apostila libras basico

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 1  NÍVEL BÁSICO APRENDENDO LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS COMO SEGUNDA LÍNGUA

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Apostila de LIBRAS(Lingua de Sinais Brasileira). Handout featuring the Brazilian Sign Language.

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  • 1

    Centro Federal de Educao Tecnolgica de Santa Catarina

    Unidade So Jos Coordenadoria de Cultura Geral

    Ncleo de Estudos e Pesquisas em Educao de Surdos

    NVEL BSICO

    APRENDENDO LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS COMO SEGUNDA LNGUA

  • 2

    REALIZAO

    Luiz Incio Lula da Silva Presidente da Repblica

    Fernando Haddad Ministro da Educao

    Eliezer Pacheco Secretrio da Educao Profissional e Tecnolgica

    SETEC-MEC

    CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DE SANTA CATARINA CEFET/SC

    Consuelo Aparecida Sielski Santos Diretora Geral

    Regina Rogrio Vice-Diretora Geral

    Nilva Schroeder Diretora de Ensino

    Rosangela Mauzer Casarotto Diretora de Administrao e Planejamento

    Marcelo Carlos da Silva Diretor de Relaes Externas

    Maria Clara Schneider Diretora de Ps-Graduao e Pesquisa

    Wilson Zapellini Diretor de Gesto do Conhecimento

    CEFET/SC UNIDADE SO JOS

    Jorge Pereira Diretor da Unidade So Jos

    Maria Lcia de Souza Cidade Coordenadora de Cultura Geral

    NCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAO DE SURDOS - NEPES

    Vilmar Silva Coordenador do NEPES

    Kelly Machado Pinho da Rosa e Simone Gonalves Lima da Silva Arte Final

    Srgio Barbosa Jnior Ilustraes Originais

    Mara Lcia Masutti Reviso gramatical

  • 3

    SANTA CATARINA, 2007

    CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DE SANTA CATARINA CEFET/SC

    NCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAO DE SURDOS NEPES

    CADERNO PEDAGGICO I CURSO DE LIBRAS

    Fbio Irineu da Silva Flaviane Reis

    Paulo Roberto Gauto Simone Gonalves de Lima da Silva

    Uslei Paterno

    APRENDENDO LIBRAS COMO SEGUNDA LNGUA

    NVEL BSICO

  • 4

    APRESENTAO

    O curso de Libras desenvolvido pelo Ncleo de Estudos e Pesquisas

    em Educao de Surdos NEPES do Centro Federal de Educao Tecnolgica

    de Santa Catarina CEFET/SC pretende ser um meio difusor da Lngua e da

    cultura do povo surdo. Almejamos oferecer um suporte intelectual para quem

    desejar conhecer e se aprofundar no idioma dos surdos brasileiros, ou seja, na

    Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS.

    O NEPES vem realizando estudos e pesquisas em Educao de Surdos

    desde 1994, experincia que envolve tanto aspectos polticos, culturais e

    pedaggicos como as metodologias de ensino nos diversos nveis de

    escolarizao. Hoje, o NEPES mantm um curso de Ps-graduao lato sensu em

    Educao de Surdos, um curso de Ensino de Jovens e Adultos surdos EJA

    Bilnge, tendo formado em setembro de 2006 uma turma de Ensino Mdio

    Bilnge. Alm dos diversos cursos profissionalizantes e bsico de Libras para

    alunos, funcionrios, docentes e famlias de surdos. Para saber mais sobre o

    trabalho do NEPES visite www.sj.cefetsc.edu.br/~nepes.

    A Lngua Brasileira de Sinais uma lngua que tem ganhado espao na

    sociedade por conta dos movimentos surdos em prol de seus direitos, uma

    luta de muitos anos que caracteriza o povo surdo como um povo com cultura e

    lngua prpria que sofre a opresso da sociedade majoritria impondo um

    padro de cidado sem levar em conta as especificidades de cada um destes

    cidados. Sendo assim, atravs de anos de luta o povo surdo conquistou o

    direito1 de usar uma lngua que possibilitasse no s a comunicao, mas

    tambm sua efetiva participao na sociedade.

    No entanto, para que esta participao seja efetiva preciso difundir a

    lngua, a cultura e a concepo de mundo dos surdos. E para isso o Ncleo de

    Estudos e Pesquisas em Educao de Surdos NEPES elaborou este material

    1 Lei Federal n. 10.436/2002 (LEI ORDINRIA) 24/04/2002 que Dispe sobre a Lngua Brasileira de Sinais - Libras e d outras providncias. Decreto n. 5.626/2005 regulamenta a lei n 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispe sobre a lngua brasileira de sinais - libras, e o art. 18 da lei n 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

  • 5

    com contedos fundamentais para aprendizagem deste segundo idioma. O

    material se constitui em etapas de aprendizagem, informaes interessantes

    com o tema Voc sabia...?, atividades, dinmicas e curiosidades alm de

    dados histricos que marcaram o incio da lngua de sinais no Brasil e no

    mundo.

    Esperamos despertar em voc o desejo de conhecer, a vontade de

    aprender e a capacidade compreender um novo idioma, a Lngua Brasileira de

    Sinais.

    Os autores

  • 6

    SUMRIO

    Etapa I - Introduo ao aprendizado da Lngua Brasileira de Sinais Libras.............. 8

    ESTUDO DA LNGUA 1 - O que voc precisa saber antes comear?.............................. 9

    O que Libras?........................................................................................................................... 9

    Quem so os Surdos e quem so os Ouvintes?..................................................................... 12

    Culturas e Identidades em questo......................................................................................... 13

    Sistema de transcrio em Libras............................................................................................ 15

    Principal Caracterstica das Lnguas de Sinais..................................................................... 16

    Veja no DVD Incio de Conversa....................................................................................... 17

    ESTUDO DA LNGUA 2 Apresentao Pessoal: Oi, seu sinal?............................. 18

    Atividade 1 - Alfabeto Manual Quem Quem?..................... 21

    Veja no DVD MEU SINAL.................. 22

    Pronomes Pessoais e Possessivos............................................................................................ 23

    Sinais em foco: Formas de cumprimento / Identificao..................................................... 24

    Verbos em Libras 1: LEMBRAR / ESQUECER.................. 25

    Veja no DVD BATE-PAPO EM LIBRAS - 1....................................................................... 25

    Curiosidades Primeira Publicao do Alfabeto Manual............... 26

    ESTUDO DA LNGUA 3 Expresses Faciais na Libras................................................... 27

    Atividade 2 Qual a expresso?.............................. 30

    Atividade 3 no DVD Reconhecendo as Expresses Faciais................................................ 31

    Sinalizando: Quem? / De Quem ? / Quem ?..................................................................... 31

    Veja no DVD Quem? / De Quem ? / Quem ?............................................... 31

    Sinais em foco: Pessoas, objetos e animais............................................................................. 32

    Voc sabia...? Escrita de Sinais Sign Writing............... 33

    ESTUDO DA LNGUA 4 Que dia hoje?.......................................................................... 35

    Advrbios de Tempo e Freqncia / Calendrio................................................................... 35

    Atividade 4 Responda rpido............................................................................................... 39

    Veja no DVD Dia de Prova............................................. 39

    Curiosidades A primeira Escola para Surdos no Brasil.................................................... 40

    ESTUDO DA LNGUA 5 Nmeros em Libras.................................................................. 41

    Atividade 5 Responda rpido............... 42

    Veja no DVD Tipos de Numerao em Libras....................................................................... 42

    Sinais em foco: Localidades / Tecnologias / Caro / Barato................................................... 43

  • 7

    Verbos em Libras 3: COMPRAR / VENDER / PAGAR / TROCAR.................................... 44

    Veja no DVD BATE-PAPO EM LIBRAS 2...................................................................... 44

    Voc sabia...? Soletrao Rtmica + Atividade 6 no DVD.......................... 45

    REVISO DA ETAPA I........................................................................................................... 46

    Etapa II Produo e Compreenso de Sinais................ 47

    ESTUDO DA LNGUA 6 Na hora certa!............................................................................ 48

    Atividade 7 no DVD Horas em contexto................................................................................ 49

    Conversando em Libras Dilogo.......................................................................................... 50

    Curiosidades As Associaes de Surdos no Brasil ......................................................... 51

    ESTUDO DA LNGUA 7 Espao de Sinalizao.............................. 52

    Igual ou Diferente?.................................................................................................................... 52

    Atividade 8 Comparando Igual ou Diferente................. 53

    VEJA NO DVD Vocabulrio Cores e Vesturio + Atividade 9 Certo ou Errado?............. 53

    Curiosidades O Intrprete de Libras....................... 54

    ESTUDO DA LNGUA 8 Classificadores de formas........................................................ 56

    Atividade 10 Sinalizando classificadores............................................................................ 58

    Voc sabia...? Lngua de Sinais no Mmica!!.............. 59

    REVISO DA ETAPA II......................................................................................................... 60

    Etapa III Vocabulrio Bsico de Libras............. 61

    ESTUDO DA LNGUA 9 Exercitando Sinais.................................................................... 62

    Conversando no Banco............................. 63

    Conversando no Consultrio Mdico..................................................................................... 64

    Conversando na Empresa......................................................................................................... 65

    Pedindo Informao.................................................................................................................. 66

    Curiosidades As Lnguas de Sinais do Mundo.............................................................. 67

    Finalizando AT O PRXIMO CURSO.......................................................................... 68

    REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................................................ 69

  • 8

    Objetivo Apresentar algumas das caractersticas fundamentais da Lngua

    Brasileira de Sinais para iniciao ao seu aprendizado e ao contato com pessoas Surdas.

  • 9

    ESTUDO DA LNGUA 1 O que voc precisa saber antes de comear?

    O QUE LIBRAS? Lngua Brasileira de Sinais

    A Federao Nacional de Educao e Integrao de Surdos FENEIS

    define a Lngua Brasileira de Sinais Libras como a lngua materna2 dos

    surdos brasileiros e, como tal, poder ser aprendida por qualquer pessoa

    interessada pela comunicao com esta comunidade. Como lngua, est

    composta de todos os componentes pertinentes s lnguas orais, como

    gramtica, semntica, pragmtica, sintaxe e outros elementos preenchendo,

    assim, os requisitos cientficos para ser considerado instrumento lingstico de

    poder e fora. Possui todos elementos classificatrios identificveis numa lngua

    e demanda prtica para seu aprendizado, como qualquer outra lngua. (...)

    uma lngua viva e autnoma, reconhecida pela lingstica.

    Segundo Snchez (1990:17) a comunicao humana essencialmente diferente

    e superior a toda outra forma de comunicao conhecida. Todos os seres

    humanos nascem com os mecanismos da linguagem especficos da espcie, e

    todos os desenvolvem normalmente, independentes de qualquer fator racial,

    social ou cultural. Uma demonstrao desta afirmao se evidencia nas lnguas

    oral-auditiva (usadas pelos ouvintes) e nas lnguas viso-espacial (usadas pelos

    surdos). As duas modalidades de lnguas so sistemas abstratos com regras

    gramaticais. Entretanto, da mesma forma que as lnguas orais-auditivas no so

    iguais, variando de lugar para lugar, de comunidade para comunidade a lngua

    2 Lngua materna se refere aos surdos que nascem em famlias de surdos, onde a lngua comum a Libras. J para surdos que nascem em famlias ouvintes onde no h comunicao em Libras entendemos como Lngua natural.

  • 10

    de sinais tambm varia. Dito de outra forma: existe a lngua de sinais americana,

    inglesa, francesa e varias outras lnguas de sinais em vrios pases, bem como a brasileira.

    A estrutura da Lngua Brasileira de Sinais constituda de parmetros

    primrios e secundrios que se combinam de forma seqencial ou

    simultnea. Segundo Brito (1995, p. 36 41) os parmetros primrios so:

    a) Configuraes das mos, em que as mos tomam as diversas formas na realizao de sinais. De acordo com a autora, so 46 configuraes de mos

    na Lngua Brasileira de Sinais;

    b) Ponto de articulao, que o espao em frente ao corpo ou uma regio do prprio corpo, onde os sinais so articulados. Esses sinais articulados no

    espao so de dois tipos, os que articulam no espao neutro diante do corpo

    e os que se aproximam de uma determinada regio do corpo, como a cabea,

    a cintura e os ombros; (BRITO, 1995).

    c) Movimento, que um parmetro complexo que pode envolver uma vasta rede de formas e direes, desde os movimentos internos da mo, os

    movimentos do pulso, os movimentos direcionais no espao at conjuntos

    de movimentos no mesmo sinal. O movimento que as mos descrevem no

    espao ou sobre o corpo pode ser em linhas retas, curvas, sinuosas ou

    circulares em vrias direes e posies. (BRITO, 1995)

    Quanto aos parmetros secundrios tem-se:

  • 11

    a) Disposio das mos, em que as articulaes dos sinais podem ser feitas apenas pela mo dominante ou pelas duas mos. Neste ltimo caso, as duas

    mos podem se movimentar para formar o sinal, ou ento, apenas a mo

    dominante se movimenta e a outra funciona como um ponto de articulao;

    (BRITO, 1995)

    b) Orientao da palma das mos, a direo da palma da mo durante o sinal: voltada para cima, para baixo, para o corpo, para frente, para a

    esquerda ou para a direita. Pode haver mudana na orientao durante a

    execuo do movimento; (BRITO, 1995)

    c) Regio de contato, refere-se parte da mo que entra em contato com o corpo. Esse contato pode-se dar de maneiras diferentes: atravs de um

    toque, de um risco, de um deslizamento etc. (BRITO, 1995)

    d) Expresses faciais muitos sinais, alm dos parmetros mencionados acima, tm como elemento diferenciador tambm a expresso facial e/ou

    corporal, traduzindo sentimentos e dando mais sentido ao enunciado e em

    muitos casos determina o significado do sinal (SILVA, p. 55, 2002). Ou seja,

    podem expressar as diferenas entre sentenas afirmativas, interrogativas,

    exclamativas e negativas.

  • 12

    Quem so os Surdos e Quem so os Ouvintes?

    Antes de comearmos nossa caminhada para o aprendizado da Lngua

    Brasileira de Sinais importantssimo que voc compreenda que esta lngua

    no a lngua de um pas mas, a lngua de um povo que se auto-denomina de

    Povo Surdo3. Os surdos deste povo so pessoas que se reconhecem pela tica

    cultural e no medicalizada, possuem uma organizao poltica de vida em

    funo de suas habilidades, neste caso a principal a habilidade visual, o que

    gera hbitos tambm visuais e uma lngua tambm visual.

    No entanto, a palavra surdo possui vrios sentidos. O mais usado

    aquele ligado idia de doena, de falta, de incapacidade, de deficincia. Nem

    todos os surdos se identificam como surdos, h aqueles que ouvem pouco e/ou

    usam a oralidade indentificando-se como deficintes auditivos, outros com o

    mesmo histrico preferem indentificar-se como surdo, logo no se tem uma

    definio exata do termo.

    Neste curso quando nos referimos aos surdos, estamos ns referindo

    queles que utilizam a Libras assim como voc utiliza a Lngua Portuguesa.

    O surdos para identificar aqueles que no so surdos costumam

    perguntar: _ Voc ouvinte?, assim o termo ouvinte uma forma de reconher o

    no-surdo.

    Talvez no tenha ficado claro o suficiente quem so os surdos e quem so

    os ouvintes, mas com certeza gradativamente com o decorrer do curso voc

    compreender o significado tais termos.

    3 Uma Pesquisadora Surda da Universidade Federal de Santa Catarina, Flaviane Reis, explica a expresso Povo Surdo como uma estratgia de poder, de identidade. O que constitui este povo? As associaes, organizaes locais, nacionais e mundiais de surdos, as lutas, a cultura, as polticas. uma representao simblica no como uma simples comunidade a quem podem impor regras, mas como uma estrutura forte que se defende, impe suas prprias regras, seus prprios princpios. (REIS, p. 19, 2006).

  • 13

    Culturas e Identidades em Questo

    Quando falamos sobre cultura muitas coisas podem vir a nossa mente,

    h diferentes culturas e diferentes modos de conceituar cultura, depende do

    espao onde ela discutida. Aqui, neste espao lingstico, usamos o termo

    cultura para expressar jeitos de ser e estar no mundo, e ressaltaremos a todo

    momento os jeitos de ser e estar no mundo do povo surdo, ou seja, a Cultura

    Surda.

    Sobre Cultura Surda podemos dizer com as palavras de S (p.01, 2006)4

    que Cultura, neste texto, definida como um campo de foras subjetivas que

    d sentido(s) ao grupo. No sculo XXI, mais do que nunca, tem-se dado

    extremo valor esttica do corpo e da linguagem, mesmo que ocultamente tem-

    se mantido o paradigma da alta e da baixa cultura. O discurso que ecoa que

    surdos so pessoas deficientes, que precisam entrar na linha da normalizao,

    precisam urgentemente ser iguais a maioria, precisam falar, ver, ouvir, andar

    fazer parte de uma cultura dita padro para ento serem considerados includos

    na sociedade.

    O embate acontece exatamente porque existe um campo de foras subjetivas

    que d sentido(s) ao grupo, ou seja, existe a Cultura Surda e a lngua de sinais a

    marca subjetiva que d sentido(s) a esta cultura.

    Os surdos so organizados social e politicamente, possuem um estilo de

    viver que prprio de quem usa a viso como meio principal de obter

    conhecimento. A cultura surda tambm hbrida e mestia, pois no se

    encontra isolada no mundo, est sempre em contato direto com outras culturas

    e evolui da mesma forma que o pensamento humano. H narrativas

    normalizantes que pem os surdos como pessoas sub-culturais relatando que:

    Acho que os surdos no tm uma cultura prpria, tm apenas algumas adequaes. (...) Os surdos interagem com outros surdos, porque eles se

    4 S, Ndia Limeira de. Existe uma cultura surda? Artigo disponvel em

    http://www.eusurdo.ufba.br/arquivos/cultura_surda.doc. Acessado em 28/03/2007.

  • 14

    entendem na sua linguagem, e se afastam dos ouvintes pela falta de compreenso, dando a iluso de ter uma cultura prpria5.

    A contradio acontece nas narrativas surdas, elas revelam que pessoas

    surdas no vivem de adaptao ou reabilitao, vivem em evoluo, criam

    meios de ser e de estar no mundo, como qualquer ser humano faz. Possuem a

    necessidade de estar em permanente contato com outros surdos, no porque os

    ouvintes no os compreendem, mas pela fora da identificao cultural, pela

    fora da subjetividade que os atrai como um im da mesma forma que acontece

    com outros grupos sociais.

    Para compreender por que existe uma cultura surda fundamental

    entrar em contato com esta cultura deixando de lado pr-conceitos que se

    costuma fazer antes de conhecer, seja aberto ao novo e torne-se um ser plural.

    5 S, Ndia Limeira. A produo de significados sobre a surdez e sobre os surdos: prticas discursivas em educao. Porto Alegre: UFRGS/FACED/PPGEDU, 2001. (Tese de Doutorado). Tais enunciados fazem parte da pesquisa que realizada pela citada autora com professores de surdos.

  • 15

    Sistema de Transcrio em Libras

    J sabemos que a Libras uma lngua viso-espacial, logo o melhor meio de

    reproduzi-la tem sido pelo registro de imagem (vdeo), a escrita da lngua de

    sinais est ainda em fase de pesquisas e aceitao, no decorrer do curso voc

    saber mais sobre esta escrita. Sendo assim, para transcrever a libras

    utilizaremos um sistema de transcrio, que tambm usado por

    pesquisadores, baseado numa forma de Glosa6 com palavras da lingua

    portuguesa para representar aproximadamente enunciados da Libras.

    Aqui optamos apenas por algumas das convenes apresentadas por

    Felipe (2001), para maiores informaes consulte a bibliografia:

    1) Os sinais em Libras sero representados por uma glosa (sistema de anotao)

    da Lingua Portugeuesa em letras maisculas.

    Exemplos: TRABALHAR, QUERER, NO-TER

    2) A datilologia (alfabeto manual) que usada para expressar nome de pessoas,

    de localidades e outras palvras que no possuem um sinal, est representada

    pela palavra separada, letra por letra, por hfen.

    Exemplos: HOTEL I-T-A-G-U-A--U

    3) Na Libras no desinencias para gnero(maculino e feminino). O sinal,

    representado por palvra da lngua portuguesa que possui marcas de gnero,

    est terminado com o smbolo @ para reforar a idia de ausncia e no haver

    confuso.

    Exemplos: EL@ (ela, ele), AMIG@S (amigos ou amigas)

    Obs.: Neste primeiro curso os enunciados em libras sempre viro acompanhados da traduo em lngua portuguesa.

    6 O termo Glosa neste contexto entendido como uma palavra que traduz aproximadamente o significado de outra.

  • 16

    Principal Caractersticas das Lnguas de Sinais

    O que voc v?

    Fonte: http://ervilhas.weblog.com.pt/arquivo/cat_crafts.html

    VISUALIDADE A ateno do olhar

    Obviamente a ateno do olhar imprescindvel para comunicao com

    pessoas Surdas j que a lngua de sinais principalmente visual se voc no

    olhar no entender o que esto dizendo. Ento mesmo que voc no saiba

    nada sobre a lngua de sinais o olhar continua sendo o ponto principal de

    comunicao, poucas pessoas sabem como se comunicar com pessoas surdas, a

    grande maioria fala por trs ou de costas no mostrando sua expresso facial e

    com movimentos limitados do corpo.

    Ento o primeiro passo para a comunicao com pessoas surdas

    demonstrar pela expresso facial, pela fala pausada (sem exageros), pelo

  • 17

    apontar e pela comunicao escrita o que se quer informar. importante voc

    saber tambm que nem todos os surdos fazem leitura labial assim como nem

    todos utilizam a lngua de sinais para comunicao, cada um tem suas

    especificidades.

    Observe a figura abaixo e note ngulo do olhar quando se utiliza a Libras

    ou se pretende comunicar com pessoas surdas.

    Se voc j assistiu o DVD j estar ciente de como se comunicar, por

    alguns instantes, com uma pessoa que utiliza o idioma Libras mesmo sem sab-

    lo.

    A visualidade implica tambm no momento da criao de sinais para

    representar objetos e pessoas, assim como o som implica no momento de criar

    novas palavras. claro que h ainda o processo de significao que se encontra

    embutido na historia do que se quer representar, mas isto uma longa

    trajetria.

    Agora vamos saber como a identificao pessoal em Libras.

    VEJA NO DVD Incio de Conversa

  • 18

    ESTUDO DA LNGUA 2 Apresentao Pessoal: _ Oi! Seu sinal?

    Comumente quando conhecemos algum lhes perguntamos logo o

    nome, como se chama, para que todas as vezes que quisermos nos referir quela

    pessoa temos um signo que a representa. O nome que estamos falando o que

    na Lngua Brasileira de Sinais denominamos de sinal pessoal ou somente sinal,

    costuma-se dizer que se trata de um nome visual, um batismo, para dar incio

    participao na comunidade surda.

    Um nome visual, como o prprio nome diz se trata de uma marca, um

    trao visual prprio da pessoa. Quando tal pessoa ainda no tem um sinal

    (nome visual) usa-se o alfabeto manual que compe o quadro das configuraes

    de mos usadas na Libras. O alfabeto manual teve origem pela necessidade de

    representar as letras de forma visual e era usado principalmente para ensinar

    pessoas surdas a ler e escrever, na Libras o uso do alfabeto manual

    caracterizado como um Emprstimo Lingstico7.

    Assim como todas as lnguas a Libras tem seu lxico criado a partir de

    unidades mnimas que junto a outros parmetros formam o sinal (vocbulo),

    estas unidades mnimas denominamos de CONFIGURAES DE MOS, ou

    seja, so as formas utilizadas para formao de sinais.

    Atravs de algumas dessas configuraes de mos possvel representar

    o alfabeto de outras lnguas orais como a lngua portuguesa, por exemplo.

    7 Voc aprender mais sobre esta temtica no CURSO III.

  • 19

    CONFIGURAES DE MO

  • 20

    ALFABETO MANUAL

    NMEROS

  • 21

    ATIVIDADE - 1

    QUM QUEM?

    (1) JOO

    (2) PEL

    (3) MARA

    (4) CARLOS

    (5) FBIO

    (6) JOS

    (7) ZICO

    (8) ROSA

    (9) SRGI

    (10) PEDRO

    (11) SILVIA

    (12) ELZA

    (13) EVA

    (14) VALDIR

    (15) RAFAEL

    (16) IGOR

    ( )

    ( )

    ( )

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  • 22

    Qual o seu nome?

    Agora pense no seu sinal...

    PRATICANDO... Observe as pessoas famosas e d um sinal para elas:

    VEJA NO DVD Meu Sinal

  • 23

    Pronomes Pessoais / Possessivos

    Pronomes Pessoais

    Na Lngua Brasileira de Sinais tambm h uma forma de representar

    pessoas no discurso, ou seja, um sistema pronominal, para tanto se usa as

    seguintes configuraes de mo.

    Singular Todas as representaes tm a mesma configurao, mudando somente a orientao.

    EU

    Plural A configurao muda conforme o nmero de participantes, mudando tambm a orientao conforme a pessoa do discurso.

    NS VS / VOCS ou EL@S Pronomes Possessivos

    Os pronomes possessivos em Libras esto relacionados s pessoas do

    discurso e aos objetos de posse, tambm no possuem marca de gnero. Mais

    uma vez a direo do olhar e da mo so importantssimos.

    ME@ TE@ / SE@ - DEL@

    VEJA NO DVD Pronomes em LIBRAS

    Note que a direo da mo e do olhar determinante na significao do sinal.

    Note que para sinalizar pronomes possessivos plurais usam-se os pronomes pessoais apropriados.

  • 24

    Sinais em Foco:

    Formas de Cumprimento / Identificao

    VEJA NO DVD Vocabulrio Bsico

    _ Tudo Bem? _ Bem!! _ Eu sou Ouvinte. _ Eu uso Libras.

  • 25

    Verbos em Libras: LEMBRAR / ESQUECER

    Pratique o dilogo abaixo e veja o DVD: Um amigo encontra outro que no via h muito tempo... A OI!!!!! B HUMM!! NO LEMBRAR VC... A ESQUECER MIM B NOME? A U-B-I-R-A-J-A-R-A R-A T-A-N-T-A M-O-R-E-I-R-A B U-B-I-R-A-J-A-R-A R-A T-A-N-T-A M-O-R-E-I-R-A A LEMBRAR? B LEMBRAR!!!!

    VEJA NO DVD Bate-papo em Libras - 1

  • 26

    CURIOSIDADES

    PRIMEIRA PUBLICAO DO ALFABETO MANUAL

    Juan Pablo Bonet 1579-1620

    Publicou o primeiro livro sobre surdos com o ttulo Reduccion de las letras y arte para ensenr a hablar a los mudos,

    onde apresenta a ilustrao de alfabeto manual. Disponvel em http://www.cervantesvirtual.com/portal/signos/index.html

  • 27

    ESTUDO DA LNGUA 3 Expresses Faciais ou

    No-maunais

    Observe as expresses faciais abaixo e d significados para elas:

  • 28

    Expresses faciais so formas de comunicar algo, um sinal pode mudar

    completamente seu significado em funo da expresso facial utilizada.

    Quadros e Pimenta (2006) explicam que existem dois tipos diferentes de

    expresses faciais: as afetivas e as gramaticais (lexicais e sentenciais).

    As afetivas so as expresses ligadas a sentimentos / emoes. Veja os

    exemplos:

    As expresses faciais gramaticais lexicais esto ligadas ao grau dos

    adjetivos:

    BONIT@

    BONITINH@ BONIT@O LIND@

  • 29

    E as expresses faciais gramaticais sentenciais esto ligadas s sentenas:

    INTERROGATIVAS

    AFIRMATIVAS / NEGATIVAS

    EXCLAMATIVAS

    COMO? O QUE? QUERER? PODE?

    POR QU? ONDE?

    SIM NO

  • 30

    ATIVIDADE - 2

    Qual a Expresso? Cerrados

    - sobrancelhas levantadas e boca aberta em A - sobrancelhas abaixadas e dentes cerrados - sobrancelhas levantadas, olhos arregalados e lbios cerrados - olhos cerrados boca aberta - testa franzida e boca torta para o lado - boca em O, olhar de espanto

  • 31

    Visualize no DVD as expresses faciais que correspondam a uma das alternativas abaixo:

    1 DVIDA ( ) MEDO ( ) RAIVA ( ) 2 ESPANTO ( ) ADMIRAO ( ) ESTRANHEZA ( )

    3 ALEGRIA ( ) SATISFAO ( ) PENSATIVO ( ) 4 TRISTEZA ( ) DESANIMO ( ) ZANGADO ( )

    SINALIZANDO: Quem? De Quem ? Quem ?

    As expresses, QUEM DE QUEM QUEM , so feitas com a mesma configurao de mo, a principal diferenciao voc ir perceber no contexto, na expresso facial e no sinal auxiliar.

    VEJA NO DVD Quem? / De Quem ? / Quem ?

    ATIVIDADE 3 NO DVD Reconhecendo as Expresses

  • 32

    Sinais em Foco: Pessoas, objetos e animais.

  • 33

    VOC SABIA...

    Escrita de Sinais SIGN WRITING

    Os primeiros estudos brasileiros sobre a escrita da Lngua de Sinais, mais

    precisamente sobre o Sign Writing8, tiveram incio com o Dr. Antnio Carlos da

    Rocha Costa, Marianne Stumpf (Surda) e a Professora Mrcia Borba, na

    Pontifcia Universidade Catlica (PUC) do Rio Grande do Sul, em 1996.9

    Segundo Costa (COSTA et. al., 2004), William C. Stokoe foi o primeiro

    lingista a realizar um estudo sistemtico das lnguas de sinais nos Estados

    Unidos, iniciando inclusive a escrita dessas lnguas. O mesmo informa que:

    O Sign Writing um sistema de escrita com caractersticas grfico-esquemticas, que permite uma representao de textos de lnguas de sinais atravs de uma forma intuitiva e de fcil compreenso. O sistema constitudo de um conjunto de smbolos e um conjunto de regras de escrita, definidos para representar os diversos aspectos fontico-fonolgicos das lnguas de sinais. Desse modo, o Sign Writing apresenta a feio de um sistema de escrita fontica para lnguas de sinais, mas plenamente apto a suportar a delimitao de um subsistema de escrita de lnguas de sinais que tenha caractersticas estritamente fonolgicas. (COSTA et. al., 2004:pg.254).

    Quadros (2004) em seu artigo, Um captulo da histria do Sign

    Writing, relata que o Sign Writing teve origem num sistema para escrever

    passos de dana, que acabou despertando o interesse de pesquisadores da

    Lngua de Sinais dinamarquesa que estavam procurando uma forma de

    escrever os sinais. A autora nos diz tambm que

    Em 1974, a Universidade de Copenhagen solicitou a Sutton que registrasse os sinais gravados em vdeo cassete. As primeiras formas foram inspiradas no sistema escrito de danas. A dcada de 70 caracterizou um perodo de transio de Dancewriting para Sign Writing, isto , da escrita de danas para a escrita de sinais das lnguas de sinais. (QUADROS, 2004, disponvel em: http://www.signwriting.org/library/history/hist010.html).

    8Escrita criada em 1974 por Valerie Sutton, danarina. 9QUADROS, 2004. Um captulo da histria do Sign Writing. Disponvel em: http://www.signwriting.org/library/history/hist010.html.

  • 34

    A escrita de sinais de Valerie Sutton um sistema de representao

    grfica das lnguas de sinais que permite, atravs de smbolos visuais,

    representar as configuraes das mos, seus movimentos, as expresses faciais e

    os deslocamentos corporais.

    O Sign Writing possui um alfabeto que pode ser comparado com o

    alfabeto usado para escrever a Lngua Portuguesa, a Inglesa, a Espanhola, a

    Francesa, etc. Dessa mesma forma, os smbolos do alfabeto Sign Writing

    tambm podem ser utilizados para escrever diferentes lnguas de sinais.

    Atualmente, o Sign Writing se encontra em uso em vrios pases, como

    Dinamarca, Irlanda, Itlia, Mxico, Nicargua, Holanda, Espanha, Inglaterra,

    Estados Unidos e em fase de pesquisa no Brasil. (CAPOVILLA, 2002).

    Um exemplo deste modo de transcrever a lngua de sinais para o papel

    o seguinte:

    SINAL - CURSO

    SINAL - CASA

    Configurao de mo

    Smbolo de contato - deslize

    Seta de movimento

    Configurao de mo

    Smbolo de contato - Toque

  • 35

    ESTUDO DA LNGUA 4 Que dia hoje?

    CALENDRIO

  • 36

  • 37

    Na Lngua Brasileira de Sinais os advrbios tambm expressam circunstncias como: lugar, tempo, modo, dvida, afirmao, negao e intensidade; porm, deve-se ter cuidado com os enunciados e seus sentidos que muitas vezes a sinalizao varia em apenas um parmetro (movimento, locao, configurao de mo, orientao da mo e expresso facial). Os mais comuns so:

  • 38

    EXPRESSES COM RELAO DE TEMPO

    SEMANA QUE-VEM SEMANA PASSADA SEMANA AGORA 1 SEMANA 2 SEMANAS 3 SEMANAS 4 SEMANAS

    MS QUE-VEM MS PASSADO MS AGORA 1 MES 2 MESES 3 MESES 4 MESES 5 MESES CUIDADO! VEJA NO DVD

    ANO QUE-VEM ANO PASSADO ANO AGORA 1 ANO

  • 39

    ATIVIDADE - 4

    Responda rpido em Libras: (em caso de dvidas pesquise) 1- Que dia da semana hoje? 2- Em ms voc nasceu? 3- Quais os dias que voc trabalha? 4- Quais os dias que voc descansa? 5- Qual o ano do seu nascimento? 6- Qual dia, ms e ano que voc comeou aprender libras? 7- Que dia da semana voc mais gosta? 8- Quantos meses tm um ano? 9- Qual ms voc fica de frias? 10- Uma semana tem quantos dias? 11- Qual o primeiro dia da semana? 12- Qual o ltimo dia da semana? 13- Qual o terceiro dia da semana? 14- Em que ano a Lei n. 10.436 (que oficializa a Libras no Pas) foi aprovada? 15- Qual a data que se comemora o Dia dos Surdos? 16- Quando foi criada a primeira Instituio destinada a Educao de Surdos no Brasil? 17- Em que ano foi aprovado o Decreto n. 5.626 que regulamenta a Lei n 10.436?

    VEJA NO DVD Dia de Prova

  • 40

    CURIOSIDADES

    A Primeira Escola para Surdos no Brasil...

    No Brasil o primeiro espao destinado educao de surdos foi cedido

    pelo Imperador Dom Pedro II o qual convidou o professor surdo francs

    Hernest Huet (conhecido tambm como Ernest) para ensinar a alguns surdos

    nobres. Depois de aproximadamente um ano, em 26 de setembro de 1957, foi

    fundado o Instituto dos Surdos-Mudos do Rio de Janeiro, atualmente

    denominado Instituto Nacional de Educao de Surdos INES.

    O instituto atendia surdos de vrias partes do Brasil, funcionava como

    um internato, onde somente eram aceitos surdos do sexo masculino. L

    aprendiam de tudo um pouco, inclusive eram preparados para o trabalho.

    Para o pblico feminino somente em 1931 foi criado o externato com

    oficinas de costura e bordado.

    Foi do Instituto que surgiram os primeiros lderes surdos que ao

    terminarem seus estudos retornaram aos seus Estados de origem e divulgaram

    a Lngua Brasileira de Sinais, reuniram outros surdos e fundaram associaes,

    escolas e grupos de luta pelos direitos dos surdos.

    Para saber mais visite: www.ines.org.br

    www.feneis.org.br

    Prdio onde funciona o INES desde 1915 Rio de Janeiro

  • 41

    ESTUDO DA LNGUA 5 Nmeros em Libras

    A sinalizao dos nmeros na lngua brasileira de sinais acontece de

    quatro formas dependendo do significado do nmero.

    1 - Nmeros Cardinais

    Usado como cdigo representativo sinalizado da seguinte forma:

    Exemplo: nmero do telefone, nmero da caixa postal, nmero da casa, nmero da conta no banco...etc.

    2 - Nmeros Cardinais

    Usado para quantidades. Tambm so sinalizados sem adio de movimento,

    porm h diferenas na configurao de mo e no posicionamento dos nmeros

    de 1 a 4, observe:

    Exemplo: quantidade de canetas na mesa, quantidade de pessoas presentes,

    quantidade de nibus....etc.

  • 42

    3 - Nmeros Ordinais

    So sinalizados com movimento trmulo (veja no DVD).

    4 - Valores monetrios

    So sinalizados com movimentos rotacionais (veja no DVD) do 1 ao 9, seguindo a configurao de mo dos nmeros cardinais. Do nmero 10 em diante acrescentasse o sinal da moeda (REAL).

    ATIVIDADE - 5

    Invente e responda rpido em Libras:

    Supondo que voc more num grande prdio... a) Em qual andar voc mora? b) Qual o nmero do seu apartamento? c) Quantas pessoas moram com voc? d) Quantos andares tm o seu prdio? e) Quantos vizinhos voc tem? f) Qual o preo do aluguel que voc paga? g) Voc acha caro ou Barato? h) Quanto voc pagaria pelo apartamento?

    VEJA NO DVD Tipos de Numerao em Libras

  • 43

    Sinais em Foco: Tecnologias / Caro / Barato

    VEJA NO DVD Vocabulrio Bsico

  • 44

    Verbos em Libras: COMPRAR, PAGAR, VENDER, TROCAR

    Pratique o dilogo abaixo e assista o DVD:

    Paulo caminhando na feira procura por um computador bom e barato...(P - Paulo / V - vendedor) P BOA TARDE! QUERER COMPRAR COMPUTADOR BOM E BARATO. V OK. TEM DOIS BOM UM R$ 2.000,00 OUTRO R$ 1.500,00 P CARO! P EU TER COMPUTADOR EM CASA, VC TROCAR PREO MENOS? V HUMMM...TROCAR SIM, MAS VC PARGAR HORA OK? P OK ! IR BUSCAR COMPUTADOR V OK !

    VEJA NO DVD Conversando em Libras - 2

  • 45

    VOC SABIA...

    Soletrao Rtmica

    Muitas pessoas acham difcil aprender a Lngua de Sinais porque acham

    que tudo muito rpido, precisa ter habilidade nas mos etc... a verdade que

    realmente necessrio ter habilidade nas mos e tambm na viso, e se houver

    vontade a dificuldade passa. Ento para treinar tanto a habilidade manual como

    a viso comece a soletrar palavras pequenas de modo mais rpido e em

    conjunto com um colega pratique a leitura da soletrao. Veja alguns exemplos

    no DVD.

    No DVD voc encontrar uma atividade de soletrao manual, olhe com ateno a sinalizao e marque abaixo a palavra soletrada: Obs: repita quantas vezes forem necessrias, praticando voc tambm aprende.

    1- ANA ( ) AMA ( ) ADA ( )

    2- BIA ( ) BICA ( ) BIO ( )

    3- MALU ( ) MARLI ( ) MILA ( )

    4- ZELI ( ) ZENI ( ) ZILI ( )

    5- NINA ( ) NANI ( ) NICO ( )

    ATIVIDADE 6 NO DVD SOLETRAO RTMICA

  • 46

    REVISO ETAPA I Testando conhecimentos...

    1. Observe a fala do professor e escreva em Lngua Portuguesa: Nome de pessoa Idade

    a) ______________________________ __________________________

    b) ______________________________ __________________________

    c) ______________________________ __________________________

    d) ______________________________ __________________________

    Ms Ano

    a) ______________________________ __________________________

    b) ______________________________ __________________________

    c) ______________________________ __________________________

    d) ______________________________ __________________________

    2. Observe a expresso facial do professor e marque a alternativa ordenadamente: ( ) ( )

    ( ) ( )

    ( ) ( )

    3. Observe os enunciados feitos pelo professor e marque a alternativa correta:

    a) SEGUNDA-FEIRA FERIADO ( ) b) EL@ QUEM ( ) SEGUNDA-FEIRA FOLGA ( ) ISSO DE QUEM ? ( )

    c) HOJE VOC TRABALHAR? ( )

    AGORA VOC TRABALHAR? ( ) 4. Quanto custa? O professor ir escolher objetos e perguntar aleatoriamente aos alunos quanto custa e apontando para outro aluno que dever dizer se caro ou barato?

  • 47

    Objetivo Dar incio a produo e compreenso de sinais da Libras a partir do

    conhecimento do espao de sinalizao.

  • 48

    ESTUDO DA LNGUA 6 Na Hora Certa!

    Em Libras as horas so sinalizadas de formas diferentes dependendo do

    que se quer expressar.

    Para sinalizar as horas do relgio importante saber que: No se sinaliza as horas com dois algarismos a partir das 13h at s 24h.

    Acrescentasse o substantivo manh, tarde, noite e madrugada quando necessrio;

    Os nmeros de 1 a 4 so sinalizados como cardinais de quantidade;

    As horas so sinalizadas como quantidade enquanto os minutos so

    sinalizados com cardinais como cdigo representativo; Para a frao 30 minutos a configurao varia de acordo com regio da

    comunidade surda. Para sinalizar as horas com sentido de durao importante saber que: A partir do nmero 5 so usadas duas configuraes (horas-quantidade +

    cardinal como cdigo representativo).

  • 49

    A durao das horas tem incorporao dos numerais quando se trata de 1 a 4h.

    Assista no DVD os quadros da atividade Horas em Contexto e assinale somente as alternativas incorretas.

    ATIVIDADE 7 NO DVD Horas em Contexto

    (A) (B) (C) (D) (E)

    Veja no DVD Dicionrio / Acontecimentos

  • 50

    Conversando em Libras Dilogo

    SITUAO: I Seminrio de Lngua de Sinais: O Brasil ainda monolngue? (dois participantes do seminrio conversam) A) OI! TUDO BEM? (Ol tudo bem?) B) TUDO BEM! VOC AQUI?! (Tudo bem! Voc por aqui?) A) IMPORTANTE. PERDER-NO (No poderia perder importante.) B)VERDADE. EU ATRASAR POUCO MAS CONSEGUIR VER PRIMEIR@ PALESTRA ( mesmo, eu atrasei um pouquinho, mas consegui assistir a primeira palestra) A) EU INTERESSE PALESTRA TARDE 14H PARECE BO@ (Estou interessada na palestra das 14h parece ser boa) B) AMAN TAMBM TER DIFERENTES PALESTRAS. TOTAL HORAS SEMINRIO? (amanha tambm tem diferentes palestras. Voc sabe a carga horria do seminrio?) A) 40H (40 horas) B) BOM. APREDER MAIS. (Que bom d para aprender muito) A) VER COMEAR J DEPOIS CONVERSAR (Olhe j comeou, depois conversamos.) B) CERTO VER. (certo vou ver)

  • 51

    24 Associaes

    2 Associaes

    12 Associaes

    59 Associaes

    28 Associaes

    CURIOSIDADES

    As Associaes de Surdos no Brasil

    A associao de surdos o principal ponto de encontro dos surdos com

    sua cultura. na associao que floresce a poltica, os movimentos, a busca por

    direitos e melhores condies de vida, um lugar onde os surdos se sentem

    como pessoa surda, um espao onde todos tem um objetivo em comum, a

    busca pela liberdade e acesso ao mundo. ainda o lugar onde a maiorias dos

    surdos aprendem a Libras, atravs da convivncia mtua como se estivessem

    num ambiente familiar.

    A associao de surdos a principal fonte de informaes indispensveis

    integrao social ligada a todas as reas da vida (sade, educao,

    relacionamentos, trabalho, lazer).

    DISTRIBUIO DAS ASSOCIAES DE SURDOS

    No Brasil so mais de 120 Associaes de Surdos que lutam para divulgar a cultura do povo surdo.

    Norte

    Nordeste

    Sudeste

    Centro-oeste

    Sul

    Fonte: www.feneis.org.br

  • 52

    ESTUDO DA LNGUA 7 Espao de Sinalizao

    A figura acima mostra os limites do espao de sinalizao. Importante que se

    perceba que h uma rea especfica onde os sinais podem ser realizados, ou

    seja, no podemos fazer um sinal esticando demais os braos e o corpo para

    frente ou para baixo chegando aos ps, e nem para os lados.

    Igual ou Diferente?

    Na Libras preciso ter ateno quando sinalizamos comparando dois

    objetos, preciso estar atento a localizao desses objetos. Observe:

  • 53

    ATIVIDADE 8

    Agora faa voc mesmo, sinalizando IGUAL ou DIFERENTE conforme as

    formas abaixo:

    Atividade no DVD (C)erto ou (E)rrado? Observe a sinalizao de cada alternativa e marque C para certo e E para errado

    a)( ) d)( )

    b)( ) e)( )

    c)( ) f)( )

    VEJA NO DVD Vocabulrio Bsico + Atividade 9

  • 54

    CURIOSIDADES

    O Intrprete da Lngua Brasileira de Sinais Lngua Portuguesa

    O que o ato de interpretar?

    Segundo o Dicionrio de Lngua Portuguesa Aurlio Buarque de

    Holanda Ferreira interpretar significa traduzir ou verter de lngua estrangeira ou

    antiga. O Dicionrio Enciclopdico Ilustrado Trilnge da Lngua de Sinais

    Brasileira complementa o significado definindo que seria traduzir ou verter de

    lngua para outra, exprimindo a mesma mensagem.

    Quem o Intrprete da Lngua de Sinais?

    Intrprete aquele que serve de lngua ou de intermedirio para fazer

    compreender indivduos que falam idiomas diferentes. (Aurlio, Dicionrio). Ou

    ainda, pessoa que traduz a outrem, na lngua que este fala o que foi dito ou

    escrito por outra pessoa em lngua diferente. Logo o Intrprete da Lngua Sinais

    aquele que interpreta de uma dada lngua de sinais para outra lngua, ou

    desta outra lngua para uma determinada lngua de sinais. (Quadros, p.8, 2002).

    Assim para interpretar ou traduzir uma lngua fundamental que se

    domine profundamente duas lnguas, por exemplo, o Intrprete de Lngua

    Brasileira de Sinais / Lngua Portuguesa para ser um profissional intrprete

    deve primordialmente dominar as Lnguas Portuguesa e Brasileira de Sinais

    igualmente. Pois este responsvel pelo acesso legtimo a informaes

    veiculadas. Outro exemplo o Intrprete de Lngua Brasileira de Sinais / Lngua

    de Sinais Americana (ASL), o mesmo precisa dominar profundamente as duas

    lnguas de sinais.

    Qual a formao do Intrprete?

    O decreto n 5.626 de 22 de dezembro de 2005 em seu Captulo V

    determina que Art. 17. A formao do tradutor e intrprete de Libras - Lngua

  • 55

    Portuguesa deve efetivar-se por meio de curso superior de Traduo e

    Interpretao, com habilitao em Libras - Lngua Portuguesa.

    No entanto tal curso superior ainda no de total acesso aos

    profissionais que j atuam como Intrpretes de Libras Lngua Portuguesa.

    Sendo assim at que se tenha Profissionais devidamente formados toma-se por

    base a formao definida pela Federao Nacional de Educao e Integrao de

    Surdos presente no documento O QUE INTRPRETE DE LNGUA DE

    SINAIS PARA PESSOAS SURDAS? Feneis /Belo Horizonte MG, 1995.

    Algumas dessas condies10 so:

    a) Ter competncia na Lngua Portuguesa e na Lngua Brasileira de Sinais; b) Possuir no mnimo o ensino mdio Completo, mas preferencialmente ensino

    superior; c) Ser membro ativo da Associao de Surdos local; d) Possuir certificado expedido pela FENEIS; e) Possuir certificado Exame PROLIBRAS MEC; f) Possuir alguma noo de outro idioma estrangeiro; g) Ter noes suficientes de lingstica, comunicao e tcnicas de traduo e

    interpretao; h) Ter contato com surdos adultos com freqncia comprovada; i) Ter disponibilidade de tempo para estar presente onde se fizer necessrio.

    Aqui expomos somente alguns pontos bsicos sobre o profissional

    Interprete de Libras Lngua Portuguesa, outras informaes sero dadas

    gradativamente nas edies seguintes, mas voc pode comear a pesquisar

    sobre este tema e muitos outros a partir dos seguintes sites:

    http://www.feneis.org.br http://www.interpretels.hpg.ig.com.br/ http://www.ines.org.br www.diariodosurdo.com.br/noticiantiga/noticia12.html http://www.apilms.org/index.html http://www.ronice.ced.ufsc.br/publicacoes/minidic.pdf http://www.apilms.org/menu/downloads/livro_o_tradutor_ILS.pdf

    10 Ao citar tais condies omitiu-se a condio de ser ouvinte, pois atualmente h tambm Intrpretes Surdos que traduzem a Lngua Portuguesa escrita para a Libras ou outra lngua de sinais estrangeira para a Lngua Brasileira de Sinais. Acrescentou-se na segunda condio mas preferencialmente ensino superior. O documento original pode ser requerido em qualquer filial da FENEIS.

  • 56

    ESTUDO DA LNGUA 8 Classificadores de Formas

    J sabemos que para as lnguas de sinais a descrio, a reproduo da

    forma, o movimento e sua relao espacial, so fundamentais, pois tornam mais

    claros e compreensveis os significados do que se quer enunciar, estamos nos

    referindo ento aos classificadores em Libras.

    Os classificadores constituem importante rea de estudo da gramtica de

    lngua de sinais, Brito (1995) apresentando alguns resultados de sua pesquisa

    sobre gramtica de Lngua de Sinais explica que em Libras os classificadores

    funcionam como parte dos verbos em uma sentena, estes sendo chamados

    verbos de movimento ou de localizao, indicando o objeto que se move ou

    localizado (BRITO, p. 103, 1995). Este tipo de classificador chamado tambm

    de Classificadores Predicativos, outro tipo so os Classificadores de formas,

    objetos inanimados e seres animados que fazem parte do processo de

    adjetivao.

    Observe que os classificadores obedecem a regras e so representados sempre

    por configuraes de mos especficas associadas a expresses faciais, corporais

    e a localizao, portanto nada tm em comum com mmicas.

    1. CLASSIFICADORES DE FORMAS GEOMTRICAS

  • 57

    2. CLASSIFICADORES ADJETIVOS

  • 58

    ATIVIDADE 10

    Observe as figuras e sinalize o classificador correspondente:

  • 59

    VOC SABIA...?

    LNGUA DE SINAIS NO MMICA!!

    A mmica tem uma representao visual assim como as lnguas de sinais

    que utilizam o canal viso-espacial para sua exteriorizao, talvez, tambm, por

    esse motivo exista a tendncia de relacionar as lnguas de sinais com a mmica.

    Muitas pessoas pensam que a lngua de sinais universal, nica para

    todos de qualquer parte do mundo, pois basta fazer uma mmica ou gesto e o

    entendimento acontece. Mas tal concepo , um tanto, ultrapassada, pois alm

    de haver vrias lnguas de sinais como voc j viu (brasileira - LIBRAS, francesa

    - LSF, espanhola - LSE, boliviana - LSB, venezuelana - LSV...) hoje as pesquisas

    lingsticas comprovam a complexidade e arbitrariedade presente em todas

    essas lnguas. Atualmente temos livros de gramtica, cursos superiores em

    Letras, cursos de traduo e interpretao, literatura, artes e muita cultura.

    Atravs da lngua de sinais pode-se discutir poltica, economia, psicologia,

    fsica, matemtica, filosofia, fsica quntica e outros temas.

    Para as lnguas de sinais a reproduo da forma, do movimento de sua

    relao espacial fundamental, logo a criao de sinais icnicos um fenmeno

    natural e o que chamamos tambm de Classificadores em Lngua de Sinais.

    Os classificadores permitem tornam mais claro e compreensvel o

    significado do que se quer enunciar. Em Libras os classificadores descritivos

    desempenham uma funo descritiva podendo detalhar som, tamanho,

    textura, paladar, tato, cheiro, formas em geral de objetos inanimados e seres

    animados.(PIMENTA e QUADROS, p.71, 2006).

    No prximo curso o uso dos verbos classificadores em Libras ser

    retomado e aprofundado.

  • 60

    REVISO DA ETAPA II

    Usando a Imaginao... e a Libras Cada aluno(a) ir descrever um colega da turma aos mnimos detalhes (fsico, fisionomia, roupas, acessrios, cores...) at que se descubra quem a pessoa.

  • 61

    Objetivo Conhecer, praticar e revisar vocbulos que facilitam a conversao.

  • 62

    ESTUDO DA LNGUA 9 Exercitando Sinais...

    Agora voc ir conhecer alguns sinais bsicos, ou seja, sinais mais usados

    e que no variam muito de significado em diferentes contextos. O objetivo

    principal que voc, aprendiz, ganhe mais familiaridade com a prtica de

    sinalizao e comece a conversar em Libras. Afinal a prtica fundamental.

    Nas prximas pginas e no DVD voc encontrar as seguintes categorias:

    VEJA NO DVD Vocabulrio Bsico

  • 63

    CONVERSANDO... EM LIBRAS

    Conversando no Banco

    Situao: Abrindo conta no Banco (a) surdo (b) ouvinte funcionrio do banco.

    a) TUD@ BO@!

    b) TUD@ BO@! O QUE QUERER?

    a) EU QUERER ABRIR CONTA BANCO GUARDAR DINHEIRO.

    b) P-O-U-P-A-N--A?

    a) SIM. CERTO.

    b) VOC TRAZER DOCUMENTOS: IDENTIDADE, CPF, CONTA LUZ OU TELEFONE PRECISA TER SEU NOME ENDEREO.

    a) AGORA NO TER TUDO.

    b) PODE AMANH HORA 11:00 AT 16:00.

    a) OK AMANH VOLTAR. OBRIGAD@. TCHAU.

    b) OBRIGAD@. TCHAU.

  • 64

    Conversando no Consultrio Mdico: Situao: Marcando consulta mdica. (a) recepo (b) surdo

    a) TUD@ BO@!

    b) TUD@ BO@! EU QUERER MARCAR MEDICO C-L--N-I-C-O G-E-R-AL.

    a) IR VER AGENDA EPERAR....

    a) TER HOJE AGORA HORA 3 TARDE AMANH HORA 10 MANH.

    b) PREFERIR AGORA.

    a) PODE ESPERAR PORTA AMARELA VOC SEGUE ESQUERDA SUBIR ESCADA, DIREITA VOC ENTRAR, S, ENTENDER?

    b) SIM OBRIGAD@.

    a) NADA.

  • 65

    Na Empresa

    Situao: Procurando emprego. (a) surdo procurando emprego (b) ouvinte recepcionista.

    a) BO@ DIA!

    b) BO@ DIA! O-QUE VOC QUER?

    a) ME@ NOME R-I-C-A-R-D-O VOC NOME?

    b) NOME C-L-A-R-A.

    a) EU QUERER SABER TER VAGA AQUI HOTEL I-T-A-G-U-A--U?

    b) DESCULPAR, PARECER NO-TER VAGA.

    b) VOC PREENCHER FICHA NOME DOCUMENTOS IDENTIDADE CPF CARTEIRA DE TRABALHO RUA TELFONE CONTATO. DEPOIS ESPERAR.

    a) VOC LIGAR CHAMAR?

    b) SIM. QUANTO TER VAGA LIGAR SIM.

    a) CERTO! OBRIGAD@! TCHAU!

  • 66

    Pedindo Informao

    a) VOC SABER FESTA HOTEL V-A-L--R-I-A?

    b) EU SABER-NO.

    a) VOC QUERER IR?

    b) EU QUERER!!!

    a) Q-U-E-M COM VOC?

    b) NO EU SOZINH@.

    a) NS-2 IR-JUNT@.

    b) HORA?

    a) HORA 8 NOITE.

    b) ONDE? SABE-NO ONDE?

    a) ESQUINA RUA 15 DE N-O-V-E-M-B-R-O IR JUNTO ENCONTRAR L.

    b) ESQUINA NO, MELHOR LIGAR PRIMEIR@ T-D-D.

    a) VOC TER T-D-D OU CELULAR?!

    b) EU TER.

    a) FCIL COMUNICAR.

    b) CERTO, VAMOS!

  • 67

    CURIOSIDADES

    AS LNGUAS DE SINAIS DO MUNDO

    Praticamente em quase todos os lugares do mundo existe uma

    comunidade de surdos e conseqentemente existe uma lngua de sinais prpria

    daquele lugar, as lnguas de sinais no so iguais e possuem tambm dialetos.

    (Pesquise na internet e encontrem alguns e leve para sala de aula).

    Variam tambm as configuraes que representam o alfabeto manual,

    veja:

    Voc pode pesquisar tambm sobre outros alfabetos manuais. Boas descobertas!!!!

    Alfabeto Manual Americano Alfabeto Manual Britnico

  • 68

    Finalizando...

    Ufaa...Conclumos uma primeira etapa do curso de libras, e para

    finalizar propomos que voc ao fazer contatos com pessoas surdas, registre suas

    dvidas, anseios e estratgias de comunicao e leve-as para discutirmos no

    curso intermedirio.

    Esperamos que o curso tenha sido prazeroso e til vida de cada um,

    pois aprender uma segunda lngua significa tambm se abrir a outras culturas,

    outros modos de viver e ver o mundo.

    Mas no esquea, ainda h muitas novidades pela frente no curso III.

    Agradecemos pela convivncia e at o prximo curso!!

  • 69

    Referncias Bibliogrficas BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramtica de lnguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Lingstica e Filologia, 1995. COSTA, Antnio Carlos; STUMPF, Marianne Rossi; FREITAS, Juliano Baldez; DIMURO, Graaliz Pereira. Um convite ao processamento da lngua de sinais. . UCEPEL-RS, PGIE / UFRGS, RS, PPGC / UFRGS, RS, Brasil. Acessado em 06/09/2005. FELIPE, Tanya A; MONTEIRO, Myrna S. Libras em Contexto: curso bsico, livro do professor instrutor Braslia : Programa Nacional de Apoio Educao dos Surdos, MEC: SEESP, 2001. PIMENTA, Nelson; QUADROS, Ronice Muller de. Curso de Libras 1. Rio de Janeiro : LSB Vdeo, 2006. QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Lngua de sinais brasileira: estudos lingsticos. Porto Alegre : Artmed, 2004. REIS, Flaviane, Professor Surdo: a poltica e a potica da transgresso pedaggica. Florianpolis : UFSC/GES/CED Dissertao de Mestrado, 2006. S, Ndia Limeira de. Existe uma cultura surda? Artigo disponvel em http://www.eusurdo.ufba.br/arquivos/cultura_surda.doc. Acessado em 28/03/2007. S, Ndia Limeira. A produo de significados sobre a surdez e sobre os surdos: prticas discursivas em educao. Porto Alegre: UFRGS/FACED/PPGEDU - Tese de Doutorado, 2001. SILVA, Fbio I.; SCHMITT, Deonsio; BASSO, Idavania M. S. Lngua Brasileira de Sinais: pedagogia para surdos. Caderno Pedaggico I. Florianpolis : UDESC/CEAD, 2002. VASCONCELOS, Silvana Patrcia; SANTOS, Fabrcia da Silva; SOUZA, Glucia Rosa da. LIBRAS: lngua de sinais. Nvel 1. AJA - Braslia : Programa Nacional de Direitos Humanos. Ministrio da Justia / Secretaria de Estado dos Direitos Humanos CORDE.