apostiila dicas de estudos oab

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    Porto Alegre, RS Av. Ipiranga, 2899

    Fone: (51) 3076-8686 So Paulo, SP

    Av. Paulista, 1.159 - conj. 411 Fone: (11) 3266-2724

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    Fone: (41) 3023-3063

    [email protected] www.verbojuridico.com.br

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    TICA Prof. Antonio Marcelo Pacheco 1. Dicas sobre tica Profissional ............................................................ 07 DIREITOS HUMANOS Prof. Antonio Marcelo Pacheco 1. Dicas de Direitos Humanos ................................................................ 13 DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Antonio Marcelo Pacheco 1. Direitos Fundamentais ........................................................................ 17 2. Sobre os Trs Poderes do Estado ..................................................... 21 DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO E PRIVADO Prof. Cristiano Souza 1. Dos Sujeitos no Direito Internacional ................................................. 29 2. Hierarquia dos Tratados e legislao brasileira ................................. 31 3. Dos Sujeitos de Direito Internacional ................................................. 31 4. Nacionalidade ..................................................................................... 33 5. Condio jurdica do Estrangeiro ...................................................... 35 6. Direito Internacional Privado .............................................................. 36 7. Direito processual civil internacional .................................................. 38 8. Cartas rogatrias ................................................................................ 39 DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Gustavo Santanna 1. Atos Administrativos ........................................................................... 41 2. Poderes administrativos ..................................................................... 43 3. Entidades da Administrao Indireta .................................................. 43 4. Autarquias .......................................................................................... 44 5. Agncias Reguladoras ....................................................................... 44 6. Fundaes .......................................................................................... 44 7. Agncias Executivas .......................................................................... 45

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    8. Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista - Semelhanas ....................................................................................... 45 9. Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista - Diferenas ............................................................................................ 46 10. Licitaes .......................................................................................... 46 11. Contratos Administrativos ................................................................. 48 12. Servios Pblicos ............................................................................. 49 13. Controle da Administrao ............................................................... 50 14. Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado ........................... 51 DIREITO CIVIL Prof. Cristiano Colombo 1. Pessoa Natural ................................................................................... 55 2. Pessoa Jurdica ................................................................................. 58 3. Dos Bens ............................................................................................ 62 4. Dos Fatos Jurdicos e do Negcio Jurdico ........................................ 63 5. Obrigaes ......................................................................................... 65 6. Dos Contratos ..................................................................................... 68 DIREITO PROCESSUAL CIVIL Prof. Juliano Colombo 1. JURISDIO - Poder de Dizer o Direito ............................................ 71 2. Ao .................................................................................................... 72 3. Atos Processuais ................................................................................ 73 4. Revelia Ausncia de Contestao ................................................... 74 5. Contestao ........................................................................................ 75 6. Reconveno ...................................................................................... 77 7. Excees ............................................................................................ 77 8. Cautelares Nominadas ....................................................................... 80 9. Recursos ............................................................................................. 83 10. Apelao ........................................................................................... 86 11. Processo de Execuo ..................................................................... 88 12. Expropriao ..................................................................................... 90 DIREITO DO CONSUMIDOR Prof. Cristiano Souza 1. Conceito de Consumidor .................................................................... 91 2. Princpios do CDC .............................................................................. 92 3. Sistema de Responsabilidade ............................................................ 94 4. Prtica Comercial - Da Publicidade ................................................... 98

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    5. Das Prticas Abusivas ........................................................................ 98 6. Da Proteo Contratual ...................................................................... 99 7. Das Clusulas Abusivas ..................................................................... 99 8. Dos Contratos de Adeso .................................................................. 100 DIREITO EMPRESARIAL Prof. Cristiano Souza 1. Conceito de Empresrio ..................................................................... 101 2. Das Obrigaes do Empresrio ......................................................... 102 3. Da Sociedade personificada .............................................................. 104 4. Anlise dos Tipos Societrios ............................................................ 104 5. Ttulos de Crdito ............................................................................... 108 6. Falncia, Recuperao Judicial e Extrajudicial ................................. 110 7. Efeitos da Falncia ............................................................................. 114 DIREITO TRIBUTRIO Prof. Cristiano Colombo 1. Conceito de Tributo ............................................................................ 117 2. Cdigo Tributrio Nacional ................................................................. 117 3. Espcies de Tributo ............................................................................ 117 4. Competncia Tributria ...................................................................... 119 5. Imunidades ......................................................................................... 121 6. Espcies de Lanamento Tributrio ................................................... 122 7. Causas de Suspenso, Extino e Excluso do Crdito Tributrio .................................................................................... 124 8. Tabela resumo .................................................................................... 128 DIREITO AMBIENTAL Prof. Antonio Marcelo Pacheco 1. Princpios do Direito Ambiental .......................................................... 131 2. rgos Integrantes do SINAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) ..................................................................................... 132 3. Instrumentos da Poltica Nacional do Meio Ambiente ........................ 133 4. Licenciamento Ambiental ................................................................... 134 5. Da Cooperao entre Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios (Lei Complementar n 140) .................................................. 135 6. Responsabilidade Civil Decorrente de Dano Ambiental .................... 136 7. Responsabilidade Penal Ambiental .................................................... 136 8. Constituio Federal - Artigo 225 ....................................................... 137

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    DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL Prof. Davi Andr Costa 1. Aplicao da Lei Penal ....................................................................... 139 2. Do Crime - arts. 13 a 28, CP .............................................................. 143 3. Do Concurso de Pessoas - arts. 29 a 31, CP ..................................... 151 4. Inqurito Policial - arts. 4 a 23, CPP ................................................. 153 DIREITO DO TRABALHO Prof. Fabrcio Aita Ivo 1. Princpios do Direito do Trabalho ....................................................... 157 2. Das Fontes do Direito do Trabalho ..................................................... 159 3. Relao de Emprego e Relao de Trabalho .................................... 160 4. Trabalho no Domiclio do Empregado - Teletrabalho ......................... 160 5. Grupos de Empresas .......................................................................... 161 6. Empregador Equiparado ..................................................................... 162 7. Terceirizao de Mo-De-Obra .......................................................... 162 8. Contrato Individual de Trabalho.......................................................... 163 9. Da Alterao do Contrato de Trabalho ............................................... 165 10. Da Suspenso e Interrupo do Contrato de Trabalho .................... 166 11. Durao do Trabalho ........................................................................ 168 12. Remunerao .................................................................................. 173 13. Trmino do Contrato de Trabalho .................................................... 175 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Prof. Fabrcio Aita Ivo 1. Atos Administrativos ........................................................................... 179 2. Organizao e Competncia da Justia do Trabalho ........................ 179 3. Termos, Atos e Prazos Processuais .................................................. 180 4. Jus Postulandi Trabalhista ............................................................... 181 5. Custas no Processo do Trabalho ....................................................... 181 6. Das Nulidades .................................................................................... 182 7. Das Provas ......................................................................................... 183 8. Prova Documental .............................................................................. 183 9. nus da Prova .................................................................................... 184 10. Audincia de Julgamento ................................................................. 184 11. Do Procedimento Sumarssimo ........................................................ 186 12. Recursos ........................................................................................... 187 13. Agravo de Instrumento ..................................................................... 190 14. Agravo de Petio ............................................................................ 190 15. Embargos de Declarao ................................................................. 190 16. Execuo Trabalhista ....................................................................... 191

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    Prof. Antonio Marcelo Pacheco

    1. Dicas sobre tica Profissional

    Os integrantes da advocacia pblica so elegveis e podem integrar

    qualquer rgo da OAB(conforme o artigo 9, nico do Regulamento Geral).

    Em sociedade de economia mista, a funo de diretoria ou gerncia

    jurdicas privativa de advogado inscrito regularmente na OAB (artigo 7, do

    Regulamento Geral).

    No esto sujeitos ao regime da Lei 8906/94 os Procuradores do Trabalho.

    direito do advogado retirar-se, aps comunicao protocolizada em juzo,

    do recinto onde se encontre aguardando prego para o ato judicial, decorridos 30

    minutos do horrio designado e ao qual ainda no tenha comparecido a

    autoridade que deva presidir tal ato.

    direito do advogado, nos termos da Lei 8906/94 usar da palavra, pela

    ordem, em qualquer juzo ou tribunal, mediante interveno sumria, para

    esclarecer equvoco ou dvida surgida em relao a fatos, documentos ou

    afirmaes que influam no julgamento.

    O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razo do

    exerccio profissional ou de cargo ou funo da OAB, tem direito a desagravo

    pblico promovido pelo Conselho competente, de ofcio, a seu pedido ou de

    qualquer pessoa (caput artigo 18 regulamento).

    O desagravo pblico, como instrumento de defesa dos direitos e

    prerrogativas da advocacia, no depende de concordncia do ofendido, que no

    pode dispens-lo, devendo ser promovido a critrio do conselho (7, artigo 18, do

    regulamento).

    A personalidade jurdica de uma sociedade de advogados tem incio com o

    registro, aprovado, de seus atos constitutivos no conselho seccional da OAB/RS

    (1, artigo 15).

    VEDADO s juntas comerciais o registro de sociedade que inclua a

    atividade de advocacia entre suas finalidades.

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    A jornada de trabalho do advogado empregado, no exerccio da profisso,

    ter a durao diria de quatro horas contnuas e de vinte horas semanais,

    salvo acordo ou conveno coletiva ou em caso de dedicao exclusiva (artigo 20,

    da Lei 8906/94).

    O advogado empregado no est obrigado a defender interesses do

    empregador alheios relao de trabalho e ter direito ao reembolso das despesas

    de transporte, hospedagem e alimentao havidos durante a jornada de trabalho.

    Viola o Cdigo de tica e Disciplina da OAB o advogado que divida seus

    honorrios em parcelas mensais e induza o cliente a assinar notas promissrias, com

    os respectivos valores e vencimentos.

    Viola o Cdigo de tica e Disciplina da OAB o advogado que distribua livreto

    com mensagens bblicas s famlias das vitimas de um acidente areo, tendo o

    cuidado de inserir seu carto profissional entre as pginas do livreto, de maneira que

    o carto s possa ser percebido por quem folheie tal livreto.

    A ao de cobrana de honorrios do advogado PRESCREVE em 05 anos.

    Cdigo de tica e Disciplina da OAB permite ao advogado contratar

    seus honorrios para pagamento em doze parcelas mensais, representadas por

    notas promissrias, porque o cliente no tem condies financeiras de pag-los de

    uma s vez.

    Os docentes de cursos jurdicos, vinculados s faculdades pblicas, no

    esto impedidos de advogar CONTRA a Fazenda Pblica.

    O presidente da Junta Comercial est incompatibilizado para o exerccio

    da advocacia, mesmo em causa prpria.

    Havendo representao contra presidente de seccional, o rgo

    competente ser o Conselho Federal da OAB.

    admitido conforme o estatuto da advocacia que um advogado, scio de

    uma sociedade, integre outras sociedades de advogados, desde que em sediadas

    em outra base territorial. (quer dizer um outro Estado Conselho Seccional), consoante art. 15, 4, do estatuto.

    A toxicomania (uso de drogas) ou embriaguez, desde que habituais,

    configuram conduta incompatvel com a advocacia sendo o caso de aplicao da

    pena de suspenso ao advogado.

    A prerrogativa referente presena de representante da OAB ao ato de

    lavratura do auto de priso em flagrante est diretamente ligada ao exerccio

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    profissional. Assim, somente por motivo ligado advocacia que o advogado ter

    o direito de ver um membro da OAB assistir ao ato policial.

    A inscrio principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional

    em cujo territrio pretende estabelecer o seu domiclio profissional assim

    entendido como a sede principal da atividade da advocacia.

    A sociedade de advogados adquire personalidade jurdica com o registro

    aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho seccional da OAB em cuja base

    territorial tiver sede.

    O ato de constituio de filial deve ser averbado no registro da sociedade e

    arquivado junto ao Conselho seccional onde se instalar, ficando os scios obrigados

    a inscrio suplementar.

    Os honorrios includos na condenao, por arbitramento ou sucumbncia,

    pertencem ao advogado, tendo este direito autnomo para executar a sentena

    nesta parte, podendo requerer que o precatrio, quando necessrio, seja expedido em

    seu favor.

    Quanto multa, esta varivel entre o mnimo correspondente ao valor de uma

    anuidade e o mximo de seu dcuplo, aplicvel cumulativamente com a censura

    ou suspenso, em havendo circunstncia agravantes.

    Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de

    culpa por ele revelada, as circunstncias e as conseqncias da infrao so

    consideradas para o fim de decidir sobre a convenincia da aplicao cumulativa da

    multa e de outra sano disciplinar, bem como sobre o tempo de suspenso e o valor

    da multa aplicveis.

    permitido ao que tenha sofrido qualquer sano disciplinar requerer,

    UM ANO APS seu cumprimento, a reabilitao, em face de provas efetivas de

    bom comportamento.

    A pretenso punibilidade das infraes disciplinares PRESCREVE em

    cinco anos, contados da data da contestao oficial do fato.

    O pagamento da contribuio anual da OAB ISENTA os inscritos nos seus

    quadros do pagamento obrigatrio da contribuio sindical.

    Todos os recursos tm efeito suspensivo, EXCETO quando tratarem de

    eleies, de suspenso preventiva decidida pelo tribunal de tica e disciplina, e de

    cancelamento da inscrio obtida com falsa prova. Nestes casos, o efeito dos

    recursos propostos nestes casos devolutivo.

    Nas hipteses de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os

    honorrios de sucumbncia, proporcionais ao trabalho realizado, SO

    RECEBIDOS por seus sucessores ou representantes legais.

    A deciso judicial que fixar ou arbitrar honorrios e o contrato escrito que o

    estipular so ttulos executivos e constituem crdito privilegiado na falncia,

    concordata, concurso de credores, insolvncia civil e liquidao extrajudicial.

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    A INCOMPATIBILIDADE determina a proibio total, e o

    IMPEDIMENTO, a proibio parcial do exerccio da advocacia. O advogado tem

    imunidade profissional, no constituindo injria, difamao punveis qualquer

    manifestao de sua parte, no exerccio de sua atividade, em juzo ou afora dele, sem

    prejuzo das sanes disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. O

    STF considerou inconstitucional a expresso desacato.

    O poder judicirio e o poder executivo devem instalar, em todos os

    juizados, fruns, tribunais, delegacias de polcia e presdios, salas especiais

    permanentes para os advogados, com uso assegurados OAB. O STF considerou

    inconstitucional a expresso controle.

    O advogado no pode ser recolhido preso, antes de sentena transitada em

    julgado, seno em sala de estado-maior, com instalaes e comodidades condignas

    e, na sua falta, em priso domiciliar. O STF considerou inconstitucional a

    expresso assim reconhecidas pela OAB. direito do advogado examinar em qualquer repartio policial, mesmo SEM procurao, autos de flagrante e de

    inqurito, FINDOS ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo

    copiar peas e tomar apontamentos. direito do advogado EXAMINAR, em

    qualquer rgo dos Poderes Judicirio, Legislativo, ou da administrao

    Pblica em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem

    procurao, quando no estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obteno de cpias,

    podendo tornar apontamentos.

    O mandato em qualquer rgo da OAB de 03 anos, iniciando-se em 1 de

    janeiro do ano seguinte ao da eleio, salvo o Conselho Federal, que inicia o seu

    mandato em 1 de fevereiro do ano seguinte ao da eleio. A eleio dos membros

    de todos os rgos da OAB ser realizada na segunda quinzena do ms de

    novembro, do ltimo ano do mandato, mediante cdula nica direta dos advogados

    regularmente inscritos. O poder de punir disciplinarmente os inscrito na OAB

    compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha

    ocorrido infrao, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal.

    Todos os prazos necessrios manifestao de advogados, estagirios e

    terceiros, nos processos em geral da OAB, so de quinze dias, inclusive para

    interposio de recursos.

    Compete ao Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou

    da Subseco, ao tomar conhecimento de fato que possa causar ou que j causou

    violao de direitos ou prerrogativas da profisso, adotar as providncias judiciais e

    extrajudiciais cabveis para prevenir ou restaurar o imprio do Estatuto, em sua

    plenitude, inclusive mediante representao administrativa.

    O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequvoca, quanto

    a eventuais riscos da sua pretenso, e das conseqncias que podero advir da

    demanda.

    O processo disciplinar instaura-se de OFCIO ou mediante

    REPRESENTAO dos interessados, que no pode ser annima.

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    Se o representado no for encontrado ou for revel, o Presidente do

    Conselho ou da Subseco deve designar-lhe defensor dativo.

    A representao contra membros do Conselho Federal e presidentes dos

    Conselhos seccionais PROCESSADA e JULGADA pelo Conselho Federal.

    O conselho federal, a seccional e a caixa de assistncia dos advogados tm

    personalidade jurdica, contudo, a subseco no tem tal personalidade jurdica.

    No se podem interpor recursos de decises unnimes das seccionais

    para o Conselho Federal. Tal capacidade recursal SOMENTE pode ser legal

    quando a deciso no for unnime.

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    Prof. Antonio Marcelo Pacheco

    1. Dicas de Direitos Humanos

    As duas grandes caractersticas dos Direito Humanos so a Universalidade e a Indivisibilidade.

    universal porque clama pela extenso universal dos direitos humanos,

    sob a certeza de que a condio de pessoa o requisito nico para a dignidade e titularidade de direitos.

    indivisvel porque a garantia dos direitos civis e polticos uma condio

    fundamental para a observncia dos direitos sociais, econmicos e culturais, e vice-versa.

    O direito internacional dos direitos humanos pressupe como legtima e necessria a preocupao dos atores estatais e no-estatais a respeito do modo pelo qual os habitantes de outros Estados so tratados

    Importa, portanto, reforar a idia de que a proteo dos Direitos Humanos

    no pode ser limitada e restrita a um domnio reservado de um Estado poltico, quer dizer, a defesa desses direitos no competncia exclusiva de uma nao ou de uma jurisdio domstica. Com a Declarao Universal de 1948, e o tratamento que passa a dar do tema dos direitos humanos, se inicia o desenvolvimento do direito internacional desses direitos humanos, a partir da prtica da adoo de variados tratados internacionais que so elaborados com o objetivo de proteger os direitos do homem.

    Os direitos humanos nascem, portanto, como direitos naturais universais,

    desenvolvendo-se como direitos positivos particulares que so incorporados por cada Constituio Nacional (na medida em que elas passam a se constituir em declaraes de direitos, de reconhecimento de garantias e de normativizao dos direitos fundamentais). Todos os direitos humanos so universais, interdependentes e inter-relacionados. A comunidade internacional deve tratar os direitos humanos globalmente de forma justa e equitativa, em p de igualdade e com a mesma nfase.

    O processo que permite compreender a consolidao atual dos direitos humanos veio acompanhado de uma alterao na natureza dos prprios direitos a partir de sua constitucionalizao.

    As 04 dimenses de direito esto presentes, hoje, na teoria dos direitos humanos.

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    da primeira dimenso de direitos os direitos civis e polticos da segunda dimenso de direitos os direitos econmicos, sociais e

    culturais

    da terceira dimenso de direitos uma nova ordem internacional da quarta dimenso de direitos uma nova era na tecnologia gentica e

    comunicacional

    Da Dimenso tica: os direitos humanos so inerentes natureza de todo e qualquer ser humano, e esses esto reconhecidos na sua dignidade INTRNSECA. Portanto, eles se constituem em um conjunto de valores ticos universais que esto acima do nvel estritamente jurdico e que devem orientar a legislao dos Estados, uma vez que envolvem no um sujeito nacional, mas uma condio de humanidade universal. Da Dimenso jurdica: Importa lembrar que uma vez que todos os princpios contidos na Declarao Universal de 1948 esto especificados e determinados em protocolos, tratados, convenes internacionais, eles se tornam parte do direito internacional, vez que esses tratados passam a se constituir de um valor e uma fora jurdica enquanto assinados elos Estados Nacionais. Da Dimenso poltica: Os direitos humanos, enquanto conjunto de normas jurdicas, se tornam critrios de orientao e de implementao das polticas pblicas institucionais nos vrios setores da relao estado-sociedade. Da Dimenso econmica: No se pode desvincular a dimenso econmica daquela dimenso poltica, ainda que se possa olh-la por ela mesma. Essa dimenso significa que sem a existncia de uma mnima satisfao de um mnimo de atendimento das necessidades humanas bsicas, isto , sem a realizao dos direitos econmicos e sociais, no possvel o exerccio dos direitos civis e polticos, enfim, dos direitos humanos como se afirma na Declarao Universal de 1948. Da Dimenso social: Mas no cabe somente ao Estado a implementao dos direitos, tambm a sociedade civil organizada tem um papel importante na luta pela efetivao dos direitos, atravs dos movimentos sociais, sindicatos, associaes, centros de defesa e de educao, conselhos de direitos. a luta pela efetivao dos direitos humanos que vai levar estes direitos no cotidiano das pessoas e vai determinar o alcance que os mesmos vo conseguir numa determinada sociedade. Da Dimenso cultural: Os direitos humanos implicam algo mais do que uma mera dimenso jurdica, isto significa que preciso que eles encontrem um respaldo e um espao na cultura, na histria, na tradio, nos costumes de uma dada realidade social se tornem de certa forma, parte do seu corpo coletivo, isto , de sua identidade cultural e maneira de ser. Da Dimenso educativa: Afirmar que os direitos humanos so direitos naturais, que as pessoas nascem livres e iguais, no significa afirmar que a conscincia dos direitos seja algo espontneo. O homem um ser, ao mesmo tempo, natural e cultural que deve ser socializado pelo espao social. A educao para a cidadania constitui, portanto, uma das dimenses fundamentais para a efetivao dos direitos, tanto na educao formal, quanto num aprendizado informal ou popular, bem assim nos meios de comunicao.

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    Das caractersticas dos direitos humanos. Deve-se ressaltar a importncia de uma viso integral dos direitos

    humanos. Imprescritibilidade: os direitos humanos fundamentais no se perdem pelo decurso do prazo. Inalienabilidade: no h possibilidade de transferncia dos direitos humanos fundamentais, seja a ttulo gratuito, seja a ttulo oneroso. Inviolabilidade: os direitos humanos so impossveis de serem violentados por desrespeito a determinaes infraconstitucionais ou por atos das autoridades pblicas, sob pena de responsabilizao civil, administrativa e criminal. Universalidade: a abrangncia dos direitos humanos engloba todos os homens, independente de sua nacionalidade, sexo, raa, credo ou convico poltico-filosfica. Efetividade: a atuao do poder pblico estatal deve ser no sentido de garantir efetivamente a realizao dos direitos e garantias previstos, com a previso de mecanismos coercitivos para tanto, uma vez que a Constituio no se satisfaz com o simples reconhecimento abstrato. Interdependncia: as vrias previses constitucionais, apesar de autnomas, possuem diversas interseces para atingirem suas finalidades. Complementaridade; os direitos humanos fundamentais no devem ser interpretados isoladamente, mas sim de forma conjunta com a finalidade de alcance dos objetivos previstos pelo legislador constituinte.

    Os direitos do homem so aqueles que cabem ao homem enquanto homem. So os que pertencem, ou deveriam pertencer, a todos os homens, ou dos quais nenhum homem pode ser despojado.

    Direitos humanos no so sinnimos de direitos fundamentais, pois os primeiros no so positivados, enquanto os segundos esto inseridos, de forma positiva, na ordem jurdica. No caso do Brasil, o artigo 5, da CF/88, um exemplo dessa positivao dos direitos fundamentais que em essncia so os mesmos dos direitos humanos.

    A Declarao dos Direitos do Homem, aprovada pela Assemblia Geral das Naes Unidas em 10 de dezembro de 1948 representa, como j visto, uma nova fase histrica. E este documento novo no contm, apenas, os direitos individuais, de natureza civil e poltica ou direitos de carter econmico e social, mas uma novidade na medida em que afirmam novos direitos humanos, como os direitos do povo e da humanidade, alm de reconhecer a fraternidade, isto , uma ampla solidariedade.

    Os direitos humanos so os direitos de liberdade, isto , todos aqueles direitos que tendem a limitar o poder do Estado e a reservar para o indivduo, ou para os grupos particulares, uma esfera de liberdade em relao ao Estado.

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    Prof. Antonio Marcelo Pacheco

    1. Direitos Fundamentais

    O tema sobre Direitos Fundamentais presena certa em qualquer concurso

    pblico que exija a matria jurdica, ainda mais quando se trata de exame de

    qualificao da OAB.

    Nesse sentido, importa lembrar que:

    No que diz respeito AO POPULAR no qualquer pessoa que tem

    legitimidade para ajuiz-la, mas somente aquele que est na condio de cidado

    (pleno de direitos polticos).

    O MANDADO DE SEGURANA um remdio constitucional para a

    proteo de direito subjetivo individual e coletivo, conforme os incisos LXIX e

    LXX, artigo 5, CF/88.

    importante lembrar que os que tm competncia para a proposio do mandato de

    segurana individual no so os mesmos para o mandado de segurana coletivo,

    pois no primeiro caso qualquer pessoa est legitimada, enquanto no caso do

    segundo, somente os Partidos Polticos com representao no Congresso

    Nacional + Associao Sindical + Entidade de Classe + Associao Legalmente

    constituda e em funcionamento h pelo menos um ano que possuem

    legitimidade para interp-lo.

    A AO CIVIL PBLICA um instrumento processual que pode ser

    promovida nas hipteses previstas na CF/88, bem como na Lei n.7347/85, Lei

    n.7853/89, Lei 7913/89 e Lei n.8078/90.

    INICIATIVA POPULAR pode ser exercida pela apresentao Cmara

    dos Deputados, de projeto de lei subscrito por, no mnimo, 1% do eleitorado

    nacional, distribudo em pelo menos 05 estados, com no menos de trs dcimos

    por cento do eleitorado ativo em cada um destes 05 estados.

    Em MATRIA DE NACIONALIDADE, correto afirmar que a CF/88

    reconhece somente a naturalizao expressa, no havendo, pois, qualquer hiptese

    de naturalizao tcita.

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    O fato de permanecer calado, quando qualquer pessoa, na condio de indiciado,

    ru ou co-ru, deva ser interrogado perante os rgos competentes, constitui

    privilgio contra a auto-incriminao, traduzindo um direito pblico subjetivo da

    pessoa.

    Em relao ao direito de REUNIO, inciso XVI, artigo 5, CF/88 se pode

    afirmar que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em local aberto ao

    pblico e no em todos os locais, independentemente de autorizao autoridade

    competente.

    Dentre outros direitos a CF/88 prev como direito social a ao, quanto aos

    CRDITOS RESULTANTES DAS RELAES DE TRABALHO, com prazo

    PRESCRICIONAL de CINCO ANOS para os trabalhadores URBANOS E

    RURAIS, at o limite de DOIS ANOS aps a extino do contrato de trabalho.

    Conforme o artigo 14, pargrafo 6, CF/88, o Presidente da Repblica, os

    Governadores de Estado e do DF e os Prefeitos para concorrerem a OUTROS

    CARGOS, devem renunciar aos respectivos mandatos at SEIS MESES

    ANTES DO PLEITO, o que caracteriza a incompatibilidade temporal.

    O direito fundamental honra se estende s PESSOAS JURDICAS,

    pois estas esto abrigadas pela Constituio, tanto quanto as pessoas fsicas.

    Homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos da

    CF/88, contudo, no h inconstitucionalidade em lei que traz outras formas de

    distino, como o caso da lei civil no que diz respeito a privilgio de domiclio

    mulher em caso de divrcio litigioso.

    A inviolabilidade do domiclio ALCANA o fisco, quando na busca de

    identificao da ocorrncia de fato gerador dos tributos por ele fiscalizados.

    A vedao ao anonimato NO IMPEDE o sigilo da fonte, desde que seja

    necessrio ao exerccio profissional. Somente na condicional aceito o sigilo da

    fonte, ou seja, quando necessrio ao exerccio profissional.

    As ENTIDADES ASSOCIATIVAS, quando expressamente autorizadas,

    tm legitimidade para representar seus filiados judicialmente, bem assim no

    contencioso administrativo.

    So INAFIANVEIS os crimes de ao de grupos armados, civis ou

    militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrtico, de racismo, de

    prtica da tortura, de trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, de terrorismo e

    os definidos como crimes hediondos.

    A garantia ao direito de herana um direito fundamental QUE PODE

    SER RESTRINGIDO pela legislao infraconstitucional, conforme previso no

    Cdigo Civil.

  • 19

    Conceder-se- MANDADO DE SEGURANA para proteger direito lquido e

    certo, quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade

    pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do poder pblico.

    Conceder-se- HABEAS CORPUS sempre que algum sofrer ou se achar

    ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por

    ilegalidade ou abuso de poder.

    A expresso ESTADO DEMOCRTICO DE DIREITO, contida no art.

    1. da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apurao e de

    efetivao da vontade do povo nas decises polticas fundamentais do Estado,

    conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma

    democracia participativa efetiva.

    Para que um tratado sobre direitos humanos tenha fora de norma constitucional

    NECESSRIA a sua aprovao em cada Casa do Congresso Nacional, em dois

    turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros.

    O procurador-geral da Repblica, na hiptese de processo criminal que

    envolva grave violao de direitos humanos, PODE SOLICITAR AO STJ o

    deslocamento da competncia para justia federal.

    A inviolabilidade do domiclio NO OBSTA a entrada da autoridade

    policial, durante a NOITE, em caso de flagrante delito e em caso de prestao de

    socorro ou desastre, contudo, no se poder admitir que a noite ela possa adentrar

    atravs de mandado judicial, conforme o inciso XI, artigo 5, CF/88.

    A CF/88 NO VEDA a instituio da pena de morte nos casos em que o

    Brasil esteja em guerra armada e declarada, mas em condies normais, esta pena de

    morte est terminantemente proibida.

    Compete ao STJ proceder homologao de sentena estrangeira, conforme a letra

    i, do inciso I, do artigo 105, da Constituio. Alis, tal competncia foi-lhe

    reservada a partir da Emenda Constitucional de n. 45/2004.

    O sigilo bancrio de um indivduo pode ser quebrado por deciso

    fundamentada de comisso parlamentar de inqurito.

    Aos estrangeiros residentes ou no no pas garantido o direito de petio,

    conforme entendimento do STF.

    O princpio constitucional segundo o qual o ato administrativo visa

    proteo do interesse pblico ou de determinada coletividade o da

    IMPESSOALIDADE. Importante lembrar que a legalidade tem como fim respeitar

    o Estado Democrtico de Direito, a publicidade o fim de manter a transparncia do

    ato administrativo, a eficincia diz respeito aos benefcios gerados, e a moralidade,

    apesar de sua complexidade retrata a eticidade dos atos do administrador em relao

    ao administrado e ao Estado.

  • 20

    Os direitos fundamentais esto sujeitos a certas restries, dentre outras, as

    que seguem: DIRETAS OU IMEDIATAS - o direito de associao exige que ela

    ocorra para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar; LEGAIS

    QUALIFICADAS - o sigilo de correspondncia e das comunicaes exige que a

    restrio seja prevista em lei e estabelece as condies ou fins que devem ser

    perseguidos pela norma legal restritiva.

    OBS: Importa lembrar que se aceita na doutrina dos direitos fundamentais aquilo

    que se denominou de restries. No caso das RESTRIES DIRETAS OU

    IMEDIATAS se devem compreender aquelas que constam na prpria aplicabilidade

    da norma constitucional, independendo de legislao complementar para se fazer

    compreender; bem assim, as RESTRIES LEGAIS QUALIFICADAS so

    aquelas em que a norma afirma que somente se dar a restrio por outro dispositivo

    legal que se por um lado garante o sigilo da correspondncia e das comunicaes,

    por outro deixa claro que apenas na lei, e lei que tenha uma natureza de

    complementaridade e por essa razo qualificada, tal direito poder encontrar a sua

    limitao, o que, portanto o impede de ser considerado como um direito absoluto. As

    INDIRETAS E MEDIATAS so aquelas que no esto evidentes na norma e

    necessitam de uma restrio superveniente em nome dos princpios da

    proporcionalidade, razoabilidade e proibio de excesso. J as RESTRIES

    EXPLCITAS esto dadas no prprio texto normativo e independem de uma

    interpretao superveniente que busque, na sua aplicabilidade ao caso concreto,

    encontrar, de forma velada alguma forma de restrio, o que caracterizaria a

    restrio de natureza implcita.

    A proposta para edio da Smula pode ser provocada pelos

    legitimados para a propositura da ao direta de inconstitucionalidade, conforme o

    que prev o artigo 103-A, pargrafo 2.

    A SMULA VINCULANTE o meio que se permite ao Supremo

    Tribunal Federal, conforme o determinado pela Emenda Constitucional de n.45/04,

    padronizar a exegese de uma determinada norma jurdica controvertida, o que

    permite dentro de nosso ordenamento jurdico evitar a insegurana do sistema e/ou

    uma disparidade de compreenso sobre questes fticas assemelhadas. Desta forma,

    so determinaes que ocorrem sobre a compreenso das Leis, apresentando uma

    eficcia irrestrita (erga omnes). Uma vez que estejam publicadas vinculam os rgos

    do Poder Judicirio e da Administrao Pblica direta e indireta, em todas as esferas

    do poder.

    Ampla maioria da doutrina, incluindo-se posio jurisprudencial do STF

    considera a nossa Constituio como RGIDA, na medida em que ela traz as

    condies que limitam e que autorizam as alteraes necessrias no texto

    constitucional a partir das transformaes presenciadas pela prpria sociedade.

    Conforme o artigo 5, inciso XLVII, d, a CF/88 NO ADMITE pena de banimento, pelo fato de que o seu efeito jurdico tem uma natureza perptua,

    qualidade a qual a CF/88 tambm no recepcionou.

  • 21

    Poder optar pela nacionalidade nata brasileira o filho de pai brasileiro e me

    estrangeira que nasceu em territrio estrangeiro, e que mesmo no registrado em

    rgo competente veio a residir permanentemente no Brasil, e que sendo maior de

    idade entrou com pedido junto Justia competente para manifestar a sua opo pela

    nacionalidade brasileira e adquiri-la em definitivo, conforme o artigo 12, inciso I,

    letra c, CF/88. Os nascidos no Brasil, de pais estrangeiros, desde que estes no estejam a servio

    de seu pas, SO Brasileiros natos.

    Conforme o 1, inciso I, artigo 14, da CF/88, os maiores de 18 anos tm

    um direito-dever em relao ao voto, quer dizer, eles so obrigados a votar.

    Contudo, NO SO todos os maiores de 18 anos que sofrem esta obrigatoriedade,

    pois os que so maiores de 18 anos e analfabetos, no tm esta mesma

    obrigatoriedade.

    Os direitos-liberdades consagrados no art. 5 da CF/88 ADMITEM

    restrio pelo legislador ordinrio.

    2. Sobre os Trs Poderes do Estado

    Os magistrados podem ser postos em disponibilidade em razo do

    interesse pblico.

    A Unio pode praticar interveno nos Estados, os Estados podem intervir

    nos municpios e de forma muito particular e especial, a Unio no est

    totalmente impedida de intervir em todo e qualquer municpio.

    A Federao Brasileira prev competncia de tipo administrativo

    (material), a ser exercida em comum, pelos entes federados, ou exclusivamente,

    por um deles.

    Ao Poder legislativo, por uma de suas casas, compete julgar o

    Presidente da Repblica e os Ministros do STF, em caso de crime DE

    RESPONSABILIDADE. Conforme o art.52, inciso I, da CF/88, por crime comum

    a competncia, aps autorizao de 2/3 dos membros da Cmara dos Deputados,

    ser processado no STF, uma vez que os crimes de responsabilidade so

    competncia do Senado.

    O presidente da repblica pode APOR VETO a projeto de lei, aprovado

    no CN, com fundamento em inconstitucionalidade.

    A CF no prev possibilidade de ADIN contra lei municipal que a ofenda.

    O auditor, do Tribunal de Contas da Unio, quando em substituio a Ministro,

    ter as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exerccio das

    demais atribuies da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

  • 22

    No atribuio cometida competncia privativa do Presidente da

    Repblica estabelecer limites globais e condies para o montante da dvida

    mobiliria dos Estados, do DF e dos Municpios, pois tal competncia diz respeito

    ao Senado Federal, conforme o artigo 52, IX, da CF/88.

    O nmero de juzes na unidade jurisdicional SER PROPORCIONAL

    efetiva demanda judicial e respectiva populao.

    Aos juzes VEDADO exercer, ainda que em disponibilidade, outro

    cargo ou funo, salvo uma de magistrio.

    Se o Presidente da Repblica praticar uma infrao penal comum e a

    denncia vier a ser recebida pelo STF, ficar suspenso de suas atribuies pelo prazo

    de 180 dias, para o melhor andamento do processo contra ele.

    Caber aos TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS processar e julgar

    originariamente os juzes federais da rea de sua jurisdio, includos os da Justia

    Militar e da Justia do Trabalho, nos crimes de responsabilidade.

    Ao JUIZ FEDERAL compete processar e julgar tambm as causas em que

    a entidade autrquica da Unio for interessada na condio de assistente, exceto,

    entre outras, as de falncia.

    As causas em que a Unio for autora SERO AFORADAS na seo

    judiciria onde tiver domiclio a outra parte, e quando for r, podero ser aforadas

    na seo judiciria em que for domiciliado o autor.

    So emendas consideradas SUBSTITUTIVAS as apresentadas como

    sucedneo a parte de outra proposio, quando a alterar substancial ou formalmente,

    em seu conjunto; so emendas consideradas AGLUTINATIVAS as que resultam da

    fuso de outras emendas, ou destas, com o texto original, por transao tendente a

    aproximao dos respectivos objetos; e, so emendas consideradas

    MODIFICATIVAS as que alteram a proposio sem a modificar substancialmente.

    Os Tribunais Regionais Federais conforme a CF/88 so compostos de 07

    juzes, recrutados, quando possvel, na respectiva regio e nomeados pelo

    Presidente da Repblica dentre brasileiros com MAIS DE TRINTA e menos de

    sessenta e cinco anos.

    Conforme o artigo 60, pargrafo 5, da CF/88 a matria constante de proposta de

    emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada NO PODE ser

    objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

    Para CONCORRER em um pleito eleitoral ao cargo de Deputado Estadual

    o candidato, preenchidas as demais condies de elegibilidade, dever possuir, no

    mnimo, 21 anos.

  • 23

    SE, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice, salvo

    motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago.

    SE, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte de candidato a presidncia,

    convocar-se-, dentre os remanescentes, o de maior votao.

    No caso de ficarem vagos os cargos de Presidente e Vice nos dois primeiros

    anos de mandato, far-se- eleio noventa dias depois de aberta a ltima vaga, sendo

    que para no caracterizar um hiato de poder, a presidncia ser ocupada nesse

    perodo pelo PRESIDENTE DA CMARA, ou no seu impedimento ou

    impossibilidade, pelo PRESIDENTE DO SENADO ou no seu impedimento ou

    impossibilidade, pelo MINISTRO PRESIDENTE DO STF.

    A destituio do Procurador Geral da Repblica, por iniciativa do Presidente da

    Repblica, dever SER PRECEDIDA de autorizao da maioria absoluta do

    Senado.

    COMPETE AO STF julgar mandado de segurana contra ato ilegal e

    abusivo praticado pelo CNJ. O artigo 102 da Constituio Federal apresenta as trs

    formas de competncia do Supremo Tribunal Federal (STF): o inciso I, que trata

    da competncia originria; o inciso II, por sua vez trata da competncia ordinria; e,

    finalmente, o inciso III, que diz respeito competncia extraordinria. A letra r,

    do inciso I desse artigo afirma que cabe ao STF, originariamente processar e

    julgar as aes contra o Conselho Nacional de Justia (CNJ), como igualmente

    contra as aes do Conselho Nacional do Ministrio Pblico.

    As competncias dos ESTADOS DA FEDERAO so apenas aquelas que

    NO ESTO VEDADAS pelo texto constitucional. No o caso de se afirmar

    que os estados tm competncia residual, pois tal terminologia no aceita pela

    doutrina, mas sim que eles tm uma competncia remanescente. importante

    lembrar que na relao com os municpios esses detm uma competncia

    suplementar que no foi extensiva aos estados membros.

    O CNJ rgo do Poder Judicirio. O poder judicirio, independente e

    harmnico como os outros dois poderes que formam o Estado est contemplado a

    partir do artigo 92, que de forma taxativa identifica os rgos do poder judicirio.

    Com a Emenda Constitucional de n.45, tivemos a criao do Conselho Nacional de

    Justia, que est previsto no inciso I A do artigo 92, portanto, apesar de se constituir em um rgo que tem como natureza de sua funo fiscalizadora ser

    externo, ele parte do poder judicirio, estando, assim, correta a afirmativa da letra a.

    A EMENDA CONSTITUCIONAL DE N. 45, conhecida como a emenda

    que teve por objetivo realizar uma reforma no poder judicirio para aproxim-lo

    mais do espao social e que criou o CNJ, inseriu a figura da smula vinculante,

    etc., criou a figura da justia itinerante, conforme se percebe nos textos dos

    pargrafos 2, do artigo 107, pargrafo 7, do artigo 125, do texto constitucional,

    bem assim tal emenda acrescentou a letra i, do inciso I, do artigo 105 que trata

  • 24

    da competncia originria do Superior Tribunal de Justia e que lhe autorizou a

    conceder exequatur s cartas rogatrias.

    A Cmara dos Deputados TEM COMPETNCIA para iniciativa de lei

    que vise fixao da remunerao de seus servidores, mas a matria no tem a

    obrigatoriedade de ir sano do presidente da Repblica.

    Considerando que nos termos dispostos no art. 133 da Constituio do

    Brasil, o advogado indispensvel administrao da justia, sendo at mesmo

    inviolvel por seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, correto afirmar

    que a INVIOLABILIDADE DO ESCRITRIO OU LOCAL DE TRABALHO

    ASSEGURADA NOS TERMOS DA LEI, no sendo vedadas, contudo, a busca

    e a apreenso judicialmente decretadas, por deciso motivada, desde que realizada

    na presena de representante da OAB, SALVO se esta, devidamente notificada ou

    solicitada, no proceder indicao.

    Os Ministros de Estado que como delegatrios do Presidente da Repblica,

    conforme a Constituio do Brasil PODEM, desde que autorizados, extinguir

    cargos pblicos.

    SE a Medida Provisria perder eficcia por decurso de prazo ou, em carter

    expresso for rejeitada pelo Congresso Nacional, VEDADA a sua reedio na

    mesma sesso legislativa.

    caso de SESSO CONJUNTA a reunio da Cmara dos Deputados e do Senado

    Federal destinada, por exemplo, a conhecer do veto presidencial e sobre ele

    deliberar.

    A obrigatoriedade ou necessidade de deliberao plenria dos tribunais, no sistema

    de controle de constitucionalidade brasileiro significa que somente pelo voto da

    MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou dos membros do respectivo rgo

    especial podero os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato

    normativo do Poder Pblico.

    A Lei Complementar exige aprovao por maioria absoluta, enquanto a lei

    ordinria aprovada por maioria simples dos membros presentes sesso, DESDE

    QUE presente a maioria absoluta dos membros de cada Casa ou de suas Comisses.

    As matrias que devem ser regradas por Lei Complementar

    ENCONTRAM-SE TAXATIVAMENTE indicadas no texto constitucional e,

    desde que no seja assunto especfico de normatizao por decreto legislativo ou

    resoluo, o regramento de todo o resduo competir lei ordinria.

    As matrias reservadas Lei Complementar NO SERO objeto de delegao do

    Congresso ao Presidente da Repblica.

  • 25

    O Municpio goza de CAPACIDADE de auto-organizao, autogoverno e de auto-

    administrao, integrando a Federao brasileira.

    Compete ao STJ julgar os recursos especiais.

    OBS.: Os recursos especiais se constituem em meio para a realizao da

    competncia especial do STJ, conforme o inciso III, do artigo 105. um recurso

    exclusivo ao STJ e que tem como objetivo: julgar as causas decididas, em nica ou

    ltima instncia, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos estados-

    membros e do DF (e territrios), quando denegatria a deciso; contrariar tratado ou

    lei federal, ou negar-lhes vigncia; julgar vlido ato de governo local contestado em

    face de lei federal; der a lei federal interpretao divergente da que lhe haja atribudo

    outro tribunal.

    A convocao de juiz federal de 1 instncia para substituio de

    desembargador do Tribunal Regional Federal PERMITIDA, entre outros casos,

    no de vaga ou de afastamento de Desembargador Federal por prazo superior a trinta

    dias.

    Nos termos da CF/88 e consideradas as alteraes trazidas pela Emenda

    Constitucional n. 45/04, COMPETE AO STF, alm de outras julgar,

    originariamente, o pedido de medida cautelar das aes diretas de

    inconstitucionalidade.

    No que diz respeito Emenda CF ser PROMULGADA pelas Mesas da

    Cmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo nmero de ordem.

    VEDADA A REEDIO, na mesma sesso legislativa, de medida provisria

    que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficcia por decurso de prazo.

    A CF NO PODER ser emendada na vigncia de interveno federal, de estado

    de defesa ou de estado de stio.

    Leis que disponham sobre servidores pblicos da Unio e territrios,

    seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria, so de

    INICIATIVA PRIVATIVA do presidente da Repblica.

    COMPETE AO STJ PROCESSAR E JULGAR, originalmente, os

    conflitos de atribuies entre autoridades administrativas e judicirias da Unio, ou

    entre autoridades judicirias de um Estado e administrativas de outro ou do DF, ou

    entre as deste e da Unio.

    O ARTIGO 103-B, DA CF/88, alterado pela Emenda Constitucional

    n.61/09, que revogou do texto os referencias de idade mnima e mxima para

    nomeao formado por 15(quinze) membros, sendo: o Presidente do STF, um

    Ministro do STJ (indicado pelo respectivo tribunal), um Ministro do TST (indicado

    pelo TST), um desembargador de Tribunal de Justia (indicado pelo STF), um juiz

    estadual (tambm indicado pelo STF), um juiz do Tribunal Regional Federal

    (indicado pelo STJ), um juiz federal (igualmente indicado pelo STJ), um juiz do

    Tribunal Regional do Trabalho (indicado pelo TST), um juiz do trabalho (tambm

    indicado pelo TST), um membro do MP da Unio (indicao do Procurador Geral da

    Repblica), um membro do MP estadual (escolhido pelo Procurador Geral da

  • 26

    Repblica, dentre nomes indicados pelo rgo competente de cada instituio

    estadual), mais dois advogados (escolhidos pelo Conselho Federal da OAB) e,

    finalmente, dois cidados, de notvel saber jurdico e reputao ilibada (indicados

    um pela Cmara e outro pelo Senado).

    atribuio cometida competncia privativa do Presidente da Repblica

    conceder indulto e comutar penas, com audincia, se necessria, dos rgos

    institudos em lei.

    atribuio cometida competncia privativa do Presidente da Repblica

    decretar o estado de defesa e o estado de stio e decretar e executar a interveno

    federal.

    3. OUTROS TEMAS DA CONSTITUIO FEDERAL.

    O sistema de freios e contrapesos, os checks and balances dos americanos,

    preconiza que o poder deve conter o poder. A estatstica, entre 1998 e 1998,

    demonstra que a atividade do Parlamento brasileiro foi bastante intensa se

    comparada ao desempenho das tarefas poca concretizadas pelos Poderes

    Executivo e Judicirio. Finalmente, o princpio da separao de Poderes, por ser

    clusula ptrea, no pode ser objeto de proposta de emenda constitucional. Logo,

    no h que cogitar, sequer, a hiptese do item III, afinal, tal princpio no pode ser

    reformulado.

    A criao dos Territrios e a sua transformao em estado so reguladas

    por meio de EMENDA CONSTITUCIONAL.

    A Unio pessoa jurdica de direito pblico interno com capacidade

    poltica e ora se manifeste em nome prprio, ora se manifesta em nome da

    Federao.

    A Federao Brasileira caracterizada como uma Descentralizao

    poltico-administrativa constitucionalmente prevista.

    NO H HIERARQUIA entre os entes da Federao, podendo-se

    reconhecer preponderncia de interesse mais abrangente.

    OBS.: No h hierarquia entre os entes federativos. Cada qual atua em seu raio de

    competncia, fixado pela CF. Como a Federao uma unidade dentro da

    diversidade existem questes de notria abrangncia, como a devastao da floresta

    amaznica, a transposio do Rio So Francisco e a seca no nordeste e a estiagem no

    sudeste, que repercutem no Pas como um todo, independentemente do lugar onde

    tenham sido deflagradas. Assim, o interesse maior deve preponderar em nome do

    equilbrio federativo.

    No exerccio da Competncia legislativa concorrente os estados-membros

    PODERO EDITAR normas gerais e especficas, caso inexista lei da Unio

    fixando normas gerais.

  • 27

    So IMPRESCRITVEIS os ilcitos praticados por agente, servidor ou no, que

    causem prejuzos ao errio, conforme o inciso XIII, artigo 37, da CF/88, redao

    dada a partir da Emenda Constitucional n. 19/98.

    Competem Unio, em territrio federal, os impostos estaduais e, se o

    territrio no for dividido em Municpios, cumulativamente, os impostos

    municipais.

    VEDADO Unio instituir isenes de tributos da competncia dos Estados, do

    DF ou dos Municpios.

    Os estados-membros podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou

    desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou

    territrios federais, mediante aprovao da populao diretamente interessada,

    atravs de plebiscito, e do CN, por lei complementar.

    O projeto de lei aprovado por uma Casa ser revisto pela outra, em um s

    turno de discusso e votao e enviado sano ou promulgao, se a Casa revisora

    o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

    Conforme o 2, do artigo 18, da CF/88, os territrios federais integram

    a Unio, e sua criao, transformao em Estado ou reintegrao ao estado de

    origem sero reguladas em lei complementar.

    A CF/88, ao disciplinar a investidura em cargo e emprego pblicos

    determina que A LEI RESERVAR percentual dos cargos e empregos pblicos

    para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso.

    Declarando o Supremo Tribunal Federal, incidentalmente, a

    inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal em face da Constituio do

    Brasil, caber ao Senado Federal SUSPENDER A EXECUO da lei, total ou

    parcialmente, conforme o caso, desde que a deciso do Supremo Tribunal Federal

    seja definitiva.

    Os estados-membros podero, mediante lei complementar, instituir

    regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies, constitudas por

    agrupamentos de municpios limtrofes, para integrar a organizao, o planejamento

    e a execuo de funes pblicas de interesse comum.

  • 28

  • 29

    Prof. Cristiano Souza

    1. Dos Sujeitos no Direito Internacional

    Sujeitos Clssicos Sujeitos Modernos Atores na sociedade

    internacional

    Estados Organizaes Internacionais

    a) Indivduo b) Beligerantes c) Insurgentes d) Movimento de

    libertao nacional

    a) Empresas transnacionais

    b) Organizao No governamental (ONGs).

    c) Cruz Vermelha

    Teoria do Dualismo e Monismo

    DUALISMO MONISMO

    02 ordens jurdicas diferentes e independentes entre si.

    01 ordem jur. Internacional e 01 ordem jur. Nacional.

    Impossibilidade de conflito entre Dir. Internacional e Dir. Interno.

    Teoria da Incorporao: precisa de diploma legal que incorpore o contedo internacional.

    01 s ordem jurdica 01 ordem jurdica com normas

    internacionais e internas.

    Possibilidade de conflito entre norma internacional e interna.

    No precisa de diploma legal de incorporao.

    Dualismo Radical Dualismo

    Moderado

    Monismo

    Internacional Monismo Nacional

    Necessidade de lei

    interna incorporadora da norma internacional

    Exige apenas a

    ratificao do Chefe do Executivo com a

    aprovao prvia do

    Congresso Nacional.

    O dir. internacional

    pretere ao dir. interno. Teoria adotada no Dir.

    Internacional

    O dir. interno pretere ao

    dir. internacional. Teoria aplicada por

    grande maioria dos

    Estados.

    Fontes do Direito Internacional Pblico

    Fontes Materiais Fontes Formais

    Motivos ou fatos que induzem ao surgimento de normas jurdicas.

    Serve como fundamento filosfico, poltico, sociolgico para a criao da norma.

    maneira de exteriorizao da pretenso dos Estados.

    Manifesta-se no processo de elaborao das normas

  • 30

    Fontes Formais do Direito Internacional

    Fontes do Art. 38 do Estatuto da Corte

    Internacional de Justia

    Demais Fontes

    Tratados/Convenes Costumes Princpios gerais do direito

    Meios Auxiliares:

    a) Jurisprudncia b) Doutrina c) Facultativo a equidade (ex aequo et

    bono)se as partes assim concordarem

    Equidade e analogia (controverso) Atos unilaterais dos Estados Atos unilaterais de Org.

    Internacionais Jus Cogens Soft Law

    Tratados: o gnero que expressa um acordo de vontades de forma escrita

    elaborado por Estados e Organizaes Internacionais com o objetivo de

    regulamentar tema de interesse comum no mbito do direito internacional com

    certa obrigatoriedade entre as partes.

    A conveno de Viena de 1969 o diploma legal que regulamenta o direito

    dos tratados definindo alguns conceitos, tais como:

    Tratado= declarao de vontade indicando convergncia entre as partes

    Conveno: um tratado multilateral que dita normas gerais e obrigatrias para os signatrios dos tratados..

    OBS: A Conveno de Viena de 1986 tratou da matria referente aos tratados de

    Estados x Organizaes Internacionais.

    Fases da internacionalizao do Tratado no direito interno

    Fases Objetivos Envolvidos nessa fase

    0 - Negociao Debater e Elaborar em conjunto o texto do tratado Nessas duas fases podem participar:

    a) Ch. Executivo b) Min. Rel.

    Exteriores c) Agente

    Diplomtico credenciado com plenos poderes

    1 - Assinatura Encerramento das negociaes com a adeso ao texto.

    2 - Autorizao do Poder Legislativo = CN

    Deliberao se o tratado no afronta a C.F. No caso de autorizao, o C.N. expedir um DECRETO LEGISLATIVO de aprovao.

    Competncia exclusiva do C.N. conforme art. 49, I, CF/88.

    3 - Ratificao o momento em que o Estado formalmente se vincula ao tratado. (Estado-Estado) Efeito Ex tunc at a assinatura. Tipos de ratificao:

    a) Trocas de instrumentos b) Depsitos de instrumentos c) Notificao ao outro Estado

    No Brasil, ato privativo do Presidente (nico legitimado)

    4 - Promulgao Mediante DECRETO EXECUTIVO o Presidente d executoriedade ao Tratado

    Presidente da Repblica

    5 - Publicao no D.O.U.

    Somente aps a publicao o tratado passa a ser obrigatrio populao. (tratado-populao)

  • 31

    2. Hierarquia dos Tratados e legislao

    brasileira

    Aps o enfrentamento dessa matria o STF j pacificou esse tema na

    seguinte forma:

    Tratados em Geral: tratados equivalem a lei ordinria e submetidos ao critrio cronolgico e da especialidade =

    Status infraconstitucional = Lei Ordinria.

    Tratados de Direito Humanos: O STF por maioria vem entendendo que tratados de Direito Humanos possuem status

    de supralegalidade. No entanto, quando aprovados

    conforme o procedimento do art. 5, 3 da CF/88 ter status

    de Emenda Constitucional.

    3. Dos Sujeitos de Direito Internacional

    O Estado

    No conceito clssico do doutrinador Francisco Rezek O Estado, personalidade originria de direito internacional pblico, ostenta trs elementos

    conjugados: uma base territorial, uma comunidade humana estabelecida sobre essa

    rea e, uma forma de governo no subordinado a qualquer autoridade exterior.

    Os elementos do Estado so apenas trs: territrio, povo e governo

    soberano. O reconhecimento dos outros Estados no elemento do Estado.

    Jurisdio estatal e imunidades

    No entanto, o Estado exerce jurisdio estatal sobre seu territrio de forma

    geral e exclusiva. Mas, no que tange a competncia, esta no absoluta, pois h

    casos em que o ente estatal no exerce sua jurisdio sobre certas pessoas, bens e

    reas, como os privilgios e imunidades gozados por Estados, Organismos

    Internacionais e autoridades como diplomatas.

    Quanto s imunidades separamos em tpicos a seguir:

    Imunidade do Estado Estrangeiro: A atuao do ente estatal no exterior est diretamente relacionada ao tipo de

    soluo dada no caso de controvrsia que envolva um

    Estado estrangeiro. Sobre esse assunto temos duas teorias:

    a) Teoria Clssica: par in parem nom habet judicium/imperium

  • 32

    - para esta teoria o Estado estrangeiro no poderia ser julgado pelas autoridades de

    outro Estado contra a sua vontade, salvo se renunciasse a sua imunidade. um tipo

    de imunidade absoluta com princpio par in parem nom habet judicium/imperium

    que significa que iguais no podem julgar iguais.

    b) Teoria Moderna: atos de imprio e atos de gesto

    - J para a teoria moderna os Estados estrangeiros podem ser obrigados a responder

    por seus atos em outros Estados dentro de certas condies, por isso a teoria

    moderna separa os atos em dois tipos:

    b.1) Atos de imprio: a prtica de atos ligados soberania. Ex: ofensivas

    militares, concesso ou denegao de visto, admisso de estrangeiro, ingresso e

    deportao.

    b.2) Atos de gesto: so os atos em que o Estado se equipara ao particular, no

    havendo imunidade de jurisdio. Ex: aquisio de bens mveis e imveis,

    contratao de empregados, responsabilidade civil.

    Imunidade de Organizaes Internacionais: quanto s organizaes internacionais as imunidades so estabelecidas

    dentro de seus atos constitutivos ou por tratado especifico

    com os Estados, assim trata-se de direito convencional.

    OBS: Cabe salientar que, ao contrrio do que se observa, no tocante s organizaes

    internacionais imunidade de jurisdio do Estado meramente costumeira, no

    havendo ainda tratados firmados sobre essa matria.

    Imunidade de Execuo: embora o STF j tenha se manifestado quanto relativizao da imunidade de

    jurisdio quanto ao processo de conhecimento,

    diferentemente vem decidindo nos processos de execuo,

    agindo com mais cautela e prudncia. Sendo assim,

    analisando a doutrina e os recentes julgados da suprema

    corte, elencamos as diferentes formas de executar um

    Estado estrangeiro: 1) pagamento voluntrio pelo Estado; 2)

    negociao por vias diplomticas pelo Min. Das Relaes

    Exteriores; 3) Carta rogatria; 4) execuo de bens no

    afetos aos servios diplomticos e consulares; 5) renncia

    imunidade de execuo pelo Estado estrangeiro.

    rgos do Estado nas Relaes Internacionais

    Os rgos do Estado nas relaes internacionais so os indivduos

    encarregados de representar os Estados, que so pessoas jurdicas, no campo de

    relacionamento externo.Cabe salientar a diferena quanto ao modo de admisso do

    Embaixador e do Cnsul no Estado acreditado (quem recebe).

  • 33

    Direito de Legao: a prerrogativa de enviar e de receber agentes diplomticos. Esse direito de legao suspenso

    com a guerra ou rompimento das relaes diplomticas

    Agrement: (do francs concordncia ou anuncia) ato discricionrio pelo qual o Estado acreditado aceita a

    indicao do Embaixador estrangeiro em seu pas. Assim

    preciso requerer o Agrement. O processo de concesso

    secreto e o Estado que denega no necessita explicar as

    razoes da recusa. (art. 4 da Conveno de Viena de 1961)

    Aprovao pelo Senado Federal: alm Agrement, a indicao do Embaixador precisa ser aprovada pelo Senado

    Federal por voto secreto, aps arguio secreta conforme

    art. 52, IV, CF/88.

    Carta Patente: o documento que materializa a nomeao do Cnsul emitida pelo Estado que o indica.

    Exequatur: a autorizao do Estado acreditado (quem recebe) para que o Cnsul possa desempenhar o seu

    exerccio em seu territrio. Via de regra, no exige

    formalidades. (art. 12, 1, Conveno de Viena de 1963)

    As Organizaes Internacionais (Intergovernamental)

    As organizaes intergovernamentais so entidades criadas e compostas

    pelos Estados atravs de tratados, adquirindo personalidade jurdica a partir de seu

    funcionamento. Essa personalidade chamada de derivada, ao passo que os

    Estados tm personalidade originria. Sendo assim, essas organizaes podem

    celebrar tratado atuando como sujeitos de direito independente da vontade de seus

    Estados-Membros.

    OBS: no confundir organizaes intergovernamentais com as ONGs que so entes

    privados com personalidade jurdica de direito interno no podendo celebrar

    tratados.

    4. Nacionalidade

    A nacionalidade o vnculo jurdico-poltico que une uma pessoa e um Estado.

    Entretanto, nacionalidade no se confunde com cidadania (exerccio dos direitos

    polticos). Pois, a cidadania pressupe a nacionalidade.

  • 34

    Tipos de Nacionalidade

    Originria/Primria Secundria/Adquirida

    Jus solis Jus sanguinis Depende de manifestao de vontade da pessoa

    humana e concordncia do Estado. Chamada de Naturalizao.

    Ato soberano do Estado.

    A pessoa tem mera expectativa de direito. O Brasil no adota o casamento como critrio

    de atribuio de nacionalidade secundaria,

    apenas confere uma diminuio no prazo mnimo de residncia para fazer o requerimento.

    Critrio territorial.

    No depende da nacionalidade dos

    ascendentes.

    Depende da

    nacionalidade dos ascendentes.

    O Brasil adota os dois sistemas.

    Art. 12. So brasileiros:

    I - natos:

    a) os nascidos na

    Repblica Federativa do

    Brasil, ainda que de pais

    estrangeiros, desde que estes no estejam a

    servio de seu pas;

    Art. 12. So brasileiros:

    I - natos:

    b) os nascidos no

    estrangeiro, de pai

    brasileiro ou me

    brasileira, desde que qualquer deles esteja a

    servio da Repblica

    Federativa do Brasil; c) os nascidos no

    estrangeiro de pai

    brasileiro ou de me brasileira, desde que

    sejam registrados em

    repartio brasileira competente ou venham a

    residir na Repblica

    Federativa do Brasil e optem, em qualquer

    tempo, depois de atingida

    a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

    Art. 12. So brasileiros:

    II - naturalizados:

    Estrangeiros de Lngua Portuguesa

    a) os que, na forma da lei, adquiram a

    nacionalidade brasileira, exigidas aos

    originrios de pases de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e

    idoneidade moral;

    Estrangeiro de qualquer nacionalidade

    b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade,

    residentes na Repblica Federativa do Brasil h

    mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a

    nacionalidade brasileira.

    Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80)

    Embora os naturalizados tenham direitos e garantias, ambos, previstos pela CF/88,

    tambm, em sentido contrrio, apresentam restries e/ou procedimentos

    diferenciados em determinados casos, tais como:

    Proibio de acesso a determinados cargos pblicos e vedao de participao do Conselho da Repblica (art.

    12,3 c/c art. 89, VII, CF/88).

    Possibilidade de cancelamento judicial da naturalizao (art. 12, 4, I, CF/88).

    Possibilidade de extradio em caso de crime comum praticado antes da naturalizao ou comprovado

    envolvimento em trfico ilcito de entorpecentes (art. 5, LI,

    CF/88).

    Restries s atividades em empresas de telecomunicaes (art. 222, CF/88).

  • 35

    5. Condio jurdica do Estrangeiro

    Deportao

    o ato discricionrio pelo qual o Estado de ofcio retira

    compulsoriamente de seu territrio um estrangeiro que entrou ou permanece de

    forma irregular.No permitida a deportao quando configurar extradio

    inadmitida pela lei brasileira. Assim, nos casos em que o estrangeiro perseguido

    por crime poltico ou crime no tipificado no Brasil ou sofrer pena no permitida

    pelo direito brasileiro.No sendo exequvel a deportao ou quando existirem

    indcios srios de periculosidade ou indesejabilidade do estrangeiro, proceder-se- a

    sua expulso. Ainda, o fato de o estrangeiro possuir cnjuge ou filho brasileiro no

    impede a sua deportao.

    Expulso

    o ato pelo qual o Estado retira o estrangeiro que, de qualquer forma,

    atentar contra a segurana nacional, a ordem poltica ou social, a tranquilidade ou

    moralidade pblica e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo

    convenincia e aos interesses nacionais. passvel, tambm, de expulso o

    estrangeiro que: a) praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou permanncia no

    Brasil; b) havendo entrado no territrio nacional com infrao lei, dele no se

    retirar no prazo que lhe for determinado para faz-lo, no sendo aconselhvel a

    deportao; c) entregar-se vadiagem ou mendicncia; ou d) desrespeitar

    proibio especialmente prevista em lei para estrangeiro.

    Trata-se de ato discricionrio (Decreto) de competncia do Presidente da

    Repblica aps o processo administrativo realizado dentro do Ministrio da Justia

    obrigando o estrangeiro a sair do territrio nacional e proibir o seu retorno. O

    estrangeiro s poder retornar ao Brasil caso o decreto de expulso seja revogado

    por meio de outro decreto. Reingressar o estrangeiro no territrio nacional sem a

    revogao da expulso crime previsto no art. 338 do CP.

    Ainda, h casos especficos em que no se proceder a expulso conforme o

    art. 75 do Estatuto do Estrangeiro quando o estrangeiro tiver: a) Cnjuge brasileiro

    do qual no esteja divorciado ou separado, de fato ou de direito, e desde que o

    casamento tenha sido celebrado h mais de 5 (cinco) anos; ou b) filho brasileiro que,

    comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente.

    Extradio

    A extradio o ato de cooperao internacional pelo qual um Estado

    entrega a outro Estado a pessoa que tenha violado as leis deste Estado e para que

    neste responda pelo ilcito que cometeu. Dever haver um Tratado ou Promessa de

    Reciprocidade com o Estado solicitante para a concesso da medida. Contudo,

  • 36

    possvel a extradio tanto na fase processual como aps a condenao ou, ainda,

    diante de mera ordem de priso. No havendo tratado ou promessa de reciprocidade

    invivel o exame do pedido de extradio.

    Pelo princpio da identidade ou dupla tipicidade o ato delituoso em que

    se baseia o pedido extraditrio deve ser considerado ilcito em ambos os Estados. J

    pelo principio da especialidade somente ser deferida a extradio para que o

    extraditando seja processado ou julgado pelos fatos constantes no pedido de

    extradio.

    OBS: No Brasil, no se concede extradio de estrangeiro por crimes polticos ou de

    opinio, assim, como tambm nos casos sujeitos a tribunal de exceo.

    OBS: o fato de o estrangeiro ser casado com brasileiro ou possuir filhos brasileiros

    no impede sua extradio, pois essa proteo somente para o caso de expulso.

    Durante o processo de extradio a defesa meramente delibatria ou

    contenciosa limitada, pois s poder versar sobre a identidade da pessoa reclamada,

    defeito de forma dos documentos apresentados ou ilegalidade da extradio.

    Quando a obrigatoriedade de extradio em recente julgamento do italiano

    Cesare Battisti o STF manifestou-se no sentido de que cabe ao judicirio (STF)

    autorizar a extradio e ao chefe do executivo (PR) de forma discricionria

    decidir sobre a entrega ou no do extraditando ao Estado solicitante.

    6. Direito Internacional Privado

    1. Aplicao da lei no espao

    A norma de direito internacional privado indica qual o preceito nacional ou

    internacional aplicvel soluo de um conflito de leis no espao. Por isso,

    chamada de norma indireta ou indicativa.

    a lex fori (lei do Estado) apontada que ser aplicada soluo da relao

    em conexo internacional. Assim, o prprio ordenamento jurdico do Estado que

    indica o preceito, nacional ou estrangeiro, que regular a matria em conexo.

  • 37

    RESUMO DA LIND

    Art. 7o A lei do pas em que

    DOMICILIADA a pessoa

    determina as regras sobre:

    o

    comeo

    e o fim

    da

    personali

    dade,

    o nome,

    a

    capacida

    de e

    os

    direitos

    de

    famlia.

    1o Realizando-se o casamento no Brasil, ser aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e s

    formalidades da celebrao.

    2o O casamento de estrangeiros poder celebrar-se perante

    autoridades diplomticas ou consulares do pas de ambos os nubentes.

    3o Tendo os nubentes domiclio diverso, reger os casos de

    invalidade do matrimnio a lei do primeiro domiclio conjugal.

    4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece lei

    do pas em que tiverem os nubentes domiclio, e, se este for diverso, a do primeiro domiclio conjugal.

    5 - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode,

    mediante expressa anuncia de seu cnjuge, requerer ao juiz, no

    ato de entrega do decreto de naturalizao, se apostile ao mesmo a adoo do regime de comunho parcial de bens,

    respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoo ao

    competente registro.

    6 O divrcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os

    cnjuges forem brasileiros, s ser reconhecido no Brasil depois

    de 1 (um) ano da data da sentena, salvo se houver sido antecedida de separao judicial por igual prazo, caso em que a

    homologao produzir efeito imediato, obedecidas as

    condies estabelecidas para a eficcia das sentenas

    estrangeiras no pas. O Superior Tribunal de Justia, na forma

    de seu regimento interno, poder reexaminar, a requerimento do

    interessado, decises j proferidas em pedidos de homologao de sentenas estrangeiras de divrcio de brasileiros, a fim de

    que passem a produzir todos os efeitos legais.

    7o Salvo o caso de abandono, o domiclio do chefe da famlia

    estende-se ao outro cnjuge e aos filhos no emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.

    8o Quando a pessoa no tiver domiclio, considerar-se-

    domiciliada no lugar de sua residncia ou naquele em que se encontre.

    Art. 8o Para qualificar os

    BENS e regular as relaes

    a eles concernentes, aplicar-

    se- a:

    lei do

    pas em

    que

    estivere

    m

    situados.

    (os bens)

    1o Aplicar-se- a lei do pas em que for domiciliado o

    proprietrio, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se

    destinarem a transporte para outros lugares.

    2o O penhor (sobre bem mvel) regula-se pela lei do

    domiclio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa

    apenhada.

    Art. 9o Para qualificar e

    reger as OBRIGAES,

    aplicar-se- a:

    lei do pas

    em que se

    constituirem

    .

    1o Destinando-se a obrigao a ser executada no Brasil e

    dependendo de forma essencial, ser esta observada, admitidas

    as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos

    extrnsecos do ato.

    2o A obrigao resultante do contrato reputa-se constituida

    no lugar em que residir o proponente. (quem prope)

  • 38

    Art. 10. A sucesso por

    morte ou por ausncia

    obedece lei do:

    pas em

    que

    domicili

    ado o

    defunto

    ou o

    desapare

    cido,

    qualquer

    que seja

    a

    natureza

    e a

    situao

    dos bens.

    1 A sucesso de bens de (pessoas) estrangeiros, situados no

    Pas (Brasil), ser regulada pela lei brasileira em benefcio do

    cnjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,

    sempre que no lhes seja mais favorvel a lei pessoal do de

    cujus.

    2o A lei do domiclio do herdeiro ou legatrio regula a

    capacidade para suceder.

    7. Direito processual civil internacional

    Em regra, a aplicao da norma estrangeira em outro Estado possvel

    sendo regulada pela lex fori. Mas, tratando-se de verificao e prova do direito

    estrangeiro o juiz no obrigado a conhecer o Direito de outro Estado, mas pode

    aplicar a norma estrangeira de ofcio. O juiz pode tambm exigir da parte prova da

    vigncia e do teor da norma estrangeira e esse processo de verificao de prova do

    direito estrangeiro rege-se pela lex fori. No entanto, caso no seja possvel a

    verificao do direito estrangeiro, a principal alternativa a aplicao da lex fori.

    Porm, h excees a aplicao do direito estrangeiro nos seguintes casos: Soberania

    nacional; Ordem pblica; Bons costumes; Fraude lei; Instituio desconhecida

    (salvo adaptao); Lei imperfeita.

    Competncia Concorrente Competncia Exclusiva

    No exclui a possibilidade de o processo correr em foro estrangeiro.

    No pode ser afastada pela vontade das partes.

    Exclui a possibilidade de o processo correr em foro estrangeiro.

    Exclui a possibilidade de homologao de sentena estrangeira na matria.

    Quando o ru for domiciliado no Brasil. Quando aqui tiver de ser cumprida a obrigao. Quando a ao se originar de fato ocorrido ou ato

    praticado no Brasil.

    Quando o ru no tiver domiclio nem residncia no Brasil, a ao ser proposta no foro do domiclio do autor. Se este tambm residir fora do Brasil, a ao

    ser proposta em qualquer foro.

    Aes relativas a imveis situados no Brasil.

    Inventrio e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herana

    seja estrangeiro e tenha residido fora

    do territrio nacional.

  • 39

    8. Cartas rogatrias meio de cooperao judiciria internacional regulado pelo direito interno dos

    Estados e por Tradados. As cartas rogatrias so regidas pela norma do Estado

    rogado (locus regit actum) quanto a forma de execuo. Existem dois tipos de

    cartas rogatrias: ativas e passivas.

    Carta rogatria ativa Carta rogatria passiva

    Devero obedecer, quanto admissibilidade e modo de cumprimento, ao disposto em

    tratado.

    Na falta de tratado, devero ser remetidas autoridade judiciria

    estrangeira por via diplomtica ou

    por meio das autoridades centrais. Devero ser traduzidas para a

    lngua do pas em que o ato ser

    praticado. Devem obedecer aos requisitos dos

    artigos 202, 203 e 338 do CPC.

    Podem ser expedidas por meio eletrnico, com assinatura

    eletrnica do juiz, mas no podem

    ser transmitidas por telegrama, radiograma ou telefone.

    Devem indicar o juzo de origem. S podem emanar de rgos do

    Judicirio.

    No possvel a emisso de carta rogatria com o objetivo de obter

    informaes a respeito de bens

    localizados no exterior O objeto da rogatria deve ser

    lcito.

    Suspendem o processo nas hipteses dos artigos 338, caput, e

    265, IV, "b", do CPC.

    O cumprimento da rogatria ativa no Estado rogado obedecer

    norma processual deste.

    Requerem o exequatur do STJ. Devem observar a lei do Estado

    rogado quanto ao objeto das

    diligncias.

    O exame da rogatria configura mero juzo de delibao: no h

    exame do mrito.

    Devem estar traduzidas para a lngua portuguesa.

    Dispensam procurao de patrono da parte autora.

    No devem violar a soberania nacional e a ordem pblica.

    Devem ser autnticas. No sero cumpridas em

    hipteses de competncia

    exclusiva do Judicirio brasileiro.

    No sero cumpridas quando implicarem ato executrio.

    Sero cumpridas pela Justia Federal.

    A concesso do exequatur no implica o reconhecimento da

    competncia da autoridade judiciria requerente nem no

    compromisso de homologar a

    sentena que resulte do processo que gerou a rogatria.

    Homologao de sentena estrangeira

    Competncia para

    homologar

    Superior Tribunal de Justia (STJ)

    Requisitos gerais

    haver sido proferida por juiz competente; terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado

    revelia;

    ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessrias para a execuo no lugar em que foi proferida;

    estar traduzida por intrprete autorizado (tradutor oficial ou juramentado no Brasil);

    estar autenticada por autoridade consular brasileiro; ter sido homologada pelo Superior Tribunal de Justia; no ofender a soberania nacional, a ordem pblica e os bons

    costumes.

  • 40

    Requisitos da petio

    inicial

    exigncias dos artigos 282 e 283 do CPC; certido ou cpia autntica do texto integral da sentena

    estrangeira;

    todos os documentos devidamente traduzidos por tradutor oficial ou juramentado e legalizados por autoridade consular brasileira.

    Competncia para a

    execuo

    Justia Federal.

    2. Mercosul

    O Mercado Comum do Sul um processo de integrao econmica entre

    Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai constitudo pelo Tratado de Assuno em

    1991.

    Tratado de Assuno/1991: nasce o Mercosul. Protocolo de Braslia/1991: cria o Tribunal Arbitral

    Ad Hoc e a arbitragem. (revogado)

    Protocolo de Ouro Preto/1994: confere personalidade jurdica ao Mercosul.

    Protocolo de Olivos/2002: cria o Tribunal Arbitral Permanente de Reviso do Mercosul.

    Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul em 2007.

    Os processos de integrao entre Estados classificam-se segundo o grau de

    profundidade dos vnculos que se criam entre os Estados - partes. Assim, temos:

    a) Zona de Preferncia Tarifria: que assegura nveis tarifrios preferenciais para o conjunto de pases que pertencem Zona.

    b) Zona de Livre Comrcio (ZLC): que consiste na eliminao das barreiras tarifrias e no-tarifrias que incidem sobre o comrcio

    entre dois ou mais pases.

    c) Unio Aduaneira: que uma ZLC dotada tambm de uma Tarifa Externa Comum (TEC), ou seja, um nico conjunto de tarifas

    para as importaes provenientes de pases no-pertencentes ao

    bloco.

    d) Mercado Comum: em que circulam livremente no s bens, mas tambm servios e os fatores de produo - capitais e mo-de-

    obra. O Mercado Comum pressupe ainda a coordenao de

    polticas macroeconmicas.

    O MERCOSUL , desde 1 de janeiro de 1995, uma Unio Aduaneira. ou

    melhor, um projeto de construo de um Mercado Comum cuja execuo se

    encontra na fase de Unio Aduaneira. um esquema intergovernamental, ainda

    regulado nos moldes do direito internacional clssico, por isso, no h

    supranacionalidade, e suas decises so aprovadas por consenso entre seus

    membros.

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    Prof. Gustavo Santanna

    1. Atos Administrativos

    Ato Administrativo toda manifestao unilateral de vontade da

    Administrao Pblica, ou de quem lhe faa as vezes, que produz efeitos jurdicos,

    no exerccio de suas prerrogativas, com o fim de atender ao interesse pblico.

    Obrigar, extinguir, proibir, certificar, opinar, declarar ou alterar so alguns dos

    efeitos que um ato administrativo pode gerar.

    Atributos dos atos administrativos.

    Presuno de legitimidade ou legalidade: todos os atos administrativos

    presumem-se legais, at prova em contrrio (a presuno relativa juris tantun). Isso porque, por fora do princpio da legalidade, todos os atos da administrao

    devem ter fundamento legal.

    Imperatividade ou coercibilidade: significa que os atos administrativos se

    impem a terceiros, independentemente da concordncia ou consentimento destes.

    No est presente em todos os atos (pareceres, relatrios, laudos), mas to-somente

    naqueles que impem obrigaes ou restrio ao administrado.

    Autoexecutoriedade ou executoriedade: a Administrao Pblica no

    precisa socorrer-se do Poder Judicirio para por em execuo o ato expedido: ela

    prpria executa materialmente o ato. Equivale aos meios diretos de coero. Para

    estar presente em um ato deve