apostila de história da Ótica

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HISTÓRIA

DA ÓPTICA

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EMENTA

A disciplina se propõe a estudar o saber, que sustenta a Óptica

contemporânea, partindo do nascimento da Óptica naturalista (século V a.C.),

atravessando o longo período da Idade Média, as renovações das disciplinas

fundamentais como Anatomia (século XVI) e Fisiologia (século XVII) e o surgimento da

Óptica científica (século XIX), terminando com uma discussão sobre a prática nos dias

de hoje.

A apostila se detém nos principais momentos de mudança do pensamento

óptico, enfatizando as transformações e conceitos.

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INTRODUÇÃO

Hoje, temos conhecimento de que a óptica existe desde pelo menos 300 a.C.

Triste é aquele, que pensa que o nosso setor está apenas engatinhando, e não

sabe como é longa a estrada do segmento óptico. Devemos tudo isso a técnica que

construíram as alicerces da óptica brasileira e principalmente a óptica mundial. Se

fecharmos os olhos por vários minutos ou apenas segundos, nos lembraremos como é

triste não ter visão e viver na escuridão.

Lembre-se que pesquisadores, técnicos, físicos, matemáticos e até médicos

estudam anos e anos, para melhorar a qualidade de vida do homem, começando pela

busca da visão perfeita, pois 80% dos reflexos do ser humano são baseados e

direcionados a visão. E a óptica colaborou muito com os estudos das lentes e a

correção das ametropias.

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A HISTÓRIA DAS LENTES

A história das lentes é de suma importância principalmente para uma

sociedade, onde os homens cada vez mais desafiam as barreiras encontradas,

buscando o progresso e a modernização.

Partindo-se do real à memória, a história é vivida num processo de mudança

ou conservação.

A memória do segmento óptico revela o desejo natural de evolução dos

homens.

Após o período Colonial e a independência, a partir do período regencial, o país

passou a receber cientistas, viajantes e principalmente técnicos especializados. O

chamado “mecânico oculista” foi o primeiro profissional óptico no Brasil.

A pesquisa acadêmica levou para a corte imperial brasileira, um rei menino, que

estimulou a vinda de um técnico de óptica ao país, surgiu desde então, a grande

aventura da história da produção de óculos no Brasil. Peça por peça, uma jóia rara, um

bem extraordinário, uma marca pessoal, um símbolo de sabedoria, assim sendo vários

papéis para os óculos e um conceito dinâmico do homem.

A visão, a refração e a reflexão da luz são fenômenos, que sempre atraíram o

ser humano. O polonês Witelo, no século XIII, escreveu Tratado de óptica, onde

descreveu uma história da antiguidade conhecida na Europa medieval como os

lendários espelhos de Arquimedes, que funcionaram como as primeiras lentes.

Durante a antiguidade clássica, o termo “ocularium” era utilizado para designar

os orifícios feitos nos elmos, que protegiam a cabeça dos soldados para que pudessem

enxergar, daí foi derivado a palavra óculos.

Por volta do século IV a.C., Euclides escreveu a “Óptica”, com base na idéia

de que o tamanho dos objetos era determinado pelo o ângulo sob o qual eram olhados,

já Ptolomeu, durante o século II a.C., também escreveu uma obra denominada

“Óptica”, mas sua linha pensamento era diferente da de Euclides, pois considerava

relevante apenas o ângulo visual, o foco eram os comprimentos.

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Entre os séculos IX e XI, avançaram os estudos sobre a Óptica, e apenas no

século XII, mil anos após Ptolomeu, a Europa se voltou novamente ao estudo de visão

de objetos.

Segundo Plutarco, para reverenciar o guarda do “fogo”, vindo do sol, os

sacerdotes utilizavam um pavio de tecidos e uma lente do tamanho de meia laranja,

mas foi com o comércio de pedras polidas em 700 a.C. que os médicos Rufo e Éfeso,

pesquisaram o uso das lentes e desenharam o diagrama do globo ocular.

Temos registros do polimento de pedras na América pré-colombiana,

principalmente entre maias e incas, e também na China.

Por volta de 2280 a.C, as lentes de quartzo ou ametista eram utilizadas na

China para observar estrelas. A fabricação de vidros no período não ficou restrita a

China, no mediterrâneo, os fenícios já dominavam a técnica do vidro.

Sabemos que os cristais polidos já eram utilizados para aumentar o tamanho

dos objetos e das letras.

A partir do início do segundo milênio começou o desenvolvimento das chamas

“pedras de leitura”. Nesta época medieval, a cultura letrada ficou restrita à Igreja e foi

entre os monges, em especial entre os monges copistas, que surgiu o primeiro par de

óculos na Europa.

O primeiro par de lentes com arcos de ferro unidos por rebites foi

fabricado na Alemanha, durante o século XIII. Ainda nesse mesmo século temos já a

fabricação de óculos em Florença.

Essas armações montadas com um par de lentes eram utilizadas para a leitura

dos religiosos, que procuravam óculos, que melhorassem sua “visão de perto”.

Esse primeiro modelo era elaborado em forma de uma letra “V” invertida, com

duas lentes presas por um rebite, apoiando-se no dorso do nariz sem as hastes laterais.

As lentes eram de cristal de quartzo ou pedras semi-preciosas. As lentes

lapidadas e polidas de berilo eram das mais procuradas, pela nitidez proporcionada e

pelo brilho – aliás, foi de “berilo” que derivou a palavra “brilho”.

O inglês Robert Grosseteste deu grande impulso a óptica, estudando as

lentes, e, principalmente, a refração.

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O franciscano Roger Bacon deu continuidade aos estudos de Grosseteste,

mas sem dúvida foi o franciscano inglês John Pecham, que difundiu a óptica e o

próprio comércio de óculos quando escreveu um manual sobre o tema, muito popular

na Europa Central.

Os primeiros comerciantes de óculos eram geralmente joalheiros. O

conhecimento técnico de ourivesaria e lapidação de jóias foi fundamental para eles. Os

óculos eram encarados como um instrumento técnico e também como uma jóia, e seu

custo era alto. Eram fabricados principalmente em Veneza, como afirma o historiador

italiano Trasselli.

A chegada dos livros impressos estimulou a aptidão literária, e tivemos um

incremento na produção de óculos, que passam a ser encarados como um símbolo de

sabedoria.

Os primeiros grandes editores de livros na Europa, os quais vendiam livros e

conjuntamente ofereciam óculos para a leitura, eram eles das famílias de editores de

Usque, de Ferrara; Sonsino, de Ancona.

O modelo era elaborado em forma de letra “V” invertida, com duas lentes

presas por um rebite apoiando no dorso do nariz sem hastes laterais.A produção de

óculos concentrou-se na Itália e na Alemanha, mas Espanha, Portugal, Holanda e

França iniciaram uma produção baseada em artesãos.

Na França tivemos Óptica Thomin, que em 1746 iniciou uma produção de

armações de diversos materiais, do marfim ao ouro.

Já nesse período, entre os séculos XV e XVII, eram mais utilizados dois

modelos de óculos, o pincenê e o lonhão. O pincenê, sem hastes, era ajustado no

nariz e o lonhão tinha uma haste lateral presa a uma armação, que era colocada diante

dos olhos, apoiada no nariz. Já no século XVII entretanto, as hastes fixas eram

apoiadas nas orelhas. As armações eram feitas de couro, marfim, chifre, ouro, ferro,

casco de tartaruga e diversas ligas metálicas.

Sem dúvida, Galileu Galilei deu grande pulso do desenvolvimento da óptica no

início do século XVII, apresentando o telescópio no alto da torre da Igreja de São

Marcos, em Veneza.

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No verão de 1609, chegou às mãos do Galileu Galilei (1564-1642) a descrição

de um instrumento construído na Holanda, que permitia enxergar objetos distantes

como se estivessem próximos. Tomando por modelo essa luneta holandesa, Galileu

fabricou, ele mesmo, um aparelho semelhante capaz de aumentar nove vezes o

tamanho aparente dos objetos. O holandês que fabricou a luneta, em 1608, foi Hans

Lippeerhey.

As pesquisas trouxeram uma melhor compreensão da refração da luz,

principalmente após a invenção do bifocal por Benjamim Franklin, na segunda metade

do século XVIII.

Em 1606, na cidade de Florença, o português Filipe Montalto difundiu a

utilização das lentes côncavas para miopia.

Um dos primeiros registros da presença de óculos na colônia, veio da coleção

de inventários e testamentos do Arquivo Histórico do Estado de São Paulo e do Arquivo

Nacional do Rio de Janeiro.

A expansão das encomendas e da utilização de óculos no Brasil colonial deu-se

durante o século XVIII.

Os primeiros óculos começaram a ser fabricados ainda totalmente artesanais,

produzidos pelos chamados “técnicos oculistas”, que chegaram vindos da Europa.Os

oculistas mecânicos eram técnicos muito comuns no continente europeu, desde o final

da Idade Média, vinham acumulando grande conhecimento de óptica, que iam

transmitindo aos técnicos aprendizes. Possuíam geralmente uma ou várias caixas de

provas com lentes alemãs, austríacas, italianas, inglesas e francesas.

O oculista mecânico Joseph Herschel nasceu na Alemanha, seu trabalho

consistia em fixar moradia em determinada cidade de 90 a 120 dias, e durante este

período anunciar a fabricação de óculos.

Herschel levava consigo uma caixa de palavras com modelos de lentes de

“pedra papel inglesa” ou “cristal de rocha lapidado alemão ou francês”. A caixa de

provas e suas inúmeras lentes tinham como objetivo realizar a refração, para depois

iniciar o processamento artesanal das lentes e a confecção dos óculos.

A maioria dos oculistas, que atuaram no século XIX, no Brasil, fazia suas

armações de uma liga metálica. Utilizavam também ouro, prata e casco de tartaruga.

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A documentação sobre a vinda de Herschel ao país e os serviços por ele

executados indica que como técnico oculista bastante experiente, ele recebeu muitas

encomendas de óculos de leitura, entre as quais a de um par para uma criança, feita

pelo médico Roque Schuch. Essa criança era Dom Pedro II.

É interessante notar um auto-retrato feito pelo jovem príncipe aos 9 anos de

idade, em que ele é representado de óculos.

O imperador Dom Pedro II, bem mais tarde, já adulto e com anos de reinado,

encomendou a Herschel uma peça valiosa: um pincenê de lentes ovais e armações em

ouro e casco de tartaruga, tendo na base arco direito, uma coroa imperial com as letras

PII. A peça foi preservada por muitos anos pela família imperial brasileira, e atualmente

encontra-se no Museu Inaldo de Lyra Neves. Manta, pertencente à Academia Nacional

de Medicina.

O técnico oculista Joseph Herschel chegou ao Recife no dia 26 de agosto de

1835. Após breve acordo com Geiger, iniciou um comércio próprio, publicando um

anúncio no jornal Diário de Pernambuco, que dizia:

José Herschel, Oculista Mecânico, tem a honra de oferecer a sua arte como

oculista e igualmente fazer e consertar toda a qualidade de óculos, para qualquer vista,

por mais débil que seja, tanto para ver de perto como de longe. Por isto suplica ao

público que lhe honre com a sua concorrência que ele tratará de servi-lo, à sua

satisfação, as pessoas que não puderem ir a sua casa, poderão mandar chamá-lo que

ele prontamente servirá. A sua residência é na Ponte Velha em frente à casa do Catão

e das doze horas do dia até as duas da tarde na rua Cruz número 10.

As armações de provas do século XIX chegaram ao país com oculistas

mecânicos, a parte superior era utilizada para medir a distância interpupilar com um

dispositivo, que variava de acordo com a altura da base do nariz, nas laterais, rodas

dentadas para girar cilindros, e no centro, espaço para as lentes.

O grande “óptico cientifico” da capital paulista era Leopold Stern, respeitado

no país a na América do Sul, como mostra o intercâmbio técnico, que existia entre ele e

o optometrista inglês Robert Hammersley Symens, que confeccionava óculos no Chile

e na Argentina.

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Seu sucesso comercial foi tão intenso que ele rapidamente abriu um

consultório, onde realizava exames e receitava óculos.

Um dos grandes agentes de importação de lentes utilizando por Stern era

Jacob Levy, estabelecido em São Paulo e no Rio de Janeiro, Levy importava lentes

francesas azuis e armações.

Leopold Stern deu grande impulso à óptica no Sudeste. Além de caixa de

provas, também utilizava inúmeros equipamentos ópticos.

AS ÓPTICAS

A abertura das ópticas ou de seções de ópticas nas joalherias e relojoarias deu-

se principalmente no início do período republicano. A transição do século XIX para o

século XX marcou a formação de um estado burguês no país. A imigração européia,

que auxiliou no processo de abertura das primeiras ópticas, transforma a região

Sudeste.

Uma das grandes dificuldades da expansão da venda de óculos de grau eram

as receitas. A maioria dos oftalmologistas eram cirurgiões oculares, e só muito

lentamente o corpo médico foi adquirindo conhecimento técnico para suprir a

necessidade das pessoas que precisam de óculos de grau.

O antigo oculista mecânico ou científico – o atual optometrista – era um

profissional raro e muito requisitado, que durante todo o século XIX atendia uma

pequena parcela da população brasileira composta por membros da elite alfabetizados.

No início do século XX, houve aumento no número de escolas de óptica. Para

resolver a questão do receituário para os óculos de grau, a Casa Fretin trouxe para

São Paulo Mr. John, um optometrista norte - americano, que passou a realizar

consultas e aplicar todos os exames necessários para receitar óculos de grau.

Os oftalmologistas e os otorrinolaringologistas do início do século XX

trabalhavam com caixa de provas. Os médicos brasileiros visavam à cirurgia ocular, e

não à aquisição de conhecimentos, em profundidade sobre a refração e a prática de

receitas para óculos.

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A Clínica Oftalmológica do Dr. Pereira da Cunha, no Rio de Janeiro, era uma

referência no país, mas ainda não tinha funcionários habilitados para fornecer

receituário de óculos de grau. O médico oftalmologista João Penido Burnier fundou o

Instituto Oftalmológico de Campinas (atual Instituto Penido Burnier) no dia 1° de junho

de 1920, o qual se transformou em um marco da oftalmologia brasileira e desencadeou

processos de conhecimentos em refração, com o objetivo de suprir a carência de

receitas de óculos de grau.

O instituto Penido Burnier fez crescer o movimento dos médicos

oftalmologistas, e continuou sendo uma referência nacional e internacional na sua

especialidade. Assim, temos o registro da descoberta da óptica no Brasil e no mundo, e

o surgimento dos optometristas e depois dos oftalmologistas, bem como a evolução dos

produtos ópticos.

EVOLUÇÃO E PESQUISA SOBRE LENTES E REFRAÇÃO.

Reflexão da Luz.

Todo objeto percebido pelos olhos é visto com luz, que por ele emitida (sol,

lâmpadas elétricas, velas, etc.) ou pela luz nele refletida. Então é fácil concluir que o

que vemos nada mais é do que a reflexão da luz nos objetos.

Refração da Luz.

A luz se propaga em linha reta e, ao mudar de meio, muda de direção e de

velocidade. Em 1621, um matemático holandês, Willebrord Snell, deu o nome de

refração para este fenômeno. Cada tipo de substância desvia de forma diferente o raio

de luz. Pesquisadores deram o nome de “índice de refração” para caracterizar a

capacidade dos desvios dos raios luminosos através das diversas superfícies

transparentes. Em outras palavras, cada material com capacidade de transparência, e

que seja homogêneo, têm características de produzir alteração de direção e velocidade

na luz, quando ela passa de um meio (ar) para outro (ex. vidro ou resina orgânica). Esta

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capacidade de desvio e velocidade da luz varia de material para material, sendo que

fisicamente é responsável pela possibilidade de se produzir diferente tipos de lentes.

Hoje, na área de lentes para óculos, além de diversos tipos de tratamentos

químicos capazes de diminuir reflexos, aumentar a resistência da superfície da lente,

riscos ou uma simples coloração, há uma gama muito grande de opções.

NOSSAS ORGANIZAÇÕES

A ABPOO - Associação Brasileira de Profissionais de Óptica e Optometria foi

fundada no dia 30 de abril de 1995, em Brasília, no auditório do SENAC/DF durante a

realização do 1° ENCONTRO NACIONAL DE PROFISSIONAIS DE ÓPTICA

OPTOMÉTRICA. Esta associação surgiu da necessidade de uma entidade de âmbito

nacional que verdadeiramente se empenhasse na IMPLANTAÇÃO DEFINITIVA DA

OPTOMETRIA NO BRASIL.

Participaram de sua fundação representantes dos seguintes Estados: Distrito

Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Tocantins e Rondônia.

Na fundação da associação foi constituída a diretoria, tem sido eleito:

• Presidente: o óptico optometrista Ricardo T. Bretas (DF);

• Vice-presidente: o óptico optometrista Hélcio José da Motta (GO);

• Secretário: o óptico optometrista Sergio de Abreu Veiga (DF);

• Segundo secretário o óptico optometrista Leandro Luiz Fleury Rosa (GO);

• Tesoureiro: o óptico optometrista Drayton George do Nascimento (DF);

• Segundo tesoureiro: o óptico optometrista Edgard Rodrigues de Souza (GO)

• Conselho fiscal: os seguintes ópticos optometristas:

Paulo Targino Alves Filho (DF),José Josias (DF),Arnaldo Catarino (DF),Celso

dos Santos (SP),Gilberto Lobo (RO).

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Na assembléia foi aprovado o estatuto da ABPOO que, entre os outros

objetivos, tem como finalidade "agregar e defender os profissionais de óptica

optométrica indústria óptica e comércio de artigos ópticos em todo o território

nacional, além é claro de lutar pela implantação da optometria no Brasil”.

No dia 17 de julho de 1998, foi solicitado ao Cartório, por requerimento, o

registro do novo estatuto da ABPOO, transformada por decisão da Assembléia Geral,

em CONSELHO BRASILEIRO DE ÓPTICA E OPTOMETRIA.

PERFIL DO PROFISSIONAL ÓPTICO RECONHECIDO PELO CBOO,

Óptico Oftálmico Básico

De formação escolar específica em vendas, surfaçagem e montagem, orienta o

usuário de óculos com força dióptrica ou não, óculos de sol ou na escolha de armação

e lentes oftálmicas adequadas a seu caso, observando as características visuais, físicas

e anatômicas do usuário, principalmente as relacionadas à cabeça como: largura do

rosto, medidas de distância naso-pupilar, altura dos centros ópticos, entre outras, e a

potência dióptrica das lentes definidas e necessárias.

Calcula, projeta e confecciona lentes com força dióptrica ou não; em geral, de

acordo com as recomendações fornecidas pelo especialista. Afere e confere as

características técnicas e físicas gerais das lentes com potência dióptrica ou não e as

monta nas armações para óculos e/ou em instrumentos ópticos. Faz ajustes,

substituições de peças e consertos. Pode se responsabilizar tecnicamente pelos

laboratórios ópticos e estabelecimentos ópticos básicos, ou seja, casas de óptica sem

os departamentos de contatologia e optometria.

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TÉCNICO EM ÓPTICA

De formação escolar específica mais completa que a do óptico oftálmico básico,

o técnico em óptica também se especializa em contatologia e refratometria. Como

óptico, além das competências constantes no trabalho do óptico oftálmico básico, o

técnico em óptica avalia a necessidade, a indicação de compensações ópticas, seja

através de óculos ou lentes de contato. Com relação à avaliação da função visual, o

técnico em óptica pode fazer anamnese, tomar a acuidade visual, aferindo o foco visual

do cliente utilizando aparelhagem e equipamentos apropriados e necessários.

Quando se deparar com casos patológicos deve encaminhar o cliente ao

médico especializado. Adapta, indica e surfaça lentes oftálmicas com força dióptrica ou

não para óculos e/ou lentes de contato em geral, inclusive com força dióptrica. Faz

montagem dos óculos colocando as lentes e ajustando-as na armação observando as

indicações prescritas por ele próprio ou por outros especialistas para possibilitar a

perfeita adaptação dos mesmos ao cliente.

Executa trabalhos especializados em produção de instrumentos ópticos de

projeção, ampliação e aproximação. Atua na fabricação de vidros, polímeros e lentes

para óculos, binóculos, lentes de contato, telescópios etc. Analisa projetos e receitas e

verifica os recursos necessários para aviá-la, quer quanto às especificações técnicas,

quer quanto à escolha de armação pelo cliente. Reconhece e mede lentes esféricas,

cilíndricas e prismáticas, localizando os eixos respectivos.

Supervisiona os trabalhos de surfaçagem e montagem de aparelhos ópticos,

óculos e lentes de contato, realizados por empregados especializados ou executa

pessoalmente esses trabalhos. Examina com freqüência o bom funcionamento e

precisão de aparelhos de fabricação e controle das especificações técnicas das lentes

em geral. Pode executar fabricação e montagem de aparelhos fotográficos, de

filmagem, lunetas e outros. Auxilia nos projetos desses mesmos aparelhos, como

também de máquinas de projeção de cinema e slides, aparelhos ópticos utilizados na

engenharia topográfica, tonometria, medicina e outras áreas.

Pode dedicar-se a tarefas como correção e adaptação de próteses em clientes

com vazamento nos olhos. Especializa-se em lentes de contato trabalhando em todo o

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processo de fabricação dessas lentes, bem como na sua devida adaptação e indicação

nos possíveis usuários. Pode desempenhar funções de orientador técnico e vendedor.

Pode se responsabilizar tecnicamente pelos laboratórios ópticos, estabelecimentos

ópticos básicos ou plenos, ou seja, casas de óptica com departamentos de contatologia

e optometria.

ÓPTICO OPTOMETRISTA

De formação escolar específica, examina pessoas portadoras de perturbações

da função visual como um todo, diagnosticando, compensando e orientando os

diferentes tipos de tratamentos para promover a recuperação desses distúrbios.

O Óptico Optometrista ocupa-se do exame do processo visual em seus

aspectos funcionais e comportamentais, determinando e medindo cientificamente os

defeitos de refração, acomodação e motilidade dos olhos, prevenindo e corrigindo os

transtornos da visão, prescrevendo e adaptando os meios ópticos compensatórios,

sejam lentes oftálmicas em geral, lentes de contato em geral, prismas, filtros, telelupas,

exercícios etc. Prevê a recomendação e o acompanhamento da prática de terapias

visuais, exercícios ortópticos e a adaptação de próteses e órteses oculares. Reconhece

condições patológicas oculares e sistêmicas encaminhando esses casos aos

profissionais de medicina especializada. Busca oferecer o máximo de rendimento visual

com a mínima fadiga. Por métodos objetivos e subjetivos, reconhece, determina,

compensa e/ou corrige as anomalias visuais, de modo funcional e dinâmico.

Aprofunda-se em aspectos físicos, psicológicos e ergonômicos da visão, bem

como em áreas de especialização como a refratometria, optometria pediátrica, ortóptica

e pleóptica, adaptação de lentes de contato, próteses e órteses, optometria geriátrica,

desportiva, visão subnormal, profissional e reeducação visual, dentre outras. Avalia o

caso, examinando o cliente, entrevistando, inclusive a sua família, para determinação

de critérios terapêuticos. Pode fornecer dados aos médicos especializados para efeito

de auxílio nos casos patológicos carentes de tratamentos específicos e/ou cirúrgicos.

Orienta a família do cliente, travando com ela contatos informais, para obter o

maior rendimento possível de terapêutica, completa o tratamento utilizando filtros,

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lentes adicionais, prismas corretores, processos de oclusão, para assegurar maior

rapidez e eficiência, terapêuticas dos casos, analisando os resultados obtidos, para

encaminhar o cliente a outros especialistas, quando necessário participa de equipes

multiprofissionais, assessorando em assuntos de optometria, a fim de contribuir para a

profilaxia de deficiências visuais, do estrabismo e para o esclarecimento de diagnóstico.

Pode realizar triagem ou seleção de profissionais, para avaliação dos padrões exigidos

pelo órgão requisitante.

O óptico optometrista é o profissional não-médico especialista da visão.

É treinado especificamente para a prática da optometria plena ou de qualquer

uma de suas especialidades, com autonomia e responsabilidade no exercício clínico e

acesso irrestrito aos necessitados desses serviços especializados.

O óptico optometrista dedica-se à prevenção, detecção e solução dos

problemas funcionais e operativos do sistema visual, mediante a aplicação de meios

compensativos como as lentes oftálmicas com força dióptrica ou não, as lentes de

contato com força dióptrica ou não, prismas, telelupas e outros.

Seu trabalho envolve, ainda, a recuperação e aperfeiçoamento da eficácia

visual através de exercícios e treinamentos da visão e/ou da adequação dos diferentes

aspectos ergonômicos, tais como iluminação, mobiliária e postura. Reconhece

enfermidades oculares e sistêmicas, casos que encaminha ao profissional de saúde

adequado.

O óptico optometrista pode atuar na saúde pública (escolas, universidades,

hospitais, postos de saúde, empresas e etc.), podendo prestar seus serviços também

na esfera privada (escolas, universidades, hospitais, clínicas, indústrias, empresas e

etc.), em consultórios próprios ou estabelecimentos comerciais de óptica. Por formação,

pode trabalhar como consultor e pesquisador junto às indústrias oftálmicas, orientando

a fabricação e testando novos materiais.

O óptico optometrista não trata de enfermidades dos olhos, não realiza cirurgias

nem prescreve medicamentos. Cuida do ato visual, não do globo ocular. Pode emitir

laudos técnicos. Pode se responsabilizar tecnicamente pelos laboratórios ópticos,

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indústrias do ramo, clínicas de visão, postos de saúde, estabelecimentos ópticos

básicos ou plenos.

Código de Ética do Profissional

Óptico, Optometrista, Óptico-Optometrista, e Contatólogo.

Resolução CD. 01/02 – Faz publicar o texto do Código de Ética dos profissionais do

setor óptico oftálmico brasileiro consolidado conforme aprovação deste Conselho

Deliberativo reunido em Caldas Novas nos dias 11 e 12 de maio de 2002.

Art. 1°. Aos Profissionais de óptica, optometria e contatologia, na condição de

especialista da visão cabe:

§ 1°. Formular, aconselhar, adaptar, conceder, realizar e controlar todo equipamento

óptico de qualquer natureza destinado a compensar anomalias da visão através da

aplicação de óptica física, matemática, óptica fisiológica, optometria e de toda

tecnologia existente e que vier a existir.

§ 2°. Utilizar todos os meios técnicos, prodigalizar todos os conselhos de higiene ou de

treinamento com o fim de melhorar a visão.

§ 3°. Empregar todo instrumento, aparelho e método capaz de servir, em um exame

optométrico, prescrevendo os recursos ópticos que melhor atender as necessidades do

cliente independente da marca do produto.

§ 4°. Respeitar a si mesmo, a sua profissão e os outros profissionais da óptica em

geral.

§ 5°. Trabalhar em prol da classe não omitindo aos seus colegas, seus conhecimentos.

§ 6°. Orientar o cliente informando e esclarecendo as opções de mercado, a melhor

indicação para o seu caso, deixando-lhe, entretanto, o poder de escolha.

§ 7°. Empregar sempre termos técnicos em relatórios ou boletins relacionados à sua

profissão.

§ 8°. Buscar meios de mostrar aos fornecedores que cabe aos ópticos-optometristas e

não aos médicos a preferência na escolha de lentes.

§ 9°. Considerar o bem estar visual da população como sua responsabilidade

fundamental.

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§ 10°. Promover os mais elevados padrões possíveis de atendimento profissional.

§ 11°. Prestar seus serviços a todos com a mesma diligência, sem discriminação de

raça, credo, religião ou posição social.

§ 12°. Respeitar a natureza confidencial das informações relativas àqueles a quem

presta seus serviços e em benefício de quem somente poderá usa-las.

§ 13°.Encaminhar os casos necessários para cuidados médicos ou de outros

profissionais.

§ 14°. Observar as leis de seu país, o Código de Ética e Normas de Exercício

Profissional de sua Associação ou Conselho.

Art. 2°. É proibido aos profissionais de óptica, optometria e contatologia:

§ 1°. Ser sócio de médicos, pagar-lhes comissão em troca de indicações de aviamentos

de receitas ou indicar médicos a seus clientes.

§ 2°. Denegrir a imagem ou colocar em dúvida a capacidade profissional de seus

colegas.

§ 3°. Prescrever medicamentos ou tratar de casos patológicos de sua clientela.

CBOO – Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria

CROOs – Conselhos Regionais de Óptica e Optometria

1° OFÍCO – BRASÍLIA / REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS

FICOU ARQUIVADA CÓPIA EM MICROFILME SOB O Nº. 047373.

AS CASAS DE ÓPTICA SÃO CLASSIFICADAS EM DUAS CATEGORIAS:

1-) ÓPTICA BÁSICA

Estabelecimento óptico que comercializa, fabrica e/ou beneficia lentes em geral

em laboratório próprio ou mediante terceirização sob contrato com laboratório

especializado e legalizado, executa montagem de óculos corretivos ou solares.

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2-) ÓPTICA PLENA

Estabelecimento óptico que comercializa, fabrica e/ou beneficia lentes em geral

em laboratório próprio ou mediante terceirização sob contrato com laboratório

especializado e legalizado, executa montagem de óculos corretivos ou solares, e que

oferece ainda atendimento de exame optométrico pleno, inclusive adaptação e

comercialização de lentes de contato. Para isso poderá manter e dispor de todos os

equipamentos necessários a esses fins, inclusive QUERATÔMETRO,

BIOMICROSCÓPIO, RETINOSCÓPIO, OFTALMOSCÓPIO, TRANSILUMINADOR,

CAIXA DE PRISMAS, RÉGUA DE ESQUIASCOPIA, CAIXAS DE PROVAS DE

LENTES E LENTES DE CONTATO EM GERAL, FOROPTERO, ARMAÇÕES DE

PROVA, AUTOREFRATORES E TODOS OS INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS AO

BOM DESEMPENHO DE SUAS ATRIBUIÇÕES.

CADA CASA DE ÓPTICA DEVE MANTER UM PROFISSIONAL HABILITADO E

REGISTRADO NO CONSELHO REGIONAL DE ÓPTICA E OPTOMETRIA DE SEU

ESTADO. A IDENTIDADE PROFISSIONAL, RENOVADA ANUALMENTE, PODE SER

SOLICITADA POR QUALQUER CIDADÃO QUE UTILIZAR OS SERVIÇOS DE ÓPTICA

EM TODO O PAÍS.

Os novos estabelecimentos de óptica que desejarem abrir em qualquer ponto

do território nacional deverão apresentar todos os documentos exigidos por lei, além de

manter em seu quadro um profissional habilitado como responsável. As ópticas que não

cumprirem as formalidades não poderão ser abertas.

Os estabelecimentos de óptica deverão informar ao Conselho Regional de

Óptica e Optometria de seu estado, via ofício, sua existência constando seus dados

principais e objetivo comercial.

São considerados irregulares os estabelecimentos de óptica sem responsável

técnico habilitado, os localizados em hospitais, clínicas, e/ou em locais que tem o

propósito de conduzir o cliente, tirando-lhe, mesmo que veladamente o direito de livre

escolha de compra; os estabelecimentos, que recebem indicação de médicos

oftalmologistas, ou que indicam médicos oftalmologistas a seus clientes, independente

dos motivos ou da forma como é feita.

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Todas as ópticas irregulares deverão ser anunciadas imediatamente, à

Vigilância Sanitária dos estados pertinentes, através de denúncia formulada pelo

sindicato ou Conselho Regional ou Brasileiro, para que sejam tomadas as medidas

cabíveis.

Qualquer profissional óptico que se sentir prejudicado por má conduta e/ou

irregularidade de outro profissional ou de um estabelecimento óptico, deverá informar

ao Conselho Regional de Óptica e Optometria pertinente os fatos ocorridos, obrigando

este a tomar as medidas necessárias no sentido de uma solução.

Cada profissional óptico tem como obrigação denunciar junto a sua entidade de

classe, os estabelecimentos irregulares, os que desenvolvem atividades profissionais

de óptica sem a devida habilitação, bem como os que não respeitam o código de ética.

As denúncias serão avaliadas pela entidade que as receber, respeitando as

peculiaridades de cada região. Sendo sua obrigação dar ao denunciante uma

conclusão seja ela qual for.

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PAIS DA ÓPTICA

RENE DESCARTES

Rene Descartes (1596-1650) dio a conocer en el año 1637 la segunda lente de

contacto. Este sabio francés reconoció que se

anulaba la potencia dióptrica de la cornea al colocarse una lente de contacto muy

rudimentaria, a la vez que destacaba alguna de

sus aplicaciones fundamentales. Se cree que la lente de contacto de Descartes, aun

teniendo en cuenta su aparatosidad y la circunstancia de ser tan distinta a las actuales,

debe ser considerada como una verdadera lente de contacto y, por lo tanto, la primera

construida con dicho fin.

Descartes también describe el uso de meniscos positivos y negativos y estudia

la corrección de la presbicia y miopía (en aquella época no se conocía ni la

hipermetropía ni el astigmatismo).

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BENJAMÍN FRANKLIN

Mencionaremos que a fines del siglo XVIII, tiene lugar en Norteamérica, la

invención de los lentes bifocales. Este invento se le atribuye a Benjamín Franklin, por

haber hablado de ellos en cartas fechadas en el año 1784. Al parecer, existe una

patente para lentes bifocales que se extendió en el año 1783 a nombre de Anderson

Smith.

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LEONARDO DAVINCE

Leonardo da Vinci (1452-1519) fue quien construyo la primera lente de contacto

o por lo menos, un dispositivo muy análogo. Este dispositivo aparece citado en su

"Código de los ojos" donde figuran los estudios tanto filosóficos como prácticos que

realizo sobre la visión.

En el folio tercero cita el "modo de realizar el experimento que demuestra el

medio de que se sirve el sentido de la vista para usar los ojos como instrumento" . En

este experimento Leonardo da Vinci hacia un ojo esquemático, ya que colocaba una

bolsa de vidrio de paredes delgadas, que se llenaba de agua. Se practicaba en este

contenido acuoso una abertura, que representaba el iris, y una bola de vidrio mas

pequeña contenía el agua que hacia el papel de cristalino, y que estaba suspendida

dentro de la bolsa mayor. Este gigantesco ojo esquemático se colocaba con la parte

que desempeñaba el papel de cornea mirando hacia abajo, en tanto que el sujeto

contemplaba lo que podríamos llamar imagen retiniana introduciendo los ojos bajo la

superficie del liquido que llenaba la bola grande, formando de esta forma una especia

de lente de contacto. Se podría decir que Leonardo da Vinci fue el primero en realizar

lentes de contacto, ya que en su libro describe los detalles para la construcción de

pequeños recipientes de vidrio, los cuales fueron ideados para contener agua caliente y

ser aplicados al ojo. Pero se deduce por sus escritos que lo que el realizo fue un artificio

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para explicar el funcionamiento de la visión que, en cierto modo, puede considerarse el

punto de partida de aquellas.

GALILEO GALILEI

Galileo, (1564 - 1642) construyó varios telescopios que tenían entre tres y

treinta aumentos, pero a pesar de llevar su nombre, parece que los construyó por

referencias del telescopio holandés.

THOMAS YOUNG

El inglés Thomas Young (1773-1829) es quien a principios de siglo, cita

nuevamente el dispositivo de las lentes de contacto en sus estudios sobre óptica ocular,

concretamente en sus trabajos sobre la acomodación. Es decir, Young nunca pensó

que ello podría servir para la corrección de las ametropias, si bien el trabajo es de los

mas importantes realizados en óptica fisiológica, como lo prueba el hecho de que es

citado aun en las obras mas elementales de dicha materia.

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SÉCULO XIX se inventa la fotografía, obra de Niepce

y Daguerré.

Wollaston (1766-1828), introduce los cristales

meniscos.

En 1840, el óptico Romano SUSPICI, fabrica las

primeras lentes tóricas.

El astrónomo RIDDELLAIRY (1801-1892), midió el

astigmatismo de sus ojos e instruyó al óptico Fuller,

que le confeccionara lentes cilíndricas.

En 1851 von HELMHOLTZ, inventa el oftalmoscopio.

En 1872, el oftalmólogo francés JAVAL, describió un

oftalmómetro, construido en colaboración

SCHIOETZ.

A principios de siglo, GULLSTRAND realiza

importantes mediciones ópticas del ojo, señalando el mecanismo intracapsular de la

acomodación, trabajos que fueron premiados con el "PREMIO NOBEL" en 1911.

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CATALOGOS DE ÓCULOS

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Ocularium – abertura para os olhos feita no elmo dos guerreiros da Antiguidade.

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Peças do século XIX, em especial, um raro par de óculos com armação em ouro e

lentes cristal oriundas da Inglaterra.

O pincenê do imperador Dom Pedro II foi doado no século XX pelo príncipe Dom

Pedro de Orleans e Bragança à academia Nacional de Medicina. É uma peça delicada:

a armação é feita de casco de tartaruga e ouro, e na base do aro direito existe uma

coroa imperial com as letras PII. As lentes são brancas e ovais.

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As armações de provas do século XIX chegaram ao país com os oculistas

mecânicos.

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A parte superior era utilizada para medir a distância interpupilar com um

diapositivo que variava de acordo com a altura da base do nariz. Nas laterais, rodas

dentadas para NÃO girar os cilindros.

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REFERÊNCIA BILIOGRÁFICA

SANTOS NETO,José Moraes. História da Óptica no Brasil. 1ª Ed. São Paulo -

Códex,2005.

PRADO, Durval. Noções de Óptica Refração Ocular e Adaptação de Óculos. 4ª Ed. São

Paulo: Edigraf, 1941.

CBOO – Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria:

<http://www.cboo.org.br/?a=nossa_historia.php>. Acesso em: 02 Nov. 2006.

Word Optometry Organization < http://www.worldoptometry.org >.

Acesso em: 05 Nov. 2006.

LENTICON – Laboratório Cientifico de Lentes de Contato (Argentina): <

http://www.lenticonweb.com.ar/shop/otraspaginas.asp?pagina=2 >. Acesso em: 15

DEZ. 2006.