apostila de metodologia cientifica

Upload: fernanda-aragao-quintino

Post on 07-Jul-2015

325 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

SETEBRAE Seminrio Teolgico do Betel Brasileiro e Ao Avanglica

Mtodologia Cientifica

Professora Rosali Melo Pinto Aluno ______________________________________

Campina Grande 2011

1

SUMRIOAPRESENTAO................................................................................ PLANO DE ESTUDO DA DISCIPLINA................... .............................. UNIDADE 1 CINCIA E CONHECIMENTO............ .............................. SEO 1 A disciplina Metodologia Cientfica ...................... ............................... SEO 2 A definio de cincia ..................................................................... .... SEO 3 A natureza do conhecimento ................. ............................................ SEO 4 Mtodo e tcnica................................................... .............................. UNIDADE 2 A LEITURA E A DOCUMENTAO..... .......................... SEO 1 A importncia da leitura.. ..................................... ............................. SEO 2 Aproveitamento da leitura ................................... ............................. SECO 3 Documentao ..................................................... .............................. UNIDADE 3 ELABORAO DE TRABALHOS CIENTFICOS ACADMICOS ..................................................... ............................. SEO 1 Tcnicas para redigir textos .................................. ......................... .... SEO 2 Trabalhos cientficos acadmicos ......................... ............................. UNIDADE 4 FORMAS DE ELABORAR CITAES E REFERNCIAS. SEO 1 Regras para elaborao de citaes...................... .............................. SEO 2 Regras complementares das citaes (NBR: 10520, ago.,2010 ..... SEO 3 Formas de apresentao das referncias ............. ............................. SEO 4 Regras complementares de r eferncias (NBR: 6023, ago. 2010 ) ... UNIDADE 5 ESTRUTURA DOS TRABALHOS CIENTFICOS ACADMICOS ..................................................... .............................. SEO 1 Estrutura e apresentao de trabalhos cient ficos acadmicos......... SEO 2 Elementos pr -textuais ......................... ............................................ SEO 3 Elementos textuais............................................... ............................. SEO 4 Elementos ps -textuais....................................... .............................. SEO 5 Formas de apresentao ..................................... .............................. UNIDADE 6 PROJETO DE PESQUISA ...................................... ......... SEO 1 Projetos de Pesquisa: noes introdutrias ......... ....................... ...... REFERNCIAS ................................................... .............................

2

UNIDADE 1 SEO 1 A disciplina Metodologia CientficaMetodologia Cientfica a disciplina que "estuda os caminhos do saber", entendendo que "mtodo" representa caminho, "logia" significa estudo e "cincia", saber. Perceba, ento, o quanto importante estudarmos os caminhos do saber. Os caminhos, ou seja, os mtodos ensinados nesta disciplina, so procedimentos ou normas para a realizao de t rabalhos acadmicos, a fim de dar ordenamento aos assuntos pesquisados. O mtodo um conjunto de procedimentos sistemticos no qual os questionamentos so utilizados com critrios de carter cientfico, para termos fidedignidade dos dados, envolvendo prin cpios e normas que possam orientar e possibilitar condies ao pesquisador, na realizao de seus trabalhos, para que o resultado seja confivel e tenha maior possibilidade de ser generalizado para outros casos. Voc tambm aprender, nesta disciplina, a arte da leitura, da anlise e interpretao de textos, para que no seja, durante o curso, um aluno -copista, que reproduz em suas pesquisas e trabalhos acadmicos o que outros disseram, sem nenhum juzo de valor, crtica ou apreciao, mas, sim, um aluno q ue analisa, interpreta e participa ativamente do seu processo de aprendizagem. Voc sabia que o homem pr -histrico no conseguia entender os fenmenos da natureza, por isso tinha reaes de medo? Durante algum tempo foi assim, as geraes, ao se sucederem, foram recebendo um mundo j trabalhado e adaptado, e as fases foram se modificando, passando do medo tentativa de encontrar explicaes aos fenmenos da natureza, buscando respostas por meio de crenas e magias, que tambm no foram suficientes. O ser humano evoluiu para a busca de respostas atravs de caminhos que pudessem ser comprovados, nos quais pudesse refletir sobre as experincias e transmitir a outros. A necessidade de saber o porqu dos acontecimentos foi o impulso para a evoluo do homem e o surgimento da cincia. Aprofundaremos nossos estudos sobre a evoluo do homem e o surgimento da cincia nas sees a seguir.

A definio de cinciaVoc deve ter percebido que o homem sentiu a necessidade de saber o porqu dos acontecimentos e que, dessa forma, surgiu a cincia (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 84). Para entender melhor esse assunto, voc precisa compreender o que cincia e, tambm, distinguir cincia e senso comum. Vamos, ento, ao conceito de cincia! O que cincia? Etimologicamente, cincia significa conhecimento. Mas, nem todos os tipos de conhecimento pertencem cincia, como o conhecimento vulgar e outros, que estudaremos na seo 3. Vejamos o que alguns autores nos apresentam. Cervo e Bervian (2002, p. 16) afirmam que: A cincia um modo de compreender e analisar o mundo emprico, envolvendo oconjunto de procedimentos e a busca do conhecimento cientfico atravs do uso da conscincia crtica que levar o pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o principal do secundrio. A

cincia demonstra que capaz de fornecer respostas dignas de confiana sujeitas a crticas; uma forma de entender, compreender os fenmenos que ocorrem. Na verdade, a cincia constituda pela observao sistemtica dos fatos; por intermdio da anlise e da experimentao, extramos resultados que passam a ser avaliados universalmente. Quando faz referncia cincia, Oliveira (2002, p. 47) afirma que: Trata-se do estudo, com critriosmetodolgicos, das relaes existentes entre causa e efeito de um fenmeno qualquer no qual o estudioso se prope a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicaes prticas. uma forma de conhecimento sistemtico, dos fenmenos da natureza, dos fenmenos sociais, dos fenmenos biolgicos, matemticos, fsicos e qumicos, para se chegar a um conjunto de concluses verdadeiras, lgicas, exatas, demonstrveis por meio da pesquisa e dos testes. Voc pode

perceber, com o autor, que os fenmenos de que os homens pr -histricos sentiam medo

3

passaram a ser explicados pelos estudos, por meio de critrios metodolgicos. Veja a importncia da cincia como uma forma de conhecimento humano, objetivo, racional, sistemtico, geral, verificvel e falvel. Agora que voc j sabe o que a cincia, precisa entender tambm que o trabalho de cunho cientfico implica a produo do conhecimento, sendo este classificado como comum e cientfico. No conhecimento cientfico, o pensar deve ser sistemtico, verificando uma hiptese (ou conjunto de hipteses), atribuindo o rigor na utilizao de mtodos cientficos. Dessa forma, o trabalho cientfico configura -se na produo elaborada a partir de questes especficas de estudo. Segundo Galliano (1986, p. 26), ao analisar um fato, o conhecimento cientfico no apenas trata de explic -lo, mas tambm busca descobrir suas relaes com outros fatos e explic-los. E sobre o senso comum? Para entendermos melhor o senso comum e sabermos diferenci -lo do conhecimento cientfico, podemos nos apropriar da literatura que nos apresentam diversos autores, como Galliano (1986), Cervo e Bervian (2002), Lakatos e Marconi (2003), Fachin (2003), entre outros, que definem senso comum como algo que vem da experincia do dia a-dia, os conhecimentos que se desenvolvem a partir do cotidia no ou da necessidade. O senso comum, enquanto conhecimento aprendido luz das experincias e observaes imediatas do mundo circundante, uma forma de conhecimento que permanece no nvel das crenas vividas, segundo uma interpretao previamente estabelecida e adotada pelo grupo social. Ao contrrio do conhecimento cientfico, leva a pensar de forma assistemtica, sensitiva e subjetiva, sem atribuir o rigor e a utilizao do mtodo cientfico. importante sabermos que do conhecimento do senso comum podemos desenvolver o conhecimento cientfico, pois ditos populares podem gerar questes que, s vezes, levam pesquisa e investigao cientfica, ou seja, aquilo a que o senso comum no responde, a cincia pode responder. Voc pode entender melhor a diferen a entre o senso comum e o conhecimento cientfico, pensando nos tratamentos mdicos. Muitos remdios foram utilizados, inicialmente, pelas comadres ou pelos ndios, uma vez que o conhecimento deles era advindo do senso comum, que tambm chamamos de conhec imento vulgar. Quer saber como? Aos remdios produzidos pelas comadres, pode ser aplicado um mtodo cientfico, aps ser comprovada a eficcia dos mtodos de cura; passam, ento, a ser considerados um conhecimento cientfico. Antes disso, no era vlida a comprovao do senso comum, mesmo que j tivesse curado diversas doenas, porque no havia passado pelo mtodo cientfico. Voc pode associar isso sua vida acadmica. Muitas vezes, na realizao de um trabalho de estudos, com a investigao de um problem a, voc precisar aplicar os mtodos cientficos para chegar a um resultado comprovado, no poder ficar no achismo ou no vou fazer assim porque sempre deu certo. Perceba, ento, a importncia da utilizao dos mtodos cientficos na sua vida acadmica! Agora que voc finalizou o estudo desta seo, veja se assimilou bem o contedo, fazendo a auto -avaliao a seguir.

A natureza do conhecimentoVoc j parou para pensar nos tipos de conhecimento existentes? Certamente voc convive com alguns deles. Fazendo a leitura dessa seo, voc conseguir identificar os conhecimentos que fazem parte da sua vida. Ento, vamos l! Existem pelo menos quatro nveis de conhecimento fundamentais: emprico, cientfico, filosfico e teolgico. Cabe lembrar que, na acad emia, voc utilizar somente o conhecimento cientfico, porm necessrio conhecer todos, para entend -lo melhor. Veja o que dizem os autores Cervo e Bervian (2002, p. 8-12) sobre o assunto. yEmprico: o conhecimento popular (vulgar), guiado somente p elo que adquirimos na vida cotidiana ou ao acaso, servindo -nos da experincia do outro, s vezes ensinando, s vezes aprendendo, num processo intenso de interao humana e social. assistemtico, est relacionado com as crenas e os valores, faz parte de antigas tradies. Como exemplo de conhecimento emprico, voc j deve ter ouvido o dito popular de que tomar ch de macela, mais conhecida como marcela, cura dor de estmago, mas ela precisa ser colhida na Sexta -feira Santa, antes do sol nascer. y Cientfico: o conhecimento real e sistemtico, prximo ao exato, procurando conhecer alm do fenmeno em si, as causas e leis. Por meio da classificao, comparao, aplicao dos mtodos, anlise e sntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou do

4

universo, princpios e leis que estruturam um conhecimento rigorosamente vlido e universal. Neste, so feitos questionamentos e procuradas explicaes sobre os fatos, atravs de procedimentos que possam levar ao resultado com comprovao. No considerado algo pronto, acabado e definitivo, busca constantemente explicaes, solues, revises e reavaliaes de seus resultados, pois, segundo Cervo e Bervian (2002), a cincia um processo em construo. Analisar o mesmo exemplo anterior no contexto cientf ico, poderia, mediante o estudo, verificar a relao de causa e efeito e o princpio ativo que determina o desaparecimento do sintoma dor de estmago, quando da ingesto do ch de macela. y Filosfico: procura conhecer a realidade em seu contexto univer sal, sem solues definitivas para a maioria das questes; busca constantemente o sentido da justificao e a possibilidade de interpretao a respeito do homem e de sua existncia concreta. A tarefa principal da filosofia resume-se na reflexo. Cervo e Bervian (2002) apresentam alguns exemplos que deixam claro esse conceito, verifique: - A mquina substituir o homem? - As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado do homem? - O que valor hoje? A filosofia procura compreender a realidade em seu con texto universal. No produz solues definitivas para grande nmero de questes, mas habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para entender melhor o sentido da vida, concretamente. y Teolgico: o estudo de questes referentes ao conhecimento da divindade, implicando sempre em uma atitude de f diante de revelaes de um mistrio ou sobrenatural, interpretados como mensagem ou manifestao divina. Esse conhecimento est intimamente relacionado a um Deus, seja este Jesus Cristo, Buda, Maom, um ser invisvel, ou qualquer entidade entendida como ser supremo, dependendo da cultura de cada povo, com quem o ser humano se relaciona por intermdio da f religiosa. Exemplo disso so os conhecimentos adquiridos e praticados pelos homens tendo como base os textos da Bblia Sagrada ou quaisquer outros livros sagrados. Voc j pode diferenciar os diversos tipos de conhecimento, mas vale a pena apresentarmos algumas contribuies de outros autores. Oliveira (2003) contribui, ainda, sobre o assunto, sintetiza ndo os tipos de conhecimento, conforme Quadro 1: As vrias formas de conhecimento: Vulgar, Cientfico, Filosfico, Religioso, valorativo, reflexivo, falvel, assistemtico, verificvel, inexato, real, contingente, falvel, sistemtico, verificvel, exato, valorativo, racional, infalvel, sistemtico, noverificvel, exato, valorativo, inspiracional , infalvel, sistemtico, no-verificve, exato. A seguir, procuramos sintetizar o quadro apresentado por Oliveira (2003, p. 37 - 41), somado s contribuies de Galliano (1986, p. 18 -20), sobre as formas de conhecimento: y Conhecimento vulgar ou popular : utilizado por meio do senso comum, geralmente passado de gerao em gerao, disseminado pela cultura baseada na imitao e experincia pessoal; empregado pela experincia pessoal do dia -a-dia, sem crtica. y Conhecimento filosfico : no passvel de observaes sensoriais, utiliza o mtodo racional, no qual prevalece o mtodo dedutivo antecedendo a experincia; no exige comparao experimental, mas coerncia lgica, a fim de procurar concluses sobre o universo e as indagaes do esprito humano. y Conhecimento religioso ou teolgico : incontestvel em suas verdades, por tratar de revelaes divinas; no colocado prova e nem pode ser verificado. y Conhecimento cientfico : por meio da cincia, busca um conhecimento sistematizado dos fenmenos, obtido segundo determinado mtodo, que aponta a verdade dos fatos experimentados e sua aplicao prtica. O conhecimento cientfico pode ser: contingente (hipteses traduzem resultado atravs da experimentao); sistemtico (procedimento ordenado forma um sistema encadeado de idias); verificvel (afirmaes podem ser comprovadas); falvel (novas proposies podem mudar as teorias existentes); real (lida com o real, conforme ocorrncia dos fatos) isso o que enfatiza Oliveira (2003, p. 39 - 40).

Mtodo e tcnica5

Iniciaremos os estudos desta seo observando que a utilizao de mtodos cientficos no uma questo exclusiva da Cincia. Por outro lado, podemo afirmar que no h Cincia sem que haja o emprego sistemtico de mtodos cientficos. Assim, apresentamos alguns conceitos de mtodo cientfico, para depois apresentarmos a diferena entre o mtodo e a tcnica, e voc entender melhor essa relao com a Ci ncia. Veja como Lakatos e Marconi (2003, p. 85) o definem: [...] o mtodo um conjunto das atividades sistemticas e racionais que,com maior segurana e economia, permite alcanar o objetivo conhecimentos vlidos e verdadeiros , traando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decises do cientista.

Tambm Oliveira (2002, p. 58) contribui, afirmando que mtodo um conjunto de regras ou critrios que servem de referncia no processo de busca da explicao ou da elaborao de previses, em relao a questes ou problemas especficos. Porm, antes de desenvolver o mtodo, preciso estabelecer os objetivos que pretendemos atingir, de forma clara, examinando de uma maneira ordenada as questes: Por que ocorre? Como ocorre? Onde ocorre? Quando ocorre? O que ocorre? Mtodo o conjunto de processos empregados em uma investigao. Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 23 -25), no inventamos um mtodo, ele depende do objeto da pesquisa, pois toda a investigao nasce de algum problema observado ou sentido, por isso o uso do conjunto de etapas de que se serve o mtodo cientfico, para fornecer subsdios necessrios na busca de um resultado para a hiptese pesquisada. Segundo Fachin (2003, p. 28), o mtodo cientfico um trao caracterstico da cincia aplicada, pelo qual se coloca em evidncia o conjunto de etapas operacionais ocorrido na manipulao para alcanar determinado objetivo cientfico. Para tanto, consideramos pelo menos dois aspectos do mtodo cientfico: y sua aplicao de modo generalizado, denominada mtodo geral; y sua aplicao de forma particular, ou, relativamente, a uma situao do questionamento cientfico, denominada mtodo especfico. O mtodo , portanto, segundo Oliveira (2002, p. 57), Uma forma de pensar par se chegar natureza de um determinado problema, quer seja para estud -lo, quer seja para expliclo. Voc j pode entender que a cincia constituda de um conhecimento racional, metdico e sistemtico, capaz de ser submetido verificao, buscado atravs de mtodos e tcnicas diversas, ou seja, por passos nos quais se descobrem novas relaes entre fenmenos que interessam a um determinad o ramo cientfico ou aspectos ainda no revelados de um determinado fenmeno (GALLIANO, 1986, p. 28). Agora que voc leu a contribuio de diversos autores especializados no assunto sobre mtodos, apresentaremos uma situao interessante, descrita por Galliano (1986, p. 4-5). O autor afirma que qualquer pessoa vive diariamente cercada por mtodos, ainda que no os perceba. Ao limpar a casa, voc no passa, primeiro, o pano molhado, para, depois, varrer o cho; ao fazer um churrasco, voc no assa a carne antes de colocar o sal e os temperos; ao comer uma laranja, voc no a corta em pedaos para depois tirar a casca; tem de usar o mtodo adequado para atingir um objetivo to simples. Galliano cita um exemplo, o de estar calado com meia e sapato, que deixa ainda mais clara a explicao. Se no seguir a ordem correta das aes, primeiro voc calar o sapato, depois verificar que no possvel pr a meia, j calado com o sapato, assim, ter de descal -lo, para ento colocar a meia e novamente callo. O que o autor quis demonstrar com o exemplo? Que, ao deixar de seguir a ordem correta das aes no emprego do mtodo, o resultado no alcanado na primeira tentativa. Para chegar ao resultado esperado, voc deve voltar ao incio da seqncia e faz -la de forma correta, ou seja, observar o mtodo, j que quando o mtodo no observado, voc gasta tempo e energia inutilmente. O autor complementa: o mtodo nada mais do que o caminho para chegarmos a um fim. Reflita um pouco. Voc consegue lembrar de outros mtodos que esto presentes na sua vida cotidiana? Analise o que existe de comum entre eles, assim, poder fazer sua prpria definio sobre mtodo.

Como se classificam os mtodos cientficos? Para esclarecer melhor o assunto, apresentaremos as diversas formas de classificao dos mtodos cientficos, segundo alguns autores especializados no assunto. Dentre os mtodos mais usuais para o desenvolvimento e a ordenao do raciocnio, Bastos e Keller (2002, p. 84 -85) destacam: ydeduo: descobre uma verdade a partir de outras verdades que j conhecemos; yinduo: parte da enumerao de experincia ou casos particulares, p ara chegar a concluses de ordem universal; inclui quatro etapas: observao, hiptese, experimentao e a constatao de que a hiptese levantada, para explicar o fato observado, confirmada pela experimentao e transformada em teoria ou lei. yindutivo: um procedimento do raciocnio que, a partir de uma anlise de dados particulares, encaminhamos para as noes gerais. A autora apresenta o seguinte exemplo: partindo da observao emprica de que a prata minrio condutor de eletricidade e que se inclui no grupo dos metais, ela faz, por sua vez, parte dos minrios. Disso se infere, por anlise indutiva, que a prata condutor de eletricidade; ydedutivo: parte do geral para o particular. Sobre o mesmo exemplo, a autora afirma que todos os metais so condutores de eletricidade. A prata um metal, logo, condutor de eletricidade. Pelo raciocnio dedutivo, se os metais pertencem ao grupo dos condutores de eletricidade e se a prata conduz eletricidade, necessariamente, entendemos que a prata um metal. Conclui Fachin (2003, p. 31) que os mtodos indutivo e dedutivo no se opem e constituem uma nica cadeia de raciocnio. Cita, ainda, como exemplo: a varola curvel com a vacina X; ora, um paciente tal portador de varola, logo, curado com a vacina X. Houve uma intuio para estabelecer a ordem geral do conhecimento quanto ao medicamento, por meio do raciocnio dedutivo, com o aproveitamento de uma experincia conhecida e induzida anteriormente. O mtodo indutivo uma fase meramente cientfic a, o esprito experimental da cincia, que oferece probabilidades, enquanto o dedutivo a fase da realizao da atividade, oferecendo certezas. Oliveira (2002, p. 63) complementa, sobre os mtodos indutivo e dedutivo, quando observa que: A deduo e a induo, tal como a sntesee anlise, generalizaes e abstraes, no so mtodos isolados de raciocnio de pesquisa. Eles se completam [...]; a concluso estabelecida pela induo pode servir de princpio premissa maior para a deduo, mas a concluso da deduo pode tambm servir de princpio da induo seguinte premissa menor , e assim sucessivamente. De acordo com Miranda Neto (2005, p. 22 -26), o

mtodo cientfico no um s, existem diferentes formas de procedermos para obter resultados cientficos; os mtodos analtico e sinttico, indutivo e dedutivo so de importncia fundamental para a construo da base terica de todas as cincias, cabe ao pesquisador decidir qual o mtodo mais adequado. At este momento, falamos sobre mtodo de pesquisa; agora, falaremos sobre tcnicas e a diferena entre mtodo e tcnica. A tcnica da pesquisa trata dos procedimentos prticos que devem ser adotados para realizar um trabalho cientfico, qualquer que seja o mtodo aplicado, o que escreve Miranda Neto (2005, p. 39). A tcnica serve para registrar e quantificar os dados observados, orden-los e classific-los. A tcnica, especifica como fazer (OLIVEIRA, 2002, p. 58). Para a realizao de uma pesquisa, necessrio o uso de tcnicas adequadas, capazes de coletar dados suficientes, de modo que dem conta dos objetivos traados, quando da sua projeo. Para determinar o tipo de instrumento, necessrio observar o que ser estudado, a que ir reportar. Na realizao de uma pesquisa, segundo Oliveira (2003, p . 66), depois de definidas as fontes de dados e o tipo de pesquisa, que pode ser de campo ou de laboratrio, devemos levantar as tcnicas a serem utilizadas para a coleta de dados, destacando-se: questionrios, entrevistas, observao, formulrios e discusso em grupo. E ento, como podemos diferenciar mtodo e tcnica? Veja o que Fachin (2003, p. 29) escreve: Vale a penasalientar que mtodos e tcnicas se relacionam, mas so distintos. O mtodo um conjunto de etapas ordenadamente dispostas, destinadas a realizar e antecipar uma atividade na busca de uma realidade; enquanto a tcnica est ligada ao modo de se realizar a atividade de forma mais hbil, mais perfeita. [...] O mtodo se refere ao atendimento de um objetivo, enquanto a tcnica operacionaliza o mtodo.

7

Unidade 2 A leitura e a documentaoOBJETIVOS BJETIVOS DE APRENDIZAGEMAo terminar a leitura desta unidade, voc dever ser capaz de: yperceber a importncia da disciplina para a formao acadmica; ydesenvolver o hbito pela leitura; y conhecer as etapas para a realizao da leitura; yadotar a prtica da documentao. PLANO DE ESTUDO A fim de atingir os objetivos propostos nesta unidade, o contedo est dividido em sees: Seo 1: A importncia da leitura Seo 2: Aproveitamento da leitura Seo 3: Documentao Para incio de estudo Precisamos reservar tempo para a leitura, pois o ato de ler constitui -se numa atitude fundamental para a formao, de maneira que, quando optamos por um curso superior, no podemos fugir do compromisso de ser leitores assduos dos temas que so tratados na sala de aula e dos acontecimentos que envolvem a sociedade em que vivemos. Seu sucesso nos estudos e, conseqentemente, profissional, depende apenas de voc, da sua capacidade de ir em frente.

SEO 1 A importncia da leituraQuem no possui o hbito da leitura, precisa desenvolv -lo, pois difcil uma formao de qualidade sem muita leitura. O objetivo desta seo apresentar algumas informaes que venham a despertar em voc o gosto pela leitura e oportuniz-lo a fazer melhor proveito dela. Como voc costuma selecionar seu material de leitura? O que voc necessita saber que, quando encontrar o material que julgar certo, primeiro precisa fazer uma leitura de reconhecimento, olhar a capa e contracapa, o autor, as orelhas, o sumrio (neste, observe os ttulos e subttulos), as referncias indicadas pelo autor (para ter uma noo mais precisa sobre as bases em que o autor se apoiou), a introduo e o prefcio dos livros, para depois ler. Esses elementos, de acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 91), Nascimento e Pvoas (2002, p. 29-30) e Galliano (1986, p. 74), podem dar uma idia sobre o tema, e voc poder identificar se ser til para o objetivo que pre tende alcanar no seu estudo. Uma dica importante: quando fizer leitura para pesquisa, anote os pontos principais em fichas de leitura, bem como a fonte consultada. No perca isso de vista, pois, se no tiver mo a referncia do material utilizado, no p oder utilizar daquele contedo. No livro, os dados esto cont emplados, em uma ficha catalogr fica, na segunda ou terceira folha, nas revistas, esto na capa. Faa uma cpia desses dados ou anote, para referenciar ao final do texto, quando for fazer os apontamentos. A finalidade da leitura deve ser memorizar, apreender o contedo e formar um senso crtico sobre o assunto, de acordo com Bastos e Keller (2002, p. 19 -32) e Galliano (1986, p. 70 -71). preciso, antes de se fazer qualquer fundamentao, levar em considerao trs regras bsicas para facilitar a aprendizagem:

8

yateno: capacidade de concentrao em um s objeto, sabendo que, a ateno no pode se manter fixa por longos perodos, sem perder sua eficcia, por isso um perodo de ateno requer outro de descanso. Para prender a ateno, ideal criar o mximo de interesse pelo assunto estudado; y memria: memorizar reter ou compreender o que mais significativo de um contedo, ao inverso de ter decorado, o que s permite repetio. A memorizao possvel a partir da observao dos seguintes pontos: repetio, ateno, emoo, interesse e relacionamento dos fatos com outros contedos, j retidos na memria; yassociao de idias: uma capacidade que possibilita ao indivduo relacionar e ev ocar fatos e idias. fcil observar quantos assuntos vm tona, por fatos e idias relacionadas com experincias anteriores do interlocutores, na troca de palavras em uma conversa. Para melhor aprendizagem, podemos usar dessa tcnica, para associar o co ntedo. Para adquirir o hbito da leitura, devemos reservar um tempo dirio para ler, selecionar material e local apropriado. Saiba Mais Visite a biblioteca da Universidade, observe o acervo de materiais para leitura, tanto impressos quanto digitais e o caminho ideal para localizar livros e demais materiais, contedo, por exemplo: www.google.com.br; www.scielo.com.br; ww.dominiopublico.com.br

SEO 2 Aproveitamento da leituraCom certeza, voc j sabe que, mesmo com todo o avano de tecnologias, a leitura a melhor forma para a aquisio do conhecimento. Por intermdio da leitura, podemos ampliar e aprofundar conhecimento sobre determinado campo cultural ou cientfico, aumenta r o vocabulrio pessoal e, por conseqncia, comunicar as idias, de forma mais eficiente. Algumas etapas devem ser seguidas, para realizar uma leitura; vejamos o que nos apresenta Cervo e Bervian (2002, p. 96 -99): ypr-leitura: a leitura de reconhecimento que examina a folha de rosto, os ndices, a bibliografia, as citaes ao p da pgina, o prefcio, a introduo e a concluso. Tratando se de livro, a dica percorrer o captulo introdutrio e o final; no caso de leitura de um captulo, ler o primeiro pargrafo. Quando for um artigo de revista ou jorn geralmente, a idia est contida no ttulo do artigo e subttulos, que se apresentarem. Lembre que os primeiros pargrafos, em geral, tratam dos dados mais importantes; yleitura seletiva: selecionar eliminar o dispensvel para nos fixarmos no que realmente nos interessa; para tanto, necessrio definir critrios, ou seja, os objetivos do trabalho, pois somente os dados que forneam algum contedo sobre o problema da pesquisa que possam trazer uma resposta que devem ser selecionados; yleitura crtica ou reflexiva: supe a capacidade de escolher as idias principais e de diferenci-las entre si das secundrias. Dessa forma, diante da problemtica de uma pesquisa, o estudante precisa fa zer reflexo por meio da anlise, comparao, diferenciao, sntese e do julgamento, levantando similaridades ou no, para formar sua idia sobre o assunto. Nessa fase, tambm, voc deve ter viso global do assunto, passando para a anlise das partes, che gando a sntese; yleitura interpretativa : nessa fase, o pesquisador procura saber o que realmente o autor afirma e que informaes transmite para a soluo dos problemas formulados na pesquisa. Chegando a essa etapa, o momento de procedermos integra o dos dados descobertos durante a leitura na redao do trabalho de pesquisa. Para alcanar os resultados a que se prope, de acordo com Galliano (1986, p. 71 - 73) e Andrade (2001, p. 25 -26), o leitor dever levar em conta algumas regras: yjamais realizar uma leitura de estudo sem um objetivo definido. Para que est lendo? Qual o propsito da leitura? ypreste ateno no texto para haver entendimento, assimilao e apreenso das idias apresentadas pelo autor;

9

y caso haja palavras desconhecidas no text o, recorra ao dicionrio, para se orientar; y seja crtico, avaliando o texto lido. Distinga o que verdadeiro, significativo e importante no texto. Questione -se da validade do texto, tentando encontrar respostas para as questes: Para que serve essa leitura? Como o autor est demonstrando o tema? Qual a idia principal do texto? Posso aceitar o argumento do autor? O que estou aprendendo com esse texto? Vale a pena continuar a leitura? y analise as partes do texto e estabelea relaes entre elas, a fi m de compreender a organizao do contedo; y saiba fazer uma triagem do que esteja lendo e perceba a sua aplicabilidade no momento; yevite sublinhar um texto na primeira leitura, primeiramente, faa uma leitura de reconhecimento e, em seguida, realize uma leitura reflexiva; yelabore uma sntese, resumindo os aspectos essenciais, deixando de lado aquilo que secundrio ou acessrio, mantendo uma seqncia lgica; ybusque saber a autenticidade do texto, verificando a autoria (quem escreveu?), poca (quando foi escrito?), local (onde?), se documento original ou cpia, por que via chegou at voc? Analise a autoridade dos autores citados; yverifique possveis circunstncias que levaram o autor redao (por qu?), visando obteno de uma explica o objetiva, lgica para o aparecimento do texto. (Geralmente, encontramos na apresentao ou prefcio do livro); ypreste ateno nas palavras -chave, que indicam a idia principal contida no texto. Muito bem, agora que voc j sabe como alcanar os resultados desejados com a leitura, passaremos a outra etapa muito importante que a fase da documentao, pois precisamos registrar as informaes que lemos. Vamos em frente!

SECO 3 DocumentaoPara que voc obtenha resultados eficazes em seus estudos, al m de muita leitura, necessrio compreenso e assimilao dos contedos. Um recurso que poder lhe auxiliar nesse sentido adotar a prtica da documentao. Documentao a organizao e o registro de informao; uma prtica que dever ser desenvolvi da, visando facilitar seus estudos. Existem duas formas de documentao: y Documentao geral : a conservao do material em pastas ou caixa. Os materiais geralmente conservados so textos, apostilas, recortes de jornais e outros. Normalmente, so organizados por temas, o que torna a busca pela informao mais demorada. y Documentao bibliogrfica : o material lido deve ser armazenado; as formas de organizao e armazenamento podem variar, como, por exemplo, a organizao por intermdio de citaes, resumos, comentrios, entre outros, e por meio do fichamento, que, alm de documentar o texto, registra tambm as informaes da obra consultada, a essas informaes da obra, chamamos de referncia. Para elaborar referncias de diversas fontes, tais como livros, revistas, sites de internet e outros, precisamos conhecer as Normas estabelecidas pela ABNT; mais adiante, voc ter a oportunidade de conhec -las. O fichamento um procedimento utilizado na organizao de dados da pesquisa de documentos. Sua final idade a de arquivar as principais informaes das leituras feitas e auxiliar, na identificao da obra. Pode no parecer, por ser incio de estudo, mas pode ter certeza de que as fichas constituem um dos mais valiosos recursos de estudo de que se valem os pesquisadores, para a realizao de uma pesquisa, por isso, ao elaborar o fichamento, importante a utilizao de critrios segundo as normas da ABNT, pois, assim, voc ter as anotaes necessrias, no momento em que precisar escrever sobre determinado assunto. Voc poder armazenar seu fichamento no computador, facilitando o acesso s informaes quando da elaborao dos trabalhos acadmicos. A estrutura mnima sugerida para um fichamento :

10

y Iniciar com a elaborao do cabealho, que pode ser dividi do em apenas dois campos: o primeiro deve ser o ttulo geral e o segundo, o ttulo especfico. Ex: Metodologia Cientfica (ttulo geral) Mtodo Indutivo e Dedutivo (ttulo especfico) O Mtodo Cientfico (ttulo geral) Maior eficincia nos estudos (ttulo especfico) y Referncia: deve contemplar a autoria, o ttulo da obra, local de publicao, editora e ano de publicao. Ex: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Cientfica. 3. ed. So Paulo:Atlas, 2000. 279 p.

GALLIANO, Alfredo Guilherme. O mtodo cientfico: teoria e prtica. So Paulo: Harbra, 1986. 200 p. y Corpo ou texto da ficha : onde o contedo desenvolvido, por meio de resumo ou citao. FICHA DE CITAO Ficha de citao construda utilizando partes de obras, ou captulos ou artigos. O fichamento de transcrio refere-se a texto de autores, ou seja, formada de citaes diretas, e essas transcries, ao serem elaboradas, devero seguir as normas da ABNT. As transcries podem ser: y citaes diretas, com texto na ntegra; y citaes com omisses de palavras, isto , supresses de texto que no interessam no contexto, indicadas com trs pontos entre colchetes [...]; Assim, ao transcrever no corpo ou texto da ficha, deve observar todas as normas de citaes, isto , fazer em bloco, letra 10, espao simples, citaes que ultrapassem trs linhas; fazer em texto corrido e entre aspas duplas ( ) se a citao for de at trs linhas, sempre lembrando de citar a pgina da obra pesquisada ao final da cita o. Lembre-se de que, no momento do fichamento, no precisa colocar o autor e o ano, porque esses dados j constam no cabealho da ficha. Acompanhe um exemplo de ficha de citao.Metodologia Cientfica Mtodo Indutivo e Dedutivo 01 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Cientfica. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2000. 279 p. A induo um processo mental por intermdio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, no contida nas partes examinadas (p. 53). Uma caracterstica que no pode deixar de ser assinalada que o argumento indutivo, da mesma forma que o dedutivo, fundamenta-se em premissas. Contudo, se nos dedutivos, premissas verdadeiras levam inevitavelmente concluso verdadeira, nos indutivos conduzem apenas a concluses provveis (p. 53). [...] de vital importncia compreender que, no mtodo dedutivo, a necessidade de explicao no reside nas premissas [...] por outro lado, no necessrio que o princpio geral aduzido seja uma lei casual (p. 69). Outro importante ponto a ser assinalado no mtodo dedutivo a questo de se saber se a explicao de leis [...] tambm consiste, unicamente, em subordin-las a algum princpio mais geral [...] dizer que a teoria explica as leis significa algo mais do que a mera deduo lgica: a deduo necessria verdade da teoria, mas no suficiente [...] (p. 70). Biblioteca Unoesc

No modelo de ficha apresentado, iniciamos com uma citao curta (c0m at 3 linhas) na continuidade do texto e entre aspas duplas, identificando a pgina do livro de onde foi extrada a citao. Seguimos com uma citao longa, obedecendo a um recuo de 4 cm da margem, sem aspas e com mais de 4 linhas. Continuamos com uma citao, iniciando co m supresso [...] em que suprimimos palavras do texto, nas citaes. Quando voc estudar as Normas da ABNT sobre citaes, lembre -se de retornar a esta seo para melhor identificar e ampliar sua viso, sobre ficha de citao.Ttulo geral Ttulo especfico Corpo ou

11

texto da ficha Local

FICHA DE RESUMO Ficha de Resumo: uma sntese das principais idias contidas na obra. Nesse tipo de ficha, voc deve elaborar uma sntese com suas prprias palavras. Segundo Medeiros, um dos recursos mais comuns na realizao de pesquisas bibliogrficas. Observe o modelo de fichamento de resumo. O Mtodo Cientfico Maior eficincia nos estudos 01 GALLIANO, Alfredo Guilherme. O mtodo cientfico: teoria e prtica. So Paulo: Harbra, 1986. 200 p. A obra de Galliano apr esenta que, antes de iniciarmos o estudo da Metodologia Cientfica, preciso ter conscincia de que no um bicho -de-setecabeas, mas, que preciso dedicar ateno e ser persistente nos estudos. Que necessrio entender o mtodo a partir das prprias e xperincias vivenciadas no diaa-dia, que existem mtodos e tcnicas, e que ns j sabemos que assim, que existe uma diferena fundamental entre ambos, sendo o mtodo um conjunto de etapas a serem vivenciadas e a tcnica, um modo de fazer mais hbil e que um mtodo, permite a utilizao de diferentes tcnicas. O autor tambm faz referncia ao processo de acumulao e transmisso de conhecimento como a mola propulsora da Cincia e do progresso da humanidade, e que o acumulo de conhecimento conduz ao aperfe ioamento da mentalidade, e o desenvolvimento racional que desperta para a cincia propriamente dita. Biblioteca Unoesc Voc tambm pode optar por ficha de resumo mista, construindo pargrafos, resumindo as idias do autor com suas prprias palavras e in cluindo pargrafos com citaes curtas e longas. Conforme j mencionado, o tipo de ficha voc quem escolhe, mas importante observarmos as contribuies de Medeiros. Com a difuso dos microcomputadores e dos processadores de texto, Medeiros (2004, p. 130) observa que hoje se tornou muito fcil armazenar informaes em arquivos eletrnicos, com a vantagem de que no h limite de linhas, como o Loca,l Corpo ou texto da ficha, Ttulo geralTtulo especfico.

fichamento de papel. Outra grande vantagem que possvel copiar textos, transferir informaes de um local para outro, facilmente. necessrio que voc se lembre de que, quando fizer o fichamento, dever sempre utilizar as tcnicas de leitura, aproveitando ao m ximo o que est lendo, a fim de compreender e separar as partes que interessam quela temtica. Percebeu como o trabalho de pesquisa poder ser facilitado, a partir da compilao dos dados, por intermdio do fichamento? Saiba Mais

Unidade 3Elaborao de trabalhos cientficos acadmicosOBJETIVOS BJETIVOS DE APRENDIZAGEM12

Ao terminar a leitura desta unidade, voc dever ser capaz de: yentender as tcnicas para redigir textos; yelaborar trabalhos cientficos acadmicos solicitados pelos professores. PLANO DE ESTUDO A fim de atingir os objetivos propostos nesta unidade, o contedo est dividido em sees. Seo 1: Tcnicas para redigir textos Seo 2: Trabalhos cientficos acadmicos

SEO 1 Tcnicas para redigir textosNa redao do texto de forma cie ntfica, Fachin (2003, p. 188) determina que as informaes devem obedecer ordem lgica do raciocnio, passando para o papel uma linguagem clara e precisa, sem verbalismo inconsistente, podendo seguir essas orientaes: yusar de frases completas e curt as; yevitar repeties do ttulo na primeira frase; yempregar verbos em terceira pessoa; y coletar dados bibliogrficos obedecendo ordem das informaes; ypreferir palavras familiares e termos de fcil compreenso; yno rascunho, escrever o que l he vier cabea. Depois, eliminar as parte desnecessrias e dar continuidade construo do texto; y recorrer a um amigo fazendo -o ler; as reaes dele podero ser de grande utilidade; yusar clareza ao expressar as idias, pois um trabalho cientfico acadmico tem por objetivo expressar e no impressionar; y ter sempre mo um dicionrio de lngua portuguesa; y ter cuidado com termos que expressem qualidade, quantidade, freqncia, quando usados com palavras como bom, muito, s vezes; podem da r margem a diferentes interpretaes; yevitar o incio de frases diretamente com nmeros, como: 12 professores pertencem ao Curso de Direito. O indicado seria: No curso de Direito, h doze professores. O rigor nas regras apresentadas faz da redao do tr abalho uma atividade cientfica que deve atender os leitores em geral, porm, a linguagem escrita, deve levar em conta seu estilo prprio de escrever. Tcnicas na elaborao de trabalhos para facilitar seus estudos? y tcnica de sublinhar ou destacar : o uso dessa tcnica, segundo Salomon (2001, p. 103 104), Oliveira (2003, p. 153) e Medeiros (2004, p. 25), possibilita destacar as idias principais, as palavras -chave e as passagens importantes de um texto. Em geral, a idia principal encontra -se na primeira frase. preciso ler o texto e formular perguntas sobre ele, procurando respond -las medida que l. Para a eficcia no uso dessa tcnica, voc, aluno, pode seguir os passos abaixo: yfazer a primeira leitura integral do texto, sem sublinh -lo; yem uma segunda leitura, sublinhar apenas o que realmente importante: idias principais, dando destaque s palavras -chave. As palavras sublinhadas devem permitir uma releitura do texto, semelhante leitura de um telegrama; ydestacar passagens importantes do texto, com traos na margem, assim como indicar dvidas, com pontos de interrogao; y reconstruir o pargrafo com base nas palavras e expresses sublinhadas; yno interromper a leitura ao encontrar palavras desconhecidas. Se aps a leitura completa do texto, as dvidas persistirem, o leitor dever anot-las, para buscar esclarecimentos (mantenha vista um dicionrio).

13

y tcnica de esquema: significa listar tpicos essenciais do texto, com a finalidade de permitir ao leitor uma visualizao complet a do texto. Essa alternativa uma das melhores formas de estudar. indispensvel uma boa leitura do material para ter compreenso do texto e estabelecer hierarquia em relao s idias do material lido. O esquema deve conter as idias do autor, idia pri ncipal e detalhes importantes. Mas, lembre-se de que, para elaborar um esquema, voc dever respeitar algumas caractersticas. Veremos quais so. y Na elaborao de esquema no permitido alterar as idias do autor, voc dever manter fidelidade ao texto original. y Quer uma dica? Parta sempre das idias mais importantes para construir a estrutura lgica. Veja agora a sntese de dicas teis para um esquema, segundo Hhne (2000): yaps a leitura do texto, dar ttulos e subttulos s idias identificadas no texto, anotando -os s margens; y colocar esses itens no papel como uma seqncia ordenada por nmeros (1, 1.1, 1.2, 2 etc.) para indicar suas divises; yutilizar smbolos para relacionar as idias esquematizadas, como setas para indicar que uma idia leva a outra, sinais de igual para indicar semelhana ou cruzes para indicar oposio etc; y igualmente til utilizar chaves ({ ) ou crculos para agrupar idias semelhantes.

SEO 2 Trabalhos cientficos acadmicosMuitas vezes, o estudante ou pesquisador, ao ser abordado para fazer um trabalho cientfico acadmico, tem muitas dificuldades de diferenciar as caractersticas quanto estrutura, ao contedo ou forma de apresentao inerentes de cada tipo de trabalho. Dessa forma, ser apresentado, nesta seo, caractersticas de alguns tipos de trabalhos cientficos acadmicos e seus pr -requisitos. Veja o que Lakatos e Marconi (2003, p. 234) explicam sobre trabalhos cientficos acadmicos:[...] devem ser elaborados de acordo com as n ormas preestabelecidas e com os fins a que se destinam. Serem inditos ou originais e contriburem no s para ampliao de conhecimentos ou compreenso de certos problemas, mas tambm servirem de modelo ou oferecer subsdio para outros trabalhos.

A principal razo que leva o pesquisador a escrever a necessidade de expressar os resultados de pesquisas, reflexes e estudos que realizou, em determinado perodo, por solicitao dos professores ou espontaneamente, por isso deve pensar em comunicar de forma clara, precisa e objetiva. Mas, segundo Oliveira (2003, p. 97 -111), tambm, necessrio identificar caractersticas especficas de cada tipo de trabalho cientfico acadmico. Aqui, o autor destaca os principais trabalhos cientficos acadmicos.

RESUMO O resumo a condensao do texto, tendo o cuidado de manter a inteno do autor. No cabem, no resumo, comentrios ou avaliaes do material que est sendo condensado. Resumir no reproduzir frases do texto original, fazendo uma colagem de pedaos do texto; devemos exprimir, com as prprias palavras, as idias do texto.

14

Para isso, necessrio compreender, antecipadamente, o contedo de todo o material, assim, no possvel resumir medida que vamos lendo pela primeira vez. Devemos proceder a primeira l eitura de reconhecimento ininterrupta. Na segunda leitura, por meio de anotaes, apontando idias importantes e buscando no dicionrio o sentido de palavras mais complexas, fazemos um esboo, elaborando, em seguida, o resumo. Salomon (2001, p. 114 -115) e Medeiros (2004, p. 142 -144) destacam itens importantes a serem observados, ao construirmos o contedo do resumo. ya primeira frase deve ser significativa, expondo a idia principal, isto , identificando o objetivo do autor quando escreveu o texto; ya articulao das idias deve seguir a lgica dada s idias pelo autor, incluir todas as divises importantes, dando igual proporo a cada uma delas e sempre observando o tema principal do documento; yas concluses do autor do texto objeto do resumo; ydar preferncia ao uso da terceira pessoa do singular e o verbo na voz ativa (descreve, aborda, estuda etc.); y evitar a repetio de frases inteiras do original; y respeitar a ordem em que as idias ou fatos so apresentados; yno deve apresentar ju zo valorativo ou crtico; ydeve ser compreensvel por si mesmo, dispensando a consulta ao original; yevitar o uso de pargrafos ou frases longas, citaes e descries ou explicaes detalhadas, expresses como: o autor trata, no texto do autor o artigo trata e similares, figuras, tabelas, grficos, frmulas, equaes e diagrama H trs tipos de resumo: a) Resumo informativo: em que devemos obedecer aos seguintes passos: y resumimos a obra somente aps a elaborao de um esquema; yapresentamos as principais idias contidas no texto; y respeitamos as idias do autor do texto que estamos resumindo; y redigimos de forma clara, fazendo pargrafo a cada idia principal; yquando copiamos, colocamos entre aspas, e com a fonte citada; y relacionamos as referncias. b) Resumo crtico: como a prpria denominao estabelece, esse tipo de resumo, alm de cumprir os passos do informativo, acrescenta a manifestao da opinio, ou implica perante o assunto estudado, por parte do autor do resumo . Desse modo, de acordo com Dmitruk (2004, p. 91),[...] sempre, aps o resumo, acrescentam-se opinies e apreciaes pessoais. c) Resumo acadmico cientfico: ya leitura do resumo deve permitir determinar se preciso ler o documento na ntegra; yo resumo constitudo de uma seqncia de frases concisas e objetivas; ya extenso recomendada, segundo a ABNT NBR 6028:2003, para trabalhos como monografias e artigos, 250 palavras; relatrios, teses e dissertaes no ultrapassar 500 palavras; os resumos para publicaes podem variar de 150 a 300 palavras ; yno caso de trabalhos com menor extenso, diminumos o nmero de palavras, podendo chegar a, no mximo, 100 palavras; y ressaltamos, ainda, que o resumo deve ser seguido, das palavras representativas do contedo do t rabalho, isto , palavras -chave.

RESENHA A resenha uma espcie de resumo crtico, constitui -se em um texto que estabelece comparao com mais obras da mesma rea, permite comentrios e juzo de valor e exige um profundo conhecimento do assunto, bem como capacidade crtica para discutir as idias nele contidas.

15

A estrutura da resenha descreve as propriedades da obra (descrio fsica da obra), relata credenciais do autor, resume a obra, apresenta ainda as concluses e metodologia utilizada, expe o quadro de referncias em que o autor se baseou (narrao), apresenta uma avaliao da obra e menciona a quem se destina (dissertao). A resenha pode ser descritiva, quando dispensa a apreciao daquele que a elabora, ou crtica, quando exige apreciao de forma justificada; a opinio pode ser concordante, convergente ou divergente, parcial ou totalmente. Como norma geral, a resenha no deve ultrapassar quatro folhas, em espao duplo. Sobre a resenha, Nascimento e Pvoas (2002, p. 32 -33) enfatizam que o resenhista, alm de incluir elementos informativos, acrescenta o julgamento, por isso deve conhecer com profundidade o tema da obra que est sendo analisada bem como outras obras sobre o assunto. Segundo os autores, para elaborar uma resen ha, devemos observar o seguinte roteiro: 1 Referncias (NBR 6023:2002) 2 Informaes gerais sobre o autor 3 Sntese dos principais elementos da obra _ De que trata a obra? O que diz? _ Possui alguma caracterstica especial? _ Como foi abordado o assunto? 4 Concluso do autor 5 Apreciao crtica a) Mrito da obra _ Qual a contribuio dada? _ Idias verdadeiras, originais, criativas? _ Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente? b) Estilo _ Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente? c) Forma _ H equilbrio na disposio das partes? d) Indicao da obra _ A quem dirigida: grande pblico, especialistas, estudantes? Quadro 3: Estrutura de uma resenhaFonte: adaptado de Nascimento e Pvoas (2002, p. 33-34).

A resenha pressupe que o aluno : leia, resuma, faa uma crtica do assunto. De modo geral, uma forma de estudo que aprofunda um assunto, esclarece sobre a vida do escritor, apresenta o contedo e qual o mtodo utilizado para escrever, dentre outras informaes. ARTIGO Resultado de um problema cientfico ou desenvolvimento de uma pesquisa, que poder ser publicado em revistas tcnicas, jornais ou boletins. Estruturalmente, deve conter elementos pr-textuais (ttulo, autoria, resumo e relao de palavraschave), elementos textuais (a introduo, o desenvolvimento, a concluso e os elementos de apoio) e os elementos ps textuais (apndice e anexos). Concordando com Oliveira (2003), Prestes (2003, p. 35) afirma que o artigo tem como objetivo publicar resultados de um estudo. Trata -se de um texto integral e completo, geralmente no ultrapassa 20 pginas, dependendo sempre da rea. Como trabalho acadmico, deve conter introduo, desenvolvimento e concluso e, no corpo do desenvolvimento, so feitas subdivises.

Unidade 4Formas de elaborar citaes e referncias16

Ao terminar a leitura desta unidade, voc dever ser capaz de: y conhecer as normas que norteiam a elaborao de citaes e referncias; yelaborar citaes; y referenciar de forma correta contedos citados durante a elaborao de um texto. PLANO DE ESTUDO A fim de atingir os objetivos propostos nesta unidade, o contedo est dividido em sees. Seo 1: Regras para elaborao de citaes Seo 2: Regras complementares das citaes (NBR: 105 20, ago. 2002) Seo 3: Formas de apresentao de referncias Seo 4: Regras complementares de referncias (NBR: 6023, ago. 2002)

OBJETIVOS BJETIVOS DE APRENDIZAGEM

SEO 1 Regras para elaborao de citaesSegundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas, NBR 10520:2002, citao a meno no texto de uma informao extrada de outra fonte. A citao pode ser direta ou indireta. direta (de transcrio ou textual) quando trata da reproduo fiel das palavras de um autor, conservando a grafia, a pontuao, o uso de maiscula e o idio ma original, isto , transcreve com exatido as palavras do autor citado. usada apenas quando for absolutamente necessrio e essencial transcrever as palavras de um autor e pode ser curta ou longa. indireta quando for uma citao livre, sem manter as p alavras tal qual o texto apresenta. Destaca a norma que, quando o autor mencionado no texto, iniciamos a transcrio com o sobrenome do autor ou autores (at trs), com primeira letra maiscula e demais minsculas, e, na seqncia, entre parnteses, ano da publicao e pgina de onde foi retirada a citao. Podemos, tambm, colocar sobrenome(s) do(s) autor(es), ano e pgina todos entre parnteses sempre ao final da frase, no entanto, nesse caso, devemos colocar o sobrenome do(s) autor(es) com todas as letras maisculas, e separar com ponto -e-vrgula cada sobrenome, quando houver mais de um autor. Ressaltamos que, em caso de citaes indiretas, a colocao do nmero da(s) pgina(s) consultada(s) opcional. Quando houver palavra em outro idioma, devemos des tac-la em itlico, a fim de diferencila. Lembrando, tambm, que uma citao (literal), sendo curta ou em bloco, deve ficar em uma mesma pgina; no aconselhvel quebrar ao verificar que isso vai acontecer, deixe aquele espao em branco e passe para a folha seguinte.

Tipos de CitaesCITAO DIRETA OU LITERAL CURTA aquela que tem at trs linhas; transcrevemos no corpo do trabalho e colocamos entre aspas duplas. As aspas simples so utilizadas para indicar citao no inferior da citao. A seguir, voc vai observar exemplos de citaes curtas, apresentadas em diversas situaes, quanto ao nmero de autores e forma de apresentao, ou seja, com autores antes da citao ou entre parnteses. Vale dizer que essa situao pode ser a mesma de quando fazemos citao longa, o que diferencia o nmero de linhas. Se no ultrapassar trs, deve ser escrita em texto corrido e entre aspas (...); se for maior, escrita em bloco, como veremos mais adiante. CITAO CURTA COM UM AUTOR

17

Voc pode citar o autor pelo sobrenome, como parte do texto, no incio da citao apenas com primeira letra maiscula e entre parnteses ano e pgina consultada. Ou, ento, pode colocar aps a citao, nesse caso, entre parnteses, com o sobrenome do autor em CAIXA-ALTA, isto , todas as letras MAISCULAS, juntamente com ano e pgina de onde foi tirada a citao. Conforme Azevedo (2004, p. 41), O resultado de uma pesquisa depende da adequada escolha do assunto (tema, objeto, problema) a ser investigado. Ou O resultado de uma pesquisa depende da adequada escolha do assunto (tema, objeto, problema) a ser investigado. (AZEVEDO, 2004, p. 41). CITAO CURTA COM DOIS AUTORES Quando houver dois autores fazendo parte do texto, no incio da citao escreva os sobrenomes dos autores com primeira letra maiscula, separados pela conjuno e entre eles, e cite ano e pgina entre parnteses. Caso sejam mencionados aps a citao, coloque os sobrenomes dos dois em CAIXA -ALTA, separados por ponto -e-vrgula, seguidos de ano e pgina, todos en tre parnteses. Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 35), Seminrio uma tcnica de estudo que inclui pesquisa, discusso e debate; sua finalidade pesquisar e ensinar a pesquisar. Ou Seminrio uma tcnica de estudo que inclui pesquisa, discusso e debate; sua finalidade pesquisar e ensinar a pesquisar. (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 35). CITAO CURTA COM TRS AUTORES Devemos citar, se for no incio do texto, sobrenomes dos autores com primeira letra maiscula, separados por vrgula (,), do primeiro para o segundo e com conjuno e (minscula) deste para o terceiro autor, seguido do ano e pgina entre parnteses. Caso sejam colocados aps a citao, escreva os sobrenomes de todos em CAIXA-ALTA, separados por ponto -e-vrgula, seguidos de ano e pgina, todos entre parnteses. De acordo com Radin, Benedet e Milani (2003, p. 25), Ao longo do tempo, para tentar esclarecer o desconhecido, a experincia humana desenvolveu explicaes que se costuma classificar de mstica, teolgica, filosficas e cientfi cas. Ou Ao longo do tempo, para tentar esclarecer o desconhecido, a experincia humana desenvolveu explicaes que se costuma classificar de mstica, teolgica, filosficas e cientficas. (RADIN; BENEDET; MILANI, 2003, p. 25). CITAO CURTA COM MAIS DE TRS AUTORES Nesse caso, quando fizer parte do texto, no incio da citao devemos indicar o sobrenome do primeiro autor em letra maiscula e minscula, seguido da expresso e outros (letras minsculas) e do ano e pgina entre parnteses. Se colocado aps o texto, escrevemos o sobrenome do primeiro autor em CAIXAALTA, seguido da expresso et al. (letras minsculas), bem como o ano e a pgina, todos entre parnteses. Atkinson e outros (2000, p. 569) enfatizam que Os clientes da empresa representam um papel central em seu negcio. Ou Os clientes da empresa representam um papel central em seu negcio. (ATKINSON et al., 2000, p. 569).

CITAES LONGAS Citaes com mais de trs linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm apartir da margem esquerda, com letra menor que a do texto (10), sem aspas, em espao simples. Da mesma forma que a citao curta, a referncia do autor poder estar no incio da citao,

18

fazendo parte do texto, ou aps a citao, e poder ser de um ou mais autores, seguindo as mesmas normas. CITAO DIRETA LONGA DE INTERNET COM AUTOR As citaes de informaes extradas de textos da Internet devem ser utilizadas com cautela, dada a sua temporariedade. necessrio analisar cuidadosamente as informaes obtidas, avaliando sua fidedignidade, indicando dados que possibilitem sua identificao, incluindo na lista de referncias. importante lembrar de citar, alm da data de acesso, o ano da publicao, geralmente encontrado no copyright , e no colocar nmero de pgina. No que concerne eutansia, Diniz (2005) afirma que:O direito a se manter vivo , certamente, um dos direitos mais fundamentais que possumos. O princpio tico de que a vida humana um bem sagrado e que, portanto, deve ser protegido por legislaes de um Estado laico faz parte de nosso consenso moral sobreposto. Diferentes religies e convices morais sustentam o direito vida como um princpio tico fundamental ao nosso ordenamento social.

Na referncia desse mesmo exemplo: DINIZ, Dbora. Por que morrer? Braslia: UnB. 2005. Disponvel em: Acesso em: 24 jul. 2006.

SEO 3 Formas de apresentao das refernciasA NBR 6023:2008 firma os elementos que compem as referncias, fixa a ordem dos elementos, orienta e prepara o material utilizado para a produo de documentos. Esta seo destaca a indicao de referncias baseadas nesta norma. A indicao de um uma referncia deve estar composta de: yelementos essenciais: aquelas informaes indispensveis na identificao da obra. Segundo a ABNT, os elementos essenciais so autoria intelectual, ttulo e subttulo, edio e imprenta. yelementos complementares : vm a complementar os essenciais. So colocados de forma a caracterizar os documen tos. O alinhamento dos elementos feito em relao margem esquerda, co entrelinhas simples na referncia e espaamento duplo entre elas, apresentando as referncias em ordem alfabtica. Os destaques grficos sublinhado, negrito ou itlico devem ser uniformes. Uma das finalidades das referncias informar a origem das idias apresentadas no decorrer do trabalho. Nesse sentido, devem ser apresentadas completas, para facilitar a localizao dos documentos. No caso de abreviaturas, seg uimos a norma da NBR 10522: 2008 . A localizao das referncias ocorre: yno rodap; yno fim do texto ou captulo; yem listas de referncias; yantecedendo resumos, resenhas. Para que entenda melhor como fazer uma referncia, voc vai conhecer cada uma das principais formas de referenciar documentos consultados durante uma pesquisa, mas preste bastante ateno. LIVRO Ao elaborar uma referncia de livro, voc deve obedecer aos seguintes passos: y sobrenome do autor em letras maisculas, seguido por outros nomes em minsculas, separados por vrgulas (poder ter mais de um autor);

letras

19

y ttulo da obra em salincia, seguido de ponto final; yquando houver subttulo, deve ser separado do ttulo por dois pontos ou travesso e sem destaque; ydeve, quando constar na obra consultada, o nmero da edio abreviado (ed.); ylocal da publicao, seguido por dois -pontos; yeditora (apenas o nome); yano de publicao (em algarismos arbicos); y como elemento opcional, o nmero de pginas.

COM UM AUTOR DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa . 6. ed. Campinas, SP: Editora Autores Associados Ltda, 2003. 129 p. COM DOIS AUTORES LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia cientfica . 5. ed. So Paulo: Atlas, 2003. 311 p. COM TRS AUTORES BENZZON, Lara Crivelaro (Org.); MIOTTO, Luciana Bernardo; CRIVELARO, Lana Paula. Guia prtico de monografias, dissertaes e teses : elaborao e apresentao. 2. ed. Campinas: Alnea, 2004. 76 p. COM MAIS DE TRS AUTORES MADEIRA, Miguel Carlos et al. Anatomia do dente. So Paulo: Sarvier, 1996. 74 p. O et al. : et significa e e al. a abreviatura de alli (que significa outros) masculino, e de aliae (que significa outras) feminino. Para evitar concluses e erros de regncia nas citaes, preferimos abreviar, j que a abreviatura serve para todos os casos masculino, feminino ou plural. Por ser uma abreviatura, no dispensa o ponto. A pronncia correta et lli e no et ali. Deve ser escrito em caracteres normais, sem negrito, sem itlico ou sublinhado, por se tratar de expresso j incorporada ao domnio da nossa lngua, destaca Furast (2003, p. 80). Outra dica de Furast (2003, p. 79) que no devemos incluir indicaes de ttulos, cargos, graduaes, mesmo que apaream na obra re ferenciada: Dr., Prof, M.M., Pe., PhD. e outros. CAPTULO DE LIVRO Para Cruz, Ribeiro e Furbetta (2003, p. 110), ao elaborar uma referncia de captulo de um livro, voc deve obedecer aos seguintes passos: y sobrenome do autor do captulo em letras mais cula, seguido por seu nome em letras minsculas, separados por vrgulas; y ttulo do captulo sem destaque, contnuo de ponto final, quando tiver subttulo, colocar dois-pontos para separ -los (se no original houver travesso, deixar como no original); yusar a expresso In: e, aps, dois -pontos; y sobrenome do autor da obra em maiscula acompanhado de vrgula; y ttulo da obra seguido de ponto final, em destaque, se houver subttulo separado por dois pontos, sem destaque; yabreviar o nmero da edio a partir da segunda; ylocal da publicao acompanhado de dois -pontos; yeditora; yano da publicao (em algarismos arbicos); yapresentar o nmero do captulo em que se encontra (cap.), bem como as pginas inicial e final do captulo (p.). AUTORES DISTINTOS

20

MARQUES, Juracy Cunegatto. Relaes interpessoais e apoios afetivos: o calor e o frio na convivncia organizacional. In: BITENCOURT, Claudia (Org.). Gesto contempornea de pessoas. Porto Alegre: Bookman, 2004. Cap. 4, p. 116 -131. MESMO AUTOR Utilize a expresso In: seguida de seis toques da tecla de sublinhar do teclado, seguido de ponto final. BITENCOURT, Claudia (Org.). Aprendizagem organizacional: uma estratgia para mudana. In: ______. Gesto contempornea de pessoas . Porto Alegre: Bookman, 2004. Cap. 1, p. 20-38. ARTIGO DE REVISTA OU PERIDICO Conforme Furast (2008 , p. 97), o artigo publicado em revista ou peridico deve conter os seguintes elementos: yiniciamos pelo autor do artigo; quando no houver autoria, comeamos pelo ttulo do artigo, colocando a primeira palavra em letras maisculas; y ttulo do artigo sem destaque; y ttulo da revista em destaque (grifado); yentrar com o local de publicao, volume e nmero do fascculo; ypginas iniciais e finais, antecedidas da abreviatura de pgina (p.), acompanhadas pelo ms e ano da publicao; yem alguns casos, quando houver necessidade, acrescentar as informaes complementares. Obs.: com exceo de maio, os meses so abreviados na terceira letra, mesmo sendo vogal: jan., fev., mar., abr., maio., jun., jul., ago., set., out., nov., dez. ARTIGO COM AUTOR KOVCZ, Ilona. Reestruturao empresarial e emprego. Perspectiva, Florianpolis, v. 21, n. 2, p. 467-494, jul./dez. 2003. ARTIGO SEM AUTOR METODOLOGIA do ndice Nacional de Preos ao Consumidor. Revista Brasileira de Estatstica, Rio de Janeiro, v. 41, n. 162, p. 323 -230, abr./jun. 1990. ARTIGO DE JORNAL De acordo com Dmitruk (2004, p. 167 -168), os elementos que devem conter ao referenciar um artigo de jornal so: y comear com o nome do autor do artigo; caso no tenha, iniciar pelo ttulo do artigo, ressaltando a primeira palavra em CAIXA -ALTA; yentrar com o ttulo do artigo; ynome do jornal em destaque; ylocal e data; y relacionar, em caso de suplemento ou caderno especial, o ttulo, nmero do volume e nmero do fascculo. Quando o nome do jornal coincidir com o nome da cidade onde publicado, no preciso repetir o local de publicao. COM AUTOR VIEIRA, Antnio Carlos. A politiz ao da segurana pblica. A Notcia, Joinville, 6 ago. 2005. p. A3. SEM AUTOR IMPORTNCIA da tradio e confiana nos negcios imobilirios. Jornal gua Verde, Rebouas e Porto, ano 14, n. 286, p. 3, jun. de 2005.

21

DISSERTAO DE MESTRADO E TESE DE DOUTORADO Nesse caso, segundo Cruz, Ribeiro e Furbetta (2008 , p. 104), a ordem dos elementos deve ser a seguinte: yautor; y ttulo e subttulo (se houver) yano da apresentao; ynmero de folhas; y categoria (grau e rea de concentrao); yinstituio; ylocal e data da defesa. (ano da defesa deve ser indicado somente quando este difere do ano de apresentao). FERNANDES, Liliane Simara. Associao entre indicadores de assistncia odontolgica e indicadores de desenvolvimento social e econmico nos 293 municpios de Santa Catarina, Brasil. 2004. 71 f. Dissertao (Mestrado em Sade Coletiva) Universidade do Oeste de Santa Catarina. 2004. TREVISOL, Joviles Vitrio. Tecendo a sociedade civil global e ampliando a esfera pblica: a articulao dos at ores civis ante o projeto Hidrovia Paraguai-Paran. 2000. 342 p. Tese (Doutorado em Sociologia) Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas, Universidade de So Paulo. 2000. DOCUMENTOS EM MEIO ELETRNICO INTERNET Segundo Azevedo (2008 , p. 66), basicamente os arquivos virtuais devem conter as seguintes informaes, quando disponveis: y sobrenome e nome do autor; y ttulo do documento completo; y ttulo do trabalho no qual est inserido (em destaque); ydata (dia, ms e/ou ano) da disponibiliza o ou ltima atualizao; yendereo eletrnico (URL) completo (entre parnteses angulares ); ydata do acesso (ms abreviado). MONOGRAFIA POR MEIO ELETRNICO SILVEIRA, Marcos Antnio. Tratamento de esgoto domstico para preservao do meio ambiente. 2005. 102 f. Monografia. (Especializao) Curso de Ps-graduao em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco. Disponvel em: . Acesso em: 24 jul. 2006.

Unidade 5Estrutura dos trabalhos cientficos acadmicosOBJETIVOS BJETIVOS DE APRENDIZAGEMAo terminar a leitura desta unidade, voc dever ser capaz de: ydiferenciar as etapas pr-textual, textual e ps -textual na elaborao do trabalho cientfico acadmico; yestruturar uma introduo; yordenar o contedo no dese nvolvimento em suas partes; yelaborar a concluso, assumindo uma postura diante do tema estudado; yelaborar um trabalho cientfico com contedo adequado e boa apresentao esttica. PLANO DE ESTUDO A fim de atingir os objetivos propostos nesta unidade, o contedo est dividido em sees. Seo 1: Estrutura e apresentao de trabalhos cientficos acadmicos Seo 2: Elementos pr -textuais

22

Seo 3: Elementos textuais Seo 4: Elementos ps -textuais Seo 5: Formas de apresentao

SEO 1 Estrutura e apresentao de trabalhos cientficos acadmicosVoc sabia que a preparao de um trabalho acadmico, geralmente resultado de uma pesquisa solicitada por um professor, exige que o aluno, alm do contedo, elabore uma boa apresentao visual, levando em conta a impresso, as margens, os espaamentos, a numerao, a capa, enfim, a exposio de cada elemento que compe as partes para o trabalho? Segundo Demo (2000, p. 161), o trabalho cientfico leva o aluno a aprende melhor e a tornar-se um profissional capaz de usar a pesquisa como processo permanente de aprender, de renovar sua competncia. Para a elaborao de um trabalho cientfico, voc deve ter em mente a ordenao das etapas correspondentes seqncia da investigao, bem como apresentar clareza e qualidade na escrita, linguagem clara, objetiva e direta. Voc deve estar pensando: se para escritores difcil escrever, imagina para um iniciante! Por isso, na produo de seus textos, principalmente nos primeiros trabalhos, esteja munido de todas as informa es possveis para fazer o texto ter uma seqncia lgica e, com isso, fazer o leitor entender o contedo, continuando a leitura at o final. Azevedo (2001, p. 118) compara a estruturao de um trabalho com uma construo, na qual o pedreiro faz com que cada tijolo apie o que lhe posto seqencialmente, para cada um contribuir para a harmonia do conjunto, ou seja, na estruturao do texto devemos observar a lgica na ordenao das etapas, s assim elas podero contribuir no entendimento do texto em sua totalidade. Fachin (2003, p. 181) lembra que comum ouvir o aluno falar: tenho tudo na cabea, mas no consigo passar para o papel. Diante do que voc aprendeu at agora, ficou claro que, para o estudante colocar no papel o seu pensamento, fundamental conhecer os procedimentos metodolgicos para ordenar seus conhecimentos e observaes dos fatos, relatando as descobertas da pesquisa de forma que haja comeo, meio e fim, isto , seguindo etapas de forma lgica que leva compreenso do trabalho escrito. Qu er saber ento como estruturar um trabalhado de forma adequada? Leia com ateno o que vai ser apresentado a seguir. Sobre a estrutura e contedo de trabalhos acadmicos, Cervo e Bervian (2002, p. 118-119) escrevem que, alm do aluno seguir a estrutura det erminada pelas normas da ABNT que visam universalizao (aplicadas em todos os pases que usam os mesmos cdigos lingsticos, no caso do Brasil, alfabeto ocidental) de padres de editorao de textos impressos, o contedo deve ser organizado com elementos pr-textuais, textuais e ps textuais, contendo em cada um o seguinte: yparte pr-textual: capa, folha de rosto, ficha catalogrfica, errata (se houver), dedicatria, agradecimentos, epgrafe, resumo, listas, tabelas e ilustraes (organograma, mapa, fluxograma, grfico, esquema, quadro etc) lista de siglas e smbolos e abreviaturas e sumrio; yparte textual: introduo, desenvolvimento (fundamentao terica de autores, por meio de citaes) e concluso (principais resultados e suas implicaes, sugestes de novas pesquisas); yparte ps-textual: referncias, glossrio, apndices, anexos e ndice. Agora que voc j sabe quais so as partes que compem o trabalho, bom que fique bem atento na explicao detalhada de cada um dos elementos. Para facilitar o entendimento, junto com a explicao, voc ter um exemplo prtico, assim fica bem mais fcil de entender, no fica?

23

SEO 2 Elementos pr-textuais

So denominados elementos pr -textuais as partes que antecedem o texto, dando a ele referncias para a sua identificao e utilizao. y capa yfolha de rosto yficha catalogrfica - no verso da folha de rosto yerrata (se houver) yfolha da aprovao (para trabalhos que sero avaliados em banca examinadora) ydedicatria (opcional) yagradecimentos (opcional) yepgrafe (opcional) y resumo (lngua verncula e estrangeira) ylistas (ilustraes e tabelas, smbolos, siglas e abreviaturas opcional) y sumrio Veja mais detalhadamente cada um desses elementos. CAPA A capa um elemento obri gatrio e deve ser transcrita conforme NBR 14724:2002, na seguinte ordem: nome da instituio, nome do curso, nome do autor, ttulo, subttulo (caso haja), local (cidade da instituio onde o trabalho ser apresentado), ano do depsito (da entrega) do trab alho. Pode ser construda conforme modelo ilustrativo a seguir. FOLHA DE ROSTO Na folha de rosto, so apresentados todos os elementos essenciais identificao do trabalho. De acordo com a NBR 14724:2002, devem constar os seguintes dados: ynome do autor: responsvel intelectual do trabalho; y ttulo principal do trabalho: deve ser claro e preciso; y subttulo, se houver, deve ser evidenciado subordinao ao ttulo principal, precedido de dois pontos; ynmero de volumes (se houver mais de um); ynatureza (tese, dissertao, trabalho de concluso de curso); ynome do orientador e, se houver, do co -orientador; ylocal (cidade) da instituio onde deve ser apresentado; yano de depsito (da entrega). y Acompanhe tambm a seguir um modelo ilust rativo de folha de rosto. A seguir, apresentamos alguns exemplos de notas para identificar a natureza do trabalho:Trabalho de Monografia apresentado para Administrao Pblica, rea das Cincias Sociais Aplicadas, Curso de Ps-graduao em Administrao Pblica, Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Joaaba Orientadora: Prof . Xxxxx Yyyyy Trabalho de Concluso de Curso apresentado para obteno do ttulo de Bacharel em Administrao, rea das Cincias Sociais Aplicadas, Curso de Administrao, Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Xanxer Orientador: Prof . Xxxxx Yyyyy Trabalho de concluso da disciplina de Metodologia Cientfica, rea das Cinci Humanas e Sociais, Curso de Letras, Universidade do Oeste de Santa Catarina. Professor: Xxxxx Yyyyy Trabalho da disciplina Metodologia Cientfica, Curso de Engenharia Eltrica, rea das Cincias Exatas e da Terra Universidade do Oeste de Santa Catarina Projeto de pesquisa apresentado disciplina Pedagogia, rea das Cincias Humanas e Sociais, Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de So Miguel do Oeste. Professor: Xxxxx Yyyyy Relatrio de pesquisa de Iniciao Cientfica, apresentado para anlise e aprovao. r das Cincias Sociais e Aplicadas. Curso d Direito. Universidade do Oeste de Santa Catarina - Campus de Videira Orientador: Prof. Xxxxx Yyy FABIANA DA SILVAGOMES REDES VIRTUAIS PRIVADAS Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito parcial obteno do ttulo de bacharel em Gesto e Comunicao

24

Empresarial. Orientadora: Prof. Maria da Silva Santos Videira 2007

FICHA CATALOGRFICA opcional nos trabalhos acadmicos e obrigatria em: relatrio de pesquisa, De acordo com Prestes (2003, p. 147), a ficha deve constar no verso da rosto, devendo ser preparada de acordo como o Cdigo de Catalogao Angl Americana CCAA2, em vigor. Deve ser elaborada pela biblioteca da universidade, na qual o trabalho ser arquivado. ERRATA um elemento eventual, o qual, segundo Prestes (2003, p. 43), faz a indicao e a devida correo, de possveis erros cometidos e que no foram percebidos antes do trabalho ser impresso. Deve aparecer aps a folha de rosto (pode ser uma folha avulsa). Na margem superior, escrevemos o ttulo ERRATA, abaixo escrevemos a referncia da obra da qual foram realizadas as correes. Escrevemos ttulos referentes s informaes a serem destacadas. Para cada erro, colocamos uma informao correspondente e sua localizao dentro do trabalho. DEDICATRIA A dedicatria est no grupo dos elementos opcionais e segue aps a ficha catalogrfica. Segundo Furast (2003, p. 39), serve para o autor dedicar o trabalho a algum de suma importncia para ele, ou, para expressar uma homenagem a um grupo de pessoas que ele deseje. Voc deve cuidar para que o nmero de pessoas no seja muito elevado; tambm, evite palavras exageradas; no colocar o ttulo dedicatria. AGRADECIMENTOS A pgina de agradecimentos tambm um dos elementos opcionais em trabalhos acadmicos, de acordo com a NBR 14724:200 2 e Furast (2003, p.40), eles so menes que o autor faz a pessoas e/ou instituies as quais eventualmente colaboraram de maneira relevante para a realizao do trabalho. Deve ser breve, mas sincero, indicando o motivo da gratido. Devem ser apresentado s de forma distinta, logo aps a folha de dedicatria. EPGRAFE Tambm presente entre os elementos opcionais, a epgrafe, quando utilizada, deve ser colocada aps a folha de agradecimentos, ou tambm pode constar na folhas de abertura das sees primrias, conforme destaca a NBR 14724:2002. Trata-se de uma frase, um pensamento, um trecho de prosa ou mesmo um poema que tenha relao direta com o contedo do trabalho ou quaisquer fatos ou situaes relacionadas construo dele, seguida da autoria, destaca Furast (2003, p.41). No colocar ttulo epgrafe. RESUMO NA LNGUA VERNCULA Tendo como base a NBR 6028:2003, destacamos que, no resumo, voc apresenta de forma relevante os pontos principais do trabalho. Composto de uma seqncia de frases claras, afirmativas e no de enumerao de tpicos, deve ressaltar claramente o objetivo, o mtodo, os resultados e as concluses obtidas no estudo. A primeira frase deve conter, de forma significativa, o tema principal do trabalho. Ao findar, mencione os resultados e as concluses, bem como as contribuies para o trabalho. Ainda, conforme destaca NBR 6028:2003, no resumo, utilizamos a terceira pessoa do singular, na voz ativa. O espaamento simples e sem entrada, redigido em um nico pargrafo. A extenso do re sumo em trabalhos acadmicos pode variar entre 150 a 500 palavras. O ttulo Resumo vem escrito em maiscula, negrito e centralizado. Ao final do resumo, vm as palavras-chave do trabalho, no mximo cinco palavras (normalmente trs a cinco palavras), precedidas da expresso Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas tambm por ponto.

25

Ressaltamos que as palavras -chave podem ser denominadas de unitermos ou descritores; essas palavras servem para a catalogao dos trabalhos na biblioteca. RESUMOA gesto das competncias constitui-se numa nova abordagem de gerar melhorias no panorama da competitividade das organizaes. O objetivo deste projeto de pesquisa desenvolver estudo no sentido de avaliar a possvel inter-relao entre gesto de competncias e a qualidade nos servios. Tomou-se como locus de estudo uma instituio de ensino superior: a Universidade do Oeste de Santa Catarina Unoesc, por representar um setor de particular interesse cientfico para a pesquisadora. Em relao aos procedimentos metodolgicos, a pesquisa escolhida foi a qualitativa com recorrncias a tcnicas tambm quantitativas com vistas complementao e robustez na produo de informaes. A anlise ser efetuada, a fim de transformar as informaes em conhecimentos, por meio de tcnicas interpretativas para as entrevistas e de ferramentas estatsticas para os questionrios. Os resultados so a gerao de conhecimentos aplicveis melhoria de processos de gesto de competncias e a checagem do impacto dessa gesto sobre a qualidade dos servios prestados. Palavras-chave: Qualidade. Gesto de competncias. Servios. Educao superior.

Nos resumos para artigos em peridicos, utilizamos de 100 a 250 palavras; de 50 a 100 palavras nos destinados a indicaes breves e nos resumos crticos no tm limite de palavras, o que destaca a NBR 6028:2003.

RESUMO NA LNGUA ESTRANGEIRA O resumo em lngua estrangeira pode ser feito em qualquer idioma, dependendo da finalidade do trabalho; em geral feito em ingls ( abstract). De acordo com Cruz; Perota; Mendes (2004), este deve ter a mesmas caractersticas do resumo na lngua verncula, aparecendo em folha distinta e seguida das palavras mais representveis do contedo. LISTAS DE ILUSTRAES Segundo a NBR 6022:2003, ilustraes so classificadas como: desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, grficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros. ABSTRACTThe management of the abilities consists in a new approach to generate improvements in the view of the organizations competitiveness. The objective of this project of research is to develop study in order to evaluate the possible interrelation between management of abilities and the quality in the services. It has had, as locus of study, an institution of superior education: the Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC, for representing a sector of particular scientific interest for the researcher. In relation to the methodological procedures, it was opted to the qualitative research and also with r ecurrences to the quantitative techniques with sights to the complementation and robustness in the production of information. The analysis will be done in the direction to transform the information into knowledge by means of interpretative techniques for the interviews and of statistical tools for the questionnaires. The expected results are the generation of applicable knowledge to the improvement of processes of abilities management and the check of the impact of this management on the quality of the given services. Keywords: Quality. Management for abilities. Services. Universities

LISTA DE TABELAS A lista de tabelas vem aps a lista de ilustraes e est inclusa no grupo dos elementos prtextuais, tambm opcional. De acordo com Prestes (2003, p. 45), apresenta informaes de elementos com tratamento estatsticos. Perceba na Tabela 1 que o ttulo da tabela posicionado diferente das ilustraes. Colocamos o ttulo na parte superior, antecedido da palavra tabela e nmero de ordem em algarismo arbico. A fonte que identifica a origem dos dados, colocamos no inferior da tabela. Na tabela, tambm so utilizadas linhas verticais e horizontais, a fim de separar os ttulos das colunas no cabealho e de fech -las na parte inferior; devemos evitar linhas verticais nas bordas externas, bem como linhas horizontais internas. LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS um elemento opcional, conforme Cruz; Perota; Mendes (2004, p. 14), relacionamos, em ordem alfabtica, as abreviaturas e siglas utilizadas no te xto, acompanhadas das palavras ou expresses correspondentes destacadas no texto. aconselhvel elaborar listas separadas para cada um dos elementos (abreviaturas, siglas e smbolos), em virtude da quantidade destes. SUMRIO

26

Segundo Prestes (2003, p. 45) , o sumrio tem a finalidade de dar uma viso geral do trabalho, localizando o assunto procurado. De acordo com a NBR 6027:2003, ele deve ser apresentado da seguinte forma: yo ttulo sumrio deve ser indicado na forma centralizada e com as mesmas caractersticas para as sees primrias; yos elementos pr-textuais no devem ser apresentados; y todas as sees que compem o sumrio devem ser apresentadas com alinhamento esquerda; yo nmero da pgina representado apenas pela pgina em que se inicia a seo; yos ttulos das sees devem ser apresentados da mesma forma como esto dentro do trabalho e devem ser alinhados (justificados) margem esquerda; ypara trabalhos realizados em mais de um idioma, aconselhvel que o sumrio seja distinto, ou seja, um para cada lngua. Para paginao dos trabalhos, temos, por exemplo, uma seo que est distribuda das pginas 18-24, no sumrio, colocamos o nmero em que inicia, ou seja, 18. Agora que voc identificou todos os elementos pr -textuais e sua organizao no texto, vale a pena verificar se o aprendizado ficou claro at aqui, para continuar com os elementos textuais.

SEO 3 Elementos textuaisVoc sabia que um trabalho acadmico pode ser um documento que representa o resultado de um esforo intelectual voltado tanto ao aprendizado de determinado contedo quanto ao desenvolvimento da capacidade de anlise desenvolvimento) e sntese (introduo e concluso) do aluno? INTRODUO Introduo a parte do trabalho na qual o assunto apresentado em sua totalidade, de maneira clara, precisa e sinttica, e tem a funo de situar o leitor no contexto do tema pesquisado. Introduzir convidar, mas, para isso, preciso refletir sobre o assunto. De acordo com Bastos e Keller (2002, p. 64), a introduo a primeira impresso que o leitor leva do trabalho; da a importncia de estar claro o que j foi escrito a respeito do assunto abordado, a relevncia do assunto, os objetivos do trabalho, a apresentao dos procedimentos adotados no decorrer da pesquis a. A redao deve conter quatro idias bsicas respostas s perguntas: y Que fazer? Ou seja, o que ser tematizado? y Por que fazer? Ou seja, por que foi escolhido o tema? y Quais so as contribuies esperadas? y Como fazer? Ou seja, qual ser a tra jetria desenvolvida para a construo do trabalho empreendido? (orientando -se pelo sumrio provisrio que preparou). De modo geral, devemos informar sobre: yantecedentes do tema; y tendncias; ynatureza e importncia do tema; y relevncia social (quando apropriado); y relevncia acadmica (incluindo resultados de pesquisas e outras obras anteriores sobre o tema); yobjetivos do trabalho; ypossveis contribuies; yorganizao e distribuio do trabalho em tpicos. A introduo deve ser a ltima parte do trabalho a ser redigida, pois seu contedo exige que as demais partes j estejam escritas.

27

DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento o corpo do trabalho, a parte mais extensa e visa comunicar o resultado da pesquisa. onde reunimos, analisamos e disc utimos idias de vrios autores sobre o tema em questo, a fim de fornecer base conceitual slida para o problema. Lembrando que os autores citados no corpo do trabalho devem estar contidos nas Referncias, porm, para a realizao dessa etapa, o acadmico j deve ter compilado alguns textos, por intermdio de anotaes, comentrios, resenhas, citaes em fichas de leituras, pois da riqueza de seus apontamentos depender a qualidade de seu trabalho. Essa parte da pesquisa poder ser dividida convenientement e em sees, com subsees em ttulos menores. O bom senso, segundo Bastos e Keller (2002, p. 65), indica que o trabalho deve ser dividido, ao menos, em duas partes, pois no dividir considerar tudo dentro da mesma hierarquia questes principais iguais s questes secundrias. A diviso em partes, portanto, comporta subdivises, uma vez que as questes principais esto constitudas em partes; assim, preciso, em seguida, esmiuar. Toda e qualquer parte da diviso e subdiviso deve ser anunciada (introd uzida), devendo haver um encadeamento entre o assunto abordado no trabalho. CONCLUSO O primeiro passo de quem conclui dizer o essencial. Trata -se da recapitulao sinttica dos resultados oriundos da discusso apresentada no desenvolvimento, ressaltando o alcance e as conseqncias de suas contribuies. Sua funo destacar essas dedues de modo a responder s questes apresentadas na introduo. Deve ser breve, basear -se em dados comprovados e evitar o uso de citaes. Nesta poder conter recomenda es e sugestes. A brevidade no concluir exige frmulas precisas que comeam com: assim que... V-se, por isso... Conclui -se que... Pode-se dizer que... Em suma... Em resumo... Em poucas palavras...

SEO 4 Elementos ps-textuaisAparecem complementando os elementos textuais, ajustando o trmino do trabalho. Segundo NBR 14274:2002, so eles: y referncias (obrigatrio); yglossrio (opcional); yapndices (opcional); yanexos (opcional); y ndices (opcional). REFERNCIAS A norma que determina os ele mentos que compem as referncias a NBR 6023:2002, e est destinada a orientar, preparar e reunir as referncias do material utilizado para a produo de trabalhos de pesquisa. As referncias podem ser de livros, parte de livros, artigos, guias, peridic os, trabalhos de concluso de curso, trabalhos acadmicos, meios eletrnicos e muitos outros. GLOSSRIO um dos elementos opcionais, utilizado logo aps a folha de referncias, de acordo com Normas para apresentao de Documentos Cientficos (2001, p. 36 - 37), e relata em ordem alfabtica as expresses ou palavras de termos de uso restrito, podendo ser elas tcnicas, ou de sentido obscuro, pouco usual. Elaboramos o glossrio com a expectativa de que o leitor consiga compreender melhor as respectivas significaes. APNDICES um dos elementos que so elaborados pelo autor, para a melhor compreenso do documento, ou seja, destinam -se a complementar as idias desenvolvidas no decorrer do trabalho. Voc deve colocar numerao de pginas seqencialmente.

28

De acordo a NBR 14724:2002, os apndices so identificados por letras maisculas consecutivas, seguidas do travesso e o respectivo ttulo. Veja o exemplo apresentado por Furast (2003, p. 73): APNDICE A Experincia com o Ensino Fundamental APNDICE B Experincia com o Ensino Mdio ANEXOS So elementos que do suporte ao texto e no so elaborados pelo autor. tambm um elemento opcional. A numerao de pginas, se houver, do documento original. Tal qual o apndice, a identificao deve ser feita com letras maisculas e no com nmero, seguida de travesso e o ttulo. ANEXO A Estatuto da Instituio ANEXO B - Projeto Poltico Pedaggico NDICES Elemento no obrigatrio. Conforme Prestes (2003, p. 47), o ndice o detalhamento dos assuntos, ttulos, nomes, datas e outros elementos que o autor queira destacar, por ordem alfabtica; indica a exata localizao no texto. Para um trabalho acadmico, voc poder utilizar todos os elementos prtextuais, textuais e ps-textuais, porm, utilize os elementos op cionais somente quando o trabalho tiver uma extenso maior, caso contrrio, utilize somente os elementos bsicos e obrigatrios.

SEO 5 Formas de apresentaoDe acordo com a NBR 14724:2002, o trabalho deve seguir algumas normas de apresentao, como nmero de sees, tamanho da letra, paginao e outros. Para voc compreender melhor, vamos detalhar mais: ypara apresentao de trabalhos acadmicos e relatrios de pesquisa devemos usar folha em papel branco no formato A4 (21x29,7 cm); ya folha deve apresentar margem superior e esquerda, de 3 cm e inferior e direita, de 2 cm; recuo de pargrafo de 2 cm; yna escrita, devemos fazer uso da ortografia oficial, a cor da letra deve ser sempre preta, com exceo das ilustraes; y recomendamos a utilizao de fonte tamanho 12 para o texto e tamanho menor para citaes de mais de trs linhas, notas de rodap, paginao, legendas das ilustraes e tabelas; ya numerao das pginas deve aparecer no canto super