apostila curso basico de hipnose

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  • 7/30/2019 Apostila Curso Basico de Hipnose

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    Rua n. Guimares, 20 Mag Rio de Janeiro Cep. 25.925-000

    http://abrapihc.wix.com/abrapihc - Telefone: (21) 8086 1802 8786 5950

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    Associao Brasileira de Psicanlise ClnicaCNPJ 01.499.781/0001-73

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    CURSO BSICO DE HIPNOTERAPIA

    Existem coisas que voc sabe.

    Existem coisas que voc no sabe.

    Tambm existem coisas que voc sabe que sabe.

    O dia em que voc souber aquilo que voc no sabe que sabe, voc ser realmente voc.

    Prof. Andr Luiz Gomes

    Psicanalista Clnico e Hipnoterapeuta

    Coach Executivo e Ps Graduando em Terapia Intensiva

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    CURSO BSICO DE HIPNOTERAPIA

    Ol pessoal,

    Muito prazer em receb-los aqui no Curso de Formao em Hipnose Clnica. Sero horas de muita

    amizade, aprendizado e troca de conhecimento, num ambiente onde voc com se certeza sentir-se-confortvel, relaxado e aberto para aprender essa tcnica maravilhosa que o ajudar muito em sua vida

    pessoal e principalmente, beneficiar outras pessoas nas mais diversas necessidades.

    O curso foi elaborado pela Associao Brasileira de Psicanalise e Hipnose Clnica que certificar o

    mesmo, expedindo um certificado de concluso do curso para voc.

    Esperamos que voc obtenha ao mximo os proveitos que este treinamento vai lhe oferecer, e ao

    coloca-lo em prtica, no s o sucesso financeiro, mas tambm, a realizao de ver muitas vidas sendo

    transformadas por curas, ressignificao, esperana, qualidade de vida, sonhos se realizando e metas

    sendo alcanadas.

    Coloque tudo em prtica, treine exaustivamente, ajude pessoas e as coisas iro acontecer!

    Continue pesquisando, estudando, investigando a Hipnose, pois ela, cincia nova no campo

    neurolgico funcional e, portanto, muito ainda h o que se descobrir.

    Aqui no h lugar para medos, receios, mitos, conflitos de pensamentos. Claro que voc chegou aqui

    com dvidas, curiosidades, interesses. Mas saiba que o fato de voc estar aqui, mostra que voc j

    transps o muro que se chama ignorncia e agora voc livre para aprender e entender como funciona

    a hipnose para ajudar outras pessoas.

    Pergunte, participe, crie, invente, seja ousado agora e durante sua clnica. Assim foi Milton Erickson,

    quando teve que lutar com a prpria morte iminente para descobrir do que a mente, o crebro eramcapazes!

    Boa sorte e bom curso a todos!

    Andr Luiz Gomes

    Presidente

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    Biografia de Milton H. Erickson

    Milton Hyland Erickson nasceu no estado de Nevada - EUA, em 15 de Dezembro de1901 e faleceu em 1980 em Phoenix - Arizona. Vinha de uma famlia de fazendeiros e foi criadoem ambiente rural at sua adolescncia. O primeiro fato marcante da vida de Erickson que oacompanhou durante vrios anos, foi a questo referente as suas inmeras dificuldades fsicas ede sade. Erickson contraiu poliomielite aos 17 anos, ficando totalmente incapacitado de fazer

    qualquer coisa a no ser falar e mover os olhos durante alguns anos. As dificuldades e doresfsicas estiveram presentes durante sua vida, intercalando episdios de melhora e crisesrecorrentes de plio, fazendo com que aos poucos houvesse uma degenerao progressiva deseus msculos e mltiplas deficincias.

    A histria de Erickson e a sua viso inovadora de Psicoterapia em ltima anlise, a histria dasuperao de suas inmeras dores e problemas de sade. Erickson se interessou inicialmentepelo uso da hipnose no controle e manejo de dor crnica, vindo a desenvolver durante toda suavida inmeras tcnicas para seu tratamento. Como ele mesmo coloca, segundo Zeig (1995,p.20) a plio foi o melhor professor que j tivera quanto ao comportamento humano e seupotencial.

    Ensinou a ele a fora da motivao, mnimas mudanas comportamentais e um extremo sensode percepo e observao.

    Erickson realizou sua formao acadmica recebendo o ttulo de Bacharel e Mestrado emPsicologia, alm do ttulo de M.D. da Universidade de Medicina de Wisconsin em 1929. Durantea maior parte da sua poca, anos 20 aos 70, no que se refere a Psicologia o modelo dominantedeste perodo era a Psicanlise, sendo logicamente previsvel que Erickson fosse influenciadopor esta viso. Erickson utilizou alguns conceitos descritos e analisados por Freud em termos deinconsciente, vindo mais tarde se distanciar do seu uso tradicional, reformulando algunsconceitos e encontrando seu prprio modelo e mtodo de realizar psicoterapia.

    Erickson se mostrou interessado pelo uso da hipnose no ambiente clnico desde muito jovem,nos primeiros anos em que cursava a Universidade de Wisconsin estimulado por umademonstrao do psiclogo behaviorista Clark Hull. Estudou profundamente a hipnose tantoclnica como experimentalmente durante toda a sua vida, propondo uma nova forma de seentender e compreender a hipnose e seus fenmenos, distanciando-se radicalmente do usotradicional e dos mitos conforme conhecido pela hipnose da poca de experimentao cientficade Freud, Wolpe, Fritz Perls e Eric Berne.

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    Entre suas realizaes profissionais foi presidente fundador da ASCH- American Society ofClinical Hypnosis, diretor fundador da Education and Research Foundation of the AmericanSociety of Clinical Hypnosis e diretor fundador do American Journal of Clinical Hypnosis.Erickson foi professor associado de psiquiatria na Wayne State University College of Medicine.Foi membro da American Psychological Association e membro da American PsychiatricAssociation. Autor de mais de 140 artigos didticos publicados nos Collected Papers vol. I a IV,co-autor de inmeros livros, sendo tambm tema de outros livros, tanto publicados quanto emandamento.

    Erickson hoje considerado a figura mais criativa da terapia breve e estratgica, inovando nabusca da terapia voltada para a soluo. (Zeig, 1985, p.36). Tornou-se conhecido como o pai dasabordagens estratgicas breves para psicoterapia. Durante sua vida, Erickson acrescentou umaquantidade enorme de novos casos e mtodos literatura da psicoterapia estratgica breve

    HISTRIA DA HIPNOSE

    A palavra hipnose, introduzida no sculo passado por James Braid, provm do grego Hypnos,que na mitologia helnica significa deus do sono, chamado Somnus pelos romanos. Hypnos querdizer sono, mas os estados hipnticos no so obrigatoriamente tranqilos e semelhantes aosono. Braid, aps propor o termo hipnose, observou que a mesma distinguia-se de um estado desono, porm o termo j havia se consagrado. Nasceu com Braid o primeiro esboo daneurofisiologia da hipnose. Na realidade, h indcios do uso da hipnose desde tempos muitoremotos, onde eram utilizadas indues hipnticas nas vrias civilizaes, encontrando-se amesma fenomenologia em muitas partes do mundo. Os hebreus, os astecas, os ndiosamericanos chippewas e os araucanos do sul do Chile sabiam induzir o sono mgico e outrasformas de ESTADO HIPNTICOs grupais e individuais. Podiam produzir analgesia, gravarsugestes ps-hipnticas e curar dores fsicas ou psicossomticas. Chiron induzia o estado deESTADO HIPNTICO em seu grande discpulo Esculpio. O sono mgico era usado tanto nos

    Templos do Sono egpcios, como individualmente por sibilas e orculos. Andrade Faria, relataque num baixo relevo encontrado num sarcfago de Tebas, nota-se um sacerdote em pleno atode induo hipntica de um paciente. Os egpcios, os caldeus e os hindus realizavam induesatravs de rituais mgico-religiosos h milnios. Paracelso no sculo XVI, utilizava o im emmuitos de seus trabalhos de cura, sendo considerado um dos precursores do MagnetismoPessoal e do Mesmerismo. Podemos afirmar que a hipnose pode ser vista como antes deMesmer e depois de Mesmer, embora o termo hipnose s tenha surgido com James Braid.

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    A Era Cientfica da hipnose comeou com o alemo Franz Friedrich Anton Mesmer, que em1775, diplomou-se em medicina onde apresentou sua tese de formatura De planetariuminfluxu, inspirada em idias filosficas e teosficas do sculo XVI e XVII, como por exemplo a sde Paracelso.

    Defendia em sua tese que corpos celestes influenciavam na cura de doenas. Existiria umfluido ou energia universal interligando os corpos e os astros, sendo captado e emitido pelo ferromagntico. Aos poucos, Mesmer percebe que o ferro imantado no necessrio, pois pareciaque ele mesmo podia emitir essa fora magntica curadora recebida dos astros, a qual ento elepassa a chamar de magnetismo humano, que podia ser transmitido em cadeia para outraspessoas. O sensacionalismo e as perseguies, no permitiram a Mesmer introduzir suasdescobertas nas universidades. Mudou-se para Paris onde todavia se repetem os sucessosespetaculares e o insucesso cientfico. A repercusso das curas alcanada por Mesmer, leva oRei da Frana, Lus XVI, a nomear uma comisso da Sociedade Real de Medicina e outra daAcademia de Cincias para analisar mtodos to pouco ortodoxos. Foram convidados osmaiores expoentes da cultura cientfica francesa, entre os quais Lavoisier, Benjamin Franklin,Jussieu e Guillotin. Apenas Jussieu no considera as curas maravilhosas como resultados dasugesto.

    A tcnica do mesmerismo chega a universidade inglesa em 1837, trazida pelo mdico JohnElliotson, que passou a lecionar o mesmerismo no University College Hospital, chegandoinclusive, a realizar cirurgias sob anestesia hipntica. Elliotson foi duramente criticado o que olevou a abandonar a universidade, fundando em Londres o Mesmeric Hospital. Defendeu -sedas criticas afirmando que a universidade existe para a pesquisa da verdade que muito maisimportante do que o interesse de uma escola. Elliotson destacou-se na pesquisa cientfica comtrabalhos sobre o iodeto de potssio e por ter introduzido na prtica o estetoscpio de Lannecna medicina.

    Outra figura importante na histria da hipnose foi Emile Cou, especialmente pelo enfoque da

    sugesto. Professor em Nancy, aluno de Libeault, afirma que a sugesto age, no sobre avontade, mas sobre a imaginao. Afirma que quando a vontade e a imaginao entram emconflito, a imaginao vence sempre. Diz ainda que imaginao pode ser educada. Cou, atcerto ponto, lana as bases para a teoria da sugestopdia. Destaca a importncia do conscienteno processo da auto-sugesto afirmando que para que uma auto-sugesto possa agir sobre oinconsciente, deve ser formulada e emitida pelo consciente.

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    Milton Erickson representa um novo e importante captulo na histria da hipnose, especialmentepelo modelo desenvolvido desse recurso para aplicao na psicoterapia. Sob o ponto de vistatradicional, a hipnose caminha do exterior para o interior do paciente, enquanto no modeloercksoniano surge de dentro para fora, como um mrito do paciente, e no do terapeuta. Aindamenino, Erickson sofreu de poliomielite to severamente que foi desenganado por um mdicoque asseverou a iminncia de sua morte. Parece que o fato de ter ouvido isso do mdico lheajudou a sobreviver ao episdio, entretanto permaneceu debilitado e passou longo perodo detempo em uma cadeira de rodas. A mesma determinao revelada em sua infncia o conduziu aconquista dos graus em medicina e psicologia. Como psiquiatra trabalhou em vrias instituiese depois como professor de psiquiatria. Fundou e presidiu a Sociedade Americana de HipnoseClnica.

    Posteriormente, como a fama se espalhou, foi levado para a realizao de conferncias eseminrios sobre hipnoterapia e psicoterapia, amealhando reconhecimento e admirao.Erickson teve uma mente forte, flexvel e inteligente, fundamentada em um profundo e inabalvelbom senso. Para Rosen, a sua personalidade era saudvel, no demonstrando nenhumacaracterstica obsessiva ou qualidade neurtica que muitos dos fundadores de escolas de

    psicoterapia parecem ter exibido. Para Zieg, algumas palavras chaves que descrevem asqualidades que Erickson trouxe a hipnoterapia so: informalidade, flexibilidade, holismo e no-dogmatismo. Segundo Zieg, ele no se vestiu com uma aura de autoridade ou de mistrio comoalguns hipnotistas que o precederam, e nem usou rotinas de indues fixas. Algumas sessespoderiam parecer freqentemente superficial por consistir em pequenas histrias e piadas.Afirma Zieg, que Erickson era flexvel e h poucos sinais que tenha usado a mesmaaproximao duas vezes. Adaptava a aproximao para o cliente de modo particular de acordocom a personalidade do cliente, como a experincia, idade, capacidades e condio fsica esocial, valorizando os recursos como facilitador para as mudanas desejadas. Mostra-se atento atudo que existia na vida do paciente dentro e fora do consultrio, fazendo uso deste recursocomo parte do processo de mudana. Erickson no demonstrou qualquer base dogmtica paraas aproximaes. Ensinou atravs de exemplos, por analogias e metforas, no propondoqualquer teoria global. O modelo teraputico atravs da hipnose proposto por Erickson, difundiu-se e difunde-se largamente como pratica corrente nos consultrios e clnicas mdicas epsicolgicas.

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    O QUE HIPNOSE ?

    O que chamamos de Hipnose serve para catalogar um conjunto de procedimentos, quepotencializam certas capacidades preexistentes nos indivduos. O que a hipnose faz de melhor amplificar as habilidades das pessoas, incluindo as habilidades ocultas, tais como a

    capacidade para reduzir a experincia subjetiva de dor ou a capacidade para adaptar-se melhora uma modificao nas circunstncias.

    A Hipnose fortalece as pessoas para descobrirem e desenvolverem foras nelas mesmas, queelas no sabiam que tinham, e as consequncias nas vidas das pessoas so nada menos queextraordinrias.

    A Hipnose uma situao ou um conjunto de procedimentos no qual uma pessoa designadacomo Hipnoterapeuta sugere que uma outra pessoa designada de paciente, experiencie vriasmodificaes na sensao, percepo, cognio ou no controle sobre o comportamento motor.

    A Hipnose considerada pelos especialistas do setor neurolgico, como um estado de alertaaltamente focalizado, intensificado, que purifica o campo de tratamento - A MENTE permitindo ao paciente ser mais receptivo s ideias ou experincias alternativas, e comoresultado dessa colaborao o paciente pode experienciar modificaes no pensamento ecomportamento inerentes a determinadas situaes.

    A Hipnose meramente o uso de sugesto, ateno focalizada em um relacionamentoteraputico, para auxiliar o paciente a modificar a percepo, pensamento, emoo e/oucomportamento. Por outro lado a pessoa cumpre comportamento hipntico quando ela tmatitudes, motivaes e expectativas positivas em relao a uma situao-teste econsequentemente quando elas esto querendo pensar e imaginar com os temas que estosendo sugeridos.

    O primeiro ponto a considerar que A HIPNOSE UMA EXPERINCIA CONSCIENTE, isto ,o paciente est consciente todo o tempo durante a experincia, sendo alternado entre maior emenor percepo do ambiente externo e eventos internos.

    O centro da Hipnose a capacidade para modificar e manipular o foco de ateno, para deixa-laintensamente focada.

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    Portanto h estreitamento do campo ou da largura da ateno, para deixa-la totalmente focada,o que permite pessoa pensar de novas maneiras e aceitar coisas que de outros modos, seriamconsideradas impossveis. Pela manipulao da ateno, podemos influenciar as percepes, osprocessos emocionais, os pensamentos e as aes.

    A hipnose um veculo pelo qual as intervenes so implementadas. A experincia hipntica

    que particular para cada pessoa envolve trs fatores principais:1. Absoro. Imerso na experincia central custa da orientao contextual, porque a

    pessoa ao estar com a ateno focada em um objeto central, tende a ignorarpercepes, pensamentos, memrias e atividade motora na periferia:

    2. Sugestionabilidade. Que a funo mental que faz ou no aceitar as sugestes;quando uma pessoas as aceita, diz-se que sugestionvel, ou encontra-se em estadode sugestionabilidade aumentada. uma abertura para aceitar e responder a novasideias, novas informaes, ou o grau que um indivduo inclinado aceitao sem

    crtica de idias e proposies; isto , o grau que uma pessoa reage ao que lhe dito,sem o emprego das faculdades crticas. A sugestionabilidade est aumentada nahipnose porque, ao focalizar a ateno na experincia, a pessoa geralmente aceitasugestes relativamente sem crtica.

    3. Dissociao. Porque ao estar inteiramente absorvida pela experincia da hipnose,muitas experincias rotineiras que estariam ordinariamente conscientes ocorrem sem apessoa estar ciente.

    MITOS SOBRE A HIPNOSE

    Ao contrrio do que muitos pensam ( Por falta de conhecimento ou ignorncia ), a hipnose nadatem haver com religio, magias, ocultismos, seitas e afins.

    A hipnose unicamente neurolgica, j faz parte do sistema cerebral de cada ser humano eacontece como um programa mental j estabelecido, necessitando apenas de recursos internose externos para acontecer.

    Um exemplo dentre centenas quando uma pessoa est dirigindo tranquilamente em uma longaestrada com uma bela paisagem e diversas placas sinalizadoras.

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    Acontece que ao relaxar relativamente ao volante propiciado pela paisagem, sensao de bemestar e segurana e ao mesmo tempo focado na estrada e nas placas o sistema nervoso podeser alterado e com isso propiciar uma alterao nas ondas cerebrais e assim colocar o motoristaem ESTADO HIPNTICO hipntico por alguns segundos.

    Muitas vezes j aconteceu de nos pegar-mos ou ver algum absorto, meio que areo, com o

    olhar fixo e at mesmo com a audio diminuda. Isso acontece da mesma forma que com omotorista. A pessoa comeou a divagar em pensamentos, desfocar do ambiente e focar em umponto fixo. Pronto ! O crebro est entrando em estado hipntico.

    Na hipnose o paciente no dorme, no fala o que no deseja, no se sente mal, no faz coisascontra a sua vontade, no perde a conscincia e no fica na mo do terapeuta. Ao contrrio, natural que o paciente se sinta relaxado, mais calmo, com sensao de bem estar, mais seguroe caso alguma coisa o incomode durante o tratamento, o mesmo sair automaticamente doestado em que se encontra.

    FUNDAMENTOS SOBRE A NEUROFISIOLOGIA DA HIPNOSEExistem cerca de 20 estados de conscincia descritos, mas apenas trs so objetivamentedefinidos com base em parmetros eletroencefalogrficos (EEG), comportamentais eintrospectivos. Estes trs estados so: a) viglia que pode ser de conscincia alerta ou relaxada;

    b) sono lento ou sincronizado, sem efeitos repousantes ou sem recordaes dos sonhos;

    c) sono rpido ou dessincronizado ( mais conhecido como sono REM ), que no tem efeitorepousante ( Regenerador ), mas que essencial regulao da psique ( no sonho REM ossonhos so recordados ).

    A caracterizao de outros estados de conscincia devido a atual limitao do EEG, pois essatcnica s capta atividade eltrica em grupo de neurnios das camadas I e II do crtex que sedifundem na camada dendrtica. O EEG do estado hipntico no distingue dos estados de vigliaou de viglia relaxada, e este estado tambm no se relaciona ao estado de sono REM.

    O estado de Hipnose alcanado por meio de uma concentrao sobre um determinadoestmulo.

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    Normalmente a voz suave do terapeuta, mas que tambm pode ser subtituida por outrosestmulos sensoriais impessoais (auditivos, visuais ou olfativos) desde que seja de baixaintensidade, montonos, repetidos e persistentes

    O sistema lmbico profundo a sede das emoes e seus esteretipos comportamentais.

    No estado hipntico os fenmenos observados so tipicamente de origem lmbica. Osfenmenos de rememorizao ( Recuperao de memrias esquecidas ) e revivicao (

    Ressurgncia da experincia emocional vivenciada no evento rememorado ), comumentereunidos no termo regresso; as amnsias espontneas experimentadas quando se sai doestado hipntico; a aprendizagem acelerada que ocorre nesse estado; as analgesias; aestimulao do sistema imunolgico; as alteraes subjetivas do esquema corporal e asvivncias alucinatrias induzidas por sugesto so fenmenos tpicos associados formaohipocampal do sistema lmbico.

    Essa regio responsvel pela formao da memria, pela aprendizagem, pela imagem docorpo (Esquema corporal) e pela regulao do sistema imunolgico.

    Compreende-se agora como a hipnose favorece a liberao de emoes de alguma formareprimidas juntamente com a memria do evento que a gerou. A represso de lembranasdesagradveis e as defesas que a impedem que elas aflorem um processo ativo do cortx prfrontal ( Sede do Ego e da personalidade), este processo consome energia e desequilibra obalano energtico das funes psquicas e viscerais, regulados pelo SNC (Sistema NervosoCentral).

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    Por outro lado o individuo hipnotizado levado a relaxar, despasmodiar-se, recuperando o tnusnormal e o controle psicomotor e como consequncia, tranquiliza seu terreno mental. Essesefeitos esto relacionados regularizao da atividade da amgdala, ncleo associado aohipocampo e funcionamento ligado ao hipotlamo e sistema nervoso autnomo.

    Quando a amgdala est hiperativada, ela produz medo, ansiedade, ira, comportamentoagressivo e alteraes no comportamento sexual. Portanto, podemos considerar que os efeitosda hipnose no crebro, no funcionamento do Sistema Nervoso, faz da hipnose no um

    tratamento psicoterpico mas um mtodo que podemos considerar como neuropsicossomtico.

    HIPNOTIZABILIDADE

    Diz respeito suscetibilidade hipntica, o grau em que voc hipnotizvel: Transe leve, mdioou profundo.

    Quem pode ser hipnotizado ?

    Como a hipnose e seus fenmenos fazem parte do nosso dia a dia, podemos afirmar que todospodem ser hipnotizados.

    O transe mdio considerado o melhor, por ter maior eficcia quanto sugesto. Em transeleve, a conscincia est muito presente, e, com ela, as crticas e a resistncia. No transeprofundo ocorre amnsia que por vezes prejudicial ao tratamento.

    No se esquea, mais importante que o grau de sugestibilidade o Rapport adquirido entrepaciente e terapeuta. Esse Rapport deve ser como um chaveiro (Terapeuta) fazendo uma chaveperfeita para abrir a fechadura (Inconsciente) do paciente.

    Estados Hipnticos:

    TRANSE LEVE (Hipnoidal)

    Relaxamento Catalepsia dos olhos e das plpebras Fechamento dos olhos Comeo de catalepsia corporal (sem movimentos)

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    Respiraes mais vagarosas e profundas Imobilizaes dos msculos faciais Sensao de peso (pesado) em varias partes do corpo Anestesia de luva Habilidades para sugestes ps hipnticas simples

    TRANSE MDIO

    Amnsia parcial (Alguns sujeitos) Definido retardamento na atividade muscular Habilidades de iluses de sensaes Aumento de iluses de sensaes Marcada catalepsia dos membros do corpo Habilidades para sugestes ps hipnticas mais difceis

    TRANSE PROFUNDO

    Habilidade para manter o transe com olhos abertos Amnsia total ( Na maioria dos sujeitos) Habilidades para controlar algumas funes orgnicas (Pulso, presso arterial) Anestesia cirrgica Regresso de idade e revivicao Alucinaes ( Positiva e negativa, visual e auditiva) Habilidade de sonhar (Material magnfico) Habilidade para todas ou para a maioria das sugestes hipnticas.

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    TRANSE PLENO

    Marcado por respostas orgnicas lentas e quase completas, inibio da atividadeespontnea.

    CONSTELAO HIPNTICA SEGUNDO JEFFREY ZEIG

    Um dos motivos de se sentar de frente para o paciente e de mant-lo sentado pode observar aconstelao hipntica, alm de dificultar sua passagem direta ao sono.

    Zeig criou este termo constelao Hipntica para designar aquelas caractersticas, sinaisfsicos, que mostram que o sujeito est em transe. So elas:

    Economia de movimentos: (a catalepsia) observa-se facilmente quando a pessoa entra emtranse; ela fica imvel, economiza movimentos. a catalepsia agindo. No existe vontade de semexer. O que move agora , algo interno. O corpo para e a mente produz.

    Literalismo: (Interpretao literal) Um segundo aspecto observado que o inconsciente literal, ou seja, ele responde literalmente s palavras ditas. Por isso, todo cuidado com as

    palavras, com o que voc sugere. Vou lhe dar alguns exemplos: Voc pode perguntar a umapessoa acordada Voc se importa de dizer seu nome? a pessoa naturalmente vai lheresponder o nome. No caso de estar em transe, ela pode simplesmente dizer que sim ou queno. Outro exemplo: Voc sugere que a pessoa est na proa de um navio, com o vento batendoem seu rosto, o sol brilhante num dia lindo e maravilhoso de um cruzeiro. Se a pessoa comeara suar, tremer ou demonstrar medo e ficar agitada, certamente ela tem medo do mar e asugesto no fez bem paciente.

    Demora para iniciar resposta: H tambm a demora para iniciar resposta a um comando. Porisso, tenha um pouco de pacincia ao pedir algo, como levitao do brao ou outra coisa

    qualquer. As respostas costumam vir quando estamos desistindo. Aos iniciantes que ficamagitados com a demora, tenha um pouco de pacincia, espere e l vem a resposta.

    Mudana no reflexo de salivao e deglutio: Voce pode notar que, logo ao iniciar o transe, huma mudana no reflexo de deglutio. No inicio a pessoa saliva mais. Depois quando est emum transe mdio, a pessoa para de engolir, diminui o reflexo da salivao. Isto mais ou menoscomo o primeiro sono, em que, as vezes, baba-se e, depois, fica-se quase sem saliva no sonoprofundo.

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    Diminuio na frequncia respiratria, pulso e presso sangunea H uma diminuio geral dosreflexos. Se, quando estamos dormindo, ficamos menos acelerados, no transe, caminho entre oestado alerta e o sono, h tambm a diminuio destes reflexos.

    H uma vasodilatao, pelo relaxamento muscular, uma tranquilidade que pode ser observadaat na respirao.

    Relaxamento muscular Ocorre tambm o relaxamento muscular. Voc pode reparar melhor no

    musculo da face. Quando a pessoa entra em um bom nvel de transe, os msculos da face vose soltando. Costuma-se observar que a pessoa solta o queixo e, muitas vezes, solta os lbios.V-se tambm os braos entregues. como ver um beb que adormece. Sabe-se que o bebadormeceu porque ele se entregou; fica at mais pesado no colo de quem o segura. Assim,observamos a pessoa que entra em estado de transe, se entrega a um estado de relaxamentogeneralizado.

    FENMENOS HIPNTICOS

    Quando voc coloca uma pessoa em transe, observar alguns comentrios, ao final do transe,

    sobre as percepes experimentadas pelo paciente. Elas so variadas, podem apareceralgumas ou at muitas das que descreverei a seguir. No necessariamente aparecem asmesmas quando se entra em transe novamente. Voc pode perceber que o mesmo paciente, emuma induo, falar que teve amnsia e analgesia e pode ser que, em uma outra sesso, eletenha hipermnsia e no tenha analgesia.

    O importante que os fenmenos hipnticos sempre aparecem quando a pessoa est emtranse. nossa garantia, quando principiantes, de que o nosso cliente entrou em transe.

    Os fenmenos hipnticos aparecem desde o transe leve at o profundo, independentemente donvel de transe. s vezes, a pessoa est em transe leve e desenvolve amnsia. Em outras, amesma pessoa pode estar em estado profundo e ter apenas amnsia parcial.

    Por isso fiquem atentos, pois nem sempre se segue risca as escalas de transe.

    Rapport - o estabelecimento da aliana teraputica. O seu cliente, para seguir em seu pedidode induo, precisa confiar em voc. Quando voc tem um amigo e ele o chama para ir a algumlugar que voc desconhece, voc vai por confiar nele. Isto acontece por meio doestabelecimento do rapport. Quando este se estabelece, o sujeito tende a no prestar atenono a situao do ambiente e a estmulos externos, para responder somente pessoa queconduz a hipnose.

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    Catalepsia a sensao de ficar imobilizado, mais pesado e sem vontade de se mover. umestado particular de tonicidade muscular, no qual o sujeito fica fixo em uma posio por umperodo indefinido de tempo. Voc pode colocar o brao do sujeito erguido, e ele mantm estaposio. A catalepsia acontece em todos os nveis de transe.

    Dissociao - a capacidade de dissociar a mente consciente da mente inconsciente. Ficarabsorvido nos aspectos da induo que feita e, ao mesmo tempo, experienciar as maisvariadas sensaes, sentimentos e pensamentos. como se fossem dois de voc mesmo. Um

    capaz de seguir o que sugerido pelo terapeuta, e o outro est vindo de uma realidade vinda doseu interior.

    Analgesia o formigamento do corpo, voc o sente, mas no sente dor. Como acontece emalguns tipos de amnsia. H pacientes que sentem analgesia desde o transe leve. possvel atmesmo fazer cirurgias quando se desenvolve este estgio de transe.

    Anestesia a sensao de no sentir uma parte definida do corpo. Por exemplo, h pacientesque no sentem as mos, ou as mos e os braos, outros, as pernas. Alm de voc no sentirdor, voc tambm perde a noo daquele membro do corpo.

    um excelente fenmeno que pode ser desenvolvido para cirurgias.

    Regresso de idade - A regresso de idade, tambm um fenmeno natural do transe. Elepode ser induzido ou aparecer espontaneamente. So memorias, pensamentos, imagens, emum nvel de recordao, ou pode aparecer como uma revivificao, em que a pessoa fala e agecomo se fosse uma criana, ou se tivesse a idade determinada daquele fato.

    sempre bom lembrar que no temos como provar se algo real, ou se uma realidadeconstruda em cima de aprendizado de vida. Mas o que realmente importa, a realidade vivida esentida pelo seu paciente. Por isso, aceite, respeite e trabalhe tudo o que o inconscientesabiamente amigo trouxe como material exclusivo e como tesouro do seu paciente.

    Progresso de idade Do mesmo modo que h regresso, h tambm o fenmeno daprogresso. A pessoa pode se ver no futuro realizando as coisas que deseja e necessita fazer,ou ate mesmo suas obstrues. Utilize-se dessa tcnica/fenmeno com os pacientes ansiosos.Por si s, eles j fazem uso delas diariamente em suas pr-ocupaes. Voc usa umaferramenta que comum a eles e facilita a ressignificao, o que pe positivo para o cliente seguirem frente.

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    Distoro do tempo Quando voc est em transe, ocorre uma modificao temporal. Seutempo interno pode variar em relao ao tempo cronolgico o relgio. Lembre-se de que oinconsciente, no analtico e logico. Por isso, as vezes, uma longa induo pode parecer durarapenas cinco minutos ou vice e versa. parecido com o que acontece na vida cotidiana, vemosum bom filme ou partida de futebol e parece que ele passou rpido demais. Em comparao, aoouvir o discurso de um poltico, talvez possa parecer ter durado horas e fora apenas meia hora.Quando o paciente ento lhe disser que foi to rpido, ou pareceu ter durado horas, ele estavadesenvolvendo este fenmeno do transe.

    Alucinaes positivas ou negativas - Consideram-se alucinaes positivas aqueles aspectossensrios de percepo dos cinco sentidos que aparecem durante o transe. Por exemplo:visualizao de imagens, ouvir algum tipo de som que no esta presente, sentir algumasensao fsica diferente. Tudo aquilo que includo e que, na realidade no existia.

    As alucinaes negativas ocorrem pela retirada de sensaes e percepes. Por exemplo: Noouvir uma campainha que toca, um som, no sentir uma parte do corpo, no ver algo que seencontra ali.

    Ocorrem em todos os nveis de transe.

    Amnsia um fenmeno que pode ocorrer parcial ou totalmente.

    A amnsia parcial quando voc lembra parte do transe. mais comum ao transe leve e mdio.Amnsia total quando a pessoa no lembra de nada que aconteceu durante o transe. comumno transe profundo ou sonamblico.

    Hipermnsia a capacidade de relembrar aguadamente uma situao especifica.

    Atividades ideomotoras e ideossensrias Esto ligadas capacidade que a pessoa tem de

    responder automaticamente por meio de sinais ideomotores (sinalizao com dedos, mos,levitao e a capacidade de escrita automtica) ou ideossensrios ( percepo senssoriaassociada a uma ideia).

    Sugesto ps hipntica A sugesto ps hipntica uma ato que acontece aps a pessoaacordar de um transe, em respostas s sugestes dadas durante o estado de transe, comalgum pedido a partir de um gatilho dado a um transe anterior.

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    Assim sendo, o sujeito hipnotizado recebe uma instruo, durante um primeiro transe, que, deacordo com uma dica determinada ( ao acordar, ao abrir a janela etc...) ele entrar em estado detranse hipntico, em geral, de durao breve, o tempo de executar o ato sugerido. No casode se pedir que essa pessoa fique sem dor por horas, esse transe no ser breve. Necessitarade longa durao para sua execuo. Mas geralmente so pequenas sugestes que seroexecutadas na vida cotidiana da pessoa , que podem ajuda-lo na mudana de nuances,necessria sua melhora. Por exemplo: ...hoje, ao dirigir seu carro, abra o teto solar, respirefundo, olhe para o cu azul e sinta como seu peito abre para uma nova inspirao. Esta foi umasugesto ps hipntica dada para um paciente que sofre de asma. Dias depois, o paciente

    relatou a delicia que era abrir o teto solar num dia de sol e respirar fundo e livremente.

    A sugesto ps hipntica mais eficaz quando feita em transe profundo e com amnsia. Temum efeito mais poderoso, mas no quer dizer que no podemos utiliza-la para os mais diversosnveis de transe, ou em um paciente com amnsia parcial. Um ponto que aumenta a eficciadeste fenmeno o rapport. Por isso, se tiver um bom rapport, no importa o grau deprofundidade e amnsia, o comando ps hipntico funcionara.

    Use esse fenmeno para dar sugestes diretas, mas somente no final do transe, que quando omesmo est mais profundo, em que ocorre a amnsia e temos a certeza de termos desenvolvido

    um bom rapport.Esse tipo de sugesto usado para dor, parto, corrida para atletas, ansiedade e tudo o mais quese deseje, e tem uma efetividade poderosa.

    Vamos praticar um pouco ?

    ROTEIRO DE INDUO SIMPLIFICADO

    Ningum aprende a ler e escrever se antes no passar pelo ABCD... Lembra? Voc foiaprendendo cada letra, sua forma, sua fontica e depois juntando-as foi construindo palavras e

    depois frases! Que delicia aprender no ?

    Ento, na induo hipntica no diferente. Voc vai dar um passo de cada vez e aprender acolocar uma pessoa em transe hipntico e isso no importa se voc vai conseguir agora na

    primeira tentativa ou no, o importante adquirir uma forma sua de falar, conduzir, levar o seuinterlocutor a relaxar e confiar em voc. Os resultado viro logo.

    Vamos comear...

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    Voc pode fechar seus olhos.........

    Absoro

    Voc pode respirar profundamente...

    Voc pode ir para dentro de voc mesmo...

    Voc pode explorar a dentro...

    Aos poucos, voc pode descobrir padres de conforto...

    Eu no sei bem onde o conforto mais interessante...

    Talvez voc possa apreciar o conforto nos seus ps...

    Talvez voc possa apreciar o conforto nas suas pernas...

    Talvez voc possa apreciar o bem-estar em alguma parte especial do seu corpo...

    E voc pode no perceber todas as formas de conforto que podem ser desenvolvidas, mas a suamente inconsciente pode ajudar voc a apreciar as mudanas que vo acorrendo....

    Ratificao

    Enquanto eu estive falando com voc..... seu ritmo respiratrio mudou....sua pulsao sealterou....Se acalmando..... Seu reflexo de engolir mudou... Seus movimentos motores sealteraram... Sua face est mais soltamente acomodada ( Mude de acordo com o que voc vaiobservando da constelao hipntica do seu paciente )

    Eliciao

    Agora voc pode aproveitar essa sensao gostosa de conforto e se aprofundar no seu bem

    estar... sentindo... percebendo...calmamente sensaes... sentimentos... que vo surgindo epodendo ser apreciados... que coisa boa poder sentir-se diferentemente vontade..... curtaisso por alguns momentos.

    Trmino e reorientao

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    Assim, agora voc pode respirar profundamente e ir se reorientando aqui para a salanovamente... bem alerta e desperto... desfrutando desse novo padro de conforto.

    Este um roteiro simplificado, um modelo Jeffrey Zeig, de como montar uma induo. Voc sercriativo, acrescentando a linguagem do cliente, acrescentando palavras como, muito bem, ousorrindo enquanto fala, ou mudando a entonao da fala. H inmeras modificaes que podemser introduzidas em todas as fases. Por isso veremos em cada uma delas em separado. Alinguagem que pode ser usada, as tcnicas etc...

    Abosro

    Por absoro entende-se a fase inicial da induo, necessria para focalizar a ateno docliente. Relembrando o conceito da hipnose, a mente inconsciente fica absorvida em umasensao, sentimento, percepo ou ideia, enquanto a mente consciente elicia fenmenoshipnticos que levem o sujeito a experimentar algo magnfico, diferentemente do estado deviglia. Por isso, utilizamo-nos de tcnicas de absoro para fazer o transe hipntico.

    De acordo com Zeig, a linguagem utilizada para a induo tem relevncia nesse momento porabsorver a inteno e focaliz-la de algum modo. O que precisamos nesse estgio promover adissociao, que quando o sujeito sair do estado de viglia para uma estado alterado de

    conscincia.

    Existem vrios mtodos para se fazer a absoro:

    1. Voc pode absorver pela percepo: Visual, auditiva, cenesttica, interna, externa.Pela percepo visual, podemos citar a tcnica da fixao em um ponto, quando externa.Quando interna, visualizao mental de uma imagem, lugar ou cor.

    Pela percepo auditiva, fazendo o cliente perceber o som do ambiente, ou por meio da msica.

    Pela percepo cenesttica, fazendo-o perceber suas sensaes fsicas, tnus muscular, calor,temperatura, conforto etc...

    E voc pode misturar um pouco de cada percepo. ( Visual, auditiva, cenesttica), devendocomear por aquele que predominante em seu paciente.

    2. Voc pode absorver, descrevendo detalhes: Esse mtodo consiste em descreverminuciosamente detalhes de coisas (focalizao de um ponto), sensaes (Empercepes visuais, auditivas, cenestticas) e ideias, de forma que se possa enfocar aateno do paciente.

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    3. Por meio de possibilidades. Uma forma de colocar em palavras muitas possibilidades,mas, em todas, estar implcita a ideia de que voc entrar em transe. Exemplo: Talvezvoc possa entrar em transe sentindo seu corpo acomodado no sof... ou talvez vocpossa ouvir os pssaros cantando l fora... ou talvez voc possa apreciar, sentir suarespirao... enquanto encontra sua maneira de entrar e, transe.

    4. Usando mtodos no verbais. A sua forma de olhar para o cho, de se posicionarconfortavelmente na cadeira, ou inspirando profunda e confortavelmente.

    5. Voc pode absorver, usando a dissociao. uma forma de usar a linguagemdissociando parte da conversa para a mente consciente, para a mente inconsciente.Logo a frente veremos isso ais detalhadamente.

    6. Voc pode absorver por meio de um determinado fenmeno hipntico. Temos comoexemplo a levitao das mos. A hipermnsia na lembrana de uma memria etc.

    E para faz-lo, d direes por tcnicas de linguagem para a montagem da absoro. So elas:

    Trusmos, yes set conjunto sim/ No set conjunto de no, pressuposies, injunessimblicas, dissociao entre mente consciente e mente inconsciente, comando embutido,

    possibilidades, citaes, causalidade implcita, imagens e fantasiasDescreverei cada uma destas tcnicas as seguir:

    Trusmos So verdades incontestveis que ajudam a absorver a ateno do cliente. Se ele foruma pessoa mais externa, comece com detalhes externos. Se for mais intensa, mais dadas aosseus sentimentos, comece por trusmos internos.

    Exemplos externos:

    Voc pode ir ouvindo os barulhos na rua.

    Voc pode observar cada detalhe do ponto que est focando.

    Voc pode sentir o sof no qual est sentado.

    So exemplos externos:

    Voc pode sentir como sua respirao acontece agora, em voc...

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    Voc pode perceber a tenso do seu corpo...

    Voc pode perceber cada lgrima que ocorre como algo que vem de dentro de voc...

    Yes set:

    o conjunto de trs trusmos, que so significativos, com uma afirmativa para entrar emtranse. como se a pessoa fosse falando sim a cada afirmativa colocada. Depois de trsafirmativas, voc faz a pressuposio de algo que voc deseja guiar para absorve-la notranse.

    Por exemplo:

    Voc pode perceber o corpo confortavelmente recostado no sof... (1)

    Voc pode perceber seus ps apoiados no cho... (2)

    Voc pode sentir apoiada sua cabea tambm apoiada... (3)

    E, nesse momento, voc pode apoiar agora seus pensamentos confortavelmente (Averdade pressuposta) (4)

    O numero 4 no um trusmo, mas a pessoa j vem dizendo sim a cada passo, que acaba porseguir o mesmo movimento e se guia por essas novas palavras pela lei da inrcia.

    Voc pode usar o yes set, misturando, visual, auditivo e cenesttico, ou, faz-lo emseparado, de acordo com a preferencia de seu paciente.

    Voc pode usar o yes set, guiando todo o transe. Comeando por fechar o olhos, sentar-seconfortavelmente, respirar profunda e calmamente, relaxar o corpo e a mente, experienciarconforto. Seja criativo, utilize as verdades incontestveis que esto a ao nosso alcance.

    H tambm o no set que segue o mesmo principio e utilizados principalmente parapessoas dominantes, que gostam de comandar seu prprio transe.

    No set: um conjunto de nos, igual a como voc faz com o conjunto de sins.

    Por exemplo:

    Eu no sei como voc est se sentindo agora...

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    Eu no sei o que voc est ouvindo agora...

    Talvez o som do aparelho do ar condicionado, ou dos pssaros...

    Eu tambm no sei o que voc est pensando agora...

    Mas o que eu sei que voc pode sentir, ouvir, pensar alguma coisa que lhe faa muito bemagora...

    Pressuposies O nome j diz que, por meio de uma forma de linguagem, voc vai pressuporque alguma coisa acontecer.

    Por exemplo: Eu no sei dizer qual ser a profundidade do seu transe. Ou talvez voc possaentrar em transe, sentindo o conforto do sof... Eu no sei dizer quando voc se sentir maisconfortavelmente relaxado.

    As pressuposies sero criada a partir daquilo que voc quer que o seu cliente faa

    (Relaxar, respirar, imaginar)

    Injunes simblicas So implcitas usando provrbios e expresses idiomticas, como, por

    exemplo:Abra os seus olhos internos... Respire aliviado...

    Dissociao entre mente consciente e mente inconsciente uma forma de linguagem quemanda uma fala (ordem) mente consciente e em seguida, outra fala complementar mente inconsciente, com mudana na entonao de voz (mais suave), quando se dirige segunda.

    O paciente fica dividido e se distrai, alm de mandar uma metamensagem. Esta uma formaimportante de induo do transe.

    Voc deve fazer de acordo com esse esquema:

    Sua mente consciente pode____________________

    Enquanto sua mente inconsciente pode _______________

    Porque__________________________

    Exemplo: Sua mente consciente pode OUVIR ESTAS PALAVRAS, enquanto sua menteinconsciente pode OUVIR AS COISAS QUE VEM L DE DENTRO DE VOC, PORQUE L

    DENTRO EST A SUA SABEDORIA.

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    A voz muda de entonao para mais suave, ao falar para a mente inconsciente.

    Comando embutido Esta forma de linguagem sugere e ordena algo especial, de umamaneira indireta, embutido em um questionamento ou em uma afirmao. Por exemplo: Euestou me perguntando se ao respirar profundamente, voc no vai sentir como gostosoter um flego novo que abre o peito. Enquanto voc vai soltando seu corpo no sof, vai se

    permitindo soltar sua mente calmamente.

    Possibilidades Utilizando as muitas possibilidades de absorver a ateno do cliente emdetalhes, sensaes, sentimentos e ideias.

    Talvez voc possa sentir seus ps... Talvez voc possa sentir seu corpo se suavizando... outalvez voc possa sentir sua cabea se soltando... se suavizando.

    CitaesSo relatos ou citaes de situaes ou fala de algum. Exemplo:

    Eu tive um cliente que, ao me ver respirar profundamente, j fechava os olhos e entrava em

    transe. Um professor meu dizia: Quando a gente fecha os olhos, respira profundamente, umnovo flego sempre vem acompanhado de uma nova inspirao.

    Casualidade implcita Usando das pressuposies com advrbios especficos.A medida que

    voc inspira profundamente, permite-se abrir um novo espao.

    Se voc pode soltar seu corpo no sof, ento pode soltar outras partes suas.

    Quando voc fecha os olhos para fora, ento pode abrir seus olhos internos, os olhos da

    mente.

    Imagens e fantasias Voc descreve imagens, paisagens, fantasias com detalhes queabsorvam a ateno do paciente.

    Assim, utilizando-se de uma linguagem variada, pode fazer o paciente perceber o mundo e o seumundo interno e se absorver em algum ponto especfico. Voc far com que a pessoa fiqueimersa em detalhes e possibilidades de ter uma sensao, uma percepo, uma fantasia, umamemria, um fenmeno hipntico, ou formar combinadas destes.

    RATIFICAO

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    Ratificar significa dar ao paciente aquilo que se observa ao v-lo entrar em transe, para ele saberque est indo bem, que est conseguindo uma boa resposta na tentativa de se colocar emtranse.

    dizer as mudanas fisiolgicas que voc vai observando na pessoa. Isto aumenta a confianae aprofunda o transe.Se eu estou indo bem, posso continuar indo em frente. Voc observa efala ao paciente as mudanas que voc notou. Elas fazem parte da constelao hipntica.

    Economia de movimentos Catalepsia Literalismo Demora nas respostas Mudana no reflexo de deglutio Alterao e diminuio do ritmo cardaco e respiratrio Relaxamento muscular Mudana nos olhos: ( Reflexo de piscar, Dilatao das pupilas (Midriase),

    lacrimejamento, Desfocalizao, olhar vago, Movimentos sacdicos (do globo ocular)

    Decrscimo ou mudana nos movimentos de orientao Perseverao Fasciculao Assimetria direito / esquerdo Mudanas na circulao perifrica Aumento da responsividade Movimentos ideomotores / ideosensrios

    As palavras so ditas das seguintes maneiras:

    A medida que eu fui falando com voc...

    Ou

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    ....enquanto eu tenho falado com voc... certas mudanas ocorreram... sua respirao

    mudou, seu ritmo de pulsao se modificou.... h pequenos movimentos nos seusdedos.

    ELICIAO

    Eliciar fazer alguma coisa acontecer. o momento chave, quando a terapia acontece. aquique vamos trabalhar as mudanas, pois os fenmenos hipnticos j esto presentes, dando-noso acesso ao inconsciente.

    O USO DE METFORAS NA HIPNOTERAPIAPorque contar histrias?

    Como contar histrias?...

    Parte Terica:

    O emprego da metfora vem sendo difundido em muitas escolas de psicoterapias, com um papelsignificativo de ponte de comunicao.

    O uso das metforas no decorrer da histria dos Homens, os homens das cavernas deixavamsus escritos por meio de smbolos e desenhos que metaforicamente, representavam sualinguagem.

    A metfora a linguagem que mais se aproxima do inconsciente. Muitas vezes, voc noencontra a palavra para se expressar e ento se comunica de forma metafrica.

    Revendo uma frase nos escritos de Freud: Pensar por imagem ... somente uma forma incompleta de se tornar consciente, de algum modo, tambm, est mais perto do processoinconsciente do que pensar por palavra... ( FREUD, 1923, PG 14 )

    Analisando a frase, vemos que ela est em dois nveis de linguagem, consciente e inconsciente.

    Do ponto de vista da psicoterapia, o poder desta abordagem est no fato de o cliente serencorajado a explorar e elaborar uma representao de um sentimento, ou questo, problema,em uma forma de pensar (imagem sensria) que est mais prxima do processo inconsciente.

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    Freud fazia muito uso de metforas em suas interpretaes. Bettelhein (1984) sugere trs razespara que Freud tenha usado metforas ao explicar a natureza da Psicanlise. Primeiro, aPsicanlise emprega interpretao imaginativa para explicar ass causas escondidas por tras dosfatos.

    Segundo, por causa do recalcamento ou da sensura, o inconsciente se revela por meio desmbolos e metforas, falando em sua prpria linguagem metafrica. E, finalmente, as metforasso capazes de tocar emoes humanas.

    A metfora vem como uma linguagem peculiar de cada indivduo; fala dos fatos e das relaes

    objetais. E tipicamente aparecem quando os sentimentos so exarcebados e quando literalmenteas palavras no parecem fortes o bastante ou precisas para o suficiente para exprimir aexperincia. Exemplo disso so frases metafricas, tais como: O cu vai cair sobre minhacabea, Estou perdido no espao, Perdi a cabea, Estou sem ar etc...

    Deve-se dar ao paciente uma histria metafrica que capture uma experincia de sua vida diria,e ento ele poder fazer seu processo cognitivo de engate com a estria ou a analogiaapresentada.

    Um exemplo de metfora quando o corpo fala atravs de sintomas, a lcera que corroi e

    queima de raiva, por exemplo. O sintoma pode ser causado por um conflito no expresso.Ex/presso quer dizer, posto para fora, em que o corpo ex/pressa, em linguagem somtica, airritao ou o conflito da pessoa. Isso ilustra como o corpo fala por meio de uma linguagemmetafrica de sentimentos; a linguagem corporal.

    Milton Erickson foi habilssimo no uso de histrias e metforas em terapia para aumentar aefetividade das psicoterapias breves. Ele acreditava que, contando de um modo indireto um casosemelhante ao do paciente, com uma sada possvel, ou uma histria que chamasse a atenosob certos aspectos semelhantes aos seus prprios problemas. Uma mensagem embutidasutilmente dentro de um contedo de uma narrativa passa diretamente mente inconsciente.

    Lembrando:

    Metaforizar e essencial. o meio de ser indireto, de conversar a lngua do inconsciente. Apessoa guarda com mais facilidade casos, histrias, interpretaes metafricas do queconversas e interpretaes lgicas. As metforas ficam como uma ponte de tratamento. O clientevai embora, mas leva algo de que, se a metfora foi feita de acordo e sob medida para aquelepaciente, no se esquecer.

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    Parte Prtica: Como montar histrias de acordo com cada pessoa.

    Como terapeutas no precisamos brilhar em histrias maravilhosas, mas sim tocar o corao docliente, mostrar-lhe que h luz no final do tnel, que h sada para o seu sofrimento. Para isso,no preciso histrias muito elaboradas, mas com simplicidade, palavras-chave, metfora doprprio cliente. A voc consegue dar o suporte necessrio ao crescimento dele, o alvio de suador.

    Agora veremos como fazer metforas e atingir vrios nveis de comunicao. O mais importante que voc far algo comum (Uma historia comum, conhecida) se tornar nica para quela

    pessoa.

    Aps uma avaliao do cliente, se ele mais interno ( Fala de sentimentos, dores, pensamentos), ento fale de sentimentos, sensaes, sonhos, e ser isso que a atingir. Se ela maisexterna, fale das coisas que a rodeiam, pessoas, animais, coisas que ela valoriza quando v, ouque ela deseja ver.

    Preste bastante ateno nas relaes sociais da pessoa ( Filho mais velho, intrapunitivo (Seculpa muito), radiante (Expansivo), dominante etc...) Isso o ajudar a construir a historia para ocliente.

    Outro ponto importante, tocar nos interesses do cliente em questo. A isso chamamos deantenar.

    Todo mundo tem uma espcie de antena, radar. Quando o assunto interessa, voc ouve. como uma dona de casa que est sem empregada e, quando algum fala de uma forma fcil defazer comida e estocar ou lavar roupas, ela ir prestar ateno, pois tem o mesmo problema.Ento, quando voc fala algo que mostre o caminho (Soluo), a pessoa ir fazer sua escolhapara a busca de tal soluo.

    Repare que quando numa conversa voc fala dos seus filhos, o outro tambm acaba falando dosfilhos dele, quando voc fala do seu carro, o outro tende a falar do carro dele e assim por diante.

    Chamo isso de o mesmo principio, use o que voc tem, para que o outro lhe oferea o que eletem.

    E finalmente, como montar uma historia sob medida?

    No adianta dizer seja criativo! Voc pode ate ser criativo, saber muitas histrias, mas o queimporta mesmo QUE VOCE EST COMUNICANDO ALGO IMPORTANTE, que a metfora vaicarregar um elo entre o problema que a pessoa e alguma soluo para este.

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    Tenham em mente os seguintes passos:

    1. Ter uma meta o que eu desejo comunicar? Depresso tenha alegria ou descanse. Fobia Voc no mais incompetente. E assim por diante.

    2. Voce deve orientar para a soluo do problema Como alcanar a meta.

    3. Colocar palavras ressignificadas dentro do contexto da histria.

    4. Fazer uma ponte, conectando o problema soluo dentro da histria.

    5. Trabalhar para eliciar (Trazer para fora os recursos do paciente).

    6. Dar sugestes ps hipnticas por meio da histria.

    7. Voc pode usar histrias, parbolas, contos e poesias prontos ou at inventar algumahistria.

    Eu particularmente, gosto muito de um vdeo do Youtube, onde um ator cita um texto de

    Shakespeare O Menestrel. Uso para pessoas com baixo auto estima, depresso, tristezaprofunda, desnimo, descrdito nas pessoas e muito auto punitivas.

    Lembre-se! Sempre tero de conter a HISTRIA PROBLEMA do paciente, e os personagensdevero ter caractersticas marcantes do mesmo.

    Vamos praticar?

    Quero convid-los para em dupla, durante 45 minutos, ouvir seu colega e com ele fazer oseguinte trabalho:

    1. Ouvi-lo sobre algo que ele gostaria de tratar agora sob-hipnose e metaforicamente;Agora pea um intervalo de 15 minutos e crie uma histria metafrica para ele.

    2. Coloca-lo em transe hipntico ( Independente do grau alcanado )3. Conte sua histria metafrica, ressignifique seus problemas focados, embrulhe essa

    histria e d de presente para ele.

    4. Tire-o do transe vagarosamente, obedecendo ao item trmino e reorientao.5. Repita o processo com voc sendo o paciente.

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    Amparos Legais da Hipnose Clnica no Brasil

    Asregulamentaes da hipnose no Brasil por organismos de classe respeitados como, Conselhos

    Federais de Medicina, Psicologia e Odontologia, melhor conceituam, esclarecem,

    fundamentam e recomendam o usocientficodas tcnicas hipnoterpicas como alternativas

    teraputicas e coadjuvantes aos tratamentos convencionais, disponveis a profissionais qualificados

    do campo da sade humana.

    No existe uma legislao especfica sobre o uso da Hipnose no Brasil.

    Mdicos, dentistas e psiclogos so orientados pelos prprios Cdigos de tica sobre a

    utilizao da Hipnose para fins cientficos, de pesquisa, tratamento e cura.

    No Brasil o Conselho Federal de Odontologia foi o primeiro rgo representativo de uma

    categoria profissional a reconhecer a hipnose como ferramenta clnica (1993), seguido pelo

    Conselho Federal de Medicina (1999) e pelo Conselho Federal de Psicologia (2000).

    CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA

    RESOLUO CFO-185/93

    Aprova a Consolidao das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia e

    revoga a Resoluo CFO - 155/84

    O Presidente do Conselho Federal de Odontologia, cumprindo deliberao do Plenrio, no

    exerccio de suas atribuies legais,

    TTULO I DO EXERCCIO LEGAL

    CONSOLIDAO DAS NORMAS PARA PROCEDIMENTOS NOS CONSELHOS DE ODONTOLOGIA

    (Aprovada pela Resoluo CFO-185/93

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    TTULO I DO EXERCCIO LEGAL

    CAPTULO II

    Atividades Privativas do Cirurgio-Dentista

    Art. 4. O exerccio das atividades profissionais privativas do cirurgio-dentista s

    permitido com a observncia do disposto nas Leis 4.324, de 14.04.64 e 5.081, de 24.08.66, no

    Decreto n 68.704, de 03.06.71; e, nestas normas.

    1. Compete ao cirurgio-dentista:

    I - praticar todos os atos pertinentes Odontologia decorrentes de conhecimentos

    adquiridos em curso regular ou em cursos de ps-graduao;

    II - prescrever e aplicar especialidades farma-cuticas de uso interno e externo,

    indicadas em Odontologia;

    III - atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mrbidos e outros,

    inclusive para justificao de falta ao emprego;

    IV - proceder percia odontolegal em foro civil, criminal, trabalhista e em sedeadministrativa;

    V - aplicar anestesia local e troncular;

    VI - empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente habilitado,

    quando constiturem meios eficazes para o tratamento;

    VII - manter, anexo ao consultrio, laboratrio de prtese, aparelhagem e instalao

    adequadas para pesquisas e anlises clnicas, relacionadas com os casos especficos de sua

    especialidade, bem como aparelhos de Raios X, para diagnstico, e aparelhagem de

    fisioterapia;

    VIII - prescrever e aplicar medicao de ur-gncia no caso de acidentes graves que

    comprometam a vida e a sade do paciente;

    IX - utilizar, no exerccio da funo de perito-odontolgico, em casos de necropsia,

    as vias de acesso do pescoo e da cabea.

    2. O cirurgio-dentista poder operar pacientes submetidos a qualquer um dos

    meios de anestesia geral, desde que sejam atendidas as exigncias cautelares recomendadas

    para o seu emprego.

    3. O cirurgio-dentista somente poder executar trabalhos profissionais em

    pacientes sob anestesia geral quando a mesma for executada por profissional mdico

    especialista e em ambiente hospitalar que disponha das indispensveis condies comuns a

    ambientes cirrgicos.

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    4. Os direitos e os deveres do cirurgio-dentista, bem como o que lhe vedado

    encontram-se explicitados no Cdigo de tica Odontolgica.

    5. permitido o anncio de convnios mantidos entre clnica dentria e entidades,

    respeitadas as disposies do CEO.

    6. Podero constar de impressos, placas, ou anncios as seguintes formas de

    atendimentos:

    a) atendimento domiciliar; e,

    b) atendimento a pacientes especiais.

    7. permitido o uso dos termos "preveno" e "reabilitao" a todo cirurgio-

    dentista que desejar registrar e inscrever sua clnica, usando os mesmos nas respectivas

    denominaes.

    8. O cirurgio-dentista dever exigir o nmero de inscrio no Conselho Regional ao

    tcnico em prtese dentria nos documentos que lhe forem apresentados, sob pena de

    instaurao de Processo tico.

    9. Responder eticamente, perante o respectivo Conselho Regional, o cirurgio-

    dentista que, tendo tcnico em higiene dental e/ou atendente de consultrio dentrio sob sua

    superviso, permitir que os mesmos, sob qualquer forma, extrapolem suas funes

    especficas. 10. O cirurgio-dentista obrigado a manter informado o respectivo Conselho Regional

    quanto existncia, em seu consultrio particular ou em clnica sob sua responsabilidade, de

    profissional auxiliar.

    11. Da informao a que se refere o pargrafo anterior, devero constar o nome do auxiliar,

    a data de sua admisso, sua profisso e o nmero de sua inscrio no Conselho Regional.

    Dirio Oficial

    REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    Imprensa Nacional

    BRASLIA DF

    N 190 - DOU de 01/10/08 - pg. 105 - Seo 1

    Reconhece e regulamenta o uso pelo cirurgio-dentista de prticas integrativas e

    complementares sade bucal.

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    O Presidente do Conselho Federal de Odontologia, no uso de suas atribuies regimentais,

    cumprindo deliberao do Plenrio, em reunio realizada no dia 19 de setembro de 2008;

    Considerando o Relatrio Final do Frum sobre as Prticas Integrativas e Complementares

    Sade Bucal, realizado no Distrito Federal, no perodo de 05 a 06 de junho de 2008;

    Considerando o que dispe o artigo 6 , caput e incisos I e VI, da Lei n 5081, de 24 de

    agosto de 1966, que regula o exerccio da profisso odontolgica;

    Considerando o reconhecimento, pela Organizao Mundial de Sade, das prticas

    integrativas e complementares sade bucal;

    Considerando que o avano das polticas pblicas de incremento s prticas integrativas e

    complementares nas cincias da sade cria novas perspectivas de mercado de trabalho

    para o cirurgio-dentista;

    Considerando que o Cdigo de tica Odontolgica dispe que a Odontologia uma

    profisso que se exerce em benefcio da sade do ser humano e da coletividade sem

    discriminao de qualquer forma ou pretexto e que dever do cirurgio-dentista manter

    atualizados os conhecimentos profissionais tcnicos, cientficos e culturais necessrios ao

    pleno desempenho do exerccio profissional;

    Considerando que compete ao Conselho Federal de Odontologia supervisionar a tica

    profissional, zelando pelo bom conceito da profisso, pelo desempenho tico e pelo

    exerccio da Odontologia em todo o territrio nacional, resolve

    Art. 1. Reconhecer o exerccio pelo cirurgio-dentista das seguintes prticas integrativas e

    complementares sade bucal: Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Floral, Hipnose,

    Homeopatia e Laserterapia.

    Art. 2. Ser considerado habilitado pelos Conselhos Federal e Regionais de Odontologia,

    para as prticas definidas no artigo anterior, o cirurgio-dentista que atender ao dispostonesta Resoluo.

    Art. 3. Ao final de cada curso dever ser realizada uma avaliao terico-prtica.

    Art. 4. De posse do certificado, o profissional poder requerer seu registro no Conselho

    Federal de Odontologia e inscrio no Conselho Regional de Odontologia onde possui

    inscrio principal.

    Art. 5. Os certificados de curso expedidos anteriormente a esta Resoluo, por instituio

    de ensino superior ou entidade registrada no Conselho Federal de Odontologia ou

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    estrangeira de comprovada idoneidade, daro direito habilitao, desde que o curso

    atenda ao disposto nesta Resoluo.

    Art. 6. Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua publicao na Imprensa Oficial,

    revogadas as disposies em contrrio.

    MIGUEL LVARO SANTIAGO NOBRE

    CAPTULO IV - DA HIPNOSE

    Art. 19. A Hipnose uma prtica dotada de mtodos e tcnicas que propiciam aumento daeficcia teraputica em todas as especialidades da Odontologia, no necessita de recursos

    adicionais como medicamentos ou instrumentos e pode ser empregada no ambiente

    clnico. Respeitando o limite de atuao do campo profissional do cirurgio-dentista.

    Art. 20. So atribuies do Hipnlogo em Odontologia:

    I - tratar e/ou controlar as ansiedades, os medos e as fobias relacionadas aos

    procedimentos odontolgicos e/ou condies psicossomticas relacionadas Odontologia;

    II - condicionar o paciente para a adoo de hbitos de higiene, adaptao ao tratamento,

    ao uso de medicamentos, reeducao alimentar, aos hbitos para funcionais, dentreoutros;

    III - tratar e controlar distrbios neuromusculares e intervir sobre reflexos autonmicos;

    IV - preparar pacientes para cirurgias, contribuindo para a melhora do quadro do paciente;

    V - preparar pacientes para serem atendidos por outros profissionais;

    VI - atuar na adaptao e motivao direcionada ao tratamento odontolgico;

    VII - utilizar anestesia hipntica em casos pertinentes; e,

    VIII - utilizar a Hipnose em outros processos/situaes relacionados ao campo de atuao

    do cirurgio-dentista.

    Art. 21. O cirurgio-dentista, que na data da publicao desta Resoluo, comprovar vir

    utilizando Hipnose, h cinco anos dentro dos ltimos dez anos, poder requerer

    habilitao, juntando a documentao para a devida anlise pelo Conselho Federal de

    Odontologia.

    Art. 22. Tambm poder ser habilitado o cirurgio-dentista aprovado em concurso que

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    dever abranger provas de ttulos, escrita e prtica-oral, perante Comisso Examinadora a

    ser designada pelo Conselho Federal de Odontologia.

    Pargrafo nico. Para se habilitar ao disposto nos artigos 21 e 22, o interessado dever

    apresentar requerimento ao Conselho Regional onde tenha inscrio principal at 180

    (cento e oitenta) dias aps a publicao desta Resoluo, acompanhado da documentao

    pertinente.

    Art. 23. Tambm ser habilitado o cirurgio-dentista que apresentar certificado de curso

    portariado pelo Conselho Federal de Odontologia, que atenda s seguintes disposies:

    I - que o certificado seja emitido por:

    a) instituies de ensino superior;

    b) entidades especialmente credenciadas junto ao MEC e/ou CFO; e,

    c) entidades de classe, sociedades e entidades de Hipnose, devidamente registrada no CFO.

    II - Que a carga horria mnima do curso seja de 180 horas entre terica e prtica;

    III - que o curso seja coordenado por cirurgio-dentista habilitado em Hipnose peloConselho Federal de Odontologia; e,

    IV - que o corpo docente seja composto por cirurgies dentistas habilitados na prtica de

    Hipnose e profissionais da rea da sade com comprovado conhecimento tcnico-

    cientfico.

    Art. 24. Do contedo programtico mnimo, devero constar conhecimentos que atendam

    aos seguintes tpicos:

    a) conceitos e histrico da Hipnose;

    b) tica no atendimento a pacientes;

    c) conhecimento das teorias dos mecanismos de ao da Hipnose;

    d) conhecimento da neurofisiologia;

    e) princpios do funcionamento do aparelho psquico;

    f) principais quadros psicopatolgicos;

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    g) principais linhas teraputicas;

    h) conhecimento do desenvolvimento psicossexual da criana e do adolescente aspecto

    personalidade do adulto e noes da dinmica de famlia;

    i) aspectos da relao profissional-paciente;

    j) aspectos da primeira consulta odontolgica visando a utilizao da Hipnose;

    l) linguagem hipntica - comunicao indireta;

    m) caractersticas e fenmenos do estado hipntico;

    n) tcnicas de induo hipntica;

    o) tcnicas de induo deauto-hipnose; e,

    p) empregos da Hipnose na clnica odontolgica.

    CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA

    REGULAMENTAO DA HIPNOSE EM PSICOLOGIARESOLUO CFP N 013/00

    DE 20 DE DEZEMBRO DE 2000

    Aprova e regulamenta o uso da Hipnose como recurso auxiliar de trabalho do Psiclogo.

    O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuies legais e regimentais, que lhe so

    conferidas pela Lei n 5.766, de 20 de dezembro de 1971 e;

    CONSIDERANDO o valor histrico da utilizao da Hipnose como tcnica de recurso auxiliar no

    trabalho do psiclogo e;

    CONSIDERANDO as possibilidades tcnicas do ponto de vista teraputico como recurso

    coadjuvante e;

    CONSIDERANDO o avano da Hipnose, a exemplo da Escola Ericksoniana no campo psicolgico, de

    aplicao prtica e de valor cientfico e;

    CONSIDERANDO que a Hipnose reconhecida na rea de sade, como um recurso tcnico capaz de

    contribuir nas resolues de problemas fsicos e psicolgicos e;

    CONSIDERANDO ser a Hipnose reconhecida pela Comunidade Cientfica Internacional e Nacional

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    como campo de formao e prtica de psiclogos,

    RESOLVE:

    Art. 1 O uso da Hipnose inclui-se como recurso auxiliar de trabalho do psiclogo, quando se

    fizer necessrio, dentro dos padres ticos, garantidos a segurana e o bem estar da pessoa

    atendida;

    Art. 2 O psiclogo poder recorrer a Hipnose, dentro do seu campo de atuao, desde que

    possa comprovar capacitao adequada, de acordo com o disposto na alnea "a" do artigo 1 do

    Cdigo de tica Profissional do Psiclogo.

    Art. 3 vedado ao psiclogo a utilizao da Hipnose como instrumento de mera demonstrao

    futil ou de carter sensacionalista ou que crie situaes constrangedoras s pessoas que esto se

    submetendo ao processo hipntico.

    Art. 6 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 7 Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia (DF), 20 de dezembro de 2000.

    ANA MERCS BAHIA BOCK

    Conselheira-Presidente

    Conselho Federal de

    Medicina

    REGULAMENTAO DA HIPNOSE EM MEDICINA

    Parecer CFM n 42/1999

    PROCESSO-CONSULTA

    CFM N 2.172/97 PC/CFM/N42/1999

    ASSUNTO: Hipnose mdica

    INTERESSADO: Plenrio do Conselho Federal de Medicina

    RELATOR: Cons. Paulo Eduardo Behrens Cons. Nei Moreira da Silva

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    EMENTA: A hipnose reconhecida como valiosa prtica mdica, subsidiria de diagnstico ou

    de tratamento, devendo ser exercida por profissionais devidamente qualificados e sob

    rigorosos critrios ticos. O termo genrico adotado por este Conselho o de hipniatria.

    PARTE EXPOSITIVA

    Ao analisarmos consulta feita a este Plenrio sobre a utilizao de termos como hipniatria ou

    hipnoanlise, impressos em receiturios mdicos, fizemos consideraes acerca da prtica da

    hipnose como valioso elemento auxiliar em diversos tratamentos. A deciso deste Plenrio foia de apresentar um novo parecer que pudesse subsidiar os conselheiros na anlise da

    pertinncia desta prtica, no rol das atividades mdicas. Desta forma, foi constituda uma

    comisso para estudar o assunto, composta pelos conselheiros Nei Moreira da Silva e Paulo

    Eduardo Behrens, que, aps diversas reunies com mdicos praticantes e interessados na

    hipnose e juntada de farto material, passam a apresentar, apreciao do Plenrio, o presente

    parecer.

    PARECER

    A hipnose

    Histrico (extrado de trabalho do dr. Mozart Smyth Junior) Com uma grande variedade de

    nomes, a hipnose utilizada por milnios como uma forma de atuar no comportamento

    humano. Os antigos egpcios (2.000 ac) j utilizavam empiricamente encantamentos,

    amuletos, imposio das mos, sem se darem conta da imaginao e sugesto envolvidas

    nesses procedimentos.

    Anton Mesmer (1734-1815) desenvolveu a tese do "magnetismo animal" e de que o

    realinhamento das foras gravitacionais poderia restaurar a sade. Seus discpulos

    entenderam que o processo essencial envolvido era a "sugesto", algo desenvolvido peloprprio indivduo.

    James Braid (1784-1860) criou o termo hipnose, derivado do grego (hypnos = sono) James

    Esdaile (1808-1899) realizou vrias intervenes cirrgicas usando somente a hipnose para

    produzir efeito anestsico.

    Jean Martin Charcot (1825-1893) notabilizou-se pelas curas hipnticas da histeria, o que

    levou ao incio do estudo cientfico da hipnose.

    Em 1885, Josef Breuer publicou, juntamente com Freud, o famoso caso Anna O. como

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    "Estudo sobre a histeria". A partir da, Freud iniciou a prtica da hipnose, sendo, poca,

    largamente utilizada na Europa.

    O interesse pela hipnose teve seu recrudescimento durante a Primeira e Segunda Guerras

    Mundiais como forma de tratamento das neuroses traumticas de guerra".

    A Sociedade de Hipnose Mdica de So Paulo, na expectativa de homogeneizar a

    terminologia adotada pelas diversas correntes, definiu a seguinte nomenclatura:

    HIPNOSE - Estado de estreitamento de conscincia provocado artificialmente, parecido com

    o sono, mas que dele se distingue fisiologicamente pelo aparecimento de uma srie defenmenos espontneos ou decorrentes de estmulos verbais ou de outra natureza.

    HIPNOLOGIA - Estudo da natureza da hipnose e investigao cientfica de seus fenmenos e

    repercusses

    HIPNOTERAPIA - Terapia feita atravs da hipnose

    HIPNOTISTA - Profissional que pratica a hipnose

    HIPNIATRIA - Procedimento ou ato mdico que utiliza a hipnose como parte predominante

    do conjunto teraputico

    DEHIPNOTIZAR - Ato de retirar o paciente do transe hipntico A referida Sociedade observa

    que o termo mais adequado para o tratamento mdico feito atravs da hipnose pura ou

    combinada com frmacos a hipniatria, solicitando, deste Conselho, a ua oficializao. Este

    termo foi criado em 1968 pelos professores Miguel Calille Junior e Antnio Carlos de Moraes

    Passos, sendo unanimemente considerado por todas as escolas de hipnose no Brasil.

    Esta nomenclatura deveu-se demanda do Departamento de Hipnologia, numa analogia com

    algumas especialidades mdicas (Pediatria, Psiquiatria, Foniatria, Fisiatria, etc. ), onde o sufixo

    latino "iatria", significa cura. .........

    Aspectos cientficos

    Um breve sumrio da utilizao da Hipnose Mdica, pode ser apresentado nos seguintes

    grupos:

    a. Como uma tcnica que promove sade e exerccios profilticos em indivduos sujeitos a

    estresse;

    b. Como um mtodo atravs do qual o indivduo pode controlar funes autonmicas e, deste

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    modo, superar sintomas desagradveis ou perturbaes autnomas;

    c. Como um tratamento para uma ampla variedade de condies psicossomticas;

    d. Como um subsidirio na psicoterapia, liberando memria reprimida e sensaes,

    especialmente produzindo catarse em pacientes que sofrem de sintomas histricos;

    e. Como um mtodo que alivia dor e induz anestesia.

    Um outro agrupamento das aplicaes da hipnose foi sugerido pelo dr. Antnio Carlos de

    Moraes Passos, da Escola Paulista de Medicina e fundador da Sociedade de Hipnose Mdica de

    So Paulo:A hipnose tem sido usada:

    a. Para o alvio da dor, produzindo anestesia ou analgesia;

    b. Nos diferentes setores da clnica e cirurgia, notadamente em obstetrcia;

    c. Como tranqilizao para o alvio dos estados de ansiedade a apreenso, qualquer que seja

    a sua causa;

    d. Em qualquer condio na qual a psicoterapia possa ser til;

    e. No controle de alguns hbitos (ex.: tabagismo);

    f. Experimentalmente em qualquer pesquisa, no campo psicolgico e/ou neurofisiolgico, e

    outros.

    Paralelamente, o mesmo autor indica onde a hipnose no deve ser usada:

    a. Na remoo de sintomas, sem primeiro se saber a que finalidade servem;

    b. Em qualquer condio onde o estado emocional do paciente no foi determinado;

    c. Sem objetivo definido, apenas para satisfazer insistentes pedidos do paciente;

    d. Para abolir determinadas sensaes, a fadiga por exemplo, o que pode levar o paciente a ir

    alm dos limites de sua capacidade fsica;

    e. Em psicticos, a hipnose s pode ser usada por um psiquiatra experiente, tendo em conta

    que no constitui um boa indicao e pode at ser contra-indicada como na esquizofrenia, em

    que pesem opinies contrrias de AA, como Wolberg, Gordon, Worpell, entre outros.

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    Praticada essencialmente por mdicos, odontlogos e psiclogos a hipnose tem sua principais

    indicaes em: distrbios, disfunes sexuais, cncer, cardiologia, gastrenterologia,

    dependncia de drogas entre inmeras outras aplicaes.

    CONCLUSO

    A hipnose , ento, uma forma de diagnose e terapia que deve ser executada to somente por

    profissionais devidamente qualificados. Como terapia, pode ser executada por mdicos,

    odontlogos e psiclogos, em suas estritas reas de atuao. A hipnose praticada pelo mdico,

    com fins clnicos, deve cercar-se de todos os aspectos legais e ticos da profisso.

    , por isso, essencial que haja a especificao dos objetivos a serem perseguidos, atravs da

    informao aos pacientes, familiares ou responsvel legal. Portanto, sendo reservada a estes

    profissionais, e at por encerrar complicaes e conter contra-indicaes, sua utilizao por

    pessoas leigas configura-se como curandeirismo, ilcito jurdico definido no Cdigo Penal, em

    seu artigo 282, in verbis "Exercer curandeirismo:

    I - Prescrevendo, ministrando ou aplicando habitualmente qualquer substncia;

    II - Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;

    III - Fazendo diagnsticos.

    Pena, deteno de seis meses a d