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    MMIINNIISSTTRRIIOODDAADDEEFFEESSAAEEXXRRCCIITTOO BBRRAASSIILLEEIIRROO

    GGAABBIINNEETTEEDDOOCCOOMMAANNDDAANNTTEEBBrraaooFFoorrttee MMooAAmmiiggaa!!

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    S U M R I O

    PREFCIO............................................................................................................... 4

    MDULO 1 - INTRODUO EDUCAO FINANCEIRA E CONCEITOS BSICOS1. A importncia da educao financeira para a vida ....................................................... 5

    2. Pontos bsicos da educao financeira ...................................................................... 6

    3. Educao financeira para os nossos filhos .................................................................. 7

    4. Juros compostos na HP 12C e no Excel ...................................................................... 8

    5. Custo de oportunidade e depreciao ...................................................................... 14

    6. Liquidez ............................................................................................................... 15

    7. Curto, mdio e longo prazo .................................................................................... 15

    MDULO 2 - ENDIVIDAMENTO

    1. A dificuldade de poupar ......................................................................................... 16

    2. Compradores compulsivos ...................................................................................... 17

    3. Tipos de devedores ............................................................................................... 174. Como evitar a inadimplncia .................................................................................. 18

    5. Gerenciamento da dvida ....................................................................................... 18

    6. Aspectos legais (SPC, SERASA, Cod Def Cons) .......................................................... 19

    MDULO 3 - PLANEJAMENTO FINANCEIRO

    1. Conceitos ............................................................................................................. 20

    2. Classificao das despesas ..................................................................................... 20

    3. Racionalizao de despesas .................................................................................... 21

    4. Exerccios prticos ................................................................................................ 21

    5. Elaborao do oramento domstico ........................................................................ 23

    6. Planilhas do oramento domstico ........................................................................... 23

    MDULO 4 - BALANO PATRIMONIAL1. Conceito .............................................................................................................. 24

    2. Ativo ................................................................................................................... 24

    3. Passivo ................................................................................................................ 24

    4 Balano patrimonial 24

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    3- Fundos DI ..................................................................................................... 30

    - Fundos de renda fixa ....................................................................................... 30

    - Tesouro Direto ............................................................................................... 30

    b. Renda varivel ................................................................................................. 30- Aes ............................................................................................................ 30

    - Multimercado ................................................................................................. 31

    - Fundos Cambiais ............................................................................................ 31

    - Fundos de Investimentos ................................................................................. 31

    - Imveis ......................................................................................................... 33

    - Negcios Prprios ........................................................................................... 36c. Tributao ........................................................................................................ 36

    3. A Escolha do investimento certo ............................................................................. 37

    4. Dez para boa gesto do seu dinheiro ....................................................................... 38

    REFERNCIAS ........................................................................................................ 45

    SITES RELACIONADOS ........................................................................................... 47

    E-MAIL DA EQUIPE DO PROGRAMA ........................................................................ 47

    ANEXOS

    Anexo A - Diagnstico financeiro ........................................................................... 48

    Anexo B - Pesquisa de preos - Modelo e Planilha no Excel ......................................... 51

    Anexo C - Planilha diria ........................................................................................ 55Anexo D - Planilha mensal e anual .......................................................................... 56

    Anexo E - Artigos para reflexo .............................................................................. 57

    Anexo F - Quadro comparativo de investimentos ...................................................... 59

    Anexo G - Rentabilidade das aplicaes ................................................................... 60

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    PROGRAMA DE EDUCAO FINANCEIRA

    PREFCIO

    O presente trabalho tem a finalidade de ministrar conhecimentos sobre finanas e

    investimentos pessoais, dentro de um contexto de Educao Financeira, com o objetivoprincipal de levar a uma profunda reflexo sobre a forma como lidamos com o dinheiro. Essareflexo visa nos conduzir maturidade financeira, que seria a adoo uma atitude maisracional e equilibrada em nossas decises financeiras pessoais.

    Essa racionalidade no trato com o dinheiro , normalmente, propiciada pelo grau deinstruo financeira de cada um. Fomentar uma conscientizao no campo das finanaspessoais, por meio da sensibilizao e do conhecimento, seria, em suma, o objeto do presenteprograma. Esse conhecimento e essa conscientizao financeira so fundamentais para termosuma vida financeira organizada e planejada e, dessa forma, alcanarmos, em curto, mdio oulongo prazo, a independncia financeira. Essa independncia financeira conquistada ir nosproporcionar uma vida equilibrada e com mais qualidade de vida.

    Aos participantes do programa so disponibilizadas, alm do conhecimento, ferramentas

    tcnicas, que contribuiro para uma melhor formao na matria, tais como: planilhas de

    oramento domstico, simuladores de investimentos, calculadoras financeiras, pesquisas depreo, entre outras, possibilitando um aprendizado prtico da Educao Financeira.

    Este trabalho pode ser considerado um programa, uma vez que utiliza indicadores degerenciamento para medir e comparar, ao longo do tempo, a situao financeira dosparticipantes. Esses indicadores (ndice de endividamento, ndice de poupana e variaopatrimonial) so relativamente simples de serem calculados e manuseados, a fim depossibilitar ao prprio participante aferir os resultados alcanados e, dessa forma, capacit-lo a

    gerir com competncia e profissionalismo suas finanas pessoais e familiares.Esse trabalho aborda o tema Educao Financeira de forma completa, haja vista que

    engloba todos os assuntos necessrios para uma gesto eficiente e eficaz dos recursosfinanceiros pessoais. Assuntos que vo desde noes bsicas de contabilidade, economia,matemtica financeira, at noes sobre os vrios tipos de produtos disponveis no mercadofinanceiro, passando pelo planejamento financeiro. Busca-se tratar o tema de forma tcnica ecientfica sem, contudo, deixar de lado o enfoque comportamental que o assunto exige, pois

    nossas decises financeiras so sempre influenciadas por fatores emocionais.

    A Equipe do Programa constituda pelo General-de-Diviso R1 Luiz Henrique Moura

    Barreto, palestrante do Programa, pelo Tenente-Coronel Joo Carvalho Souza, autor epalestrante, e pelo 1 Sargento Erivaldo Arago, co-autor das planilhas no Excel.

    No pretendemos esgotar o tema Educao Financeira com esse trabalho Com esse curso

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    MDULO 1

    INTRODUO EDUCAO FINANCEIRA E CONCEITOS BSICOS

    1. A IMPORTNCIA DA EDUCAO FINANCEIRA PARA A VIDAA educao financeira deve ser entendida como um conjunto amplo de orientaes eesclarecimentos sobre posturas e atitudes adequadas no uso e planejamento dos recursosfinanceiros pessoais e familiares. a aptido, preparo para lidar com conceitos e questesfinanceiras (receitas, despesas, juros, negcios, investimentos, etc). a capacidade de saberutilizar o dinheiro como ferramenta para tornar a vida melhor, mais criativa, mais produtiva emais equilibrada.

    Qual o objetivo da educao financeira?Por Patricia Alves(www.infomoney.com.br)De acordo com Aron Belinky, secretrio-executivo da Ecopress agncia de notcias

    ambientais o principal objetivo da educao financeira proporcionar qualidade de vida,garantindo que tenhamos hoje e no futuro a segurana material e as condies para umavida feliz, com realizao profissional e pessoal.

    O objetivo mudar o pensamento de acumular cada vez mais dinheiro para a idia deviver cada vez melhor, afirma Belinky.

    Para ele, a grande confuso est em ver o dinheiro como objetivo ao invs de v-lo comoinstrumento. O importante que a pessoa priorize a satisfao ao consumo. Viver bem nosignifica comprar mais um celular ou outro carro, e sim aproveitar a vida, ensina.

    Princpios da educao financeiraSegundo Belinky, o planejamento financeiro essencial para garantir um futuro, ser

    previdente e evitar situaes de riscos e carncia. No entanto, ter mais dinheiro no significaser mais feliz ou ter mais qualidade de vida. O importante planejar-se para ter o suficiente,sem consumir com exagero e desperdcio.

    O especialista enumera trs princpios bsicos para ser educado financeiramente e de umaforma sustentvel:

    Leve em conta a real satisfao que tem com cada coisa que faz com o dinheiro; Respeite o tempo que voc trabalhou para ganhar e avalie a necessidade de gastar; Evite o desperdcio e acmulo desnecessrio.A educao financeira deveria fazer parte da formao bsica de todo cidado e seus

    princpios deveriam ser transmitidos de pais para filhos, como ocorre com os princpios de ticae valores, e escola deveria caber o papel de aprofundar seus conceitos. Infelizmente, ooposto est ocorrendo. Os filhos esto aprendendo em casa da forma errada: pais que norealizam qualquer planejamento financeiro, que vivem endividados, que fazem maus negcios,por no terem noes bsicas de finanas. E dessa forma passam o mau exemplo para seusfilhos, em um crculo vicioso, que precisa ser interrompido pela Educao Financeira, queprecisa ser adquirida j, por meio do sistema educacional ou pelo esforo individual, porintermdio de cursos, palestras e/ou leitura de literatura especializada.

    Apesar da necessidade da Educao Financeira na formao de cidados bem-sucedidos, emum mundo cada vez mais complexo, o seu ensino tem sido negligenciado pelo sistema

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    6incio dessa nova Era: o fracasso dos sistemas socialistas, o fim dos regimes totalitrios, osurgimento da internet, a globalizao financeira, a revoluo nas telecomunicaes, a quedadas barreiras entre os pases.

    Na Era da Informao a nica certeza a mudana e a evoluo: da tecnologia, doconhecimento, dos produtos, das pessoas e do emprego. Em uma Era onde a instabilidade aregra, voc no pode mais depender somente da empresa, do governo ou do sistemaprevidencirio estatal para tomar conta de voc, quando no puder mais trabalhar ou quandovoc se aposentar. Seu futuro nos novos tempos est muito mais em suas prprias mos.Portanto, precisamos ser instrudos financeiramente para administrar bem nossas finanaspessoais e familiares, fazermos bons negcios, valorizar o dinheiro, investir com inteligncia,para que dessa forma possamos construir um futuro digno para ns e para aqueles por quemsomos responsveis.

    CICLODA VIDA FINANCEIRA

    Fonte:adaptado do livro de HALFELD, Mauro. INVESTIMENTOS: Como administrar melhor seu dinheiro.

    Ciclo financeiro da vida: poupar e acumular um patrimnio a nica opo.Se as pessoas mudam com a idade, tambm mudam suas necessidades financeiras. Quando

    analisada do ponto de vista financeiro, a vida de cada indivduo pode ser dividida em fases,onde as necessidades e os objetivos so diferentes, mudando gradualmente ao longo dotempo.

    Observe, no grfico acima, a idade representada pela abscissa (eixo X) e a linha da rendade uma pessoa, ao longo da sua vida, que vai aumentando at a meia-idade e comea adecrescer, a partir de ento, evidenciando a necessidade de acumularmos recursos parafazermos frente a essa queda no rendimento.

    importante observar as fases da vida financeira. Podemos ver no grfico que devemos

    Quais so suas metas?

    Construir sua famlia

    Poupar e investir

    Assumir riscos

    Fazer seguros

    Ter uma atitudeconservadora

    Ser feliz sem re!Ser feliz!

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    7J que falamos em independncia financeira, vamos explicar o conceito. A independncia

    financeira a liberdade de escolha propiciada pela tranqilidade financeira. Uma boa reservafinanceira acumulada ao longo da vida sempre nos possibilitar as melhores decises eescolhas pessoais. Sem estresses ou limitaes financeiras mais fcil decidir pelo caminhoda felicidade

    2. PONTOS BSICOS DA EDUCAO FINANCEIRAa. Como ganhar dinheiro aprender a ganhar dinheiro fundamental, pois ter nvel

    superior no garantia de futuro tranqilo. Hoje, a expectativa de vida do ser humano muitomaior. A nova gerao pode viver 120 ou 130 anos. Vivero mais tempo do que as geraesanteriores e para isso vo precisar guardar mais dinheiro, para poder viver durante muito maistempo e no depender de filhos ou do governo. Todos precisam estar preparadosfinanceiramente para se reorganizar e enfrentar situaes inditas.

    b. Como poupar todos sabem que precisam ter uma reserva, mas muitos no sabem quepoupar prazeroso e leva a uma vida equilibrada.

    c. Como gastar saber como gastar o dinheiro no uma tarefa fcil. Ser capaz deescolher o que melhor agora, levando em conta o que importante, exige bom senso eexperincia. Gastar um ato de inteligncia.

    d. A responsabilidade social e tica no ganho e uso do dinheiro reforar naeducao da nova gerao que a idia de responsabilidade social e tica deve estar semprepresente na forma de ganhar e usar o dinheiro.

    3. EDUCAO FINANCEIRA PARA OS NOSSOS FILHOSa. Ensinar ao seu filho a distinguir as coisas que compramos porque queremos daquelas

    que precisamos.b. Desde cedo faa seu filho entender a importncia de no desperdiar e cuidar do

    dinheiro.c. Ensinar a criana a controlar o consumo por impulso, mostrando como elaborar uma lista

    de compras e obedec-la no supermercado.d. Explicar aos filhos que tipo de trabalho realizam. Isso ajudar a criana a estabelecerrelao entre ganho de dinheiro e os limites de seu uso.

    e. Mostrar as diferenas entre coisas caras e baratas em diferentes ambientes (padaria,farmcia, papelaria etc).

    f. Assumir as prprias deficincias com relao ao dinheiro. Use o bom senso e no dlies de moral.

    g. Estimular a criana a participar do oramento domstico, incentivando-a a dar sugestes

    sobre modos de reduzir despesas.h. Dar mesada criana. Isso ir ajud-la a tomar decises e fazer escolhas, mesmo queem pequena escala.

    VALOR DA MESADA (deve ser negociada com os pais)

    Antes dos 6 anos, as crianas no tm noo de nmeros. Dos 6 aos 11 anos, de acordocom os especialistas as c ianas de em ecebe o dinhei o na fo ma de semanada

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    8m. Procure envolver os avs no processo de Educao Financeira da criana, explicando as

    razes do limite e pedindo que colaborem.n. Cuide para que a mesada seja um instrumento de amadurecimento financeiro da criana

    e no uma fonte de conflitos.o. No use a suspenso da mesada como forma de punio por malcriaes ou baixo

    rendimento escolar. Essa no sua funo.p. Fixe um dia para o pagamento da mesada, mantendo-o sempre o mesmo.q. No estabelea como condio para a mesada a realizao de tarefas na casa. A criana

    poder recusar-se a cumpri-las se no precisar de dinheiro.r. Ensine a importncia de poupar. Proponha uma meta de poupana e incentive seu filho a

    alcan-la.s. No o recrimine por suas compras. No entanto, procure impor algumas restries a

    gastos que voc no concorde.t. No se torture por no dar a seu filho tudo o que ele pede. Dessa maneira, ele ser um

    adulto responsvel, produtivo e com auto-estima.Cssia DAquino

    4. JUROS SIMPLES E COMPOSTOSExemplo: Aplicao de R$ 1.000,00 durante 6 meses, taxa de 10% ao ms, com juros

    simples e com juros compostos:

    REGIME DE CAPITALIZAO SIMPLES (JUROS SIMPLES)

    n Capital aplicado Juros de cada perodo Valor acumulado ou montante

    1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 x 10% = 100,00 R$ 1.000,00 + 100,00 = R$ 1.100,00

    2 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 x 10% = 100,00 R$ 1.100,00 + 100,00 = R$ 1.200,00

    3 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 x 10% = 100,00 R$ 1.200,00 + 100,00 = R$ 1.300,00

    4 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 x 10% = 100,00 R$ 1.300,00 + 100,00 = R$ 1.400,00

    5 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 x 10% = 100,00 R$ 1.400,00 + 100,00 = R$ 1.500,00

    6 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 x 10% = 100,00 R$ 1.500,00 + 100,00 = R$ 1.600,00 Frmula para a capitalizao dos juros simples:FV(M) = PV(Ci) ( 1 + i x n )FV ou M = Valor Futuro (do ingls Future Value) ou Montante.PV ou Ci= Valor Presente (do inglspresent value) ou Capital Inicial.I = Taxa de Juros (de interest rate, em ingls).N= Nmero de Perodos (de number, em ingls).

    No exemplo acima:FV(M) = 1.000,00 ( 1 + 0,1 x 6 ) = 1.000,00 ( 1 + 0,6 )FV(M) = 1.000,00 x 1,6 = 1.600,00

    REGIME DE CAPITALIZAO COMPOSTA (JUROS COMPOSTOS)

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    - R$ 1.000,00 a diferentes taxas, em diferentes perodos e sem amortizao mensal:

    Credor Taxa (%) 12 meses 24 meses 36 meses

    FHE EMP SIMPLES * 1.174,59 1.412,70 1.739,71CHEQUE ESPECIAL 10,00 3.138,43 9.849,73 30.912,68

    CARTO DE CRDITO 15,00 5.350,25 28.625,18 153.151,85

    * 1,35%, 1,45% e 1,55%, respectivamente, para participantes do FAM.

    Os clculos acima podero ser realizados no site do Banco Central:www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO

    - Qual o segredo dos juros compostos?

    TEMPO E TAXA DE JUROS.DEPSITO NICO

    Taxa Anual Tempo (Anos)Valor

    % 10 20 30

    6 8.954,24 16.035,68 28.717,46

    12 15.529,24 48.231,47 149.799,6115 20.227,79 81.832,69 331.058,86

    5.000,00

    18 26.169,18 136.965,17 716.853,19

    6 17.908,48 32.071,35 57.434,91

    12 31.058,48 96.462,93 299.599,22

    15 40.455,58 163.665,37 662.117,7210.000,00

    18 52.338,36 273.930,35 1.433.706,386 26.862,72 48.107,03 86.152,37

    12 46.587,72 144.694,40 449.398,83

    15 60.683,37 245.498,06 993.176,5815.000,00

    18 78.507,53 410.895,52 2.150.559,58

    - Juros compostos na HP-12C e no EXCEL

    FUNES FINANCEIRAS DA HP 12C

    Tecla Funo

    PVTecla utilizada para o clculo ou armazenamento do valor presente de umaoperao, ou seja, o principal ou capital.

    FVEsta tecla destinada para o clculo ou armazenamento do valor futuro, ou

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    10Soluo pela HP-12C:

    Pressione Visor Significadof CLX 0,00 Limpa todos os registradores.1000 CHS PV -1.000,00 Introduz o valor do principal inicial.10 i 10,00 Introduz a taxa da operao.

    3 n 3,00 Introduz o prazo da operao.FV 1.331,00 Calcula o valor do resgate.Soluo no Excel Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO

    2)Quanto uma pessoa deve aplicar hoje para ter acumulado um montante de R$ 10.000,00daqui a 24 meses, a uma taxa de juros de 1 % ao ms, segundo o regime de capitalizaocomposta?

    Dados:

    FV= R$ 10.000,00I = 1% ao msn = 24 mesesPV= ?

    Soluo pela frmula:FV= PV (1 + i )n , onde: PV = __FV__

    (1 + i )n

    Substituindo os valores na frmula, temos:

    PV = 10.000,00 = R$ 7.875,66(1 + 0,01)24

    Soluo pela HP-12C:Pressione Visor Significado

    f CLX 0,00 Limpa todos os registros.100000 FV -10.000,00 Introduz o valor do montante.1 i 1,00 Introduz a taxa de juros mensal.24 n 24,00 Introduz o prazo da operao.PV 7.875,66 Calcula o valor do principal inicial.Soluo no Excel Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO

    3)Determine a taxa mensal de juros compostos cobrada por um banco em um emprstimono valor de R$ 8.000,00, por 8 meses, cujo valor final pago foi de R$ 10.000,00.

    Dados:PV= R$ 8.000,00FV= R$ 10.000,00

    n = 8 mesesi = ? % ao ms

    Soluo pela frmula:FV= PV x (1 + i )n

    Substitudo os valores, temos:10.000,00 = 8.000,00 x (1 + i )8

    http://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xls
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    114)Qual o montante acumulado pela aplicao de um capital de R$ 5.000,00, uma taxa de

    juros de 3% ao ms, pelo prazo de 72 dias corrido, segundo o regime de capitalizaocomposta?

    Dados:PV= 5.000,00i = 3% ao msn = 72 dias = 72 = 2,40 meses

    30FV= ?

    Soluo pela frmula:FV= PV x ( 1 + i )nFV= 5.000,00 x ( 1 + 0,03)72/30FV= R$ 5.367,59

    Soluo pela HP-12C:Pressione Visor Significado

    f CLX 0,00 Limpa todos os registradores.5000 CHS PV -8.000,00 Introduz o valor do principal inicial.3 i 3,00 Introduz a taxa de juros mensal.72 ENTER 30 : n 2,40 Introduz o prazo da operao.FV 5.367,59 Calcula o valor do montante.Soluo no Excel Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO

    5) Qual a taxa de juros cobrada em uma operao de emprstimo para capital de giro, cujoprincipal de R$ 20.000,00 proporcionou a quantia de R$ 37.450,31 de montante, aps umperodo de 120 dias, segundo o regime de capitalizao composta?

    Soluo pela HP-12C:Pressione Visor Significado

    f CLX 0,00 Limpa todos os registradores.

    20000 CHS PV -20.000,00 Introduz o valor do principal inicial.37450.31 FV 37.450,31 Introduz o valor do montante.4 n 4,00 Introduz o prazo da operao em meses.I 16,98 Calcula a taxa de juros mensal.Soluo no Excel Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO

    6)Uma empresa tomou emprestado de um banco a quantia de R$ 50.000,00 por meio deuma operao de emprstimo para capital de giro, a uma taxa de prefixada de juroscompostos de 4,5% ao ms, pelo prazo de 73 dias. Qual o valor final a ser pago pela empresa?

    Soluo pela HP-12C:Pressione Visor Significado

    f CLX 0,00 Limpa todos os registradores.50000 CHS PV -50.000,00 Introduz o valor do principal.4,5 i 4,50 Introduz a taxa de juros mensal.

    http://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xls
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    12Soluo pela HP-12C:

    Pressione Visor Significadof CLX 0,00 Limpa todos os registradores.10000 CHS PV -10.0000,00 Introduz o valor do principal investido.18 i 18,00 Introduz a taxa de juros anual.72 ENTER 360 : n 0,20 Introduz o prazo da operao em anos.FV 10.336,57 Calcula o valor do resgate bruto.10000 - 336,57 Valor do rendimento bruto (juros).22,5 % 75,73 Valor do Imposto de Renda.- 260,84 Valor do rendimento lquido.10000 + 10.260,84 Valor do resgate lqiudo.

    PRESTAES IGUAIS, SEM ENTRADA UTILIZANDO A TECLA END

    1)Um fogo est anunciado por R$ 350,00 para pagamento vista ou em 5 prestaesiguais e mensais, sendo a primeira paga 30 dias aps a compra.

    Calcule o valor das prestaes, sabendo que a taxa de juros compostos cobrada pela loja foide 5% ao ms.

    Dados:PV = R$ 350,00

    n = 5 prestaesi = 5% ao msPMT= ?

    Pela frmula:PMT =PV x ( 1 + i )nx i

    ( 1 + i )n 1

    PMT =350 x ( 1 + 0,05 )5x 0,05 PMT = 80,84

    ( 1 + 0,05 )5 1Soluo pela HP-12C:

    Pressione Visor Significadof CLX 0,00 Limpa todos os registradores.G END 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada).350 CHS PV -350,00 Introduz o valor do principal.5 i 5,00 Introduz a taxa de juros mensal.5 n 5,00 Introduz o nmero de prestaes.

    PMT 80,84 Calcula o valor das prestaes.Soluo no Excel Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?PRESTFIXA

    2)Quanto devo aplicar hoje (PV), a uma taxa de juros compostos de 1% ao ms, parapoder receber a partir do prximo ms, 6 prestaes iguais de R$ 500,00?

    Dados

    http://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xls
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    133)Qual a taxa de juros compostos cobrada no financiamento de um televisor vista de R$

    520,00, para pagamento em 12 prestaes iguais e mensais, sem entrada, de R$ 55,13 cada?

    Dados:PV = R$ 520,00

    PMT= R$ 55,13n = 12 prestaesi = ? ao ms

    Soluo pela HP-12C:Pressione Visor Significado

    f CLX 0,00 Limpa todos os registradores.G END 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada).

    520 CHS PV -520,00 Introduz o valor do principal.12 n 12,00 Introduz o nmero de prestaes.55.13 PMT 55,13 Introduz o valor das prestaes.I 3,91 Calcula a taxa de juros mensal.Soluo no Excel Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?PRESTFIXA

    4) Um carro est sendo financiado por meio de uma operao de leasing da seguinteforma:

    - Valor vista do bem: R$ 26.000,00.- Condies de financiamento: 20% do valor do bem, a ttulo de entrada, e o saldo em

    24 prestaes iguais de R$ 1.100,00, vencendo a primeira 30 dias aps a entrada.

    - Qual a taxa de juros cobrada em tal operao?PULO DO GATO!O valor a ser financiado de R$ 20.800,00 e no R$ 26.000,00, pois ser pago R$

    5.200,00 de entrada! Logo o PV ser R$ 20.800,00.Ento:

    Soluo pela HP-12C:Pressione Visor Significado

    f CLX 0,00 Limpa todos os registradores.G END 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada).20800 CHS PV -20.800,00 Introduz o valor do principal.24 n 24,00 Introduz o nmero de prestaes.1100 PMT 1.100,00 Introduz o valor das prestaes.I 2,00 Calcula o valor da taxa de juros.

    PRESTAES IGUAIS COM ENTRADA UTILIZANDO A TECLA BEGIN

    1) Uma geladeira est anunciada por R$ 1.000,00 para pagamento vista ou em 12prestaes iguais e mensais, sendo a primeira paga no ato da compra (com entrada). Calcule ovalor das prestaes, sabendo que a taxa de juros compostos cobrada pela loja foi de 4,5% ao

    http://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xlshttp://../links/Calculadora%20financeira.xls
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    142)Qual a taxa de financiamento de um televisor de 29 polegadas, cuja entrada de R$

    180,00 e um saldo devedor de 5 prestaes no mesmo valor da entrada, sabendo que o valor vista de R$ 950,00?

    Dados:PV = 950,00PMT= 180,00n = 6i = ?

    Soluo pela HP-12C:Pressione Visor Significado

    f CLX 0,00 Limpa todos os registradores.G BEGIN 0,00 Posiciona no modo BEGIN (com entrada).

    950 CHS PV -950,00 Introduz o valor do principal.6 n 6,00 BEGIN Introduz o nmero de prestaes.180 PMT 180,00 BEGIN Introduz o valor de cada prestao.I 5,44 BEGIN Calcula o valor da taxa de juros mensal.

    SISTEMA PRICE OU FRANCS DE AMORTIZAO

    Uma geladeira no valor de R$ 1.000,00 foi financiada em 48 prestaes iguais mensais deR$ 55,32, segundo o Sistema Price de Amortizao. Calcule:

    a)a taxa mensal de juros compostos cobrada nessa operao;b)o total acumulado de juros e principal pago nas 35 primeiras prestaes;c) o saldo devedor imediatamente aps o pagamento da 35 prestao;d)o valor dos juros e principal contido na 36 prestao;e)o saldo devedor imediatamente aps o pagamento da 36 parcela.

    Soluo pela HP-12C:Pressione Visor Significado

    f CLX 0,00 Limpa todos os registradores.

    G END 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada).1000 CHS PV -1000,00 Introduz o valor financiado.48 n 48,00 Introduz o nmero de prestaes.55,32 PMT 55,32 Introduz o valor das parcelas.I 5,00 Calcula o valor da taxa de juros mensal.35 f AMORT 1.455,82 Juros acumulados nas 35 primeiras parcelas.X Y 480,38V Valor do principal amortizado em 35 parcelas.RCL PV -519,62 Saldo devedor aps o 35 pagamento.

    1 f AMORT 25,98 Valor dos juros includos na 36 parcela.X Y 29,34 Valor da amortizao includa na 36 parcela.RCL PV -490,28 Saldo devedor aps o pagamento da 36 parcela.

    5. CUSTO DE OPORTUNIDADE E DEPRECIAO

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    15* Custo dado pelo uso alternativo do recurso. No exemplo acima, seria a aplicao dos R$

    25.000,00, utilizados na aquisio do automvel, em uma caderneta de poupana, com jurosde 0,5% ao ms.

    O valor do custo mensal do automvel em questo de R$ 665,00mensais, se investidosem uma aplicao financeira, oferecendo 0,5% de jurosreais por ms, iro valer:

    Em 10 anos: R$ 109.524,66

    Em 20 anos: R$ 308.793,48

    Em 30 anos: R$ 671.342,52

    - Depreciao do automvel novo:

    VECULOS 0 Km Aps 1 anos Aps 2 anos Aps 3 anos

    Chevrolet Celta 1.0 4p 25.590 -16,6% -20,9% -23,7%

    Volkswagem Gol 1.6 4p 31.060 -14% -22,1% -31,8%

    Fiat Palio Weekend 1.8 44.900 -16,3% -26,3% -32,6%

    Ford Focus Ghia 2.0 63.850 -21,6% -34,1% -41,3

    Toyota Corolla Xei 1.8 60.791 -18,9% -28,8% -32,6%

    Fonte:Bolsa Jornal do Carro.

    Entre os especialistas no h consenso sobre um ndice anual de depreciao dosveculos. Em geral, o carro sofre a maior desvalorizao no primeiro ano, entre 15% e 30%, ese reduz gradualmente, estabilizando-se a partir do quarto ano, com um ndice anual de 10%.No entanto, outros fatores pesam na hora da venda alm da depreciao, como a quantidadede quilmetros rodados, o estado do veculo, o uso que feito dele (passeio ou servio), porexemplo. At a cor do carro influencia no momento da revenda.

    A troca por veculos numa concessionria da prpria marca, muitas vezes, a opo demuitos para no perder dinheiro.

    6. LIQUIDEZ- Maior ou menor facilidade de se negociar um bem, convertendo-o em dinheiro.

    ATIVO LIQUIDEZ

    Dinheiro vivo ALTACaderneta de Poupana

    OuroFundos de AesAes na BovespaImveis urbanosImveis rurais

    Negcios prprios

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    MDULO 2

    ENDIVIDAMENTO1. A DIFICULDADE DE POUPAR

    Por que as pessoas tm tanta dificuldade para poupar, para gastar menos do que recebem?Os motivos so muitos e cada um tem seu peso na hora de tentar explicar a tendncia do

    ser humano de viver intensamente o presente, em prejuzo da formao de um p de meia,da construo de um futuro mais tranqilo. A psicologia explica que nossa necessidade deconsumir de forma irracional remonta aos nossos ancestrais das cavernas, quando os mesmosno tendo como armazenar alimentos, tinham que consumir todo o alimento que tinham emmos e armazen-lo no corpo na forma de gordura.

    Bem mais recente, vivemos algo semelhante no perodo de hiperinflao, quandorecebamos o salrio e precisvamos gast-lo o mais rpido possvel, transform-lo em bens

    de consumo, porque seu poder de compra se deteriorava da noite para o dia.O fato que vivemos em uma sociedade de consumo com todas as presses para

    consumirmos cada vez mais, uma sociedade que valoriza demais o ter, em detrimento do ser.Nessa sociedade, a felicidade diretamente proporcional ao seu poder de compra.Infelizmente, essa felicidade instantnea, presente no ato da compra, o que torna o ato decomprar uma necessidade, um vcio.

    Essa sociedade de consumo tem no marketing um poderoso aliado. A ao do marketingpoderia ser resumida pela capacidade que ele tem de inverter, em nosso subconsciente, o

    conceito de suprfluo para essencial. Passamos a comprar coisas suprfluas, simplesmenteporque passamos a acreditar que elas so essenciais para a nossa vida, para a nossafelicidade. Esse efeito conseguido por profissionais que estudam as vulnerabilidadeshumanas nas graduaes, especializaes, mestrados e doutorados dos cursos de marketing.

    A depresso, a falta de metas e objetivos na vida e a falta de educao financeira estoentre as outras razes que levam as pessoas a gastarem alm da conta e adiar a formao dapoupana, base para nossos investimentos.

    Sejam quais forem os motivos que dificultam o poupar, as pessoas tm que se conscientizarda importncia de incorporarem o hbito de poupar ao seu dia a dia. preciso colocar apoupana como um item de despesa no oramento. A poupana tem que vir primeiro emnossas prioridades, porque s dessa forma seremos capazes de construir um futuro melhorpara ns e para aqueles por quem somos responsveis.

    - Valor a ser poupado:

    PerfilValor da Reserva (% em

    relao ao rendimento lquido)Solteiro, no comeo da carreira 5 a 10

    Casado, sem filhos, no comeo da carreira 5 a 15Casado com filhos pequenos e vida financeira estvel 10Casado com filhos na escola 5Marido e mulher tm rendimentos com ou sem filhos 10 a 15 cada umPessoas maduras, com filhos j encaminhados na vida 15 a 20

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    17- Para se ter R$ 1 Milho aos 60 anos de idade, voc precisa de aplicaes mensais

    de:

    Idade atualTaxa de 8%

    ao anoTaxa de 10%

    ao anoTaxa de 12%

    ao ano25 R$ 466,73 R$ 297,22 R$ 183,18

    35 R$ 1.100,12 R$ 810,82 R$ 593,0545 R$ 2.962,03 R$ 2.509,76 R$ 2.121,0850 R$ 5.551,72 R$ 5.003,41 R$ 4.505,92

    Poupana = Receitas - Despesas

    Anos de Estudo (Brasil) Rendimentos de todas as fontes (R$)Menos de 1 ano 257,43

    Entre 1 e 3 anos 314,24Entre 4 e 7 anos 425,08Entre 8 e 10 anos 740,80Entre 11 e 14 anos 1.067,0515 anos ou mais 2.594,45

    Fonte:PNAD 2005 para idade de 45 anos

    Anos de Estudo (EUA) Renda Anual Mdia (US$)Primeiro Grau 20.781Segundo Grau 38.563

    Graduao em Faculdade 64.293Mestrado 76.065Doutorado 92.316

    Fonte:U.S. Bureau of the Census, Money Income in the United States, 1996.

    2. COMPRADORES COMPULSIVOSMuitos so os motivos que levam uma pessoa a comprar: a necessidade, a diverso, os

    modismos, a importncia, o status e o apelo mercadolgico do comrcio. Mas h quemconsuma pelo simples prazer de comprar, de adquirir alguma coisa independente da suautilidade ou significado.

    O ato de comprar indiscriminadamente uma doena chamada oneomania, que atinge aspessoas caracterizadas como compradoras compulsivas. A oneomania um distrbiobastante controvertido do ponto de vista psiquitrico e psicolgico.

    Alguns especialistas consideram a oneomania uma doena obsessiva-compulsiva. Nessecaso, a pessoa teria outros comportamentos compulsivos caractersticos, alm de comprar -como contar objetos sem conseguir parar, por exemplo. No caso desses sintomas estaremausentes, a oneomania considerada um distrbio no controle dos impulsos.

    Para auxiliar pessoas que sofrem da oneomania foi criado um grupo conhecido comoDevedores Annimos. Fundado nos Estados Unidos em 1967, os Devedores Annimos (DA)

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    184. COMO EVITAR A INADIMPLNCIA

    O primeiro passo se conscientizar que o dinheiro no elstico, por isso importantesaber o que imprescindvel e guardar uma parte. Ns somos os responsveis pelo nossofuturo.

    O segundo reunir a famlia. Faa um levantamento de todos os gastos, inclusive com o

    cafezinho. O casal deve sempre decidir em conjunto onde cortar gastos, quanto guardar eonde pr o dinheiro. O terceiro traar objetivos: metas de curto, mdio e longo prazo. O quarto abandonar a onda de consumismo (saia de casa com apenas uma folha de

    cheque na carteira e adquira o hbito de sair de casa com o dinheiro contado). O quinto comear a economizar nas pequenas coisas (dar valor ao dinheiro que ganha

    com muito suor):- Utilizar racionalmente o telefone celular;- Habituar-se a apagar a luz toda vez que sair de um recinto e usar lmpadas menos

    potentes em certos ambientes;- Fechar bem a torneira para que ela no fique pingando;- Diminuir a chama do fogo quando os alimentos comearem a ferver;- No vero, colocar o chuveiro eltrico na posio Vero;- Pesquisar preos antes de comprar qualquer produto. No ter vergonha de sair da loja e

    comprar no vizinho que mais barato;- Ficar atento aos preos das tarifas pblicas, como gua e luz, que tm sofrido reajustes

    elevados.

    O sexto no avanar no limite do cheque especial j que as taxas de juros soelevadas. bom no esquecer que esse limite no um salrio a mais. Tentar diminuirgradativamente o endividamento e s comprar vista.

    - Cheque pr-datado: ao utiliz-lo, faa constar do pedido ou da nota fiscal os nmeros doscheques pr-datados e as datas previstas para os descontos.

    - Os valores devero fazer parte do oramento do consumidor. O stimo no parcelar as compras no carto de crdito, para no arcar com juros de

    cerca de 8% e 9% ao ms, respectivamente, ou taxas de 152% a 181% ao ano.

    Carto de crdito: o controle das despesas realizadas com carto exige cuidados. Oconsumidor deve verificar a convenincia de ter mais de um carto (alguns consultores socontra ter mais de um), no se esquecendo de incluir, nas despesas, as anuidades. Convm opagamento integral da fatura. Os juros cobrados no parcelamento so elevados.

    O oitavo cortar suprfluos. O nono elaborar um oramento domstico. O dcimo fazer uma pequena reserva no fim do ms, que ir se multiplicar nos meses

    seguintes, se voc tomar gosto pelo hbito da poupana. Um cofrinho em casa um comeo.Poupar vai aumentar sua auto-estima.

    No h frmula mgica para melhorar de vida. As pessoas de baixa renda devem buscarservios extras, aproveitando seu tempo livre ao mximo.

    5. GERENCIAMENTO DA DVIDA- Para quem perdeu o controle1)S i i i li d C i i di l i

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    19- A cartilha da renegociao Se no houver condies para pagar uma dvida no vencimento, o melhor avisar o

    credor, se possvel com antecedncia. A medida demonstra o empenho em resolver a questoquanto antes.

    Seja claro e honesto com o credor. Explique seus problemas, sem desculpas ou rodeios. Procure evitar intermedirios. As empresas de cobrana e os consultores de dvidasganham um porcentual sobre o valor devido e tm menos autonomia para negociar a

    diminuio de encargos ou o alongamento dos prazos. Pea um demonstrativo da dvida para verificar quanto est sendo cobrado em multa,

    principal ou juros de mora. Pleiteie juros menores para o parcelamento. Alguns credores chegam a abrir mo das

    taxas para garantir o recebimento do principal. As multas de atraso tambm podem sereliminadas do saldo total. Taxas de juros ou multas acima de 2% so consideradas altas.

    Negocie dentro de suas possibilidades financeiras. No assuma um pagamento mensalmaior do que pode suportar.

    No aceite a cobrana de honorrios advocatcios nem despesas de cobrana. De acordocom o Cdigo de Defesa do Consumidor, esses custos devem ser pagos por quem contrata osservios no caso o credor.

    Use qualquer sobra do oramento para tentar negociar o pagamento vista de suasdvidas, dando prioridade quelas com encargos mais altos, como financeiras, cartes decrdito e cheque especial.

    Caso no se sinta preparado para entrar numa renegociao sozinho, procure o servio

    de auxlio ao consumidor inadiplente oferecido gratuitamente pela Serasa.-Estudo de caso (Anexo A)

    6. ASPECTOS LEGAIS (SPC, SERASA, Cod Def Cons)Informaes sobre incluso/excluso do nome no Servio de Proteo ao Crdito (SPC),

    SERASA, sobre direitos do consumidor, danos morais e outros assuntos afins podem serencontrados no site: www.sosconsumidor.com.br

    Exemplo de matria encontrada no site:

    Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC e SERASA?por Lisandro Moraes,Empresas de cobrana, bancos, financeiras e cartes de crdito tm informado, falsamente,

    aos consumidores que "agora no h mais a prescrio em relao s dvidas e o cadastro emSPC e SERASA pode permanecer para sempre".

    No verdade! O direito de cobrar as dvidas na justia (prescrio), assim como oprazo mximo de cadastro em rgos de restrio ao crdito, como SPC e SERASA de 5 anos, a contar da data em que a dvida venceu (data em que deveria ter sido paga), eno da data em que foi feito o cadastro!

    Algumas pessoas dizem que "ouviram falar" que este prazo foi reduzido para 3 anos, o quetambm, na prtica, no acontece, embora exista discusso judicial sobre o prazo, pois o NovoCdigo Civil trouxe novos prazos para prescrio do direito de cobrana de algumas dvidas, agrande maioria do Judicirio tem entendido que o prazo do cadastro continua sendo de 5anos.

    O Superior Tribunal de Justia tambm j decidiu que o prazo mximo de 5 anos,

    http://../outros%20anexos/Estudo%20de%20caso-Anexo.xlshttp://../outros%20anexos/Estudo%20de%20caso-Anexo.xls
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    20MDULO 3

    PLANEJAMENTO FINANCEIRO

    1. CONCEITOS

    - Gerir com maturidade financeira suas finanas pessoais (investimentos, despesas,patrimnio, dvidas), a fim de viabilizar a realizao dos seus sonhos: casa prpria, pouparpara a educao dos filhos, fazer a viagem dos sonhos, investir de acordo com o perfil pessoal,ser bem sucedido na carreira profissional, tornar-se empresrio, ter uma aposentadoriatranqila, ter qualidade de vida, entre outros.

    - Inclui a realizao do seu oramento, a racionalizao dos gastos e a otimizao de seusinvestimentos.

    - O planejamento financeiro no se resume ao oramento domstico, que apenas uma dasferramentas para sua realizao. necessrio tambm estabelecer objetivos/metas de curto,mdio e longo prazo, alm de estratgias para alcan-los.

    - Um planejamento financeiro eficiente pode fazer mais por seu futuro do que 30ou 40 anos de trabalho.

    - Eventos que podem originar a necessidade do planejamento financeiro: compra ou venda de negcios de famlia crise financeira

    herana ou repartio de bens mudanas na carreira profissional planejamento para filhos (nascimento, adoo, educao) planejamento para aposentadoria preparao para casamento, separao recebimento de grande soma de dinheiro ou inesperada queda financeira

    - O planejamento das finanas no visa apenas o sucesso financeiro, ele relevante para osucesso pessoal e profissional.

    - O gerenciamento adequado das finanas o diferencial entre sonhadores e realizadores.

    - ALGUNS EQUVOCOS A RESPEITO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO1. Confundir Planejamento Financeiro com Investimentos;2. Esperar momentos de crise para tomar a iniciativa de fazer o Planejamento Financeiro;3. Esperar retornos irreais para seus investimentos;4. No estabelecer objetivos financeiros mensurveis;5. Pensar que Planejamento Financeiro a mesma coisa que planejamento para

    aposentadoria;6. Pensar que Planejamento Financeiro para quando ficarem velhos;7. Pensar que Planejamento Financeiro Planejamento Tributrio;8. Pensar que Planejamento Financeiro somente para quem possui muito dinheiro;9. Pensar que utilizar os servios de um Consultor Financeiro, significa perder o controle

    de suas finanas pessoais;

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    3. RACIONALIZAO DE DESPESAS- Reduzir as despesas OV.- Eliminar e/ou reduzir despesas NOF e NOV.

    EXEMPLO DE RACIONALIZAO DE DESPESAS(RECEITA LQUIDA DE R$ 2.500,00)

    ITEM VALOR REDUO (%) VALOR% EM RELAO ARECEITA LQUIDA

    Condomnio 200,00 0 0,00 0

    Alimentao 400,00 10 40,00 1,6

    Higiene e Limpeza 150,00 10 15,00 0,6

    Combustvel 150,00 10 15,00 0,6Telefone Fixo 150,00 20 30,00 1,2

    Telefone Celular 100,00 20 20,00 0,8

    Luz/Gs 125,00 10 12,50 0,5

    Diarista 400,00 25 100,00 4

    Lazer 250,00 10 25,00 1

    TOTAL 1.925,00 - 257,50 10,30

    4. EXERCCIOS PRTICOS

    a. Sugestes de racionalizao de despesas

    NrOrd

    Para iniciar ou incrementar apoupana

    Para quem perdeu o controle

    01 Usar racionalmente o telefone fixoTelefone fixo somente para receberchamadas e fazer chamadas locais - pulsosda franquia

    02Trocar o celular de linha por um decarto Desfazer-se do telefone celular

    03Diminuir o tempo do banho quente (05Min) Mudar para o modo vero

    04

    Trocar lmpadas incandescentes por

    fluorescentes compactas e apag-lasquando no estiver usando Idem

    05Diminuir as despesas com restaurantes,bares, lanchonetes, etc...

    Cortar despesas com restaurantes, bares,lanchonetes, etc...

    06

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    22b. Estabelecimento de metas de curto, mdio e longo prazo

    Cada pessoa, casal ou famlia deve tentar elaborar suas prprias metas e objetivos. Oteste que descrevemos deve apenas servir como um exemplo. Modifique-o vontade paraincluir suas prprias prioridades e sonhos.

    Voc ir reencontrar algumas das metas descritas a seguir em diversas partes doPrograma. Os seres humanos tm muitos sonhos em comum. Coloque uma data ao preencherseu prprio teste.

    1) Meus/nossos objetivos de curto prazo (de 1 a 3 anos) so:

    Cortar as despesas mensais do oramento domstico em R$ ______________________

    Reduzir gradativamente o endividamento por cartes, cheques especiais, etc.mensalmente em _____ % ou R$ ________________________________________________

    Iniciar uma poupana mensal de R$ _______________________________________

    Incrementar minhas/nossas receitas em R$ __________________________________

    Outro(s) objetivo(s) (tenha tantos quanto desejar):

    OBJETIVO CUSTO PRAZO(MESES) %APLICAO VALORMENSAL

    Calculadora Financeira do bcb: www.bcb.gov.br/?APLICACAO

    2) Meus/nossos objetivos de mdio prazo(de 3 a 10 anos) so:

    Tentar eliminar completamente compras a prazo, cheques pr-datados, chequesespeciais, endividamento por cartes de crdito alm do perodo de graa, etc.

    Ter uma reserva de emergncia, no valor de 3 a 6 vezes a despesa mensal, paraimprevistos, em caderneta de poupana ou outra aplicao. R$ _________________________

    Iniciar um fundo de educao para os filhos de mensalmente R$ ___________________

    Comprar um carro, ano/modelo _________. Guardar mensalmente R$_______________

    Adquirir o primeiro imvel, casa de campo, terreno ou stio. Poupar mensalmente R$____

    23

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    233) Meus/nossos objetivos de longo prazo (acima de 10 anos) so:

    Investir R$ __________ mensalmente, tendo por finalidade preparar a aposentadoria pormeio de um plano complementar de previdncia, tipo FAPI ou PGBL.

    Possuir uma renda total de pelo menos R$ __________ mensais quando me(nos)aposentar(mos).

    Investir R$ __________________________ numa carteira ou fundo de aes.

    Possuir o prprio negcio ou empreendimento. Poupar mensalmente R$ _____________

    Possuir capital suficiente para dar uma educao universitria e ps-universitria paraos filhos. Poupar mensalmente R$ ________________________

    Ter um patrimnio financeiro de, no mnimo, R$ ________________________________

    Ter um patrimnio total de R$ ______________________________________________

    Outro(s) objetivo(s) (tenha tantos quanto desejar):

    OBJETIVO CUSTOPRAZO

    (MESES)%

    APLICAOVALOR

    MENSAL

    Calculadora Financeira do bcb: www.bcb.gov.br/?APLICACAO

    5. ELABORAO DO ORAMENTO DOMSTICO

    - Dicas Listar todos os gastos; Guardar recibos, notas fiscais, tquetes de supermercado e outros comprovantes de

    despesas; Lanar as despesas diariamente;

    Convocar toda a famlia para participar.

    6. PLANILHAS DO ORAMENTO DOMSTICOa. Pesquisas de preos(Anexo B)b. Planilha diria (Anexo C)

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    MDULO 4

    BALANO PATRIMONIAL

    1. CONCEITO um raio x da situao financeira de uma pessoa. Confronta todos os bens e direitos (o que

    voc tem) com todas as obrigaes (o que voc deve).

    2. ATIVOBens e direitos que voc tem.

    3. PASSIVODvidas e obrigaes a cumprir.

    4. BALANO PATRIMONIAL

    R$ 67.300,00TOTAL

    R$ 11.000,00AUTOMVEL

    R$ 50.000,00APARTAMENTO

    ATIVO PERMANENTE

    R$ 1.300,00PASEP

    R$ 2.000,00EMPRSTIMO IRMO

    ATIVO DE LONGO PRAZO (>1 ano)

    R$ 2.000,00SALDO POUPANA

    R$ 1.000,00SALDO C/C

    ATIVO DE CURTO PRAZO (1 ano)

    R$ 2.000,00SALDO POUPANA

    R$ 1.000,00SALDO C/C

    ATIVO DE CURTO PRAZO (1 ano)

    R$ 5.000,00PRESTAO IMVEL

    R$ 6.000,00FINANC AUTOMVEL

    R$ 1.500,00CARTO DE CRDITO

    EXIGVEL DE CURTO PRAZO (1 ano)

    R$ 5.000,00PRESTAO IMVEL

    R$ 6.000,00FINANC AUTOMVEL

    R$ 1.500,00CARTO DE CRDITO

    EXIGVEL DE CURTO PRAZO (

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    7. EXERCCIO - CLCULO DO PATROMNIO LQUIDO (SUA RIQUEZA)a. ATIVO (O que voc tem)

    1) ATIVO DE CURTO PRAZO (pode ser convertido em dinheiro em menos de 01 ano)

    a) Saldo em conta corrente R$b) Saldo de poupana R$c) Saldo em investimentos de curto prazo R$d) Fundo de renda fixa R$e) Outros R$

    TOTAL DO ATIVO DE CURTO PRAZO (a) R$

    2) ATIVO DE LONGO PRAZO (convertido em dinheiro em um prazo > 01 ano)

    a) Emprstimos a familiares R$

    b) FGTS R$c) PIS/PASEP R$d) Outros R$

    TOTAL DO ATIVO DE LONGO PRAZO (b) R$

    3) ATIVO PERMANENTE

    a) Casa R$

    b) Apartamento R$c) Automvel R$d) Motocicleta R$e) Bens mveis (TV, geladeira, DVD, etc.) R$f) Outros R$

    TOTAL DO ATIVO PERMANENTE (c) R$

    4) TOTAL DO ATIVO (d) = (a+b+c) R$

    b. PASSIVO (suas obrigaes, dvidas)1) EXIGVEL NO CURTO PRAZO (< 1 ano)

    a) Cartes de crdito (VISA e outros) R$b) Saldo devedor de emprstimos (FAM,CDC, etc.) R$c) Prestaes do imvel a vencer (at um ano) R$d) Prestaes do automvel a vencer (at um ano) R$

    e) Outros R$TOTAL DO EXIGVEL NO CURTO PRAZO (e) R$

    2) EXIGVEL NO LONGO PRAZO (> 1 ano)

    a) Prestaes do imvel a vencer (maior que um ano) R$b) P t d t l ( i ) R$

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    MDULO 5

    INVESTIMENTOS

    Falar de investimentos, enquanto voc ainda tem dvidas para pagar, no faz sentido.Afinal, o retorno que se obtm de qualquer aplicao financeira certamente inferior ao custodo seu emprstimo. Assim, para quem ainda no est no azul, a prioridade no deve serinvestir, mas quitar o mais rpido possvel a sua dvida. O saneamento das finanas deve ser aprimeira fase da vida financeira de qualquer pessoa ou famlia.

    Uma vez alcanado este objetivo hora de rever seus hbitos financeiros e elaborar umplano financeiro de forma a conseguir poupar regularmente - segunda fase da vida financeira.Uma vez que as finanas estejam em dia e em ordem e haja alguma sobra no oramento,ento voc est pronto para investir.

    Uma estratgia de investimento bem sucedida comea muito antes da deciso de investir,ela comea no momento em que voc se familiariza com alguns conceitos bsicos deeconomia, juros, planejamento financeiro - conceitos estudados nos mdulos anteriores. Nomdulo atual, vamos estudar alguns conceitos especficos sobre o mercado financeiro e suasdiversas opes de investimentos, desde a opo mais conservadora, a poupana, at as maisarrojadas como aes e negcio prprios, passando por fundos DI e fundos de Renda Fixa. Oconhecimento e o estudo das diversas opes disponveis no mercado, ir nos preparar parainvestir bem e nos possibilitar, principalmente, otimizar e potencializar nossos escassos

    recursos financeiros disponveis.

    1. CONCEITOS

    a. Poupana e Investimento

    Coloquialmente, podemos definir poupana como a parcela da renda no consumida. Maspor que um indivduo deixa de consumir? Para poder gastar mais no futuro. Esta poupana ouqualquer disponibilidade financeira pode ser investida, para aumentar o consumo futuramente.O investimento dos recursos financeiros de qualquer pessoa deve ser muito bem planejadopara permitir atingir seus objetivos de consumo futuro.

    As vrias alternativas disponveis devem ser analisadas observando-se suas necessidadesquanto a rentabilidade, segurana e liquidez.

    O objetivo da administrao de investimentos atender s necessidades do investidorem termos de rentabilidade, segurana e liquidez. Esses aspectos esto intimamenteassociados e a preferncia por um, representa a aceitao de perda em outro. Exemplificando:

    - A aplicao em caderneta de poupana segura por contar com a garantia da

    instituio financeira e do Fundo Garantidor de Crdito, mas rende apenas 6% ao ano de juros.- A compra de um imvel pode se dar por uma pechincha, mas o investidor precisa estarconsciente de que sua venda poder ser demorada.

    - A aplicao em aes pode ser rentvel, mas o investidor ter de suportar as oscilaesdo mercado e assumir eventuais perdas de capital.

    b R t bilid d S Li id d i ti t

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    27

    O riscopode ser definido como probabilidade de perda. Pode ser classificado como demercado e de crdito. O risco de mercado est associado variao de preos doinvestimento, enquanto o risco de crdito possibilidade do investidor no receber o devidopor ocasio do resgate.

    Uma mxima do mercado diz que ao maior risco corresponde o maior retorno.

    BAIXO RISCO ALTO RISCO

    BAIXOR

    ETORNO

    ALTOR

    ETORNO

    Poupana

    Renda Fixa

    Fundos DI

    Poupana

    Multimercado

    Negciosprprios

    Imveis

    Aes

    c. Qual o objetivo do seu investimento?

    Antes de decidir como investir o seu dinheiro, voc precisa ter emmente qual o seu objetivo: voc quer comprar uma casa, pagar seusestudos, garantir um p de meia para emergncias? com base em suas

    metas que poder definir, por exemplo, o prazo pelo qual poder mantero dinheiro aplicado. Prazo este que ter implicaes sobre o risco eliquidez da sua aplicao.

    d. Definindo seu perfil de investidor

    RESPONDA SIM OU NO SIM NO

    1 - O investimento que voc est analisando representa um percentualalto do seu patrimnio?2 - Voc tem mais de 40 anos?3 - Voc tem filhos ou outros parentes que dependem integralmente devoc em termos financeiros?4 - Voc investe a maior parte dos seus recursos em poupana ou rendafixa?

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    e. CDI e Taxa Selic

    A taxa bsica de juros da economia brasileira, definida nas reunies do Comit de PolticaMonetria do Banco Central (Copom), conhecida como Selic meta. Nos encontros mensais,os membros do Copom discutem uma srie de fatores que afetam a economia, a fim deestabelecer qual ser a taxa bsica daquele perodo. "Eles examinam expectativas de inflao,

    taxas de juros dos pases desenvolvidos, preos do petrleo, entre outras variveis, e definemuma taxa de juros, com o objetivo de cumprir a meta de inflao para o ano", ensina oprofessor de mercados financeiros do Ibmec, Ricardo Humberto Rocha.

    Na reunio de maro, o Copom optou por manter a Selic em 11,25% ao ano, com oobjetivo de evitar que a inflao de 2008 ultrapasse a meta de 5,5%. "A taxa estabelecida peloComit, porm, uma meta, um alvo. No dia-a-dia, a Selic costuma ser um pouco maior oumenor do que a definida na reunio", explica Csar Castanhar, professor de finanas daFundao Getlio Vargas.

    A Selic diria, portanto, um pouco diferente dos juros estabelecidos pelo Copom.Divulgada pelo prprio Banco Central (BC), ela uma taxa mdia das operaes com ttulospblicos no dia. Estas negociaes so registradas no Selic (Sistema Especial de Liquidao eCustdia), que d origem ao nome da taxa.

    Um dos fatores que pode influenciar a taxa diria a liquidez do mercado. Quanto maisdinheiro h em circulao, maior a procura por ttulos pblicos federais e, portanto, menor ataxa oferecida pelo BC. "Se a taxa diria comear a escapar muito da meta estabelecida peloCopom, o BC vai atuar no mercado e tentar traz-la de volta", afirma Ricardo Humberto

    Rocha.Selic e CDI: taxas prximas

    Os movimentos da Selic interferem nas mais diversas aplicaes. Alguns dosinvestimentos mais populares, como os Fundos DI, tm como referncia (benchmark)o CDI(Certificados de Depsito Interfinanceiro), que, por sua vez, tende a acompanhar a taxa bsicade juros.

    "O CDI o instrumento com que as tesourarias dos bancos negociam recursos de curtoprazo", define Csar Castanhar. "Mas funciona tambm como indexador. A mdia das taxas

    negociadas entre os bancos calculada diariamente e usada como referncia para aplicaesfinanceiras", completa o professor.As taxas Selic e do CDI tendem a ser muito prximas. Por isso, um fundo DI ou de renda

    fixa, que tem como objetivo acompanhar o CDI, costuma ter ttulos pblicos federaisindexados taxa bsica de juros em suas carteiras.

    "O CDI como se fosse uma taxa espelho da Selic, mas, enquanto um estabelecidopelas negociaes entre os bancos, a outra definida pelas operaes com ttulos do governo",conclui o professor Ricardo Humberto Rocha.

    f. ndices de inflao- so utilizados para medir o custo de vida. Estes ndices medem oquanto em mdia os preos de um conjunto de produtos variou de um perodo para o outro. Ainflao afeta diretamente nossos investimentos, uma vez que do ganho nominal dever serdescontada a inflao para termos o ganho real.

    Dentre os principais ndices de inflao podemos destacar o ndice Nacional de Preos aoC id A l (IPCA) di G l d P d M d (IGP M)

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    IR= 10011

    1x

    INFL

    iN

    +

    +

    Onde:IR = Taxa Real de JurosIN=Taxa Nominal de JurosINFL=ndice de InflaoExemplos:

    1.Considerando que uma taxa nominal de juros de 7,14% ao semestre e a inflao doperodo medida pelo IGP-M foi de 3,22%, calcule a taxa real de juros.

    IR= 10010322,01

    0714,01x

    +

    + iR=3,80%

    2.Um CDB remunerou com 12% ao ano. Calcule o ganho real dessa aplicao, sabendo quea inflao foi medida em 4% aa, de acordo com o IPCA.

    IR= 100104,01

    12,01x

    +

    + iR=7,69%

    2. OPES DE INVESTIMENTOS

    a. Renda Fixa- CADERNETA DE POUPANA Aplicao mais conservadora.

    Baixo Rendimento: TR + 0,5% ao ms. Baixo Risco. Alta liquidez. Considerada com o primeiro passo para o investimento. Ajuda a desenvolver um padro de investimento. Di l B

    Aplicaes em Renda Fixa Aplicaes em Renda Varivel

    Caderneta de Poupana Aes

    CDB e RDB Multimercado

    Fundos DI Fundos Cambiais

    Fundos de Renda Fixa Imveis

    Ttulos Pblicos Negcios Prprios

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    - RDB - RECIBOS DE DEPSITO BANCRIO Idnticos ao CDB. No so recomprados pelos bancos antes do prazo indicado para o vencimento.

    - FUNDOS DI Fundos de renda fixa que buscam acompanhar a evoluo do CDI/Selic. Investem mais em ttulos pblicos ps-fixados. A rentabilidade deve ser prxima aos ndices. Risco: baixo. Tributao - conforme tabela de tributao dos fundos.

    Existe taxa de administrao. Investir em produtos que rendam, no mnimo, 95% do CDI.

    - FUNDOS DE RENDA FIXA Aplica tanto em ttulos pblicos pr-fixados quanto em CDB. Possui taxa de administrao. Composio da carteira deve ser analisada na escolha do fundo.

    Podem render menos que a poupana, em funo da tributao.*

    - TESOURO DIRETO Compra e venda de ttulos pblicos federais sem interveno bancria.

    Baixa taxa de administrao.

    Baixo risco.

    Operao online, por meio do CPF.

    Rentabilidade muitas vezes maior que a de fundos e produtos bancrios de renda fixa. Para maiores informaes e aplicaes: www.tesourodireto.gov.br

    b. Renda Varivel- AES Parcela em que se divide o capital de uma empresa. Tipos:

    - Ordinrias - do direito de voto nas decises e participao nos lucros.- Preferenciais - no do direito de voto. O acionista tem prioridade no recebimento de

    dividendos, s vezes em percentual maior que o recebido nas ordinrias.

    Quanto preciso para comear?No existe um valor mnimo exigido para investir na Bolsa Isso varia em funo do

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    Qual a melhor forma de escolher em que aes investir?Para escolher as aes, o investidor deve ponderar trs critrios: liquidez (facilidade

    de vender a ao quando quiser resgatar), retorno (possibilidade de ganhos) e risco (possveisperdas). A combinao desses trs elementos, a critrio do investidor, definir em quais aes

    aplicar.

    Importante!Antes de iniciar seus investimentos, voc deve fazer algumas ponderaes.

    Ganhos a curto prazo no devem ser a expectativa de quem decide investir em aes. aconselhvel que o investidor no dependa do recurso aplicado em aes para gastosimediatos e que tenha um horizonte de investimento de mdio e longo prazo, quandoeventuais desvalorizaes das aes podero ser revertidas.

    Fluxograma como investir em aes nas pginas 33 e 34.

    - MULTIMERCADO Combina renda fixa com renda varivel ou renda fixa e cmbio. Retorno e risco intermedirio. Existem as opes conservadoras, moderadas e agressivas.

    Tem taxa de administrao. Possibilidade de superar o CDI/Selic.

    - FUNDOS CAMBIAIS Deve possuir pelo menos 80% do patrimnio aplicado em ativos relacionados moeda

    estrangeira. Usado como proteo diante de crises internacionais.

    Risco: alto

    - FUNDOS DE INVESTIMENTOS Associao de investidores. Gesto profissional. Ganhos de escala. Diversificao de riscos.

    Reduo de custos. Taxa de administrao - 0,5 a 5% ao ano. Taxa de performance.

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    Voc tem reserva

    de emergncia,

    seguro de vida e

    seguro sade?

    Sim

    Providencie os

    trs antes de

    pensar em aes.No

    Se voc tem um

    objetivo dentro de

    3 anos, no invista

    em aes. arriscado!

    Voc quer ganhar

    no mdio e

    longo prazo

    (mais de 5 anos)?

    Voc precisaganhar no curto

    prazo (menos de 3anos)?

    Sim

    No

    Sim

    NoSim

    Voc suporta

    quedas de mais

    30%, em 1 ano?

    DEVO INVESTIR EM AES?

    33

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    Fonte:HALFELD, Mauro. INVESTIMENTOS: Como administrar melhor seu dinheiro

    - IMVEIS

    Sensao de segurana - ativo real.

    Risco Baixo

    Quanto voc tem

    para investir?

    Gosta deacompanhar o

    mercado eselecionar

    aes?

    Entre R$ 30e 100 mil

    Sim

    Mais deR$ 100 mil

    Menos deR$ 30 mil

    Invista a metadeem fundos e faa

    sua carteira prpriacom o restante.

    Invista sem fundosde aes.

    Voc pode fazersua prpria

    carteirase desejar.

    No

    DEVO INVESTIR EM AES DIRETAMENTE OU EM FUNDO?

    34

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    Ainda cedo.

    Aguarde.

    Voc tem reserva

    de emergncia,

    seguro de vida e

    seguro sade?

    Providencie os trs

    antes de pensar em

    comprar imveis.No

    Alugue um imvelmais simples at

    juntar ao menos 65%

    do valor do imvel.

    Sim

    No

    Sim

    Sua famlia j

    est definida?

    Voc tem dinheiro

    para comprar

    vista?

    No

    Sim

    DEVO COMPRAR OU ALUGAR MINHA RESIDNCIA?

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    COMPARAO DAS TABELAS PRICE E SACRE PARA

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    COMPARAO DAS TABELAS PRICEE SACREPARAFINANCIAMENTO IMOBILIRIO

    Fonte:HALFELD, Mauro. INVESTIMENTOS: Como administrar melhor seu dinheiro

    QUADRO COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS PRICE, SAC E SACRE

    O quadro a seguir traz um resumo comparativo entre os Sistemas Price, AmortizaoConstante e Amortizao Crescente, de um imvel no valor de R$ 100.000,00 financiadopara pagamento em 180 prestaes iguais e mensais, vencendo a primeira 30 dias aps acontratao. Sabendo que a taxa dejuros cobrada foi de 1% ao mse o valor das parcelas

    ser corrigido mensalmente pela Taxa Referencial (0,25% a.m.).Cabe destacar que alguns valores foram obtidos por meio de consulta ao site

    www.tosi.com.br.

    ITENS COMPARADOS PRICE (R$) SAC (R$) SACRE (R$)

    Valor da primeira prestao 1.203,17 1.559,44 1.555,56

    Valor da ltima prestao 1.881,18 879,50 858,85

    Valor da amortizao includo da 1 parcela 200,67 556,94 553,06

    Valor da amortizao da ltima parcela 1.862,56 870,80 853,93

    Valor dos juros da primeira parcela 1.002,50 1.002,50 1.002,50

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    - NEGCIOS PRPRIOS

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    NEGCIOS PRPRIOS Necessidade de uma preparao prvia minuciosa:

    Localizao. Informao. Custos. Reservas financeiras. Mercado.

    Usar a intuio Aptido O risco da sociedade Levantar recursos necessrios Razes do insucesso:

    Falta de conhecimento do mercado. Falta de maior dedicao. Falta de motivao dos funcionrios. Falta de capital de giro. Outras.

    Estatstica: Aps o 1 ano - 64% sobrevivem. Aps o 2 ano - 34%. Aps o 5 ano - 2%.

    c. Tributao

    - Investimento de longo prazo- para fins de tributao, um investimento com prazode aplicao superior a 365 dias considerado de longo prazo.

    Prazo da aplicao Alquota de IR

    At 180 dias 22,5%De 181 a 360 dias 20%De 361 a 720 dias 17,5%Acima de 720 dias 15%

    - Investimento de curto prazo- para fins de tributao, um investimento com prazode aplicao inferior a 365 dias considerado de curto prazo.

    Prazo da aplicao Alquota de IR

    At 180 dias 22,5%Acima de 180 dias 20%

    - Investimento em Aes- possuem alquota nica de 15%.

    Prazo da aplicao Alquota de IR

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    Veja como feita a cobrana regressiva de IOF:

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    eja co o e ta a cob a a eg ess a de O

    Nmero de dias decorridosaps a aplicao IOF (%)

    Nmero de dias decorridosaps a aplicao IOF (%)

    1 96 16 46

    2 93 17 43

    3 90 18 40

    4 86 19 36

    5 83 20 33

    6 80 21 30

    7 76 22 26

    8 73 23 23

    9 70 24 20

    10 66 25 16

    11 63 26 13

    12 60 27 10

    13 56 28 6

    14 53 29 3

    15 50 30 0

    3. A ESCOLHA DO INVESTIMENTO CERTOa. A deciso por um ou outro investimento deve levar em conta:

    - Seu perfil;

    - Os prazos de aplicao;- Quantidade mensal de aportes ou retiradas;

    - Sua disponibilidade financeira.

    b. Composio da carteira de acordo com o perfil do investidor

    1) Sugesto de Alocao de Recursos:

    65% 25% 10%PerfilConservador

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    4. 10 ERROS QUE VOC DEVE EVITAR NA GESTO DO SEU DINHEIRO

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    QDEZ REGRAS PARA A BOA GESTO DO SEU DINHEIROAdaptado do artigo: 9 erros que voc deve evitar na gesto do seu dinheiro, de autoria de

    Daniela DAmbrosio e Juliana AlmeidaDegustar um bom vinho e escolher uma roupa de grife j so hbitos incorporados rotina

    de muitos brasileiros. Alis, comprar, gastar, consumir parecem no ter qualquer mistrio paraa maioria. Mas, quando o assunto controlar e administrar com inteligncia as prpriasfinanas, a situao muda completamente.

    Muita gente erra. E no difcil entender por que isso acontece. Decises relacionadas adinheiro geralmente so complexas e envolvem o lado emocional das pessoas. Um grandepasso mal dado ou uma sucesso de equvocos menores pode colocar tudo a perder. "Seja nasbolsas de valores, no mercado imobilirio ou no supermercado, ns sempre cometemos errosfinanceiros que nos causam enormes perdas", afirma Thomas Gilovich, professor da CornellUniversity, nos Estados Unidos, e autor do livro Why Smart People Make Big Money Mistakesand How to Correct Them (Por que pessoas inteligentes cometem grandes erros financeiros ecomo corrigi-los), ainda no traduzido no Brasil.

    Os enganos podem comear pelas pequenas economias que deixam de ser feitas no dia-a-dia, passar pela falta de informao na hora de aplicar o dinheiro que sobra e chegar sgrandes decises, como a compra de um imvel ou a abertura de um negcio prprio. Mesmoo investimento em imveis, tido como um negcio incondicionalmente lucrativo, pode no

    trazer o retorno esperado.Endividar-se alm das possibilidades tambm est entre os maiores pecados financeiros quese podem cometer. Voc certamente deve conhecer algum que tem um bom carro, uma casaconfortvel, freqenta os melhores restaurantes, mas vive atolado em dvidas (ou ser vocmesmo?). Pessoas assim no poupam um centavo sequer porque querem manter o status.Pagam altos juros no carto de crdito e no cheque especial e nem se do conta de quantoisso prejudicial para o seu bolso. Outro engano comum pensar mais no curto prazo do queem planejamentos mais longos.

    Muita gente ainda pensa como nos tempos de inflao alta - em que o importante era asobrevivncia imediata - e acaba por tomar decises erradas. "No h problema em cometererros, isso acontece at com os especialistas", diz a americana Ilyce R. Glink, consultora definanas pessoais. "Mas voc realmente ter dificuldades se no aprender com eles ou secontinuar a cometer os mesmos erros um dia depois do outro." Melhor ainda do que aprendercom os prprios erros, como sugere Ilyce Glink, poder antecipar-se e conhecer os erros dosoutros para no repeti-los.

    A seguir listamos os dez erros mais freqentes, cometidos ao lidarmos com o nosso

    precioso dinheiro. Uma adaptao das autoras citadas acima.

    1 - Investir naquilo que voc no conhece provvel que voc j tenha ouvido falar de algum que perdeu grandes quantias num

    negcio prprio que no deu certo ou num investimento extico oferecido por um vendedor

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    caractersticas do negcio ou da aplicao nos quais voc est interessado. Mergulhar em algo

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    novo sem conhecer as suas especificidades pode ser um convite ao fracasso. A promessa delucros fabulosos tambm pode, muitas vezes, no se concretizar. Se for possvel, osconsultores sugerem que voc procure saber com gente do ramo qual o retorno histrico queo negcio ou a aplicao costumam dar. Quem quiser investir em boi gordo, por exemplo,

    deve pesquisar com as empresas do setor o rendimento que os clientes receberam emdiferentes perodos. E saber quais so os fatores que podem influenciar o seu ganho (ouperda).

    2 - Concentrar seus investimentos em imveisA concentrao de quase todo o patrimnio em imveis um dos principais erros

    cometidos pelos investidores brasileiros. Nem poderia ser diferente. Nossos avs costumavamdizer que um bem de raiz, como o imvel, o melhor investimento do mundo. E, realmente,

    durante a era da superinflao, ter um imvel era uma forma eficiente e segura de proteger odinheiro contra a desvalorizao da moeda e as bruxarias heterodoxas geradas peloseconomistas do governo. Ao contrrio do dinheiro que est no banco, o imvel um bempalpvel, real. Voc v, os outros vem. Alm disso, viver num imvel confortvel e, depreferncia, luxuoso ainda o maior sonho de muita gente - nem que isso custe todas as suaseconomias. Uma famlia tpica brasileira chega a ter 90% do patrimnio em imveis, segundoconsultores de finanas pessoais. O ideal, no entanto, de acordo com os especialistas, seriaimobilizar de 35% a, no mximo, 60% do patrimnio, contando com a sua prpria casa. "O

    brasileiro precisa da percepo de segurana que o imvel d", diz Ronaldo Magalhes, diretorexecutivo da Sul Amrica Investimentos, empresa de gesto de recursos ligada seguradorado mesmo nome. "Mas a compra de imveis nem sempre compensa." claro que, do ponto devista do investimento, tudo depende do tipo de imvel do qual se est falando, da regio, dobairro e at do trecho da rua em que ele se localiza. Lojas, escritrios, flats, residncias, stiose fazendas so mercados muito diferentes entre si e cada um deles possui dinmica prpria.Investir num flat, por exemplo, numa determinada regio do pas, em certo momento pode serum bom negcio, enquanto comprar um apartamento no mesmo local, uma pssima deciso.

    Mas, num mercado to diversificado, existem alguns inconvenientes comuns concentrao dopatrimnio em imveis. Talvez a principal desvantagem seja a falta de liquidez. Voc coloca oimvel venda, mas entra ms, sai ms e o negcio simplesmente no acontece. Se estiverprecisando do dinheiro com urgncia, voc, provavelmente, ter de baixar o preo. Conseguiro valor que voc acredita ser justo leva tempo, s vezes, anos. E, no final, possvel que vocse d conta de que aquele imvel ao qual se afeioou tanto pode no valer a quantiaimaginada. preciso considerar tambm o impacto negativo da depreciao do imvel,normalmente negligenciado pelos investidores na hora da compra. fcil entender isso.

    Imagine duas casas exatamente iguais, s que uma nova e outra construda h dez anos. Amais antiga estar, obviamente, mais propensa a ter problemas de encanamento, pintura,eletricidade etc. Essas coisas todas provocam uma queda progressiva no preo ao longo dosanos. Outro ponto importante: a mudana do tipo de construo e das necessidades dasfamlias dos profissionais liberais e das empresas. Por exemplo: um apartamento de altopadro h 20 anos tinha em geral trs dormitrios espaosos um banheiro com azulejos

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    tambm a possibilidade de o imvel ficar desocupado por um longo perodo. Nesse caso, em

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    vez de uma fonte de renda, o imvel torna-se uma torneira de despesas. O proprietrio precisaarcar com os custos do condomnio (no caso de um apartamento), de manuteno (se for umacasa) e do imposto predial. O total de despesas pode chegar a milhares de reais por ano afundo perdido.

    3 - No ter uma reserva para emergnciaVoc gasta tudo o que ganha mensalmente e no tem uma reserva, por menor que seja,

    no banco? Se a resposta for positiva, cuidado! Voc pode estar no fio da navalha. O que vocfaria se precisasse de um dinheiro extra para cobrir acidentes de percurso: uma doena, umfalecimento na famlia, uma demisso ou um perodo de entressafra no seu negcio?Provavelmente, ficaria na mo ou teria de recorrer a parentes ou amigos. Ou pediria umemprstimo no banco a juros estratosfricos. Portanto, se voc faz parte do time dos sem-

    reserva, talvez seja conveniente comear a form-la. Em princpio, essa poupana deve serfeita para no ser usada. Mas, se for preciso, ela estar l. Segundo os especialistas, essareserva no deve ser misturada com a sua poupana de longo prazo. Deve ficar numa conta parte. Como ela pode ser necessria quando voc menos espera, recomendvel que estejainvestida em aplicaes de alta liquidez, ou seja, que permitam resgate a qualquer hora, comoa velha caderneta de poupana ou um fundo de renda fixa. O objetivo aqui no conseguir amelhor rentabilidade do mercado. Apenas preservar o valor do dinheiro. "Para a pessoa fsica,manter uma reserva para emergncias uma obrigao, assim como uma empresa no pode

    viver sem capital de giro", afirma Reinaldo Zakalski, ex-Deutsche Bank e hoje responsvel pelaBoutique de Investimentos, com escritrios em So Paulo, Ribeiro Preto e Braslia. E qual ovalor que voc deve poupar para cobrir gastos inesperados? Os consultores geralmente dizemque preciso guardar o equivalente a, no mnimo, seis meses de despesas familiares. Ou seja,se sua famlia gasta 2 000 reais por ms com alimentao, moradia e servios essenciais -como gua, luz e telefone -, a reserva deveria somar, ao menos, 12 000 reais. Mas, na vidareal, a conta nem sempre igual para todos. Quem no possui um seguro de vida, porexemplo, precisar poupar um capital adicional para cobrir as necessidades de sua famlia se

    acontecer um imprevisto. Nesse caso, a reserva deve ser suficiente para garantir o sustento dafamlia por um perodo que gira em torno de dois anos. E a renda mensal usada como base doclculo deve levar em conta que as despesas sero menores, caso voc lhes falte. Se odesemprego lhe parecer uma situao remota, possvel reduzir o valor da reserva. Quemest em ascenso na carreira, faz cursos de atualizao na sua rea profissional e acreditaque, no caso de ser demitido, no ficaria sem trabalho por mais de trs meses, pode pensarem diminuir o valor citado acima para 6000 reais. "O emprego uma questo de mercado e dequanto voc aceita ganhar", diz Martelanc, da USP. No caso do profissional autnomo,

    preciso levar em conta que qualquer leso que o impossibilite de trabalhar provocar umareduo imediata na renda da famlia. Se um dentista machucar a mo, certamente recorrerao fundo emergencial da famlia para cobrir suas despesas bsicas habituais.

    4 - Perder o controle das dvidasFi lh d i d d id t l

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    de sua renda para o pagamento de juros, estar diminuindo o seu padro de vida. Algumasf li b l li i d di l d id d

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    famlias, ao perceber que ultrapassaram seus limites de crdito, vo alm: decidem venderterrenos, imveis, carros e outros bens para solucionar seus problemas financeiros. Isso podeat ajud-las a sair do sufoco. E mesmo prefervel usar esse capital para pagar dvidas comtaxas de juro elevadas a continuar no vermelho. Mas de nada adiantar vender os bens para

    liquidar as dvidas se no houver um corte nos gastos, pois o problema reaparecer a mdioprazo. H cerca de um ano, o consultor Erasmo Vieira, da Planner Finanas Pessoais, de BeloHorizonte, diz ter sido procurado por um mdico de uma tradicional famlia mineira. Segundo oconsultor, a renda mensal de seu cliente era de 39 000 reais, valor mais do que suficiente paraqualquer mortal levar uma vida extravagante. No entanto, diz ele, a famlia do mdico, cujosgastos chegavam a 46 000 reais por ms, vivia endividada. Eles atrasavam at o pagamentoda conta de luz e, dos nove cartes de crdito que tinham, apenas um era pago em dia. S de

    juros a conta somava na poca 6 000 reais mensais, de acordo com o consultor. Durante cinco

    anos, a famlia contou ter vendido imveis e outros bens para tentar sanear suas finanas. Atperceber que, se no decidisse fazer alguns cortes nas despesas, acabaria dilapidando todoseu patrimnio sem conseguir equilibrar o oramento. D para acreditar?

    5 - Dar importncia s grandes decises e menosprezar as pequenasQuase todo mundo costuma se preocupar com os grandes gastos, como a compra de um

    carro ou de um imvel, mas acaba se esquecendo das pequenas despesas do dia-a-dia. No hdvida de que um negcio de 20 000, 50 000 ou 100 000 reais pode afetar o oramento de

    qualquer um. Mas quantas operaes desse porte algum far no ano ou na vida? Uma? Talvezduas? Trs? Certamente, para a maioria, no muitas vezes mais. Mas, quando o que est empauta so as compras no supermercado, a coisa muda de figura. Como as compras, em geral,so semanais ou mensais, cada ida ao supermercado oferece uma infinidade de possibilidadesde economizar preciosos trocados. Quem conseguir economizar 10 reais uma vez por semanaa cada ida ao supermercado ter acumulado no final de um ano 540 reais, o suficiente parapassar, no mnimo, dois fins de semana com a famlia na praia. O mesmo princpio vale paraas idas ao restaurante, padaria, a consultas mdicas e a outras atividades corriqueiras. "O

    importante no poupar muito, mas poupar sempre", afirma Vieira, da Planner. claro queningum vai quebrar porque paga uma tarifa de 20 reais por um pacote de servios de umbanco, enquanto poderia estar gastando apenas 5 reais em outra instituio. Ou at namesma, muitas vezes, dependendo do pacote de servios que contratar. Mas, ao longo de umano, esses 15 reais de diferena se transformaro em 180 reais. E se voc somar os 180 reaisque poderiam ser economizados em tarifas bancrias com os 540 reais do supermercado, jseriam 720 reais num ano. Isso para ficar em apenas dois exemplos banais. A compulso pelascompras com cheque pr-datado, essa instituio nacional que se popularizou na era da

    superinflao, mais uma armadilha que consome valiosos reais que poderiam estarreforando sua poupana. Muita gente pensa que um desconto de 5% nas compras vista desprezvel. Mas preciso levar em conta que, num cenrio de economia relativamente estvelcomo o atual, representa muito. A maioria das aplicaes financeiras hoje em dia no rendenem 1% ao ms. O mesmo vale para os pagamentos em trs, quatro, cinco ou at dez vezes"sem juros" oferecidos por muitas lojas O dinheiro como qualquer outra mercadoria tem um

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    gastando sem se planejar, endivida-se alm da conta e depois reclama que no ganha ofi i t A l b t D d lt

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    suficiente. A culpa, como sempre, sobra para o patro. De acordo com os consultores, apalavra-chave para se ater s suas prioridades disciplina. Sem ela, fica difcil conseguirrealizar qualquer um de seus sonhos. E disciplina significa, quase sempre, poupar, fazer umareserva para alcanar seus objetivos, separar uma parte da sua renda mensal, de 10% a 20%,

    para aplicar e esquecer que esse dinheiro existe. Os especialistas recomendam ter uma contapara o dia-a-dia, outra para objetivos de mdio prazo, como uma viagem, e uma terceira parametas de prazo mais longo, como a aposentadoria e a poupana para a faculdade de seusfilhos. Embora muita gente acredite que preciso estar bem de vida para conseguireconomizar alguma coisa, o hbito de poupar, independe da sua renda. muito mais umaquesto de atitude, que pode ser incorporada ao cotidiano de qualquer um. Tem gente queganha pouco e consegue guardar seu rico dinheirinho. Outras pessoas, que recebemverdadeiras fortunas, gastam absolutamente tudo. Isso quando no entram no cheque

    especial. "Um dos grandes erros do brasileiro investir apenas o que sobra no final do ms eno ter disciplina de guardar um pouco de seu dinheiro com regularidade", diz Fbio Garcia,responsvel pela rea de produtos de investimento do BankBoston.

    7 - Usar mais a emoo do que a razo na hora de investirEis aqui outro erro clssico do brasileiro. difcil, mas fundamental deixar a emoo de

    lado na hora de aplicar seu dinheiro. "O investimento deve ser racional", afirma o investidoramericano Warren Buffet. Em razo do sucesso de Buffet, o segundo homem mais rico dos

    Estados Unidos, sua afirmao pode e deve ser vista como uma espcie de mantra porqualquer aplicador do planeta. Em geral, por medo ou desconhecimento, as pessoas agemprecipitadamente e acabam perdendo dinheiro por isso. "Para se sentir livre em relao aodinheiro, essencial perder o medo que se tem dele", diz Suze Orman, uma das consultorasfinanceiras americanas de maior prestgio atualmente, autora de diversos livros, entre eles ACoragem para Ser Rico. O mercado acionrio costuma ser um dos melhores testes para avaliaro lado emocional dos investidores. O sobe-e-desce faz parte da dinmica das bolsas, sujeitas aturbulncias provocadas pela variao de resultado das empresas e pelas expectativas de

    investidores em relao ao desempenho econmico do Brasil e de outros pases. Quem investeem aes sabe (ou deveria saber) que bolsa no o lugar apropriado para cardacos. Mesmoassim, comum encontrar investidores que se desesperam nos piores momentos do mercado.Agem de forma emocional e tiram o dinheiro justamente quando a ao chega ao seu nvelmais baixo, teoricamente o melhor momento para comprar. Se agissem racionalmente,provavelmente manteriam seus investimentos at que passasse o pnico e o cenrio clareasse."As reaes emocionais causadas pela perda so enormes e muitos investidores comuns noconseguem suport-las", diz William Eid Jr., professor de finanas da FGV de So Paulo e

    coordenador do Centro de Estudos de Finanas da instituio. Pular de galho em galho natentativa de sempre acertar o melhor alvo tambm uma atitude emocional. A probabilidadede ser bem-sucedido mnima - nem os experts costumam conseguir essa proeza. De acordocom um estudo feito pela Corretora Souza Barros, uma das mais tradicionais de So Paulo, oinvestidor assduo, que aplica sempre, com conscincia e sob o imprio da razo, tem maischance de se dar bem do que aquele que est sempre em busca do melhor momento para

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    ainda muito forte para a maioria, principalmente na carreira e nos assuntos relacionados adinheiro No raro encontrar quem se acomode numa posio na qual o salrio no parece

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    dinheiro. No raro encontrar quem se acomode numa posio na qual o salrio no parecebom e o trabalho no satisfaz. Afinal, para que arriscar? " difcil evoluir profissionalmente semcorrer riscos", afirma o headhunter Guilherme Velloso, diretor da PMC Amrop, uma dasprincipais empresas de recrutamento do pas. "Na carreira, assim como nos investimentos, as

    grandes oportunidades embutem risco, por isso as recompensas so maiores", diz Velloso.Com as aplicaes financeiras no diferente. A maioria no suporta a idia de investir suaseconomias e no t-las de volta integralmente. Uma mxima do mercado financeiro, noentanto, diz justamente que, quanto maior for o risco de uma aplicao, maior a possibilidadede ganho. "Essencialmente, toda deciso que ns tomamos um risco, de uma forma ou deoutra", afirma o consultor econmico americano Peter L. Bernstein, autor do livro Desafio aosDeuses: A Fascinante Histria do Risco (editora Campus), considerado o livro de negcios maisinovador e criativo dos Estados Unidos em 1996. Em razo do que diz Bernstein, talvez

    convenha aprender a gerenciar o risco, em vez de evit-lo. No dia-a-dia, j fazemos isso semnos dar conta. Quando deixamos de ir a um caixa eletrnico noite, num lugar escuro, porexemplo, estamos minimizando o risco de ser assaltados. Se no fizermos esportes radicais,tambm teremos menor probabilidade de morrer ou de nos acidentar. Que tal aplicar esseprincpio para fazer a gesto de risco de seus investimentos? Ao diversificar as suas aplicaes,por exemplo, voc poder diminuir o risco de ver o seu patrimnio minguar. "A idia dogerenciamento de riscos no ser surpreendido", diz Bernstein. "Se estiver errado, no queroser eliminado, quero estar seguro de que vou sobreviver."

    9 - No levar em conta a inflao, por menor que ela sejaQuando se fala em investimento, um dos maiores erros que se podem cometer

    desprezar a inflao, independentemente de ela ser alta ou baixa. A inflao pode anular parteou todo o ganho que o investidor acredita estar obtendo com uma aplicao financeira.Principalmente quando o que est em pauta uma poupana de longo prazo, seja para custeara sua aposentadoria, seja para pagar a faculdade das crianas dentro de alguns anos. certoque, hoje em dia, com a estabilidade trazida pelo Plano Real, implementado em 1994, esse

    problema j no to grave quanto alguns anos atrs. Afinal, desde ento, o salrio deixou deser corrodo diariamente pela inflao e as pessoas puderam organizar seus gastos. Muitagente tem conseguido at se planejar para realizar objetivos futuros. Mas nem por isso ainflao deve ser desprezada por qualquer investidor digno do nome. Mesmo nos EstadosUnidos, onde a inflao est hoje na casa dos 2% ou 3% ao ano, essa uma questo quemerece ateno dos consultores mais respeitados do mercado. Aqui, desde que a superinflao foi domada, muitos investidores praticamente a esqueceram. S que, mesmo empatamares civilizados, ela continua presente. E melhor contar com ela na hora de aplicar o

    seu dinheiro do que ignorar sua existncia. Basta ir padaria ou ao supermercado e conferir.De janeiro a junho deste ano, por exemplo, a inflao acumulada chega a 2,88%, segundodados do IPCA, calculado pelo IBGE. No ano passado, a inflao ficou em 5,02%, enquanto apoupana rendeu 7,70%, o que d um rendimento real de cerca de 2,55. Para se garantir, importante, sempre, levar em conta o rendimento real, ou seja, descontado da inflao, deseus investimentos Muitas vezes ao descontar os impostos e a inflao os ganhos que voc

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    A tradio das religies no permite incorporar algumas modernidades, situaes novascom as quais os antigos no