apostila - uso da informação - aula 05
TRANSCRIPT
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
1/28
AULA 05Tcnicas Bsicas de
Anlise de Dados
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
2/28
Sumrio
APRESENTAO AULA 5.................................................................................................................................3
UNIDADE 1 ...............................................................................................................................................................................4
CLCULOS PARA A ELABORAO DE INDICADORES SOCIAIS DE CRIMINALIDADE ..................4
UNIDADE 3...............................................................................................................................................................................11
CONSTRUO DE TABELAS E GRFICOS.......................................................................................................................11
UNIDADE 4..............................................................................................................................................................................15
ELABORAO DE MAPAS...................................................................................................................................................15
UNIDADE 5.............................................................................................................................................................................19
ELABORAO DE RELATRIOS ... ..................................................................................................................................19
FECHAMENTO DA AULA . ................................................................................................................................................ 25
ATIVIDADE DE CONCLUSO DA AULA ....................................................................................................................... 26
REFERNCIAS DA AULA .................................................................................................................................................. 27
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
3/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
3
APRESENTAO AULA 5
TCNICAS BSICAS DE ANLISE DE DADOS
Ol! Voc est na aula 5. Est na ltima aula do curso Uso de Informaes na Gesto
das Aes de Segurana Pblica.
Feitas as consideraes sobre as possibilidades e limitaes do uso de sistemas de
informao criminal, nesta ltima parte do curso, voc ir ter acesso, em mbito
introdutrio, a algumas tcnicas bsicas de anlise de dados.
Como referncia ser utilizado o exerccio proposto por Tlio Kahn (2005), considerando-
se que os relatrios oficiais geralmente trabalham com clculos relativamente simples:
porcentagens, propores, razes, taxas, incrementos percentuais e ndices.
Assim, nesta ltima aula sero discutidos os contedos das seguintes unidades:
Unidade 1: Clculos para a Elaborao de Indicadores Sociais de Criminalidade
Unidade 2: Sugestes de Indicadores Sociais de Criminalidade
Unidade 3: Construo de Tabelas e GrficosUnidade 4: Elaborao de Mapas
Unidade 5: Elaborao de Relatrios
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula voc ser capaz de:
Objetivos da aula
Acompanhar o exerccio de clculos bsicos para a elaborao de indicadores;
Listar os principais aspectos a serem observados na construo de Tabelas,Grficos e Mapas, bem como na elaborao de relatrios.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
4/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
4
UNIDADE 1
CLCULOS PARA A ELABORAO DE INDICADORES
SOCIAIS DE CRIMINALIDADE
Voc vai aprender, agora, as possibilidades de clculos, considerando, na tabela abaixo,
uma amostra de oitocentos presos segundo segmentao por sexo.
ANO
Mulheres (n1)
Homens (n2)
Total (N)
Veja as possibilidades de clculo a seguir.
1995
200
600
800
1999
350
850
1200
1) Porcentagem de Mulheres em 1995: n1/N*100 (200/800)*100 = 25%
2) Proporo de mulheres em 1995: n1/N (200/800) = ou 0.25
3) Razo Homem Mulher em 1995: n1/n2 (600/200) = 3:1
4) Taxa Bruta de presos por 100.000 habitantes em 1995:
(N/pop)*100.000 (800/300.000)*100.000 = 266:100 mil
5) Incremento percentual de presos de 1995 a 1999:((Processo Problema)/Problema)*100 ((1200 800)/800)*100 = 50%
6) Evoluo do nmero de presos tomando 1995 como o ano base:
(Pc/Pb)*100 (1200/800)*100 = 150%
Tomando-se como referncia os clculos mais elementares acima disponveis, possvel
construir ndices e projees mais elaboradas para a obteno de medidas que visem o
atendimento de polticas especficas de segurana pblica.
Fechamos aqui a primeira unidade da aula 5. A seguir voc vai estudar as sugestes de
indicadores sociais de criminalidade.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
5/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
5
UNIDADE 2
SUGESTES DE INDICADORESSOCIAIS DE CRIMINALIDADE
Nesta unidade voc vai conhecer uma lista com mltiplas possibilidades de indicadores
direcionados ao diagnstico e avaliao de dados e programas relacionados segurana
pblica, violncia e criminalidade.
Para facilitar seu estudo organizamos os indicadores me forma de uma apresentao.
Para v-la clique em iniciar e v avanando. Volte sempre que quiser e rever e ao final
voc pode pedir para repetir a apresentao.
Sugestes de Indicadores Sociais de
Criminalidade
Indicadores Econmicos ou Monetrios:
Anos de vida produtiva perdidos em razo dos homicdios ou invalidez
gerados pela violncia.
Gastos com o Sistema de Justia Criminal: penitencirias, polcia,
judicirio, Ministrio Pblico (absoluto, mdia eper capita).
Gastos com o Fundo Nacional de Segurana Pblica, Fundo Penitencirio
Nacional e outros fundos (absoluto, mdio e per capita).
Gastos com seguros e valores pagos pelas seguradoras.
Monitoramento da atividade comercial e mudana na utilizao de reas
antes degradadas pela violncia.
Recursos arrecadados por taxas e emolumentos judiciais.
Valor das drogas apreendidas.
Valor dos imveis em reas degradadas pela violncia.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
6/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
6
Indicadores Diretos e Objetivos:
Indicadores que reagrupam crimes segundo certos critrios: grau de
violncia, instrumento utilizado, relacionamento entre autor e vtima,motivao e local de ocorrncia:
Crimes cometidos com uso de armas de fogo (homicdio, latrocnio,
roubo, estupro, sequestro etc.), crimes cometidos com explosivos.
Crimes de dio, incidentes terroristas.
Crimes envolvendo pessoas que se conhecem (domsticos, passionais).
ndices de criminalidade simples e ponderados: ndice de Criminalidade
de Kahn, Crime Index Norte-Americano.
Ocorrncias nos parques federais, campiuniversitrios, locais de
trabalho, nos transportes areos.
Processos judiciais: proporo de casos arquivados, pendentes ouencerrados com a condenao ou absolvio do autor.
Taxa de crimes violentos.
Total de crimes.
Nmero e taxa de furtos ou roubo de veculos / veculos registrados.
Razo entre veculos roubados / veculos registrados (para alguns tipos
de crimes, preciso tomar cuidado com o que se vai levar em conta
como base, para o clculo de taxas: aqui, o mais indicado tomar como
base o nmero de veculos registrados e no a populao. A mesma
observao vlida para outros tipos de crime, para os quais no faz
sentido tomar como base a populao).
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
7/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
7
Recursos Humanos Alocados no Sistema de JustiaCriminal:
Com estes indicadores e os indicadores diretos (nmero de boletins deocorrncia, processos, prises etc.) possvel montar estatsticas de
performance ou workload:
Nmero absoluto de policiais, bombeiros, juzes, promotores,
carcereiros, vigilantes particulares, guardas civis, segundo
caractersticas relevantes (sexo, idade, cor etc.).
Taxa de policiais por 1.000 ou 100 mil habitantes (depende do tamanho
da populao).
Nmero mdio de funcionrios (por batalho, delegacia, unidade
prisional).
Razo homem / mulher em cada ocupao. Razo entre atividade fim / atividade meio.
Salrio base, salrio mximo e nmero mdio de anos necessrios para
alcanar o salrio mximo.
Indiretos e Objetivos (hard):
Estrutura administrativa e operacional fixa:
Nmero de departamentos de polcia.
Nmero de delegacias.
Nmero de batalhes de polcia militar.
Nmero de estabelecimentos penitencirios, casas do albergado, varas
criminais, instituies de atendimento a criana e adolescentes etc.
Indicadores de Violncia da Polcia ou Contra aPolcia: Inquritos instaurados nas corregedorias/expulses de policiais.
Nmero de policiais mortos ou feridos.
Nmero de suicdios e taxas de suicdio por 100 mil habitantes entre
policiais.
Nmero de reclamaes sobre o comportamento policial. Proporo de suspeitos mortos no universo do homicdios.
Relao policiais mortos/suspeitos mortos.
Relao suspeitos mortos/suspeitos feridos.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
8/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
8
Fluxo do Sistema de Justia Criminal:
Indicadores para montar o funil:
Estimativa de vitimizao.
Chamados recebidos pelo Copom.
Boletins de ocorrncia registrados nos distritos policiais.
Inquritos policiais iniciados.
Processos julgados.
Condenaes priso.
Paradigma Clssico:
Indiretos o que a polcia obtm:
Nmero de armas apreendidas.
Nmero de prises efetuadas pela polcia.
Nmero de prises por policial (workload: nmero de inquritos por
promotor; nmero de processos por juiz; nmero de presos por
funcionrio do sistema penitencirio etc.)
Quantidade de drogas apreendidas (unidades de peso).
Quantidade de drogas destrudas (nmero de ps, quilos, etc).
Taxa de esclarecimento de crimes, por tipo de crime.
Tempo de atendimento das ocorrncias do recebimento do chamado
chegado ao local do crime.
Tempo de atendimento dos chamados telefnicos.
Veculos recuperados, taxa de recuperao de veculos.
Paradigma Comunitrio:
Nmero de participaes em eventos comunitrios.
Nmero de palestras pblicas efetuadas.
Nmero de encontros comunitrios preventivos organizados.
Nmero de reunies dos Conselhos de Segurana ou Grupo de Vigilncia
de Bairro.
Nmero de situaes de desordem pacificadas.
Nmero de atendimentos sociais.
Nmero de problemas comunitrios resolvidos (iluminao, limpeza,
terrenos baldios, carros abandonados).
Nmero de contato de acompanhamento com vtimas de crimes.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
9/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
9
Indicadores alternativos:
Utilizao pblica de espaos comuns: aumento da freqncia em
parques, reas centrais antes degradadas.
Verticalizao da cidade: lanamento de novas unidades habitacionais
em condomnios, apartamentos oferecendo segurana.
Volume de vendas de veculos blindados.
Volume de vendas de veculos conversveis.
Indicadores mistos:
Obtidos atravs de pesquisas de opinio que questionam o entrevistado
sobre fatos objetivos e no sobre percepes subjetivas:
Medidas de autoproteo utilizadas pelas vtimas (pesquisas de
vitimizao).
Taxa de delinqncia auto-relatada (pesquisas de self report crimes).
Taxas de notificao de crimes (pesquisas de vitimizao).
Taxa de prevalncia de uso de lcool e drogas.
Taxa de vitimizao (pesquisas de vitimizao).
Taxa de subnotificao.
Custo mdio incorrido por ofensas selecionadas (perdas com roubos,
furtos e outros crimes contra o patrimnio).
Atividade
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!
Voc estudou os vrios tipos de indicadores sociais de criminalidade. Agora vamos ver se
voc consegue fazer as relaes corretas. Para isso propomos um jogo da memria.
Abra as cartas e escolha as opes confirmar se estiver correta a relao e no confirmar
se estiver incorreta. Observe o feedback e faa at conseguir relacionar todas as cartas.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
10/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
10
Com estes
indicadores e os
indicadores diretos
Indicadores (nmero de boletins Indicadores
mistos
Indicadores que
reagrupam crimes
segundo certos
critrios: grau deviolncia,
instrumento
utilizado,
relacionamento
entre autor e
vtima, motivao e
local de ocorrncia.
de ocorrncia,
processos, prisesetc.) possvel
montar estatsticasde performance ou
workload.
Recursos
HumanosAlocados noSistema de
Justia
Criminal
Diretos eObjetivos
Obtidos atravs de
pesquisas de opinio
que questionam o
entrevistado sobrefatos objetivos e
no sobre
percepes
subjetivas.
A seguir vamos para a prxima unidade estudar sobre construo de tabelas e grficos.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
11/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
11
UNIDADE 3
CONSTRUO DE TABELAS E GRFICOS
Nesta unidade voc vai conhecer alguns tipos de tabelas e grficos que podem ser
elaborados a partir da anlise de informaes da rea de segurana pblica.
TABELAS
Observe, a seguir, a tabela A e tabela B. procure ver as semelhanas e diferenas
existentes.
Tabela A: Unidades Operacionais dos Corpos de Bombeiros Militares no Brasil (2004)
Tipo de Unidades Operacionais dosCorpos de Bombeiros
Nmero de UnidadesOperacionais
N. Abs (%)Batalhes e GrupamentosCompanhias e SubgrupamentosCentros Executivos de AtividadesOperacionaisDestacamentos com Sede Prpria ePelotes IndependentesTotal de Unidades Operacionais
190279361
252
1082
17,625,833,4
23,3
100,0
Fonte: Corpos de Bombeiros
Tabela B: Formas de Divulgao dos Planos Anuais de Ao dos Corpos de Bombeiros
Militares no Brasil (2004)
Formas de Divulgao do Plano Corpos de BombeirosAnual de Ao para a ComunidadeNo existe forma de divulgao doplano para a sociedade civilPlano divulgado nos conselhoscomunitrios
Plano distribudo para comunidadeem formato impressoPlano divulgado atravs da imprensalocal
N. Abs5
4
9
4
(%)27,78
22,22
50,00
22,22
Fonte: Corpos de Bombeiros
Observou a tabela A e tabela B. Quais as semelhanas e diferenas existentes?
Veja a seguir.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
12/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
12
Voc deve ter observado que uma das diferenas entre elas, que na Tabela Aas
informaes so sistematizadas de forma que possvel realizar um calculo da
participao percentual de cada uma das categorias analisadas no total da tabela e na
outra isto no pode ser feito, pois as categorias no so auto-excludentes.
Assim, por exemplo, na Tabela A, possvel verificar que no total de 1082 unidades
operacionais dos Corpos de Bombeiros Militares no Brasil, 17,6% so batalhes e
grupamentos, 25,8% so companhias e sub-grupamentos, 33,4% so centros executores
de atividades operacionais e 23,3% so destacamentos com sede prpria e pelotes
independentes. No existe possibilidade de uma mesma unidade operacional se encaixar
em mais de um tipo de unidade operacional ao mesmo tempo.
A Tabela B, por sua vez, apresenta como exemplo a anlise das formas de divulgao
do Plano Anual de Ao dos Corpos de Bombeiros Militares que possuem tais planos. Os
Corpos de Bombeiros podem fazer a opo por mais de uma forma de divulgao ao
mesmo tempo. Assim, no possvel construir uma tabela que feche 100%. Assim, um
Corpo de Bombeiros pode divulgar os planos nos conselhos comunitrios e ao mesmo
tempo por meio da imprensa local.
Compreendido? Muito bem! Veja a seguir sobre como construir grficos.
GRFICOS
Grficos so instrumentos que permitem a representao de dados.
Os grficos possibilitam uma leitura mais visual e fcil dos dados apresentados.
Veja a seguir trs tipos de grficos principais: grfico de linha, grfico de barras e grfico
de pizza.
Grfico de linha
O grfico de linha aplicvel a situaes onde possumos uma srie histrica de
informaes sobre um mesmo indicador, por exemplo, taxa do nmero de vitimas de
homicdio no Brasil por 100 mil habitantes.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
13/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
13
No grfico que voc vai ver a seguir, acompanhe como a taxa de vtimas de homicdio
evoluiu no tempo.
Grfico de linha
A taxa de vtimas de homicdio no Brasil por 100 mil habitantes subiu 13,7 para 30,2,
entre 1980 e 2002.
Nmero de Vtimas de Homicdio por 100 mil Habitantes no Brasil (1980 a 2003)
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
13,714,6 14,6
16,9
18,7 18,6 19,4
20,220,9
24,6 24,223,7
22,423,2
24,0
25,7
27,0 27,4
29,0 28,8 29,129,6
30,5 30,2
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Fonte: SIM / Ministrio da Sade
A seguir veja como se constri o grfico de barras.
Grfico de barras
O grfico de barras utilizado principalmente para realizar anlises comparativas da
situao em diferentes contextos espaciais. Realizar, por exemplo, comparaes entre
pases, estados ou cidades diferentes.
No grfico, a seguir, demonstrado que os custos da criminalidade em trs municpios
brasileiros (Belo Horizonte, Rio de Janeiro e So Paulo) correspondem a
aproximadamente 4% de seus Produtos Internos Brutos.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
Taxaspor100mil
hab.
Taxaspor100mil
hab.
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
14/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
14
Percentual dos Custos da Violncia e Criminalidade em So Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte Segundo Produto Interno Bruto Municipal (1995 e 1999)
6
5
4
3
2
1
0
So Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte
(1999) (1995)
Fonte: CRISP, ILANUD e ISER
A seguir vamos ver o grfico de pizza.
Grfico de Pizza
(1999)
O grfico de pizza oferece a possibilidade de demonstrar a composio percentual de um
fenmeno analisado. Por exemplo, ao se avaliar a situao dos Institutos de Medicina
Legal no Brasil, verifica-se que 16% dos IMLs possuem verba prpria de manuteno e
que deste conjunto de IMLs, apenas 18% conseguem cobrir todas as suas despesas de
manuteno com os recursos destas verbas. Veja a seguir.
Percentual dos Institutos de Medicina Legal que Possuem Verba Prpria e Percentual dos
IMLs Conforme Cobertura das Despesas de Manuteno pelas Verbas Prprias (2003)
Ex ist ncia de V e rba P rpria
No
( 84% )
S im
( 16% )
No( 82%)
Sim
( 18%)
Verba Prpria Cobre Todas as Despesas de
Manuteno
Fonte: Institutos de Medicina Legal
Fechamos aqui mais uma unidade da aula 5. A seguir voc vai estudar sobre elaborao
de mapas.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
PIBSoPaulo:
310bilhes
PIBRiodeJaneiro:
51bilhes
PIBBeloHorizonte:
21bilh
es
PIBSoPaulo:
310bilhes
PIBRiodeJaneiro:
51bilhes
PIBBeloHorizonte
21bilh
es
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
15/28
Atividade
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
15
UNIDADE 4
ELABORAO DE MAPAS
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!
Voc conhece algum tipo de mapa? Pense e registre sua resposta. Ao enviar, compare
sua resposta.
Veja, voc pode ter respondido com muita segurana ou com dvidas, ou mesmo pode
ser que sua resposta no faa sentido. De qualquer forma voc vai descobrir isso no seu
estudo a seguir.
Voc vai ver alguns tipos de mapas que podem ser elaborados com informaes da rea
de segurana pblica.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
16/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
16
As figuras apresentadas abaixo foram criadas utilizando o software TerraCrime, quando
ele foi implantado em projeto piloto na cidade de Porto Alegre, em 2003.
Apresentaremos trs tipos diferentes de mapas, que demonstram a mesma informao
de trs formas diferentes. Cada uma das formas nos permite utilizar as informaes demaneira diferente.
Mapa de Pontos
O mapa de pontos permite uma visualizao do local exato das ocorrncias criminais,
detalhando o local exato na rua onde elas ocorreram.
Este ganho em termos da qualificao exata da localizao leva em muitas situaes, no
entanto, a perda da capacidade de compreenso da incidncia da criminalidade em
termos mais gerais.
Veja um exemplo a seguir.
Quando se observa um mapa cheio de pontos, difcil ter uma noo mais exata sobre o
local de maior ou menor nvel de incidncia.
Zoom no centro de Porto Alegre, com as
Ocorrncias nas ruas
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
17/28
Mapa de Polgono
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
17
O mapa de polgono constitui uma das formas de se trabalhar a visualizao de um maior
nmero de pontos. Assim, informaes so sistematizadas para regies (bairros,
municpios, quarteires, etc) e sua visualizao ocorre para estes nveis de anlise dedados.
O problema deste tipo de anlise que toda uma regio caracterizada da mesma forma
e, por esta razo, perde-se o entendimento sobre a heterogeneidade que existe em cada
regio.
Veja a seguir um exemplo.
Mapa de Kernell
O mapa de Kernell elaborado a partir de uma anlise estatstica de concentrao dos
pontos de incidncia dos crimes.
Assim, ganha-se preciso sobre a heterogeneidade que existe internamente nas diversas
regies.
Desta forma, possvel, por exemplo, caracterizar quais so as regies mais violentas e
menos violentas dentro de um mesmo bairro.
Veja um exemplo a seguir.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
18/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
18
Fechamos aqui mais uma unidade da aula 5. A seguir vamos tratar da elaborao de
relatrios.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
19/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
19
UNIDADE 5
ELABORAO DE RELATRIOS
O relatrio consiste numa apresentao lgica, simples e sistemtica das idias e
concluses referentes ao objetivo da avaliao; tudo o resto pode ser dispensvel.
Deve fornecer no s uma descrio geral do trabalho efetuado, como tambm os
resultados e a importncia destes.
O relatrio deve ser escrito de modo a garantir sua compreenso pelo pessoal tcnico e
utilizado por este como instrumento de trabalho. Enquanto um relatrio informal
normalmente se dirige unicamente ao supervisor e responde a questes de carter
imediato, um relatrio formal tem uma ao mais institucional e uma maior importncia.
Dica
geralmente lido por pessoas no familiarizadas com o assunto abordado, tal como
pessoal administrativo. Por isso, no se deve referir diretamente a um assunto, sem dar
uma explicao prvia do mesmo.
Quando um relatrio passapelas mos do supervisor, este
dedicar um certo tempo aoseu estudo e reviso,
confirmando os clculos eassegurando-se dos resultados
e corrigir a discusso comdetalhe.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
20/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
20
Por outro lado, o gestor oupessoal administrativo, a
quem cabe a tarefa de decidir
da execuo ou no doprojeto ou trabalho a que o
relatrio se refere, e que estnormalmente demasiado
ocupado para "perder tempo"com pormenores tcnicos,
dever poder inteirar-se, empoucos minutos, do tema dotrabalho, como foi feito, e
quais os resultados econcluses.
Surge ento a
necessidade de incluirum pequeno sumrio noincio do relatrio que
satisfaa estesrequisitos. Se no
entender o relatrio, agesto provavelmenteremet-lo- para que oautor reescreva o queno imediatamente
claro, diminuindo,naturalmente, o seu
crdito.
Bem, voc deve ter entendido que o leitor no deveter de folhear 20 pginas de
clculos tediososat encontrar os resultados.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
21/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
21
Ento inicialmente sugere-se:
Divida o relatrio em seces;
Cada uma das seces deve comear numa nova pgina, convenientemente
anunciada; Todas as pginas devem ser numeradas.
Deve colocar-se um nmero e um ttulo em todas as figuras e tabelas, no devendo
estes aparecer como elementos dispersos no relatrio;
Sempre dever haver um texto, mesmo que curto, que agregue todo o material
informativo.
Ateno!Um trabalho mal apresentado e de difcil leitura d uma impresso de m
qualidade. evidente que, se for necessrio algum esforo para ler e decifrar um
relatrio, restar menos energia para a compreenso do contedo do mesmo.
Dica!
Ento, lembre-se: mesmo no sendo o fator mais importante na apreciao global de um
relatrio, a boa apresentao no deve nunca ser dispensada.
No fichrio a seguir voc conhecer cada seo de um Relatrio.
Pgina de Ttulo
A pgina de ttulo deve ser mais do que a capa do relatrio; deve conter a
informao necessria para identificar o trabalho e os seus autores, as
datas de incio e fim do trabalho e de entrega do relatrio.
Sumrio
de vital importncia para o leitor que no tem tempo a perder e se quer
inteirar rapidamente do trabalho. Deve ser conciso e abranger o que se
pretende: objetivo do trabalho, resultados e concluses... em poucas
linhas.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
22/28
ndice
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
22
Contm ttulos de seces e subseces, discriminadamente, permitindo o fcil
acesso a estas.
Introduo
A primeira coisa que o leitor de um relatrio quer saber o objetivo do
trabalho efetuado. Em seguida deve ser informado das questes pertinentes e
trabalho prvio que se relacionam com o trabalho atual. A introduo deve
ainda fornecer um breve "background" histrico relacionado com o trabalho de
anlise.
Caso tenha ocorrido o uso de alguma bibliografia, deve conter um resumo das
bases tericas que suportam o problema proposto, sendo obrigatria a
referncia no texto, das fontes de informao utilizadas.
No entanto importante salientar que no deve expressar opinies,
concluses e recomendaes do autor, nem adiantar os resultados obtidos.
Em resumo, a introduo servir para fornecer ao leitor no familiarizado com
o assunto, um conhecimento mais completo do trabalho efetuado, assim como a
teoria que est na base deste.
Metodologia de Anlise
Esta seo tem importncia fundamental num relatrio. Se o leitor duvidar dos
resultados obtidos deve poder repetir o trabalho, com rigor, baseado
unicamente no procedimento metodolgico descrito. Quando o trabalho
efetuado a partir de publicaes ou procedimentos "standard", suficiente a
referncia do processo utilizado. No caso de se modificarem estes mtodos,
devem ser referidas as alteraes.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
23/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
23
Observaes Experimentais e Resultados
Esta seco no deve ser uma amlgama de tabelas e grficos. Deve ser um
texto descritivo dos dados que se registraram e dos resultados que se
obtiveram. Nesse texto deve se introduzir as tabelas e os grficos que
embasaram a anlise. Nesta seo devem ser anotados todos os dados, tais
como as informaes sobre a localizao da anlise no tempo e espao. Todos
os grficos devem ser legendados, com os eixos bem referenciados e as
unidades devidamente assinaladas.
Discusso dos Resultados e Concluses
A discusso deve ser crtica, detalhada e baseada nas sees precedentes.
Deve indicar o significado e a preciso dos resultados. Todas as hipteses,
limitaes, possibilidades de erro, possibilidades de falsas interpretaes,
etc., devem ser salientadas. Sero apresentadas as bases para as concluses
do trabalho.
Na discusso dos resultados deve figurar uma anlise cuidadosa de possveis
fontes de erro, que permita avaliar a preciso dos mtodos utilizados para
obter os resultados. Na medida do possvel, quando se discutem os resultados
obtidos, no basta especular qualitativamente sobre os motivos dos desvios
entre os resultados obtidos e os valores esperados, deve-se buscar uma
anlise quantitativa e objetiva. O leitor deve ser conduzido sistematicamente
atravs dos fatos, teorias e argumentos, para as concluses finais.
As concluses so uma continuao direta da discusso e devem ser sempre
justificadas e complementadas com os dados experimentais e resultados
obtidos.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
24/28
Bibliografia
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
24
Caso tenha ocorrido o uso de alguma bibliografia, necessrio fazer as
devidas referncias. A maior parte da informao utilizada obtida de vrias
fontes bibliogrficas, tais como livros, artigos ou comunicaes particulares.
Para dar crdito a essas fontes e registr-las para posterior referncia
necessrio uma lista conveniente (Bibliografia) que possibilite um acesso fcil.
Apndices
Nos apndices deve figurar toda a informao necessria para a elaborao do
relatrio, mas que, devido sua menor importncia, no deve sobrecarregar o
corpo do mesmo. Devem ser apresentadas as fontes de dados utilizadas
exceto no caso de serem dados de conhecimento geral. Assim, se os dados
pertencerem a uma parte do relatrio, deve referir-se tabela onde eles
figuram; se pertencerem a um texto ou livro, necessrio citar o autor, ttulo
e pgina. Deve ter-se especial cuidado em distinguir entre clareza e
excessivo detalhe; o balano entre um clculo claro e o pormenor
desnecessrio atinge-se normalmente aps alguma prtica.
Voc concluiu a ltima unidade da aula 5. A seguir voc tem o fechamento da aula e a
atividade de concluso.
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
25/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
25
FECHAMENTO DA AULA
Fechamos aqui o contedo da aula 5. A seguir, realize as atividades de auto avaliaodesta aula, para que voc possa sedimentar seus conhecimentos aqui construdos.
Nesta aula voc estudou os clculos para a elaborao de indicadores sociais de
criminalidade. voc recebeu sugestes de indicadores sociais de criminalidade. Estudou a
construo de tabelas e grficos e a elaborao de mapas e na ltima unidade aprendeu
a elaborar relatrios.
Dica
Lembre-se: Qualquer dvida retome o contedo e tire suas dvidas com seu tutor. Nov em frente se algo no foi compreendido!
Faa aqui suas anotaes...
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
26/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
26
ATIVIDADE DE CONCLUSO DA AULA
Atividade
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!
Elabore um relatrio aplicando todos os passos aprendidos na ltima unidade desta aula.
Envie para seu tutor analisar.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
27/28
AULA 05 Tcnicas Bsicas de Anlise de Dados
27
REFERNCIAS DA AULA
KAHN, Tulio. Indicadores em preveno municipal da criminalidadein Preveno da
violncia: o papel das cidades. Joo Trajano Sento-S (org.). Rio de Janeiro:Civilizao Brasileira. 2005.
HARRIES, KEITH. Mapeamento da Criminalidade: princpios e prtica. Disponvel em:www.crisp.ufmg.br/livro.htm.
Curso Uso de Informaes na Gesto das Aes de Segurana Pblica
SENASP
-
5/25/2018 Apostila - Uso Da Informa o - Aula 05
28/28
Crditos Conteudistas:
- Sr. Marcelo Durante Coordenador Geral do Departamento dePesquisa e Anlise da Informao da SENASP
- Profa. Betnia Totino Peixoto Professora da UFMG/CEDEPLAR- Andria de Oliveira Macedo Coordenadora Departamento de
Pesquisa e Anlise da Informao da SENASP