apostila da aula

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Introduo a manuteno

Com a globalizao da economia, a busca daqualidade total em servios, produtos e gerenciamento ambiental passou a sera meta de todas as empresas. O que a manuteno tem a ver com a qualidade total?Disponibilidade de mquina, aumento da competitividade, aumento dalucratividade, satisfao dos clientes, produtos com defeito zero e etc.Se eu no tiver um bom programa de manuteno, os prejuzos seroinevitveis, pois mquinas com defeitos ou quebradas causaro: diminuio ou interrupo da produo; atrasos nas entregas; perdas financeiras; aumento dos custos; rolamentos com possibilidades de apresentar defeitos de fabricao; insatisfao dos clientes; perda de mercado.Um breve histrico

A manuteno, embora despercebida, sempre existiu, mesmo nas pocas mais remotas. Comeou a ser conhecida com o nome de manuteno por volta do sculo XVI na Europa central, juntamente com o surgimento do relgio mecnico, quando surgiram os primeiros tcnicos em montagem e assistncia.Tomou corpo ao longo da Revoluo Industrial e firmou-se, como necessidade absoluta, na Segunda Guerra Mundial. No princpio da reconstruo psguerra, Inglaterra, Alemanha, Itlia e principalmente o Japo aliceraram seu desempenho industrial nas bases da engenharia e manuteno.Nos ltimos anos, com a intensa concorrncia, os prazos de entrega dos produtos passaram a ser relevantes para todas as empresas. Com isso, surgiu a motivao para se prevenir contra as falhas de mquinas e equipamentos.Essa motivao deu origem manuteno preventiva.Em suma, nos ltimos vinte anos que tem havido preocupao de tcnicose empresrios para o desenvolvimento de tcnicas especficas para melhorar ocomplexo sistema Homem/Mquina/Servio.Conceito e objetivos

Podemos entender manuteno como o conjunto de cuidados tcnicosindispensveis ao funcionamento regular e permanente de mquinas, equipamentos,ferramentas e instalaes. Esses cuidados envolvem a conservao, aadequao, a restaurao, a substituio e a preveno. Por exemplo, quandomantemos as engrenagens lubrificadas, estamos conservando-as. Se estivermosretificando uma mesa de desempeno, estaremos restaurando-a Se estivermostrocando o plugue de um cabo eltrico, estaremos substituindo-o.De modo geral, a manuteno em uma empresa tem como objetivos: manter equipamentos e mquinas em condies de pleno funcionamentopara garantir a produo normal e a qualidade dos produtos; prevenir provveis falhas ou quebras dos elementos das mquinas.Alcanar esses objetivos requer manuteno diria em servios de rotina ede reparos peridicos programados.A manuteno ideal de uma mquina a que permite alta disponibilidadepara a produo durante todo o tempo em que ela estiver em servio e a um custoadequado.Servios de rotina e servios peridicosOs servios de rotina constam de inspeo e verificao das condiestcnicas das unidades das mquinas. A deteco e a identificao de pequenosdefeitos dos elementos das mquinas, a verificao dos sistemas de lubrificaoe a constatao de falhas de ajustes so exemplos dos servios da manuteno derotina.A responsabilidade pelos servios de rotina no somente do pessoal da manuteno, mas tambm detodos os operadores de mquinas.Os servios peridicos de manuteno consistemde vrios procedimentos que visam manter amquina e equipamentos em perfeito estado de funcionamento.Esses procedimentos envolvem vriasoperaes: monitorar as partes da mquina sujeitas a maiores desgastes; ajustar ou trocar componentes em perodos predeterminados; exame dos componentes antes do trmino de suas garantias; replanejar, se necessrio, o programa de preveno; testar os componentes eltricos etc.Os servios peridicos de manuteno podem ser feitos durante paradaslongas das mquinas por motivos de quebra de peas (o que deve ser evitado) ououtras falhas, ou durante o planejamento de novo servio ou, ainda, no horriode mudana de turnos.As paradas programadas visam desmontagem completa da mquina paraexame de suas partes e conjuntos. As partes danificadas, aps exame, sorecondicionadas ou substitudas. A seguir, a mquina novamente montada etestada para assegurar a qualidade exigida em seu desempenho.Reparos no programados tambm ocorrem e esto inseridos na categoriaconhecida pelo nome de manuteno corretiva. Por exemplo, se uma furadeirade bancada estiver em funcionamento e a correia partir, ela dever ser substitu-da de imediato para que a mquina no fique parada .O acompanhamento e o registro do estado da mquina, bem como dosreparos feitos, so fatores importantes em qualquer programa de manuteno.Tipos de manuteno:

H dois tipos de manuteno: a planejada e a no planejada.A manuteno planejada classifica-se em quatro categorias: preventiva,Preditiva e TPM.A manuteno preventiva consiste no conjunto de procedimentos e aesantecipadas que visam manter a mquina em funcionamento.A manuteno preditiva um tipo de ao preventiva baseada no conhecimentodas condies de cada um dos componentes das mquinas e equipamentos.Esses dados so obtidos por meio de um acompanhamento do desgaste depeas vitais de conjuntos de mquinas e de equipamentos. Testes peridicos soefetuados para determinar a poca adequada para substituies ou reparos depeas. Exemplos: anlise de vibraes, monitoramento de mancais .A TPM (manuteno produtiva total) foi desenvolvida no Japo. ummodelo calcado no conceito de minha mquina, cuido eu.A manuteno no planejada classifica-se em duas categorias: a corretiva ea de ocasio.A manuteno corretiva tem o objetivo de localizar e reparar defeitos emequipamentos que operam em regime de trabalho contnuo.A manuteno de ocasio consiste em fazer consertos quando a mquina seencontra parada.Planejamento, programao e controleNas instalaes industriais, as paradas para manuteno constituem umapreocupao constante para a programao da produo. Se as paradas noforem previstas, ocorrem vrios problemas, tais como: atrasos no cronograma defabricao, indisponibilidade da mquina, elevao dos custos etc.Para evitar esses problemas, as empresas introduziram, em termos administrativos,o planejamento e a programao da manuteno. No Brasil, o planejamentoe a programao da manuteno foram introduzidos durante os anos 60.A funo planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos para execut-los e tomar decises.A funo programar significa determinar pessoal, dia e hora para execuodos trabalhos.O controle feito por meio de coleta e tabulao de dados, seguidosde interpretao. desta forma que so estabelecidos os padres ou normasde trabalho.Tipos de manutenoManuteno corretivaManuteno corretiva aquela de atendimento imediato produo.Esse tipo de manuteno baseia-se na seguinte filosofia: equipamentoparou, manuteno conserta imediatamente.No existe filosofia, teoria ou frmula para dimensionar uma equipede manuteno corretiva, pois nunca se sabe quando algumvai ser solicitado para atender aos eventos que requerem a presenados mantenedores. Por esse motivo, as empresas que notm uma manuteno programada e bem administrada convivemcom o caos, pois nunca haver pessoal de manuteno suficientepara atender s solicitaes. Mesmo quevenham a contar com pessoal de manuteno em quantidade suficiente,no sabero o que fazer com os mantenedores em pocasem que tudo caminha tranqilamente.34 por esse motivo que, normalmente, a manuteno aceita serviosde montagem para executar e nunca cumpre os prazos estabelecidos,pois h ocasies em que ter de decidir se atende s emergnciasou continua montando o que estava programado.Como as ocorrncias de emergncia so inevitveis, sempre havernecessidade de uma equipe para esses atendimentos,mesmo porque, no se deve ter 100% de manuteno preventiva.Dependendo do equipamento, s vezes mais conveniente, pormotivos econmicos, deix-lo parar e resolver o problema por atendimentode emergncia.Mesmo em empresas que no podem ter emergncias, s vezeselas ocorrem com resultados geralmente catastrficos. Exemplo:empresas areas.Nas empresas que convivem com emergncias que podem redundarem desastres, deve haver uma equipe muito especial demanuteno, cuja funo eliminar ou minimizar essas emergncias.A filosofia que deve ser adotada : Emergncias no ocorrem,so causadas. Elimine a causa e voc no ter novamente amesma emergncia.AtendimentoA equipe de manuteno corretiva deve estar sempre em um localespecfico para ser encontrada facilmente e atender produode imediato.Como a equipe no sabe o local onde vai atuar, o usurio comproblemas dever solicitar o atendimento por telefone, porm, paraefeitos de registro e estatstica, ele dever emitir um documentocom as seguintes informaes:Equipamento .......................... da seo ......................... parou s......... horas do dia .....................35Um analista da equipe de manuteno corretiva atende ao chamado,verifica o que deve ser feito e emite uma ficha de execuopara sanar o problema.Um modelo de ficha de execuo dado a seguir.

Observao: conveniente ressaltar que os modelos de ficha deexecuo e os modelos de relatrio de avaria mudam de empresapara empresa, bem como os cdigos de natureza da avaria e suascausas. No h, infelizmente, uma norma a respeito do assunto.ExerccioResponda.1-Por que o conserto da desregulagem da correia do quipamento considerado uma manuteno de emergncia?Porque o conjunto sofreu uma parada inesperada motivada peladesregulagem da correia.Manuteno Preventiva

Consideremos o motor de um automvel.De tempos em tempos o usurio dever trocar o leo do crter. No realizandoessa operao peridica, estaria correndo o risco de danificar os elementosque constituem o motor.Como o usurio faria para poder controlar essa troca peridica do leodo motor?Para realizar esse controle, o usurio dever acompanhar a quilometragemdo carro e, baseado nela, fazer a previso da troca do leo.Essa previso nada mais do que uma simples manuteno preventiva,que o assunto desta aula.

Conceito:A manuteno preventiva obedece a um padro previamente esquematizado,que estabelece paradas peridicas com a finalidade de permitir a troca de peasgastas por novas, assegurando assim o funcionamento perfeito da mquina porum perodo predeterminado.O mtodo preventivo proporciona um determinado ritmo de trabalho,assegurando o equilbrio necessrio ao bom andamento das atividades.O controle das peas de reposio um problema que atinge todos os tiposde indstria. Uma das metas a que se prope o rgo de manuteno preventiva a diminuio sensvel dos estoques. Isso se consegue com a organizao dosprazos para reposio de peas. Assim, ajustam-se os investimentos para o setor.Se uma pea de um conjunto que constitui um mecanismo estiver executandoseu trabalho de forma irregular, ela estabelecer, fatalmente, umasobrecarga nas demais peas que esto interagindo com ela. Como conseqncia,a sobrecarga provocar a diminuio da vida til das demais peas doconjunto. O problema s pode ser resolvido com a troca da pea problemtica,com antecedncia, para preservar as demais peas.Em qualquer sistema industrial, a improvisao um dos focos de prejuzo. verdade que quando se improvisa pode-se evitar a paralisao daproduo, mas perde-se em eficincia. A improvisao pode e deve ser evitadapor meio de mtodos preventivos estabelecidos pelos tcnicos de manutenopreventiva. A aplicao de mtodos preventivos assegura um trabalho uniformee seguro.O planejamento e a organizao, fornecidos pelo mtodo preventivo, souma garantia aos homens da produo que podem controlar, dentro de umafaixa de erro mnimo, a entrada de novas encomendas.Com o tempo, os industriais foram se conscientizando de que a mquinaque funcionava ininterruptamente at quebrar acarretava vrios problemasque poderiam ser evitados com simples paradas preventivas para lubrificao,troca de peas gastas e ajustes.Com o auxlio dos relatrios escritos sobre os trabalhos realizados, sosuprimidas as inconvenincias das quebras inesperadas. Isso evita a difcil tarefade trocas rpidas de mquinas e improvisaes que causam o desespero dopessoal da manuteno corretiva.A manuteno preventiva um mtodo aprovado e adotado atualmente emtodos os setores industriais, pois abrange desde uma simples reviso comparadas que no obedecem a uma rotina at a utilizao de sistemas de altondice tcnico.A manuteno preventiva abrange cronogramas nos quais so traadosplanos e revises peridicas completas para todos os tipos de materiais utilizadosnas oficinas. Ela inclui, tambm, levantamentos que visam facilitar suaprpria introduo em futuras ampliaes do corpo da fbrica.A aplicao do sistema de manuteno preventiva no deve se restringira setores, mquinas ou equipamentos. O sistema deve abranger todos ossetores da indstria para garantir um perfeito entrosamento entre eles, demodo tal que, ao se constatar uma anomalia, as providncias independam dequalquer outra regra que porventura venha a existir em uma oficina. Essaliberdade, dentro da indstria, fundamental para o bom funcionamento dosistema preventivo.O aparecimento de focos que ocasionam descontinuidade no programa deveser encarado de maneira sria, organizando-se estudos que tomem por base osrelatrios preenchidos por tcnicos da manuteno. Estes devero relatar, emlinguagem simples e clara, todos os detalhes do problema em questo.A manuteno preventiva nunca dever ser confundida com o rgode comando, apesar dela ditar algumas regras de conduta a serem seguidaspelo pessoal da fbrica. manuteno preventiva cabe apenas o lugar de apoioao sistema fabril.O segredo para o sucesso da manuteno preventiva est na perfeita compreenso de seus conceitos por parte de todo o pessoal da fbrica, desde osoperrios presidncia.ObjetivosOs principais objetivos das empresas so, normalmente, reduo de custos,qualidade do produto, aumento de produo, preservao do meio ambiente,aumento da vida til dos equipamentos e reduo de acidentes do trabalho.a) Reduo de custos - Em sua grande maioria, as empresas buscam reduziros custos incidentes nos produtos que fabricam. A manuteno preventivapode colaborar atuando nas peas sobressalentes, nas paradas de emergncia etc., aplicando o mnimo necessrio, ou seja, sobressalente X compradireta; horas ociosas X horas planejadas; material novo X materialrecuperado.b) Qualidade do produto - A concorrncia no mercado nem sempre ganhacom o menor custo. Muitas vezes ela ganha com um produto de melhorqualidade. Para atingir a meta qualidade do produto, a manuteno preventivadever ser aplicada com maior rigor, ou seja: mquinas deficientes Xmquinas eficientes; abastecimento deficiente X abastecimento otimizado.c) Aumento de produo - O aumento de produo de uma empresa seresume em atender demanda crescente do mercado. preciso manter afidelidade dos clientes j cadastrados e conquistar outros, mantendo osprazos de entrega dos produtos em dia. A manuteno preventiva colaborapara o alcance dessa meta atuando no binmio produo atrasada Xproduo em dia.d) Efeitos no meio ambiente - Em determinadas empresas, o ponto maiscrtico a poluio causada pelo processo industrial. Se a meta da empresafor a diminuio ou eliminao da poluio, a manuteno preventiva, comoprimeiro passo, dever estar voltada para os equipamentos antipoluio,ou seja, equipamentos sem acompanhamento X equipamentos revisados;poluio X ambiente normal.e) Aumento da vida til dos equipamentos - O aumento da vida til dosequipamentos um fator que, na maioria das vezes, no pode ser consideradode forma isolada. Esse fator, geralmente, conseqncia de: reduo de custos; qualidade do produto; aumento de produo; efeitos do meio ambiente.A manuteno preventiva, atuando nesses itens, contribui para o aumentoda vida til dos equipamentos.f) Reduo de acidentes do trabalho - No so raros os casos de empresascujo maior problema a grande quantidade de acidentes. Os acidentesno trabalho causam: aumento de custos; diminuio do fator qualidade; efeitos prejudiciais ao meio ambiente; diminuio de produo; diminuio da vida til dos equipamentos.A manuteno preventiva pode colaborar para a melhoria dos programasde segurana e preveno de acidentes.DesenvolvimentoConsideremos uma indstria ainda sem nenhuma manuteno preventiva,onde no haja controle de custos e nem registros ou dados histricos dosequipamentos. Se essa indstria desejar adotar a manuteno preventiva, dever percorrer as seguintes fases iniciais de desenvolvimento:a) Decidir qual o tipo de equipamento que dever marcar a instalao damanuteno preventiva com base no feeling da superviso de manuteoe de operao.b) Efetuar o levantamento e posterior cadastramento de todos os equipamentosque sero escolhidos para iniciar a instalao da manuteno preventiva(plano piloto).c) Redigir o histrico dos equipamentos, relacionando os custos de manuten-o (mo-de-obra, materiais e, se possvel, lucro cessante nas emergncias),tempo de parada para os diversos tipos de manuteno, tempo de disponibilidadedos equipamentos para produzirem, causas das falhas etc.d) Elaborar os manuais de procedimentos para manuteno preventiva, indicandoas freqncias de inspeo com mquinas operando, com mquinasparadas e as intervenes.e) Enumerar os recursos humanos e materiais que sero necessrios instala- A U L Ao da manuteno preventiva.f) Apresentar o plano para aprovao da gerncia e da diretoria.g) Treinar e preparar a equipe de manuteno.Exerccios 1-A respeito de manuteno preventiva, pode-se afirmar que:a) ( ) aquela feita por ocasio; obedece a um padro previamenteesquematizado, assegurando o defeito da mquina por um longoperodo.b) ( ) Ela obedece a um padro previamente esquematizado; estabeleceparadas peridicas para troca de peas gastas, assegurando o funcionamentoperfeito da mquina por um perodo predeterminado.c) ( ) Ela proporciona um leve ritmo de trabalho; desequilbrio do bomandamento desse ritmo, com controle das peas de reposio eorganizao dos prazos para reposio dessas peas.d) ( ) Ela permite a mudana da pea com antecedncia, evitando sobrecargae permitindo paralisao de um trabalho, mesmo custa deuma menor eficincia.e) ( ) aquela baseada em informaes precisas de instrumentos espec-ficos, os quais indicam, por meio de parmetros, as ocasies dasparadas para substituio de peas.

2-A aplicao da manuteno preventiva apresenta as seguintes vantagens:a) ( ) Substituio de peas novas; menor nmero de funcionrios envolvidos;nmero maior de mquinas funcionando.b) ( ) Substituio de peas novas; maior nmero de funcionrios envolvidos;menor nmero de mquinas funcionando.c) ( ) Equilbrio no ritmo de trabalho; controle das peas de reposio;eliminao ou diminuio de improvisaes e reduo de acidentesdo trabalho.d) ( ) No evita a sobrecarga de determinadas peas; mudana de todas aspeas que formam o conjunto e equilbrio no ritmo de trabalho.e) ( ) Elimina totalmente a necessidade de manuteno corretiva.

3-So objetivos a serem alcanados pela instalao da manuteno preventiva:a) ( ) Reduo de custos; qualidade do produto; efeitos no meio ambientee maior vida til dos equipamentos.b) ( ) Diminuio de pessoal; diminuio de produo; maior vida til dosequipamentos; efeitos no meio ambiente e maior durabilidade dosinsumos.c) ( ) Reduo de custos; qualidade do produto; diminuio de produoe menor vida til dos equipamentos.d) ( ) Conscientizao da gerncia em manuteno corretiva; eliminaode improvisaes e efeitos no meio ambiente.e) ( ) Diminuio de mquinas paradas em manuteno; aumento depessoal especializado e eliminao de peas sobressalentes.

Manuteno preditivaConceito:Manuteno preditiva aquela que indica as condies reais de funcionamentodas mquinas com base em dados que informam o seu desgaste ouprocesso de degradao. Trata-se da manuteno que prediz o tempo de vida tildos componentes das mquinas e equipamentos e as condies para que essetempo de vida seja bem aproveitado.Na Europa, a manuteno preditiva conhecida pelo nome de manutenocondicional e nos Estados Unidos recebe o nome de preditiva ou previsional.Objetivos da manuteno preditivaOs objetivos da manuteno preditiva so: determinar, antecipadamente, a necessidade de servios de manutenonuma pea especfica de um equipamento; eliminar desmontagens desnecessrias para inspeo; aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos; reduzir o trabalho de emergncia no planejado; impedir o aumento dos danos; aproveitar a vida til total dos componentes e de um equipamento; aumentar o grau de confiana no desempenho de um equipamento ou linhade produo; determinar previamente as interrupes de fabricao para cuidar dosequipamentos que precisam de manuteno.Por meio desses objetivos, pode-se deduzir que eles esto direcionados auma finalidade maior e importante: reduo de custos de manuteno e aumentoda produtividade.Execuo da manuteno preditiva

Para ser executada, a manuteno preditiva exige a utilizao de aparelhosadequados, capazes de registrar vrios fenmenos, tais como: vibraes das mquinas; presso; temperatura; desempenho; acelerao.Com base no conhecimento e anlise dos fenmenos, torna-se possvelindicar, com antecedncia, eventuais defeitos ou falhas nas mquinas e equipamentos.A manuteno preditiva, aps a anlise do fenmenos, adota dois procedimentospara atacar os problemas detectados: estabelece um diagnstico e efetuauma anlise de tendncias.

DiagnsticoDetectada a irregularidade, o responsvel ter o encargo de estabelecer, namedida do possvel, um diagnstico referente origem e gravidade do defeitoconstatado . Este diagnstico deve ser feito antes de se programar o reparo.

Anlise da tendncia da falhaA anlise consiste em prever com antecedncia a avaria ou a quebra, pormeio de aparelhos que exercem vigilncia constante predizendo a necessidadedo reparo.A manuteno preditiva, geralmente, adota vrios mtodos de investigaopara poder intervir nas mquinas e equipamentos. Entre os vrios mtodosdestacam-se os seguintes: estudo das vibraes; anlise dos leos; anlisedo estado das superfcies e anlises estruturais de peas.

Estudo das vibraesTodas as mquinas em funcionamento produzem vibraes que, aos poucos,levam-nas a um processo de deteriorizao. Essa deteriorizao caracterizadapor uma modificao da distribuio de energia vibratria pelo conjuntodos elementos que constituem a mquina. Observando a evoluo do nvel devibraes, possvel obter informaes sobre o estado da mquina.O princpio de anlise das vibraes baseia-se na idia de que as estruturasdas mquinas excitadas pelos esforos dinmicos (ao de foras) do sinaisvibratrios, cuja freqncia igual freqncia dos agentes excitadores.Se captadores de vibraes forem colocados em pontos definidos da mquina,eles captaro as vibraes recebidas por toda a estrutura. O registrodas vibraes e sua anlise permitem identificar a origem dos esforos presentesem uma mquina operando.Por meio da medio e anlise das vibraes de uma mquina em servionormal de produo detecta-se, com antecipao, a presena de falhas quedevem ser corrigidas: rolamentos deteriorados; engrenagens defeituosas; acomplamentos desalinhados; rotores desbalanceados; vnculos desajustados; eixos deformados; lubrificao deficiente; folga excessiva em buchas; falta de rigidez; problemas aerodinmicos; problemas hidrulicos; cavitao.O aparelho empregado para a anlise de vibraes conhecido comoanalisador de vibraes. No mercado h vrios modelos de analisadores devibraes, dos mais simples aos mais complexos; dos portteis que podem sertransportados manualmente de um lado para outro at aqueles que soinstalados definitivamente nas mquinas com a misso de executar monitoraoconstante.

Anlise dos leosOs objetivos da anlise dos leos so dois: economizar lubrificantes e sanaros defeitos.Os modernos equipamentos permitem anlises exatas e rpidas dos leosutilizados em mquinas. por meio das anlises que o servio de manutenopode determinar o momento adequado para sua troca ou renovao, tanto emcomponentes mecnicos quanto hidrulicos.A economia obtida regulando-se o grau de degradao ou de contaminaodos leos. Essa regulagem permite a otimizao dos intervalos das trocas.A anlise dos leos permite, tambm, identificar os primeiros sintomas de desgaste de um componente. A identificao feita a partir do estudo daspartculas slidas que ficam misturadas com os leos. Tais partculas slidas sogeradas pelo atrito dinmico entre peas em contato.A anlise dos leos feita por meio de tcnicas laboratoriais que envolvemvidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos. Entre os instrumentos eequipamentos utilizados temos viscosmetros, centrfugas, fotmetros de chama,peagmetros, espectrmetros, microscpios etc. O laboratorista, usandotcnicas adequadas, determina as propriedades dos leos e o grau decontaminantes neles presentes.As principais propriedades dos leos que interessam em uma anlise so: ndice de viscosidade; ndice de acidez; ndice de alcalinidade; ponto de fulgor; ponto de congelamento.Em termos de contaminao dos leos, interessa saber quanto existe de: resduos de carbono; partculas metlicas; gua.Assim como no estudo das vibraes, a anlise dos leos muito importantena manuteno preditiva. a anlise que vai dizer se o leo de uma mquina ouequipamento precisa ou no ser substitudo e quando isso dever ser feito.

Anlise do estado das superfciesA anlise das superfcies das peas, sujeitas aos desgastes provocados peloatrito, tambm importante para se controlar o grau de deteriorizao dasmquinas e equipamentos.A anlise superficial abrange, alm do simples exame visual com ou semlupa vrias tcnicas analticas, tais como: endoscopia; holografia; estroboscopia; molde e impresso.

Anlise estrutural

A anlise estrutural de peas que compem as mquinas e equipamentostambm importante para a manuteno preditiva. por meio da anliseestrutural que se detecta, por exemplo, a existncia de fissuras, trincas e bolhasnas peas das mquinas e equipamentos. Em unies soldadas, a anlise estrutural de extrema importncia.As tcnicas utilizadas na anlise estrutural so: interferometria hologrfica; ultra-sonografia; radiografia (raios X); gamagrafia (raios gama); ecografia; magnetoscopia; correntes de Foucault; infiltrao com lquidos penetrantes.

Periocidade dos controlesA coleta de dados efetuada periodicamente por um tcnico que utilizasistemas portteis de monitoramento. As informaes recolhidas so registradasnuma ficha, possibilitando ao responsvel pela manuteno preditiva t-las emmos para as providncias cabveis.A periocidade dos controles determinada de acordo com os seguintesfatores: nmero de mquinas a serem controladas; nmero de pontos de medio estabelecidos; durao da utilizao da instalao; carter estratgico das mquinas instaladas; meios materiais colocados disposio para a execuo dos servios.

As vantagens da manuteno preditiva so:

aumento da vida til do equipamento; controle dos materiais (peas, componentes, partes etc.) e melhorgerenciamento; diminuio dos custos nos reparos; melhoria da produtividade da empresa; diminuio dos estoques de produo; limitao da quantidade de peas de reposio; melhoria da segurana; credibilidade do servio oferecido; motivao do pessoal de manuteno; boa imagem do servio aps a venda, assegurando o renome do fornecedor.Exerccio 1-O tipo de manuteno que avalia a tendncia evolutiva de um defeito denominado manuteno:a) ( ) corretiva;b) ( ) condicional;c) ( ) preditiva;d) ( ) preventiva;e) ( ) ocasional.

2-Entre as ferramentas utilizadas na manuteno preditiva, as mais comunsso:a) ( ) o estudo das vibraes e anlise dos leos;b) ( ) exame visual e ultra-som;c) ( ) ecografia e estroboscopia;d) ( ) anlise dos leos e raio X;e) ( ) ecografia e estudo das vibraes. 3-A anlise das vibraes se baseia no seguinte aspecto:a) ( ) rudo que a mquina apresenta;b) ( ) sinais vibratrios das mquinas em servio;c) ( ) rotao do eixo-rvore da mquina;d) ( ) leo muito viscoso;e) ( ) rotao muito alta.4-A anlise dos leos tem o objetivo de:a) ( ) descobrir a causa do defeito;b) ( ) eliminar o defeito das mquinas;c) ( ) economizar o lubrificante e sanar o defeito;d) ( ) descobrir a viscosidade do lubrificante;e) ( ) diminuir as partculas metlicas no leo.Anlise de falhas em mquinas

As origens de falhas das mquinas esto nosdanos sofridos pelas peas componentes.A mquina nunca quebra totalmente de uma s vez, mas pra de trabalharquando alguma parte vital de seu conjunto se danifica.A parte vital pode estar no interior da mquina, no mecanismo de transmisso, no comando ou nos controles. Pode, tambm, estar no exterior, em partesrodantes ou em acessrios. Por exemplo, um pneu uma parte rodante vital paraque um caminho funcione, assim como um radiador um acessrio vital parao bom funcionamento de um motor.Origem dos danos

A origem dos danos pode ser assim agrupada:Erros de especificao ou de projeto - A mquina ou alguns de seuscomponentes no correspondem s necessidades de servio. Nesse caso osproblemas, com certeza, estaro nos seguintes fatores: dimenses, rotaes,marchas, materiais, tratamentos trmicos, ajustes, acabamentos superficiais ou,ainda, em desenhos errados.Falhas de fabricao - A mquina, com componentes falhos, no foi montadacorretamente. Nessa situao pode ocorrer o aparecimento de trincas,incluses, concentrao de tenses, contatos imperfeitos, folgas exageradas ouinsuficientes, empeno ou exposio de peas a tenses no previstas no projeto.Instalao imprpria - Trata-se de desalinhamento dos eixos entre o motore a mquina acionada. Os desalinhamentos surgem devido aos seguintes fatores: fundao (local de assentamento da mquina) sujeita a vibraes; sobrecargas; trincas; corroso.

Anlise de falhas em mquinasManuteno imprpria - Trata-se da perda de ajustes e da eficincia damquina em razo dos seguintes fatores: sujeira; falta momentnea ou constante de lubrificao; lubrificao imprpria que resulta em ruptura do filme ou em sua decomposio; superaquecimento por causa do excesso ou insuficincia da viscosidadedo lubrificante; falta de reapertos; falhas de controle de vibraes.Operao imprpria - Trata-se de sobrecarga, choques e vibraes queacabam rompendo o componente mais fraco da mquina. Esse rompimento,geralmente, provoca danos em outros componentes ou peas da mquina.Salientemos que no esto sendo consideradas medidas preventivasa respeito de projetos ou desenhos, mas das falhas originadas nos errosde especificao, de fabricao, de instalao, de manuteno e de operaoque podem ser minimizados com um controle melhor.As falhas so inevitveis quando aparecem por causa do trabalho executadopela mquina. Nesse aspecto, a manuteno restringe-se observao do progressodo dano para que se possa substituir a pea no momento mais adequado. assim que se procede, por exemplo, com os dentes de uma escavadeira que vose desgastando com o tempo de uso.

Anlise de danos e defeitos

A anlise de danos e defeitos de peas tem duas finalidades:a) apurar a razo da falha, para que sejam tomadas medidas objetivando aeliminao de sua repetio;b) alertar o usurio a respeito do que poder ocorrer se a mquina for usadaou conservada inadequadamente.Para que a anlise possa ser bem-feita, no basta examinar a pea que acusaa presena de falhas. preciso, de fato, fazer um levantamento de como a falha ocorreu, quais ossintomas, se a falha j aconteceu em outra ocasio, quanto tempo a mquinatrabalhou desde sua aquisio, quando foi realizada a ltima reforma, quais osreparos j feitos na mquina, em quais condies de servio ocorreu a falha, quaisforam os servios executados anteriormente, quem era o operador da mquinae por quanto tempo ele a operou.Enfim, o levantamento dever ser o mais minucioso possvel para quea causa da ocorrncia fique perfeitamente determinada.Evidentemente, uma observao pessoal das condies gerais da mquinae um exame do seu dossi (arquivo ou pasta) so duas medidas que no podemser negligenciadas.O passo seguinte diagnosticar o defeito e determinar sua localizao, bem como decidir sobre a necessidade de desmontagem da mquina.A desmontagem completa deve ser evitada, porque cara e demorada, almde comprometer a produo, porm, s vezes, ela inevitvel. o caso tpico dodano causado pelo desprendimento de limalhas que se espalham pelo circuitointerno de lubrificao ou pelo circuito hidrulico de uma mquina.Aps a localizao do defeito e a determinao da desmontagem, o responsvel pela manuteno dever colocar na bancada as peas interligadas, naposio de funcionamento. Na hora da montagem no podem faltar ou sobrarpeas!As peas no devem ser limpas na fase preliminar e sim na fase do examefinal. A limpeza dever ser feita pelo prprio analisador, para que no sedestruam vestgios que podem ser importantes. Aps a limpeza, as peas devemser etiquetadas para facilitar na identificao e na seqncia de montagemda mquina.Caractersticas gerais dos danos e defeitos

Os danos e defeitos de peas, geralmente, residem nos chamadosintensificadores de tenso, e estes so causados por erro de projeto ouespecificaes. Se os intensificadores de tenso residem no erro de projeto, aforma da pea o ponto crtico a ser examinado, porm, se os intensificadores detenso residem nas especificaes, estas so as que influiro na estrutura internadas peas.O erro mais freqente na forma da pea a ocorrncia de cantos vivos.As figuras mostram linhas de tenso em peas com cantos vivos. Com cantosvivos, as linhas de tenso podem se romper facilmente.

Obs: Os elementos de fixao, assim como parafusos, chavetas e rebites so os mais suscetveis a foras externas(cortantes), por estarem diretamente expostos a essas cargas.

Exerccio 1-Erros de especificao, falhas de fabricao, instalao imprpria, manuten-o imprpria e operao imprpria so fatores que do origem:a) ( ) aos danos;b) ( ) s trincas, nas chavetas;c) ( ) s fendas, nos eixos;d) ( ) elasticidade natural das molas;e) ( ) s rupturas exclusivas dos cabos de ao.

2- um exemplo de intensificador de tenso:a) ( ) uma chaveta lubrificada;b) ( ) os cantos vivos em eixos;c) ( ) um cabo de ao enrolado e solto no solo;d) ( ) um furo redondo em um bloco;e) ( ) uma mola helicoidal corretamente aplicada.

Uso de ferramentas

Ferramentas de aperto e desaperto

Em manuteno mecnica, comum se usar ferramentas de aperto edesaperto em parafusos e porcas.Para cada tipo de parafuso e de porca, h uma correspondente chaveadequada s necessidades do trabalho a ser realizado. Isto ocorre porque tantoas chaves quanto as porcas e os parafusos so fabricados dentro de normaspadronizadas mundialmente.Pois bem, para assegurar o contato mximo entre as faces da porca e as facesdos mordentes das chaves de aperto e desaperto, estas devero ser introduzidasa fundo e perpendicularmente ao eixo do parafuso ou rosca.No caso de parafusos ou porcas com dimetros nominais de at 16 mm,a ao de uma nica mo na extremidade do cabo da chave suficiente parao travamento necessrio. No se deve usar prolongadores para melhorar afixao, pois essa medida poder contribuir para a quebra da chave ou rompimentodo parafuso.

Vejamos, agora, as principais ferramentas de aperto e desaperto utilizadas A U L Ana manuteno mecnica envolvendo parafusos, porcas, tubos e canos.

Chave fixa

A chave fixa, tambm conhecida pelo nome de chave de boca fixa, utilizadapara apertar ou afrouxar porcas e parafusos de perfil quadrado ou sextavado.Pode apresentar uma ou duas bocas com medidas expressas em milmetros oupolegadas. As figuras a seguir mostram uma chave fixa com uma boca e umachave fixa com duas bocas.Chave estrelaEsta ferramenta tem o mesmo campo de aplicao da chave de boca fixa,porm diversifica-se em termos de modelos, cada qual para um uso especfico.Por ser totalmente fechada, abraa de maneira mais segura o parafuso ou porca.

Chave combinada

A chave combinada tambm recebe o nome de chave de boca combinada.Sua aplicao envolve trabalhos com porcas e parafusos, sextavados ou quadrados.A chave combinada extremamente prtica, pois possui em uma dasextremidades uma boca fixa, e na outra extremidade uma boca estrela.A vantagem desse tipo de chave facilitar o trabalho, porque se uma das bocasno puder ser utilizada em parafusos ou porcas de difcil acesso, a outra bocapoder resolver o problema. A seguir mostramos um jogo de chaves combinadas.Chaves fixas, chaves estrela e chaves combinadas no devem ser batidas commartelos. Se martelarmos essas chaves, o risco de quebr-las alto.

Se houver necessidade de martelar uma chave de aperto e desaperto pararetirar um parafuso ou uma porca de um alojamento, deve-se usar as chamadaschaves de bater, que so apropriadas para receber impactos.

Chaves de bater

H dois tipos de chaves de bater: a chave fixa de bater e a chave estrela debater. As chaves fixa de bater e estrela de bater so ferramentas indicadas paratrabalhos pesados. Possuem em uma de suas extremidades reforo para receberimpactos de martelos ou marretas, conforme seu tamanho.

Chave soquete

Dentro da linha de ferramentas mecnicas, este tipo o mais amplo everstil, em virtude da gama de acessrios oferecidos, que tornam a ferramentaprtica. Os soquetes podem apresentar o perfil sextavado ou estriado e adaptamsefacilmente em catracas, manivelas, juntas universais etc., pertencentes categoria de acessrios.Dentro da categoria de soquetes, h os de impacto que possuem bocasextavada, oitavada, quadrada e tangencial, com ou sem m embutido. Essessoquetes so utilizados em parafusadeiras, em chaves de impacto eltricas oupneumticas, pois apresentam paredes reforadas. Os soquetes de impactoapresentam concentricidade perfeita, o que reduz ao mnimo as vibraesprovocadas pela alta rotao das mquinas onde so acoplados.Os soquetes comuns no devem ser utilizados em mquinas eltricas oupneumticas, pois no resistem s altas velocidades e aos esforos tangenciaisprovocados pelas mquinas em rotao.A chave soquete, pela sua versatilidade, permite alcanar parafusos e porcasem locais onde outros tipos de chaves no chegam.A seguir, alguns soquetes e acessrios que, devidamente acoplados, resultamem chaves soquete.

Chave Allen

A chave Allen, tambm conhecida pelo nome de chave hexagonal ousextavada, utilizada para fixar ou soltar parafusos com sextavados internos.O tipo de chave Allen mais conhecido apresenta o perfil do corpo em L, o quepossibilita o efeito de alavanca durante o aperto ou desaperto de parafusos.Antes de usar uma chave Allen, deve-se verificar se o sextavado interno doparafuso encontra-se isento de tinta ou sujeira. Tinta e sujeira impedem o encaixeperfeito da chave e podem causar acidentes em quem estiver manuseando.Chave de fenda PhillipsA extremidade da haste, oposta ao cabo, nesse modelo de chave, tem a formaem cruz. Esse formato ideal para os parafusos Phillips que apresentam fendascruzadas.H tambm no mercado a chave Phillips angular dupla, conforme figuraabaixo.

Chave de fenda com sextavado

uma ferramenta utilizada em mecnica para apertar e soltar parafusosgrandes quando se exige o emprego de muita fora. Com o sextavado na haste,o operador pode, usando uma chave de boca fixa, aumentar o torque daferramenta sem precisar de maior esforo. Esse modelo tambm encontradocom a fenda cruzada (modelo Phillips).Tanto as chaves de fenda Phillips quanto as chaves de fenda com sextavadono devem ser utilizadas como talhadeiras ou alavancas.

Chaves para canos e tubos

A chave para canos tambm conhecida pelos seguintes nomes: chave grifoe chave Stillson. uma ferramenta especfica para instalao e manutenohidrulica. Sendo regulvel, a chave para canos uma ferramenta verstile de fcil manuseio.

A chave para tubos, tambm conhecida pelo nome de Heavy-Duty, semelhante chave para canos, porm mais pesada. Presta-se a servios pesados.A seguir um modelo de chave para canos e um modelo de chave para tubos.Tanto a chave para canos quanto a chave para tubos no devem ser usadaspara apertar ou soltar porcas.

Chave de boca ajustvel

Esta ferramenta tem uma aplicao universal. muito utilizada na mecnica,em trabalhos domsticos e em servios como montagem de torres e postes deeletrificao, e elementos de fixao roscados. A chave de boca ajustvel nodeve receber marteladas e nem prolongador no cabo para aumentar o torque.No universo mecnico h muitas outras chaves de aperto e desaperto, e maisdetalhes podero ser encontrados nos catlogos dos fabricantes.

Alicates

Alicate pode ser definido como uma ferramenta de ao forjado composta dedois braos e um pino de articulao. Em uma das extremidades de cada braoexistem garras, cortes e pontas que servem para segurar, cortar, dobrar, colocare retirar peas de determinadas montagens.Existem vrios modelos de alicate, cada um adequado a um tipo de trabalho.

Alicate universal

o modelo mais conhecido e usado de toda famlia de alicates. Os tiposexistentes no mercado variam principalmente no acabamento e formato dacabea. Os braos podem ser plastificados ou no. Quanto ao acabamento, essealicate pode ser oxidado, cromado, polido ou simplesmente lixado.Quanto resistncia mecnica, o alicate universal pode ser temperado ouno. Quanto ao comprimento, as medidas de mercado variam de 150 mma 255 mm.O alicate universal utilizado para segurar, cortar e dobrar.

Alicate de presso

uma ferramenta manual destinada a segurar, puxar, dobrar e girar objetosde formatos variados. Em trabalhos leves, tem a funo de uma morsa. Possuiregulagem de abertura das garras e variao no tipo de mordente, segundoo fabricante.Observe um alicate de presso e os formatos dos perfis de algumas peas queele pode prender.

Alicates para anis de segmento interno e externo

uma ferramenta utilizada para remover anis de segmento, tambmchamados de anis de segurana ou anis elsticos. O uso desses alicates exigebastante ateno, pois suas pontas, ao serem introduzidas nos furos dos anis,podem fazer com que eles escapem abruptamente, atingindo pessoas queestejam por perto.Os alicates para anis de segmento interno e externo podem apresentaras pontas retas ou curvas.

Medindo apertos de parafusos e porcas

Quando necessrio medir o aperto de um parafuso ou porca, a ferramentaindicada o torqumetro. O uso do torqumetro evita a formao de tensese a conseqente deformao das peas em servio.Ao se usar o torqumetro, importante verificar se o torque dado em parafusoseco ou lubrificado.Os torqumetros devem ser utilizados somente para efetuar o aperto finalde parafusos, sejam eles de rosca direita ou esquerda. Para encostar o parafusoou porca, deve-se usar outras chaves.Para obter maior exatido na medio, conveniente lubrificar previamentea rosca antes de se colocar e apertar o parafuso ou a porca.Os torqumetros jamais devero ser utilizados para afrouxar, pois se a porcaou parafuso estiver danificado, o torque aplicado poder ultrapassar o limiteda chave, produzindo danos ou alterando a sua exatido.Os torqumetros, embora robustos, possuem componentes relativamentesensveis (ponteiro, mostrador, escala) e por isso devem ser protegidos contrachoques violentos durante o uso.

Recomendaes finaisAs caractersticas originais das ferramentas devem ser mantidas, por issono devem ser aquecidas, limadas ou esmerilhadas.Se um mecnico de manuteno necessitar de uma ferramenta que tenhauma espessura mais fina ou uma inclinao especial, ele dever projetar um novomodelo de ferramenta ou ento modificar o projeto da mquina para que,em futuras manutenes, possa usar as ferramentas existentes no mercado.

Para aumentar a segurana quando usa ferramentas de aperto e desaperto, o mecnico de manuteno experiente aplica a fora em sua direo, evitandoo deslocamento do prprio corpo. Ele mantm o equilbrio corporal deixandoos ps afastados e a mo livre apoiada sobre a pea.O bom mecnico de manuteno lubrifica as ferramentas de trabalhoe guarda-as em locais apropriados, conservando-as.

Exerccio 1-As medidas das porcas, parafusos e chaves apresentam sempre uma compatibilidadeporque so peas:a) ( ) padronizadas;b) ( ) conferidas;c) ( ) moldadas;d) ( ) formatadas;e) ( ) estriadas.Exerccio 2Para travar um parafuso ou porca, com dimetro nominal de at 16 mm,devemos segurar a extremidade do cabo da chave de aperto com:a) ( ) as duas mos;b) ( ) uma das mos;c) ( ) um prolongador;d) ( ) um esticador;e) ( ) uma porca.Exerccio 3Os soquetes e seus acessrios ajudam a retirada de parafusos localizadosem pontos de difcil acesso ou em espaos:a) ( ) muito grandes;b) ( ) rebaixados;c) ( ) elevados;d) ( ) muito pequenos;e) ( ) nulos.Exerccio 4Para fixar ou retirar parafuso com sextavado interno, recomenda-se usara chave tipo:a) ( ) estrela;b) ( ) combinada;c) ( ) fixa;d) ( ) Allen;e) ( ) fenda simples.Exerccio 5Para medir o aperto de parafusos e porcas recomenda-se usar a seguinteferramenta:a) ( ) o alicate de presso;b) ( ) o alicate universal;c) ( ) a chave de bater;d) ( ) a chave para tubos;e) ( ) o torqumetro.

Desmontagem

Em geral, uma mquina ou equipamento industrial instalado corretamente,funcionando nas condies especificadas pelo fabricante e recebendo cuidadosperidicos do servio de manuteno preventiva capaz de trabalhar, semproblemas, por muitos anos.Entretanto, quando algum dos componentes falha, seja por descuido naoperao, seja por deficincia na manuteno, necessrio identificar o defeitoe eliminar suas causas.No caso de mquinas mais simples, relativamente fcil identificar oproblema e providenciar sua eliminao, porm, quando se trata de mquinasmais complexas, a identificao do problema e sua remoo exigem, do mecnicode manuteno, a adoo de procedimentos seqenciais bem distintos.O primeiro fato a ser considerado que no se deve desmontar uma mquinaantes da anlise dos problemas. A anlise, como j foi visto em aulas anteriores,deve ser baseada no relatrio do operador, no exame da ficha de manuteno damquina e na realizao de testes envolvendo os instrumentos de controle.

Salientemos, novamente, que a desmontagem completa de uma mquina deve ser evitada sempre que possvel, porque demanda gasto de tempo com aconseqente elevao dos custos, uma vez que a mquina encontra-se indisponvel para a produo.Agora, se a desmontagem precisar ser feita, h uma seqncia de procedimentosa ser observada: desligar os circuitos eltricos; remover as peas externas, feitas de plstico, borracha ou couro; limpar a mquina; drenar os fluidos; remover os circuitos eltricos; remover alavancas, mangueiras, tubulaes, cabos; calar os componentes pesados.Essa seqncia de procedimentos fundamenta-se nas seguintes razes:a) preciso desligar, antes de tudo, os circuitos eltricos para evitar acidentes.Para tanto, basta desligar a fonte de alimentao eltrica ou, dependendodo sistema, remover os fusveis.b) A remoo das peas externas consiste na retirada das protees de guias,barramentos e raspadores de leo. Essa remoo necessria para facilitaro trabalho de desmonte.c) A limpeza preliminar da mquina evita interferncias das sujeirasou resduos que poderiam contaminar componentes importantes e delicados.d) necessrio drenar reservatrios de leos lubrificantes e refrigerantespara evitar possveis acidentes e o espalhamento desses leos no cho ou nabancada de trabalho.e) Os circuitos eltricos devem ser removidos para facilitar a desmontageme limpeza do setor. Aps a remoo, devem ser revistos pelo setor de manutenoeltrica.f) Os conjuntos mecnicos pesados devem ser calados para evitar o desequilbrio e a queda de seus componentes, o que previne acidentes e danos speas.Obedecida a seqncia desses procedimentos, o operador dever continuarcom a desmontagem da mquina, efetuando as seguintes operaes:1. Colocar desoxidantes nos parafusos, pouco antes de remov-los.Os desoxidantes atuam sobre a ferrugem dos parafusos, facilitando a retiradadeles. Se a ao dos desoxidantes no for eficiente, pode-se aquecer os parafusoscom a chama de um aparelho de solda oxiacetilnica.2. Para desapertar os parafusos, a seqncia a mesma que a adotada paraos apertos. A tabela a seguir mostra a seqncia de apertos. Conhecendoa seqncia de apertos, sabe-se a seqncia dos desapertos. importante obedecer orientao da tabela para que o aperto dos elementosde fixao seja adequado ao esforo a que eles podem ser submetidos. Um apertoalm do limite pode causar deformao e desalinhamento no conjunto de peas.3. Identificar a posio do componente da mquina antes da sua remoo.Assim, no haver problema de posicionamento.4. Remover e colocar as peas na bancada, mantendo-as na posio corretade funcionamento. Isto facilita a montagem e, se for caso, ajuda na confecode croquis.5. Lavar as peas no lavador, usando querosene.Essa limpeza permite identificar defeitos ou falhas naspeas como trincas, desgastes etc.A lavagem de peas deve ser feita com o auxlio deuma mquina de lavar e pincis com cerdas duras.A figura ao lado mostra o esquema de uma mquinade lavar peas que encontrada no comrcio.A seqncia de operaes para a lavagem de peas a seguinte:

a) Colocar as peas dentro da mquina de lavar,contendo querosene filtrado e desodorizado. No utilizarleo diesel, gasolina, tner ou lcool automotivo, pois sosubstncias que em contato com a pele podem provocarirritaes.b) Limpar as peas - dentro da mquina de lavar -com pincel de cerdas duras para remover as partculase crostas mais espessas.

c) Continuar lavando as peas com querosene para retirar os resduos finaisde partculas.d) Retirar as peas de dentro da mquina e deixar o excesso de queroseneaderido escorrer por alguns minutos. Esse excesso deve ser recolhido dentro daprpria mquina de lavar.Durante a lavagem de peas, as seguintes medida de segurana devero serobservadas: utilizar culos de segurana; manter o querosene sempre limpo e filtrado; decantar o querosene, uma vez por semana, se as lavagens forem freqentes; manter a mquina de lavar em timo estado de conservao; limpar o piso e outros locais onde o querosene tiver respingado; lavar as mos e os braos, aps o trmino das lavagens, para evitar problemasna pele; manter as roupas limpas e usar, sempre, calados adequados.e) Separar as peas lavadas em lotes, de acordo com o estado em que seapresentam, ou seja:Lote 1 - Peas perfeitas e, portanto, reaproveitveis.Lote 2 - Peas que necessitam de recondicionamento.Lote 3 - Peas danificadas que devem ser substitudas.Lote 4 - Peas a serem examinadas no laboratrio.

Atividades ps-desmontagem

Aps a desmontagem, a lavagem, o secamento e a separao das peasem lotes, deve-se dar incio correo das falhas ou defeitos.As atividades de correo mais comuns so as seguintes: confeco de peas; substituio de elementos mecnicos; substituio de elementos de fixao; rasqueteamento; recuperao de roscas; correo de erros de projeto; recuperao de chavetas.Assinale com X a alternativa correta.

Exerccios

1-A desmontagem de uma mquina deve ser efetuada:a) ( ) antes do problema ser identificado;b) ( ) depois do problema ser identificado;c) ( ) assim que ela parar de funcionar;d) ( ) depois que o diretor autorizar;e) ( ) assim que ela for assentada.

2-Identificam-se falhas de uma mquina com base no relatrio do operador,na ficha de manuteno e nos testes dos seguintes elementos:a) ( ) ferramentas de desmontagem;b) ( ) instrumentos de medida;c) ( ) ferramentas de manuteno;d) ( ) instrumentos de controle;e) ( ) chaves de aperto e torqumetros.

3-Deve-se evitar a desmontagem completa de uma mquina pelos seguintesmotivos:a) ( ) risco de falhas e de quebra da mquina;b) ( ) perda de tempo e risco de falhas;c) ( ) demora e prejuzo na produo;d) ( ) desgaste da mquina e retrabalho;e) ( ) aparecimento de trincas, fendas e sujidades.

4-Na operao de desmontagem de uma mquina, o primeiro procedimentodeve ser o seguinte:a) ( ) remover os circuitos eltricos;b) ( ) limpar a mquina;c) ( ) drenar os fluidos;d) ( ) calar os componentes pesados;e) ( ) desligar os circuitos eltricos.

5-O melhor solvente para lavar peas :a) ( ) o leo diesel;b) ( ) a gasolina;c) ( ) o tner;d) ( ) o lcool automotivo;e) ( ) o querosene.

6-Para a secagem rpida de peas lavadas recomenda-se usar:a) ( ) ar comprimido;b) ( ) secadores eltricos;c) ( ) estufas eltricas;d) ( ) flanelas e estopas;e) ( ) a luz solar das 12 horas.

7-Na desmontagem de mquinas antigas ou importadas, importante queo mecnico de manuteno:a) ( ) tire fotografias da mquina em vrios ngulos;b) ( ) desenhe a mquina em papel-vegetal;c) ( ) use tabelas normalizadas de parafusos e porcas;d) ( ) construa as ferramentas necessrias para a tarefa;e) ( ) faa um esboo ou croqui dos conjuntos desmontados.

Montagem de conjuntos mecnicos

Objetivo da montagemA montagem tem por objetivo maior a construo de um todo, constitudopor uma srie de elementos que so fabricados separadamente.Esses elementos devem ser colocados em uma seqncia correta,isto , montados segundo normas preestabelecidas, para que o todo seja alcan-ado e venha a funcionar adequadamente. Em manuteno mecnica, esse todo representado pelos conjuntos mecnicos que daro origem s mquinase equipamentos.

Montagem de conjuntos mecnicos

A montagem de conjuntos mecnicos exige a aplicao de uma srie de tcnicas e cuidados por parte do mecnico de manuteno. Alm disso, omecnico de manuteno dever seguir, caso existam, as especificaes dosfabricantes dos componentes a serem utilizados na montagem dos conjuntosmecnicos.Outro cuidado que o mecnico de manuteno deve ter, quando se trata damontagem de conjuntos mecnicos, controlar a qualidade das peas a seremutilizadas, sejam elas novas ou recondicionadas. Nesse aspecto, o controlede qualidade envolve a conferncia da pea e suas dimenses.Sem controle dimensional ou sem conferncia para saber se a pea realmente a desejada e se ela no apresenta erros de construo, haver riscospara o conjunto a ser montado. De fato, se uma pea dimensionalmente defeituosaou com falhas de construo for colocada em um conjunto mecnico, poderproduzir outras falhas e danos em outros componentes.

Recomendaes para a montagem1. Verificar se todos os elementos a serem montados encontram-se perfeitamentelimpos, bem como o ferramental.2. Examinar os conjuntos a serem montados parase ter uma idia exata a respeito das operaes a seremexecutadas.3. Consultar planos ou normas de montagem, casoexistam.4. Examinar em primeiro lugar a ordem de coloca-o das diferentes peas antes de comear a montagem,desde que no haja planos e normas relativas montagem.5. Verificar se nos diferentes elementos mec-nicos h pontos de referncia. Se houver, efetuara montagem segundo as referncias existentes.6. Evitar a penetrao de impurezas nos conjuntosmontados, protegendo-os adequadamente.

Fazer testes de funcionamento dos elementos, conforme a montagem forsendo realizada, para comprovar o funcionamento perfeito das partes.Por exemplo, verificar se as engrenagens esto se acoplando sem dificuldade.Por meio de testes de funcionamento dos elementos, possvel verificar se hfolgas e se os elementos esto dimensionalmente adequados os e colocados nasposies corretas.8. Lubrificar as peas que se movimentam para evitar desgastes precocescausados pelo atrito dos elementos mecnicos.

OBS: Caso no haja manual de instrues ou esquema de montagem, deve-seproceder da seguinte forma:a) Fazer uma anlise detalhada do conjunto antes de desmont-lo.b) Fazer um croqui mostrando como os elementos sero montadosno conjunto.c) Anotar os nomes dos elementos medida que vo sendo retiradosdo conjunto.A montagem deve ser baseada no croqui e nas anotaes feitas anteriormente,invertendo-se a seqncia de desmontagem.

Exerccio

1-Entre os cuidados necessrios na montagem de um conjunto mecnico,recomenda-se controlar a:a) ( ) qualidade das peas novas e recondicionadas;b) ( ) perfeita existncia de vcuo nos alojamentos;c) ( ) qualidade das partculas metlicas provenientes dos desgastes;d) ( ) qualidade das gaxetas e flanges;e) ( ) ausncia total de leos e graxas.

2-Na montagem de conjuntos mecnicos recomenda-se:a) ( ) montar os conjuntos e depois fazer a verificao do funcionamento;b) ( ) fazer os testes de funcionamento durante a montagem;c) ( ) iniciar pelas peas maiores;d) ( ) iniciar pelas peas menores;e) ( ) no lubrificar peas que executam movimentos relativos entre si.

3-Basicamente, quais so os mtodos adotados para a montagem de conjuntosmecnicos?

4-O que deve ser feito para evitar o atrito dos elementos mecnicos montados?

Recuperao de elementos mecnicos

Anlise situacionalNa manuteno de mquinas ou equipamentos, deve-se levar em considerao as solicitaes mecnicas atuantes, pois os desgastes, as deformaes emesmo as trincas podem ser causadas por elas.Em algumas situaes, a correo de uma falha pode vir a ser desnecessria,desde que se constate que ela no v comprometer o conjunto em seu funcionamento.

A recuperao de um determinado equipamento ou conjunto mecnico tem,como fase preliminar, a deciso de desmont-lo. Nesse momento, alguns fatoresvo direcionar o mecnico de manuteno nas tarefas de recuperar, efetivamente,o equipamento. Os principais fatores direcionantes so os seguintes: anlise do conjunto; anlise de cada um dos componentes em termos de desgaste; qual a gravidade da avaria; quais elementos podem ser aproveitados.Recuperao de subconjuntos com movimentosNa recuperao de subconjuntos que possuem movimentos, deve-se levarem considerao dois aspectos: a resistncia esttica e as condies dinmicasdo conjunto.Em termos de solicitaes dinmicas, as seguintes caractersticas devemser consideradas: resistncia s vibraes, choques, rupturas etc.; desbalanceamento desgastes provocados pelo atrito, de acordo com as condies operacionaisde trabalho.Alm dessas caractersticas, passam a ser importantes, alm da escolhado material que as atendam os tratamentos trmicos, a geometria das peas,o acabamento superficial e a exatido dimensional nas regies onde se verificao movimento relativo entre os componentes do conjunto.

Recuperao de eixosOs eixos so elementos mecnicos sujeitos a solicitaes estticas e dinmicas.Para recuperar um eixo, vrios parmetros devem ser definidos. Entre eles,os seguintes so muito importantes: anlise das condies de trabalho do eixo, como primeiro passo; rotaes por minuto ou por segundo que ele executa; condies ambientais do meio onde ele se encontra; presena eficiente de lubrificao; presses especficas por ele exercidas ou suportadas.

De posse de todas as caractersticas de solicitaes e trabalho, a prximaetapa observada na recuperao de um eixo consiste em determinar o tipo dematerial utilizado na sua recuperao e o processo de recuperao empregado.A recuperao de um eixo pode ser feita de duas formas: pela construode um eixo novo ou pela reconstituio do prprio eixo danificado.

Construo de um eixo novoUm eixo novo deve ser usinado com sobremetalsuficiente para permitir uma retificao das dimenses desejadas, aps o tratamento trmico, caso hajanecessidade.Reconstituio de eixos por soldagemPara reconstituir eixos pelo processo de soldagem, necessrio prepararas juntas, ou seja, chanfr-las. Os rebaixamentos devero ser suficientes parao recondicionamento e para os tratamentos trmicos prvios.A recuperao de eixos por soldagem passa por trs fases: preparao dos eixos; escolha do material de adio e do processo de soldagem; procedimento de soldagem.

Recuperao de mancaisNos processos de recuperao de mancais de rolamento,o mais importante a preparao das superfciesque devero estar compatveis com as especificaesdimensionais dos fabricantes, incluindo as rugosidadesespecificadas.

No caso de mancais de deslizamento, vamos encontrar os mais variadostipos. Alguns apresentam uma pelcula de material antifrico denominadacasquilho. A recuperao de mancais de deslizamento, normalmente, exigepequenos ajustes como o rasqueteamento.Para materiais de alta resistncia utilizam-se buchas substituveis, bipartidasou no, com canais de lubrificao. Nesses casos, a recuperao consisteem substituir os elementos deteriorados por novos elementos.Recuperao de engrenagensA melhor forma de recuperar engrenagens desgastadas ou quebradas construir novas engrenagens, idnticas quelas danificadas. A construo denovas engrenagens exige cuidados, sobretudo na extido do perfil dos dentes.H casos em que se opta por recuperar engrenagens por soldagem,notadamente quando se trata de dentes quebrados. Nesses casos, deve-se cuidarpara que a engrenagem no adquira tenses adicionais que possam causar novasquebras.Na verdade, a incluso de um dente soldado em uma engrenagem um casode enxerto. Normalmente, o dente incluso nunca ser perfeito, o que, mais cedoou mais tarde, vir a prejudicar as demais engrenagens que trabalharo acopladascom a que recebeu o dente enxertado.De qualquer forma, a recuperao de dentes de engrenagens por soldaobedece seguinte seqncia: preparao das cavidades; soldagem; ajustes dos dentes.O assunto recuperao de engrenagens ser visto com mais detalhes em aulaposterior.

Exerccio 1- fator determinante para a desmontagem de um conjunto mecnico:a) ( ) a no existncia de uma ficha de controle;b) ( ) a existncia de uma ficha de controle;c) ( ) a sua idade de fabricao;d) ( ) as suas dimenses quando comparadas com outros conjuntos;e) ( ) a anlise do conjunto.Exerccio 2 A U L AA recuperao de subconjuntos com movimentos deve levar em considerao:a) ( ) a geometria das peas;b) ( ) a anulao das foras de atrito;c) ( ) a ausncia de peso dos sistemas;d) ( ) o teor de umidade relativa do ar das oficinas;e) ( ) a manuteno das vibraes de todos os elementos.Exerccio 3De quantas maneiras um eixo danificado pode ser recuperado?a) ( ) uma;b) ( ) duas;c) ( ) trs;d) ( ) quatro;e) ( ) cinco.Exerccio 4O que mais importante na recuperao de mancais de rolamento?a) ( ) O tamanho do rolamento.b) ( ) O tipo de rolamento.c) ( ) A aplicao do rolamento.d) ( ) Suas especificaes de fabricao.e) ( ) O tipo de graxa a ser utilizada.Exerccio 5Uma engrenagem apresenta desgaste excessivo. Nesse caso recomenda-se:a) ( ) troc-la por outra, com as mesmas dimenses da original;b) ( ) ench-la de solda e depois lim-la;c) ( ) retirar as rebarbas com uma lima e ajust-la numa prensa;d) ( ) trocar todos os dentes por enxerto;e) ( ) deix-la desgastar totalmente para no danificar as demais.

TRAVAS E VEDANTES QUIMICOS

IntroduoEm aulas anteriores de manuteno corretiva, uma srie de procedimentosforam apresentados como diretrizes a serem seguidas pelo mecnico de manuteno que deseja realizar seu trabalho com sucesso.Estudamos a anlise de falhas, as tcnicas de desmontagem e montageme a recuperao de elementos mecnicos por meio de alguns processos.Nesta aula veremos um outro processo de recuperao de elementos mec-nicos, envolvendo travas e vedantes qumicos.

O que so travas e vedantes qumicos?So resinas anaerbicas que endurecem na ausncia do oxignioe so desenvolvidas em indstrias do ramo qumico por meio de tecnologiasavanadas. Tais resinas apresentam vrios nveis de viscosidade e resistnciae so aplicadas, por exemplo, nos seguintes casos: travamento anaerbico de parafusos; adeso anaerbica de estruturas; vedao anerbica; vedao anaerbica de superfcies planas; fixao anaerbica; adeso anaerbica instantnea.Adeso por trava qumicaMuitos elementos de fixao de mquinas, tais como parafusos, porcas eprisioneiros, sofrem esforos decorrentes da dilatao e contrao trmicas e dasvibraes e impactos quando esto em funcionamento. Nessas condies,os elementos de fixao podem se afrouxar por causa da perda de torque.Em decorrncia do afrouxamento dos elementos de fixao podero surgirdanos nos componentes fixados por eles.Uma das solues para evitar o afrouxamento dos elementos de fixao,especialmente os roscados, utilizar a trava qumica anaerbica.O produto, em estado lquido, preenche todos os espaos entre as roscas ecomea a solidificar na ausncia de ar, uma vez que este expulso para dar lugar resina durante a montagem do elemento roscado. Depois de seca, a resinatransforma-se numa pelcula plstica entre as roscas, proporcionandoo travamento.Aplicao da trava qumicaA trava qumica pode ser aplicada em unies com furos passantes, comparafusos e porcas e em furos cegos com bujes roscados ou prisioneiros.O processo de aplicao obedece os seguintes passos:1. Limpeza das roscas, tanto do parafuso como da porca ou furo roscado.2. Seleo da trava de rosca apropriada, de acordo com a resistncia exigida.3. Aplicao de diversas gotas de trava na regio da rosca do parafusoe na regio da rosca onde ele ser fixado.4. Colocao do parafuso ou da porca, roscando at atingir o torque (aperto)desejado.A quantidade de trava qumica que ser aplicada deve ser suficientepara preencher os espaos vazios entre o parafuso e a porca ou furo roscado.Uma das vantagens da trava qumica que ela permite o reaproveitamentode roscas espanadas, que se constituem em srios problemas de manuteno.A trava qumica, ocupando o espao entre a rosca espanada e o parafuso, criauma nova rosca permitindo o reaproveitamento de peas. Deste modo, problemascom aquisio de novas peas e problemas de substituio desaparecem.Desmontagem da trava roscadaPara desmontar uma trava roscada, devero ser observados os seguintesprocedimentos: usar a mesma ferramenta que foi utilizada na montagem; se necessrio, aplicar calor localizado na porca ou prisioneiro durantecinco minutos.A temperatura da fonte de calor dever estar ao redor dos 200C e o conjuntoprecisar ser desmontado enquanto estiver quente.Vedao anaerbica de roscasA vedao de tubos, vlvulas, manmetros, plugues e conexes deve sertratada em manuteno com a mesma seriedade com que tratado qualqueroutro elemento importante de uma mquina. De fato, uma unio ou conexo malfeita pode causar o vazamento de fluidos e, em conseqncia, haver problemasna produo.

Os tipos mais comuns de vedantes de roscas so as fitas de teflon, sisal e massas vedantes. Esses materiais de vedao, contudo, no propiciam umpreenchimento total das folgas existentes entre as roscas, provocando, emalguns casos, posicionamento impreciso de peas unidas, bem como necessidadesde reapertos e altos torques. Reapertos e altos torques, geralmente, alm decausarem avarias nas peas, podem fazer com que partculas de vedantesadentrem no sistema, contaminando-o.Esses problemas podem ser evitados com o uso de vedantes qumicosque suportam condies adversas: altas temperaturas, presses hidrulicase pneumticas e vibraes do equipamento.Vedao de superfcies planasUma das aplicaes dos produtos qumicos de unio anaerbicos so asvedaes. Elas permitem a confeco de juntas no local da unio sem a interposiode outros materiais.O vedante utilizado permite uma perfeita adaptao conformao dassuperfcies, que ficaro em contato sem a necessidade de interpor outros materiais,como as juntas de papel. Obtm-se, desse modo, uma vedao perfeita,resistente e insolvel.A utilizao deste tipo de vedao limita-se a uma folga de at 0,25 mm.Acima deste valor, exige-se o emprego de uma junta espaadora que deve serutilizada em conjunto com o vedante anaerbico.Fixao anaerbicaEm manuteno, freqentemente ocorrem situaes em que um rolamentoencontra-se folgado em sua sede ou mancal. Essa folga constitui-se num problemaque exige uma soluo muitas vezes trabalhosa, como uma usinagem da sedeou do mancal ou a confeco de uma bucha, dependendo do formatoe do tamanho do mancal.Solues desta natureza exigem a parada da mquina, desmontagem,usinagem do mancal, confeco da bucha e montagem do conjunto, coma inevitvel elevao dos custos da manuteno e prejuzos da produo.A fixao anaerbica, diante de um problema dessa natureza, uma excelenteopo, pois o produto lquido preenche por completo as folgas entre as pease, por causa da ausncia de ar, transforma-se em uma pelcula slida quefixa os elementos.Esse processo, por ser de rpida aplicao, permite que o servio de manuteno seja executado com rapidez e economia, e os resultados so satisfatrios.O processo de fixao anaerbica tambm pode ser aplicado na montagemde engrenagens, rolamentos e buchas em eixos e sedes, substituindo mtodosmecnicos como o emprego de chavetas, montagem com interferncia(prensagem, dilatao ou contrao trmica), e estriagem, pois o produto utilizadona fixao preenche todos os microespaos existentes entre os componentes.

Desmontagem de peas unidas por fixao anaerbica

A desmontagem deve ser feita utilizando os componentes usuais, tais comoo saca-polias ou saca-rolamentos. Caso seja necessrio, deve-se aplicar calorlocalizado durante cinco minutos, estando a fonte de calor numa temperatura aoredor de 200C. O desmonte deve ser executado enquanto o conjunto estiverquente.

Exerccio

1-Uma importante aplicao das travas qumicas :a) ( ) vedar superfcies planas, cilndricas, cncavas e convexas;b) ( ) fixar engrenagens, polias, eixos e correias;c) ( ) impedir que parafusos, porcas ou prisioneiros se soltem;d) ( ) impedir o vazamento de gases, lquidos e slidos particulados;e) ( ) soldar peas por meio de dilataes e aquecimentos prolongados.

2-Uma vantagem da vedao anaerbica em relao a outros vedantes sua:a) ( ) capacidade de preencher totalmente as folgas;b) ( ) necessidade de receber um aperto com um torque ideal;c) ( ) necessidade de receber um aquecimento para secar;d) ( ) capacidade de permanecer sempre no estado lquido;e) ( ) total incapacidade de ser removida depois de aplicada.

3-A vedao anaerbica substitui:a) ( ) guarnies de alumnio;b) ( ) juntas de papel;c) ( ) retentores de borracha;d) ( ) gaxetas de borracha;e) ( ) selos mecnicos.

4-A folga limite para a utilizao de vedao anaerbica de superfciesdeve ser de:a) ( ) 0,50 mm;b) ( ) 0,25 cm;.c) ( ) 0,35 mm;d) ( ) 0,25 mm;e) ( ) 0,25 dm.

5-A fixao anaerbica apresenta as seguintes vantagens para a manuteno:a) ( ) usinagem perfeita e bom acabamento;b) ( ) medidas e acabamentos precisos;c) ( ) rugosidade ideal e bom acabamento;d) ( ) rapidez de aplicao e confiabilidade nos resultados;e) ( ) segurana, bom acabamento e usinagem perfeita.