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  • 8/9/2019 Apostila Metodologia Sade AMB

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    Sumrio

    1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 2

    1.1 EMENTA......................................................................................................................................21.2 CARGA HORRIA TOTAL...............................................................................................................2

    1.3 OBJETIVOS

    ..................................................................................................................................21.4 CONTEDO PROGRAMTICO..........................................................................................................21.5 METODOLOGIA............................................................................................................................31.6 CRITRIOS DE AVALIAO............................................................................................................31.7 BIBLIOGRAFIAR ECOMENDADA.....................................................................................................3CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR ...............................................................................................4ANTONIOMAUROS. CHAGASBICALHO..............................................................................................4

    2. PRINCPIOS DE METODOLOGIA CIENTFICA PARA A ELABORAO DETRABALHOS DE CONCLUSO DE CURSO - TCC 5

    2.1 INTRODUO...............................................................................................................................52.2 DEMARCAOCIENTFICA............................................................................................................62.3 O MTODOCIENTFICO..............................................................................................................72.4 A PESQUISACIENTFICA.............................................................................................................82. 5 A FORMALIZAO DAPESQUISACIENTFICA..............................................................................82.5.1 ESCOLHA DO TEMA..................................................................................................................82.5.2 FORMULAO DO PROBLEMA.....................................................................................................92.5.3 HIPTESES OU SUPOSIES.....................................................................................................112.5.4 OBJETIVOS DAPESQUISA........................................................................................................112.5.5 COLETA DOS DADOS................................................................................................................112.5.5.1 OBSERVAO.......................................................................................................................112.5.5.2 QUESTIONRIO....................................................................................................................12

    2.5.5.3 E NTREVISTA........................................................................................................................122.5.6 TRATAMENTO DE DADOS E ANLISE DOS RESULTADOS...............................................................132.6 ELABORAO DO PROJETO DE TCC...........................................................................................132.7. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................15ANEXO A - FOLHA DE R OSTO (PROJETO).....................................................................................18ANEXOB - FOLHA DE R OSTO (TCC)..............................................................................................19ANEXOC - DECLARAO DAEMPRESA(TCC)................................................................................20ANEXOD - TERMO DE COMPROMISSO(TCC)..................................................................................21

    3. EXEMPLOS DE PROJETOS DE TCC 23

    Introduo Metodologia Cientfica

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    1. Programa da disciplina

    1.1 EmentaElaborao de Plano, a partir de reflexes sobre Temas referentes Gesto em Organizaes Hospitalares e Sistemas de Sade, com vistas a

    promover contribuies acadmicas ao desenvolvimento do Setor Sade noBrasil. Os trabalhos sero desenvolvidos com base nos princpios dametodologia cientfica para elaborao de trabalhos acadmicos.

    1.2 Carga horria total12 horas-aula

    1.3 ObjetivosOrientar os alunos para a elaborao do projeto e da redao final do Trabalho deConcluso de Curso - TCC.

    1.4 Contedo programtico

    Introduo aos conceitos de conhecimento cientfico e s diferentes formas de pesquisa.

    Questes fundamentais relacionadas elaborao de trabalhos acadmicos. Fontesde pesquisa cientfica.

    1. Normas e procedimentos metodolgicos para a elaborao de Projeto deTrabalho de Concluso de Curso.

    2. Normas, procedimentos e padres de apresentao para a elaborao deTrabalho de Concluso de Curso.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    1.5 Metodologia

    Apresentao dos elementos bsicos relativos metodologia, discusso de temas,trabalhos em grupo. O trabalho com a turma poder ser complementado com interaovia Web para esclarecimento de dvidas.

    1.6 Critrios de avaliaoA avaliao final ser feita de forma individual.O Projeto de TCC poder ser feito individualmente ou em grupos de at tres alunos,devendo cada aluno elaborar uma contribuio individual sobre o tema centraldesenvolvido pelo grupo. Sua entrega, sob a forma impressa acompanhada de arquivogravado em CD, dever ser feita, em at 30 dias, aps o encerramento da Disciplina.

    1.7 Bibliografia RecomendadaASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS.NBR 10520: Apresentaode citaes em documentos Regras Gerais. Rio de Janeiro, jul.2001.

    _____.NBR 14724: Trabalhos acadmicos Apresentao. Rio de Janeiro, jul.2001.

    _____. NBR 6023: Informao e documentao Referncias Elaborao. Rio deJaneiro, ago.2000.

    BASTOS, Lilia da Rochaet al . Manual para a elaborao de projetos e relatrios depesquisa, teses, dissertaes e monografias. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

    GIL, Antonio Carlos.Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. So Paulo: Atlas,2002.

    LIMA, Manolita Correia.Monografia: a engenharia da produo acadmica. SoPaulo: Saraiva, 2004.

    MARTINS, Gilberto de Andrade e LINTZ, Alexandre.Guia para elaborao demonografias e trabalhos de concluso de curso. So Paulo: Atlas, 2000.

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO. Instituto de Psicologia. Servio de Biblioteca eDocumentao. Uma adaptao do estilo de normalizar de acordo com as Normas daABNT. NBR 6023 - Informao e documentao: referncia - elaborao. Disponvelem: Universidade de So Paulo. Instituto de Psicologia. Servio de Biblioteca eDocumentao.http://www.usp.br/ip/biblioteca/menubib.htm .http://www.usp.br/ip/biblioteca/nbr_6023.htmAcesso em 04/06/2005.

    VERGARA, Sylvia Constant.Projetos e relatrios de pesquisa em administrao. 5ed. So Paulo: Atlas, 2004.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    http://www.usp.br/ip/biblioteca/nbr_6023.htmhttp://www.usp.br/ip/biblioteca/nbr_6023.htm
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    Curriculum resumido do professor

    Antonio Mauro S. Chagas BicalhoDoutorando em Administrao pela Universidade Nacional de Rosrio, Argentina, comtese focada na rea de sade (Um Estudo das Prticas Gerenciais dos Gestores deHospitais Familiares do Rio de Janeiro e sua Influncia no Clima Organizacional);Mestre em Sistemas de Gesto pela Universidade Federal Fluminense (Dissertao:Gesto de Empresas Familiares); Especialista em Planejamento Estratgico e Marketing pela Columbia University, USA; Graduado em Administrao de Empresas pelaFundao Getlio Vargas, EAESP.Foi executivo em empresas de marketing intensivo: AlmapBBDO Planejamento deComunicao; Danone Gerente de Grupo de Produtos; CICA Gerente de Mercadode Novos Produtos e Novos Negcios; Heublein Gerente de Grupo de Produtos eGerente Territorial de Vendas; Frutesp Superintendente da Diviso Brasil; Telemar Gerente Corporativo de Inteligncia de Marketing. Durante esse perodo fez vriosestgios nos USA e Europa.Scio Diretor da Master Brain & Heart, Assessoria e Treinamento. Prestou consultoria etreinamento a empresas nas reas de sade, logstica, alimentos, varejo, seguros,comunicao, dentre outras.

    Docncia em cursos de Ps-graduao - MBA em Sade, Logstica, Marketing,Projetos, e Gesto Empresarial onde leciona as cadeiras de Metodologia Cientfica,Marketing; Planejamento Anual e Estratgico; e Vendas: Fundao Getulio Vargas RJ.Prmios conquistados por sua atuao profissional: Um "Profissionais do Ano" RedeGlobo; Trs "Top de Marketing Brasil" - ADVB; Quatro "Prmios ABRAS" Associao Brasileira de Supermercados.

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    2. Princpios de MetodologiaCientfica para a Elaborao deTrabalhos de Concluso de Curso -TCC

    2.1 IntroduoPrincipalmente a partir dos anos 90, com o advento da informatizao da sociedade e daglobalizao, se acirrou o processo competitivo, exigindo uma reviso de prioridades,mtodos de gesto, valores e recursos, por parte das organizaes. O conhecimento passa ser reconhecido como um recurso diferencial, propiciando ou proporcionandovantagem competitiva s empresas que investem nesse capital.Tal cenrio condiciona tanto empresas quanto executivos a buscarem continuamentenovos conhecimentos ou atualizao dos conhecimentos j existentes, na maioria dasoportunidades, se utilizando para isso das universidades por serem tradicionais centrosde desenvolvimento e transmisso do saber renovado.

    Para atender a essa demanda universidades e faculdades criaram os cursos chamadosMBA (Master in Business Administration ), que para sua concluso o aluno ter queelaborar, de acordo com a Resoluo CNE/CES n 1 de 8 de junho de 2007, quedetermina que os cursos Lato Sensu devem ser concludos obrigatoriamente, com aelaborao do trabalho de concluso de curso.Portanto, o TCC obrigatrio, e deve demonstrar ser produto de construo intelectual,de autoria individual, para os concluintes dos Cursos de posgraduao Lato Sensu ,dando cumprimento s diretrizes curriculares definidas pelo CNE/MEC.

    Segundo o professor Renaud1, o Trabalho de Concluso de Curso (TCC), tem como principal finalidade a consolidao dos conhecimentos adquiridos ao longo do Curso,tendo por base a articulao terico-prtica, em relao temtica abordada. Nessesentido, dever estar submetido aos padres requeridos para uma produo cientfica emconformidade com os requisitos de qualidade estabelecidos pela Academia. Assimsendo, espera-se que a elaborao do TCC envolva uma fase preliminar de Projeto, umafase intermediria de Pesquisa Cientfica, culminando com a confeco do Relatrio dePesquisa; ou seja, do TCC propriamente dito.

    1 Renaud Barbosa da Silva, Livre-Docente FGV EBAPE [email protected]

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    O ponto de partida corresponde ao Projeto de TCC, documento que demonstra, deforma clara e objetiva, o que se pretende produzir e como faz-lo.A Pesquisa Cientfica, compreendida como um procedimento racional, metdico esistemtico, tem por objetivo proporcionar respostas a problemas propostos, ampliando

    os limites do conhecimento da realidade, (re-)orientando nossas aes.Finalmente, o relatrio de pesquisa o instrumento pelo qual o pesquisador transmite osresultados do estudo realizado para a comunidade cientfica, devendo ser revestido deelementos de preciso e clareza.

    para apoiar a elaborao do TCC, que tantas vezes gera temores, incertezas eapreenses por aparte dos alunos, que foi criado o mdulo de Introduo ao TrabalhoCientfico, fornecendo a base necessria para um bom trabalho de qualidade cientfica.

    2.2 Demarcao CientficaO conhecimento humano pode ser subdividido em:Emprico, ou senso comum, decorrente da observao, apreendido atravs de acertos eerros.Filosfico, relacionado ao saber em essncia.Cientfico, que pressupe aplicao direta realidade, sendo metdico e sistemtico,devendo ser demonstrado para que seja reconhecido. o conhecimento racional, sistemtico, exato e verificvel da realidade. Sua origem

    est nos procedimentos de verificao baseados na metodologia Cientfica. Podemosento dizer que o Conhecimento Cientfico racional e objetivo, atm-se aos fatos,transcende aos fatos, analtico, requer exatido e clareza, comunicvel, verificvel,depende de investigao metdica, busca e aplica leis, explicativo, pode fazerpredies, aberto, til. (GALLIANO, 1986, p. 24-30)2.Exemplo:Descobrir uma vacina que evite uma doena. Em busca de respostas para compreender os fenmenos, os seres humanos finalmenteevoluram para a busca de respostas atravs de caminhos que pudessem sercomprovados. Desta forma, nasceu a cincia metdica, que procura sempre umaaproximao com a lgica.

    Segundo Bello3, ao mencionarmos um curso superior, estamos nos referindo,indiretamente, a uma Academia de Cincias, j que qualquer Faculdade nada mais doque o local prprio da busca incessante do saber cientfico. Se os alunos procuram aAcademia para buscar o saber, precisamos entender que metodologia cientfica, umconjunto estruturado de etapas seqenciais e regras definidas, nada mais do que a

    2 GALLIANO, A. Guilherme.O mtodo cientfico : teoria e prtica. So Paulo: Harbra, 1986.3 BELLO, Jos Luiz de Paiva. Metodologia Cientfica (on line)www.iis.com.br/~jbello/metcien.htmacessado em 02/06/2009 8:30h.

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    http://www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm%20acessado%20em%2002/06/2009%208:30http://www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm%20acessado%20em%2002/06/2009%208:30http://www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm%20acessado%20em%2002/06/2009%208:30http://www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm%20acessado%20em%2002/06/2009%208:30
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    disciplina que estuda os caminhos do saber , se entendermos que mtodo querdizercaminho , e logia quer dizerestudo e cincia quer dizer saber.

    2.3 O Mtodo Cientfico

    Muitos so os mtodos cientficos, mas segundo Vergara (2000)4 os principais so osseguintes:

    Mtodo hipottico-dedutivo: O mtodo Hipottico-dedutivo se baseia em relaesde natureza tcnica e quantitativa. Tem como caracterstica a deduo de algo a partir da formulao de hipteses que so devidamente testadas, e se apia na buscade regularidades e relacionamentos causais entre elementos. Na elaborao de certostrabalhos acadmicos de cunho quantitativo muito til, dado que enfatiza arelevncia da tcnica e da quantificao, permitindo a utilizao de elementosestatsticos e o uso de categorias numricas para os dados coletados, cujavisualizao pode ser feita atravs de

    grficos e tabelas. Questionrios estruturados, testes e escalas so seus principaisinstrumentos de coleta de dados.

    Mtodo fenomenolgico: oposto ao hipottico-dedutivo, partindo do pressupostode que um ambiente s pode ser compreendido a partir do ponto de vista das pessoas

    que o vivenciam, o experimentam. Assim sendo, os valores inerentes ao indivduoinfluenciam sua observao, com base na qual faz sua anlise e interpretao. A pesquisa com base no mtodo fenomenolgico baseia-se na anlise e interpretaode material subjetivo contido em relatrios, biografias, ensaios sobre meio ambiente,estudo de casos e outros semelhantes. Interpretaes de fatos e dados subjetivos,relacionados ao meio ambiente, por exemplo, esto cada vez mais presentes nocotidiano dos pesquisadores da rea de sade

    Mtodo dialtico: Seu foco o processo. Conceitos como totalidade, contradio,mediao, superao, so inerentes a ele. No isola um fenmeno, mas o estudadentro de um contexto que configura a totalidade. Caracteriza-se por considerar queo universo em estudo est em movimento e em constante transformao e pressupeque todos os fenmenos da natureza so interligados e determinados mutuamente.Com forte nfase no processo, tambm se ope ao mtodo hipottico-dedutivo,sendo aplicvel com mais propriedade s cincias sociais. Busca entender umfenmeno, interpret-lo, perceber seu significado, tirar-lhe uma radiografia. Nestemtodo o pesquisador obtm os dados na observao, em entrevistas e questionriosno estruturados, nas histrias de vida, em contedos de textos, na histria de pases,empresas, enfim, tudo aquilo que lhe permita refletir sobre processos e interaes.

    4 VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatrios de pesquisa. So Paulo : Atlas, 2000, 3. Ed.

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    A Cincia nasce da dvida metdica e o conhecimento constantemente posto prova, podendo ser revisto. Assim sendo, podemos dizer que a verdade cientfica relativa e provisria.5

    2.4 A Pesquisa Cientfica

    Pesquisa o mesmo que busca ou procura. Pesquisar, portanto, buscar ou procurarresposta para alguma dvida ou problema. Em se tratando de Cincia, a pesquisa abusca de soluo a um problema que algum queira saber a resposta. Produz-se cinciaatravs de uma pesquisa. Pesquisa , portanto, o caminho para se chegar cincia, aoconhecimento. na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para se chegar auma resposta mais precisa. O tipo de pesquisa, o instrumento ideal, dever serestipulado pelo pesquisador para se atingir os resultados ideais.

    A pesquisa cientfica o principal instrumento utilizado pela Cincia para a aquisiode conhecimentos, atravs de um procedimento racional e sistemtico, que tem comoobjetivo proporcionar respostas aos problemas propostos.

    Toda e qualquer pesquisa para ser desenvolvida necessita de um projeto, ou plano, que aoriente. Um plano deve definir pontualmente, de forma clara e precisa, o problemamotivador da investigao e sua delimitao, o referencial terico que lhe dar suporte,e a metodologia que ser empregada. Tambm deve ser apresentada a bibliografia bsica a ser empregada, e o cronograma, se bem ser este facultativo, na opinio desteautor.

    2. 5 A Formalizao da Pesquisa Cientfica6

    Segundo Dra. Roxana Ynoub7, a pesquisa cientfica apresenta algumas etapas quedevem estar contempladas no projeto de pesquisa e no relatrio da pesquisa. O TCC propriamente dito. So elas:

    Escolha do tema

    Formulao do problema Construo de hipteses ou suposies Objetivo da pesquisa Coleta de dados Tratamento de dados e anlise dos resultados.

    2.5.1 Escolha do tema5 Renaud Barbosa da Silva, Livre-Docente FGV EBAPE [email protected] 6 PEREIRA, Claudio de Souza. Apostila de Introduo Metodologia Cientfica. Rio de Janeiro:Fundao Getlio Vargas, 2009.7 A Dra. Roxana Ynoub. professora titular da cadeira de metodologia cientfica da Universidade Federalde Buenos Aires UBA.

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    comum ao estudante autor querer desenvolver um trabalho cientfico, mas no saber ao certo sobre o que escrever. A busca do assunto / tema a ser focado no TCC deve ser escolhido de forma que o aluno sinta algum tipo de atrao, conhecimento, proximidade, interesse, pelo objeto de estudo.

    A escolha de um tema que esteja ligado rea de atuao profissional, ou faa parte daexperincia pessoal do estudante, torna o trabalho de desenvolvimento do TCC muitomais interessante e eficiente. A escolha de um tema adequado para a pesquisa cientficadeve atender, simultaneamente a trs quesitos:

    Viabilidade: a questo da viabilidade do tema escolhido est relacionado sevidncias empricas que permitam observaes (dados disponveis); condies de prazo, custos e potencialidades do pesquisador.

    Importncia: o tema importante quando de alguma forma, est relacionado a umaquesto que polariza, ou afeta, um segmento substancial da sociedade, ou afeta aorganizao / atuao profissional do estudante autor e esteja vinculada a rea deseu Curso de Ps-Graduaolato sensu .

    Originalidade: um tema original quando h indicadores de que seus resultadosiro causar alguma surpresa, ou que seja algo indito. O estudo de caso de umaclinica especfica, ou, por exemplo, uma nova leitura pelo estudante autor sobre otema pesquisado. (mesmo tema com nova abordagem).

    2.5.2 Formulao do problemaA pesquisa cientfica somente possvel a partir da formulao de problemas. A pesquisa cientfica se desenvolve a partir de problemas observados ou sentidos. Toda pesquisa cientfica tem origem na observao cuidadosa de fatos que necessitam de umamelhor explicao.

    Apesar de existirem vrias definies para problema, no mtodo cientfico ele deve ser entendido comouma questo no resolvida, objeto de discusso em qualquer rea doconhecimento.

    A formulao de um problema significa colocar, de maneira explcita, clara,compreensvel e operacional, qual a dificuldade com que nos defrontamos e pretendemos resolver.

    A formulao do problema corresponde a uma pergunta que individualize, especifique etorne preciso, claro e inconfundvel o objetivo que se pretende com a pesquisacientfica. Gil (1996)8 afirma que o problema deve ter as seguintes caractersticas:

    Ser formulado como pergunta : Quando formulado como pergunta, o problemaesclarece de forma mais objetiva para o qu est se procurando resposta. Se o pesquisador afirma que far uma pesquisa sobre gerenciamento de talentos em uma

    8 Gil, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. Ed. Atlas 1996

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    determinada organizao, pouco estar esclarecendo ao leitor ou interlocutor. Aocontrrio, formular o problema como uma pergunta quais os fatores utilizados pelaorganizao X para atrair e manter talentos? ajuda bastante o entendimento.

    Ser claro e preciso difcil imaginar que um problema formulado de maneira pouco clara e imprecisa possa ser resolvido. O problema deve ser claro e preciso,tanto para o pesquisador como para os leitores e interlocutores. O problema comofunciona a mente do consumidor difcil de ser respondido, pois contmelementos imprecisos, no est claro o que se pretende investigar. Talvez este problema possa ser reformulado como: quais as caractersticas scio-econmicas eculturais do consumidor de classe A?. Porm, nada garante que esta era a intenooriginal daquele que formulou a primeira questo. necessria alguma discusso para saber se o problema reformulado corresponde s intenes iniciais.

    Ser solucionvel O problema deve ser definido de forma a encontrar-se umasoluo. difcil imaginar soluo para a seguinte pergunta: Por qu Caim matouAbel?. Este, com certeza, no um problema cientfico.

    Ter uma dimenso vivel O problema deve estar delimitado a uma dimensoespacial e temporal que facilite a busca da soluo.

    comum ao pesquisador iniciante confundir tema com problema. No raro assistimos pessoas revelarem que desejam realizar pesquisa sobre gesto de pessoas. O interesse pelo tema, apesar de relevante, no suficiente para empreender uma pesquisacientfica. Como afirmam Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (1999)9 necessrio

    problematizar este interesse, isto , saber o que mais nos atrai, preocupa ou intriga nestetema: o fato de alguns gerentes obterem maior nvel de produtividade de seuscolaboradores do que outros? desvendar os fatores que contribuem para o aumento da produtividade dos colaboradores? determinar a relao entre produtividade eutilizao de equipamentos de segurana? Neste ltimo caso, por exemplo, poderamosformular o problema da seguinte forma: O uso permanente de equipamentos desegurana contribui para aumentar a produtividade do trabalhador?.

    Para a definio de um problema original e relevante essencial que o pesquisador aprofunde o conhecimento sobre o tema. Isto pode ser realizado atravs de pesquisas bibliogrficas, para conhecer o que j se sabe sobre o tema, contato com pessoas

    envolvidas com o tema ou conhecendo pesquisas anteriores e em andamento.Aps a formulao do problema, importante que se faam as seguintes perguntas, comobjetivo de verificar a validade cientfica: O problema pode ser enunciado em forma de pergunta? O problema uma questo cientfica, isto , relaciona entre si pelo menos dois

    fenmenos (fatos, variveis)? Pode ser objeto de investigao sistemtica, controlada e crtica? Pode ser testado empiricamente?

    9 ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F.O Mtodo nas cincias naturais e sociais : pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. So Paulo: Pioneira, 1999.

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    2.5.3 Hipteses ou suposiesAs hipteses ou suposies so formuladas como soluo provisria ao problema. Soafirmaes iniciais que, depois de testadas empiricamente, sero validadas ou refutadas.Por exemplo, com relao ao problema formulado: O uso permanente de equipamentosde segurana contribui para aumentar a produtividade do trabalhador?, poderamos ter as seguintes hipteses: H0 = No existe relao entre uso permanente de equipamentos de segurana e

    produtividade H1 = H relao significativa entre uso permanente de equipamentos de segurana e

    aumento de produtividade. H2 = H relao significativa entre uso permanente de equipamentos de segurana e

    diminuio de produtividade.As hipteses desempenham um papel fundamental na pesquisa cientfica e tm como

    funes: Servir como guia para a coleta de dados : auxiliam o pesquisador a se concentrar em

    dados, evidncias e aspectos que possam contribuir para a soluo do problema. Desencadear inferncias: constituindo-se em afirmaes iniciais, as hipteses

    refutadas podem levar a hipteses contrrias e, assim sucessivamente, na busca daresoluo do problema.

    Avaliar os experimentos: apiam o pesquisador no teste da realidade, evitandodistores em decorrncia de sua preferncia.

    Generalizar a experincia: resumindo e ampliando os dados empricos disponveis.

    2.5.4 Objetivos da PesquisaDeve-se indicar o que pretendido com o desenvolvimento do trabalho cientfico equais os resultados a alcanar. Deve definir o objetivo geral da pesquisa, bem como osobjetivos intermedirios

    2.5.5 Coleta dos dadosExistem vrias tcnicas para a coleta de dados em uma pesquisa cientfica. As maisutilizadas so a observao, o questionrio, a entrevista e o formulrio. Todas astcnicas apresentam vantagens e desvantagens. Isto faz com que o pesquisador selecione mais de uma tcnica para empreender a pesquisa.

    2.5.5.1 Observao

    utilizada como procedimento cientfico na medida em que serve a um objeto de pesquisa e passam a ser estabelecidos sistemas de planejamento e controle do objetoobservado. A observao normalmente o ponto de partida de qualquer investigao.

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    Observao simples: o pesquisador tem contato com o grupo, realidade, fato a ser

    estudado, porm no participa dele. Faz-se em geral mediante anotaes em dirioou caderno de notas.

    Observao participante: participante o pesquisador incorpora-se ao grupo, participada realidade. usada, normalmente na pesquisa participante.

    2.5.5.2 Questionrio

    O questionrio um instrumento com conjunto de perguntas que so respondidas por escrito pelos pesquisados. O uso de questionrios tem vantagens e desvantagens. Comovantagens pode-se citar como o meio mais rpido e econmico de obter informaes,no exige treinamento de pessoal e garante o anonimato do respondente. No existemregras rgidas para formular um questionrio, mas Gil (1991, p.91) apresenta algumasregras prticas, das quais destacamos: As questes devem ser preferencialmente fechadas, mas com alternativas que

    contemplem a ampla gama de respostas possveis; Incluir apenas questes relacionadas com o problema em estudo; No incluir perguntas cujas respostas podem ser obtidas por outros meios mais

    precisos; Evitar perguntas que dizem respeito intimidade da pessoa, como p.ex. salrios,

    despesas, etc. A pergunta no deve sugerir a resposta; Iniciar com perguntas simples e finalizar com as mais complexas; Informar ao respondente o patrocinador da pesquisa, sua finalidade e as instrues

    para o seu correto preenchimento.Recomenda-se fazer um pr-teste do questionrio, com o objetivo de evidenciar possveis falhas na elaborao.

    2.5.5.3 Entrevista

    das tcnicas de coleta de dados mais utilizadas. A entrevista uma situao queenvolve duas pessoas, face a face, onde uma formula a pergunta e a outra responde. Aentrevista possibilita a obteno de dados referentes aos mais distintos aspectos da vidasocial. No importa o grau de escolaridade do entrevistado, porm, necessrio que a

    pessoa no esteja querendo reter a informao...Classificao das entrevistas:

    informal focalizada por pautas estruturada (com roteiro)

    Na conduo da entrevista a habilidade do entrevistador digna de destaque para perfeita conduo dos trabalhos. Durante todo o tempo de entrevista deve prevalecer umclima de cordialidade.

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    Obs.: Tanto na elaborao do questionrio como do roteiro de entrevistas importanteque na formulao das perguntas evitem-se certas escolhas que provocam distores nasrespostas. Viegas (1999)10 recomenda que os seguintes tipos de perguntas sejamevitados:

    Perguntas ambguas: cuidar para que as palavras sejam entendidas pelosrespondentes da maneira mais prxima possvel ao sentido que o pesquisador quisdar a elas.

    Perguntas capciosas: a pergunta no deve induzir ou influenciar a resposta.

    Perguntas duplas: evitar perguntas em conjunes aditivas e - ou adversativas ou, pois nunca se sabe a qual das partes a resposta se refere.

    Perguntas tcnicas: termos tcnicos e linguagem especializada precisam ser explicados de forma a serem compreendidos e interpretados univocamente pelosleigos.

    Perguntas emocionais: questes relativas intimidade do indivduo, como asrelacionadas ao comportamento moral, tico, sexual ou social, dificilmente sorespondidas com sinceridade.

    2.5.6 Tratamento de dados e Anlise dos resultados

    Segundo Vergara (2000), os dados podem ser tratados de forma quantitativa ouqualitativa. A opo pelo tratamento quantitativo pode exigir o domnio da estatstica para, por exemplo, testar as hipteses. claro que a estatstica, por si s, no permite ainterpretao dos resultados. Isto exige fundamentao terica e aptido do pesquisador para vincular os resultados obtidos empiricamente com teorias e estudos anteriores. Otratamento qualitativo implica em codificar os dados obtidos, criar categorias de anlise, permitindo apresent-los de forma sistemtica, estruturada.

    A anlise dos resultados a etapa mais importante da pesquisa. aqui que seroapresentados os resultados, demonstrando as evidncias que refutam ou confirmam ashipteses formuladas. Pode acontecer, tambm, dos dados serem inconclusivos,irrelevantes, insuficientes. Neste caso, o pesquisador dever apontar estascircunstncias, ficando impedido de refutar ou confirmar as hipteses.

    2.6 Elaborao do Projeto de TCCComo j foi dito, o Projeto do TCC um documento que demonstra, de forma clara eobjetiva, o que o autor pretende, no mbito da sua pesquisa; o que se deseja produzir,

    10 VIEGAS, W. Fundamentos da pesquisa cientifica. Brasilia : Paralelo 15, Editora Universidade deBraslia, 1999

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    como o estudo ser realizado, a sua importncia e quais os resultados esperados. Omodelo, a seguir, poder ser adotado, pelos alunos, em seus Projetos de TCC:

    Capa: contendo os elementos necessrios para a identificao e autoria do Projeto. Folha de Rosto:contendo informaes bsicas para a identificao do projeto e sua

    autoria, conforme modelo apresentado no Anexo A. Sumrio:listagem das sees que compem o Projeto e suas respectivas pginas. Introduo: uma das partes mais significativas do Projeto. Nela o autor

    contextualiza o problema a ser estudado e descreve as principais caractersticas domesmo.

    O Problema da Pesquisa: conforme orientaes anteriormente fornecidas. Objetivos Final e Intermedirios: Conforme orientaes anteriormente fornecidas. Delimitao do Estudo: conforme orientaes anteriormente fornecidas, o autor

    dever indicar a delimitao do estudo realizado. Relevncia do Estudo: Conforme orientaes fornecidas, o autor dever destacar a

    importncia do estudo realizado. Referencial terico: no mbito do Projeto, o autor dever descrever, de maneira

    sucinta, as fontes de conhecimento que sero utilizadas ao longo do seu estudo. desejvel que o autor apresente um breve ensaio de sua autoria que, no entanto, jcontenha um suporte terico, resultante de uma pesquisa preliminar sobre umconjunto reduzido de obras de outros autores. Dessa forma, espera-se que o aluno, j

    no Projeto, demonstre a sua capacidade de pesquisa, atravs de referncias a outrosautores sob a forma de citaes e transcries. Importante ressaltar que o referencialdever contribuir positivamente para o estudo realizado, estando alinhado aosdemais elementos (tema, ttulo, objetivos, etc.).

    Metodologia: nesse captulo do Projeto, o autor dever definir a maneira pela qualir obter e tratar os dados para a realizao do seu estudo.

    Cronograma: o cronograma relaciona todas as etapas da pesquisa consideradasrelevantes pelo autor e seus respectivos prazos. O grfico de Gantt uma excelenteforma de apresentao do cronograma, facilitando os processos de controle ecomunicao.

    Bibliografia: dever relacionar o conjunto das obras consultadas at o momento eque faro parte do estudo a ser realizado. O pressuposto que, no TCC, essa relaoaumente consideravelmente.

    A estrutura sugerida poder ser modificada pelo autor do trabalho, respeitadas ascaractersticas fundamentais de qualquer trabalho cientfico, conforme abordado nassees anteriores.

    Concludo o trabalho de elaborao do Projeto de TCC, deve o mesmo ser encaminhadoao professor responsvel, que o avaliar. Se aprovado, o Projeto entrar em produo para, finalmente, transformar-se no Trabalho de Concluso de Curso.

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    No h um nmero mnimo de pginas para que um Projeto seja considerado bom. Noentanto, considerando-se os todos os elementos que devem fazer parte de um trabalhoacadmico, acredita-se que projetos com menos de 15 pginas no sejam capazes dedemonstrar, de maneira clara e precisa, o que se pretende fazer tendo em vista a

    produo de um TCC de qualidade.A apresentao grfica do Projeto dever observar os requisitos definidos a seguir. Caberessaltar que o bom senso esttico dever estar sempre presente.

    Texto em processador de texto MS-Word (ou similar); Fonte Times New Roman, tamanho 12 para o corpo do

    trabalho, e maior, se desejvel, para ttulos e subttulos; Margens recomendadas: superior 3 cm, inferior 2 cm,

    esquerda 3 cm, direita 2 cm; Texto justificado; Papel no formato A-4; Espao entre linhas de 1,5; Numerao de pginas a partir da Introduo.

    2.7. Bibliografia

    ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F.O Mtodo nas cinciasnaturais e sociais : pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. So Paulo: Pioneira, 1999.

    ARANHA, Maria Lcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.Filosofando:introduo Filosofia. 3. ed. So Paulo: Moderna, 2003.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS.NBR 10520: Apresentaode citaes em documentos Regras Gerais. Rio de Janeiro, jul.2001.

    _____.NBR 14724: Trabalhos acadmicos Apresentao. Rio de Janeiro, jul.2001.

    _____. NBR 6023: Informao e documentao Referncias Elaborao. Rio deJaneiro, ago.2000.

    BASTOS, Liliaet al .. Manual para a elaborao de projetos e relatrios depesquisa, teses, dissertaes e monografias. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

    BELLO, Jos Luiz de Paiva. Metodologia Cientfica (on line)www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm acessado em 02/06/2009 8:30h.

    COSTA, Srgio Francisco.Mtodo cientfico: os caminhos da investigao. SoPaulo: Harbra, 2001.

    ECO, Umberto.Como se faz uma tese. 6. ed.. So Paulo: Perspectiva, 1991.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    http://www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm%20acessado%20em%2002/06/2009%208:30http://www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm%20acessado%20em%2002/06/2009%208:30
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    GALLIANO, A. Guilherme.O mtodo cientfico: teoria e prtica. So Paulo: Harbra,1986.

    GIL, Antonio Carlos.Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. So Paulo: Atlas,2002.

    GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. Ed. Atlas, 1996.

    KUHN, Thomas Samuel.A Estrutura das Revolues Cientficas. 5. ed. So Paulo:Perspectiva, 2000.

    LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade.Metodologia do TrabalhoCientfico: procedimentos bsicos, pesquisa bibliogrfica, projeto e relatrio, publicaes e trabalhos cientficos. 2. ed. So Paulo: Atlas, 1987.

    MARTINS, Gilberto de Andrade; LINTZ, Alexandre.Guia para elaborao demonografias e trabalhos de concluso de curso. So Paulo: Atlas, 2000.

    MENEZES, Ronald do Amaral.Leiles eletrnicos reversos multiatributo:umaabordagem de deciso multicritrio como instrumento de agregao de valor aos processos de compras do setor pblico brasileiro. 2003. 139 p. Dissertao de Mestrado,Escola Brasileira de Administrao Pblica e de Empresas, Fundao Getulio Vargas,Rio de Janeiro.

    NOVAES, Antnio Galvo.Logstica e Gerenciamento da Cadeia de Distribuio:estratgia, operao e avaliao. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

    PDUA, Elisabete Matallo Marchesini de.Metodologia da Pesquisa: abordagemterico-prtica. 8. ed. Campinas: Papirus, 2000.

    PEREIRA, Claudio de Souza. Apostila de Introduo Metodologia Cientfica. Rio deJaneiro: Fundao Getlio Vargas, 2009.

    RICHARDSON, Roberto Jarryet al. Pesquisa Social: mtodos e tcnicas. 3. ed. So

    Paulo: Atlas, 1999. RUIZ, Joo lvaro.Metodologia Cientfica:guia para eficincia nos estudos. 6.ed.So Paulo: Atlas, 1996.

    SILVA, Renaud Barbosa da.Avaliao de desempenho:mtodo objetivo aplicvel aosistema de administrao de material. 1989. Tese Livre docncia em Administrao deMaterial. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

    _____.Avaliao de desempenho na gesto dos recursos materiais: proposta desistema baseado em indicadores numricos e de um software correspondente para uso

    em microcomputadores. 1992. Dissertao de Mestrado. Escola Brasileira deAdministrao Pblica e de Empresas da Fundao Getulio Vargas. Rio de Janeiro.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    _____; MENEZES, Ronald do Amaral.Introduo ao trabalho cientfico. Apostila.Rio de Janeiro: Fundao Getulio Vargas, 2004.

    VERGARA, Sylvia Constant.Projetos e relatrios de pesquisa em administrao.5ed. So Paulo: Atlas, 2004.

    VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatrios de pesquisa. So Paulo : Atlas, 2000,3. Ed.

    VIEGAS, W. Fundamentos da pesquisa cientifica. Brasilia : Paralelo 15, EditoraUniversidade de Braslia, 1999.

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    ANEXO A - Folha de Rosto (Projeto)

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    A UTI como unidade estratgica de negcio: Uma anlise desua viabilidade e implantao

    Projeto de Trabalho de Concluso de Curso paraatender exigncia curricular do MBA Executivoem Sade, da Fundao Getulio Vargas.

    Fulana de Tal

    Cidade - UFMs/Ano

    FUNDAO GETULIO VARGAS(pode ser substitudo pela logomarca com o ttulo)

    Turma Sade 1 xxxxx

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    ANEXO B - Folha de Rosto (TCC)

    Turma: LOG VIT I 02-03

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    A UTI como unidade estratgica de negcio: Uma anlise de suaviabilidade e implantao

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso MBAExecutivo em Sade

    Ps-Graduao Lato Sensu, Nvel de EspecializaoPrograma FGV Management , da Fundao Getulio Vargas

    Fulana de Tal

    Por:

    Ms/Ano

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    ANEXO C - Declarao da Empresa (TCC)

    Declarao

    AEmpresa ............................................................................................................, ................

    ........................................................... representada, neste documento, peloSr(a)...............................................................................................................................,(cargo), autoriza a divulgao de informaes e dados coletados em sua organizao, naelaborao do Trabalho de Concluso de Curso, sob ottulo:......................... ..........................................................................................................., realizado pelo(s)aluno(s).........................................................................................................................., do

    MBA Executivo em Sade, turma --------do Programa FGVManagement , comobjetivos de publicao e/ou divulgao em veculos acadmicos.

    ........................................., ........ de ..................................... de .....................

    ( Assinatura)(Cargo)

    (Nome da Empresa)

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    ANEXO D - Termo de Compromisso (TCC)

    Termo de Compromisso

    O(s) alunos(s) ............................................................................................................,abaixo-assinado(s), doMBA Executivo em Sade, do ProgramaFGV Management ,realizado nas dependncias da instituio conveniada (ou da prpria Fundao GetulioVargas) ..........................................................., no perodo de ................ a .......................,

    declara(m) que o contedo do trabalho de concluso de curso (TCC), sob ottulo: ..........................................................................................., autntico, original ede sua autoria exclusiva.

    ............................................, ........ de ..................................... de .....................

    ( Assinaturas)

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    Cidade, UF

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    3. Exemplos de Projetos de TCC

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    Maria Aparecida de OliveiraMaria do Rosrio Santos

    Paula Vitali Miclos

    INTEGRALIDADE DA GESTO EM SERVIOS DE SADE

    FGV Fundao Getlio Vargas

    Belo Horizonte2006

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    Maria Aparecida de Oliveira

    Maria do Rosrio SantosPaula Vitali Miclos

    INTEGRALIDADE DA GESTO EM SEVIOS DE SADE

    Projeto de Trabalho de Concluso de Curso - TCC apresentado disciplina deMetodologia de Ensino do curso de MBA em Gesto de Organizaes Hospitalares eSistemas de Sade da Fundao Getlio Vargas, como requisito parcial para obtenodo ttulo de Especialista em Gesto de Sade.

    Orientador: Prof. Mestre Jamil Moyss FilhoCo-orientadora: Profa. Dra. Roseni Rosngela de Sena

    FGV- Fundao Getlio VargasBelo Horizonte2006

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    SUMRIO

    1. INTRODUO: .....................................................................................................29

    2 PROBLEMA................... .........................................................................................303 OBJETIVOS ............................................................................................................314 DELIMITAO DO ESTUDO..............................................................................315 RELEVNCIA DO ESTUDO.................................................................................316 REFERENCIAL TERICO: ESTADO DA ARTE..............................................327 METODOLOGIA.....................................................................................................348 CRONOGRAMA......................................................................................................379 ORAMENTO..........................................................................................................3810 REFERNCIAS BIOBLIOGRFICAS...............................................................39

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    1. INTRODUO

    A motivao para este estudo partiu da necessidade de encontrar processos de

    intervenes, que visem orientao de gestores e trabalhadores sobre estratgias demudana do modelo tecno-assistencial hegemnico. Com isso, busca-se um modeloassistencial humanizado, orientado pelos princpios do Sistema nico de Sade - SUS,que atenda s demandas dos usurios e que alcance as melhorias reivindicadas pelostrabalhadores, pelos gestores e pela sociedade.

    A incessante inquietao na busca da transformao dos servios de sade que supere otrabalho fragmentado em tarefas vem sendo o maior desafio da humanizao dosservios de Sade em Minas Gerais. E, por ocupar lugar estratgico dentro destasorganizaes, sentimos a necessidade do desenvolvimento de novas tecnologias que possam sustentar gestores e trabalhadores na viabilizao de um novo modelo deassistncia sade. Pretende-se, com isso, possibilitar espaos nos quais operem processos de trabalho coletivo, voltados para o atendimento das necessidades edemandas dos usurios, mas que tragam tambm satisfao aos trabalhadores e gestores,complementando e garantindo a integralidade dos cuidados com a sade.

    Neste cenrio, esta pesquisa pretende investigar a integralidade da gesto na produodo cuidado e na humanizao dos servios de sade. Adota-se neste trabalho aconcepo de que a humanizao representa uma estratgia de gesto dos servios deSade em sintonia com os princpios de integralidade do cuidado. Ao mesmo tempo, pretende-se com os resultados da pesquisa, buscar ferramentas para a construo denovas tecnologias, que indiquem o direcionamento do processo de interveno, dandomaior clareza e validade da Poltica de Humanizao na mudana da assistncia e dagesto nos servios de Sade.

    neste contexto que o estudo se insere, propondo contribuir para reflexo sobre omodelo tecno-assistencial humanizado, sustentado na gesto do trabalho, assistnciahumanizada e na produo de cuidado em Sade. A pesquisa ser desenvolvida em umhospital pblico federal de ensino e em um hospital privado em Belo Horizonte, por meio da abordagem da pesquisa qualitativa. Sero entrevistados os diretores gerais e osadministradores dos hospitais. Os dados sero analisados por meio da tcnica deanlise de discurso. A proposta est organizada em Introduo, Justificativa,

    Referncias Bibliogrficas, Metodologia, Cronograma e Oramento.O relatrio final de pesquisa ser apresentado aos dirigentes das instituies pesquisadas.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    2 PROBLEMA DA PESQUISA

    A velocidade com que acontecem as mudanas no mundo atual obriga as organizaes a

    desenvolver capacidades estratgicas para antecipar s mudanas e adequar-se a elas.Essas tendncias que estimulam a competncia no contexto social, por conseguinte, pressionam as instituies a desenvolver estruturas flexveis e capazes de reagir demaneira dinmica e oportuna nas mudanas no entorno.

    Sob essas premissas, as relaes entre os nveis de gesto e de assistncia devemintroduzir mudanas capazes de respaldar os compromissos que atendam s polticas pblicas garantidas na Constituio Federal de 1988 e expressas nas Diretrizes Bsicasdo Sistema nico de Sade - SUS.

    Por outro lado, necessrio romper a clssica disposio vertical de agrupamento econtrapor sua estrutura por meio de uma organizao horizontal, de maneira a permitir comunicao adequada com os trabalhadores, por serem eles que garantem aintegralidade do cuidado em sade.

    Mudanas nas relaes, nos processos, nos atos de Sade, nas pessoas e questestecnopolticas implicam a articulao de aes para dentro e para fora das instituiesde Sade, na perspectiva de ampliao da qualidade e do aperfeioamento da gestointegral, do domnio do conceito ampliado de sade e do fortalecimento do controlesocial do sistema.

    Vrios centros de estudos e pesquisas tm cumprido o papel importante na reflexo,sistematizao, publicao e disseminao sobre o tema relacionado integralidade. Oenfoque principal tem sido a defesa da integralidade como um princpio do SUS.Contudo, existem insuficientes evidncias de que a integralidade tem sido incorporadanas prticas assistenciais, de ensino e de gesto; e pouco explorada nos servioscomplementares (servios privados e servios contratados). Portanto, a incorporao daintegralidade nas prticas de gesto, tanto em hospitais privados quanto nos pblicos,seja na gesto das relaes intra quanto interinstitucionais, tem sido questionada, umavez que estas instituies ainda apresentam-se centradas num modelo tecno-assistencialhegemnico.

    Este estudo poder ser relevante tendo em vista a contribuio que ele venha a oferecer para o gerenciamento dos servios de Sade e para a capacitao de gestores, nagarantia de assistncia de qualidade. Acreditamos que, como conseqncia, esta anlise poder contribuir para novos modos de promover o aprimoramento tcnico-cientfico, ademocratizao do conhecimento no interior das equipes, a definio de prioridades e a busca permanente de um modelo de gesto e assistncia humanizada nos servios deSade.

    Portanto, o Problema da nossa pesquisa : como garantir a integralidade do cuidado,sob a tica da gesto ?

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    3 OBJETIVO

    Analisar como a instituio se organiza para garantir a integralidade do cuidado, sob a

    tica da gesto.

    3.1 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Analisar como os gestores compreendem a integralidade da gesto no cuidado deSade;Identificar os fluxos internos e processos de trabalho que garantam a integralidade docuidado de sade na instituio.

    4 DELIMITAO DO ESTUDO

    O estudo ser delimitado organizacionalmente em um hospital federal de ensino e numhospital privado, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

    Ser adotada a concepo de que a humanizao representa uma estratgia de gestodos servios de Sade em sintonia com os princpios de integralidade do cuidado.

    5 RELEVNCIA DO ESTUDO

    O estudo se justifica na busca de uma transformao dos servios de Sade que supere omodelo de gesto verticalizado, o trabalho fragmentado em tarefas e a assistnciadesumanizada que resultam em insatisfao de gestores, de trabalhadores e de usurios.Um agravante a ser enfrentado diz respeito especificidade do trabalho em sade, que multidimensional e permeado por relaes de intersubjetividade, o que significa dizer que o sucesso da organizao depende da conciliao de interesses diversos e muitasvezes conflitantes no campo da oferta e consumo dos servios.

    Os mecanismos de gesto que so utilizados pelas instituies de Sade tm se

    configurado como um importante entrave s prticas integradoras do cuidado. Aestrutura organizacional, intra e interinstitucional, ao apresentar-se fragmentada everticalizada; resulta na inoperncia dos servios de Sade frente ao grande volume dasdemandas sociais.

    Acreditamos que para o alcance da integralidade nos servios de Sade so necessriosnovos modos de promover o aprimoramento tcnico-cientfico, a democratizao doconhecimento no interior das equipes, a definio de prioridades e a busca permanentede um modelo de gesto e assistncia humanizada. Reconhecendo a relevncia e anecessidade de ampliar as discusses sobre o tema entre os diversos atores presentes nosistema de Sade e contribuir na produo e na reflexo, no mbito das prticas

    assistenciais e gerenciais; toma-se esse tema como foco da pesquisa.

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    6 REFERENCIAL TERICO: ESTADO DA ARTE

    O termo integralidade tem sido utilizado para designar um dos princpios doutrinriosdo SUS, institudo pela Constituio Federal de 1988. A integralidade polissmica,

    perpassando o sentido de boas prticas assistenciais que se caracterizam pela recusa doreducionismo e da viso fragmentada do paciente. Na organizao dos servios desade, a integralidade tem como objetivo articular as prticas assistenciais e as de SadeColetiva, na construo de polticas especficas, a serem tratadas nos mbitos deinterveno governamentais (MATTOS, 2001).

    A integralidade da gesto definida legalmente como a prerrogativa e aresponsabilidade compartilhada que tem cada uma das esferas de governo de dirigir um sistema de sade, mediante o exerccio das funes de coordenao, articulao, planejamento, acompanhamento, controle, avaliao e auditoria (NOB 96).

    Os mecanismos de gesto utilizados pelas instituies de Sade Brasileira tm seconfigurado como um importante entrave s prticas integradoras do cuidado. Aestrutura organizacional apresenta-se fragmentada e verticalizada, resultando nainoperncia dos servios de sade frente ao grande volume das demandas sociais.

    O modelo tecno-assistencial vigente pensa o sistema de sade como uma pirmide,com fluxos ascendentes e descendentes de usurios nos diversos nveis de complexidadetecnolgica, em processos articulados de referncia e contra-referncia e tendo como porta de entrada a rede bsica de servios de Sade. Este modelo de gesto, apesar derepresentar os ideais de hierarquizao e regionalizao dos servios propostos peloSUS, no tem correspondido s necessidades de cuidados de sade da populao nem capacidade de oferta dos servios de Sade; tanto pblicos quanto privados (CECLIO,1997).

    Os reflexos dessa situao recaem principalmente sobre a populao dependente doSUS, que busca os cuidados de que necessitam de vrias formas tentando garantir alguma integralidade de atendimento por conta prpria, na medida em que o sistema deSade no se organiza.

    A especificidade do trabalho em Sade tambm se configura como um agravante integralidade do cuidado, visto que multidimensional e permeada por relaes de

    intersubjetividade, o que significa dizer que o sucesso da organizao depende daconciliao de interesses diversos, e muitas vezes conflitantes, no que se refere ofertae ao consumo dos servios de Sade. Esta situao contribui para que o usurio sejavisto de maneira fragmentada pelos profissionais de Sade e para que o cuidadorecebido pelo paciente se torne um somatrio de cuidados parciais e desarticulados.

    Esta dinmica fragmentada de trabalho representa uma sobrecarga ao processo gerencialdo servio de Sade, uma vez que o preciso coordenar adequadamente este conjuntodiversificado e reducionista de atos dos cuidados individuais. Para que a integralidadeacontea necessrio firmar arranjos institucionais e maneiras de conduzir a gesto docotidiano no sentido de garantir uma atuao mais solidria e negociada dos

    trabalhadores envolvidos no cuidado do indivduo. (MERHY; CECLIO, 2003).

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    A mudana do eixo de desenvolvimento dessas instituioes tem sido questionada, umavez que nelas ainda predomina a orientao ao produto s necessidades dos prprios prestadores. A dimenso individual de trabalhadores e usurios supe a contribuio e participao desses, permitindo que a gesto do trabalho e a assistncia se dm a partir

    de uma construo coletiva, implicando transformao do papel que desempenham osgestores e prestadores dos servios.

    A importncia do conceito de trabalho coletivo e gesto partiticipativa demandaolhares e outros saberes da vida social, econmica, cultural e psicoemocional, diferindode um lugar para o outro em conseqncia da vinculao histrica, ou seja, aquele que:Um ser autntico, dotado de necessidades e valores prprios... seres autnticoscapazes de produzir coisas e transformar sua histria (AYRES, 2001, p. 65).

    Um novo olhar sobre o ser humano e acompreenso de como cada trabalhador vivencia o trabalho possibilita desvelar essefenmeno e olhar o contexto da gesto do trabalho em Sade, permitindo novasreengenharias administrativas de apoiador minimamente sbio que consegue apoiar quando nos autorizamos a ser apoiados pelo grupo a quem pretendemos ajudar. Um bom dirigente dirige e dirigido, comanda comandado por aqueles com quemtrabalha. (CAMPOS, 2002 p.102). Na experincia das autoras, observa-se que a produo do cuidado se d a partir deterritrios nucleares das profisses - que podemos chamar de MODELOS MDICOSHEGEMNICOS... como se esta categoria pudesse em si, ser portadora de significadose sentido sem os sujeitos que lhe do recheios (MERHY, 2002, p.2).

    H necessidade de se compreender outras formasde interveno, de criao de normas, de cooperao e de solidariedade, da costuradacoeso, da confiana e do estar com o outro. Ento, algo que tem a ver comcirculao, com codificao que trabalhadoras/trabalhadores e usurios fazem para almda gerncia: somos protagonistas e ao mesmo tempo somos protagonizados (BARROS& CARVALHO, MIMEO, 2004).

    Quando estamos no campo da gesto na sade,no estamos em qualquer trabalho, ele muito especial, singular, depende de quem o sujeito que est neste campo. No como sujeitos plenos de razo, mas produzindonovos significados para aquela situao (MERHY, 2005).

    Freire (2000) e Habermas (2004) contribuem sobremaneira para pensarmos novasformas de comunicao na integralidade da gesto criticando os mecanismos que ainviabiliza. Enquanto a comunicao vertical, produzida pela estrutura sistmica visa ainstrumentalizao, as formas dialogais e argumentativas de comunicao tentam, emespaos prprios e especficos, estabelecer mecanismos de entendimento possveis e provisrios sobre o mundo. Na gesto fragmentada, o trabalhador responsvel por parcelas, portanto o foco central a tarefa, muitas vezes negligenciando ou ficando obscurecida a percepo sobre oindivduo que recebe o cuidado. Esse modelo aproxima-se da lgica de diviso parcelar e de organizao taylorista do trabalho, bem como essa fragmentao e modelogerencial esto ancorados na ateno mdico-centrado (SANTOS et. all, 2006).

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    Canrio (1997, p.162) afirma que: o processo de mudanas no contexto do trabalho uma ao poltica. Essa afirmativa refora que no se fazem mudanas sozinho; paratanto, a ao coletiva necessria.

    A prtica dos servios de Sade, em vias de fazer ou de se tornar real o controle social,est muito distante da proposta formulada pelo movimento da Reforma Sanitria.Omodelo tecno-assistencial, a organizao da gesto e as maneiras como se fazem asPolticas de Sade so pontos crticos dessa situao (CECIN FEUERWERKER, 2005).

    7 METODOLOGIA DA PESQUISA:

    Frente natureza do objeto e aos objetivos desteestudo, optamos por adotar uma abordagem qualitativa. Buscaremos, portanto,compreender os aspectos determinantes para se estabelecer a integralidade da gesto,tendo como base: os valores institucionais/gerenciais em relao aos sujeitos-cuidadorese sujeito-do-cuidado, do modelo assistencial implantado e as preocupaes com aqualidade da assistncia, com vistas a uma assistncia humanizada. Esta anlise possibilitar identificar, a concepo da integralidade da gesto na viso do gestor hospitalar sobre a natureza e finalidade no contexto da Sade.

    A pesquisa qualitativa tem como:objeto do conhecimento: o ser humano e a sociedade. Esse objeto que sujeito serecusa peremptoriamente a se revelar apenas nos nmeros ou a se igualar com sua prpria aparncia. Desta forma coloca ao estudioso o dilema de contentar-se com a problematizao do produto humano objetivado ou de ir em busca, tambm, dossignificados da ao humana que constri a histria. (MINAYO et al, 2004:36).

    Pesquisa qualitativa significa considerar sujeitode estudo: gente, em determinada condio social ou classe com suas crenas, valores esignificados. Implica considerar tambm que o objeto das cincias sociais complexo,contraditrio, inacabado, e em permanente transformao (MINAYO 2004, p.20-22).

    A coleta de dados da pesquisa dar incio aps a aprovao do Conselho de ticaUniversidade Federal de Minas Gerais, respeitando a Resoluo 196/96 que trata da

    relao da tica com a pesquisa em seres humanos, por meio de diretrizes e normasregulamentadoras. Conforme a Resoluo, toda pesquisa que, individual oucoletivamente, envolva o ser humano de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo o manejo de informaes ou materiais, deve respeitar e seguir asdiretrizes contempladas no documento. Desta forma, assegurado respaldo tico atodos os sujeitos envolvidos com a pesquisa cientifica, pois legitima todos os direitos edeveres dos pesquisadores, dos sujeitos da pesquisa e do Estado no que tange participao de seres humanos em pesquisa cientfica. Em seus aspectos ticos, a pesquisa deve atender s exigncias de consentimento livre esclarecido, ponderaoentre riscos e benefcios, garantia de que danos previsveis sero evitados e apresenterelevncia para estudo.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    7.1 Cenrio

    A pesquisa ser desenvolvida em um hospital federal de ensino e num hospital privado,em Belo Horizonte, Minas Gerais.

    7.2 Sujeitos da pesquisa

    Para possibilitar a anlise do modelo de gesto, sero sujeitos da pesquisa os gestores daInstituio (Diretor Geral ou equivalente), e os administradores de um hospital federalde ensino e de um hospital privado.

    7.3 Procedimentos para coleta de dados:

    Os instrumentos de coleta de dados sero: entrevista individual com roteiro,semi-estruturada com os sujeitos da pesquisa e anlise documental.

    7.3.1 Entrevistas semi-estruturadas

    As entrevistas sero individuais e realizadas, de preferncia, no hospital, em local quegaranta a privacidade. Sero gravadas, se houver consentimento do entrevistado, pois agravao tem a vantagem de registrar todas as expresses orais, imediatamente,deixando o entrevistador livre para prestar toda ateno no entrevistado (SANTOSFILHO et. all, 1995, p.43).

    Sero realizadas entrevistas individuais com roteiro semi-estruturadas. Esse tipo deentrevista definida por Minayo (2004, p.108) como aquela que combina perguntasestruturadas e abertas, onde o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto, sem resposta ou condies pr-fixadas pelo pesquisador.

    Lakatos & Marconi (1991), descrevem a entrevista semi-estruturada como uma formade poder explorar mais amplamente uma questo. As perguntas so abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversao informal. A entrevista assim definida, valorizao informante e, ao mesmo tempo, d a liberdade e a espontaneidade necessrias paraenriquecer a investigao.

    7.3.2 Anlise Documental

    Para complementar coleta de dados, ser feita a anlise dos documentos das instituies(normas, fluxo, protocolos, etc) disponvies que digam respeito organizao doservio, papel dos diversos trabalhadores envolvidos na asssistncia e diretrizes polticas da instituio. Assim, ser possvel complementar a compreenso aintegralidade da gesto e auxiliar na anlise dos discursos dos gestores eadministradores.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    7.3.3 Anlise de Dados

    Ser feita anlise temtica dos dados. Segundo Minayo (2004), o tema deve estar ligadoa uma afirmao sobre determinado assunto. Ela pode ser apresentada sob a forma de

    uma palavra, uma frase ou um resumo. Fazer uma anlise temtica consiste emdescobrir os ncleos de sentido que compem uma comunicao cuja presena oufreqncia significam alguma coisa para o objetivo analtico visado.(MINAYO, 2004, p. 209).

    Introduo Metodologia Cientfica

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    8 CRONOGRAMA

    FASES DA PESQUISA 2006

    jan fev mar abr maio jun jul ago set

    Levantamento bibliogrfico X X X X X X X X X

    Elaborao do Projeto X X X X X

    Aprovao do projeto nohospital e no comit de ticada UFMG

    X X

    Coleta de dados X X

    Analise dos dados 1.1.1.1.1.1.1

    1.1.1.1.1.1.2X

    Elaborao da redao finalda pesquisa

    X 1.1.1.1.1.1.3

    1.1.1.1.1.1.4X

    Apresentao do RelatrioFinal da Pesquisa

    1.1.1.1.1.1.5

    1.1.1.1.1.1.6X

    Introduo Metodologia Cientfica

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    Introduo Metodologia Cientfica

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    9 ORAMENTO

    1.1.1.1.1.1.7Perodo Rubrica EspecificaoCusto

    (em reais)

    Elaborao eapresentaodo Projeto

    Custeio/Material consumo - Papel / tinta impressora / disquetes / material deescritrio- combustvel

    50,00

    Servios de terceiros /Pessoa Jurdica

    - Xerox (preto e colorido) / encadernao -Correio- Internet

    20,00

    Servios de Terceiros /Pessoa Fsica

    - Correo ortogrfica e bibliogrfica- traduo 80,00

    Material permanente - livros e revistas 250,00

    1.1.1.1.1.1.7.1 Sub-total 400,00

    Anlise dosdados

    Custeio / Material deconsumo

    - Papel / tinta impressora / disquetes / CD /material de escritrio/fita K7- combustvel

    190,00

    Servios de Terceiros /Pessoa Jurdica

    - Xerox- Internet

    10,00

    Servios de Terceiros /Pessoa Fsica

    - reviso- traduo

    130,00

    Material permanente - livros e revistas 150,00Sub-total 670,00Redao eapresentaodo relatrio da pesquisa

    Custeio / Material deconsumo

    - Papel / tinta impressora / disquetes / CD /material de escritrio- combustvel

    120,00

    Servios de terceiros /Pessoa Jurdica

    - Xerox (preto e colorido) / encadernao- Internet- correio

    180,00

    Servios de Terceiros /Pessoa Fsica

    - correo ortogrfica e bibliogrfica- traduo

    - elaborao apresentao

    150,00

    Material permanente - livros e revistas 200,00Sub-total 650,00TOTAL 1720,00

    * O trabalho ainda no foi apresentado para nenhum rgo financiador.

    10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AYRES, J.R.C.M.. Sujeito, intersubjetividade e prticas de sade. Cincia & SadeColetiva, vol. 6, n.1, 2001, p.63-72.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    __________. SABER CUIDAR: tica do humano-compromisso pela terra. EditoraVozes. Petrpolis, RJ, 2001.

    CAMPOS, G. W. O paradoxo entre controle social e autonomia: a co gesto e osespaos coletivos. In: CAMPOS, G. W. O paradoxo entre controle social e autonomia: aco gesto e os espaos coletivos.So Paulo: Hucitec, 2000.

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    CAMPOS, Gasto Wagner de Souza. O Anti-Taylor: sobre a inveno de um mtodo para co-governar istituies de sade produzindo liberdade e compromisso. Cad. SadePblica v14 n.4. Rio de Janeiro Out/Dez, 1998.

    __________. Um mtodo para anlise e co-gesto de coletivos. So Paulo. EditoraHucitec, 2000.

    __________; Equipes de Referncia e apoio especializado. Matricial: um ensaio sobre areorganizao do trabalho em sade Revista Cincia e Sade Coletiva, ABRASCO. 4(2): 303 - 404; 1999.

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    CECCIM, R.B. Trabalho, Educao e Formao na Integralidade do Cuidado: processo

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    Introduo Metodologia Cientfica

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    HARTZ, Zulmira M. De Arajo; CONTANDRIOPOULOS, Andr-Pierre.Integralidade da Ateno eIintegrao de Servios de Sade: desafios para avaliar aimplantao de um sistema sem muros. Caderno de Sade Pblica.

    KARMAN,J.L; MOYSS,N; AUBERT,G. A gesto de recursos humanos. IN:CASTELAR, R.M; MORDELET, P; GRABOIS, V. Gesto hospitalar - um desafio parao hospital brasileiro. So Paulo: ENSP, 1995, 235 p., cap.9, p.150 - Editora Huncitec,1991. 237p.

    LEI 8.080 de 19/09/90 e LEI 8.142 de 28/12/90.Braslia DF

    MERHY, Emerson Elias. Sade: a cartografia do trabalho vivo. So Paulo: Hucitec,2002. 189p.

    __________. Gesto do Trabalho e da Educao na Sade. Conferncia proferida na ICONFERNCIA MUNICIPAL DE GESTO DO TRABALHO E DA EDUCAO NA SADE DE BELO HORIZONTE-MG dias 09,10 e 11 de dezembro de 2005.

    __________. Engravidando Palavras: o caso da integralidadehttp/www.pginas.terra.com.br/sade.merhy. Rio de Janeiro. acesso em 10/12/05.

    __________. Cuidado com o Cuidado em Sade. Saiba Explorar Paradoxos paraDefender a Vida. Campinas/2004. http/www.pginas.terra.com.br/sade.merhy acesso

    em 10/12/2005.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    MATTOS, R. A; PINHEIRO, R. (Org). Cuidado: as fronteiras da integralidade. So

    Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec. IMS. ABRASCO, 2004.MERHY, E. E.; FRANCO, T. B.. A formao e qualificao dos profissionais de sadeeo o processo do cuidado a sade. Oficina de Trabalho. VI CONGRESSO NACIONALDA REDE UNIDA. Belo Horizonte - MG/julho/2005.

    MERHY, E. E. Agir em sade: um desafio para o pblico. So Paulo: Hucitec, 1997.

    MINAYO, Maria Ceclia de Souza. O desfio do conhecimento: pesquisa qualitativa emsade. 8 ed, So Paulo: Hucitec, 2004. 269p.

    MINISTRIO DA SADE/CONSELHO NACIONAL DE SADE: Princpios eDiretrizes para a Gesto do Trabalho no SUS(NOB/RH-SUS). Braslia DF: editoraMS, 2005.97p.

    SANTOS FILHO, JOS CAMILO; GAMBOA, SLVIO SNCHEZ. PesquisaEducacional: quantidade-qualidade. So Paulo, 2 ed: Ed. Cortez, 1995,111p.

    SANTOS, M.R; CAMPOS, K.C; SENA, R.R; LIMA, V.L. A N. O Trabalho em Sadea Luz da Interdisciplinaridade. mimeo, BH, 2006.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    Aplicao da metodologia Strategic Sourcing para definio de umaPoltica de Suprimentos Hospitalares

    Anderson Cremasco da SilvaPaula Janete Baraldi Zerbone

    Paulo Csar FernandesRicardo Garcia

    Turma LOG 1

    Projeto de Trabalho de Conclusode Curso para atender exignciacurricular do MBA em Logstica

    Empresarial, da Fundao GetlioVargas.

    Jundia-SP

    Abril/2007

    Introduo Metodologia Cientfica

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    Sumrio

    I ESCOPO DO PROJETO..............................................................................................441.1 Introduo.....................................................................................................................441.2 O problema da pesquisa............................................................................................451.3 Objetivos da Pesquisa....................................................................................................451.3.1 Objetivo Final ou Geral.............................................................................................451.3.2 Objetivos Intermedirios..........................................................................................461.4 - Delimitao do Estudo...............................................................................................471.5 Relevncia do estudo....................................................................................................47II REFERENCIAL TERICO.......................................................................................48III METODOLOGIA DA PESQUISA.......................................................................... 543.1 Tipos de Pesquisa....................................................................................................... 543.1.1 Quanto aos fins.......................................................................................................... 543.1.2 Quanto aos meios...................................................................................................... 543.2 Coleta dos Dados........................................................................................................ 543.3 -Tratamento dos dados................................................................................................. 543.4 - Possveis Limitaes do Mtodo (Plano B)............................................................... 54IV - CRONOGRAMA........................................................................................................ 55V BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR .............................................................................. 56

    Introduo Metodologia Cientfica

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    I ESCOPO DO PROJETO

    1.1 Introduo

    A importncia da atividade de gesto de suprimentos tem crescido muito nosltimos anos, tem sido comum o seu reposicionamento no organograma das empresasdevido ao reconhecimento da sua relevncia estratgica para a empresa com impactodecisivo na lucratividade e posicionamento de mercado. Alguns autores chegam adimensionar a amplitude desse impacto observando que entre 50% a 60% do custo totalda empresa ou revenda so representados pela compra de bens e servios.

    Presses contnuas para reduzir custos e melhorar a visibilidade de gastos econtroles esto alimentando uma revoluo nas estratgias de compras em empresas devrios segmentos e portes.

    O Strategic Sourcing, ou estratgia de compras, que uma abordagemsistemtica e integrada de processos que objetiva reduzir custos de compras tem se

    mostrado eficaz no gerenciamento de suprimentos e no relacionamento entre asorganizaes e suas redes de fornecedores e parceiros.

    Os benefcios de sua adoo so cada vez mais claros para as empresas. Osvrios elementos que a compe alinhamento estratgico; processos e metodologias pragmticas; desenvolvimentos dos profissionais envolvidos; mecanismos e ferramentasde automao e controle tm sido testados e aprovados por muitas organizaes. Ela

    toca diretamente em todas as dimenses de gerao de valor econmico de um negcio:atua na eliminao da fragmentao de fornecedores; na alavacagem de receitas; revisaa forma vigente de negociao e contratao valorizando o estreitamento das relaescom fornecedores chaves que podem levar melhores solues aos clientes; atuadiretamente na reduo de custos; atua nos processos e na estrutura de suprimentos enas especificaes dos itens a serem comprados e contribui com a otimizao dautilizao do capital;

    As instituies hospitalares brasileiras, geralmente, no esto na vanguarda das formasde gesto mais avanadas e comum que elas adaptem casos

    Introduo Metodologia Cientfica

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    de sucessos da indstria e da rea de servios. No diferentequando falamos sobre polticas de suprimentos, pois aindatem-se muito a avanar nesse campo diante disso, ametodologia deStrategic Sourcing, tem muito a agregar a

    gesto hospitalar brasileira.

    Nos hospitais brasileiros tem-se uma realidade com diversas dificuldades, faltade foco de atuao, ausncia de uma poltica de suprimentos e ausncia de sistema deinformao adequado. comum encontramos a rea de compras hospitalares comomera executora de trs cotaes, comprando todos as categorias de bens e servios damesma forma, no tendo uma estratgia de compras clara e bem definida, de acordocom a importncia da categoria para o negcio e tambm de como essa categoria est posicionada no mercado fornecedor.

    Diante desse cenrio surge a motivao de aplicar a metodologia strategic sourcing para alavancar os resultados operacionais e contribuindo com o resultado finalda organizao.

    A partir desse ponto se faz necessrio responder a seguinte questo: Como aplicar ametodologia strategic sourcing para melhorar o desempenho da gesto de suprimentoshospitalares?

    1.2 O problema da pesquisa

    Como aplicar a metodologia strategic sourcing para melhorar o desempenho da gestode suprimentos hospitalares?

    1.3 Objetivos da Pesquisa

    1.3.1 Objetivo Final ou GeralDemonstrar de forma clara e objetiva como aplicar a metodologia strategic sourcing para melhorar o desempenho da gesto de suprimentos hospitalares, criando estratgias

    Introduo Metodologia Cientfica

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    para buscar parcerias inteligentes, com vistas reduo de custos e viabilizao donegcio hospitalar.

    1.3.2 Objetivos Intermedirios

    Demonstrar a evoluo das instituies hospitalares brasileiras e suaadministrao

    Hospital

    Finalidades

    Complexidade da atividade hospitalar

    Discutir o planejamento da demanda e a gesto dos estoques de um hospital

    Conceito de planejamento

    Gesto de estoque

    Gesto da demanda

    Custo do capital e impacto financeiro

    Apresentar a gesto de compras hospitalares

    Gesto de compras e o papel do comprador

    Fontes de Suprimentos

    Negociaes

    Preo

    Tecnologia da informao

    Definir o que a metodologiaStrategic Sourcing

    Estabelecer o conceito desta metodologia, como ferramenta deapoio definio da estratgia de suprimentos.

    Definir as etapas de aplicao daStrategic Sourcing .

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    Demonstrar como aplicar a metodologiaStrategic Sourcing em um hospital privado brasileiro

    Estabelecer a classificao dos itens segundo a metodologia proposta e os resultados a serem alcanados.

    Definir como adquirir as diferentes categorias de itens de estoquesegundo suas caractersticas de mercado e impacto na operaoda organizao, como parte significativa de sua estratgiaempresarial.

    Descrever a atuao dos compradores segundo as estratgias propostas.

    1.4 - Delimitao do Estudo

    O estudo ser baseado nas publicaes sobre a metodologia strategic sourcing e nos

    dados histricos de um hospital privado da cidade de So Paulo com mais de 200 leitos,limitando-se anlise da gesto de suprimentos hospitalares com referncia aos produtos adquiridos: OPME - rteses, prteses e materiais especiais; medicamentos;materiais hospitalares; material de escritrio, gases medicinais; material dehigienizao, Limpeza e descartveis; gneros alimentcios; equipamentos mdico-hospitalares; equipamentos e suprimentos de informtica; Material de manuteno eobras; filmes e qumicos radiolgicos; uniformes e enxoval.

    1.5 Relevncia do estudo

    O estudo de fundamental importncia para estabelecer a identificar quais so asmelhores polticas de compras para cada tipo de categoria de produtos hospitalares, buscando melhorar o desempenho da gesto de suprimentos hospitalares gerando assimuma reduo no custo total de aquisio, reduo de lead time, aumento do nvel de

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    servio, diminuir os nveis de estoque e garantir que no ocorra a ruptura noabastecimento.

    II REFERENCIAL TERICO

    A Organizao Mundial da Sade (OMS) conceitua hospital como parte de umaorganizao mdica e social, cuja funo primordial proporcionar assistncia mdica integral, curativa e preventiva populao, sob quaisquer mtodos deatendimento, constituindo-se, ainda, em centro de educao,capacitao de profissionais e de pesquisas em sade.

    Para Cherubin e Santos (2000), o hospital tem como finalidade:

    Colaborar com as autoridades sanitrias na prestao de servios quecontribuam para a imunizao da populao, como campanhas devacinao e outras.

    Oferecer populao, independentemente da sua condio econmica e

    social, o maior nmero possvel de servios preventivos. Dar cobertura, na medida das suas possibilidades, com servios integrais

    de sade, populao que vire marginalizada, utilizando-se, para isto,tambm de voluntrios.

    Promover cursos, palestras e distribuir material que tenha como objetivoincentivar a preveno.

    Aproveitar o espao do ambulatrio e o tempo de espera das pessoas, para transmitir mensagens, atravs de audiovisuais que tenham comoobjetivo favorecer a orientao sanitria da comunidade.

    Manter servios complexos de diagnstico que possibilitem um bom padro de desempenho e reduzam ao mximo a permanncia dos pacientes.

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    Dar nfase aos equipamentos comuns que facilitem o atendimentouniversalizado. Os equipamentos de ponta devem ser instalados squando comprovada a viabilidade social econmica, para nosobrecarregar a comunidade e criar uma clientela elitizada em detrimentodo atendimento indiscriminado.

    Manter servios de internao que possibilitem a cura completa, paraevitar que os pacientes devam ser transferidos para outras instituies.

    Preocupar-se constantemente com a qualidade do servio prestado, tantono que concerne aos recursos humanos quanto materiais.

    Oferecer aos pacientes e servidores o melhor ambiente possvel deacolhimento e trabalho.

    Propiciar aos servidores e profissionais, atendimento humano, rpido ede padro elevado quando necessitarem tratar da prpria sade.

    Introduzir normas, servios e equipamentos que protejam os servidores

    no trabalho.

    Manter um quadro completo e correto de profissionais adequadamente preparados, para que as suas atividades sejam executadas sempre por quem de direito e que possa ser responsabilizado.

    Segundo Cherubin (1998), para que o hospital possa funcionar satisfatoriamente,cabe ao administrador hospitalar organizar o suprimento de bens e servios de tal forma

    que consiga manter sempre um elevado padro de qualidade, a preos compatveis ecom as melhores condies de pagamento. Um sistema bem gerenciado a assimcriterioso far com que os pacientes sejam bem servidos, proporcionar aos profissionais satisfao e segurana no trabalho e no deixar que os gastos extrapolemo nvel correto dos indicadores hospitalares.

    Introduo Metodologia Cientfica

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    Dessa forma, Baily, et all (2000), defendem que todas as organizaesnecessitam deinputs de bens e servios procedentes de fornecedores externos e que acompra vista pela organizao bem sucedida de hoje como uma atividade de

    importncia estratgica considervel. Entretanto, nem todas as empresas vem comprascomo uma funo desempenhada de forma melhor por um departamento especializado.H aqueles que a vem mais apropriadamente desempenhada quando est prxima ao ponto da necessidade dos bens ou servios que so adquiridos. Ento, talvez sejaverdadeiro dizer que a maioria das grandes organizaes emprega os servios de umaequipe dedicada de especialistas em compras e suprimentos. geralmente aceito queuma competncia-chave do executivo de compras sua habilidade de negociao. As

    negociaes podem envolver o relacionamento com uma ou muitas fontes desuprimentos. Elas podem ser conduzidas individualmente ou entre equipes denegociadores representando interesses diferentes; por ser conduzidas por telefone emquesto de minutos ou levar muitos anos para ser concludas.

    Baily, et all (2000), ainda destacam que muitos compradores acreditam que h

    custos desnecessrios e a serem eliminados do preo se for possvel trabalhar em parceria com os fornecedores. Trabalhando juntos, podem eliminar os custosdesnecessrios da cadeia de suprimentos. Isso possvel de ser atingido pelos seguintesmeios: reduo do nmero de fornecedores da cadeia de suprimentos, desenvolvimentoconjunto de novos produtos, trabalho com fornecedores responsivos, uso de bancos dedados integrados e orientao de fornecedores-chaves.

    Com referncia s aplicaes da Internet na gesto da cadeia de suprimentos,merecem destaque especial os rotuladose-business e e-commerce . O primeiro termo dizrespeito ao uso geral da Internet no mundo dos negcios, enquanto o segundogeralmente est restrito aos limites das transaes de compra e venda. Embora atrecentemente tivesse seu potencial superdimensionado, oe-business , enquanto novomodelo de negcios, ainda tem muito a ser explorado. A questo principal aqui

    entender a Internet como um grande facilitador dos negcios e a servio da gerao devalor na cadeia de suprimentos. No mbito da gesto da cadeia de suprimentos ela no

    Introduo Metodologia Cientfica

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  • 8/9/2019 Apostila Metodologia Sade AMB

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    pode, equivocadamente, ter outros propsitos ou se tornar mais importante que onegcio propriamente dito, conforme Pires (2004).

    Existem permanentes preocupaes em relao ao custo e utilizao de serviosde sade. Alguns principais fatores foram identificados como os responsveis peloaumento dos preos da assistncia mdico-hospitalar. Os gastos salariais crescentes,instalaes maiores e mais sofisticadas exigindo equipamentos mais caros com custosoperacionais mais elevados, variedade de servios disponveis oferecendo mais serviosaos pacientes e aumento dos preos dos insumos pelos fornecedores, conforme Minotto(2002).

    Gesto de compras e fontes de suprimentosAo decidirmos por uma compra de produto, material ou servio necessrio que sefaa um bom planejamento, e este de acordo com Correa, (2000) que enfatizam quesem uma viso do futuro seria impossvel no hoje tomar decises capazes de resultar em realizaes no futuro alinhadas com a necessidade. Dessa forma, um bom planejamento pode gerar estoques mais adequados as necessidades. Os mesmosautores discutem que os estoques podem surgir por uma m coordenao das fases de produo, por incertezas de oferta ou de demanda, ou por especulao, comoaproveitamento de preo antes de reajustes, ou aproveitamento de embalagem de

    transportes, considerando um menor custo unitrio. Para iniciar a administrao de umestoque necessrio, segundo os autores, a criao de modelos de ponto de reposioque levam em conta a demanda e lead time de reposio.

    Junto com os estoques, importante que sejam verificados os principais elementos dagesto de demanda considerando: como a empresa mantm relao com o mercado, asua habilidade de fazer previses, sua flexibilidade e confiabilidade em atendimentono prazo,