões pessoais que podem destoar dos dados colhidos na

pesquisa bibliográfica que caracteriza a teoria.

A realização de uma entrevista apresenta como objetivo principal a coleta de

informações de cunho pessoal do entrevistado sobre determinado assunto ou

problema sobre o qual se está desenvolvendo uma pesquisa.

Quanto ao conteúdo, os objetivos da entrevista variam e podem ser:

Checar fatos – confirmar que as pessoas têm informações precisas sobre

determinados fotos ou acontecimentos;

Saber o que as pessoas pensam sobre determinado fato ou acontecimento;

Conhecer a conduta de pessoas no que diz respeito a algum fato ou

acontecimento. Nesse item, procura-se com a entrevista conhecer os

sentimentos e vontades das pessoas;

Definir linhas de condutas através do posicionamento do entrevistado sobre

determinados assuntos. Saber como ele agiria em determinadas situações.

Neste caso, observam-se padrões éticos do entrevistado;

Saber a conduta da pessoa no futuro mediante a experiência do passado. O

que se aprendeu com o passado, serve de base para programar ações no

futuro;

Saber quais fatores influenciam a opiniões, condutas e sentimentos do futuro.

As entrevistas, basicamente, são de dois tipos que variam de acordo com os

objetivos do entrevistador. São eles:

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Entrevista padronizada ou estruturada – o entrevistador elabora uma série de

perguntas ou estabelece um roteiro de perguntas que será aplicado a um

entrevistado. Neste caso, a mesma entrevista pode ser aplicada a mais de um

entrevistado para que o entrevistador possa comparar respostas. Um bom

exemplo desse tipo de entrevista são as chamadas Páginas Amarelas da

Revista Veja;

Entrevista despadronizada ou não estruturada – o entrevistador sabe o que

quer do entrevistado e, nesse caso, elabora somente uma pergunta inicial para

começar um diálogo que será direcionado de acordo com o interesse do

pesquisador. É uma conversa informal, o que deixa o entrevistado mais à

vontade para dar respostas mais descontraídas.

As entrevistas não estruturadas, de acordo com a sua utilização, podem ser de

três formas diferentes:

Entrevista não estruturada focalizada – o entrevistador anota tópicos a serem

abordados ao longo da entrevista. Um bom exemplo desse tipo de entrevista

são as entrevistas apresentadas no programa de televisão do Jô Soares. Pode-

se observar que de vez em quando ele recorre aos lembretes que estão à sua

frente para dar continuidade à conversa com seu entrevistado;

Entrevista não estruturada clínica – analisa a conduta e os sentimentos de

pessoas que estão sendo entrevistadas. Nesse tipo de entrevista, pergunta-se

a opinião pessoal do entrevistado sobre aquilo que é o foco da entrevista. São

exemplos desse tipo de entrevista, as reportagens feitas para televisão onde o

repórter faz seu trabalho de pé, junto ao entrevistado;

Entrevista não estruturada não dirigida – caracteriza-se, sobretudo, pela

informalidade. É o que se chama vulgarmente de “bate-papo”. O entrevistador

inicia a conversa e a deixa fluir de acordo com a vontade e disposição do

entrevistado;

Entrevista tipo painel – o painel é a repetição de uma mesma série de

perguntas a um mesmo entrevistado em dias diferentes. Esse recurso serve

para checar de forma definitiva uma opinião de alguém.

As entrevistas estruturadas podem ser entregues ao entrevistado para que ele

responda as perguntas de forma isolada. Isto é: ele leva as perguntas para onde ele

quiser e dá as suas respostas sem a presença do entrevistador.

Page 82: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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As entrevistas não estruturadas necessitam de aparato tecnológico para a sua

coleta, pois elas necessitam ser gravadas via gravador ou filmagem.

É importante observar que nas entrevistas não estruturadas, onde o

entrevistador está frente a frente com o entrevistado, as reações físicas do

entrevistado é outra fonte de observação.

Às vezes, aquilo que ele não falou com palavras pode ser observado pelos

gestos que ele fez ao dar suas respostas. Uma abaixada de olhos, um sorriso, um

jogo de ombros, um abanar de mãos, muxoxos podem ser dados interessantes que,

traduzidos em palavras pelo entrevistador, dão outro sentido à fala do entrevistado.

Para conhecer mais consultar Capítulo 8 (Metodologia Qualitativa) item 8.6 (Entrevista) do livro:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2004.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.8L192m2004.

2 – Questionário

O questionário é um instrumento de coleta de dados de aplicação coletiva. Não

existe questionário aplicado a uma só pessoa. (Quando um determinado tipo de

questionário – questionário aberto – é aplicado a uma só pessoa, trata-se da técnica

de entrevista estruturada).

O questionário é uma série de perguntas ordenadas e ele deve ser respondido

sem a presença do pesquisador. Normalmente, quando da aplicação de um

questionário por parte de alunos, a instituição de ensino deve endereçar uma carta de

apresentação do aluno ao pesquisado, tornando assim oficial a pesquisa.

O pesquisador deve entregar o questionário e estabelecer junto ao pesquisado,

um tempo para o retorno desse instrumento de pesquisa já preenchido. É conveniente

lembrar que nem todos os questionários aplicados à amostra são retornados. Neste

caso, deve-se computar a abstenção e para efeito de cálculos, considerar como 100%

somente os questionários retornados.

Um exemplo: foi determinada uma amostra de 50 pessoas de uma determinada

população. Para essas 50 pessoas foram distribuídos um questionário para cada

uma, dando um prazo de 2 dias para o retorno dos questionários respondidos. Ao fim

Page 83: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

83

desse prazo, somente 40 pessoas retornaram. Isso quer dizer que 20% dos

pesquisados de abstiveram de responder. A partir da posse dos questionários

respondidos – 40 retornados – os cálculos percentuais devem ser feitos sobre esses

retornados, o que passa a equivaler 100%.

Após a aplicação de um questionário, o pesquisador tabula os resultados e dá

tratamento matemático a esses resultados para que eles possam ser expressos em

percentuais que podem ser visualmente demonstrados através de quadro, tabelas ou

gráficos.

A tabulação de resultados é a contagem das respostas dadas pelos

pesquisados a uma mesma alternativa de uma pergunta do questionário que foi

aplicado. Depois de tabulados os resultados, verifica-se o percentual obtido por cada

alternativa de cada pergunta do questionário.

O questionário é um instrumento de pesquisa que é aplicado nos elementos da

amostra quando se trata de indivíduos humanos. Por exemplo, uma amostra é do tipo

intencional (Alunos da turma de 5º período do Curso de Administração de Empresas

sendo que o curso como um todo tem 8 turmas. Os alunos de 5º período é a amostra

e todos os alunos de todas as turmas do Curso de Administração é a população ou

universo de pesquisa) ou em um indivíduo que é responsável por uma amostragem

que representa um grupo que não se comunica por si mesmo, como por exemplo, a

análise que se faz da evolução de lagartas em uma plantação de soja.

O questionário é um instrumento de coleta de dados que tem os seguintes

objetivos:

Colher informações de campo junto ao seu objeto de pesquisa que,

normalmente complementam as informações teóricas exploradas pelo

pesquisador;

Conseguir informações adicionais sobre aquilo que está sendo pesquisado;

Checar as informações teóricas com o que realmente acontece na prática.

Existem três tipos básicos de questionário:

a) Questionário fechado, também conhecido questionário induzido, onde o

pesquisador faz uma pergunta e sugere respostas objetivas ao seu

pesquisado.

Exemplo:

Page 84: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

84

Pergunta número 1: Você como estudante de um dos cursos da FESP, avalia:

(a) – A FESP valoriza o aluno com a realização de eventos relacionados ao curso frequentado por ele.

(b) – A FESP direciona o atendimento ao aluno de acordo com a importância do curso frequentado por ele.

(c) – A FESP deixa a desejar no seu relacionamento com o aluno.

(d) – Nunca me preocupei em fazer esse tipo de análise.

b) Questionário misto quanto de tem perguntas com alternativas objetivas e uma ou

mais alternativas abertas onde o entrevistado pode expressar seu ponto de vista a

respeito daquilo que foi perguntado.

Exemplo:

Pergunta número 2: Você como estudante de um dos cursos da FESP, avalia:

(a) – A FESP valoriza o aluno com a realização de eventos relacionados ao curso frequentado por ele.

(b) – A FESP direciona o atendimento ao aluno de acordo com a importância do curso frequentado por ele.

(c) – A FESP deixa a desejar no seu relacionamento com o aluno.

(d) – Nunca me preocupei em fazer esse tipo de análise.

(d) – Outra opinião: ____________________________________________________

____________________________________________________________________

Atenção! No caso dos questionários mistos o pesquisador tem que

tabular os resultados das alternativas objetivas e criar uma tabela,

quadro ou gráfico desses resultados e criar outra tabela, quadro ou

gráfico do resultado da alternativa aberta. Isto é: o pesquisador tem

que categorizar os resultados da parte aberta do questionário.

A categorização dos resultados da parte aberta do questionário, nada

mais é que agrupar opiniões parecidas, limitando esse agrupamento a

um número de alternativas plausíveis para se montar uma tabela, por

exemplo, (no máximo 5 e no mínimo três categorias de respostas).

Page 85: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

85

As respostas abertas dos questionários mistos podem também ser

utilizadas em citações (falas do pesquisado) ao longo do texto do

relatório final do trabalho acadêmico.

c) Questionário aberto, quando o pesquisador elabora perguntas abertas e entrega

para seus pesquisados (a amostra) responder. Neste caso, o pesquisador tem que

categorizar todas as respostas para depois dar tratamento matemático para apurar

percentuais e a partir daí, montar tabelas, gráficos ou quadros.

Esse é o tipo de questionário que dá uma maior fidelidade às respostas do

pesquisado, pois o pesquisador não o induziu com respostas elaboradas por ele,

como no caso do questionário fechado (ou induzido).

Exemplo:

Pergunta número 1 (de uma série de perguntas abertas): Como você – aluno da

FESP – avalia o curso que frequenta? _____________________________________

_____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Neste caso, uma observação de ordem prática se faz necessário: quanto mais

linhas você como pesquisador colocar para que seu pesquisado responda aquilo que

foi perguntado, mais longa será sua resposta, o que pode complicar no momento de

você fazer a categorização das respostas. Por isso, sugere-se que sejam deixadas no

máximo duas linhas, o que limita o tamanho da resposta e dá objetividade no

conteúdo daquilo que foi respondido.

Exemplo de montagem de uma tabela:

Tomando como exemplo o questionário fechado ou induzido proposto acima:

Pergunta número 1: Você como estudante de um dos cursos da FESP, avalia:

(a) – A FESP valoriza o aluno com a realização de eventos relacionados ao curso frequentado por ele.

(b) – A FESP direciona o atendimento ao aluno de acordo com a importância do curso frequentado por ele.

(c) – A FESP deixa a desejar no seu relacionamento com o aluno.

Page 86: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

86

(d) – Nunca me preocupei em fazer esse tipo de análise.

Supondo que o questionário foi aplicado a alunos da turma de 5º período do

Curso de Administração de Empresas sendo que o curso como um todo tem 8 turmas.

Os alunos de 5º período é a amostra e todos os alunos de todas as turmas do Curso

de Administração é a população ou universo de pesquisa. Dessa forma tem-se que:

População pesquisada – todos os alunos matriculados nas 8 turmas do Cursos

de Administração da FESP;

Amostra – alunos do 5º período do Curso de Administração da FESP que

fizeram matrícula até o dia 20 de fevereiro em um total de 50 alunos.

Ao tabular as respostas o pesquisador verificou os seguintes resultados:

Alternativa (a) – 05 respostas, o que equivale a 10,0% de questionários retornados –

4º lugar

Alternativa (b) – 10 respostas, o que equivale a 20,0% do total de questionários

retornados – 3º lugar

Alternativa (c) – 22 respostas, o que equivale a 44,0% do total de questionários

retornados – 1º lugar

Alternativa (d) – 13 respostas, o que equivale a 26,0% do total de questionários

aplicados – 2º lugar

Observe que os resultados estão desordenados e seria conveniente lançá-los

em uma tabela em ordem do maior para o menor valor, como está em destaque na

ordenação desses valores na tabulação acima. Que fique claro: esse procedimento

não é uma obrigatoriedade. É somente para que se imprima na tabela (nesse caso, o

que está sendo feito é tabela) um sentido de ordem do maior para o menor, o que

facilita sua análise.

Na montagem da tabela, convém lembrar também, que o IBGE tem normas

específicas para elaboração de tabelas (Normas de Apresentação Tabular do IBGE).

A demonstração visual da tabela montada com os dados acima é a seguinte:

Page 87: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

87

TABELA 1: Você como estudante de um dos cursos da FESP, avalia:1

PROPOSTA FREQUÊNCIA %2

A FESP deixa a desejar no seu relacionamento com o aluno

22 44,0

Nunca me preocupei em fazer esse tipo de análise 13 26,0

A FESP direciona o atendimento ao aluno de acordo com a importância do curso frequentado por ele

10 20,0

A FESP valoriza o aluno com a realização de eventos relacionados ao curso frequentado por ele

5 10,0

TOTAL 50 100,03 FONTE: Alunos dos 2º períodos de todos os cursos da FESP que fizeram matrícula no dia 20 de fevereiro de 2012. Pesquisa aplicada em 20/02/2012.

4

É fundamental que após cada demonstração visual de resultados de pesquisa,

o pesquisador faça uma análise do resultado demonstrado, de acordo com o enfoque

da pesquisa ou de acordo com aquilo que ele esperava como resposta ao aplicar a

pesquisa.

Observar que a elaboração da tabela como um todo, em sua estética, deve ser

feita com espaço simples entre linhas e letra tamanho 12. Outra convenção estética

desejável é que as tabelas ocupem o espaço de margem a margem da folha em que

elas são impressas. No entanto, isso é somente convenção e não está previsto nas

normas de elaboração de tabelas do IBGE.

Por fim, as tabelas devem ter suas laterais esquerda e direita abertas, para

diferenciá-las de quadros.

1 Esta linha externa é chamada tecnicamente de topo e é onde vai o número e título da tabela. Por

convenção, o termo Tabela 1 vai em caixa alta e negritos. O texto ali escrito não pode mais ser em forma de pergunta porque a pesquisa já foi aplicada e o que se demonstra em uma tabela são os resultados dessa pesquisa. Nesta linha não se tem abreviaturas de palavras. 2 Espaço superior do centro da tabela destinado à indicação do conteúdo das colunas. Não se tem uma

nomenclatura definitiva para nominar as colunas. Isso depende da temática das perguntas. O mais usual e que serve de maneira generalizada é a forma que está demonstrada na tabela acima. Para seguir um padrão, estes termos devem ser grafados em caixa alta e negritos. Observe que se colocar o símbolo de porcentagem (%) na última coluna a expressão numérica não é acompanhada pelo símbolo. 3 Centro – espaço central da tabela que é destinado às propostas de alternativas existentes no

questionário e às demonstrações numéricas. A última linha do centro da tabela é destinada aos totais que facilitam a interpretação dos dados ali expressos e, também por convenção, deve ser grafada em caixa alta e negritos. 4 Roda pé – espaço destinado à identificação da fonte onde foram colhidos os dados. No caso é a

amostra. O termo fonte deve ser grafado em caixa alta e negritos e o texto que identifica essa fonte deve ser grafado em caixa mista sem negritos. Todo o roda pé é grafado em letra tamanho 10.

Page 88: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

88

Enquanto nas tabelas são colocados dados colhidos através de instrumento de

coleta de dados elaborado pelo pesquisador, nos quadros colocam-se dados já

existentes, como por exemplo, o número de carros vendidos pelas concessionárias da

cidade de Passos – MG. Observa-se neste caso que estes são dados que não foram

criados pelo pesquisador. O pesquisador só os recolheu e trabalhou

matematicamente seus resultados, dando-lhes percentuais.

Os dados trabalhados em tabelas podem também ser colocados em gráficos.

Sugere-se cuidado ao usar gráficos, pois estes necessitam de legenda e de textos

curtos e claros para a interpretação de cada elemento ali demonstrado.

GRÁFICO 1: Você, como estudante da FESP, avalia FONTE: Alunos dos 2º períodos de todos os cursos da FESP que fizeram matrícula no dia 20 de fevereiro de 2012. Pesquisa aplicada em 20/02/2012

As chamadas perguntas dicotômicas – aquelas que dão limitação ao

pesquisado – que têm respostas que oscilam entre o “sim” e o “não”, não é alternativa

aconselhável de questionário, pois simplifica demais as conclusões que se pode tirar

daí, além de indicar um percentual elevado (50,0% para cada alternativa). Quando se

acrescenta o “Não sei”, o questionário passa a ser tricotômico e é igualmente

limitativo nas conclusões.

Page 89: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

89

3 - Formulário

O formulário é um questionário aplicado diretamente ao entrevistado. Neste

caso, o pesquisador elabora as perguntas, entrega ao pesquisado e espera a entrega

do questionário preenchido. Normalmente, o pesquisador anota de próprio punho as

respostas dadas pelo pesquisado.

Para Marconi e Lakatos (2006) o formulário tem como característica principal o

contato face a face entre pesquisador e pesquisado.

O formulário é local ideal para que se coloque perguntas de natureza

socioeconômicas, como por exemplo, faixa de renda salarial, se mora em casa

própria, alugada ou cedida, número de filhos, faixa etária, se tem eletrodomésticos,

quantos banheiros tem em casa, etc.

Para complementar conceitos e visualizar formas de montagem de tabelas, ver Normas de Apresentação Tabular do IBGE em: htpp://biblioteca.ibge.gov.br/visualização/monografias/GEBIS%RJnormastabular.pdf

4 – Pesquisa de laboratório

São realizadas com experimentos laboratoriais. É mais aplicada em áreas de

concentração de exatas que precisam de dados objetivos sobre a evolução de uma

experiência. Neste caso, os testes podem ser feitos usando o próprio experimento,

verificando a evolução daquilo que está sendo observado.

Para conhecer mais consulte o Capítulo 2 (Amostragem) e item 5.4.4. e subitens do livro:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.891M313t2006.

Page 90: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Anotações

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AULA 13 – Fichamentos e citações

1 – Fichamentos

Antes de iniciar a elaboração de um trabalho acadêmico, o pesquisador tem que

levantar juntamente com o orientador a bibliografia básica referente ao assunto/tema

de sua pesquisa. Essa seleção de obras e autores é importante, pois serve de base

para o chamado embasamento teórico de sua pesquisa.

O embasamento teórico é o estudo bibliográfico que deve ser feito para que se

conheça com mais profundidade a posição de vários autores sobre o assunto/tema

escolhido para pesquisar. É importante observar que os autores “brigam” entre si e que

o pesquisador deve perceber esta “briga” para não usar o pensamento de dois autores

antagonistas entre si, como base para a construção de seu trabalho acadêmico.

O embasamento teórico é uma fase obrigatória na construção de um trabalho

acadêmico. É ele que dá credibilidade ao texto final, imprimindo impressões, não só do

aluno, como também de autores consagrados que emitiram opiniões sobre um

determinado assunto/tema.

A partir da leitura destes autores e obras, o pesquisador deve fazer fichamentos

que vão ser úteis durante o ato de escrever o texto final do TCC.

O que são os fichamentos? Tecnicamente, os fichamentos são a montagem de

um acervo de parágrafos retirados na íntegra dos livros usados no embasamento

teórico e que servirão como citações ao longo do texto. A escolha desses parágrafos é

feita a partir da afinidade que eles têm com o assunto/tema de pesquisa.

A seguir, são apresentadas algumas regras para se fazer fichamentos:

a) Escolha do texto – a partir do assunto/tema a ser pesquisado, define-se a área de

concentração da pesquisa e a partir disso, escolhe-se também os autores e obras que

possam contribuir com teoria para a elaboração do relatório final;

b) Delimitação da unidade de leitura (não ler a obra toda de uma só vez) – nem sempre

um livro inteiro interessa ao pesquisador como fonte para citações ao longo de seu

trabalho. Neste caso, o pesquisador deve observar no sumário desse livro, os títulos de

capítulos que mais se identificam com o assunto/tema que está sendo pesquisado e

fazer o fichamento somente daquilo que interessa. Portanto, não é necessária a leitura

do livro como um todo. Basta ler só o capítulo ou capítulos que mais interessam;

Page 92: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

92

c) Faça uma primeira leitura destacando o que você desconhece (palavras, termos,

ideias, etc.). Essa leitura se faz necessária para que o pesquisador tenha contato com

as ideias do autor e certificar se elas têm afinidade com a sua pesquisa;

d) Procure conhecer tudo que é desconhecido para que você tenha compreensão do

que é necessário ou não, ao seu trabalho (esclarecimentos).

Depois de tomar esses cuidados de leitura onde o pesquisador certificou a

utilidade daquilo que ele selecionou para servir de embasamento teórico de seu

trabalho, ele deve iniciar o fichamento.

Existem várias formas de fazer fichamentos. Algumas delas não são

recomendáveis, uma vez que danificam o livro. É o caso de usar marcador de texto ou

sublinhar as partes do livro que possivelmente serão usadas como citações no relatório

final.

A forma mais adequada de se fazer fichamentos é a adoção de um caderno de

fichamentos que consiste em se adotar um bloco de anotações e copiar o parágrafo

para esse bloco (ou caderno) anotando alguns detalhes como descrito a seguir:

1) Anote em um caderno que será de uso exclusivo para anotações dos

fichamentos que serão feitos por você, os dados técnicos referentes à obra

escolhida como referencial teórico de sua monografia. Esses dados técnicos

são: nome do autor, nome da obra, edição da obra que se tem em mãos, cidade

onde se localiza a editora, nome da editora e ano de publicação;

2) Ao realizar a primeira leitura, o monografista deve ir anotando palavras-chave do

texto que está sendo lido e que se identifiquem com a ideia do tema escolhido

pelo monografista. Com isto, ele cria um referencial de termos que o auxiliarão

na localização dos parágrafos lidos o que facilitará o trabalho de fichamento;

3) Para o fichamento usando o texto como encontrado na obra referenciada, o

aluno tem que tomar as seguintes providências:

a) após leitura atenciosa e da escolha da ideia do autor que sirva de base à

sua, destaque o parágrafo ou parte do parágrafo, copiando no caderno de

fichamentos e anotando a página em que pode ser localizado dentro

desta obra. Este tipo de fichamento recebe o nome de cópia direta ou

cópia ipsis literis;

Page 93: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

93

b) após leitura atenciosa e da escolha da ideia do autor que sirva de base à sua,

destaque o parágrafo e o transcreva para seu caderno de fichamentos, anotando

a página em que pode ser localizado nesta obra;

c) logo abaixo da cópia na íntegra do parágrafo, interprete-o colocando o que

você entendeu da ideia do autor. Este tipo de fichamento recebe o nome de

leitura analítica ou leitura interpretativa da ideia do autor e se constitui

também em um tipo de fichamento que quando citado ao longo do texto recebe

o nome de citação interpretativa ou paráfrase;

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Não usar um autor de forma exaustiva,

repetidas vezes. Procure intercalar autores diferentes como citações ao

longo do relatório final do trabalho acadêmico.

d) além dos livros e das obras gerais relacionadas ao assunto/tema escolhido

pelo aluno para desenvolver como TCC, devem ser lidos também jornais,

revistas e qualquer tipo de publicação que tenha um relacionamento com o que

foi escolhido para ser estudado e fazer fichamentos também dessas outras

fontes. Neste caso, o aluno deve fazer o fichamento de tudo que foi lido, não

esquecendo de identificar os dados técnicos da obra lida, para que ele tenha

validade como citação técnica dentro do corpo do texto.

De posse de um acervo de parágrafos relacionados ao assunto/tema que está

sendo pesquisado, inicia-se a elaboração do texto do relatório de pesquisa onde o

pesquisador vai inserir parágrafos como citações.

Para conhecer mais consultar Capítulo 3 (Técnicas de pesquisa), item 3.2, subitem 3.2.1.4 (Fichamento) do livro:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006.

Número de chamada na Biblioteca da FESP: 001.891M313t2006.

2 – Citações

As citações podem ser de duas formas: citações diretas e citações indiretas.

Page 94: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

94

a) Citações diretas – são as chamadas cópias diretas, cópias reais ou ainda de ipsis

literis, expressão latina que significa cópia idêntica ao original. As citações diretas

podem ser lançadas no texto de duas formas:

Citação direta ao longo do texto, quando tem até três (3) linhas. Neste caso, a

citação deve ser escrita entre aspas duplas, citando autor, ano de publicação da

obra e página do livro onde se encontra o texto original.

Exemplo de citação ao longo do texto:

No que diz respeito à observação da realidade, Marconi e Lakatos afirmam

“Normalmente, as observações são feitas no ambiente real, registrando se os dados à

medida que forem ocorrendo, espontaneamente, sem a devida preparação.” (2006, p.

92).

Percebe-se que nesta citação, os autores foram citados antes da citação. A isso

se dá o nome de contextualização de autor. A mesma citação poderia ser construída

sem a contextualização de autor. Dessa forma, essa citação ficaria assim:

“No que diz respeito a observação da realidade “Normalmente, as observações são

feitas no ambiente real, registrando se os dados à medida que forem ocorrendo,

espontaneamente, sem a devida preparação.” (MARCONI e LAKATOS, 2006, p. 92).

Ao analisar esta duas formas de fazer citação, percebe-se que com os autores

contextualizados, seus últimos sobrenomes são grafados em caixa mista e quando não

são contextualizados, os nomes dos autores vêm dentro de parênteses, em caixa alta,

seguido de ano de publicação e a página onde se encontra o parágrafo na obra

consultada.

Citações diretas com mais de três linhas – devem ser lançadas no texto com

recuo lateral esquerdo, a partir da margem esquerda, de 4 centímetros. O texto

é grafado com espaço simples, letra tamanho 10, podendo o autor ser

contextualizado ou não.

Se o autor for contextualizado, ou seja, seu nome está fora da citação, ele é

grafado em caixa mista, letra 12 (o mesmo tamanho da letra do corpo do texto). Segue

um exemplo;

Page 95: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Para Cervo; Bervian e Da Silva

Cada ciência ou área de conhecimento em particular possui um vocabulário técnico específico que precisa ser de domínio comum de seus praticantes. Poucas ciências, entretanto, conseguem ou podem construir vocábulos e conceitos originais, sendo necessário que eles invadam o campo semântico de outras ciências, ocorrendo a migração de conceitos ou a apropriação de conceitos de uma outra ciência. (2007, p. 19).

---------------------------------

Recuo de 4 centímetros

Percebe-se nesta citação que os autores foram contextualizados, portanto,

grafados em caixa mista e com letra 12 (tamanho de letra do corpo do texto). Ao fim da

citação coloca-se o ano de publicação e a página onde se encontra o texto no original.

Essa mesma citação poderia ser lançada sem a contextualização dos autores

(ou do autor, quando for um só). Neste caso, a citação fica da seguinte forma:

Cada ciência ou área de conhecimento em particular possui um vocabulário

técnico específico que precisa ser de domínio comum de seus praticantes.

Poucas ciências, entretanto, conseguem ou podem construir vocábulos e

conceitos originais, sendo necessário que eles invadam o campo semântico de

outras ciências, ocorrendo a migração de conceitos ou a apropriação de

conceitos de uma outra ciência. (CERVO; BERVIAN e DA SILVA, 2007, p. 19).

Percebe-se nesta citação que os autores foram citados ao fim, dentro de

parênteses e em caixa alta, seguido de ano de publicação e número da página.

b) Citações indiretas, ou interpretativas ou paráfrases

Essa é uma variação de citação onde o pesquisador interpreta o pensamento de

um autor e o coloca com as suas próprias palavras.

Segue um exemplo:

Entendendo o pensamento de Freire (1990), a escola tem de considerar a

individualidade de cada aluno e considerar também o seu universo particular na hora

da transmissão de aprendizagens.

Neste caso, não são necessários recuos e nem aspas. Percebe-se ainda que o

autor foi contextualizado, por isso seu nome foi escrito em caixa mista seguido da data

de publicação da obra entre parênteses. Neste caso também, não se coloca número de

página.

A mesma citação poderia não contextualizar o nome do autor.

Page 96: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

96

Neste caso, fica assim:

A escola tem de considerar a individualidade de cada aluno e considerar também o seu

universo particular na hora da transmissão de aprendizagens. (FREIRE, 1990).

c) Supressões de parte de parágrafos citados

Quando os parágrafos forem muito longos e o seu todo não interessa para o

pesquisador, pode-se fazer supressões que é a retirada de parte do parágrafo, sem

que haja perda de sentido para o restante que fica.

As supressões de parte de parágrafos é um artifício usado quando se quer

selecionar somente a ideia aproveitável para o assunto/tema que serve de base para

o desenvolvimento do relatório final do trabalho de conclusão de curso.

As supressões são demonstradas colocando-se no lugar da parte do parágrafo

suprimida reticências entre parênteses (...).

Existem quatro formas de se fazer supressão de parte de parágrafos. São elas:

1. Supressão inicial – quanto elimina-se a parte inicial do parágrafo, seja em

citações com recuo ou em citações ao longo do texto.

Exemplo:

Para o seguinte parágrafo, retirado do livro Os Demônios Descem do Norte, de

autoria de Délcio Monteiro de Lima (Rio de Janeiro, Francisco Alves Editora S. A.,

1991):

Seria ingênuo, para não dizer absurdo, raciocinar com a hipótese da existência de um

plano ordenado com objetivos políticos para conseguir uma modificação imediata no

quadro religioso brasileiro. Uma trama desse tipo se enquadraria na temporalidade

das coisas. As ideologias não parecem interessadas em coordenadas de

sedimentação tão futura que requeira séculos para apresentar resultados práticos.

Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem

os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais

que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. É cômodo e fácil. O

comprometimento é mínimo. Os investimentos são relativamente baixos nesses casos

e os frutos compensadores a curto prazo. (LIMA, 1991, p. 9).

Page 97: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

97

A supressão inicial pode ocorrer até o ponto final de uma frase, como no

exemplo a seguir:

(...). Uma trama desse tipo se enquadraria na temporalidade das coisas. As ideologias não parecem interessadas em coordenadas de sedimentação tão futura que requeira séculos para apresentar resultados práticos. Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. É cômodo e fácil. O comprometimento é mínimo. Os investimentos são relativamente baixos nesses casos e os frutos compensadores a curto prazo. (LIMA, 1991, p. 9).

Percebe-se pelo exemplo acima que o autor não foi contextualizado e seu

último sobrenome aparece no fim da citação, entre parênteses, em caixa alta, seguido

de ano de publicação e página.

Se contextualizar o autor da citação, seu último sobrenome vai em caixa mista

e ao fim da citação, entre parênteses, o ano de publicação e a página.

A supressão inicial pode ocorrer até a metade de uma frase, desde que o que

restou não fique sem sentido, como no exemplo a seguir:

(...) raciocinar com a hipótese da existência de um plano ordenado com objetivos políticos para conseguir uma modificação imediata no quadro religioso brasileiro. Uma trama desse tipo se enquadraria na temporalidade das coisas. As ideologias não parecem interessadas em coordenadas de sedimentação tão futura que requeira séculos para apresentar resultados práticos. Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. É cômodo e fácil. O comprometimento é mínimo. Os investimentos são relativamente baixos nesses casos e os frutos compensadores a curto prazo. (LIMA, 1991, p. 9).

2. Supressão intermediária – Quando elimina-se parte do meio do parágrafo,

sem perda da coerência da fala do autor, como no exemplo a seguir.

Seria ingênuo, para não dizer absurdo, raciocinar com a hipótese da existência de um plano ordenado com objetivos políticos para conseguir uma modificação imediata no quadro religioso brasileiro. (...). As ideologias não parecem interessadas em coordenadas de sedimentação tão futura que requeira séculos para apresentar resultados práticos. Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. É cômodo e fácil. O comprometimento é mínimo. Os investimentos são relativamente baixos nesses casos e os frutos compensadores a curto prazo. (LIMA, 1991, p. 9).

Page 98: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

98

A supressão intermediária pode ser realizada com maior frequência, isto é:

podem ser retiradas várias partes de um mesmo parágrafo, sem que se perca a

coerência da fala do autor, como no exemplo a seguir:

Seria ingênuo, para não dizer absurdo, raciocinar com a hipótese da existência de um plano ordenado com objetivos políticos para conseguir uma modificação imediata no quadro religioso brasileiro. (...). As ideologias não parecem interessadas em coordenadas de sedimentação tão futura que requeira séculos para apresentar resultados práticos. Mas não desprezam as oportunidades oferecidas (...) que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. (...). O comprometimento é mínimo. Os investimentos são relativamente baixos nesses casos e os frutos compensadores a curto prazo. (LIMA, 1991, p. 9).

Notar que as supressões intermediárias, quando ocorrem com uma frase

inteira, logo após a indicação de supressão (...), deve ser colocado o ponto final.

Quando a supressão for parte da frase, não é necessário pontuação a não ser aquela

já existente no texto, como a vírgula.

3. Supressão final – Quando elimina-se o final do parágrafo, sem que haja perda

de coerência da fala do autor, como no exemplo a seguir:

Seria ingênuo, para não dizer absurdo, raciocinar com a hipótese da existência de um plano ordenado com objetivos políticos para conseguir uma modificação imediata no quadro religioso brasileiro. Uma trama desse tipo se enquadraria na temporalidade das coisas. As ideologias não parecem interessadas em coordenadas de sedimentação tão futura que requeira séculos para apresentar resultados práticos. Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. (...). (LIMA, 1991, p. 9).

4. Supressão combinada – quando elimina-se ao mesmo tempo, partes iniciais

e intermediárias ou iniciais e finais ou intermediárias e finais ou as três formas

ao mesmo tempo, sem que haja perda da coerência da fala do autor, como nos

exemplos a seguir:

a) Inicial e de meio:

(...). Uma trama desse tipo se enquadraria na temporalidade das coisas. As ideologias não parecem interessadas em coordenadas de sedimentação tão futura que requeira séculos para apresentar resultados práticos. Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. (...). O comprometimento é mínimo. Os investimentos são relativamente

Page 99: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

99

baixos nesses casos e os frutos compensadores a curto prazo. (LIMA, 1991, p. 9).

b) Inicial e de fim:

(...). Uma trama desse tipo se enquadraria na temporalidade das coisas. As ideologias não parecem interessadas em coordenadas de sedimentação tão futura que requeira séculos para apresentar resultados práticos. Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. É cômodo e fácil. O comprometimento é mínimo. (...). (LIMA, 1991, p. 9).

c) De meio e de fim:

Seria ingênuo, para não dizer absurdo, raciocinar com a hipótese da existência de um plano ordenado com objetivos políticos para conseguir uma modificação imediata no quadro religioso brasileiro. Uma trama desse tipo se enquadraria na temporalidade das coisas. (...). Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. É cômodo e fácil. O comprometimento é mínimo. (...). (LIMA, 1991, p. 9).

d) Combinadas entre início, meio e fim:

(...) Uma trama desse tipo se enquadraria na temporalidade das coisas. (...). Mas não desprezam as oportunidades oferecidas pelos rumos naturais que assumem os movimentos sociais ou religiosos, nem deixam de aproveitar as brechas ocasionais que se abrem nas estruturas para infiltrar as mesmas ideologias. É cômodo e fácil. O comprometimento é mínimo. (...). (LIMA, 1991, p. 9).

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

O número de autores de uma mesma obra influencia na identificação

das citações da seguinte maneira:

Quando se tem um, dois ou três autores de uma mesma obra são

identificados todos eles na citação, podendo ser contextualizados ou

não, conforme já foi visto anteriormente.

Exemplo de citação com mais de três linhas (portanto, com recuo lateral

esquerdo a partir da margem esquerda de 4 centímetros) com um só autor

contextualizado:

Page 100: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

100

As Ciências Humanas e Sociais tem em Chizzotti um especialista neste assunto e ele

diz sobre o ato de observar:

As observações se detêm sobre alguns aspectos circunscritos a partir dos quais se apreende uma questão específica e a totalidade onde acontece a questão observada. Diferentes correntes de pesquisa trabalharam a observação como seu fundamento da pesquisa e elaboraram técnicas específicas de aplicação da observação sistemática. (2008, p. 16).

A partir desse mesmo exemplo, tem-se a citação com um só autor não

contextualizado.

As Ciências Humanas e Sociais constituem-se no principal parâmetro da observação.

As observações se detêm sobre alguns aspectos circunscritos a partir dos quais se apreende uma questão específica e a totalidade onde acontece a questão observada. Diferentes correntes de pesquisa trabalharam a observação como seu fundamento da pesquisa e elaboraram técnicas específicas de aplicação da observação sistemática. (CHIZZOTTI, 2008, p. 16).

Quando se tem dois autores, ambos são citados – contextualizados ou não.

Segue um exemplo de citação com dois autores contextualizados:

Para Acevedo e Nohara (2006, p. 85) “(...). Do ponto de vista do pesquisador, o

sistema de busca compartilha de mecanismos específicos para a localização daquilo

que é essencial para a pesquisa.”

Usando o mesmo exemplo, porém não contextualizando os autores, tem-se:

A respeito de sistemas de busca eficientes, “(...). Do ponto de vista do pesquisador, o

sistema de busca compartilha de mecanismos específicos para a localização daquilo

que é essencial para a pesquisa.” (ACEVEDO e NOHARA, 2006, p. 85).

Quando se tem três autores, os três são citados – contextualizados ou não.

Segue um exemplo de citação com três autores contextualizados:

Page 101: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

101

Pelo pensamento de Cervo; Bervian e Da Silva

A análise e a síntese racionais só podem ser feitas mentalmente. Empregam-

se principalmente na filosofia e na matemática. A análise é uma espécie de

indução: parte-se do particular, do complexo, para o princípio geral e mais

simples. A síntese é uma espécie de dedução; vai do mais simples ao mais

complexo. (2010, p. 35).

Segue um exemplo de citação com três autores não contextualizados:

Ao se fazer análises sobre situações reais, é fundamental que o pesquisador perceba

a diferença entre análise e síntese.

A análise e a síntese racionais só podem ser feitas mentalmente. Empregam-se principalmente na filosofia e na matemática. A análise é uma espécie de indução: parte-se do particular, do complexo, para o princípio geral e mais simples. A síntese é uma espécie de dedução; vai do mais simples ao mais complexo. (CERVO; BERVIAN e DA SILVA, 2010, p. 35).

Quando se tem uma obra escrita por mais de três autores, utiliza-se para a

identificação da citação somente o último sobrenome do primeiro autor que está na

capa do livro e a expressão et al, que significa “e outros autores”.

Segue um exemplo de citação com autores contextualizados. Os autores no

caso são: David Menezes Lobato, Jamil Moysés Filho, Maria Cândida Sotelino Torres

e Murilo Ramos Alambert Rodrigues que, em conjunto, escreveram o livro que tem a

referência bibliográfica a seguir:

LOBATO, David Menezes; MOYSÉS FILHO, Jamil; TORRES, Maria Cândida e RODRIGUES, Murilo Ramos. Estratégia de empresas. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.

E a citação com autor contextualizado é a seguinte:

Para Lobato et al (2009, p. 85) “A formação da estratégia é entendida como um

processo reativo: uma resposta aos desafios impostos pelo ambiente de negócios no

qual a organização está inserida. (...).”

Page 102: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

102

Segue exemplo de citação desses mesmos autores, porém não

contextualizados:

Estratégias são focos importantes para a ação do gestor. “A formação da

estratégia é entendida como um processo reativo: uma resposta aos desafios

impostos pelo ambiente de negócios no qual a organização está inserida. (...).”

(LOBATO et al, 2009, p. 85).

Para conhecer melhor, consultar a norma:

NBR 10520 – Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação. (ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2002).

Page 103: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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Anotações

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Page 104: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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AULA 14 – Referências bibliográficas

As referências bibliográficas ou somente referências é item obrigatório nos

escritos acadêmicos. A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas chama as

referências bibliográficas de Referência de Documentos.

Recomenda-se que o termo usado para identificar as fontes pesquisadas e citadas ao

longo do trabalho seja REFERÊNCIAS e não REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS,

pois o termo Referências inclui as fontes virtuais e quando é Referências

Bibliográficas está-se fazendo menção somente a obras impressas.

As referências são estritamente a relação de obras que foram citadas ao longo

do texto de um trabalho monográfico. Essa relação de obras ocupa as páginas

sequentes às páginas das Considerações Finais (ou Conclusão) do texto elaborado a

título de Trabalho de Conclusão de Curso.

As referências diferem do termo bibliografia. Enquanto as referências são obras

efetivamente citadas ao longo do texto, a bibliografia são obras lidas ou sugeridas,

mas não citadas ao longo do texto. Isso quer dizer que o pesquisador leu e aplicou

seus conhecimentos, mas não fez citações dessas obras lidas.

Observa-se, no entanto, que um trabalho acadêmico em que o autor, além das

referências (bibliográficas), citar uma relação bibliográfica (Bibliografia), esse autor

enriqueceu seu trabalho e valorizou-o sobremaneira.

As referências podem ser de material impresso como livros, revistas

especializadas, jornais e também de textos de arquivos virtuais. O que sai fora desse

contexto é chamado de fontes que podem ser manuscritos, atas das mais diversas

naturezas, cartas, bilhetes, quadros de pinturas, estátuas, etc.

Elabora-se referências bibliográficas de duas formas:

1) Referências bibliográficas completas – onde são observados todos os dados

referentes à obra como autor ou autores, título e subtítulo (se existir), tradução (se

existir), edição, cidade onde se localiza a editora, ano de publicação, quantidade de

páginas e ISBN (International Standard Book Number) que é um número exclusivo

para cada obra impressa no caso de livros e do ISSN (International Standard Serial

Number) no caso de revistas.

Page 105: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

105

Segue exemplo de montagem de referencia bibliográfica completa:

Para o livro que tem os seguintes dados:

- Autor: Michel Foucault

- Título: Vigiar e punir

- Subtítulo: História da violência nas prisões

- Tradutor: Raquel Ramalhete

- Edição: 19ª

- Cidade onde se localiza a editora: Petrópolis

- Nome da editora: Editora Vozes

- Ano de publicação: 1999

- Número do ISBN: 85.326.0508-7

- Número de páginas: 288.

A montagem da referência bibliográfica completa desse livro é a seguinte:

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: História da violência nas prisões. Tradução:

Raquel Ramalhete. 19. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1999. ISBN 85.326.0508-7. (288

p.).

A partir dessa referência, percebem-se os seguintes detalhes em sua

montagem:

O último sobrenome do autor vem em primeiro lugar, escrito em caixa alta,

seguido de vírgula e o restante do nome do autor em caixa mista seguido de

ponto;

O título principal é grafado em caixa mista e negrito seguido da pontuação

dada pelo autor e pelo subtítulo em caixa mista sem negrito. Após o subtítulo

coloca-se ponto. A verificação da pontuação dada pelo autor entre título e

subtítulo é feita pela ficha catalográfica do livro;

Depois do título e subtítulo coloca-se o nome do tradutor. Neste caso não se

tem uma regra para a grafia do termo tradutor. Pode ser “Tradutor” seguido por

dois pontos em seguida o nome do tradutor, pode ser “Tradução de” seguido

por dois pontos, pode ser também “Traduzido por” seguido por dois pontos e o

nome do tradutor;

Page 106: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

106

Depois de anotado o tradutor coloca-se a edição que se tem em mãos. Neste

caso, grafa-se a edição da seguinte forma: número arábico da edição seguido

de ponto e a abreviatura de edição – ed – seguida de ponto. Atentar que a

abreviatura de edição tem que ser em caixa baixa e que assim que você

termina de escrever a abreviatura ed seguida de ponto e que você der espaço,

essa abreviatura vai para caixa mista, sendo necessário, reverter para caixa

baixa;

Depois da edição coloca-se o nome da cidade onde se localiza a editora

seguida de dois pontos. Observe que não se coloca a sigla do estado onde a

cidade da editora se localiza. A sigla do estado só é colocada quando a cidade

tiver homônima, ou seja: outra cidade com o mesmo nome. Neste caso, coloca-

se a sigla do Estado para diferenciar uma cidade da outra;

Após a cidade, coloca-se o nome da editora (Editora Fulana de Tal) seguida de

vírgula;

Após a vírgula do nome da editora, coloca-se a data de publicação e ponto;

Após a data, coloca-se o ISBN e ponto;

E após o ISBN, entre parênteses o número de páginas seguido pela letra p em

caixa baixa seguida de ponto. Após os parênteses com o número de página,

encerra-se a referência bibliográfica com um ponto final.

Contudo, trabalha-se somente com o necessário na montagem de referências

bibliográficas. Neste caso, os elementos necessários são estes demonstrados abaixo:

- Autor: Michel Foucault

- Título: Vigiar e punir

- Subtítulo: História da violência nas prisões

- Edição: 19ª

- Cidade onde se localiza a editora: Petrópolis

- Nome da editora: Editora Vozes

- Ano de publicação: 1999

E a referência bibliográfica simplificada fica da seguinte maneira:

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: História da violência nas prisões. 19. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.

Page 107: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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A montagem de referenciais bibliográficos tem muitas particularidades que

serão detalhadas uma a uma a seguir.

a) Quando se tem somente um autor, tem-se que recolher os seguintes dados:

- nome do autor

- título e subtítulo

- edição

- cidade onde se localiza a editora

- nome da editora

- ano de publicação

Como exemplo, pode-se aproveitar a referência bibliográfica construída acima:

- autor: Michel Foucault

- Título: Vigiar e punir

- Subtítulo: História da violência nas prisões

- Edição: 19ª

- Cidade onde se localiza a editora: Petrópolis

- Nome da editora: Editora Vozes

- Ano de publicação: 1999

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: História da violência nas prisões. 19. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.

b) Quando se tem 2 autores, proceder como no exemplo que segue:

- nome dos autores: Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos

- título e subtítulo: Metodologia científica (neste caso não tem subtítulo).

- edição: 4ª edição

- cidade onde se localiza a editora: São Paulo

- nome da editora: Editora Atlas S. A.

- ano de publicação: 2004

A referência bibliográfica fica da seguinte maneira:

Page 108: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

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MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2004.

Observe que junto ao nome da editora tem-se a sigla S. A. Neste caso,

observar que existe a pontuação da sigla e que após a pontuação da sigla tem que

grafar a vírgula da regra de montagem de referências.

c) Quando se tem 3 autores, proceder como no exemplo que segue:

- nome dos autores: Amado L. Cervo; Pedro A. Bervian e Roberto Da Silva

- título e subtítulo: Metodologia científica

- edição: 6ª

- cidade onde se localiza a editora: São Paulo

- nome da editora: Editora Pearson

- ano de publicação: 2007

A referência bibliográfica fica da seguinte maneira:

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. e DA SILVA, Roberto. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Editora Pearson, 2007.

d) Se existirem mais de três (3) autores para uma mesma obra, pode-se referenciá-los

todos ou usar a expressão “et al” (e outros) como nos exemplos que seguem:

LOBATO, David Menezes; MOYSÉS FILHO, Jamil; TORRES, Maria Cândida Sotelino e RODRIGUES, Murilo Ramos Alambert. Estratégia de Empresas. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.

OU

LOBATO, David Menezes et al. Estratégia de Empresas. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.

Tomar cuidado quando tem um autor organizador ou autor coordenador. Isso

implica na existência de outros autores para capítulos específicos do livro.

Neste caso, tem-se que referenciar o autor do capítulo específico e não se

Page 109: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

109

esquecer de colocar na referência o autor coordenador/organizador e o título

geral do livro.

O exemplo que segue ilustra este caso:

A historiadora Circe Bittencourt organizou um livro que tem como título “O

saber histórico na sala de aula”. Este livro está organizado em capítulos sendo que

para cada um deles tem-se um autor diferente. Suponha-se que se está usando como

fonte de consulta um capítulo deste livro que é um texto que tem como título “História

e ensino: o tema do sistema de fábrica visto através de filmes”, cujo autor é o escritor

Carlos Alberto Visentini. Esse texto ocupa as páginas de 163 a 175. A 10ª edição

desse livro foi lançada no ano de 2010 (e é a edição que temos em mãos) pela

Editora Atlas S. A. sendo que esta editora se localiza na cidade de São Paulo.

Antes de fazer a referência seria prudente levantar os dados desse livro

começando pelo artigo que foi usado como fonte de pesquisa.

- Autor – Carlos Alberto Visentini

- Título do artigo utilizado como fonte – História e ensino: o tema do sistema de

fábrica visto através de filmes

- Páginas ocupadas por este artigo no livro – 163 a 175

- Autor organizador – Circe Bittencourt

- Título do livro - O saber histórico na sala de aula

- Edição – 10ª

- Cidade onde se localiza a editora – São Paulo

- Nome da editora – Editora Atlas S. A.

- Ano de publicação da edição que se tem em mãos – 2010

A referência para este caso fica da seguinte forma:

VESENTINI, Carlos Alberto. História e ensino: o tema do sistema de fábrica visto através de filmes in BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. 10. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2010. (p. 163 a 175).

Tem-se que analisar este tipo de referência com mais vagar. Observe os

seguintes passos existentes nesta referência:

a) Em primeiro lugar vem o nome de autor do capítulo que se usou como fonte de

pesquisa e o título e subtítulo do texto;

Page 110: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

110

b) Após executada essa parte coloca-se a partícula “in” que significa em “em”, “está

inserido em” e em seguida o nome do organizador/coordenador seguido entre

parênteses da abreviatura destes termos (o que foi definido pela editora e que está na

capa do livro) da seguinte maneira (Org.) ou (Coord.) abreviados e entre parênteses;

c) Depois do nome do organizador ou coordenador, coloca-se o título geral do livro

em negrito (seguido de subtítulo se existir, sem negrito);

d) Após essa etapa, coloca-se a edição, a cidade onde se encontra localizada a

editora, o nome da editora e o ano de publicação do livro;

e) Após essa etapa, coloca-se entre parênteses o espaço das páginas ocupadas por

este texto no geral do livro. Após os parênteses coloca-se ponto final;

Algumas particularidades ocorrem quando da elaboração de referências.

Atente para as seguintes referências já montadas:

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006.

______. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2004.

Note que a segunda referência é antecedida por um traço. Este traço é

composto por seis (6) toques na tecla “under line” e ele, nesta posição, significa que o

autor ou os autores dessa referência é ou são os mesmos da referência anterior.

Dessa forma, ao repetir autores em um mesmo conjunto de referências, não se

coloca seus nomes todas as vezes que eles aparecem.

Quando o último sobrenome do autor indicar relação de parentesco deve-se

colocar os dois últimos nomes (o sobrenome e o termo que indica relação de

parentesco) em caixa alta na abertura da referência.

Os termos que indicam relação de parentesco mais comum são: Filho,

Sobrinho, Júnior, Neto, Segundo.

Seque um exemplo dessa modalidade de referência.

FERRAREZI JÚNIOR, Celso. Guia do trabalho científico: do projeto à redação final – monografia, dissertação e tese. 1. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2011.

Page 111: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

111

Quando o autor apresentar o último sobrenome composto grafa-se em caixa

alta os dois sobrenomes com traço separando-os. Segue exemplo:

ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith. O método em ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualificativa. 2. ed. São Paulo: Editora Thonsom, 1999.

Quando se referencia textos de meio virtual são necessários os seguintes

dados:

- Nome do autor (ou autores)

- Título (e subtítulo, se existir)

- Link específico (endereço eletrônico específico do texto)

- Data de postagem

- Data de acesso

Segue exemplo.

OLIVEIRA, Edgar Rodrigues de. A sociabilidade mineira no Médio Rio Grande. <http://www.webartigos.com/artigos/a-sociabilidade-mineira-no-médio-rio-grande/44291/>. Postado em 07/08/2010. Data de acesso 08/07/2012.

Seguem informações importantes a serem observadas quando da elaboração

de referências:

As referências são sempre alinhadas somente pela esquerda e elas são

iniciadas sempre faceando a margem esquerda (sem recuo inicial de

parágrafo);

O espaçamento entre linhas é simples e duplo espaço entre uma referência e

outra;

Adota-se a sequência alfabética para a relação de referências.

Para conhecer mais consultar ABNT – NBR 6023 – Referências bibliográficas. (Arquivo virtual).

Consultar também item 2.6 (A técnica bibliográfica) do livro:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2006. (Número de chamada na biblioteca da FESP: 001.89S498m2002)

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AULA 15 – O projeto de pesquisa

Uma das etapas fundamentais de uma pesquisa é a elaboração do projeto de

pesquisa. O projeto de pesquisa tem que ser elaborado assim que o pesquisador

define sobre o conteúdo de sua pesquisa. Desta forma o projeto de pesquisa torna-se

o roteiro formal da pesquisa, o que orienta o pesquisador do início ao fim do trabalho.

Um projeto de pesquisa tem que contemplar as seguintes etapas para sua

elaboração:

1) Definição do assunto de pesquisa

O assunto, normalmente, é um termo único de grande abrangência, o que denota a

necessidade de recorte para transformá-lo em tema de pesquisa.

Exemplos de assunto de pesquisa: Educação, esporte, saúde, agronomia, etc.

2) Definição do tema de pesquisa

O tema de pesquisa é um recorte que se faz no assunto de pesquisa. Usando uma

linguagem de cinema, é o zoom, o foco que o pesquisador dá no assunto,

particularizando uma linha de pesquisa.

Como exemplo de tema de pesquisa, pode-se ter:

a) Para o assunto educação: “A educação de jovens e adultos como solução para o

analfabetismo na periferia da cidade de Passos – M. G.”. Note que a educação de

jovens e adultos é uma pequena parcela da educação como um todo.

b) Para o assunto esporte: “Análise da atuação do Time Corinthians Paulista no

campeonato brasileiro de 2012”.

c) Para o assunto saúde: “Relações existentes entre negros e a doença celíaca”.

d) Para o assunto agronomia: “Técnicas agrícolas adequadas para o aumento de

produtividade da soja na região do Médio Rio Grande”.

3) De posse do assunto e do tema, crie um título provisório para o seu trabalho. É

provisório por que ele pode ser modificado até mesmo minutos antes da impressão

final do trabalho. O título provisório é um parâmetro que norteia a pesquisa. Daí, a

necessidade de se estabelecê-lo antes de desenvolver o texto geral do relatório.

4) Depois de determinado o assunto, o tema e o título provisório da pesquisa, o

pesquisador faz a justificativa para a sua escolha deste assunto-tema.

A justificativa “É uma descrição sucinta da pesquisa, tanto para o autor quanto para a

Ciência e a humanidade em geral. (Aqui é o momento de deixar evidente qual é a

relevância de seu trabalho.)” (FERRAREZI JÚNIOR, 2011, p. 35).

Page 114: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

114

Normalmente inicia-se uma justificativa usando os seguintes termos: “Optou-se

pela realização desta pesquisa em função de...” ou “A escolha deste assunto-tema de

pesquisa deu-se em virtude...” e seguem as justificações para a realização deste

trabalho.

5) Após a justificativa, o pesquisador problematiza a pesquisa. A problematização da

pesquisa nada mais é que o levantamento de um problema de pesquisa. Não se pode

esquecer que o problema de pesquisa é sempre uma pergunta, uma

interrogação, uma dúvida que será respondida com o desenrolar da pesquisa.

Como exemplo de problema de pesquisa para o assunto “Educação” e o tema

“A educação de jovens e adultos como solução para o analfabetismo na periferia da

cidade de Passos – M. G.”, pode ser o seguinte: “A periferia da cidade de Passos

M.G. favorece a não alfabetização na idade correta?”.

6) A partir da definição do problema, o pesquisador passa a elaborar hipóteses de

pesquisa. A hipótese é sempre uma afirmação que pode ser verdadeira ou não e

isso vai ser provado com o desenvolvimento da pesquisa.

As hipóteses são respostas que se dá à pergunta do problema. Podem ter

tantas hipóteses quanto se queira. Contudo, quanto mais hipóteses existir, mais

alongado será o relatório final da pesquisa. O ideal para uma pesquisa de graduação

é que tenham no máximo três (3) hipóteses.

Como exemplo de hipótese com base no problema de pesquisa sobre

educação, tem-se: “O baixo nível de escolaridade de pais e responsáveis por jovens

de periferia induzem a baixa frequência destes à escola”.

7) A partir da elaboração das hipóteses, elabora-se os objetivos de pesquisa. É

conveniente lembrar que todos os objetivos iniciam-se com um verbo no infinitivo:

comprovar, levantar, certificar, verificar, etc.

Tem-se dois tipos de objetivos: geral e específicos.

O objetivo geral é um só e ele deve ser elaborado de forma ampla e

deixar claro o que se quer com a pesquisa. Uma boa sugestão de

elaboração de objetivo específico é tomar como base o problema

de pesquisa. Para o problema de pesquisa levantado para o assunto

“Educação” que é “A periferia da cidade de Passos M. G. favorece a não

alfabetização na idade correta?”, pode-se elaborar o seguinte objetivo

Page 115: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

115

geral: “Comprovar que o maior índice de jovens e adultos não

escolarizados se concentra na periferia da cidade de Passos – M. G.”.

Os objetivos específicos são o desdobramento do objetivo geral.

Recomenda-se que não passem de três (3) os objetivos específicos,

acompanhando o número de hipóteses. Uma boa sugestão de

elaboração de objetivos específicos é tomar como base as

hipóteses. Cada hipótese pode ser transformada em um objetivo

específico. Para a hipótese levantada acima (O baixo nível de

escolaridade de pais e responsáveis por jovens de periferia induzem a

baixa frequência destes à escola), pode-se elaborar o seguinte objetivo

específico: “Verificar se o baixo nível de escolaridade de pais e

responsáveis por jovens de periferia levam à evasão escolar e como

consequência à não escolarização destes”.

8) De posse de todos esses itens anteriores, o pesquisador elabora o chamado

referencial teórico que é uma apresentação resumida daquilo que ele conhece

sobre o assunto-tema a ser pesquisado. No referencial teórico, o pesquisador inicia

a seleção de referências (obras e autores) sobre aquilo que será pesquisado por ele.

Esse referencial teórico deve ser uma espécie de apresentação daquilo que

será pesquisado. Evidentemente, esse referencial será ampliado ao longo da

pesquisa.

9) Elabore um Sumário Prévio que é também chamado de Plano Prévio de Trabalho.

A base para elaboração do Sumário Prévio de pesquisa pode ser as hipóteses

ou os objetivos de pesquisa, já que eles são a essência da pesquisa.

A estrutura de um sumário é a seguinte:

Introdução (última coisa a ser feita no projeto de pesquisa e no texto do relatório

definitivo).

Capítulo 1. Título

Capítulo 2. Título

Capítulo 3. Título

Considerações Finais

Referências

Os capítulos são chamados tecnicamente de divisão primária do trabalho e

podem ter itens que são chamados de divisão secundária, que por sua vez podem ser

Page 116: Apostila - Metodologia de Pesquisa I

116

divididos em divisões terciárias e assim por diante. Contudo, não se aconselha em

trabalhos de graduação, que o pesquisador vá além das divisões terciárias, pois ele

corre o risco de se perder na colocação das ideias.

Um capítulo com divisão secundária e terciária é assim representado:

Capítulo 1. Título

1.1. Título

1.1.1. Título

E assim por diante.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A aula 16 é o início da disciplina

Metodologia de Pesquisa II, quando o aluno prepara a versão do projeto

de pesquisa que será desenvolvido até o fim do seu curso.

Para maiores esclarecimentos consultar o capítulo 6 do livro de:

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Editora Pearson, 2007. (Número de entra na biblioteca da FESP: 001.8C419m2007)

Consultar também:

COSAC, Cláudia Maria Daher; MAIA, Maria Ambrosina Cardoso. Trabalho de Iniciação Científica – Normas, Estrutura, Estética. 1. ed. Franca: Editora UNESP, 2007. (Número de chamada na biblioteca da FESP: 001.8C834t2007).

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Anotações

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10520: Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação. 2002. (arquivo virtual) ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: Informação e documentação – Referências – elaboração. 2002. (arquivo virtual) CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Editora Pearson, 2006. CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. e DA SILVA, Roberto. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Editora Pearson, 2007. COSAC, Cláudia Maria Daher e MAIA, Maria Ambrosina Cardoso. Trabalho de Iniciação Científica. Normas, Estrutura, Estética. 1. ed. Franca: Editora UNESP, 2007. FERRAREZI JÚNIOR, Celso. Guia do trabalho científico – Do projeto à redação final. 1. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2011. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 1991. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Normas de apresentação tabular. <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%/normastabular.pdf>. Postagem 2007. Acesso em 05/07/2012. KÖCHE, José Carlos. Fundamentos da metodologia científica: Teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 23. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2006. MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa – Planejamento e execução – Amostragens e técnicas de Pesquisa e Elaboração, análise e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006. _____. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2004. RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica – Guia para eficiência nos estudos. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2002. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2007.