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Lubrificacão CURSO BÁSICO 8ª edição

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Curso básico sobre lubrificação da MOBIL. Aborda questões básicas sobre óleos e graxas lubrificantes.

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  • LubrificacoC U R S O B S I C O

    8 edio

  • Indce

    I Petrleo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

    II Refinao e Manufatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

    III leos Bsicos e Aditivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

    IV Caractersticas dos Lubrificantes . . . . . . . . . . 9

    V Graxas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    VI Atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    VII Princpios da Lubrificao . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    VIII Fundamentos da Lubrificao . . . . . . . . . . . . 21

    IX Mtodos de Aplicao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    X Componentes de Mquinas . . . . . . . . . . . . . . 23

    XI Motores de Combusto Interna . . . . . . . . . . . 28

    XII Classificao de Lubrificantes . . . . . . . . . . . . . 36

    XIII Noes sobre Lubrificantes Sintticos . . . . . 43

    XIV Armazenagem e Manuseio . . . . . . . . . . . . . . . 45

    XV Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

  • PetrleoC A P T U L O 1

    HISTRICO

    O petrleo uma mistura de hidro-

    carbonetos de origem natural que

    contm freqentemente gs, alcatro

    e parafina. A designao de petrleo

    deriva das palavras latinas PETRA

    (pedra) e OLEUM (leo).

    Segundo a teoria atualmente aceita, o

    petrleo teve origem na decom-

    posico de resduos orgnicos (ani-

    mais, vegetais e outros compostos), fa-

    vorecida por elevadas temperaturas e

    presses, no decurso de um longo

    perodo geolgico. Os compostos as-

    sim formados obedecem a uma dis-

    posio dentro dessa mistura, de acor-

    do com suas respectivas densidades.

    Verifica-se que os lenis de petrleo

    so encontrados nas dobras da terra

    denominadas ANTI-CLVEIS ou AN-

    TICLINAIS.

    5

    Apesar de j ser conhecido pelos eg-

    pcios, chineses, japoneses, incas, aste-

    cas e de aparecer em citaes na Bblia

    (Gnesis), o primeiro poo a produzir

    petrleo foi perfurado pelo coronel

    DRAKE (1859), com aproximada-

    mente dez (10) metros de profundi-

    dade.

    EXTRAO

    A extrao do petrleo exige uma

    prvia sondagem da rea possivel-

    mente produtora. Esta operao co-

    nhecida pelo nome de PROSPECO,

    onde os gelogos, atravs de anlise

    das rochas, concluem sobre a existn-

    cia de provveis lenis petrolferos.

  • Uma vez conhecida a possibilidade de

    produo de petrleo, estas reas so

    pesquisadas atravs dos instrumentos

    de geofsica.

    SISMGRAFO - Toma por base a ve-

    locidade de propagao das ondas ss-

    micas, o que permite calcular a pro-

    fundidade das camadas.

    BALANA DE TORO - utilizada

    para determinar a variao da fora de

    gravidade em diversos pontos da rea

    possivelmente produtora.

    MAGNETMETRO - Permite deter-

    minar a variao do campo magntico

    de uma determinada jazida.

    Terminadas as pesquisas, de acordo

    com os resultados obtidos, inicia-se a

    perfurao, retirando-se de cada est-

    gio amostras para anlise. Ainda assim,

    nem sempre os poos perfurados so

    produtores de petrleo, apesar de to-

    dos os estudos realizados.

    A perfurao pode ser por PER-

    CUSSO ou ROTAO. A rotativa

    pode ser por mesa rotativa ou jato ro-

    tativo.

    O petrleo existe na natureza sob as

    formas:

    Fluida ou Lfquida

    Pastosa

    Slida

    Ao ser retirado da terra, o petrleo

    conhecido como leo CRU ou BRUTO

    e apresenta uma cor que varia do

    alaranjado at o preto. Os leos crus

    obedecem a seguinte classificao, con-

    forme o tipo de resrduo deixado no re-

    fino:

    Base Parafnica: Resduo Ceroso

    Base Intermediria ou Mista: Res-

    duo Ceroso e Asfltico

    Base Naftnica: Resduo Asfltico

    O leo CRU ou BRUTO, antes de ser

    transportado para os depsitos da refi-

    naria, fica durante algum tempo em

    reservatrios, a fim de que se possa

    processar a separao espontnea de

    gases e a separao por gravidade de

    gua e areia.

    6

  • O leo cru normalmente processado

    por destilao fracionada. Este proce-

    dimento consiste na separao dos

    produtos mais volteis, no lubrificantes,

    das fraes residuais mais densas.

    Os leos lubrificantes, provenientes da

    destilao fracionada, passam por um

    processo de refinao com a finali-

    dade de se produzir leos de alta qua-

    lidade. Na refinao, possivel extrair

    quantidades excessivas de parafina,

    hidrocarbonetos instveis, resinas, as-

    faltos e outros elementos indesejveis.

    A refinao dos leos lubrificantes

    pode ser processada atravs de sol-

    vente, em contracorrente numa colu-

    na extratora, com a finalidade de se

    produzir leos com melhores pro-

    priedades.

    Outro mtodo de purificao, no

    usual, a refinao por cidos, onde

    possvel extrair hidrocarbonetos ins-

    tveis, resinas, asfaltos, enxofre, ni-

    trognio e oxignio.

    Os leos lubrificantes podem ser ain-

    da melhorados, dependendo da neces-

    sidade, atravs da remoo de paraf-

    nas, descolorao e hidrogenao.

    O esquema abaixo mostra o refino e a

    manufatura do leo cru.

    7

    Refinao e ManufaturaC A P T U L O 2

  • Os leos bsicos podem ser usados tais

    como so obtidos (se a viscosidade for

    adequada) ou mesclados, isto , mistu-

    rando-se leos-base de diferentes vis-

    cosidades para se obter uma viscosi-

    dade intermediria. So os chamados

    leos minerais puros.

    A preparao de lubrificantes consiste

    em misturar diversos leos bsicos e

    adicionar compostos e aditivos.

    COMPOSTOS - So leos ou gorduras

    de origem animal ou vegetal que con-

    ferem ao leo bsico maior poder lu-

    brificante (oleosidade).

    ADITIVOS - So substncias quimicas

    que conferem ao lubrificante pro-

    priedades adicionais, como resistncia

    a oxidao, detergncia-dispersncia,

    proteo contra ferrugem e corroso,

    resistncia a extrema presso e for-

    mao de espuma, melhor ndice de

    viscosidade, maior adesividade, demul-

    sibilidade etc. Estes aditivos devem ser

    compatveis com os leos bsicos, a

    fim de tornar as caractersticas do lu-

    brificante equilibradas.

    Os tipos de aditivos utilizados deter-

    minam os diferentes tipos de lubrifi-

    cantes e suas aplicaes.

    A seguir, apresentamos um quadro

    simplificado que contm alguns tipos

    de aditivos, sua natureza qurmica e

    funo principal.

    8

    leos Bsicos e AditivosC A P T U L O 3

    TIPO NATUREZA QUMICA FUNO

    Detergente bsico Sulfonatos, Fenatos ou salicilatos Neutralizao de cidos e prevenoDe Clcio, Brio ou Magnsio. na formao de gomas e lascas.

    Dispersante sem cinzas ster poli-isobutenil succnico ou Disperso de fuligem e produtos dasuccinimidas. oxidao. Preveno contra depsitos.

    Antioxidante Ditiofosfato de Zinco, compostos Preveno contra a oxidao e Fenlicos, olefinas e salicilatos metlicos. espessamento do lubrificante.

    Antidesgaste e Compostos orgnicos de enxofre e Preveno contra o desgaste dos Extrema-presso fsforo, compostos clorados e cames, ressaltos e excntricos.

    Ditiofosfato de zinco.

    Anticarrosivo Sulfonatos de Clcio, Sdio ou Brio; Preveno contra a corroso.Aminas Orgnicas, etc.

    Melhorador do ndice Polmeros, como o poliestireno e alguns Reduo da perda de viscosidadeViscosidade copolmeros derivados do etileno/propileno com o aumento da temperatura.

    Abaixador do ponto de Metacrilatos. Aumento das propriedades de fluidez Mnima fluidez. a baixas temperaturas.

    Antiespumante Compostos de Silicone ou Preveno contra a formao de Metacrilatos. espuma em condies de agitao

    severa

  • Medio da densidade com den-smetro.A esquerda caracterizamosa forma incorreta (l-se um valormaior na escala) e a direita a formacorreta.Vide posio do olho.

    Caractersticas dos LubrificantesC A P T U L O 4

    As caractersticas dos lubrificantes

    podem ser de ordem fsica, qumica e

    prtica. As principais caractensticas

    fsicas so as que seguem:

    DENSIDADE uma relao entre a massa m de

    um lquido e o seu volume unitrio

    i, a uma determinada temperatura

    (por exemplo, WC ou 20C).

    DENSIDADE APITrata-se de uma escala expressa em

    graus e dada por nmeros inteiros.

    A escala dada pela equao

    onde a densidade a 60/60F representa

    um nmero que obtido da relao

    entre a massa do produto e igual mas-

    sa de gua, ambas a 600F.

    Para os produtos de petrleo utiliza-se

    a densidade API (American Petrole-

    um Institute) e, por serem mais leves

    do que a gua, seus valores so sempre

    superiores a 10.

    PONTO DE MNIMA FLUIDEZPONTO DE CONGELAMENTO

    Ponto de mnima fluidez a menor

    temperatura em que o leo lubrifi-

    cante ainda flui. No teste, resfria-se a

    amostra de leo dentro de um tubo e,

    a cada decrscimo de 3C na tempera-

    tura, observa-se a existncia ou no de

    movimento da superficie do leo den-

    tro do tubo. Se aps cinco (5) segun-

    dos nao houver movimentao, nessa

    temperatura teremos atingido o ponto

    de congelamento, e a uma temperatu-

    ra de 3C acima desta estar a tempe-

    ratura do ponto de mnima fluidez.

    Por exemplo, se determinado leo

    apresentar um ponto de congelamento

    de -10C, seu ponto de mnima fluidez

    ser de -7C.

    9

  • PONTO DE FULGORPONTO DE COMBUSTO

    O ponto de fulgor a temperatura emque os gases evaporados do leo, napresen a de chama, d origem a umflash , ou seja, h inflama o sem

    haver combust o, chama, d origem aum flash , ou seja, h inflama osem haver combust o.O ponto de combust o a temperaturaem que toda a superf cie do leo entraem combust o completa, por pelomenos cinco segundos.Estes ensaios s o feitos no aparelhoCLEVELAND (vaso aberto), con-forme figura ao lado.

    O leo colocado at o n vel indicadoe aquecido lentamente (10F por mi-nuto), passando-se a cada 5F de au-mento de temperatura uma chama

    padr o de g s sobre o leo, at atingir oponto de fulgor, quando a temperaturado term metro registrada.

    10

    VISCOSIDADE

    A viscosidade a medida da resist n-cia oferecida por qualquer fluido(l quido ou g s) ao movimento ou aoescoamento. a propriedade principalde um lubrificante, pois est direta-mente relacionada com a capacidadede suportar cargas, ou seja, quantomais viscoso for o leo maior ser acarga suportada. A viscosidade aconseq ncia do atrito interno de umfluido, a isto , da resist ncia que umfluido oferece ao movimento, da suagrande influ ncia na perda de pot nciae na intensidade de calor produzidonos mancais. A viscosidade inversamente propor-

    cional a temperatura, assim sendo,quanto maior a temperatura do leomenor ser sua viscosidade (vide gr fi-co ao lado). S o v rios os aparelhos existentes para medir aviscosidade, os quais s odenominados viscos me-tros e medem o tempo(segundos) de escoamentodo l quido em uma dadatemperatura. Entretanto,n o devemos deixar de considerar a vis-cosidade como uma forca ou resist n-cia.Entre os viscos metros mais emprega-dos est o os de ENGLER, REDWOOD,SAYBOLT OSTWALD, sendo este lti-mo, atualmente, o mais utilizado.

  • As partes essenciais do aparelho de

    Ostwald modificado so um sistema

    de tubos de vidro fgados entre si, trs

    reservatrios ou bulbos (A, B e C)

    eum tubo capilar que liga os reser-

    vatrios B e C. 0 dimetro do tubo

    capilar varia com o grau de viscosi-

    dade do lquido-fino (light). mdio

    (medium) ou grosso (heavy) - mas

    sempre bastante estreito para impedir

    que a velocidade de escoamento do

    leo exceda certo limite. Por essa

    razao, para abranger toda a srie de

    viscosidades dos leos lubrificantes,

    usa-se apenas trs tubos capilares de

    dimetros diferentes.

    Como os demais viscosmetros, o apa-

    relho de viscosidade cinemtica mer-

    gulhado em banho de aquecimento

    (banho-maria), para manter a tempera-

    tura do leo exata e constante durante

    a prova. A forma de fazer-se o ensaio

    a seguinte (veja seqncia abaixo):

    O tempo de escoamento multiplicado

    por uma constante do aparelho, repre-

    senta a viscosidade cinemtica do

    leo, em centistokes, temperatura da

    prova. Este valor, multiplicado pela

    densidade do leo, mesma tempe-

    ratura da prova, nos d suaviscosidade

    absoluta, em centipoises; tambm se

    pode convert-la a segundos Saybolt

    segundos Redwood e graus Engler,

    recorrendo s tabelas publicadas pela

    ASTM e por outras entidades. Apre-

    sentamos, a seguir, uma dessas tabelas,

    resumida, cujos valores foram calcula-

    dos exclusivamente para a temperatura

    de 37,80C (l00F), pois, a outras tem-

    peraturas, osfatoresde equi-valncia

    sofrem pequenas alteraes.

    11

  • NDICE DE VISCOSIDADE

    Como vimos, os leos lubrificantes so-

    frem alteraes na sua viscosidade

    quando sujeitos a variaes de temper-

    atura. Essas modificaes de viscosi-

    dade, devidas temperatura, so muito

    diferentes, dependendo dos vrios

    tipos de leos. O ndice de viscosidade

    (IV) um meio con-vencional de se

    exprimir esse grau de va-riao e pode

    ser calculado por meio de uma frmu-

    la e de tabelas publicadas pe-la ASTM.

    Existem tambm grficos prepa-rados

    para esse fim, que permitem determi-

    nar o IV com bastante exatido. Quan-

    to maior for o IV de um leo, menor

    ser a sua variao de viscosidade entre

    duas temperaturas, conforme podemos

    analisar no grfico abaixo.

    12

    Saybolt Redwood Engler Cinemtica Saybolt Redwood Engler Cinemtica Saybolt Redwood Engler Cinemtica

    32 30 1.11 1.83 175 154 5.03 37.52 680 597 19.37 147.234 31.5 1.17 2.39 180 159 5.16 38.73 700 614 19.94 151.536 33 1.22 3.00 185 163 5.30 39.84 720 631 20.50 155.838 34.5 1.28 3.63 190 167 5.44 40.95 740 649 21.07 160.240 36 1.34 4.28 195 172 5.58 42.06 760 667 21.64 164.542 37.5 1.39 4.91 200 176 5.72 43.16 780 685 22.21 168.844 39 1.45 5.58 205 180 5.86 44.26 800 702 22.78 173.246 41 1.50 6.16 210 185 6.00 45.36 850 746 24.20 184.048 42.5 1.55 6.78 215 189 6.14 46.45 900 790 25.63 194.850 44 1.60 7.39 220 193 6.28 47.54 950 833 27.05 205.652 46 1.65 8.00 225 198 6.42 48.63 1000 877 28.46 216.554 47.5 1.71 8.59 230 202 6.56 49.72 1100 965 31.33 238.156 49 1.76 9.18 235 207 6.70 50.8 1200 1053 34.18 259.758 51 1.82 9.77 240 211 6.84 51.9 1300 1140 37.03 281.460 53 1.87 10.35 245 215 6.98 53.0 1400 1228 39.88 303.062 54.5 1.92 10.92 250 219 7.12 54.1 1500 1316 42.72 324.764 56 1.97 11.48 260 228 7.41 56.2 1600 1404 45.57 346.366 58 2.03 12.03 270 237 7.69 58.4 1700 1491 48.42 368.068 60 2.08 12.57 280 246 7.97 60.5 1800 1579 51.3 389.670 61.5 2.13 13.11 290 254 8.25 62.7 1900 1667 54.1 41172 63 2.19 13.64 300 263 8.54 64.9 2000 1775 56.9 43374 65 2.24 14.17 310 272 8.82 67.1 2100 1842 59.8 45476 67 2.29 14.69 320 281 9.10 69.3 2200 1930 52.7 47678 68 2.35 15.21 330 289 9.39 71.4 2300 2018 65.5 49380 70 2.40 15.72 340 298 9.67 73.6 2400 2106 68.4 51982 72 2.46 16.22 350 306 9.96 75.7 2500 2193 71.2 54184 74 2.51 16.72 360 315 10.25 77.9 2600 2281 74.0 56386 75.5 2.56 17.22 370 324 10.53 80.1 2700 2369 76.9 58488 77 2.61 17.71 380 333 10.82 82.2 2800 2456 79.7 60690 79 2.67 18.20 390 342 11.10 84.4 2900 2544 82.6 62392 81 2.72 18.68 400 351 11.39 86.6 3000 2632 85.4 64994 82.5 2.78 19.16 410 360 11.67 88.7 3100 2720 88.3 67196 84 2.83 19.64 420 369 11.96 90.9 3200 2808 91.1 69398 86 2.89 20.12 430 377 12.24 93.1 3300 2895 94.0 715

    100 88 2.94 20.60 440 386 12.52 95.2 3400 2893 96.8 736105 92 3.09 21.77 450 395 12.81 97.4 3500 3.071 99.7 758110 96 3.23 22.93 460 404 13.09 99.5 3600 3158 102.5 780115 101 3.37 24.09 470 412 13.38 101.7 3700 3246 105.4 801120 105 3.51 25.24 480 421 13.67 103.9 3800 3334 108.2 823125 110 3.65 26.39 490 430 13.96 106.0 3900 3421 111.1 845130 114 3.78 27.53 500 439 14.25 108.2 4000 3509 113.9 866135 118 3.92 28.67 520 456 14.81 112.5 4500 3948 128.2 975140 123 4.06 29.80 540 473 15.38 116.9 5000 4386 142.4 1083145 127 4.20 30.93 560 490 15.95 121.2 5500 4825 156.6 1190150 132 4.33 32.06 580 508 16.52 125.5 6000 5264 170.2 1299155 136 4.47 33.18 600 526 17.09 129.9 7000 6141 199.3 1515160 141 4.61 34.29 620 544 17.66 134.2 8000 7018 227.8 1732165 145 4.75 35.40 640 562 18.23 138.5 9000 7896 258.3 1948170 150 4.89 36.51 660 579 18.80 142.8 10000 8772 284.8 2166

  • COR

    Os produtos de petrleo apresentam

    variao de cor quando observados

    contra a luz. Essa faixa de variao atinge

    desde o preto at quase o incolor.

    As variaes de cor so devidas as vari-

    aes da natureza dos crus, da viscosi-

    dade e dos mtodos e formas de trata-

    mento empregados durante a refi-

    nao, sendo que so usados corantes

    para uniformizar o aspecto de certos

    produtos. No colormetro da ASTM,

    temos vidros com oito cores diferentes,

    desde o mais claro (n 1) at o mais es-

    curo (n 8), abrangendo desde o claro

    at o vermelho carregado. Cor mais es-

    cura observa-se usando uma diluio

    de 15% de leo em 85% de querosene,

    e ao resultado se acrescenta a palavra

    diludo. Antigamente, a cor clara indi-

    cava um leo de baixa viscosidade.

    Atualmente, consegue-se leos de alta

    viscosidade e bem claros.

    leos de origem parafnica -re-

    fletem luz de cor verde fluorescente.

    leos de origem naftnica - re-

    fletem luz azulada.

    Pode-se imitar essas cores com a adio

    de aditivos, o que vem mostrar a no

    influncia da corno desempenho do lu-

    brificante.

    RESDUO DE CARVO CONRADSON

    Ensaio destinado a verificar a porcen-

    tagem de resduo carbonoso de um

    leo, quando submetido evapora-o

    por altas temperaturas, na ausncia de

    oxignio. Procede-se da seguinte

    maneira com o aparelho empregado

    para esta prova (ver figura a seguir):

    Coloca-se um vaso de porcelana (a),

    contendo uma amostra de dez

    gramas de leo a ensaiar, dentro

    de outro vaso de ferro (b),

    fechado por um dispositivo

    especial. Este, por sua vez,

    colocado sobre uma cama-

    da de areia num terceiro

    vaso, de ferro (c), com tam-

    pa mal vedada, de modo a

    permitir o escapamento dos

    gases. A tampa do segundo

    vaso (b) tem uma pequena

    vlvula de descarga,

    atravs da qual os vapores do leo po-

    dem passar ao terceiro vaso (c) e da,

    pelas pequenas frestas deixadas pela m

    vedao da tampa, cmara exterior

    (d), onde so inflamados pela chama da

    fonte de calor (e). Desta forma, evita-se

    o contato 2 do ar com o leo colocado

    em (a). A quantidade de calor necessria

    para produzir a evaporao fornecida

    sempre quando os vapores desprendi-

    dos do vaso (a) cessam de queimar, a

    aumenta-se o aquecimento do terceiro

    vaso (c) at o rubro cereja, mantendo-o

    assim durante sete minutos. Cessado o

    aquecimento, pesa-se a quantidade do

    resduo que ficou no vaso (a), represen-

    tando-se o ndice de resduo como por-

    centagem em relao ao volume de leo

    empregado no ensaio (10 g).

    Os leos de maior viscosidade deixam

    maior porcentagem de resduos, sendo

    que os leos d origem naftnica dei-

    xam menor porcentagem que os de

    origem parafnica.

    13

  • 14

    No entanto, as condies existentes no

    aparelho de teste no so repetidas na

    prtica. Alm disso, uma aditivao

    conveniente pode mudar o comporta-

    mento do leo, alm do mesmo ser

    afetado pelo combustvel.

    As principais caracteristicas de ordem

    qumica so as que seguem:

    NMERO DE NEUTRALIZAAO (NN)

    O nmero de neutralizao (NN)

    genericamente definido como sendo a

    quantidade de base, expressa em

    miligramas de hidrxido de potssio,

    ou a quantidade de cido, expressa em

    equivalentes miligramas de hidrxido

    de potssio, necessria para neutralizar

    os constituintes de carter cido ou

    bsico contidos em um grama de uma

    amostra de leo.

    Nmero de Acidez Total (TAN) a

    quantidade de base, expressa em

    miligramasde hidrxido de potssio,

    necessria para neutralizar todos os

    componentes cidos presentes em um

    grama de amostra.

    Nmero de Acidez Forte, Mineral ou

    Inorgnica (SAN) a quantidade de

    base, expressa em miligramas de

    hidrxido de potssio, necessria para

    neutralizar os cidos fortes presentes

    em um grama de amostra.

    Nmero de Alcalinidade Total (TBN)

    a quantidade de cido, expressa em

    equivalentes miligramas de hidrxido

    de potssio, necessria para neutralizar

    todos os componentes bsicos

    presentes em um grama de amostra.

    Nmero de Alcalinidade Forte, Mineral

    ou Inorgnica (SBN) a quantidade de

    cido, expressa em equivalentes miligra-

    mas de hidrxido de potssio, necessria

    para neutralizar as bases fortes presentes

    em um grama de amostra.

    CINZAS SULFATADAS

    O contedo de cinzas de um leo lu-

    brificante inclui todos os materiais no

    combustveis presentes. As cinzas so

    determinadas pela queima completa de

    uma amostra de leo e consistem de

    todos os compostos metlicos exis-

    tentes no leo aditivos e desgaste

    tratados com acido sulfrico e conver-

    tidos sulfatos, expressos em porcen-

    tagem. leos minerais puros no dei-

    xam cinzas sulfatadas.

    NMERO DE SAPONIFICAO

    De acordo com a ASTM, o nmero de

    saponificao um ndice, que identi-

    fica a quantidade de gordura ou de

    leo graxo presente em um leo mine-

    ral novo. Realiza-se o ensaio medindo o

    peso, em mg, de KOH necessrio para

    saponificar um grama de leo.

    Tambm serve para venficar uma even-

    tual contaminao de leo com graxa.

    OXIDAO

    Existem vrias provas de laboratrio

    para determinar a resistncia oxi-

    dao dos leos lubrificantes, que

    uma caracterfstica primordial em sua

    qualidade e desempenho. Finalmente,

  • 15

    as principais caractersticas de ordem

    prtica, ou seja, aquelas medidas ou

    determinadas empiricamente:

    DETERGNCIA - DISPERSNCIA

    Os detergentes so compostos que

    auxiliam a manter limpas as superf-

    cies metlicas, minimizando a for-

    mao de borras e lacas de qualquer

    natureza, por meio de reaes ou

    processos de soluo. No significa

    propriamente uma enrgica ao de

    limpeza, mas redues na tendncia

    de se formarem depsitos.

    A dispersncia ou dispersividade de-

    signa a propriedade dos leos lubrifi-

    cantes de poderem manter em sus-

    penso, finamente divididas, quais-

    quer impurezas formadas no interior

    do sistema (ou que nele penetrem),

    at o momento de serem eliminadas

    por ocasio da troca ou purificao do

    lubrificante.

    OLEAGINOSIDADE OU PODERLUBRIFICANTE

    Propriedade que distingue dois leos

    ou substncias de mesma viscosidade

    (por exemplo, lado e leo).

    No se tem uma explicao razovel

    para se saber como o coeficiente de

    atrito varia com a temperatura em

    leos de mesma viscosidade, mas tem-

    se tentado algumas:

    a) a espessura da pelcula residual

    em contato com as superfcies

    atritantes so diferentes

    b) a viscosidade aumenta com a presso

    c) as propriedades adesivas dos leos

    so distintas

    Por definio, a oleaginosidade se re-

    fere unicamente s propriedades redu-

    toras do atrito interno dos leos que

    trabalham com pelcula parcial, caso

    que ocorre em servios severos, tais

    como em motores diesel de alta rota-

    o e cargas elevadas e nas paredes

    dos mancais.

  • RESISTNCIA A EXTREMA PRESSO (EP)

    Propriedade de proteger superfcies em

    contato, sob presses to elevadas que

    provocar um rompimento da pelcula

    de leo. Nessas condies, as partes em

    contato provocam a elevao de tem-

    peratura, ocorrendo a solda.

    A zona de soldagem, desprendendo-se,

    atinge as superfcies prximas, raian-

    do-as e escoriando-as.

    Caracterstica de extrema presso

    sinnimo de evitar solda.

    Os aditivos EP trabalham combinan-

    do-se com o metal das superfcies atri-

    tantes e formando uma capa superfi-

    cial que evita a soldagem.

    A eficincia dessa ao

    protetora depende da

    quantidade e da ativi-

    dade dos produ-

    tos qumicos usa-

    dos e das

    condies de carga e

    velocidade.Os aditivos so a

    base de enxofre, fsforo, chumbo* e

    cloro, puros ou combinados.

    * A Mobil nao utiliza chumbo em suas formulaes porque

    este elemento pode tornar-se nocivo a sade.

    PROTEO CONTRA A FERRUGEM E CORROSO

    a propriedade que os leos minerais

    possuem de proteger as partes metli-

    cas contra a oxidao causada pela

    umidade. Certos aditivos melhoram

    essa caracterstica, revestindo comple-

    tamente as superfcies metlicas, for-

    mando uma pelcula que as protegem

    do contato com a gua.

    RESISTNCIA A FORMAODE ESPUMA

    Como sabemos, a espuma

    formada pelo ar ou gs retido

    dentro de um lquido. Certos

    aditivos antiespumantes agem

    sobre bolhas, enfraquecendo-as e

    provocando o seu rompimento -

    o ar liberado. A ao muito

    parecida com a de furar uma bexiga.

    AGENTE ANTIESPUMAADESIVIDADE

    O leo deve possuir adesividade in-

    trnseca, que d as finas pelculas

    de leo a propriedade de per-

    manecerem aderidas ao metal,

    apesar da ao raspadora

    originada pelo movimento.

    16

  • Graxas lubrificantes so produtos

    compostos, semiplsticos, formulados

    com leos minerais (de diversas vis-

    cosidades), um agente espessador,

    geralmente chamado de sabo, e adi-

    tivos. Os sabes mais comuns so a

    base de clcio, sdio, ltio, alumnio e

    brio.

    17

    LEO MINERAL + ESPESSADOR + ADITIVOS = GRAXA

    O leo mineral quem realmente lu-

    brifica e o espessador um retentor

    do leo mineral.

    Os aditivos conferem propriedades

    antioxidantes, adesividade, estabili-

    dade estrutural, resistncia ao desalo-

    jamento, a extremas presses e a

    lavagem pela gua, etc.

    As graxas tem caractersticas mensu-

    rveis, tais como:

    CONSISTNCIA

    A consistncia de uma graxa deter-

    minada atravs da medida, em dci-

    mos de milmetro, da penetrao de

    um cone padronizado na mesma.

    O teste realizado com a amostra de

    graxa a 25C; aps 5 segundos do dis-

    paro do cone, faz-se a leitura direta-

    mente no aparelho.

    Atravs do valor obtido, entra-se em

    uma tabela que nos permite obter o

    grau de consistncia da graxa.

    GraxasC A P T U L O 5

  • Quanto menor a variao de con-

    sistncia, melhor ser o desempenho

    da graxa no uso prtico.

    A classificao NLGI (National Lubri-

    cating Grease Institute) arbitrou

    nmeros que correspondem as

    diferentes faixas de penetrao

    (ASTM D 217 - 86).

    PONTO DE GOTA a temperatura na qual a graxa passa

    do estado slido ou plstico ao lquido,

    sob condies determinadas. Na prti-

    ca, no se deve usar uma graxa em um

    servio cuja temperatura normal de

    trabalho esteja muito prxima do seu

    ponto de gota.

    VISCOSIDADE APARENTE importante na lubrificao centra-

    lizada, onde necessrio saber o com-

    portamento da graxa quanto a fluidez

    nos tubos condutores do sistema.

    OXIDAOExiste um ensaio denominado NORMA

    HOFFMANN (ASTM D 942) que visa

    determinar a quantidade de oxignio

    absorvido pela graxa em condies

    padronizadas. Em servio, quanto maior

    a temperatura, mais freqentes devero

    ser as trocas e reposies.

    SEPARAO DO LEOAs graxas, quando armazenadas du-

    rante longo perodo, apresentam ra-

    zovel tendncia decomposio, sepa-

    rando-se o leo do sabo. Mede-se o

    leo separado num ensaio padro, uti-

    lizando-se um aparelho denominado

    Cone de Mistura.

    RESISTNCIA A LAVAGEM PORGUAAs graxas que trabalham em contato

    com gua devem ter propriedades que

    as tornem aceitveis para esse uso. O

    ensaio define a resistncia da graxa a

    lavagem por gua em mancais.

    CORA cor da graxa no significa nem de-

    termina qualidade.

    18

    Grau de consistncia NLGI Penetrao Trabalhada a 25C (77F) -0,1mm-

    000 445 - 475

    00 400 - 430

    0 (mole) 355 - 385

    1 310 - 340

    2 (mdia) 265 - 295

    3 (mdia) 220 - 250

    4 175 - 205

    5 130 - 160

    6 (dura) 85 - 115

  • AtritoC A P T U L O 6

    Atrito, ou fora de atrito, a fora de

    resistncia ao movimento de duas su-

    perfcies, e proporcional a fora de

    compresso.

    Define-se o atrito externo como a re-

    sistncia ao movimento de duas su-

    perfcies em contato, sendo que tal re-

    sistncia deve-se as irregularidades

    microscpicas que as superfcies apre-

    sentam.

    Quando se interpe uma camada de

    leo entre duas superfcies metlicas, a

    fora de atrito diminui consideravel-

    mente, pois evitado o contato entre

    as mesmas.

    Nesse caso, o atrito externo substi-

    tudo pelo que chamamos de atrito

    interno, que consiste na fora

    necessria para vencer a coeso entre

    as molculas de uma determinada

    matria, seja slida, Iquida ou gasosa.

    Ao vencer o atrito interno apresenta-

    do pela camada de leo, os choques

    entre as molculas de leo geram

    calor, o que provoca um aumento

    de temperatura.

    Ao usarmos uma lubrificao correta,

    pretendemos manter mnimos os atri-

    tos externo e interno, reduzindo o

    desgaste das peas sem, com isso,

    provocarmos demasiado aumento de

    temperatura.

    Abaixo, temos as ilustraes do acima

    exposto.

    19

    Escorregamentosem lubrificante(h contato entre as superfcies)

    ATRITO SLIDO

    Escorregamentocom lubrificantes(no h contato entre as superfcies)

    ATRITO FLUDO

  • 20

    Princpios da LubrificaoC A P T U L O 7

    Imaginemos a grande variedade de

    mquinas utilizadas atualmente e que

    devem ser lubrificadas. Em tais

    mquinas, de um modo geral, o que

    se lubrifica so mancais, engrenagens

    e cilndros. Sob o ponto de vista da lu-

    brificao, funcionam todos subordi-

    nados aos mesmos princpios funda-

    mentais.

    LUBRIFICAO INTERMITENTEOU RESTRITA

    a aplicao do lubrificante a interva-

    los certos e em quantidades restritas,

    afim de manter-se uma camada delga-

    da de lubrificante entre as superfcies

    em movimento.

    Caractersticas do lubrificante:

    a) grande adesividade

    b) grande resistncia a ruptura da

    pelcula

    c) alto poder lubrificante, oleosidade

    d) viscosidade ou consistncia

    adequada

    e) resistncia a formao de depsitos

    LUBRIFICAO CONTINUA OU PLENA:

    a aplicao abundante de lubrifi-

    cante, por circulao, a fim de que as

    duas superfcies em movimento pos-

    sam ficar separadas mediante uma

    cunha de leo, que se forma devido a

    velocidade relativa das superfcies e a

    adeso do leo a elas.

    Caractersticas do lubrificante:

    a) alta estabilidade qumica

    b) fcil demulsibilidade

    c) viscosidade adequada

    d) resistncia a ruptura da pelcula

    e) propriedade de proteo contra

    ferrugem

    As caractersticas do lubrificante

    ficaro melhor evidenciadas quando

    estudarmos os componentes das

    mquinas.

  • Fundamentos da LubrificaoC A P T U L O 8

    Os fundamentos da lubrificao ba-

    seiam-se nos tipos de camadas lubrifi-

    cantes e nas condies requeridas para

    o leo empregado.

    As camadas lubrificantes so as

    seguintes:

    Camada de Pelcula Fluida

    Camada de Pelicula Limtrofe

    Camada de Pelcula Mista

    A camada de pelcula fluida ocorre

    quando a lubrificao contnua ou

    plena. Tais camadas podem ser de

    pelcula fluida hidrodinmica, quando

    a separao das superficies metlicas

    em movimento se d em funo da

    presso hidrodinmica criada no leo

    pelo movimento relativo destas, ou de

    pelcula fluida hidrosttica, onde a

    separao das partes metlicas aconte-

    ce em funo da presso hidrulica

    exercida por uma bomba. A pelcula

    fluida ainda pode ocorrer por com-

    presso, quando sujeita a choques in-

    termitentes.

    As camadas de pelcula limtrofe ocor-

    rem quando a lubrificao intermi-

    tente ou restrita.

    A separao das superfcies em movi-

    mento se d atravs de uma tnue

    pelcula, que, graas a aderncia do lu-

    brificante ao metal e aos aditivos espe-

    ciais utilizados, impede a formao

    dos pontos de solda, evitando o des-

    gaste das partes metlicas.

    As pelculas de camada mista ocorrem

    quando h a combinao das anteri-

    ores. Por exemplo, em mancais de ro-

    lamentos temos entre as esferas e as

    pistas as pelculas de compresso e

    limftrofe.

    21

  • Mtodos de AplicaoC A P T U L O 9

    Dividiremos este assunto em duas

    partes distintas, segundo os principios

    de lubrificao utilizados.

    DISPOSITIVOS DE LUBRIFI-CAO

    Servem para garantir uma lubrificao

    intermitente correta, assegurando

    uma quantidade mnima de lubrifi-

    cante no lugar e no tempo certo.

    Os dispositivos para leo so almoto-

    lias, copos conta-gotas, copos de me-

    cha, copos de vareta, lubrificadores de

    nivel constante, lubrificadores centra-

    lizados, lubrificadores mecnicos, lubri-

    ficadores de tinha, atomizadores, etc.

    Os dispositivos para graxa so nipples

    ou bicos graxeiros, copos graxeiros ou

    stauffer, pistolas manuais, lubrificado-

    res centralizados, manuais ou autom-

    ticos, pistolas pneumticas, etc.

    SISTEMAS DE LUBRIFICAO

    Servem para garantir uma lubrificao

    contnua ou plena correta, asseguran-

    do um suprimento abundante de leo,

    a fim de poder formar a camada de

    pelcula fluda. So os seguintes os sis-

    temas de lubrificao: circulao, ban-

    ho, salpico, anel, colar, corrente, etc.

    22

  • Componentes de MquinasC A P T U L O 1 0

    Toda mquina, por mais complexa

    que seja, sempre contm um ou mais

    elementos que necessitam de lubrifi-

    cao. Esses elementos, como vimos

    anteriormente, so:

    MANCAISENGRENAGENS

    CILINDROS

    Daremos seguir uma explicao sus-

    cinta desses elementos, pois so as-

    suntos especficos de outras publi-

    caes da Mobil Oil do Brasil.

    MANCAIS

    So mangas ou buchas de diferentes

    materiais, desenhos e construes, que

    servem para segurar os eixos de trans-

    misso, suportando as cargas e evitan-

    do a deflexo desses eixos. Existem

    dois tipos principais: mancais de

    deslizamento e de rolamento.

    O mancal de deslizamento consiste

    em geral de uma carcaa composta de

    base e tampa. O material que serve de

    assento ao eixo pode ser do prprio

    material da carcaa ou de uma bucha

    de metal patente ou outro qualquer,

    normalmente mais mole que o do eixo.

    Mancais de deslizamento so chama-

    dos guias quando o movimento do

    eixo no sentido axial e no rotativo.

    O tipo de lubrificante que iremos in-

    terpor entre o mancal e o eixo de-

    pende da rotao, tamanho, presses e

    condies mecnicas de funcionamen-

    to e operao. Deve-se localizar o pon-

    to, ou melhor, a rea de presso do

    mancal, para aplicarmos o lubrificante,

    o que ocorre geralmente no lado opos-

    to deste. Existem ranhuras no mancal

    que servem para distribuir o leo no

    sentido longitudinal do mancal.

    A lubrificao pode ser feita por cir-

    culao, banho, anel ou colar. Os dis-

    positivos para aplicao intermitente

    so copos conta-gotas, copos gra-

    xeiros, almotolia etc.

    O mancal de rolamento consiste de

    uma pista externa e outra interna, entre

    as quais so colocadas esferas ou ro-

    letes, mantidos no lugar por uma gaiola

    ou separador. As folgas entre esferas e

    pistas so mmimas e o atrito existente

    praticamente nulo, desde que no haja

    deformao das pistas.

    O tipo de lubrificante, seja graxa ou

    leo, tambm depende da rotao,

    tamanho do mancal e condies de

    funcionamento e de operao, sendo

    aplicado por banho, circulao, pisto-

    las, nipples, copos graxeiros, etc.

    Convm lembrar que, num rolamen-

    to, a graxa deve ocupar no mximo

    dois teros do volume entre esferas e

    roletes, pois mais que isso provoca

    aquecimento.

    23

  • ENGRENAGENS

    So rodas dentadas de diversos tama-

    nhos, desenhos, construes e materi-

    ais, que servem para transmitir energia

    dinmica de um eixo para outro.

    Quanto aos tipos de engrenagens, temos:

    cilndricas dentes retos ou helicoidais

    cnicas dentes retos ou espirais

    hipoidais dentes hiperblicos

    sem-fim parafusos helicoidais

    Fatores que influem a lubrificao de engrenagens:

    tipo de engrenagem e dentes

    material e acabamento

    rotao e carga ou potncia

    reduo de velocidade, quando se tratar de caixas de engrenagens

    temperatura de funcionamento

    mtodo de acionamento (turbina, motor eltrico,mquina a vapor, motor de combusto interna, etc)

    Na recomendao de lubrificantes para

    engrenagens deve-se considerar minu-

    ciosamente trs condies bsicas,

    quais sejam:

    condies mecnicas

    condies de operao

    condies ambientais

    Existem engrenagens tanto abertas como

    fechadas (caixas de engrenagens) e o ti-

    po de lubrificante a ser recomendado

    depende muito do sistema de aplicao.

    Mtodos de aplicao:

    Para engrenagens abertas:

    Pincel, esptula, almotolia, lubrifi-

    cadores mecnicos, lubrificado

    centralizado, bandeja, etc.

    Para engrenagens fechadas:

    Salpico, banho, borrifo,

    circulao, etc.

    No engrenamento, observamos os

    seguintes movimentos das superfcies

    em contato: deslizamento, rolamento e

    deslizamento, ou s deslizamento,

    quando se trata de parafuso sem-fim.

    A rea de contato entre os dentes das

    engrenagens uma linha, reduzida a

    um ponto no caso das engrenagens

    hipoidais, que, portanto, exigem sem-

    pre um lubrificante de extrema-

    presso, contendo composto orgnico

    com forte ao antifuso, geralmente

    base de enxofre, cloro e fsforo.

    24

  • CILNDROS

    Existem cinco tipos bsicos: cilindros

    de sistemas hidrulicos de mquinas a

    vapor, decompressores de ar, de bom-

    bas de vcuo, de compressores de frio

    e de motores de combusto interna.

    Ao falar-se em cilindros, pensamos

    sempre em trs elementos: camisa do

    cilindro, pisto e anis de segmento.

    O leo lubrificante deve:

    reduzir ao mimimo o desgaste oriundo do contatometlico entre camisa, anis e pisto

    evitar as fugas de gases entre os anis e a camisa eentre o pisto e os anis

    evitar a formao de incrustaes nos anis eranhuras.

    A lubrificao de cilindros de sistemas

    hidrulicos requer alguns cuidados

    que dependem dos tipos de bombas

    utilizadas. A escolha correta do leo

    lubrificante varia de acordo com as

    condies de servio.

    As caracterfsticas do leo devem con-

    ferir com as de um leo para lubrifi-

    cao contmua.

    Os fatores que influenciam na reco-

    mendao do lubrificante so o tipo

    da bomba, capacidade do sistema, tipo

    da mquina, tipo de servio e tempe-

    ratura de operao.

    Cilindros de mquinas a vapor reque-

    rem ateno especial no que se refere

    a temperatura e umidade do vapor.

    O leo lubrificante deve:

    resistir ao desalojamento pela gua

    possuir viscosidade adequada em altas temperaturas

    resistir decomposio e formao de carvo

    separar-se facilmente do vapor de escape e da guacondensada.

    Alm de anis, camisa e pisto, o mes-

    mo leo tambm lubrifica vlvulas e

    gaxetas.

    Mtodos de aplicao: lubrificador

    mecnico, lubrificador hidrulico

    e atomizador.

    Os leos a serem recomendados so

    minerais puros ou compostos, cujas

    caractersticas conferem com as de um

    leo para lubrificao intermitente.

    Os fatores que influenciam na re-

    comendao do lubrificante so a

    temperatura do vapor, destino do va-

    por condensado e sistema de purifi-

    cao ou recuperao.

    Cilindros de compressores de ar e

    bombas de vcuo so sistemas muito

    semelhantes no tocante a lubrificao.

    Tipos de compressores de ar

    Compressores de pistes (movimento alternado)verticais, horizontais e em V

    Compressores rotativos, de parafuso ou de palhetas,e turbo compressores

    Compressores de lbulos (sopradores)

    25

  • A capacidade dos compressores

    geralmente indicada de acordo com a

    quantidade de ar deslocado presso

    atmosfrica.

    Para evitar-se temperaturas muito ele-

    vadas e reduzir-se o consumo de ener-

    gia, normalmente a compresso divi-

    dida em dois ou mais estgios, depen-

    dendo da presso final requerida. Para

    aumentar a eficincia desse processo,

    necessrio prover um resfriador inter-

    medirio entre os vrios estgios.

    Sabe-se que a compresso do ar gera

    calor, que aumenta a energia cintica

    do ar e, por conseguinte, a presso. Se

    o ar no fosse resfriado antes de entrar

    no segundo estgio, isto significaria

    um trabalho extra a ser vencido inutil-

    mente pelo compressor.

    A umidade contida no ar comprimido,

    quando resfriada, se condensa e tende

    a desalojar o lubrificante. A influncia

    desta umidade est intimamente ligada

    s condies de operao e ambientais.

    O lubrificante deve

    resistir ao desalojamento pela gua

    resistir formao de carvo nas vlvulas,especialmente as de escape, que trabalham maisquentes

    ter uma extraordinria adesividade ao metal epelicula de grande resistncia, para evitar contatometlico nas partes superiores dos cilindros.

    Mtodos de aplicao:

    Compressores pequeno:mancais e cilindros: salpico, anel e nvoa

    Compressores grandes:mancais: salpico e circulao cilindros: lubrificador

    mecnico

    Para a recomendao correta do lubri-

    ficante, necessrio um estudo minu-

    cioso dascondies mecnicas, de

    operao e ambientais.

    Fatores que afetam a recomendao:

    presso final, nmero de estgios, tipo

    de resfriamento (gua ou ar) e mtodo

    de aplicao do lubrificante.

    A lubrificao das bombas de vcuo

    semelhante dos compressores de ar.

    Nos compressores de frio, os meios ou

    gases refrigerantes so a amnia, dixi-

    do de carbono, gs sulfuroso ou dixido

    de enxofre, cloreto de etila, cloreto de

    metila, cloreto de metileno e freon 12.

    Um sistema de refrigerao, de acordo

    com o ciclo, tem como elementos bsi-

    cos o compressor, condensador, reser-

    vatrio do meio refrigerante, vlvula

    reguladora de expanso, evaporador e

    separador de impurezas.

    Os fatores que afetam a recomendao

    do leo lubrificante correto so a tem-

    peratura mnima no evaporador, o

    tipo de gs refrigerante e o sistema de

    funcionamento (inundado ou seco).

    26

  • O leo lubrificante deve

    ter seu ponto de congelamento abaixo da temperaturaexistente no evaporador;

    ter uma alta resistncia contra a oxidao;

    separar-se facilmente do refrigerante Iquido.

    Mtodos de aplicao:

    Compressores pequenos :salpico

    Compressores grandes:- mancais: circulao, salpico ou banho- cilindros: lubrificador mecnico

    Cilindros de motores de combusto in-

    terna so cilindros de lubrificao crti-

    ca. Tipos de motores de combusto inter-

    na:

    quanto ao combustvel: motores

    a gs, gasolina, querosene,

    leo diesel, lcool e/ou misturas

    quanto finalidade: motores auto-

    motivos, motores industriais ou

    estacionrios e motores martimos

    quanto rotao: motores de

    alta, mdia e baixa rotao

    quanto ao funcionamento: mo-

    tores de 4 tempos e motores de 2

    tempos (ciclo Diesel ou Otto)

    quanto a construo: motores de

    simples e de dupla ao (verticais

    e horizontais) motores de pistes

    opostos e de pistes rotativos (Wankel)

    Devido queima do combustvel den-

    tro dos cilindros, bvio que h for-

    mao de resduos da combusto.

    O leo lubrificante deve

    manter em suspenso as partculas de combustoincompleta (para isso contm uma certa porcentagemde aditivo detergente dispersante);

    resistir em alto grau decomposio qumica,oxidao e formao de carvo, queimando-se limpo;

    possuir ndice de viscosidade adequado.

    As demais caractersticas conferem com

    as de leo para lubrificao contnua. A

    parte superior do cilindro a mais

    crtica quanto s exigncias de lubrifi-

    cao, devido as altssimas temperaturas

    ali existentes e ao contato direto dos gas-

    es e resduos da combusto com o lubrif-

    icante, alm da maior presso do anel su-

    perior contra a parede do cilindro, o que

    tende a desalojar o lubrificante, provo-

    cando, s vezes, ruptura da pelcula.

    Mtodos de aplicao:

    Pequenos motores gasolina, mancais e cilindros:- salpico.

    Motores automotivos a diesel, gasolina ou lcool - mancais: circulao torada- cilindros: borrifo

    Motores estacionrios com crter - mancais: circulao forada- cilindros: borrifo

    Motores estacionrios com depsito de leo- mancais: circulao forada- cilindros: lubrificador mecnico

    Para a recomendao correta de leos

    para motores, deve ser feito um estudo

    minucioso das condices mecnicas,

    ambientais e de operao. Os fatores

    que afetam a recomendao so a quali-

    dade e o tipo do combustvel, capaci-

    dade do sistema, rotao, refrigerao e

    tipo de carga.

    27

  • 28

    Motores de Combusto InternaC A P T U L O 1 1

    PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    So motores de combusto interna

    aqueles que utilizam diretamente a

    energia produzida pela queima de de-

    terminados produtos. Podem ser clas-

    sificados como alternativos e rota-

    tivos, tendo uma vasta gama de apli-

    cao, como automotiva, industrial,

    em aviao e marinha.

    Os motores alternativos, quanto ao ci-

    clo mecnico, classificam-se em:

    motores de 4 tempos e

    motores de 2 tempos.

    MOTORES DE 4 TEMPOSGASOLINA/LCOOL

    Os quatro cursos sucessivos, por meio

    dos quais se completa o ciclo de fora,

    so denominados:

    a. Curso de ADMISSO

    ou ASPIRAO

    b. Curso de COMPRESSO

    c. Curso de EXPLOSO ou FORA

    d. Curso de ESCAPAMENTO

    Inicialmente, para fazer o eixo de

    manivelas girar, preciso haver uma

    fonte de energia externa, que pode ser

    produzida virando-se manualmente

    uma manivela ligada extremidade

    dianteira do eixo de manivelas ou, co-

    mo no caso dos automveis, por meio

    de um motor eltrico de partida. Uti-

    liza-se a energia externa at que a ener-

    gia originada dentro do motor du-

    rante o curso de exploso passe a

    fornecer o movimento necessrio para

    manter o motor em funcionamento,

    assegurando novos impulsos de fora.

    O eixo de comando das vlvulas liga-

    do por engrenagens ou uma corrente

    ao eixo de manivelas, de maneira a gi-

    rar metade da velocidade deste.

    Conforme o eixo de comando gira, as

    suas partes salientes ou cames em-

    purram de seus assentos as vlvulas de

    admisso e de escapamento, nos tem-

    pos certos de abertura. Quando as

    vlvulas devem ser fechadas, molas

    tornam a traz-las para seus assentos.

    Os tempos de abertura e fechamento

    variam de acordo com a construo e

    o desenho do motor.

    Um tubo de entrada, ou coletor de ad-

    misso, ligado ao suprimento de

    ar/combustvel, conduz a mistura ao

    cilindro, e uma fonte de corrente

    eltrica fornece energia vela de ig-

    nio no tempo certo do ciclo. Uma

    tubulao de escapamento coleta os

    gases da combusto para solt-los na

    atmosfera.

  • A. Curso de ADMISSO

    A rotao do eixo de manivelas faz o

    pisto mover-se para baixo neste cur-

    so, criando uma suco (vcuo) na c-

    mara de combusto. Como a vlvula

    de admisso se abre praticamente no

    incio do curso, uma mistura de ar e

    combustvel, em propores ade-

    quadas para a combusto, aspirada

    para dentro da cmara de combusto,

    pois a presso atmosfrica mais ele-

    vada do que a existente no cilindro.

    A vlvula de escapamento permanece

    fechada durante este curso, mas a de

    admisso fica aberta at o pisto al-

    canar a parte inferior do curso, ou

    mesmo at ser iniciado o curso para

    cima, o de compresso.

    B. Curso de COMPRESSO

    A continuao da rotao do eixo de

    manivelas faz o pisto mover-se para

    cima e, desde que ambas as vlvulas

    estejam fechadas, a carga de ar e com-

    bustvel gradualmente comprimida

    pela diminuio do espao acima do

    pisto. No fim, ou quase no fim deste

    curso, uma fasca eltrica da vela de

    ignio inflama a carga de combust-

    vel. O impulso das partes mveis (pis-

    to, biela, eixo de manivelas e volante)

    faz o pisto vencer o seu ponto morto

    superior no final do curso, apesar do

    aumento da presso do gs resultante

    da combusto.

    C. Curso de EXPLOSO

    O calor da combusto faz com que os

    gases aprisionados se expandam. Isto

    produz um aumento de presso que

    fora o pisto para baixo, girando o

    eixo de manivelas e o volante, assim

    desenvolvendo fora. Para aprisionar

    os gases e assim assegurar o mximo

    rendimento da presso resultante, as

    vlvulas de admisso e de escapamen-

    to permanecem fechadas at quase o

    fim do curso. Nessa ocasio a vlvula

    de escapamento se abre.

    29

  • D. Curso de ESCAPAMENTO

    Completado o curso de exploso, o

    pisto passa o ponto morto inferior e

    move-se para cima, no curso de es-

    capamento. Isto fora os gases queima-

    dos para fora do cilindro, pois a vlvu-

    la de escapamento aberta quase no

    inicio deste curso. Perto do fim do cur-

    so de escapamento, a vlvula de es-

    capamento fechada, e a de admisso

    aberta, comeando um novo ciclo.

    MOTORES DE 2 TEMPOSGASOLINA/LCOOL

    No motor de 2 tempos, o ciclo de fora

    completado em dois cursos do

    pisto. impossvel determinar com

    preciso os movimentos como no mo-

    tor de quatro tempos. Porm, os movi-

    mentos de fora e de escapamento po-

    dem ser considerados como ocorrendo

    no curso para baixo do pisto, e a en-

    trada e compresso como se realizando

    durante o curso para cima.

    Quando o pisto sobe, cria no crter

    uma depresso, provocando assim a

    aspirao do ar atravs do filtro de ar e

    carburador, originando a mistura que

    vai encher o crter (Fig. 1).

    Com a expanso dos gases que pro-

    duzida pela inflamao da mistura, o

    pisto impulsionado para baixo pro-

    duzindo energia mecnica. Na sua de-

    scida, o pisto descobre a janela de

    descarga, permitindo a sada dos gases

    de combusto.

    Ao mesmo tempo, comprime ligeira-

    mente a mistura que se encontra no

    crter, fazendo com que esta penetre

    no cilindro logo que a abertura do

    canal de transferncia fique descoberta

    (Fig. 2).

    Logo que a mistura penetra no cilin-

    dro, promovida a lavagem do mes-

    mo, que ajuda a expulsar os gases

    queimados no ciclo anterior (Fig. 3). A

    partir da, reinicia-se um novo ciclo.

    30

  • MOTORES DE 4 TEMPOS DIESEL

    Nestes motores, os quatro cursos, por

    meio dos quais se completa o ciclo de

    fora, so denominados:

    a. Curso de ASPIRAO

    ou ADMISSO

    b. Curso de COMPRESSO

    c. Curso de EXPLOSO ou FORA

    d. Curso de ESCAPE

    A. Curso de ASPIRAONo curso de aspirao, a vlvula de

    admisso abre-se um pouco antes de o

    pisto atingir o ponto morto superior

    e a vlvula de escape fecha-se um ins-

    tante depois. Quando o pisto inicia o

    movimento descendente, causa uma

    rarefao que permite a entrada de ar

    fresco no cilindro, atravs da vlvula

    de admisso. Se o motor for dotado de

    superalimentao, a sincronizao das

    vlvulas um tanto diferente e o ar, ao

    invs de ser aspirado ao descer o pisto,

    introduzido no cilindro sob presso.

    B. Curso de COMPRESSOLogo depois que o pisto passa pelo

    ponto morto inferior, a vlvula de ad-

    misso se fecha e o pisto ao subir ini-

    cia o curso de compresso. Pouco antes

    de atingir o ponto morto superior

    comea a injeo do combustvel. Du-

    rante a compresso, a temperatura do

    ar chega a alcanar 550/650C e a

    presso de compresso sobe de 30 at

    40 atm, ou mais. Nestas condies, o

    combustvel, finamente pulverizado,

    inflama-se espontaneamente ao pene-

    trar no cilindro. Com isto, a presso de

    combusto sobe at 70 atm e a tempe-

    ratura, pelo menos momentaneamente,

    atinge um valor da ordem de 1 500C.

    31

  • C. Curso de FORA:

    A combusto continua durante parte

    do curso de fora, at que cessa a in-

    jeo do combustvel. A expanso dos

    gases fora o pisto para baixo at o fi-

    nal do curso. Pouco antes de o pisto

    alcancar o ponto morto inferior, os

    gases se expandiram suficientemente/e

    ento se abre a vlvula de escape.

    D. Curso de ESCAPE:

    O pisto, ao subir novamente, fora os

    gases queimados para fora, atravs da

    vlvula de escape. Pouco antes de o

    pisto alcanar o ponto morto supe-

    rior a vlvula de admisso se abre

    o ciclo se repete.

    A. Curso de COMPRESSO:

    O curso de compresso comea quan-

    do o pisto, estando no ponto morto

    inferior, descobre as janelas de lava-

    gem, permitindo a entrada de ar sob

    baixa presso, que expele os gases

    queimados pelas janelas ou vlvulas de

    escape e enche o cilindro com ar fresco.

    Ao subir, o pisto fecha as janelas de

    escape e

    admisso (a), ou as vlvulas de escape

    se fecham (b), e tem inicio o curso de

    compresso. As presses e tempera-

    turas alcanadas pelo ar comprimido

    so similares as do motor de 4 tempos.

    A injeo do combustvel comea

    pouco antes de ser alcanado o ponto

    morto superior e imediatamente

    seguida da inflamao do combustvel.

    32

    MOTOR DE 2 TEMPOS DIESELSo aqueles em que, como o prprio

    nome diz, o ciclo de fora se completa-

    com dois cursos do pisto

  • B. Curso de FORA

    Logo aps iniciar se este curso cessa a

    injeo. A combusto e expanso dos

    gases foram o pisto para baixo,

    fornecendo trabalho ao eixo de

    manivelas. Ao fim do curso, o pisto

    abre as janelas (a), ou abrem-se as

    vlvulas de escape (b), pelas quais

    comeam a sair os gases queimados.

    Descendo um pouco mais, o pisto

    abre as janelas de lavagem e o ar sob

    presso expele o restante dos gases e

    enche o cilindro com nova B carga de

    ar fresco, recomeando o ciclo.

    LUBRIFICAO CORRETA DO MOTOR

    Com o tempo, a tendncia geral na

    construo dos motores automotivos

    tem sido a de reduzir o tamanho dos

    motores e, ao mesmo tempo, aumen-

    tar a sua potncia til. Isto foi conse-

    guido de diversas maneiras, por exem-

    plo: reduzindo as dimenses dos cilin-

    dros e aumentando as velocidades,

    usando razes de compresso mais ele-

    vadas, a fim de tornar mais eficiente a

    utilizao da energia do combustvel, e

    reduzindo as perdas causadas pelo atri-

    to, por meio de projetos e construes

    melhorados. Isto somente para men-

    cionar os progressos mais importantes.

    Entretanto, ainda que com estas mu-

    danas, a maioria das quais sujeita o

    leo lubrificante a temperaturas mais

    elevadas e outras influncias destruti-

    vas, a capacidade do crter no foi au-

    mentada, tendo sido mesmo reduzida.

    O resultado que os motores moder-

    nos exigem cada vez mais melhora-

    mentos nas qualidades do leo, a fim

    de satisfazer as necessidades de lubri-

    ficao.

    As principais funes do lubrificante deum motor so

    Lubrificar

    Vedar

    Resfriar

    Limpar e

    Proteger contra corroso

    0 leo deve lubrificar, evitando o des-

    gaste das partes metlicas em movi-

    mento, tais como mancais da biela e

    virabrequim, paredes do cilindro, eixo de

    comando de vlvulas, anis, tuchos, etc.

    A outra funo do leo vedar a pas-

    sagem dos gases da exploso para o

    crter, atravs dos anis de compresso.

    O leo tambm deve circular constan-

    temente pelo motor, resfriando a cabea

    do pisto. Um motor limpo est relati-

    vamente livre de depsitos de carvo,

    borra e verniz, e um leo de alta quali-

    dade proporciona a mxima limpeza do

    motor. O lubrificante deve possuir ele-

    vada alcalinidade, garantindo a neces-

    saria e eficaz neutralizao dos cidos

    oriundos da combusto, protegendo as-

    sim o motor contra a corroso.

    IMPORTNCIA DOS PERODOSDE TROCA DO LEO

    Um leo lubrificante de alta qualidade

    por si s no se deteriora facilmente,

    porm, em servio, est sujeito a

    vrias espcies de contaminao, que

    acabam por destruir a sua capacidade

    protetora.

    33

  • A fuligem, por exemplo, forma-se con-

    tinuamente em maior ou menor quan-

    tidade, em razo da queima de com-

    bustvel.

    O carvo se forma pela coqueificao

    da fuligem e provoca depsitos na

    cabea do pisto, nos anis, na saia do

    pisto e nas valvulas, podendo ser duro

    ou mole, conformea temperatura da

    rea considerada.

    Quando os motores trabalham em

    baixa temperatura, a formao de de-

    psitos macios de carvo grande,

    sendo que no crter, cmaras das

    vlvulas e outras partes relativamente

    frias do motor aparecem as borras for-

    madas a frio, caracterizadas por encer-

    rarem sempre certa quantidade de

    gua. Tais depsitos so bastante prej-

    udiciais, pois interferem no funciona-

    mento do motor, como o caso dos

    anis, que devem mover-se livremente,

    reduzindo ao mnimo a fuga dos gases.

    Caso haja passagem dos gases da com-

    busto, teremos aumento no consumo

    do leo e contaminao do lubrificante

    com o combustvel e gases de combusto.

    Os leos detergentes-dispersantes tem

    a propriedade de impedir a formao

    de depsitos, pois mantm em suspen-

    so todo o material carbonoso forma-

    do pela combusto. Assim sendo, o

    leo torna-se cada vez mais sujo, at o

    ponto em que deve ser trocado.

    natural, portanto, que o leo es-

    curea com o tempo de uso.

    O perodo real de troca somente deve-

    ria ser estabelecido aps uma anlise

    do leo. Entretanto, o fabricante do

    equipamento estabelece um perodo de

    troca baseado em experincias anteri-

    ores, pois no poder saber de an-

    temo qual ser o leo usado pelo

    comprador do equipamento e nem se

    o mesmo dispe de recursos para efe-

    tuar uma anlise de leo.

    Um problema muito comum e que

    representa forte motivo para a troca de

    leo a diluio do lubrificante pelo

    combustvel. A diluio acarreta a

    diminuio da viscosidade do leo,

    que no protege devidamente as peas

    em movimento nem evita o atrito

    metlico. Havendo atrito metlico, de-

    terminadas peas podero aquecer-se

    de modo anormal. Com o crter cheio

    de vapores de combustvel em pre-

    sena de ar, forma-se uma mistura ex-

    plosiva que a qualquer momento pode

    detonar, arruinando o motor.

    A diluio tem sua principal origem

    nos vazamentos pelos assentos inter-

    nos dos elementos das bombas de in-

    jeo e pelos injetores de combustvel,

    que, sendo peas de alta preciso, po-

    dem ter a eficincia prejudicada por

    impurezas slidas contidas no com-

    bustvel (p, ferrugem, etc.).

    34

  • PURIFICADOR DE AR

    O purificardos de ar das peas mais

    importantes num motor. Se no for

    impedida a entrada de poeira, esta

    atingir os cilindros e riscar ou des-

    gastar a superfcie dos mesmos e dos

    anis, antes de passar para o crter.

    Posteriormente, ocorrer desgaste de

    mancais e paredes de cilindros, at

    que o material abrasivo seja retirado

    do motor pela filtrao ou troca de

    leo.

    Dois tipos de purificador so usados,

    os chamados a seco, de papel, feltro

    ou tela metlica de malha fina, e os

    chamados a banho de leo, que con-

    sistem de um depsito de leo pelo

    qual o ar obrigado a passar e que

    retm praticamente todas as im-

    purezas. Um bom purificador desse

    tipo retm at 95% dos contami-

    nantes, desde que seja mantido em

    boas condies de funcionamento.

    Os dois tipos de purificadores exigem

    freqentes cuidados de limpeza, pois,

    conforme as condies do ar ambi-

    ente, em pouco tempo podero ficar

    saturados de p e impurezas.

    Para dar uma idia da quantidade de

    p que o purificador deve reter, lem-

    bramos que, em reas rurais, cada m3

    de ar contm cerca de 1 mg de p, ou

    cada km3 contm 1 t de poeira, en-

    quanto que nas reas industriais cada

    m3 de ar contm cerca de 10 mg de

    p. Um carro, rodando 8 h por dia,

    pode receber, em mdia, cerca de 200

    g de p por ms no seu sistema de fil-

    tro, o que claramente indica a im-

    portncia e a necessidade da correta

    manuteno dos purificadores de ar.

    35

  • 36

    Classificao de LubrificantesC A P T U L O 1 2

    A SAE (SOCIETY OF AUTOMOTIVE ENGINEERS) classifica os lu-

    brificantes para motores e engrenagens somente pela viscosidade,

    no considerando a qualidade do leo.

    Classificao SAE para leos normais

    Grau Viscosidade (cP) Viscosidade (cSt)SAE na temperatura C, a 100C

    mx. mn. mx.

    0W 3250 a -30 3,8

    5W 3500 a -25 3,8

    10W 3500 a -20 4,1

    15W 3500 a -15 5,6

    20W 4500 a -10 5,6

    25W 600 a -5 9,3

    20 _ 5,6 a < 9,3

    30 _ 9,3 a < 12,5

    40 _ 12,5 a < 16,3

    50 _ 16,3 a < 21,9

    60 _ 21,9 a < 26,1

    Nota: 1 cP = 1 mPa.s; 1 mm2/s

    Classificao SAE para leos de caixas de mudanas e diferenciais

    Grau Viscosidade (C) Viscosidade (cSt)SAE para a viscosidade de a 100C

    150000cP (150 Pa.s.) mn. mx.

    70W -55 4,1 -

    75W -40 4,1 -

    80W -26 7,0 -

    85W -12 11,0 -

    90 - 13,5 24,0

    140 - 24,0 41,0

    250 - 41,0 -

  • A API (AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE) estabelece as classificaes de

    servios a que sero sujeitos os motores e engrenagens automotivos, conforme as

    seguintes tabelas:

    Designao Descrio API Descrio ASTM

    AS Lubrificantes para motores diesel e gasolina, leos sem aditivao.em servios leves. No requerem dados deperformance.

    SB Lubificantes para motores gasolina, em servios leos com alguma capa-leves. cidade antioxidante e

    antidesgaste.

    SC Lubrificantes para motores gasolina, sob garantia leos que atendem aos a partir de 1964. Devem proporcionar o controle dos requisitos dos fabricantesdepsitos em altas e baixas temperaturas, do dos motores de 1964 adesgaste, da oxidao e da correso. 1967.

    SD Lubrificantes para motores gasolina, sob garantia a leos que atendem aospartir de 1968. Devem proporcionar proteo contra requisitos dos fabricantesdepsitos em altas e baixas temperaturas, contra o dos motores de 1968 adesgaste, a ferrugem e a corroso. Podem substituir 1971.qualquer um dos anteriores.

    SE Lubrificantes para motores gasolina, sob garantia a leos que atendem aos partir de 1972. Devem proporcionar maior resistncia requisitos dos fabricantes oxidao, formao de depsitos em altas e baixas dos motores de 1972 a temperaturas, ferrugem e corroso que os SD. Po- 1979.dem ser usados onde esses so recomendados.

    SF Lubrificantes para motores gasolina a partir de 1980. leos que atendem aosDevem proporcionar maior estabilidade contra a oxida- requisitos dos fabricanteso e melhor desempenho antidesgaste que os SE.Tam- dos motores de 1980 a bm proporcionam proteo contra depsitos, ferrugem 1988.e corroso. Podem substituir qualquer um dos anteriores.

    SG Lubrificantes para motores gasolina sob garantia a leos que atendem aos partir de 1989. Podem substituir qualquer um dos ante- requisitos dos fabricantesriores. dos motores a partir de 1989.

    SH Lubrificantes para motores gasolina sob garantia a leos que atendem aospartir de julho de 1993. Podem substituir qualquer um requisitos dos fabricantesdos anteriores. dos motores a partir de 1993

    *S - SPARK

    37

  • Designao Descrio API Descrio ASTM

    CA Lubrificantes para motores a diesel que operam leos que atendem aosem condies leves e com combustveis de alta requisitos da especificaoqualidade. Esses leos proporcionam proteo MIL-L-2104Acontra corroso e a formao de depsitos emalta temperatura.

    CB Lubrificantes para motores a diesel que operam leos que atendem aosem condies de leves a moderadas, com com- requisitos da especeficaobustveis de baixa qualidade ( alto teor de enxfre) MIL-L-2104A.

    CC Lubrificantes para motores a diesel que operam leos que atendem aosem condies de moderadas a severas (turbinados requisitos da especificaocom baixa taxa de superalimentao). Proporcio- MIL-L-2104B.nam proteo contra a ferrugem, a corroso e a formao de depsitos em altas temperaturas.

    CD Lubrificantes para motores a diesel que operam Lubrificantes superiores,em condies severas (turbinados). Podem ser conforme Catepillar Srie 3.utilizados com combustveis com teor de enxofre varivel.

    CD II Lubrificantes para motores a diesel de dois ciclos leos que atendem aos que operam em condies severas. requisitos da categoria CD

    e passam pelo teste 6V-53Tda Detroit Diesel.

    CE Lubrificantes para motores a diesel turboali- leos que atendem aosmentados que operam em condies extre- requisitos da categoria CDmamente severas. e passam pelos testes Mack

    EO-K/2 e Cummins NTC 400

    CF-4 Lubrificantes para motores a diesel, que operam leos que atendem aosem condies extremamente severas. requisitos da categoria CE

    e passam pelo teste 6V-92TA da Detroit Diesel.

    * C - Compression

    38

  • Designao Descrio API

    GL-1 Lubrificantes para engrenagens de transmisses que operam com baixas pres-

    ses e velocidades, onde um leo mineral puro apresenta bons resultados.

    Inibidores de oxidao, antiespumantes e abaixadores de ponto de mnima

    fluidez podem se utilizados; agentes de extrema-presso e modificadores de

    atrito no devem constar na formulao.

    GL-2 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condies mais crticas que

    as anteriores, quanto a cargas, temperaturas e velocidades. Neste caso, um

    API GL-1 no tem desempenho satisfatrio.

    GL-3 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condies moderadas de

    Carga e velocidade.

    GL-4 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condies muito severas,

    como algumas hipides em veculos automotivos. Os lubrificantes desta

    categoria tm que alcanar a performance descrita pela ASTM STP-512 e

    os nveis de proteo do CRC Reference Gear Oil RGO-105.

    GL-5 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condies muito severas,

    Como algumas hipides em veculos automotivos. Os lubrificantes desta

    categoria tm que alcanar a performance descrita pela ASTM STP-512 e os

    nveis de proteo do CRC Reference Gear Oil RGO-110.

    GL-6 uma categoria obsoleta, listada somente para referncia histrica.

    * GL - Gear Lubricant

    39

  • A Instituio American Gear Manu-

    facturers Association (AGMA) tem as

    seguintes classificaes:

    AGMA PARA LUBRIFICANTES DEENGRENAGENS FECHADAS

    A faixa de viscosidade que identifica o

    nmero AGMA est baseada na ASTM

    D 2422. Todos os leos EP (com aditi-

    vao de extrema-presso) devem pos-

    suir um IV mnimo de 60 e suportar

    30 Ibf no ensaio TIMKEN. Os leos

    sem EP, de 1 a 6, devem possuir um IV

    mnimo de 30 (se a temperatura de

    operao for maior do que 44C, IV

    mnimo de 60). Os 7, 8 e 8A Com-

    pounds tm de 3 a 10% de gordura

    natural ou sinttica e devem possuir

    IV mnimo de 90.

    40

    1 193/ 235 41,4/ 50,6 -

    2 284/ 347 61,2/ 74,8 2 EP

    3 417/ 510 90/ 110 3 EP

    4 626/ 765 135/ 165 4 EP

    5 918/ 1 122 198/ 242 5 EP

    6 1 335/1 632 288/ 352 6 EP

    7 Compound 1 919/ 2 346 414/506 7 EP

    8 Compound 2 837/ 3 467 612/ 748 8 EP

    8A Compound 4 171/ 5 098 900/ 1 100 -

    Sem Extrema-Presso Viscoside Com (Com Inibidor de Extrema-Presso

    Ferrugem e Oxidao) SUS a 100F cSt a 37,8C

    4 626/ 765 - 4 EP

    5 918/ 1 122 - 5 EP

    6 1 335/ 1 632 - 6 EP

    7 1 919/ 2 346 - 7 EP

    8 2 837/ 3 467 - 8 EP

    9 6 260/ 7 650 - 9 EP

    10 13 350/ 16 320 - 10 EP

    11 19 190/ 23 460 - 11 EP

    12 28 370/ 34 670 - 12 EP

    13 - 850/ 1 000 13 EP

    14 R - 2 000/ 4 000 -

    15 R - 4 000/ 8 000 -

    Sem Extrema-Presso Viscoside Com (Com Inibidor de Extrema-Presso

    Ferrugem e Oxidao) SUS a 100F cSt a 37,8C

    AGMA PARA LUBRIFICANTES DEENGRENAGENS ABERTAS

    A faixa de viscosidades que identifica o

    nmero AGMA est baseada na ASTM

    D 2422. O sufixo R identifica os lubri-

    ficantes com diluente voltil, no in-

    flamvel. As faixas de viscosidades cor-

    respondentes so referentes aos produ-

    tos sem o solvente.

  • A partir de 01.01.78, os graus de viscosi-

    dade dos lubrificantes industriais Mobil

    passaram a ser designados conforme es-

    tabelece o sistema International Stan-

    dards Organization (ISO), adotado

    pela American Society of Testing and

    Materials (ASTM). O sistema ISO est

    baseado na viscosidade cinemtica (cen-

    tistokes) a 40C. Os nmeros que licam

    cada grau ISO representam o ponto

    mdio de uma faixa de viscosidade

    compreendida: entre 10% abaixo e 10%

    acima desses valores. Por exemplo, um

    lubrificante designado pelo u ISO 100

    tem uma viscosidade cinemtica a 40C

    na faixa de 90 cSt a 110 cSt.

    Obs.: O sistema ISO se aplica apenas

    aos lubrificantes industriais em que a

    viscosidade um fator preponderante

    para a seleo, estando excludos, por-

    tanto, os leos de corte, leos de tm-

    pera, leos protetivos, leos de trans-

    formador, etc.

    Os leos automotivos continuaro

    sendo designados pelo grau SAE. Os

    graus de viscosidade ISO normalmente

    so fornecidos na faixa de 2 a 1500. No

    entanto, a Mobil tem alguns produtos,

    tais como os Mobilgear SHC, com grau

    ISO de 3200 a 6800.

    41

    ISO VG 2 2.2 1.98 2.42 32

    ISO VG 3 3.3 2.88 2.88 36

    ISO VG 5 4.6 4.14 5.06 40

    ISO VG 7 6.8 6.12 7.48 50

    ISO VG 10 10 9.00 11.0 60

    ISO VG 15 15 13.5 16.5 75

    ISO VG 22 22 19.8 24.2 105

    ISO VG 32 32 28.8 35.2 150

    ISO VG 46 46 41.4 50.6 215

    ISO VG 68 68 61.2 74.8 315

    ISO VG 100 100 90.0 110 465

    ISO VG 150 150 135 165 700

    ISO VG 220 220 198 242 1000

    ISO VG 320 320 288 352 1500

    ISO VG 460 460 414 506 2150

    ISO VG 680 680 612 748 3150

    ISO VG 1000 1000 900 1100 4650

    ISO VG 1500 1500 1350 1500 7000

    ISO Standard 3448ASTM D-2422

    Todas as viscosidades a 40C. Usar os ASTM D 341 Chartsara determinar uma viscosidade em outra temperatura

    Ponto Mdiode Viscosidade

    cSt

    EquivalnciaAproximada,

    SUS

    Viscosidade Cinemtica, cSt

    mnima mxima

  • A classificao CCMC, assim como a

    API, est fundamentada no desempen-

    ho dos lubrificantes em servio. A

    qualificao determinada por uma

    comisso, atravs da anlise dos resul-

    tados de uma srie de ensaios.

    No incio de 1989, o CCMC emitiu es-

    pecificaes novas e revisadas para os

    lubrificantes. Para motores gasolina,

    a antiga G1, que era quase igual a API

    SE, foi eliminada. As recentes especifi-

    caes G4 (leo para aplicaes gerais)

    e G5 (leo com baixa viscosidade e que

    economiza combustvel) substituem as

    G2 e G3. Com exceo dos graus de

    viscosidade, da estabilidade ao cisalha-

    mento e da volatilidade, os produtos

    que atendem G4 e G5 so idnticos.

    Estas novas exigncias de desempenho

    so um pouco mais severas que as da

    API SG.

    Quanto aos motores a diesel, a antiga

    D1 foi eliminada, sendo que as D2 e

    D3 so agora obsoletas, substitudas

    que foram pelas D4, que delimita um

    leo para desempenho moderado, e

    D5, para servios severos ou sujeitos a

    trocas prolongadas. As propriedades

    fsicas especificadas para os dois so

    iguais. Comparando as D2 e D3 com

    as D4 e D5, as ltimas so considera-

    velmente mais exigentes quanto a

    volatilidade do leo (controle do con-

    sumo do lubrificante) e ao aumento da

    viscosidade do leo usado. Segue,

    abaixo, a classificao discriminada

    por combustvel. O nvel de exigncias

    cresce da esquerda para a direita.

    Obs.: CCMC = Comit dos Constru-

    tores do Mercado Comum Europeu.

    Existem especificaes governamentais

    e de fabricantes baseadas no desem-

    penho do lubrificante, sendo que algu-

    mas so citadas a seguir:

    Especificao Militar MIL-L-2104C

    Refere-se a leos lubriticantes para

    servios pesados, tanto em motores

    gasolina como diesel. Superam as exi-

    gncias apresentadas na especificao

    MIL-L-2104B. Servio APICD.

    Especificao Militar MIL L-2104D

    Refere-se a leos lubrificantes para

    servios pesados, tanto em motores

    gasolina como diesel. Superam as exi-

    gncias apresentadas na especificao

    MIL-L-2104C. Servio API CD,

    MULTIGRAU (SAE 15W-40).

    Caterpillar Superior ou Srie 3

    uma especificao de fabricante, co-

    brindo leos de alta detergncia-dis-

    persncia, indicados para motores

    diesel de alta potncia que usam com-

    bustvel com teor de enxofre acima de

    0,4%. Servico API CD.

    CaterpillarTO-2

    uma especificao de fabricante que

    refere-se a testes antifrico para leos-

    de motores usadoscomo fluidos de

    transmisso (SAE 10W).

    42

    GASOLINA DIESEL

    G1 G2 G3 G4 G5 PD1 D1 D2 D3 D4 D5

  • Noes sobre Lubrificantes SintticosC A P T U L O 1 3

    O petrleo cru uma mistura completa

    de hidrocarbonetos. Apesar dos diferen-

    tes tipos de petrleo cru variarem em

    sua composio qumica, todos pos-

    suem os mesmos elementos bsicos.

    Gases leves, como o etano, metano, bu-

    tano e propano, so obtidos atravs da

    destilao atmosfrica. As fraes de

    gasolina, diesel e leo combustvel so

    tambm destiladas do petrleo cru e o

    resduo utilizado para a obteno de

    leos lubrificantes bsicos. Uma grande

    variedade de mtodos sofisticados de

    refino so aplicados para remover com-

    ponentes indesejveis, como asfaltos,

    ceras e compostos de enxofre.

    O leo lubrificante bsico, apesar do al-

    to grau de refino, contm ainda uma

    srie de compostos orgnicos de oxi-

    gnio, enxofre e nitrognio; at mesmo

    uma pequena quantidade de substn-

    cias inorgnicas. Em outras palavras,

    existem milhares de compostos pre-

    sentes no petrleo cru que so na

    maioria removidos por refino, mas al-

    guns ainda permanecem no leo lubri-

    ficante bsico. Nos leos sintticos, os

    mtodos de produo permitem que

    seiam evitados os elementos qumicos e

    substncias indesejveis presentes no

    petrleo cru. Obtm-se, assim, um pro-

    duto mais estvel, que formado ape-

    nas por hidrocarbonetos com estrutura

    controlada.

    Em resumo, podemos rearranjar a es-

    trutura dos hidrocarbonetos nesse

    processo.

    Por outro lado, os leos sintticos so

    normalmente produzidos atravs de

    reaes qumicas, onde a presso, tem-

    peratura e a proporo dos elementos e

    compostos podem ser cuidadosamente

    controladas. Freqentemente, o camin-

    ho da reao para se chegar ao produto

    desejado envolve vrios passos, que re-

    querem uma purificao dos produtos

    intermedirios. Como resultante desse

    processo de se catalisar vrios compos-

    tos, obtm-se os leos sintticos, com as

    suas excelentes caractersticas. Entretan-

    to, deve-se considerar que os mesmos

    apresentam um maior custo de pro-

    duo, uma vez que aos custos da

    matria-prima so adicionados os cus-

    tos de cada ass uma das reaes qumi-

    cas necessrias para a obteno do pro-

    duto. Como em toda a indstria as

    qumica, a matria-prima , na maioria

    dos casos, obtida do petrleo e gs na-

    tural termicamente processados.

    O etileno e seus derivados so das

    matrias-primas mais importantes na

    indstria petroqumica, servindo como

    elementos bsicos para a produo de

    alguns lubrificantes sintticos.

    Para exemplificar, alguns tipos de lubri-

    ficantes sintticos: polialfaolefinas

    (P.A.O.), poliglicis, steres de fosfato,

    silicones, steres de silicato, alquilado

    aromtico, etc.

    43

  • BASES SINTTICAS DERIVADAS DO ETILENO

    44

    C

    ETILENO

    POLIGLICIS

    XIDO ALQUILENO

    ETILENO PROPILENO

    POLIALFA- OLEFINA

    DECENO

    CATALISADOR

    ALQUILADO AROMTICO

    STERLCOOL( O )

    STER

    POLIOL

    STER DE POLIOL

    LCOOL

    CH20 H2

    CIDO

    CIDO

    LCOOL

    LDEDO

    DERIVADO DE ETILENO

    CH

    H

    H

    H

    C CR1

    R2

    R3

    R4

  • Armazenagem e ManuseioC A P T U L O 1 4

    Os cuidados com o lubrificante inici-

    am-se na recepo do mesmo, que

    pode chegar transportado em cami-

    nhes, por exemplo. Nunca se deve

    jogar os tambores no cho, mesmo que

    sobre pneus, pois os tambores pesam

    cerca de 200 kg e, apesar de serem feitos

    de ao, as costuras (soldas) podem no

    resistir, dependendo da queda.

    O transporte dos tambores do local de

    desembarque at o armazm deve ser

    feito sobre trilhos ou em carrinhos,

    pois se forem rolados no cho podem

    perder a identificao.

    A armazenagem propriamente dita

    deve ser feita em local conveniente e

    preparado para isso, no se devendo

    deixar os tambores ao relento. Um

    tambor que fica exposto ao sol aquece

    e dilata-se, soltando para o ambiente

    o ar que contm. Quando esfria ou

    chove, a umidade do ar ou a gua de-

    positada sobre o tambor entra no

    mesmo e mistura-se com o leo, po-

    dendo deterior-lo rapidamente.

    Os tambores devem ser guardados em

    local coberto e sob a responsabilidade

    de uma pessoa, tendo-se o mximo de

    cuidado para se evitar confuses no uso.

    As latas, baldes e outros acessrios

    que so usados no transporte de leo

    do tambor para os equipamentos de-

    vem estar limpos.

    Recomenda-se usar um balde ou lata

    para cada tipo de leo, e panos com

    bainha costurada na limpeza dos re-

    cipientes, a fim de se evitar os fiapos.

    45

  • 46

    AnexosC A P T U L O 1 5

    QUADRO COMPARATIVO DE GRAUS DE VISCOSIDADE

  • 47

    VISCOSIDADE- TEMPERATURAASTN Standard Chart D 341 Modificado

  • 48

    MISTURA DE DOIS COMPONENTES - VISCOSIDADE (cSt) x % VOLUMTRICONo caso de misturas, recomenda-se que sejam feitas entre produtos de mesma famlia

  • A N O T A E S :

    49

  • 50

    PetrleoRefinao e Manufatura leos Bsicos e Aditivos Caractersticas dos Lubrific...Graxas Atrito Princpios da Lubrificao Fundamentos da Lubrificao Mtodos de Aplicao Componentes de Mquinas Motores de Combusto Interna Classificao de LubrificantesNoes sobre Lubrificantes S...Armazenagem e Manuseio Anexos