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Textos Motivacionais e Dicas de Estudos Para Concursos WALLACE SOUSA CIRCUNCISÃO Blog Desafiando Limites Brasília, DF – outubro/2011

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Textos Motivacionais e Dicas de Estudos Para Concursos

WALLACE SOUSA CIRCUNCISÃO

Blog Desafiando Limites

Brasília, DF – outubro/2011

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Textos Motivacionais e Dicas de Estudos Para Concursos WALLACE SOUSA CIRCUNCISÃO

Blog Desafiando Limites (acesse, please! risos)

Compilação de textos motivacionais e dicas de estudo para quem vai ou está se dedicando a estudar para concursos, sejam eles públicos, militares ou até mesmo vestibular.

Por que estou disponibilizando meu trabalho de graça, sem custo, 0800, free? Os motivos são simples e salutares:

1. Porque tenho bons exemplos de pessoas que fazem e fizeram isso por mim, e fui e sou abençoado por conta dessa iniciativa. Então, é uma forma de retribuir o que já me foi feito;

2. Porque me conscientizei que muitos que precisam dessas dicas e/ou palavras de motivação não podem pagar para ter acesso a elas, mas que têm capacidade e determinação para serem bem-sucedidos. Deixar que apenas os que possuem capacidade financeira conquistem e galguem cargos e posições sociais não é querer que as coisas mudem, e mudem para melhor. É necessário fazer investimentos e sacrifícios para que haja mudanças reais no mundo, e este é o meu investimento: estou abrindo mão de cobrar ou receber retorno material, como um sacrifício pessoal para que aqueles que precisam, mas não podem, tenham acesso a orientações que podem auxiliá-los a melhorar de vida;

3. Porque observo que há muitas pessoas que seriam excelentes profissionais se tivessem a oportunidade de mostrar isso, mas não foram privilegiadas materialmente falando, e suas opções e alternativas são escassas. Logo, tentando equilibrar esse quadro desfavorável, estou me propondo a fornecer – dentro de minhas limitações – algumas ferramentas que podem ajudar esses potenciais vencedores a encontrar seu êxito em meio às dificuldades cotidianas;

4. Porque quero cobrar de alguém que seja um profissional honesto e competente, inimigo da corrupção que assola nossa nação e espolia nossas riquezas, e há muitos desses que podem fazer essa diferença entre os menos desfavorecidos. Se eu cobrasse de meu serviço, não poderia exigir que alguém fosse um bom profissional se alcançasse êxito com minhas dicas, pois eu já havia obtido minha compensação, mas, ao doar meu serviço, posso cobrar uma postura de quem usufruiu de meus préstimos gratuitos;

5. E, por fim, porque Deus tem me abençoado muito, e desejo compartilhar dessa bênção com quem precisa. Portanto, se você precisa do que vou oferecer, use e abuse, até mesmo compartilhe com outros, mas, se for bem-sucedido nas provas, procure ser um profissional que honrará seu cargo. É apenas isso que vou lhe pedir: seja honesto e competente, não corrompa nem se deixe corromper.

6. Este é meu presente para você. Lembro-me, agora, de uma frase do filme “O resgate do soldado Ryan”, no final, em que o tenente, moribundo, [spoiler] lhe diz: “Faça por merecer!”. Faço dessas as minhas palavras: caro leitor, faça por merecer este esforço. Nós dois teremos muito a agradecer.

Brasília, DF – outubro/2011

sugestões, críticas e agradecimentos: [email protected]

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Índice

1. O Estudo em Ciclos e a Aprendizagem-Mosaico® ................................................................................ 03

2. Uma reflexão antes de desistir ............................................................................................................. 08

3. O segredo do meu sucesso …................................................................................................................ 11

4. Ainda não é o fim ….............................................................................................................................. 14

5. Deixando o passado para trás …........................................................................................................... 19

6. Existe, de fato, vida após a posse? ….................................................................................................... 22

7. Licença para passar …........................................................................................................................... 25

8. E a fila anda... mas somente para os primeiros …................................................................................ 27

9. E a luz resplandece nas trevas ….......................................................................................................... 30

10. 3 Atitudes vitoriosas que farão diferença em sua vida …..................................................................... 33

11. 9 razões para persistir quando as coisas insistem em dar errado ….................................................... 36

12. Vou desistir! Não aguento mais …....................................................................................................... 41

13. 4 Atitudes que farão de você um vencedor …..................................................................................... 44

14. Tenha cuidado ao regar seus sonhos …............................................................................................... 47

15. Quer crescer? Aprenda a esquecer! …................................................................................................ 50

16. Contando as derrotas que me fazem subir cada vez mais alto …....................................................... 52

17. 7 Diretrizes para passar em um bom concurso …............................................................................... 55

18. Entrevista com Graciano Rocha (5º lugar – TCU/2008) …................................................................... 59

19. Entrevista com Antônio Saraiva Jr (4º lugar – TCU/2008) …............................................................... 64

20. Perguntas e Respostas diversas sobre concursos …........................................................................... 69

21. Considerações Finais …...................................................................................................................... 70

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O Estudo em Ciclos e a Aprendizagem-Mosaico®Fp 3.1

Quem estuda para concursos, principalmente quem está iniciando, tem uma dúvida que o assalta de imediato: qual a maneira correta de estudar, ou qual a melhor maneira de estudar? Há aqueles que preferem estudar uma matéria toda por vez, e eliminando-as uma a uma. Outros, como eu, preferem estudar um pouco de cada matéria por vez, estudando-as de forma concomitante ou paralela. Embora devam existir outas, estas são as principais, mais utilizadas e mais conhecidas. Qual delas é a melhor? Depende. Como assim? Depende de cada pessoa e de seu modo de aprender.

Como já expressei minha opinião, e preferência, fica claro qual delas vou explorar e defender seu emprego, todavia, deixarei claro também que essa é minha opinião e, em que pese esse ser o método campeão entre os aprovados (ou aprovado pelos campeões =o), pode ser que, por algum motivo particular, sua adaptação à ele não seja viável.

Entretanto, se você ainda não fez uso dele, ou tentou mas desistiu logo no começo, vou lhe dar boas razões para tentar novamente.

Já não me lembro como foi que comecei a estudar por ciclos, mas acho que foi nos idos anos de 1993-94, estudando para o Técnico do Tesouro Nacional (TTN) de então, hoje Analista Tributário da Receita Federal (ATRF). Mas, a descoberta de que se poderia ou, pelo menos, de que eu poderia estudar assim foi quase por acaso e até certo ponto engraçada. Quando eu pegava livros na biblioteca, por causa do curso de administração que estava cursando, eu tinha de devolvê-lo após um período curto de tempo, e somente poderia pegá-lo de volta depois de um breve interstício de dias. Pois bem, descobri que era possível parar de ler o livro em tal página e, pegando-o emprestado de novo, reiniciar daquela parte onde havia parado. Maluco, eu? Só um pouquinho... =op

Quando lemos um livro de ficção ou romance, é perfeitamente compreensível entender como isso é possível, pois o livro é uma história contínua, coerente e, se for bem escrito, marcante. Logo, em nossa mente, constrói-se uma estória com início, meio e fim, de forma semelhante a assistir um [bom] filme, e, se precisarmos dar um pause, sabemos mais ou menos onde paramos para dar novamente início à sessão vale a pena ver de novo. Agora, a pergunta relevante: é possível fazer o mesmo com livros e matérias de estudo, muitas vezes maçantes? Seria essa a pergunta correta? Penso que a pergunta correta seria esta: se funciona com livros e filmes, por que não funcionaria com estudos? Fazendo um retrospecto de meu histórico de estudos, vejo perfeitamente que funciona, sim.

Baseado em observações empíricas, visto que ainda não achei um cobaia voluntário para abrir sua cabeça e observar in loco como funcionavam seus neurônios, formulei uma teoria mista de aprendizagem baseada em experiências próprias e de terceiros. Penso que, quando falo em neurônios e sinapses, a grande maioria sabe do que estou falando, e mesmo tendo uma vaga ideia, deixe-me tranquilizá-lo que não é preciso saber muita coisa sobre o objeto em si, mas sim sobre seu funcionamento.

O neurônio é a célula mais especializada do corpo humano, mas nada é sem as sinapses. Fazendo uma analogia com o reino vegetal, o neurônio seria o tronco, e as sinapses seriam as folhas (que captam a luz solar, vital para a fotossíntese) e as raízes (que extraem água do solo, para manter a árvore viva). Outra analogia seria uma pessoa super-inteligente, mas que, se estivesse isolada de tudo e de todos, sem poder relacionar-se, seus talentos não seriam aproveitados, ou seja, um “neurônio sem sinapses”. Lembra de Stephen Hawking, o grande físico inglês? As sinapses seriam seu módulo de comunicação, que permitem que ele, mesmo imobilizado, dê asas à sua imaginação e palavras.

Agora que já falamos sobre o básico, estamos prontos para explorar o que vem a ser o Estudo

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em Ciclos e a Aprendizagem-Mosaico®. Sobre o estudo em ciclos, e difícil dizer quem foi seu idealizador ou criador, mesmo porque é assim que aprendemos na escola, com várias matérias que se sucedem, num ritmo de aulas cíclico e contínuo. Ou seja, somos, desde que nos entendemos por gente, condicionados e ensinados a trabalhar em multi-tarefa que, utilizando-me de outra analogia, é um sistema operacional, Windows™ ou Ubuntu™ (linux), p. ex., poder abrir vários programas ao mesmo tempo, e operá-los independente e concomitantemente: um texto sendo editado, um navegador aberto e conectado à internet, uma agenda de compromissos, um gerenciador financeiro, um download sendo efetuado, além de outros processos invisíveis ao usuário. Isso é multi-tarefa, e é assim que o ser humano é.

Sobre a multi-tarefa, dirijo-me à classe de los hombres, da qual faço parte, dando uma má e uma boa notícia: as mulheres são mais multi-tarefa do que o homem, ou seja, conseguem fazer muito mais coisas [e melhor] ao mesmo tempo que os homens. Essa é a má notícia. Agora a boa: o homem, ao concentrar-se, consegue realizar uma tarefa melhor do que as mulheres. Prós e contras de cada um, claro, e devem ser explorados da melhor forma possível, para atingir todo seu potencial. Isso deve-se, segundo estudiosos, às diferenças entre a predominância de atuação dos lados [hemisférios] do cérebro em cada gênero: esquerdo [analítico] nos homens, e direito [emocional] nas mulheres. Longe de querer deflagar uma guerra dos sexos, julgo que foram assim projetados por Deus com o intuito de se complementarem.

Voltando aos ciclos: quem criou? Não sei. Se você souber, me avise que darei os créditos. Mas, pelo menos na área dos concursos, quem popularizou a ideia eu sei: o, hoje palestrante, Alexandre Meirelles. Nunca antes na história dos concursos alguém deu tanta ênfase ao estudo em ciclos e demonstrou de forma clara como ele pode ser útil na preparação e eficaz na aprovação de um concurseiro. Tentar falar algo sobre ciclos é quase desmerecer o trabalho dele, além de “chover no molhado”, portanto não me aterei a isso.

Muitas pessoas questionam o método de estudo em ciclos, alguns por não entenderem a sistemática ou por não concordarem com a mesma, entretanto, a maioria dos concurseiros bem-sucedidos que conheço, em concursos de grande porte, estudaram por esse método ou adaptações dele, inclusive eu. E são praticamente unânimes em creditar seu sucesso ao método de estudos adotado (em ciclos).

A partir de agora, passemos a falar sobre como se processa, ou deve se processar, a aprendizagem quando se estuda em ciclos, à qual eu denominei de Aprendizagem-Mosaico®. Mas, para avançarmos, será necessário detalhar, ainda que minimamente, o que é aprendizagem e o que é mosaico.

Aprendizagem é, em um conceito simples, a forma de aprender, ou como se aprende, bem como os processos relacionados a ela. E a aprendizagem, como toda questão palpitante e polêmica,

também tem suas teorias e grandes expoentes. E longe de mim querer fazer mais uma! Minha tentativa é apenas ver de um ângulo prático como o estudo em ciclos pode ser útil para turbinar sua aprendizagem em direção à tão sonhada aprovação. Ainda sobre aprendizagem, vale ressaltar os estudos do dr. Lozanov sobre aprendizagem acelerada, muito útil em tempos de editais sobrepostos e ampulhetas declinando. Suas descobertas sobre o chamado estado de vigília relaxada são extremamente úteis para todo aquele que deseja estudar com alto índice de produtividade e assimilação concreta de conteúdo. Já tendo, pelo menos, uma noção do que é aprendizagem, podemos ver agora o que é mosaico.

Mosaico nada mais é do que uma espécie de quebra-cabeças, todavia mais complexo, elaborado e não são todas as pessoas que possuem um nível de criatividade suficiente para construir um mosaico sem que ele se pareça com aqueles desenhos infantis que costumávamos fazer assim que entrávamos na “escolinha”. Não, não me referi à do profº Raimundo, embora o nível de criatividade lá seja inversamente proporcional ao... ahn, melhor deixar pra lá. =o)

O mosaico é tanto utilizado nas artes, como pintura, escultura, etc., como na arquitetura, em grandes construções e monumentos que, quando bem projetados e executados, também podem ser considerados obras de arte, tanto que esse recurso foi bastante utilizado na Antiguidade por pintores e escultores de renome.

Observe como a criatividade humana praticamente não encontra limites quando se trata de 4

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expressar uma faceta de seu Criador: a arte de criar, exposta nas várias imagens de mosaicos coletadas ao redor do mundo, e que escolho apenas uma para ilustrar esse portentoso talento humano, que consegue unir pequenas peças que, isoladas, não têm sentido ou valor, mas que, unidas, dão forma a um quadro que existia apenas na mente do artista.

Pois bem, vimos que aprendizagem é tanto o que aprendemos como a forma como aprendemos e também já sabemos o que é mosaico, e estamos prontos para chegar às conclusões sobre o que vem a ser Aprendizagem-Mosaico®, e é o que passaremos a discutir a partir das próximas linhas.

A aprendizagem do estudo em ciclos deve levar em conta os seguintes aspectos:

➔ necessita de paciência, e não pouca, afinal são peças minúsculas que se unem com um objetivo pré-determinado, e os resultados geralmente demoram a aparecer;

➔ necessita de persistência, pois somente assim se consegue algum progresso por esse método, basta lembrar de como aquelas pequenas e teimosas peças insistem em não se combinar com as parceiras que escolhemos para se casarem, então apelamos para o bom e velho método da tentativa-e-erro;

➔ necessita de disciplina, principalmente no início, para fazer as coisas de forma orquestrada, contínua e planejada;

➔ necessita de visão, porque aquele que se propõe a estudar para concursos é alguém que tem que ser visionário, enxergar na frente, visualizando um futuro melhor, mesmo estando no presente;

➔ necessita de um mínimo de inteligência para juntar partes que se encaixam, ou seja, não é preciso ser gênio para se montar um mosaico, assim como também não o é para se passar em um concurso. De fato, é preciso muito mais paciência e persistência do que inteligência para se passar em um concurso.

Vamos voltar alguns anos atrás e revivermos nossas sensações e emoções infantis, quando vimos pela primeira vez um quebra-cabeças: lembre-se como era divertido pegar aquele amontoado de peças coloridas e ficar remexendo pra lá e pra cá, sem nem ter ideia do que era nem pra que servia aquilo. Depois de alguns minutos, tornava-se frustrante, lembra-se? Pois é, a maioria das pessoas se sente exatamente assim após estudar alguns dias pelo método dos ciclos, e, exatamente por isso, desistem. Mas, se continuassem, conseguiriam completar sua tarefa e conquistar seu lugar no DOU. É uma pena que tantos desistam simplesmente por desacreditarem que podem ir mais longe, chegar ao fim.

A grande dica para se começar bem a montagem de um quebra-cabeças é... comece pelo começo! Pausa para “ah, eu já sabia”. Além de começar pelo começo, comece pelo mais fácil e, em se tratando de quebra-cabeças, o mais fácil é pelos cantos ou quinas ou, como diria um amigo meu mineiro, “pelas beiradas”. Por quê? Porque as peças de canto são únicas e mais fáceis de serem reconhecidas, e seus respectivos lugares facilmente identificáveis pela borda em ângulo reto. Por isso, nos estudos, é imprescindível fixar adequadamente os pontos de início dos estudos, justamente para saber exatamente onde encaixar as peças posteriores.

Antes de começar a estudar [a fundo] pelo método dos ciclos, é necessário entender um conceito básico: os resultados não virão do dia para a noite, e nem da noite para o dia também . Leva tempo, um longo tempo, em alguns casos, até 2-3 meses para aparecerem os primeiros resultados satisfatórios. Se isso pudesse ser expresso em uma linha cartesiana de tempo x resultados, onde o tempo [gasto] seria o eixo Y e os resultados [obtidos] o eixo X, o gráfico se pareceria com a descida de um escorregador (lá vou eu de novo remexer em meu baú de memórias =o).

Traduzindo: há um grande esforço no início com pouco resultado, mas no fim há grande 5

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resultado com pouco esforço, tal qual ilustra a imagem abaixo à esquerda, embora grande parte dos concurseiros pense que, se estudar por esse método, o resultado será mais parecido com a figura da direita (“vou me ralar se estudar assim”). Observe e tire suas conclusões:

Resultado desejado =o) Resultado não tão desejado assim =o(

Agora visualizando em um gráfico, para maior (ou menor =o) didática:

Note que o esforço inicial é alto, mas produz pouco resultado visível, ao passo que, com o passar do tempo e repetição constante, o esforço diminui e o resultado cresce de forma inversamente proporcional. Claro que é apenas ilustrativo, mas, na prática, é quase assim que acontece: após algum tempo de dedicação e paciência, o esforço será, inevitavelmente, regiamente recompensado. Veja que, aproximadamente no meio do processo, as linhas se cruzam para então se descolarem e os resultados decolarem (não resisti ao trocadilho).

Note também que, apesar de ser algo genérico, as variações de nível de aprendizagem variam de pessoa para pessoa, por isso, se seus resultados estiverem demorando, no stress, ok? =o)

Outra ilustração que pode ser utilizada para demonstrar a dinâmica desse tipo de aprendizagem é a pintura de uma parede, que é feita por “mãos” ou “demãos”, ou seja, operações repetitivas e sobrepostas, que inicialmente cobrem apenas parcialmente a parede, deixando “falhas” que serão cobertas pelas “mãos” posteriores. Se você já observou alguém pintando (ou tentou pintar, como eu), deve ter percebido que é quase uma arte. Bem, em minhas poucas tentativas nesse sentido pinturístico, as pessoas que avaliaram meu trabalho chegaram à conclusão inequívoca que sou mesmo muito arteiro e que já fiz muita obra na vida...

Agora, a pergunta de 1 milhão de dólares: é possível haver alguma forma de apressar a aprendizagem por esse método? Posso pedir ajuda aos universitários? Pausa para risos na plateia... Resposta sincera: não sei. Resposta desejável: talvez. Empiricamente, eu diria que é possível, todavia ainda não obtive resultados conclusivos, pelo que estou atrás de cobaias, ops precisando de voluntários para testes! Por que

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Ilustração 1: gráfico estudo em ciclos

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Estudo em Ciclos

Tempo x Resultados

temporesultados

Aprendizagem

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esse silêncio, ahan, sepulcral na plateia? Calma gente, não vou abrir a cabeça de ninguém para ver o que tem dentro (talvez por medo do que encontraria lá, ou não! =o)

Bem, minha premissa é simples: se o cérebro aprende melhor por meio dos ciclos (Aprendizagem-Mosaico®), treinar e/ou brincar resolvendo puzzles (quebra-cabeças, em inglês) pode contribuir para acelerar e/ou potencializar a aprendizagem de matérias para concursos ou provas. Simples, não? Aprender brincando, o sonho de toda criança e, agora, de todo concurseiro!

Quais puzzles eu recomendaria? Em que pese a gama ser vasta, com várias opções disponíveis, eu tenho predileção por sudoku e mahjong. O sudoku possui, inclusive, uma versão portável, ou seja, sem necessidade de instalação, podendo rodar direto de um pen drive. Apesar de ambos serem orientais, e termos a impressão comum de que 'japas' são bons estudantes, não posso afirmar que há relação entre ambas, mas se a resposta for sim, vamos aproveitar isso, oras! =op Quem joga xadrez e damas pode notar uma certa facilidade em ciências exatas e matemáticas, ou vice-versa.

Sudoku Mahjongg

Resumo da ópera: se você quiser um incremento na qualidade – e quantidade – de sua aprendizagem, estude pelo método dos ciclos. Vai demorar um pouco mais? Provavelmente sim. Ilustrando, para melhor entendimento: estude 2 meses pelo método 'normal' e obtenha um rendimento de 70% e estude 2 meses pelo método dos ciclos e obtenha um rendimento de 60%; estude 3 meses pelo método 'normal' e alcance 73%, e pelo método dos ciclos, nos mesmos 3 meses, atinja 78%. Vale a pena? Vale. Demora mais? Demora. Solução? Comece a estudar pelo método dos ciclos antes, bem antes do edital, para atingir o máximo rendimento quando da aplicação das provas. Faça como eu: invista seu tempo de forma inteligente: comece a estudar antes que seu concorrente! =o)

Fraterno abraço, que Deus te abençoe.

ps. se você quiser expressar sua opinião sobre meus artigos, por favor visite meu blog Desafiando Limites ou minha sala no Fórum Concurseiros (wallysou) e deixe seu comentário nos tópicos (é necessário se registrar), onde você poderá deixar sua sugestão e/ou crítica. Agradeço antecipadamente por sua participação.

ps2. =o) não é um símbolo de sociedade secreta, seita ou algo do tipo, é apenas isso:

Postado em: http://wallysou.com/2010/06/01/o-estudo-em-ciclos-e-a-aprendizagem-mosaico%c2%ae/

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Uma reflexão antes de desistir

[2006] Uma reflexão torna-se necessária quando os sonhos parecem fracassar e as forças se exaurem, forçando-nos a desistir e desanimar, pensando que chegou o fim. É nessas horas que o Senhor chega com socorro, pois estava apenas esperando chegarmos ao fundo do poço, ao beco sem saída, à encruzilhada da vida, para sentarmos desolados e sem qualquer perspectiva e esperança, para então descobrimos que Ele é o socorro bem presente na hora da angústia. E plenamente capaz de reverter nossos aparentes insucessos e eventuais fracassos em vitórias até então inimagináveis.

Aconteceu com José, ao sair do cárcere para o palácio. Da cela para o trono. Quem jamais pensaria tal coisa? Mas os planos de Deus são assim. Inescrutáveis. Sublimes. Surpreendentes. Então todas as lágrimas derramadas serão recompensadas com novas companheiras, mas desta vez de alegria incontrolável e incapazes de exprimir a gratidão de um coração consolado pelo Carpinteiro de Nazaré.

Sim, Ele sabe com endireitar aquilo que nasceu torto. Ele é capaz de transformar um rude tronco em um móvel luxuoso e útil, e valioso também, pois todo trabalho artesanal é mais valorizado. Leva tempo, dá trabalho, mas o resultado é totalmente compensador. E cada obra é única, incomparável, ímpar. Assim, desta mesma forma, Deus está trabalhando conosco, moldando-nos segundo Seus planos soberanos e perfeitos, para nos fazer alcançar os sublimes objetivos por Ele traçados para nós.

Não desista. Se Tomas Edison tivesse desistido após mais de 1.000 fracassos, não teríamos a lâmpada a nos iluminar. As suas trevas de hoje não hão de se comparar com a radiante luz que te espera. Se Abraham Lincoln tivesse desistido após perder eleições importantes em sua trajetória política, os Estados Unidos teriam perdido um de seus melhores presidentes de todos os tempos! Talvez seu fracasso de hoje seja porque Deus tem coisa melhores para você. Melhores e maiores. Se Lincoln tivesse ganho o pleito inicial, teria continuado a carreira política até culminar na presidência? Não sei, não sabemos, mas algo me diz que não. No mínimo, não teria ganho a experiência necessária para enfrentar com galhardia e êxito as crises nacionais que se abateram em seu mandato presidencial.

Se você desistir hoje, o que o mundo deixará de ganhar amanhã? O que Deus deixará de realizar através de você, e somente você? Quando o vaso se quebra, a responsabilidade de reconstruí-lo não é dele próprio, do vaso, mas sim do oleiro que o construiu, ou mesmo que permitiu que se quebrasse.

Descanse nas mãos do Oleiro e apenas observe como Ele pode juntar cacos aparentemente imprestáveis e transformá-los em algo novo e totalmente diferente daquilo que foi antes. Remodelado. Sem qualquer sombra das cicatrizes passadas, e mesmo que ainda sejam visíveis, serão de tal forma orientadas e ajustadas que se tornarão belas, como parte de um projeto bem definido e orquestrado.

Algumas telas dos grandes pintores parecem-se, inicialmente, com borrões de tinta para alguns, incapazes de reconhecer sua harmonia dentro de uma aparente confusão colorida. Mas essas mesmas obras alcançam milhões de dólares em leilões de arte, onde colecionadores meticulosos sabem muito bem avaliar os traços e compassos do gênio por trás do pincel, bem como do intento de sua mente fantástica.

Sua vida parece sem sentido? O Divino Mestre ainda não concluiu Sua obra em você. Seu projeto não foi ainda completado. Você faz parte de um Plano maior, onde cada peça se encaixa perfeitamente, e aquelas que ainda não encontraram seu devido lugar estão sendo transformadas, desgastadas, polidas, diminuídas, para se encaixarem na engrenagem principal.

Se as coisas parecem ter se estagnado, se pararam de repente, não se desespere. Talvez Deus esteja fazendo alguns ajustes em você para fazê-lo assumir um lugar mais importante, e para isso Ele precisa de um tempo. Deixe Deus trabalhar em você. Logo mais, você irá vê-lo trabalhando com você, para, afinal, trabalhar por você.

Enquanto isso, descanse sua mente e alma. Poupe o Oleiro de atrasos desnecessários, de mais tempo amassando o barro antes de tê-lo pronto para uma nova fôrma. O resultado final, você se surpreenderá, compensará todo o trabalho, todo o sofrimento, todas as lágrimas. Tudo. Você verá. Creia. Você verá.

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[2008] O ano de 2005 foi muito difícil para mim: desempregado, desanimado e desesperançado.

Desempregado - e recém-casado -, pois havia pedido demissão para estudar para concursos;

Desanimado, pois havia falhado em minha primeira tentativa;

Desesperançado, pois achava que não iria conseguir sair daquela situação.

Criticado... minha esposa trabalhava o dia todo e estudava à noite, enquanto eu ficava em casa, olhar perdido... Ainda sustentava a casa, com bicos e com uma pequena reserva financeira que, um dia, acabou.

Às vezes, o que mais precisamos é isso mesmo: de um beco sem saída, do fundo do poço, de uma encruzilhada sem saber para onde ir.

É nesses momentos cruciais que, muitas vezes, encontramos a força necessária para vencer, até então escondida no recôndito do nosso ser. É quando, também, nos voltamos mais para Deus, e descobrimos nEle a motivação e a inspiração para seguirmos avante, em Quem encontramos uma voz amiga e o incentivo para tentarmos mais uma vez. Geralmente, há outras vozes de incentivo, mas não damos muita atenção. Mas, quando chegamos aos becos-sem-saída da vida, Deus finalmente consegue nossa atenção. E, quando O ouvimos, alcançamos aquilo que tanto desejamos.

Hoje, após ser aprovado em um dos melhores concursos do país, um dos mais difíceis dos últimos tempos (os concursos estão ficando cada vez mais difíceis, e os concurseiros, cada vez melhores), de ver um sonho se tornando realidade, fico até pasmo ao ler novamente essa mensagem, escrita ao final de um ano de fracassos.

Hoje, após contabilizar inúmeros sucessos, que se iniciaram logo após a escrita desse texto, vejo que a diferença entre o perdedor e o vencedor reside, muitas vezes, na atitude pessoal. Muitos daqueles que consideramos heróis, foram apenas pessoas comuns que se dispuseram a fazer bem-feito e da melhor forma que podiam, aquilo que lhes foi designado. Cumpriram um dever.

Pergunte se eles se consideram heróis. A esmagadora maioria vai dizer que não. Talvez alguém me considere um "herói" por ter passado em vários concursos, e especialmente nesse último da CGU. Mas não é assim que me vejo. Eu me vejo como uma pessoa normal. A única coisa que eu fiz de anormal foi não desistir diante dos obstáculos, diante das lutas, diante da sensação de que era quase impossível continuar. E essas vezes não foram poucas.

Eu não sou detentor de nenhum talento especial, ou privilégios especiais. Se há alguma coisa de especial em minha vida, eu diria que não é nem a vontade férrea de vencer, mas uma determinação que pensava que não tinha: não desistir sem tentar, não desistir antes da luta acabar, não desistir antes de ainda ter forças para continuar.

É isso um traço de herói? Talvez. Mas isso faz de mim um herói? Não sei. Mas, se fizer, não sou um herói solitário, de conquistas inimitáveis. Sou apenas mais um no meio de tantos. Se não desistir faz de você um herói, então meus pais são muito mais heróis do que eu. Meu pai não tem o 1º grau completo, pois teve que escolher

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entre estudar e sustentar a família, na roça, no meio do sertão, onde a água é escassa. Converse com ele hoje, ou leia um texto seu. Você vai se admirar, e jamais imaginará que seu passado foi construído em cima de dificuldades e privações.

Veja o exemplo de minha mãe. Igualmente morando no sertão, sendo uma das filhas mais velhas, ajudou a criar e cuidar de sua dezena de irmãos. Retornou aos estudos - supletivos - quando eu estava para concluir o 2º grau. Ela concluiu o 2º quando eu já estava formado havia vários anos. Hoje, ela faz faculdade, entrando na 3ª idade. Eu posso me considerar "herói" tendo esses exemplos, tão próximos de mim? Ainda que eu pudesse, não faria isso. Heróis de verdade são eles, cujos exemplos me inspiram, me emocionam e me surpreendem. Minhas conquistas, perto das deles, apequenam-se, diminuem, assim como eu também, voluntariamente, me diminuo diante de sua história de vida.

Se eu tenho algum objetivo para o futuro? Tenho. Ser um pai melhor do que o meu foi para mim. Se eu conseguir ser, pelo menos, igual a ele, o que já é uma tarefa gigantesca, me darei por satisfeito.

Eu rejeito a alcunha de "herói", de "superior", de "forte". Eu sou apenas "comum, normal, inferior e fraco", mas, consciente dessas limitações, tentei alcançar o máximo que podia com aquilo que eu tinha. Apenas isso, e nada mais que isso. Como cheguei aqui, então? Com a ajuda de Deus.

Ele não está interessado em grandes homens para honrar, mas em pessoas comuns para auxiliar a realizar grandes feitos. Eu sou apenas e tão somente isso: um "pequeno" através de quem Deus realizou grandes coisas.

Espero que essas singelas palavras possam tê-lo convencido de que é possível, apesar de tudo. Pode acreditar, se eu consegui, qualquer um consegue, fazendo apenas o que eu fiz: não desistir.

Que Deus te abençoe.

Wally.

:o)

Postado em: http://wallysou.com/2010/01/23/serie-fundo-do-bau-uma-reflexao-antes-de-desistir/

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O segredo do meu sucesso1 Co 9.24

A inspiração deste texto veio após ler [algumas] entrevistas do Fórum Concurseiros, notadamente aquelas mais motivadoras, seja pelo sucesso alcançado, seja por ser bem escrita ou seja pela superação de dificuldades e um empenho pessoal admirável pelo esforço depreendido. Entre essas, quero indicar as mais recentes que vi, e são elas: Gigliane Concurseira, AUFC - TCU 2009 -> após quatro reprovações, a vitória!!!, Meu depoimento. Vendo esses emocionantes depoimentos, vi que eles têm muita coisa em comum, e é justamente sobre isso que quero falar: os segredo dos que passaram.

Quando exponho meu 'cartel' de vitórias, que são nada menos que 6 aprovações em variados concursos, todas entre as 5 primeiras colocações, concursos com muita concorrência ou com poucas vagas, ou ambos, tomo o cuidado de omitir minhas derrotas e vergonhas... afinal, quem se interessaria por minhas derrotas? Derrota não dá Ibope, não vende, não 'enche a bola' nem 'afaga o ego', além de ser constrangedor ficar expondo meu lado humano e confessando minhas [muitas] fraquezas e deficiências. Se eu fosse um lutador de boxe, de MMA (vale-tudo, em inglês) ou um atleta olímpico, talvez até fizesse sentido, porque para eles conta muito o balanço positivo vitória x derrota, mas, na verdade, não sou nada disso. Sou apenas, e tão-somente, um [ex-] concurseiro.

Quem não conhece bem a dinâmica dos concursos, do acúmulo de estudo ao longo do tempo, das experiências frustrantes antes de poder comemorar a vitória, me olha meio que assustado e admirado, e é bem possível que passe por sua mente algum desses pensamentos: de que cartola esse tirou essa nota? Será que ele tem um gabarito escondido na manga? Como ele fez para desaparecer os concorrentes na frente dele? Como ele conseguiu iludir a banca, para o aprovarem? Apesar de parecer engraçado para alguns, e incrível para outros, passar em um [bom] concurso não tem mágica. Talvez porque, se um mágico conseguisse passar em um concurso por mágica, se ele não fosse preso por fraude, ganharia muito mais dinheiro continuando a fazer... mágicas! Desde que não fosse ensinando os outros a passar, por mágica, em concursos, lógico. Por que? Porque então deixaria de ser segredo, e você já viu algum mágico – tirando o Mr. M, claro – revelando seus segredos?

Para passar não existe mágica, então? Não. Se você quer ganhar a vida fazendo mágicas, é melhor desistir de fazer concursos. Uma coisa não combina com a outra. É isso que você aprende lendo entrevistas como aquelas, e outras, claro, afinal a lista de entrevistas boas no fórum é grande. E lá, no Hall da Fama dos concursos, tem muita coisa boa, que vale a pena dar uma olhada. Mesmo que não seja para incentivá-lo a fazer ou continuar na carreira de concurseiro, muitas histórias são verdadeiras lições de vida, de superação, e de conquistas fantásticas que acrescentam muito como experiência pessoal e inspiração.

O concurseiro tem uma experiência muito parecida com atletas, seja na fase anterior às conquistas, com renúncia e sofrimento, seja na fase de colher os louros, onde a conquista compensa todo o esforço, ou na admiração de muitos que se espantam ao ver onde chegamos. “mas, de onde saiu esse?”, peguntam. Claro que ninguém estava nos vendo, afinal estávamos nos últimos meses enfurnados em uma caverna, digo biblioteca estudando feito malucos, quase sem vida social, sem quase ver a luz do sol, pálidos como frango de granja, sendo chamados de 'mandioca descascada' quando íamos à piscina (de tão brancos, meu caso, lógico).

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Quando o incrível César Cielo foi campeão olímpico, poucos sabiam quem era aquele garoto sardento e reservado que estava carregando as cores do Brasil em seu uniforme. Menos ainda sabiam que estavam diante de um campeão, antes mesmo dele cair na água. Mas havia gente que sabia de seu potencial: seu técnico, seus pais, e aqueles que o viam nadar incansavelmente na piscina do clube onde ele treinava. Aprenda isso: não interessa quantos o conhecem, ou quantos estão ao seu lado, o que importa realmente é QUEM está com você nos momentos difíceis e de privação, e é desses poucos combatentes que você precisa ao seu lado para chegar ao seu destino. Outro exemplo emocionante de superação foi o da Maureen Maggi. Quem não se emocionou quando ambos choraram ao ver a bandeira verde e amarela tremulando no lugar mais alto do podium e ouvir o hino nacional sendo transmitido para todo o mundo? Eu me emocionei.

Eu poderia citar vários outros exemplos, como o do Vanderlei Cordeiro, que, quando estava correndo na ponta (1ª colocação), foi parado por um fã[nático?], mas ainda assim, acabou chegando em 3º lugar. E o 'cara' ainda fez festa como se tivesse sido o primeiro! Errado, ele? Não! Claro que não! Se fosse eu, teria feito a mesma coisa... imagine, só porque não cheguei em 1º, vou deixar de comemorar? Não faz parte do meu show. Eu comemorava até quando ganhava – ah, bons tempos que não voltam mais... – jogo de bolinha de gude! Imagine uma medalha olímpica! =o) Mas, por sua humildade e amor ao esporte, recebeu mais uma medalha: a Medalha Pierre de Coubertin, uma das maiores honras que um esportista pode receber em sua trajetória competitiva.

Se você se deu ao trabalho, digo, se deu ao investimento de tempo de ler as entrevistas que indiquei, deve ter notado que há alguns aspectos comuns na história dos vencedores, e posso listar alguns aqui, para ilustrar:

➔ vontade férrea de vencer, a despeito das, às vezes, constantes e repetidas, derrotas;

➔ dedicação espartana ao objetivo, renunciando a coisas que a maioria das pessoas consideraria heresia mortal;

➔ apoio incondicional de alguém próximo e muito querido, que, nos momentos de dificuldade, está motivando, animando, consolando;

➔ capacidade de aprender e, mais importante, corrigir os próprios erros;

➔ capacidade de recuperação, após um duro revés ou grande decepção, e reorganizar-se para uma nova batalha (o famoso lamber as feridas, sacudir a poeira e dar a volta por cima);

➔ ser um estrategista, sabendo analisar seus pontos fortes, fracos e onde deve investir seus, muitas vezes parcos, recursos;

➔ sabe, ou aprendeu a duras penas, lidar com a dor, o sofrimento e a decepção, usando-as como incentivo pessoal de superação;

➔ paciência e perseverança, afinal não se passa em [um bom] concurso da noite pro dia;

➔ saber escolher bons materiais de estudo, tornando-se quase um 'garimpeiro' de sebos, bibliotecas e livrarias.

Concluindo: se você está nessa batalha para conquistar um cargo público, veja-se como um atleta em busca de uma medalha, sabendo que a linha de chegada, por mais distante que esteja, um dia será alcançada. Se você perseverar nessa corrida, talvez o dia seja incerto, mas o cruzar a linha será apenas questão de tempo. E quanto maior for seu esforço e dedicação, menor será esse tempo de espera. Em uma entrevista a um canal de TV, à qual fui convidado pelo dono do cursinho no qual estudava, à época, fiz questão de frisar: não tenho mais inteligência do que o normal, apenas estudo mais do que o normal. E, na

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igreja, em minha despedida, disse: eu não sou inteligente, eu sou esforçado. Logo, se você não tem muito talento de sobra, como eu, vença pelo esforço.

Se você não leu o 1 Co 9.24 lá em cima, eis aqui o que diz: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”. (grifo acrescentado)

Mais uma vez, obrigado por sua leitura de mais um texto meu.

Abraços,

=o)

Postado em: http://wallysou.com/2010/02/18/o-segredo-do-meu-sucesso/

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Ainda não é o fim.

Ec 7.8

Quase todas as pessoas já viram algum projeto promissor iniciar-se com grande pompa e logo caíram no ostracismo. Quantas vezes ouvi pessoas me afirmando que agora iriam estudar para concursos, após saber de meus sucessos, e perguntavam como fazer para conseguir uma aprovação, talvez esperando receber uma receita infalível ou palavra mágica que lhe garantisse o sucesso imediato. A maioria simplesmente desiste quando descobre que não é tão simples nem tão rápido quanto pensavam que seria.

Muitos começam bem a carreira, e sou um dos defensores que as coisas precisam começar bem para terem mais chances de terminarem bem. Todavia, mais importante do que começar, até mesmo do que começar bem, é terminar, concluir, chegar ao fim. É preciso diferenciar a euforia do início da convicção de continuar a despeito das circunstâncias adversas. Em artigo anterior, o que fala sobre a importância de se continuar na fila (clique para ler), mencionei sobre o cemitério dos sonhos e a maternidade dos pesadelos, estruturas centrais de um país denominado Fracasso. Verifique se você não está sendo cidadão do país errado.

Você tem sonhos? Já teve sonhos? Desistiu de seus sonhos? Sonhar é bom, e faz bem pra saúde, tanto a física quanto a espiritual. Já ouvi alguém dizer que somente quem já morreu não sonha, ou seja, não possui projetos, expectativas, desejo de realizar algo novo. Todavia, você vai encontrar muita gente sem qualquer projeto de vida ou sonho a realizar, e bem viva... viva não, respirando.

Mas, viver resume-se a isso: acordar, levantar, comer, trabalhar e, novamente, deitar? Se esse é o seu caso, talvez você não esteja vivendo, mas apenas com o automático ligado, deixando a vida lhe levar. Tal qual aquela substância levemente marrom, a cortiça, você fica apenas boiando ao sabor do vento e das ondas, sem saber de onde vem nem para onde vai. A vida deve ser mais interessante do que isso, concorda?

Você deve ter percebido que uma das maiores causas de desistência é a falta de preparo para enfrentar as desilusões e decepções que a vida nos traz. Sonhe, mas continue com os pés no chão, não seja folha seca levada pelo vento: tenha tronco (estrutura) firme e raízes (convicções) profundas para não desistir na primeira ventania mais forte. Saiba também ser flexível: é melhor se dobrar um pouco, como o bambu, e depois retornar à posição original, do que se quebrar e ver seus projetos frustrados, talvez para sempre.

Há uma frase que gosto sempre de repetir: se as coisas não estão bem, persevere, pois o melhor ainda está por vir. Está difícil? É porque ainda não é o fim, pois o fim das coisas é melhor do que o seu princípio, é isso que diz aquela abreviatura lá do começo (Ec 7.8). Vai depender de você decidir quando chega o fim: ANTES de atingir seu alvo ou somente DEPOIS da conquista. Quebrou a cara, errou o alvo? Tente de novo, até acertar. Insista enquanto tiver forças para continuar.

Por que insistir, quando tudo diz que não, que não vai conseguir? Simplesmente porque vale a pena, em primeiro lugar. Em segundo, porque desfrutar o sabor da vitória é uma sensação inesquecível e... hum, inexprimível. Não sei dizer como é, só sei dizer que é muito bom sentir. Pode ser que você, depois de sentir, saiba expressar melhor esse sentimento cuja descrição me foge agora.

Bem, apesar de ser algo passageiro, pudemos ver que há coisas positivas

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no começo: o surgimento do sonho, o estabelecimento dos fundamentos necessários à continuidade do projeto, a reunião dos recursos capazes de sustentar o projeto em si, etc. Enfim, o começo não é ruim, por assim dizer, claro, para quem quer prosseguir. Então, se o começo é bom, e o fim é melhor, onde é que está o ruim, afinal? Isso mesmo, no meio. Entre o bom e o melhor, está o ruim.

Por que a maioria das pessoas desiste no MEIO? Por que é ali que as dúvidas acerca do êxito se concentram, o medo do fracasso se torna mais palpável. Muitos, também, preferem desistir nessa fase porque pensam que é mais fácil justificar, dizendo que, se tivessem continuado, teriam conseguido. É um pouco constrangedor reconhecer e confessar uma reprovação, desagradável mesmo. Mais de uma vez, uma reprovação me causou desagradáveis sentimentos de vergonha e humilhação, embora ninguém tenha falado nada ou me cobrado nesse sentido. A cobrança maior era a que vinha do espelho...

Optar por seguir batalhando, no MEIO, é assumir a responsabilidade de encarar um inimigo feroz e implacável: você mesmo. Você é aquele que mais se cobra e que menos fica satisfeito com os resultados. Em tese, claro, porque nem todos são assim. Todavia, muitos dos concurseiros que conheci, inclusive eu mesmo, tinham essa característica, que não é de todo ruim, pois você se obriga a melhorar cada vez mais. Entretanto, se ela não for bem dosada, pode trazer muitos malefícios, e estresse e ansiedade elevados são apenas os mais visíveis deles.

É no meio que acontecem os maiores embates, e somente vão dessa [fase] para melhor quem sobrevive ao MEIO. Neste momento, quero parar um pouco e trazer um breve esclarecimento sobre uma forma diferente de demonstrar minhas ideias, procurando simplificá-las, digo, simplificar sua assimilação pelos leitores.

Tentarei, a partir de agora, trazer informações e argumentos em forma de esquema para, em tese, propiciar uma melhor assimilação de conteúdo e lembrança dos ensinos, e que poderiam ser copiados por tópicos e relembrados mais facilmente. Poste seus comentários sobre o que achou da ideia, se tem alguma crítica ou sugestão para melhorar essa forma de comunicar informações.

Por que quem quer conquistar seus objetivos não pode desistir no meio do caminho? Porque:

É aqui que ocorre a fase crítica da aprendizagem, do treinamento. No meio é que se aprende a:

compartilhar recursos, ombro, ouvido. Às vezes, é nas mais ferrenhas batalhas que conhecemos os melhores companheiros; como gosto bastante de filmes com temática militar/combate, posso citar filmes como O resgate do soldado Ryan, Men of Honor ou a série Band of Brothers;

não desperdiçar tempo, recursos, oportunidades. O desperdício é um dos maiores inimigos da qualidade, e esta [a qualidade] é o ingrediente mais importante para se chegar a um resultado final satisfatório;

manter a esperança, o foco, objetivos e sonhos. Nada prova mais nossas convicções do que as adversidades e dificuldades, e se você conseguir sobreviver a isso, sairá mais forte, apto para maiores conquistas; para esse tópico, recomendo o belíssimo The Great Debaters, com Denzel Washington;

sobreviver com recursos escassos, poucas amizades e restrição de espaço. Quando os recursos são escassos é que aprendemos a valorizar o pouco que temos e descobrir formas de multiplicá-los; esse filme não é exatamente um retrato fiel do tema, mas tem muito a ver, e é muito bonito, independente de outro motivo, vale a pena assistir: Quase deuses.

superar limites, obstáculos, incapacidades. Superar-se somente é possível quando chegamos ao limite e somos desafiados a prosseguir, na maioria das vezes pensando que não vamos conseguir; apesar de ser um pouco romântico demais, Desafiando Gigantes ainda é um filme onde a superação de limites encontra boas razões para dividir a tela com os seres humanos.

É no meio que ocorrem as maiores experiências vividas por um ser humano, e é no meio que se experimenta:

coisas ímpares. Ímpares quer dizer incomparáveis (sem comparação com nada anterior), inéditas (jamais vividas, experimentadas, algo totalmente novo) e imprevisíveis (inesperadas, que causam surpresas, que trazem estupefação). Se você desistir, pode perder tudo isso. Não vai desistir agora, vai?

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coisas marcantes, ou seja impactantes (que “chacoalham” você), relevantes (coisas que são importantes, mas ainda não sabia disso) e “cicatrizes” (que são marcas, afinal, e todo batalhador tem suas marcas – ou cicatrizes – que contam suas lutas e vitórias);

coisas permanentes, aquelas que você jamais esquecerá, e cujas lembranças serão agradáveis e com sabor de quero mais; geralmente, quando pensamos em coisas marcantes, sempre lembramos de circunstâncias da infância, momentos agradáveis... ou não, vai depender de cada pessoa, mas eu gosto de me lembrar das coisas boas, e grandes vitórias, após lutas terríveis, sempre me trazem boas recordações;

coisas transformadoras, que serão um divisor de águas, um verdadeiro marco (que mudarão o curso da sua história). Foi no meio de uma experiência muito desagradável que experimentei a maior transformação que um ser humano pode viver: a conversão, que foi meu encontro pessoal e real com o Senhor Jesus, e minha vida pode ser contada também por essa perspectiva: Wallace antes, e depois de Jesus.

Por causa dos altos custos associados, a grande maioria não quer passar pelo meio, achando que existe um atalho para se chegar logo ao fim. Todavia, sem passar pelo meio, perde-se:

chance de crescer:

✔ emocionalmente. Já ouviu falar de inteligência emocional? De fato, para muitos, o fracasso não pode ser explicado pela simples junção de incompetência com falta de planejamento, mas sim pela deficiência em saber lidar com as próprias emoções. E como se aprende isso? Enfrentando – e vencendo – seus próprios medos e temores. E onde eles estão? Exatamente no meio do caminho entre você e seu sonho;

✔ individualmente. Quando se estuda, seja para concursos ou não, é praticamente essencial saber “se virar sozinho”, conquistar um certo nível de independência e autonomia para tomar decisões que irão impactar seu futuro, positiva ou negativamente, e, finalmente;

✔ coletivamente. Em que pese a necessidade de ser autônomo, autodidata e autoconsciente, ninguém consegue, em tese, conquistar seus objetivos de forma solitária. Pelo contrário, as grandes conquistas, principalmente aquelas que arrebatam nossos sentidos e lotam as bilheterias dos cinemas =o), são feitas de forma solidária.

chance de mudar:

✔ seus pensamentos. Há certas situações em que demoramos a aprender que devemos mudar nossa forma de pensar porque ela está, simplesmente, errada! Por que demoramos a perceber isso? Porque ninguém gosta de admitir que está errado, e isso, por si só, já é um grave erro. Sem ser confrontado com seus erros, que ocorrem no meio do processo, é difícil descobrir como corrigi-los e, a partir de então, acertar.

✔ suas atitudes. Um dos grandes traços de caráter é ter atitude, mas isso não quer dizer que todas sejam corretas, até porque ninguém acordou um belo dia e puft! tudo estava perfeito e acabado, e não havia nada de novo a ser aprendido. Ter atitude é importante, ter as atitudes corretas é o diferencial a ser buscado.

✔ seus objetivos. Se há coisas nesta vida que devem ser valorizadas são: objetivos e objetividade para se alcançar os primeiros. Entretanto, ter objetivos não é garantia de sucesso, se os objetivos não obedecerem a certos critérios: precisam ser corretos, atingíveis e ter razoável custo x benefício, entre outros. E é somente no meio que nossos objetivos são postos à prova, onde descobrimos se são os certos, se são factíveis e viáveis e se estamos dispostos a pagar o preço associado à sua conquista.

chance de aperfeiçoar seu(s):

✔ aprendizado. O ser humano tem uma forma toda peculiar de aprender: tentativa e erro. Diferentemente dos animais que, por instinto, já nascem praticamente andando e, nos

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casos de presas, correndo, os seres humanos nascem cegos, surdos e mudos. Bem, sobre o “mudos” há controvérsias, porque nenê que não chora quando nasce, apanha, talvez para aprender a chorar... entretanto, para depois mamar só chorando... entendeu a lógica? Nem eu. Enfim, para andar tem que cair primeiro, coisa lá para os 10, 12 meses de vida, se contar os nove nadando no útero, claro. Se você nasce aprendendo (às vezes, na porrada =o), por que agora querer desprezar esse processo construtivo de conhecimento, com medo dos tombos, necessários para se encontrar o ponto de equilíbrio?

✔ caráter. Lembra-se das atitudes, mencionadas há pouco, que têm tudo a ver com caráter? Abraham Lincoln, um dos mais admirados presidentes dos E.U.A., descreveu dessa forma o caráter: “Caráter é como uma árvore e Reputação como a sombra. A sombra reflete a imagem do que parece ser, A árvore é a coisa verdadeira”(1). Reputação pode lhe fazer ficar rico ou pobre. Caráter pode lhe tornar alguém feliz ou miserável (2). Há diferenças gritantes entre ser um bom concurseiro e um bom servidor. Feliz é quem consegue ser ambos, não necessariamente ao mesmo tempo e no mesmo espaço físico, claro.

✔ conhecimentos. Vencer na vida, um desafio. Adquirir conhecimentos para vencer na vida, uma necessidade inadiável e imprescindível. Como adquirir os conhecimentos necessários? Enfrentando desafios que forçam a saída do conformismo e a descoberta de alternativas criativas para situações complexas, ou seja, conhecer o novo, o diferente, o próprio desconhecido. Concurseiro neófito geralmente tem medo de aprender/estudar novas matérias, e isso pode se tornar um grave empecilho à conquista de seus objetivos, e adiar o enfrentamento dessas matérias novas só atrapalha, porque, na verdade, está-se jogando para frente um problema que só vai aumentar de tamanho com o tempo perdido;

✔ sentimentos. Essa é uma área diretamente ligada à inteligência emocional, e quando se cresce naquela área, inevitavelmente há um aperfeiçoamento dos sentimentos e emoções. Ter emoções melhores e mais saudáveis não significa que isso lhe garantirá aprovações em concursos, mas certamente uma vida melhor proporcionará. E só isso, meu caro, já vale a pena, pode ter certeza.

chance de se conhecer melhor e mais profundamente. Já dizia o dr. Sócrates, não o corintiano, mas o ateniense =o), “Conhece-te a ti mesmo”. Às vezes, saber que não sabe [algo ou alguma coisa] pode ser libertador: liberta da ilusão e traz, junto com o desconforto do conhecimento da própria ignorância, a vontade de mudar. Confrontado com o desconhecido, o ser humano vê-se diante do dilema: permanece na trevas (ignorância) ou caminha em direção à luz (verdade). Essa decisão é crucial e, óbvio, pode mudar, ou não, seu futuro.

Passar pelo meio significa sair do conformismo, da zona de conforto:

dos limites pessoais. Não sei se isso é tão evidente, mas o ser humano é, por definição, limitado (e acomodado). Não, não estou me referindo nem à imaginação nem à estupidez humana, como já dizia Einstein, entre outros. Refiro-me aos limites físicos, emocionais, etc., ou seja, aquelas fronteiras invisíveis, porém reais, que nos mostram o quanto somos humanos. Homens não têm asas, e, obviamente, não voam como os pássaros. Todavia, isso não foi empecilho para alcançarem a Lua, cuja conquista, aliás, acabou de fazer 40 aninhos. Entenda: ter limitações não significa que você não pode conquistar seus objetivos, apenas deve se esforçar e achar uma outra maneira mais criativa de fazê-lo, ok? =o)

dos projetos pessoais. A maioria das pessoas, ok, ok, uma boa parte das pessoas sempre se acha bem aquém do potencial atingível, orbitando um mundinho sem atrativos e perdida no meio de um universo monótono onde os sonhos não ocupam lugar. Quem poderia dizer que a descoberta da roda traria tamanho impacto à civilização humana? Se naquela época já fosse possível patentear a invenção da roda, eles seriam os primeiros milionários (ou qualquer coisa parecida com isso) da História, ou da Pré-História, sei lá! Você tem um projeto? Dimensione-o de modo que ele possa ultrapassar as fronteiras de sua circunferência umbilical, por maior que ela seja;

dos limites relacionais. Naturalmente, além dos limites físicos do ser humano, há os geográficos

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(atuação), familiares (relações), profissionais (influência), etc. E esses limites também precisam ser desafiados, e vencidos. Como? Observe e aprenda: você me conhece? Nem eu a você. Talvez jamais venhamos a nos conhecer, mas, cá estamos nós a trocar interessantíssimas ideias, dialogando animadamente e, se você é uma pessoa normal como eu... anhan, normal como a maioria das pessoas comuns (sim, foi um pleonasmo, e foi intencional =o), já deve ter dado, no mínimo, algumas risadinhas abafadas, pra não chamar – muito – a atenção. Percebe? Ultrapasse seus limites, de forma responsável, claro, mas avance em direção ao horizonte, até onde puder ir. Sempre existe alguém que precisará ou apreciará ouvir suas experiências.

Espero que sua viagem até aqui tenha sido agradável. Para mim foi. Às vezes, escrever é como um parto, mas, depois de nascida a criança, vem a alegria, o chororô, as fraldas, noites mal-dormidas, hum... melhor parar por aqui =op.

Vale a pena passar pelo meio, pois é na área do meio que aprendemos e somos capacitados a ver além das fronteiras conhecidas, a conquistar novos territórios.

Como alguém que já atravessou esse deserto, e saiu vivo para contar a história, escrevo como incentivador e torcedor para que você também consiga. Você está no meio, mas ainda não é o fim, portanto, persista.

Veja o exemplo de um amigo meu: fez uma excelente prova objetiva, mas derrapou na discursiva, o que lhe custou ver seu nome na lista inicial de aprovados, ficando entre os reservas. Dos que estavam na sua frente, dois passaram em outro concurso e abriram espaço para ele, que seria convocado numa eventual chamada de 50% das vagas. Para seu azar, numa decisão inesperada e de última hora, chamaram o pne (portador de necessidades especias) na sua frente.

Ele ficou arrasado, e com razão (você não ficaria?), depois de acalentar o sonho de assumir o cargo de seus sonhos... estava aventando entrar na justiça, e etc., mas eis que, no apagar das luzes, algo improvável acontece: uma candidata em sua frente abdica da vaga para trabalhar em outro órgão ganhando quase 50% menos! Claro, reduzir isso assim torna a coisa mais inacreditável ainda, e há outras variáveis envolvidas, pois ela deve ter tido seus [bons] motivos para tal, mas o fato não deixa de ser espantoso. Meu amigo fez jus ao apelido que escolheu no fórum: “chego lá”. Esse sabe que o fim só é fim quando o que é melhor acontece conosco.

=o)

Aquele abraço.

(1) Texto adaptado e extraído do Livro “Empowering Leadership”. Dr Anthony D´Souza, Haggai Institute for Advanced Leadership Training. (tradução livre)

(2) Texto recebido pela internet por meio de um grupo de mensagens diárias, denominado “Regional”, hospedado no www.grupos.com.br.

Postado em: http://wallysou.com/2010/02/26/ainda-nao-e-o-fim/

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Deixando o passado para trás

Estudando a lição 11 da CPAD para a EBD, deparei-me com este fragmento de texto, no final da conclusão da lição, ou seja, nos finalmentes do frigir dos ovos (risos): "vai-te em paz e não peques mais", de João 8.11. Quero deter-me unicamente nessa pequena frase que requer complemento: Vai-te. E vou completá-la para você.

Sabe o que me chamou atenção nisso, nesse versículo aparentemente desprezado no meio de tantas coisas que ouvimos hoje em dia? É que encerram-se, nessa antiga frase de poucas palavras, valiosas lições para as pessoas de hoje, quais sejam:

1. Vai-te significa, em primeiro lugar, deixe seu passado para trás.

Você já parou para pensar na situação daquela mulher, e o estigma que ela iria carregar dali por diante? O de uma mulher adúltera, em meio a uma sociedade permeada pela hipocrisia, ela era a vítima perfeita para tampar o sol com a peneira, jogando uma cortina de fumaça para tentar ofuscar a decadência moral dos fariseus e outros eu's que viviam por lá.

Todavia, quando Jesus lhe disse "Vai-te", Ele simplesmente disse "mulher, eu sei porque você foi apanhada, e porque foi trazida aqui, e como vão tratá-la daqui por diante, mas quero que saiba que perdoo você e, ao invés de carregar a cruz pesada dos fariseus, carregue meu fardo leve de perdão e amor". Ela podia escolher entre ser conhecida como a adúltera dos fariseus e a perdoada por Jesus. E você, qual das opções escolheria? Deixaria o passado para trás ou seguiria carregando o ódio e desprezo dos outros nas costas?

2. Vai-te significa, em segundo lugar, avance.

Quantas pessoas há que têm se deixado levar pelas agruras da vida e parado no meio do caminho e, às vezes, no meio do Caminho também. Pode ser o seu caso, pode ser o caso de algum conhecido seu que, desfalecido pelo peso da culpa, sucumbiu no meio de seus projetos e caiu, desfalecido, à beira da estrada da vida.

Eu sei bem que não é fácil avançar, e até já escrevi um texto difícil, não tanto de escrever, mas de viver a experiência para, depois, contá-la. Você pensa que eu também já não desisti? Ledo engano o seu, já desisti sim, e como Davi, publiquei meu pecado em verso e prosa, para ser lido e discutido aqui. Está difícil continuar carregando esse peso? Que tal deixá-lo ao pé da cruz e continuar em Seu Caminho?

3. Vai-te significa, em terceiro lugar, não pare.

Parece a repetição do anterior, não é mesmo? Mas, não é a repetição, e sim a continuação. Sabe por quê? Porque paramos aos poucos de avançar, até pararmos por completo. Desse modo, mesmo que você esteja caminhando lentamente, achando que não está saindo do lugar, não pare, continue. Respire, inspire, expire. Viva, enfim.

Essa é outra grande tentação que aflige as pessoas atualmente: parar. Se eu fosse uma pessoa renomada e diplomada, com a envergadura intelectual de um Mira y Lopez, que escreveu os 4 Gigantes da Alma, escreveria sobre As Grandes Tentações da Alma. Como cristão, tenho o medo sob rédeas, já que conheci o Amor e o Amor, quando invade nossos corações, a primeira providência que faz é expulsar o medo (1 João 4:18). Você já deve ter ouvido aquela batida frase: "devagar e sempre", não é mesmo? Pois vou bater, de novo, com ela em sua cabeça dura: Não pare! Entendeu ou que que eu desenhe?

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4. Vai-te significa, em quarto lugar, não desista.

Se você parar, mesmo sob a desculpa de "descansar, refazer as forças", o primeiro sentimento que vai assaltá-lo será "Desista, você não vai a lugar nenhum mesmo! Você nunca foi ninguém na vida, por que quer mostrar pros outros o que não é? Jogue tudo pro alto e desista dessa idéia ridícula de que você vai vencer!". Se você parar, vai acabar desistindo, justamente porque estará dando ouvidos a essas vozes que querem convencê-lo(a) de que não é capaz e que é perdedor(a).

Ora, se essas vozes que ficam buzinando esses excrementos em seu ouvido, confundido-o com latrina, se essas vozes tivessem mesmo a certeza de que você é perdedor(a), por que ficar perdendo tempo tentando convencê-lo(a) disso, se o próprio tempo se encarregaria dessa missão, mais cedo ou mais tarde? Capice, caiu a ficha? Exatamente, essas vozes têm medo do seu sucesso, do seu êxito, e sabem que você tem potencial para chegar lá e, por isso, ficam a todo momento querendo derrubá-lo(a), deixá-lo(a) down, pra baixo, porque o seu esforço, o seu sucesso e sua atitude de não entregar os pontos as incomoda.

Não desista, pois se até os que dizem que você não vai conseguir acreditam que você pode, porque você não pode crer em seu próprio potencial para o sucesso?

5. Vai-te significa, em quinto e último lugar, siga em frente.

Mover-se não quer dizer que você está seguindo adiante, para frente. Pode ser que você tenha, simplesmente, desistido e decidido voltar atrás, ao invés de deixar o passado para trás, não é verdade? Sim, há muitas pessoas que desistiram, entregaram os pontos mas não estão paradas. Elas estão... voltando. Preste atenção no que vou lhe dizer agora: nós não sabemos ao certo onde é a linha de chegada, e ela pode estar mais próxima do que você pensa, logo após a próxima esquina, e você nem desconfia. Se você parar e desistir agora, nunca saberá se a próxima esquina lhe reservava uma agradável surpresa.

Quando eu estava estudando para um concurso difícil (analista administrativo - MPU2006), senti-me tentado a parar, a jogar tudo pro alto e desistir... E em um certo dia, essa tentação bateu mais forte, quando eu me encontrava bem fragilizado, e cheguei mesmo a considerar abandonar a corrida pouco tempo antes de ela terminar. Naquele dia de provação insuportável, decidi que iria até o fim, desse o que desse, custasse o que custasse. Se aquele concurso era uma batalha, eu morreria como guerreiro: lutando.

Então, nesse mesmo tempo, alguém me enviou uma mensagem com o assunto "não desista", e uma frase que me marcou foi: "você nunca sabe quão perto está da linha de chegada, se perto ou longe, e pode estar mais perto do que pensa. É nos momentos mais duros da batalha que devemos dar os golpes mais fortes. Não desista" (estou escrevendo de cabeça, ok? Mas, se quiser, pode lê-la no original clicando aqui).

Quer saber o resultado, se fiz a escolha certa? Continuei estudando, ainda que capengando, tropeçando e levantando, mas fui até o fim e fiz a prova. Quando o resultado foi anunciado, lá estava meu nome em primeiro lugar na lista local. Como se isso fosse pouco, tive o indescritível e honrado prazer em me ver entre os 5 primeiros colocados a nível nacional, para aquele cargo, aquele mesmo que eu pensei em desistir...

Quem sabe, caro leitor(a), você está lendo essas linhas movido pelo mesmo sentimento de impotência que me acometeu há 4 anos, e é um candidato em potencial a se tornar mais uma vítima do fracasso pelo simples fato de desistir ANTES de a batalha encerrar. Se você não tiver mais NENHUM motivo para seguir em frente e parar por aqui mesmo, estou lhe dando um.

Enxugue as lágrimas, engula esse nó da garganta e saiba: você não chegou aqui por acaso. Escrevi essas palavras pensando em você, e você sabe que elas têm destino certo: animar seu sofrido coração, e restaurar suas forças e lhe dar novo ânimo (vida). Sinta esse sopro de vida se derramando sobre você e levante-se dessa cadeira convicto de que é possível reverter esse quadro. Eu creio nisso, e você, por que não creria?

Agora, quero lhe pedir um favor: sabe, eu escrevo por prazer e (ainda, porque não descobriram meu talento... risos) não ganho por isso. Então, às vezes, bate aquela desmotivação natural, que você deve conhecer bem, talvez em outro sentido, mas comigo é assim: "puxa, quase ninguém comenta, quase não tenho retorno, será que ninguém gosta, será que ninguém é beneficiado com o que escrevo?".

Sim, eu também sou de carne e osso (hoje mais carne que osso, quando mais jovem, era mais osso do que carne, mais isso é outra história...). Já venci muitas batalhas, é verdade, mas não estou imune às provações, assim como você, eu também tenho meus dias de dúvidas, incertezas e angústias. E como você pode me ajudar a continuar escrevendo? Comentando, se REALMENTE gostou e se isso o ajudou, de alguma forma.

Bem, pode ser que as pessoas venham comentar dizendo que eu tenho que PARAR de escrever... risos. Mas, faz

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parte né? Então, se você conseguiu chegar até aqui, espero vê-lo nos comentários, certo?

Deus te abençoe.

Soli Deo gloria.

Desafiando os limites do fracasso, no blog Desafiando Limites.

Postado em: http://wallysou.com/2010/12/09/deixando-o-passado-para-tras/

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Existe, de fato, vida após a posse?2ª edição

Talvez você tenha chegado até aqui movido pela curiosidade do título, acertei? Realmente, a curiosidade humana é uma força muito poderosa, desde a mais tenra idade. Que o digam pais, avós, tios, etc., tentando ensinar – em vão – a pequena criança a não enfiar o dedinho na tomada. Atiçar a curiosidade do leitor justamente com o título é uma das maiores armas que um escritor pode se utilizar para atrair leitores. Nem sempre se consegue, e, mesmo se houver êxito nessa tentativa, não é garantia de sucesso. A curiosidade é uma faca de dois legumes, visto que, se o conteúdo não for de qualidade, e não trouxer satisfação ao leitor, a decepção é certa e ele se sentirá enganado.

Mas, por que esse título? Obviamente você já percebeu que ele é um trocadilho, ou seja, um jogo de palavras com a conhecida pergunta “existe, de fato, vida após a morte?”. Sua origem remonta aos tempos de minha preparação (e posterior aprovação) para o concurso MPU2007 quando, lembrando-me de minha promessa para mim mesmo “Vou estudar e só pararei quando passar em um bom concurso!”, lancei meu slogan “Apaixone-se pelo estudo, case-se com ele e seja feliz até que a posse os separe”. Lembrei-me da promessa que fiz à minha esposa, em meu casamento, de honrá-la e amá-la até que a morte nos separasse, e adaptei-a à vida de concurseiro.

Nesse concurso MPU2007, minha aprovação se deu além do que eu imaginava: 1º estadual e 5º nacional, porém era cadastro-reserva. Pense em uma decepção eu não ter sido convocado. Mas, foi melhor assim, pois se tivesse sido chamado, dificilmente teria me esforçado o suficiente para poder passar no concurso CGU2008, onde precisei superar grandes deficiências e limites pessoais para lograr êxito e estar aqui incentivando-o a fazer o mesmo: superar-se.

Bem, e chegou esse dia fatídico, mas estou falando da posse, é claro. E passado esse portal que separa a vida de sofrimentos e agruras que todo concurseiro enfrenta, até chegar na vida eterna, digo, estável, posso comparar o antes (estudos) e o agora (céuviço público =o) e dizer se valeu a pena ou não sofrer tanto para chegar até aqui. É provável que essa seja a segunda maior dúvida (a primeira é se vai conseguir passar dessa vez) na mente de todo concurseiro: vai valer a pena todo o esforço, depois que eu passar, tomar posse e entrar em exercício, ou será uma grande decepção?

É possível alguém se decepcionar no serviço público, mesmo ganhando acima de 2 dígitos mensais? Sim, pode. E os motivos são simples: primeiro, por causa de uma idealização do serviço público ou do órgão em si. Não existe lugar perfeito para se trabalhar, simplesmente porque não existem pessoas perfeitas. E você vai trabalhar com pessoas. Segundo, se estiver visando apenas aos cifrões do contracheque. É fato: ganhar R$ 10 mil ou mais por mês não é garantia de satisfação profissional. Não acredita? Mas, é a mais pura verdade. Resumindo, não estude para passar em um concurso tendo unicamente como motivação o salário, pois isso poderá lhe trazer grande decepção. Procure conhecer o órgão, sua missão institucional, atribuições do cargo, etc., para mitigar esse risco.

Poderia ainda ser dito que algumas pessoas têm um certo receio do trabalho desenvolvido no setor público, que vai depender diretamente das atribuições do órgão e do cargo em si, mas, posso lhe assegurar que a figura lendária do “assistente de carimbador” está em extinção acelerada. E quem vem da iniciativa privada pode – e deve – trazer muitas experiências úteis, e estar preparado para aprender muita coisa nova, às vezes maçante, outras emocionante, principalmente quando você descobre o fim e o resultado de seu trabalho.

Outra coisa, embora seja um serviço, teoricamente, mais tranquilo, não quer dizer “vida boa”, principalmente se você não quiser ser apenas mais um, mas sim trabalhar por um Brasil melhor. E essa deve ser uma das principais motivações de um concurseiro: contribuir para um país melhor. Assim, além de você mesmo ter um futuro melhor, estará contribuindo para melhorar o futuro de seus pais, irmãos, filhos, vizinhos, etc. Nunca é demais lembrar: servidor público é alguém que SERVE, e isto se dá em vários sentidos: que é útil, necessário, adequado, prestativo. Tenha isso em mente agora que você ainda é concurseiro para que não venha a se tornar um inservível após ser empossado, ok?

Agora confesse: ser concurseiro é complicado, não é? Talvez, por isso, a maioria das pessoas não consiga entender a vida de um concurseiro – nem nós mesmos, às vezes, conseguimos -, afinal, quando lhe

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perguntam o que você faz e você responde: “eu SÓ estudo”, a pergunta seguinte é: “só isso, você não faz mais nada além disso?”. Como se sobrasse tempo e disposição para fazer algo mais depois de um dia TODO estudando... Lembro-me de um dos questionamentos (indiretos) feitos quando pedi demissão para estudar: “por que ele não pediu demissão DEPOIS de passar no concurso?”. Poucas pessoas entendem que, dependendo do concurso, dedicação integral, total e irrestrita aos estudos é o mínimo que se exige para quem quer ser aprovado.

Tomo por empréstimo o exemplo (real) de um colega, com a devida autorização: ele acordava às 6h para estudar, e tinha uma parada estratégica por volta das 7:30h, para um passeio cachorrístico. Depois disso, retornava ao batente e tinha outra parada lá pelas 17:30h, quando não suportava mais ver livro na frente, então novamente saía com seu fiel escudeiro em busca de vida inteligente fora das apostilas. Ele me disse que era seu momento de lazer, mas desconfio que era o momento de lazer de seu cachorro, não dele. Ele realmente precisava passar com urgência em um concurso. =o)

Entretanto, esse horário de puro espairecimento mental coincidia com a saída/chegada das pessoas “normais” para/do trabalho. E como somente o viam nesses horários, nessas duas ocasiões, ficava a impressão que a única coisa que ele fazia era servir de guia para o cachorro... oh, vida, oh azar. Chegou ao cúmulo de, um dia, alguém lhe dizer: “meu filho, você não acha que está passeando demais com seu cachorro não? Você faz o que na vida? SÓ estuda? Não dá para trabalhar também não?”. Você está rindo, né? Reconheceu-se na foto, foi? Pois é, e ainda tem gente que pensa que ser concurseiro é moleza.

Sejamos francos, isso é vida? O que faz alguém, em sã consciência, querer esse tipo de vida? Ok, ok, retiro as palavras “sã” e “consciência”. Essas duas palavras, associadas a um concurseiro, em um mesmo texto, não parecem combinar muito. Bem, mas por que alguém opta por viver assim? Esperança de uma vida [futura] melhor, claro. Não é isso que o motiva agora? Era o que me motivava: VIDA após a posse.

Logo, para se saber se existe mesmo vida após a posse, é necessário saber quais requisitos são exigidos para alcançá-la, pois essa está reservada apenas aos escolhidos (ou aprovados, eleitos, como queira), não para qualquer um. Você já ouviu falar da história de uma tal “porta estreita, caminho apertado”? Sim, eu sei, aquela história é para quem quer chegar ao Céu de verdade, não ao cargo almejado, mas me permita tomar por empréstimo a frase para utilizá-la como ilustração de minha vida ANTES da posse (concurseiro) e agora DEPOIS da posse (servidor).

A porta estreita e o caminho apertado representam uma vida de renúncia, de abnegação e sofrimento, em troca de algo melhor no futuro. O sentido original da história, e a promessa de seu autor (não eu, mas Ele), era de que todo aquele que fosse até o fim, no final, iria receber a recompensa. Seguindo a mesma linha de raciocínio, inclusive isso é ponto pacífico entre concurseiros e professores: quem perseverar até o fim será aprovado. Mesmo se estiver estudando de forma incorreta, não desistindo, terá a oportunidade de se corrigir e, afinal, conquistar seu objetivo.

Mas, por que ainda estamos falando sobre ANTES da posse, se o tema é justamente APÓS a posse? Em que pese eu já ter atravessado esse bendito portal, a esmagadora maioria dos que estão lendo este texto encontra-se exatamente do lado de lá, correto? E, na tentativa de incentivá-los a não desistir, é que ainda martelo nesse ponto: é aí, desse lado, que se constroem os fundamentos das recompensas que serão usufruídas aqui.

Agora que falamos um pouco sobre esses assuntos maçantes e marcantes, todavia extremamente necessários, podemos falar um pouco sobre a vida APÓS a posse, propriamente dita. Para ser sincero, eu gostaria de ter mais o que dizer sobre isso, mas, como recém-ingresso nessa nova vida, ainda não pude adquirir know-how suficiente para detalhar como é a vida após a posse. Outra coisa que deve ser dita é que não estou com a menor vontade em apressar esse processo, preferindo saborear esses momentos lentamente, como se degustasse um fino chocolate e o deixasse derreter na boca. =o)

Todavia, para não deixá-lo frustrado, ou pelo menos diminuir a frustração, vou novamente me valer do testemunho de meu colega, amigo já, que, apesar dos passeios caninos, passou em 1º lugar para um excelente concurso, mesmo nível que o meu. Ele sim sabe o que é vida após a posse, tendo em vista seu histórico anterior. Ele me confidenciou que tinha uma “mesada” de R$ 180,00/mês para “lazer”. Não, não, passear com o cachorro era “de fora à parte”. Como esse gordo orçamento era para TODO o lazer, e lhe cabia a obrigação de presentear sua namorada em datas estratégicas, de 6 em 6 meses (junho e dezembro, ou seja, dia dos namorados e natal), ele ficava economizando na entressafra para poder cumprir com seu dever cívico a contento nas datas aprazadas.

Ah, tem mais: as saídas eram sempre no perfeito estilo cavalheirístico inglês “fifty-fifty” (50/50),

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traduzido por “rachamos meio a meio, tá bom assim pra você?”. Uma vez tentei utilizar esse aprovadíssimo sistema com minha esposa, na época ainda nas fases iniciais de levantamento de dados, err... quero dizer “nos conhecendo”. Quase fui reprovado, e nem tinha edital rodando na praça ainda... Dura essa vida de concurseiro, viu! E agora, como está esse meu colega, ainda passeando com seu companheiro peludo? =o)

Bem, além de estar com uma “mesada” ligeiramente maior, que tem a parte ruim de assumir os outros “fifty” (50%), em seis meses já viajou para seis lugares diferentes, conhecendo coisas novas. Acho que era para compensar a fase de “isolamento”. Só não perguntei se o cão foi junto... não, acho que não... isso era coisa da vida ANTES da posse, esquece. Embora isso seja muito legal e gratificante, não é o principal. O que é, então? A realização profissional. Isso, meu caro leitor e concurseiro [sofredor], não tem preço, embora um salário atrativo torne as coisas bem melhores, claro. :o)

Você já deve ter percebido, caro leitor, que VALE a pena batalhar com afinco para poder, um dia, adentrar à vida estável. E afirmo: vale sim, com certeza. Como algumas pessoas gostam de citar, é uma mudança praticamente da água para o vinho, do cativeiro para a liberdade. Para alguns é a sonhada independência financeira, para outros a independência das apostilas, e para outros ainda é a satisfação de poder dizer que “chegou lá”, que conquistou seus objetivos, embora varie de pessoa para pessoa o objetivo conquistado.

Digamos que passar em um concurso – e ser empossado, claro – é tão somente o início de um processo que culmina em uma fase de novas e extasiantes descobertas, quando passamos a viver experiências inéditas. Como alguém que ainda se encontra descobrindo os sabores e cores dessa vida APÓS a posse (e adorando o processo =o), é lícito afirmar que todo e qualquer esforço será válido e recompensado quando o objetivo for alcançado.

Portanto, ainda não é o momento de jogar a toalha, pelo contrário, é momento de suar ainda mais e redobrar os esforços para, finalmente, poder se dar ao luxo de descansar após a vitória, saboreando cada momento da tão desejada VIDA após a posse.

Publicado em: Existe, de fato, vida após a posse?

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Concurseiro – Licença para Passar

Tenho que confessar: esse post teve 2 inspirações

1- um texto de Max Gehringer, que vi num post do Cristão Confuso;

2- um sonho, onde me via tendo idéias ótimas sobre escrever textos concurseiros baseados em filmes de James Bond, o 007

No sonho, eu me via tendo aquelas idéias fenomenais, e eram 3 posts, e sabia que iria esquecer quando acordasse, então escrevi em algum lugar, no sonho, as idéias, para posterior aproveitamento. Todavia, ao acordar, não achei o papel que usei para escrevê-las, no sonho. Deveria ter me mandado um email ou deixado um scrap no orkut…

Realmente, ando com a cabeça nas nuvens! =o)

Assim, sobrou apenas essa, que, devo confessar de novo, é muito inferior à original do sonho, mas não lembro dos detalhes, infelizmente, e já me convenci que não vou achar o papel nem sonhando.

Mas, vamos ao que interessa: o que significa Licença para passar? Todos devem conhecer o filme License to kill, com Timothy Dalton. Nele, o agente 007 se mete em mais uma enrascada para vingar um amigo vítima de um poderoso traficante, então… é melhor você ver o filme, ou não! =o)

Sobre o texto citado acima, o conhecido e aclamado escritor Max Gehringer faz alusões a coisas meio absurdas no mundo empresarial, tais como exigir uma qualificação altíssima para funções medianas, frustrando, em seguida, os eleitos. O texto é muito bom, e vale a pena a leitura. Mas, é no final dele que tiro a lição de ouro para quem estuda para concursos:

Muitos querem fama, querem poder dizer que estudam nesse ou naquele cursinho, que compraram os livros de fulano e beltrano, que o professor deles é sicrano, etc. Mas, e no fim disso tudo? Não passam, e ficam alimentando esse círculo vicioso e deprimente onde a aparência tomou o lugar da essência, e os fins cederam espaço aos meios. Pra quê? Pra nada… nada de importante.

Fazendo o link entre o filme e o texto: no filme, 007 renuncia a suas credenciais porque elas já não o ajudavam a realizar seu trabalho (sem entrar no mérito desse trabalho), e abre mão de todo o seu prestígio para atingir, literalmente, seu alvo. No texto, Max (perdoe a intimidade, Max, ok?) demonstra que, no fim, o que importa não é o candidato que impressiona, mas o que soluciona.

E o que isso tem a ver com concursos? Tudo! Bem, quase tudo. Do filme, fica a lição de que fama e prestígio conquistados em concursos anteriores não garantem aprovação em novos concursos (eu já passei por isso), e o importante é manter o foco e não perder de vista seu alvo (desc. o trocadilho, mas foi inevitável =o). Do texto, extrai-se que o que vale mesmo não é o resultado do simulado ou a matrícula do cursinho chique, mas se a mão treme ou não na hora de marcar o gabarito.

Por isso, caro colega e concurseiro “sem pedigree”, não se afobe se você não estuda nesse ou naquele

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cursinho, mas se arvore na convicção que está fazendo o seu máximo e, no fim, é isso o que importa: ver seu nome na lista dos eleitos, destacando-se naquela tinta preta e papel crespo do DOU. O resto, é resto.

Se alguém quiser te convencer do contrário, tentando atrasar seu passo em direção a uma das vagas tão sonhadas, dê uma olhadinha de lado e peça Licença para Passar!

Postado em: http://wallysou.com/2010/06/08/concurseiro-licenca-para-passar/

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E a fila anda... mas somente para os primeiros

Todo concurseiro que se preza almeja realizar dois grandes sonhos: o primeiro, claro, é o da aprovação. O segundo, que depende diretamente do primeiro, é o da realização. Realizar-se como profissional, como cidadão e, claro, como pessoa. Nesse sentido, o cargo público é um dos meios de se conquistar esses objetivos.

Nesse aspecto de realização pessoal, poderiam ser dados vários exemplos, todavia, vou citar apenas um: férias. Após angariar várias aprovações em diversos concursos, médios e bons, embora com poucas nomeações, chegou finalmente a chance de poder dar continuidade aos projetos em stand by. Se há algo que mina nossa resistência é quando não vemos as coisas acontecerem. Deixar sonhos e projetos em pausa é, ainda, uma das grandes causas de frustrações ao longo do tempo. Segredo para vencer isso? Persistência e paciência.

Mas, vencido esse primeiro passo, o da aprovação, começamos a planejar as tão sonhadas férias. No meu caso, distante de minha terrinha natal há quase uma década, é normal haver um misto de sentimentos saudosistas e ansiedade tentando ocupar o mesmo espaço, ao mesmo tempo, dentro de um coração acelerado. Lembre-se disso nas horas em que for tentado a desistir: tenho um objetivo à frente, não posso parar, o prêmio compensa! E afirmo: compensa mesmo. Após a fase das necessárias adaptações, você verá que a recompensa pelo esforço despendido é muito gratificante.

Talvez você esteja se perguntando o que tem a ver férias com fila, não é mesmo? Calma, chegaremos lá. Por enquanto, desfrute um pouco desse sentimento de antever a conquista, de realizar seu sonho. Use-o como combustível para prosseguir avante e não desistir. Se há uma coisa que aprendi nesses exaustivos anos de estudos para concursos é: não desperdice oportunidades de viver bons momentos, porque os maus, meu caro colega, esses vêm sem pedir licença nem passagem. E, se deixarmos, destroem nosso ânimo e matam nossos sonhos. Não permita isso, é tudo uma questão de escolha; escolha avançar.

Agora voltemos à fila. Fila, aliás, é uma coisa que tem tudo a ver com concursos. E fila também é algo dinâmico, ou pelo menos deve ser. =o) Existem filas e filas, algumas mais rápidas, outras mais lentas, mas, tal qual a história da grama do vizinho ser sempre mais verde, não importa quantas filas haja, a sua sempre será a mais lenta. O porquê disso, infelizmente, ultrapassa os limites de minha pobre mente limitada. Então, tire seus olhos da fila e mire-os em seu objetivo, assim não perderá o foco nem ficará tão vulnerável ao desanimus desistantis, uma doença corriqueira que ataca, principalmente, concurseiros.

Há dois tipos de atitudes que, figurativamente, chamarei de dois países diferentes: um chamado Fracasso e outro chamado Sucesso, que serão abordados de forma mais detalhada em um outro artigo. O mapa desses dois países aponta duas estruturas bastante similares, embora antagônicas, dividindo quase a mesma área geográfica: uma maternidade ao lado de um cemitério. A diferença mais marcante entre eles é a escolha que seus habitantes fizeram de como utilizá-los: no país Fracasso, decidiu-se enterrar sonhos e alimentar pesadelos.

Já no Sucesso, pensou-se diferente: enterram-se os pesadelos e alimentam-se os sonhos. Se você pudesse visitar o cemitério dos sonhos do Fracasso, veria estampadas nas lápides a causa mortis de

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muitos deles: uma pequena infecção causada pelo desânimo, que evoluiu para uma séria crise de desesperança e culminou com uma parada cardio-respiratória por desespero generalizado no sangue.

Apesar de não parecer, a morte dos sonhos está intimamente ligada, quem diria, ao nascimento dos pesadelos. Na maternidade dos pesadelos, você iria descobrir que muitos dos ingredientes necessários ao seu surgimento estão indiretamente ligados à morte dos sonhos. É porque a maternidade funciona ao lado do cemitério, e um se alimenta dos resíduos do outro, formando um verdadeiro círculo vicioso. Observe: o pesadelo nasce com ansiedade desenfreada, cresce com ausência de esperança – um antibiótico natural para ele – e chega à maturidade alimentando-se do desespero. Ou seria o desespero que se alimenta do pesadelo? Parece uma relação quase simbiótica.

Ah sim, férias e fila, quase me esqueci! Foi assim: como disse antes, marquei minhas férias com o objetivo principal de matar a saudade. Eu poderia ter usado várias frases, inclusive as mais bonitas, mas nenhuma delas iria traduzir de forma tão enfática o sentimento que preenchia meu coração. Estudar para concursos nos remete a uma encruzilhada padrão: ou você desiste – não importa se logo ou longe -, ou deixa seus sonhos em pausa para vivenciá-los após a conquista do tão almejado objetivo. Por isso eu disse, e repito: use seus sonhos como combustível nessa longa jornada rumo à aprovaçãouse seus sonhos como combustível nessa longa jornada rumo à aprovação . Raras são as vezes em que essas viagens são curtas e, em concursos de grande porte, eu diria que quase inexistentes.

Como todo desejo represado por longo tempo, essas férias tinham tudo para serem especiais. E foram mesmo, do início ao fim. Os dias passaram-se ligeiros, com tantos lugares e pessoas para serem visitados e muita coisa nova a ser descoberta. Mas, enfim, eis que chega o dia da volta. Geralmente, o fim das férias é mais maçante do que o início ou mesmo o meio, mas, dessa vez, foi diferente. A emoção estava reservada para o final. Saí da casa onde estava hospedado com o tempo espremido para o voo, ou seja, sem margem para algum imprevisto. E, como todo bom imprevisto, ele sempre acha de aparecer quando faz mais estrago, quando menos esperamos. E, no meio do caminho, havia uma pedra, digo um engarrafamento causado por um acidente de trânsito. Você já passou pela angústia de estar impotente e ver as coisas paradas, e o tempo correndo, sem poder fazer nada, ou quase nada? Pois é, foi assim mesmo que aconteceu comigo.

Ao chegar ao aeroporto, tempo estourado, deparo-me com um salão abarrotado de gente querendo exatamente o mesmo que eu: viajar de volta pra casa. Fim do período de férias, pós Ano Novo, em um aeroporto de capital turística nordestina, por que eu me surpreendi tanto com aquela cena? De fato, eu não estava preparado para aquilo, muito menos para o que se seguiria: obtive apenas e tão somente a curta frase que marcou o resto do dia – “o voo foi encerrado, só outro agora, se tiver alguma vaga sobrando...”. Lição? Não perca o voo, é uma experiência deveras desagradável, semelhante, em parte, a chegar atrasado para uma prova de concurso e os portões já estarem fechados. Quem já passou por isso sabe o quanto é frustrante e decepcionante.

Por aquela eu não esperava. É aqui que começa minha experiência, mais uma, desagradável com filas. Já havia me atrasado antes para um voo, mas nunca havia perdido um. É, meu amigo, mas pra tudo tem uma primeira vez. E, sem trocadilho, as primeiras vezes geralmente são as mais difíceis e doloridas: o primeiro mergulho sem saber nadar (pode vir, eu te seguro... glub, glub, glub), o primeiro tombo, digo passeio de bicicleta (é só pedalar e aprumar o guidão, não tem erro... crash, bum, ai, ui), a primeira reprovação em concurso (bom, pelo menos pra mim, todas doem quando você quer ou precisa muito passar...).

Senti na pele aquilo que antes só via de longe: o caos aéreo. Entretanto, esse caos foi bem particular pra mim, além de umas poucas pessoas que também perderam o avião por causa do dito acidente. Após mais uma tentativa frustrada, o conselho: “venha amanhã cedo que tentaremos encaixar você no próximo voo”. Levantei 5h da matina e, antes das 6h, lá estava eu no balcão do aeroporto. Em 7º lugar. Sim, haviam dormido no aeroporto (os seis primeiros), e eu, no ponto. O desenrolar disso, graças a Deus, é de um final feliz, mas não sem alguma dor-de-cabeça, e de pouca importância para o tema concursos, mas é justamente daqui que quero tirar as grandes lições para a vida dos concurseiros, coisas básicas, mas que podem mudar seu destino: o que aprendo com as filas.

Fila, nada mais é do que um desequilíbrio na equação oferta x demanda, ou seja, muita gente

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querendo algo escasso ou reduzido. Na época do auge do comunismo, filas eram comuns em padarias e açougues. Onde nasci, no sertão nordestino, nos terríveis anos de seca, havia filas para poder pegar água. Apesar de a situação ter melhorado sensivelmente, ainda há bolsões de dificuldade em certos rincões do Nordeste. Outro dia, ouvi uma pessoa contando que, onde ele já havia morado, a falta d'água era tão intensa em determinadas épocas que uma lata d'água (cerca de 20 litros) servia para seus dois filhos se banharem, depois sua esposa e, por fim, ele. Após todo esse processo, essa água ainda era reaproveitada para outro fim não especificado. Claro, essa é uma situação extrema, mas você pode imaginar a disposição de uma pessoa nessa situação em enfrentar uma fila por água?

Muitos outros exemplos de filas poderiam ser dados, mas, a fim de evitar cansá-lo dessa tortura de ficar se imaginando vendo – ou vivendo – no meio de tantas filas, vou poupar os detalhes. Até porque, alguém há de concordar comigo, recordações de tempo de espera em fila nunca são agradáveis. Devem existir exceções, embora eu as desconheça. E não vale a pena, certamente, ficar evocando sentimentos que fazem bem em ficar enterrados nos porões de nossa memória.

Pode parecer irônico, mas mesmo depois da aprovação você ainda pega fila: pra assinar a lista de presença na sala de aula do curso de formação (se tiver) e pegar o rango no restaurante. =o) Fazendo uma ilustração grosseira, você já imaginou colocar em fila a concorrência de um concurso com 4.000, 5.000, 10.000 candidatos? Você nem veria o fim da fila. E que lição você tira disso? Que fila é algo inevitável em seu caminho, concurseiro ou não, e você deve estar preparado para enfrentá-la, mais cedo ou mais tarde.

Brasília é um lugar onde as filas são parte do cotidiano e da paisagem. Se você estiver no horário do rush, verá filas superlativas nas principais vias de tráfego, filas e mais filas na rodoviária central e no metrô. Até em um restaurante chique (e caro) daqui, disseram, tem fila! Sendo honesto, toda grande cidade ou capital tem um problema crônico de filas, é quase inevitável. Enfim, você vê filas nos hospitais, nos bancos, estádios, e até aquelas filas esquisitas, cujos exemplos quase todo mundo tem algum para dar, mas, se quiser que eu publique, favor pegar a fila, ok? =o ) Quer saber mais sobre esse assunto que vivemos todos os dias, mas quase nunca discutimos sobre ele? Visite, na Wikipedia, a Teoria das filas.

Agora, sendo prático, e voltando ao título, por que a fila anda somente para os primeiros? Quando estava no aeroporto, logo após perder o voo, meu nome era um dos primeiros, se fosse contar do fim para o começo #vergonha, e pude observar que apenas os três ou quatro primeiros embarcaram no voo seguinte. Talvez tenha acontecido algo semelhante com você: perdeu o voo (concurso) e está agora no meio da multidão, sem saber o fazer. Solução? Corra para a fila, e não saia de lá. Em concursos, ficar na fila significa continuar estudando, ralando, dando duro até conseguir a tão sonhada aprovação. Posso citar vários exemplos, até mesmo de conhecidos meus, que quase passaram em um concurso dificílimo, e encararam isso como parte do aprendizado e não esmoreceram. Continuaram ralando e, no ano seguinte, estavam encabeçando a lista dos aprovados.

Ficar na fila não é uma das coisas mais agradáveis que você possa recomendar a alguém, mas, se você quer realmente ser vencedor em um concurso, permaneça na fila dos que não desistem, que não abrem mão de seus sonhos, que perseveram e, por fim, alcançam. Nesse mundo caótico e de poucas (boas) oportunidades em que vivemos, já nascemos enfrentando fila, no caso, nossa mãe na maternidade e, se você é gêmeo, trigêmeo, etc., a fila é dobrada. Não se engane, existe fila até para quem morre, logo, se o negócio é ficar na fila, resolvi escrever isso para ajudar você a passar o tempo enquanto espera... na fila.

=¬)

Aquele abraço e até à próxima.

Publicado em: E a fila anda... mas somente para os primeiros

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E a luz resplandece nas trevasJo 1.5

Caros colegas concurseiros, é um prazer dirigir-me novamente a vocês, trazendo-lhes reflexões sobre como vencer nessa dura vida de provas. Um dia desses pela manhã, durante meu momento devocional, li alguns versos do 1º capítulo do evangelho de João, e comecei a refletir nesse verso que inspirou o título desta nossa conversa, e pude perceber interessantes lições aplicáveis à tarefa de enfrentar as duras provas da vida, e das bancas também. É possível que este texto não seja útil para a maioria dos leitores, tenho consciência disso, todavia se for útil para alguém, já compensou o esforço.

Observando minha própria história de concursos, principalmente os reveses, vejo com clareza que esses foram um resultado lógico e previsível de uma profunda ignorância acerca da banca e de seu modus operandi. Pode até ser que eu seja (ou tenha sido) um ser alienado ou alienígena nesse sentido, mas é fato que desconhecer a banca é o 1º passo pro fracasso em concursos e o início de uma profícua parceria com a farmácia em fornecimento de doril, sonrisal e sal de frutas... ou você duvida que não foi um concurseiro recalcitrante que inventou aquela frase “ai, meus sais”, depois de conferir um gabarito? =o)

Ok, ok, chega de ficar relembrando as mazelas do passado, porque a azia volta em dobro. Estamos aqui confabulando como vencer essa batalha contra as bancas, conquistando nosso sonhado lugar ao DOU, e o momento é altamente estratégico e oportuno. Acabou de sair do forno o edital da RFB (2009) com um salário inicial pra lá de atrativo, de um dos cargos mais cobiçados da Administração Pública Federal. Mas, esse cargo não é apenas atrativo pelo salário, embora os cifrões envolvidos saltem aos olhos da maioria dos concurseiros que sequer ganham no ano o que ele oferece no mês: é atrativo porque tem prestígio (eu, particularmente, prefiro chokito, mas gosto é gosto =o), muitos lugares diferentes para se trabalhar (uns ruins, outros bons) e a garantia de começar o mês ganhando um valor que requer um planejamento adequado para não iniciar o outro com saldo azul na conta. =op

Mas, como invadir essa fortaleza chamada ESAF para conquistar esse cargo e ter direito à donzela de longas tranças e lábios de mel, digo ao polpudo contracheque? Meu caro, se isso fosse tão fácil assim, aulas de cursinho não seriam tão caras e professores de ponta tão cobiçados e respeitados. E nem eu teria amargado uma grande decepção quando me atrevi a fazer uma prova para AFRFB (ESAF/2005) apenas “por fazer”. Isso requer algo mais do que uma ligeira euforia ao olhar para o Item 2 – DA REMUNERAÇÃO INICIAL, porque ela logo perderá o fôlego quando chegar aos Itens 9 – DAS PROVAS OBJETIVA e 10 – DA DISCURSIVA.

Bem, sendo sincero, penso que mesmo os mais escolados e que estão estudando há bastante tempo tremeram nas bases quando viram os pesos e mínimos, e mais umas redações básicas. Mas, voltando à pergunta que não quer calar: como chegar lá, como sobrepujar uma banca especialista em massacrar candidatos na arena das provas? Eu não disse que era fácil, disse? E, se você ouviu alguém dizer que era fácil, desconfie: ou era um doido varrido, ou um super-gênio ou um baita de um mentiroso.

Vamos aos fatos: luz e trevas não ocupam o mesmo espaço, são auto-excludentes, correto? Quando uma chega, a outra tem que sair, até aqui isso foi fácil de ser entendido. Mas, você já parou para pensar que escuridão nada mais é do que ausência de luz? Você já ouviu falar na Idade das Trevas, quando a Idade Média recebeu essa denominação porque se pensava que inexistiu nessa época algum progresso

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intelectual? [estou apenas ilustrando, porque essa posição é controversa] Em contrapartida, tem-se a ideia comum que conhecimento tem a ver com luz, onde vemos inteligência sendo retratada como brilhantismo, atributo de pessoa iluminada, etc.

Perdoe-me, caro leitor, em que pese estar interessante até agora (espero!), deixei de lado um dado importante: assumi que você leu a priori o texto inspirador deste breve ensaio, e talvez você esteja um pouco confuso se não o fez, então permita-me esclarecê-lo. O verso completo diz: e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Outras traduções dizem que “as trevas não prevaleceram conta ela” ou “não a derrotaram”. Percebe uma aparente sinonímia entre os termos “compreender” e “prevalecer”, ou seja, não venceram porque não compreenderam. É possível que “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu aborde esse assunto de forma mais elaborada, todavia como este se destina a uma leitura de poucos minutos, os conceitos básicos aqui apresentados servirão a contento.

Chegando ao cerne de nossa questão, vamos aos pontos que você deve levar em conta na hora de encarar (a bem da verdade, muito antes) sua batalha contra o caderno de provas:

➔ vence quem consegue entender do outro:

a) suas estratégias,

b) suas armas,

c) seus objetivos,

d) seus pontos fortes, e

e) suas fraquezas.

Sim, concordo que é importante você se conhecer também, sem dúvida. Todavia, conhecer-se e desconhecer o inimigo pode ser fatal, e, em se tratando de concursos, a perda de uma excelente oportunidade, ou cargo, se preferir. Você está nessa batalha concurseira? Está na Arena do Coliseum? E diante de você está o gladiador CESPE ou a fera ESAF? Não se desespere, a vitória é possível, se você conhecer bem seu adversário. Mas, como fazê-lo, como conhecê-lo tão bem a ponto de se sair vitorioso no confronto direto?

Observe suas lutas passadas, preferencialmente as que você perdeu, e veja onde errou, onde se superestimou e onde subestimou seu inimigo. Converse com quem venceu, e tente descobrir o porquê da vitória, onde ele acertou e como se desviou das armas e investidas adversárias. As lutas passadas são as provas anteriores, esmiúce-as a fundo, descubra as estratégias e armas utilizadas, e pondere suas defesas e formas de contra-ataque. Saiba de uma coisa: é muito mais fácil você se preparar contra a banca do que a banca se preparar contra você. Ela se prepara genericamente, contra um candidato perfil médio, enquanto você pode se especializar em mastigar provas no café-da-manhã e degustar discursivas na sobremesa.

Hoje em dia, é comum os grandes técnicos e clubes de ponta, seja de futebol, basquete, vôlei, etc., prevenirem-se de 'espiões' e fazerem treinos secretos, guardarem suas estratégias em sigilo ou, ainda, soltarem informações falsas para despistarem aqueles que estão tentando rastrear seus próximos passos. Mesmo contratações de reforços são tratadas como segredo de estado até estarem em vias de serem concluídas, para evitar-se o inflacionamento do 'passe' do jogador ou interferência de uma equipe adversária. Claro que você entende isso como uma forma de preservar sua competitividade perante os adversários.

O Bernardinho certa vez afirmou que, após o Brasil ter se tornado inúmeras vezes campeão, todos os olhares se voltaram para ele, de forma a se encontrar uma forma de se derrotá-lo. Para se manter no topo, reinventar-se faz parte, literalmente, do jogo. É possível ser aprovado em um concurso de média dificuldade sem conhecer bem a banca, mas em um concurso de alta complexidade, como esse último da Receita, somente um planejamento de alto nível, com amplo conhecimento da banca, pode dar segurança para se chegar na prova animado com a expectativa de um bom resultado.

Agora que explorei o aspecto da iluminação do conhecimento, desejo falar rapidamente sobre a

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parte “resplandece nas trevas”: talvez você esteja passando por várias dificuldades e sendo tentado a desistir, abandonar tudo e procurar um canto escuro e escondido para chorar suas mágoas, mas quero lhe assegurar que não vai valer a pena, nem agora nem depois. Não desista de seus sonhos, não abandone seus projetos nem abdique de suas convicções. Se você é luz, você deve resplandecer, e não há lugar melhor do que as trevas para mostrar seu valor e brilhantismo. Não deixe as trevas do desânimo e as nuvens escuras da incerteza nublarem seu entendimento na tentativa de forçá-lo a desistir de seus objetivos.

As menores lâmpadas conseguem iluminar melhor quando a escuridão é mais intensa. Seu verdadeiro valor será mais evidente (visível, exposto contra a luz) na superação das mais árduas provas, e não é exatamente isso que você está procurando: passar nas provas mais difíceis? Por que desistir então quando as situações caminham para um desfecho e o horizonte se afunila? Esses dias estava comparando as lâmpadas de hoje com as de antigamente (calma, não sou tão velho assim, as coisas é que estão avançando rápido =o), como elas eram maiores, consumiam mais energia, esquentavam bastante e iluminavam pouco, em comparação às de hoje. Faróis automobilísticos são um excelente exemplo. Hoje já se veem lanternas com pequenas lâmpadas (led's) ao invés de somente uma grande, consumindo mais energia e iluminando menos do que o conjunto das pequenas.

Observe os led's, como evoluíram. E agora já há os organic led's! Que viagem... pois é, o mundo gira e a história não pára. E você também não pode ficar parado no tempo nem no espaço. Não importa seu tamanho, mas sim sua capacidade de superação, o quanto você faz com o pouco que lhe é disponibilizado e sua capacidade de refrigério (de “não esquentar a cabeça”) nas horas difíceis. Resplandeça nas trevas, porque ficará muito mais fácil enxergar o caminho e alcançar seus objetivos, chegando ao seu destino.

Sinceramente, espero ter 'iluminado' um pouco seu caminho em busca da aprovação. Que Deus abençoe seus esforços, assim como Ele fez comigo, principalmente nos momentos em que eu achava que estava tudo perdido e que não valia a pena seguir em frente. Mas, a despeito de 'tudo' indicar que era melhor jogar a toalha, encaixei os golpes da vida e continuei em frente, às vezes me arrastando, mas sempre em frente. Nunca se sabe quão perto estamos de nosso objetivo, e podemos estar apenas a alguns centímetros dele, e se nos arrastarmos só um bocadinho mais, chegaremos lá. Que tal tentar só mais um pouco?

Abraços, aguardo seu nome na próxima edição do DOU.

Postado em: http://wallysou.com/2009/09/27/e-a-luz-resplandece-das-trevas/

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3 Atitudes Vitoriosas que farão diferença em sua vida

Hoje em dia falar de vitória é fácil. Difícil é viver de vitória, e é por isso que os livros de auto-ajuda vendem como água, supostamente ensinando o segredo da felicidade (dúvida: quem vende segredo é o quê?). E tem também a teologia da prosperidade, que cativa - literalmente - tantos ouvintes.

Agora, eu fico a me perguntar: se ser feliz fosse algo simples e corriqueiro, por que alguém compraria livros ensinando isso? E as pessoas que dão crédito à teologia da prosperidade, porque se sentem derrotadas, essas têm a sua vida transformada? Se essa teoria teologia realmente fosse verdadeira e transformasse vidas, elas aceitariam a diminuição do Filho de Deus, que por eles morreu na cruz? #reflita

Dito isso, quero esclarecer que não vou ensinar nenhum segredo, mesmo porque sei guardar segredos (risos) e nem liberar palavra profética alguma sobre sua vida, até porque não sou profeta de atacado e também não quero atacar o bolso de ninguém. O que vou falar é algo simples e prático, que está disponível há quase 2.000 anos e é de fácil entendimento. #followme

Enfrentar a luta ou fugir do combate?

Sempre que penso em luta, lembro de duas situações: Golias afrontando o exército de Israel e todos, inclusive Saul, escondendo-se dele. Depois vem Davi, ainda sem fama e honra e aceita o desafio do gigante. O resto da história, as afrontas, o desprezo, a pedra, a queda, a vitória e a exaltação, você já sabe, não preciso repetir.

Mas, infelizmente, há tantas pessoas em nosso meio que, ao verem o tamanho do desafio a ser enfrentado, da luta a ser travada, correm da raia e fogem do embate. A vitória Deus dá nas mãos de quem se apresenta para a peleja, e não de quem se esconde da luta. #naodesista #insista

Também me recordo de uma história quase onipresente na web:

O exército de Alexandre, o Grande, em certa ocasião atacou o inimigo, e um de seus soldados, bem jovem, tremendo de medo, acabou fugindo. Capturado e trazido à presença de Alexandre, o desertor pensou consigo que seria o seu fim.

Ao ver os traços pueris que ainda emolduravam sua face e sabedor que o horror da guerra era devastador para qualquer um, o grande Alexandre se compadeceu do pobre rapaz. Então o general-conquistador perguntou ao jovem soldado:

—Qual o seu nome, meu jovem?

— Eu me chamo Alexandre, general — respondeu o desertor com a voz amedrontada.

A face do grande general mudou de repente, e ele vociferou ao soldado: "Ou você muda de nome ou muda de atitude"! (adaptado)

Nós, que levamos o nome de Cristo, e que carregamos Sua cruz, devemos imitar Seus passos. Esses mesmos passos que, em um momento decisivo de sua breve vida, marcharam resolutamente para Jerusalém, de

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encontro aos fariseus, de encontro a Herodes, de encontro a Pilatos e em direção ao Gólgota. Ele foi até o fim, mesmo que isso significasse seu fim.

Se somos cristãos, nosso destino é seguir os passos do Mestre, mesmo que esses passos nos levem ao altar do sacrifício, ao cume do monte Caveira, ao encontro da morte. Cristão não deve fugir da luta, pois é na luta que ele prova o doce sabor da vitória. E você conhece outra forma de vencer, senão em meio à luta?

Combater o bom e não o mau combate.

Infelizmente, vejo muitos querendo combater por Cristo, mas de uma forma errada, equivocada. Esses acabam por não combater o bom, mas sim o mau combate. Não é só por levar o nome de Cristo ou falar em seu nome que isso nos dá o direito ou a chancela de fazermos o que bem entendermos, ou de fazermos as coisas da maneira que acharmos por bem. Existem parâmetros a serem seguidos e regras a serem observadas e, quando desprezadas, o efeito é justamente o contrário.

Quem milita na causa do Mestre, suando a camisa em Seu labor, deve estar atento para agir de modo que o Nome do Rei seja exaltado, e não desprezado ou ridicularizado. Todavia, noto, com tristeza, que isso passa muitas vezes despercebido por pessoas que, de maduras no evangelho, já deveriam ter consolidado e entranhado esse entendimento. Às vezes, me pergunto se essas pessoas amadureceram ou apodreceram... #fato

Combata, meu irmão, minha irmã, mas combata apenas o bom combate. O mau já tem gente suficiente para fazê-lo, não ajude a engrossar essa fila desprezível.

Acabar a carreira ou deixar pela metade?

Em minhas idas e vindas pelo mundo dos concursos, onde colecionei não só vitórias mas também derrotas, deparei-me com uma situação que veio me provar de forma profunda: a questão da perseverança. Eu, desde muito novinho, lá pelos idos do século passado, para não dizer milênio (risos), sempre fui alvo da tentação de parar no meio do caminho, de desistir no meio da jornada e abandonar projetos.

Mas, descobri, horrorizado, que para ser bem-sucedido no mundo dos concursos eu deveria semear e cultivar uma qualidade que eu não possuía: a perseverança. Juntamente com ela, vi-me obrigado a crescer em minhas fraquezas e superar minhas dificuldades, tais como a falta de planejamento e motivação. Se eu consegui? Bem, acho que sim... risos

O missionário Paulo Barbosa, um dos precursores do evangelismo virtual, em uma de suas mensagens, trouxe uma interessante reflexão sobre o mal de não planejar corretamente e as consequências dessa desastrosa atitude, a qual deixei registrada em meu post Erguer um palácio para morar em um barraco. Outro grande fator de frustração e decepção na vida é a pressa em querer atingir nossos alvos.

Carreira ou Corrida

No órgão no qual trabalho, eu faço parte de uma carreira, e essa carreira tem início, meio e fim. Hoje, estou no começo dela, na base, mas conheço pessoas que já estão no topo. Para se crescer no cargo, existem os instrumentos da progressão (subir um degrau) e promoção (subir um andar), que reconhecem o mérito e recompensam o funcionário, visto que a medida em que se sobe na carreira, há ganhos para o servidor.

Na carreira cristã, a coisa acontece de modo semelhante: nós vamos progredindo aos poucos e, ao chegar em determinado ponto da subida, somos promovidos a um outro nível espiritual. Isso demanda nosso esforço e dedicação para conseguirmos galgar esses degraus na vida cristã. Também leva tempo, não é de uma hora para outra ou do dia para a noite, é preciso exercitar a paciência e investir nessa caminhada.

Quando Paulo escreveu sobre a carreira, ele deveria estar com o pensamento voltado para os estádios romanos, em que os atletas corriam para conquistar a coroa de louros, que era concedida aos vencedores. Assim também é na vida cristã: nossa carreira, isto é nossa corrida tem um ponto de partida e a linha de chegada, mas há obstáculos entre eles, e ainda mais coisas.

Também temos concorrentes, muitas vezes querendo tomar a nossa bênção, o prêmio de nossa soberana vocação em Cristo. E há expectadores, alguns torcendo por nossa vitória, mas outros por nossa derrocada. Mas, e quanto a nós? A nós cabe a árdua tarefa de darmos o melhor de si e chegarmos até o final, de irmos

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até o fim. O que importa, no fim das contas, é terminar a carreira, é completar a corrida, é concluir a obra.

Assista o breve vídeo para entender que o que importa é chegar ao fim, e não em primeiro. Mesmo que você tenha se ferido na caminhada, persevere e vá até o fim. Quando você não puder seguir em frente, não se preocupe: seu Pai virá em seu socorro para ajudá-lo a cruzar a linha de chegada. Não tenha medo, pois o Senhor é contigo por onde quer que andares e guardará o seu pé de tropeçar. Continue, pois a linha de chegada é logo ali...

http://youtu.be/kZlXWp6vFdE

Guardar ou jogar fora?

Quando eu fazia faculdade de administração, a qual concluí desde o século passado (rá!), eu fiquei conhecendo a Teoria dos 5 S's, que foi verdadeira febre na década de 90. Essa teoria diz, em resumo, que devemos guardar as coisas boas e eliminarmos as coisas ruins, que ficam apenas ocupando espaço e desperdiçando energia. Parece simples, não é mesmo? Sim, é bastante simples de entender. O problema está em colocá-la em prática... risos

Na vida espiritual, não sei se alguém já escreveu algo sobre os 5 S's, se não, então sou o primeiro =). Sim, na vida espiritual também devemos, de vez em quando, fazermos uma reflexão e reavaliarmos as coisas que estamos guardando em nosso coração, em nossa mente e em nossa alma. Talvez se torne necessária uma pequena faxina e decidir jogar fora aquilo que não nos serve mais e que só nos faz mal.

Sim, precisamos reavaliar nossa conduta, nossa postura e nossas atitudes para sabermos se estamos guardando o que é bom e jogando fora o que não presta, ou se estamos fazendo justamente o contrário: desperdiçando a unção de Deus e guardando mágoas, rancores, alimentando invejas e colhendo dissabores.

Você já parou para avaliar sua vida e fazer uma faxina na alma, tirando do coração as coisas ruins? Comece agora mesmo, vai te fazer um bem que você não faz idéia.

Guardar a fé ou conservar a incredulidade?

O que é a fé? Ora, a fé é a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos ( Hb 11.1). E nós, que somos chamados de crentes, temos que honrar esse nome que nos identifica perante o mundo e também perante o Céu. Todavia, existem muitos "crentes" que não possuem o essencial para serem assim considerados: a fé.

Em um post recente, falei sobre um tipo de crente que, pela contradição entre a teoria e a prática, ou entre o nome e o caráter, merece ser chamado de crente lerdo e tolo. Você, caro leitor, deve decidir o que quer de sua vida espiritual: se vai guardar a fé ou conservar a incredulidade, se vai depositar sua fé em Deus ou se vai zerar seu saldo com Ele. O que você pretende fazer? Eu prefiro depositar, e deixar minha fé rendendo no Banco do Céu, para sacar o lucro na vida eterna.

O que é fé? Eu possuo um conceito pessoal, que não é uma definição teológica: Fé é a chave que abre as portas do Céu para nós. E você, está ainda do lado de fora fazendo o quê?

Soli Deo gloria.

Leu? Gostou? Não gostou? Por favor, avalie no Gostei ou nas estrelas, dando-nos um feedback ou comentando para sabermos o que e como escrever para atingir melhor nossos leitores. Atingir no bom sentido... risos

Desfiando os Limites entre a fé e a indiferença.

Postado em: http://wallysou.com/2011/08/08/3-atitudes-vitoriosas-em-sua-vida/

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9 razões para persistir quando as coisas insistem em dar errado

Eu estava meditando, já há alguns dias, que precisava escrever novamente sobre motivação. Apesar de gostar de escrever sobre vários assuntos, a motivação é algo que me traz muito prazer em escrever. Uma coisa que os leitores não devem fazer idéia ou ter noção é que nós que escrevemos... ops, não conheço outros que escrevem sobre motivação para falar em seu nome... Reformulando: eu que escrevo sobre motivação também tenho meus momentos "down", pra baixo. Inclusive, fim do ano e começo deste (2011) foi um ano em que praticamente desisti de viver, perdi o prazer de viver. Sim, é verdade, passei por isso, e olha que não é a primeira vez que sofro disso.

Mas, calma, não quis me suicidar, nada disso, apenas achei que a vida tinha perdido o sentido ou que ela não tinha mais atrativos para mim. Não é estranho isso? Tenho uma esposa maravilhosa, trabalho no órgão que queria, num cargo cobiçado e desejado, meu ambiente de trabalho é agradável, mas... pra mim, nada disso parecia ser relevante. Você já experimentou a sensação [desagradável] de gostar de uma comida e, de repente, ela perder o sabor, como se o gosto dela sumisse? Pois é, pois foi, aconteceu comigo.

Certa feita, conversando com um colega que é professor de cursinho, bem requisitado e bem conceituado, comentei que estava meio desanimado. Então ele olhou pra mim com certo espanto (se não foi, fingiu bem) e soltou a bomba: "mas como uma pessoa que escreve sobre motivação pode ficar desmotivado?". De fato, a pergunta dele me pegou em cheio, mas... respondi: "e como vou escrever sobre como vencer o desânimo e a desmotivação se eu não passo por isso, pra saber como é?". Xeque, chefe. Ele concordou, e eu fiquei pensando: será que sou minha própria cobaia de meus textos? Talvez sim.

decepção > frustração > desânimo > depressão > desistência >>> morte

Mas, lendo o texto seguinte, hoje, Deus iluminou minha mente para mudar esse quadro, e vou lhe dizer algo que pode mudar o quadro de sua vida. Sabe, às vezes nos esquecemos ou fazemos questão de negligenciar, mas as derrotas são ótimas professoras. Duvida? Então leia e, se não mudar mesmo, pode deixar sua crítica.

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado [1]; mas uma coisa faço [2], e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam [3], e avançando [4] para as que estão diante de mim [5], Prossigo para o alvo [6], pelo prêmio [7] da soberana vocação [8] de Deus em Cristo Jesus [9]. (ênfases minhas)

Filipenses 3.13 e 14

1. Insatisfação com o comodismoQuando Paulo afirma que julga ainda não ter alcançado aquilo que ele poderia e que deveria alcançar, eu fico

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a pensar o que estava lhe faltando, tirante os problemas e perseguições, que lhe eram constantes. Afinal, ele era um gigante espiritual, e já poderia dizer que havia chegado ao topo, ao auge. Esse é o problema: quando achamos que chegamos ao nosso máximo, estamos abrindo espaço para que o desânimo faça guarida em nossa vida.

Para que nossa vida continue crescendo, precisamos desenvolver uma salutar insatisfação contra a mediocridade e o comodismo. Eu me lembro que após ver que havia passado no concurso do DNIT, em 2006, sem estudar tanto o que deveria e que podia, vi-me, ali, descobrindo que poderia ir mais longe, que era possível atingir um outro nível, se eu me esforçasse mais. A partir dali, não sosseguei até atingir meu potencial, até chegar ao ponto de dizer: dei meu máximo, fiz o que pude. Tem um verso na Bíblia que diz: "faça conforme as tuas forças", e isso significa que Deus não exige de você além daquilo que você é capaz. Mas, também quer dizer que Ele não fica satisfeito quando você fica acomodado e aquém do que pode alcançar.

Enquanto você estiver enredado no canto da sereia do comodismo, você nunca vai chegar ao seu destino, nunca será aquilo que alguém lhe disse um dia, que você tinha um futuro brilhante e promissor. É momento de levantar a cabeça e sacudir essa poeira da acomodação e partir para um novo desafio, independentemente do que você espera - ou não - encontrar pela frente.

Justamente por não me acomodar é que passei, depois disso, no concurso de Administrador do Estado de Mato Grosso, analista administrativo da Advocacia-geral da União, Tribunal Regional Federal 1ª Região, Ministério Público da União e, por fim, analista da Controladoria-geral da União. E se eu tivesse me acomodado, jamais saberia que poderia ir mais longe. E você, está pronto para tentar mais uma vez?

2. Planejar é bom, mas executar é essencialPreste atenção no que Paulo disse: "uma coisa faço". Existe uma frase que diz muito com poucas palavras: "quem falha em planejar, planeja para falhar". É verdade. Mas, ficar só no planejamento, só no projeto, também não leva a lugar algum. Muitas pessoas são capazes de fazer grandes projetos, mas incapazes de colocá-los em prática, e se frustram do mesmo jeito. Você deve conhecer pessoas craques em planejar, em fazer projetos lindos e maravilhosos, mas na hora de tirar do papel... é só frustração e decepção. Eu não sei porque as pessoas são assim, só sei que EU não quero ser assim.

Eu já escrevi sobre como planejar de forma adequada um projeto para passar em um concurso público, mas de nada adianta colocar no papel, mas deixá-lo lá, ou seja, não tirar do papel, é apenas iludir-se. Quando eu pensava nisso para escrever, pensei exatamente isso: estou colocando minhas idéias no blog justamente para você tirá-las do papel. Captou, né? risos

3. Superação dos reveses passadosÉ muito provável que você já tenha passado por isso: ficar prostrado e abatido por conta de situações de seu passado que deixaram marcas e feridas, não é mesmo? Todos enfrentamos situações que nos marcam e, às vezes, as marcas são mais profundas do que desejaríamos que fossem e temos coragem de admitir. Até aí, tudo bem, tudo normal. O problema é quando deixamos que essas coisas atrapalhem nossas vidas e emperrem nossos sonhos.

É muito comum encontrar pessoas que carregam fardos do passado e deixaram crescer raízes de amargura em suas vidas. Essas raízes, que têm sua origem no passado, amarram nosso presente e comprometem nossos projetos futuros. Solução? Pare de sofrer por causa de seu passado! A frase de Paulo "esquecendo-me das coisas que para trás ficam" é a deixa para olhar para o futuro, viver o presente e deixar o que ficou no passado para trás. Não se engane, guardar amargura só fará com que seu presente se torne insosso e seu futuro seja menos doce. Por que ficar carregando um fardo sem necessidade?

4. Não pare no meio do caminhoA frase que contém a palavra avançando também merece atenção. Agora que você já deve estar convencido a deixar o passado para trás, não fique parado, não senhor! É momento de avançar, porque é pra frente que se anda, e seus alvos, ah... seus alvos! Onde estão eles? Claro, estão em sua frente, certo? E o que você deve fazer para alcançá-los? Avançar.

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Compreendeu o que acabei de dizer? Não basta parar de olhar no retrovisor da vida, com medo de ser alcançado por seus medos e temores, como se estivesse sendo perseguido por um sabujo (cão farejador), você tem que aproveitar o fato de estar economizando suas energias, que eram antes canalizadas para esconder-se dos fracassos pretéritos, e investi-las na conquista daquilo que realmente importa: seu projeto de vida futuro. Você já ouviu falar de alguém que atingisse seus objetivos parando no meio do caminho?

5. Não perca o focoSabe quais são os principais motivos de fracasso? São a falta e a perda de foco. A falta de foco é o que ocorre quando você NÃO tem foco, ou seja, não sabe bem ainda o que quer. Já a perda de foco é quando você JÁ sabe o que quer, mas se deixa levar pelas circunstâncias e acaba por desviar de seu objetivo ou colocá-lo em segundo plano. Ambas as coisas são ruins, e não sei dizer qual é a pior.

Quando Paulo disse que avançava, ele não o fazia sem rumo certo, pelo contrário, ele tinha uma direção a seguir: para frente. E como ele sabia que deveria ir em frente? Porque ele via, diante de si, aquilo que ele deveria atingir. Você sabia que, muitas vezes, as coisas estão bem diante de nossos olhos, bem "debaixo de nosso nariz" e não conseguimos vê-las? Nesses momentos, é necessário contarmos com o apoio de alguém de fora que venha a nos ajudar a recuperar a calma, olhar sem afobação e assim podermos enxergar a saída. Se você quiser ser um vencedor, mesmo que a torcida esteja apostando em seu fracasso, não perder o foco é primordial.

6. Defina, de forma realista, seus alvos e metas a serem atingidasComo administrador (formado, não atuante), já estudei alguma coisa sobre o poder das metas, e sei que uma pessoa sem metas é alguém que qualquer caminho serve, já que ela não sabe onde quer chegar. E isso é muito importante para que não se perca o foco, afinal, como permanecer focado sem um alvo fixo e uma meta estabelecida? Não tem como.

Todavia, a definição das metas deve obedecer a alguns parâmetros, senão isso pode ser um fator de desmotivação, ao invés de motivação. Estranho, não é mesmo, que meta possa vir a ser desestimulante? Pois é, mas converse com vendedores em fim de mês, com gerentes de banco e outros profissionais que morrem vivem de bater (ou não) metas! Sinta o drama.

Mas, pra você cair nessa armadilha, trace suas metas assim: objetivamente, realisticamente, satisfatoriamente e respeitando suas limitações, de modo que não sejam inatingíveis. Fazendo assim, você, ao se esforçar ao máximo, poderá até se dar ao luxo de superá-las! De outra feita, ficará frustrado ao não atingi-las. Você tem metas? Elas obedecem aos parâmetros citados?

7. Visualize a recompensa prometidaO que vou dizer agora não é unanimidade entre os motivadores. Aliás, nem posso me considerar um motivador: não dou palestras, não ganho dinheiro com isso e não tenho fama e prestígio (sem bem que prefiro Chokito... risos). Em suma, o que vou dizer pode ser - ou não - útil pra você. Avalie e faça uso por sua própria conta e risco.

Já vi muitos concurseiros experientes dizerem que você pode colocar a cópia de um contracheque do cargo que você quer ocupar, o carro que você quer comprar, a viagem que você almeja fazer, etc., na sua frente

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enquanto estuda. Não nego que isso é uma motivação a mais, e acrescento: comece a se ver fazendo aquilo que você está projetando conquistar, para que, nos momentos de incerteza, você possa olhar para frente e dizer a si mesmo: não vou desistir, eu tenho um sonho.

Acabei de dizer aos meus alunos adolescentes da escola dominical: os irmãos de José ficaram com inveja porque ele sonhou coisas da terra, e logo depois ele sonhou com as coisas do céu. Quer saber? Sonhe mais alto, sonhe mais longe, sonhe mais, seja ousado. Quando decidi que queria trabalhar na Controladoria-geral da União, agendei um dia e fui conversar com um rapaz que trabalhava lá e a quem admirava. Ao chegar e cumprimentá-lo, fui olhando como era o local de trabalho e disse na bucha: "no próximo concurso pode me esperar, porque eu vou vir trabalhar aqui!". E é onde estou hoje.

Tive um professor (também pastor) português que nos contou um pouco de sua história. Ele disse que foi em uma faculdade fazer a entrevista para ingresso (vestibular de lá) e a entrevistadora fez as perguntas de praxe e lhe questionou o que ele fazia e tal. Ele respondeu que era pastor evangélico. Ela então disse: " por que você está aqui? nós não temos interesse em pastores sendo nossos alunos!". Sabe o que ele pensou? "Bem, se eles não me querem como aluno, quem sabe como professor?". E ele estava no Brasil justamente para ministrar aulas por aquela faculdade que o rejeitou como aluno.

E você, tem recuado diante das críticas e palavras desanimadoras que ouve? Que tal sonhar mais alto, ou já desistiu de seus sonhos?

8. Descubra sua vocação, invista e insista nelaUma das críticas que sempre faço aos que querem estudar para passar em um bom concurso é que não devem olhar apenas para o salário, mas para o conjunto. Não se pode isolar um elemento de seu contexto natural e querer que as coisas funcionem como se estivessem desligadas umas das outras. Uma atividade a ser desempenhada é semelhante a comprar um carro: o carro pode ser ótimo, mas se assistência técnica e peças for deficiente, você está com uma dor-de-cabeça nas mãos.

Assim, é preciso que, antes de tudo, você descubra aquilo que você gosta e se sente apto a fazer com qualidade e satisfação, sabendo que todo aquele esforço deve trazer recompensa e gratificação, e não desilusão e insatisfação. Depois que você descobrir sua vocação, aquilo que você realmente quer na vida, é momento de investir nela, de buscar trazer à realidade aquilo que existe apenas em sua mente. Mas, descobrir e investir em sua vocação nem sempre são suficientes para que o sucesso torne-se real: às vezes, é preciso insistir em sua vocação.

Sabe, as dificuldades também são um filtro para nos mostrar se estamos mesmo convictos daquilo que queremos para nossa vida. São as dificuldades que vão nos mostrar o quanto queremos, de fato, algo. Já passei por várias situações assim, e me lembro de uma em especial, quando estava pensando em desistir, mas levantei a cabeça no último instante e disse a mim mesmo: eu vou até o fim, dê o que der, haja o que houver, não vou desistir. Naquele momento, a única coisa que contava era não desistir, não parar. Mas, para minha surpresa, venci. Venci porque não desisti.

Paulo, apesar de ter sofrido horrores, não desistiu, pois fazia aquilo para o qual, literalmente, fora chamado. E você, já descobriu qual é o seu chamado (vocação)?

9. Eleja um modelo para nele se espelharIsso é um pouco constrangedor: falar de modelos a serem seguidos. Aqui no Brasil, infelizmente, vemos uma profusão de maus exemplos permeando a política, o governo, a polícia e as lideranças religiosas. Nossos jovens, às vezes, sentem-se perdidos ao procurar um modelo a seguir. Nas favelas, não é raro encontrar as crianças querendo ser bandido ao invés de mocinho, quando crescer. Os exemplos de enriquecimento fácil e ilícito deixam nossos jovens desnorteados, e muitos se perguntam por quê ser honesto e trabalhador se são os bandidos que se dão bem.

Mas, para que você seja uma pessoa bem-sucedida e feliz, seu futuro está atrelado àquilo que você fará no futuro. A história tem comprovado que não basta ser rico e poderoso para ser feliz. Ser feliz é muito mais do que isso e, não raras vezes, muito diferente disso. Escolha um modelo a seguir que lhe dê segurança de que você fez a escolha certa, e que tanto ao final de sua carreira como de sua vida, você olhará para trás e dirá:

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valeu a pena.

Paulo escolheu Jesus como modelo a seguir e, mesmo tendo vivido uma curta vida de perseguições e tormentos, ele encerrou suas palavras dizendo "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé". 2 Timóteo 4:7. Logo mais, ele perderia a cabeça, mas não perdeu a esperança. É disso que estou falando, que você faça suas escolhas sabendo que um dia vai olhar para trás e pesar sua existência na balança da vida. Depois que as coisas supérfluas caírem, ainda sobrará alguma coisa de que se orgulhar? Se não, a vida passou, mas você não a viveu como deveria e podia.

Escolha bem o modelo que deseja seguir hoje, porque nesses dias de BBB e de jogadores-problemas, que jogam sua carreira, seu talento e seu futuro na lata do lixo da mídia e da história, você tem muito a perder se fizer as escolhas erradas. É a sua vida que está em jogo, ou você já se esqueceu disso?

ConclusãoUm dia, vai chegar sua oportunidade, vai chegar sua vez. Não é preciso ter pressa, sabia? A opção é simples: não desistir, mas sim persistir e prosseguir, mesmo que as coisas não estejam saindo do que planejamos ou desejamos. É melhor que a oportunidade, quando chegar, não nos pegue desprevenidos e despreparados, mas prontos para aproveitá-la e saboreá-la.Que tal?

Se você conseguiu chegar até aqui, agradeço seu esforço e pelo a gentileza de deixar um comentário dizendo o que achou ou avaliando o post, clicando em Gostei ou nas estrelas, a seu critério.

Que o Senhor te abençoe ricamente.

Postado: http://wallysou.com/2011/03/21/9-razoes-para-persistir-quando-as-coisas-insistem-em-dar-errado/

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Vou desistir! Não aguento mais…Talvez você tenha pensado que esta seria uma palavra motivacional que traria um renovo às suas forças, todavia, não é bem assim, embora você possa vir a se sentir motivado ao lê-la. Esta pode ser uma palavra para você, mas é sobre mim.

É sobre uma experiência que aconteceu comigo, há alguns anos, e quero compartilhar com você, e fazê-lo saber que sentir desânimo é muito mais comum do que se pensa. Todos entram em situações assim, de sentir-se, em algum momento, desanimados, mas, infelizmente, nem todos acham a saída. E é disso que quero falar: como saí e, quem sabe, isso pode lhe servir de norte e ajudá-lo a vencer o seu desânimo. Acredite: mesmo parecendo improvável, a vitória é possível.

A história é assim: após um período difícil em Natal/RN, onde morava, lá pelos idos longínquos do século passado (risos), quando amarguei um período de desemprego e desilusões, mudamo-nos para o interior do Mato Grosso, numa pequena cidade no coração da Amazônia Legal, de meros 6.000 habitantes. Toda mudança traz uma expectativa de melhora, de algo novo acontecendo, de mudança do quadro anterior, negativo, para um mais positivo.

Entretanto, essa expectativa não se confirmou. Sair de uma capital de estado, com população metropolitana de quase 800.000 habitantes para uma cidade pequena, encravada no meio de florestas, rios e fazendas de gado, não tinha de ser diferente, não é mesmo?

Pensando por esse lado, é o acontece, às vezes, conosco: saímos do lugar de conforto, apesar de o único conforto que temos é poder dizer que estamos ali, e, de repente, sermos lançados no turbilhão de mudanças involuntárias e traumáticas para nos vermos dizendo a nós mesmos – acabou, agora cheguei ao fim da linha, é o fim.

Nesses momentos de angústia, nas encruzilhadas que a vida nos leva, onde a opção é apenas ser mais um, aguardando uma mudança nos ventos, de contrários a favoráveis, que nunca chegam, é que vemos até onde conseguimos manter nossos valores, nossas convicções e perseverar em nossos objetivos.

No meu caso, apesar desse palavreado bonito do parágrafo anterior, sinto-me obrigado a confessar que, depois de uma espera que julgava interminável, cheguei ao ponto de dizer: “agora chega! cansei! vou jogar tudo pro alto e desistir… eu não suporto mais!”

Então, naquela casinha de madeira em que morava, ladeada por uma rua poeirenta e sem asfalto, dividindo o pequeno quarto com mais 2 irmãos, abri a janela que dava para a rua e comecei a me lamentar com Deus, expondo, do fundo do meu coração, as mágoas já tão enraizadas que me consumiam e ardiam dentro de mim. Falei tanta coisa, tanta que nem me lembro mais, mas o tema era recorrente: vi-me, novamente, a lançar-Lhe em rosto Suas promessas que nunca chegavam, que nunca aconteciam, que nunca se cumpriam.

Após vários minutos de discussão silenciosa, de um monólogo passivo, onde disse tudo o que estava em meu coração que, se fosse dito a um amigo comum, a amizade teria encontrado seu fim ali mesmo, terminei minha oração (oração ?) com uma frase meio que debochada e desacreditada: “bom, Jesus, eu falei tudo o que eu queria te falar, agora, se o Senhor tem alguma coisa que queira me falar, pode dizer. A tua Palavra tá aqui na minha mão (a Bíblia) e, se o Senhor quiser me dizer alguma coisa, estou aqui pra Te ouvir”.

Ridículo, não é mesmo? Um rapaz esclarecido, beirando os 30 anos, formado, no meio do nada, falando para um céu silencioso, tendo apenas por testemunhas as estrelas ou uma outra arara ou marreca-d’água que passava, voando e gritando, segurando um livro de capa preta na mão, apontando pro céu e bramando: Responda, Deus, se tiver coragem! Se fosse outro me contando isso, eu poderia muito bem dizer: “tá faltando um grau para o hospício

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e sobrando outro para a besteira“.

Então, como quem não quer nada, abri a esmo o livro da capa preta, para achar, entre as folhas brancas, salpicadas de uma negra tinta, as seguintes palavras, que caíram como uma bomba em meu já despedaçado ânimo infantil:

Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa. O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo. Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará. Habacuque 2. 1-3

Bem, depois dessa, fiquei sem palavras… não sabia mais o que dizer, sinceramente. A única coisa que consegui balbuciar foi: “bem, entendi o que o Senhor quer de mim, mas eu não tenho mais forças para seguir em frente. Só se o Senhor mesmo renovar minhas forças, senão eu não vou conseguir”. Já era tarde, acho que passava da meia-noite, e fui dormir.

E sonhei…

O sonho foi, mais ou menos, já faz tempo (2001), assim:

Eu me vi em uma corrida de motocross, em um circuito oval. Eu já estava concluindo o circuito, ou seja, era a última volta e, numa curva, vi 3 pessoas olhando agressivamente para mim, e disseram uns aos outros: “ele vai conseguir, temos que impedi-lo!”. Então notei que 2 deles saíram dali e, quase que imediatamente, surgiram 2 motoqueiros na pista, por uma entrada lateral. Esse 2 motoqueiros se postaram, um de cada lado, e me forçaram a ir por um determinado trecho da pista que era muito ruim, com obstáculos estilo “costelas-de-vaca“, que são ondulações nas estradas de terra, muito chatas para quem viaja de carro ou de moto. Confira na imagem abaixo:

Bom, você já deve estar imaginando como foi “trepidante” essa parte do sonho… O negócio foi tão violento, porque as costelas deviam se de elefantes, e não de vacas, que, após sair desse trecho, que acabava a apenas alguns metros antes da linha de chegada, caí exausto da moto. Simplesmente despenquei no chão, totalmente vendido, vencido e vulnerável, sem ânimo nem pra piscar que fosse.

Então, aproxima-se de mim um fiscal de prova (assim me parecia, quase como um anjo), e me pergunta o que eu estava fazendo ali no chão, deitado, próximo da chegada. Revoltadíssimo da silva, eu perguntei pra ele: “mas, você não viu o que eles fizeram comigo?”. Ele nada respondeu, apenas olhou para a frente, para a linha de chegada,

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alguns metros adiante de mim e, com o olhar, me disse: “não importa, o que interessa é você chegar até o fim; avance, falta pouco para chegar ao fim”. Interessante como um olhar pode nos animar, não é mesmo?

Não me restando outra alternativa, arrastei-me alguns metros, literalmente esgotado e, com a ponta dos dedos, toquei na linha de chegada. É só até onde me lembro do sonho, e também é o que vale a pena ser lembrado.

Ao acordar, pela manhã, desempregado, desiludido, desesperançado e endividado, percebi que não havia outra alternativa: deveria avançar, independentemente do que ocorreu ou do que ficou para trás. Você já se sentiu assim também, desanimado pelas circunstâncias, pelas traições, pelo passado? Sim, eu sei, é difícil… e as lágrimas, quentes, que rolam pela face, não nos deixam esquecer isso facilmente. Mas, avance. Siga em frente. A chegada é logo ali.

Sabe, uma coisa que me deixou encucado: eu estava em uma corrida que não havia outros competidores. Era apenas eu correndo contra mim mesmo. E é assim na vida: seja em concursos, seja em outras áreas, concorremos conosco mesmos. Se avançamos, vencemos nossos limites. Se desistimos, perdemos para nós mesmos. Nesta corrida da vida, somos eu contra mim mesmo, ou eu me venço ou eu me perco.

Levantei e fui ler a Bíblia, na leitura devocional matinal. Sabe qual era a leitura programada do dia?

Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus?

Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento.

Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam . Isaías 40.27 a 31

Não desista. Os anos que morei naquela casinha de madeira ajudaram a moldar meu caráter e foram importantes para me capacitar para estar onde estou hoje, em um dos melhores órgãos do país, na capital federal.

É o que sempre costumo dizer: se eu consigo, qualquer um consegue, se não desistir.

Abraços.

Soli Deo gloria.

Gostou? Avalie (clicando em Gostei) e deixe seu comentário, aqui no Desafiando Limites.

Postado em: http://wallysou.com/2010/06/24/vou-desistir-nao-aguento-mais/

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4 Atitudes que farão de você um vencedorVencer, uma pequena palavra que evoca grandes sentimentos e desperta sonhos adormecidos.

Perder, parte do processo onde se aprende a vencer. Perder também evoca sentimentos: dor, perda, desprezo, angústia, humilhação... Perder enterra sonhos, mata desejos e aniquila aspirações... perder é cruel, mas pode ser uma esplêndida lição a nos ensinar a valorizar a vitória futura.

Você quer vencer? leia isso e veja como pode aprender a vencer:

24 Há quatro coisas mui pequenas na terra que, porém, são mais sábias que os sábios:25 as formigas, povo sem força; todavia, no verão preparam a sua comida;26 os arganazes, povo não poderoso; contudo, fazem a sua casa nas rochas;27 os gafanhotos não têm rei; contudo, marcham todos em bandos;28 o geco, que se apanha com as mãos; contudo, está nos palácios dos reis.

Pv 30. 24 a 28 (ênfases acrescidas)

Vamos às lições da bicharada:

• A formiga:

Quando o texto diz "povo sem força", está a referir-se à visão humana, comparando a formiga ao homem, em termos de tamanho. Todavia, podemos tirar grandes lições disso, quais sejam:

1. alguém pode olhar para você e não "dar nada" por você, achar que você não tem força pra nada, que não vai conseguir ser ninguém na vida. Mas, a formiga nos ensina que temos um grande potencial de superação: ela é capaz de erguer, carregar dezenas de vezes seu próprio peso;

2. use as críticas ao seu favor, mostre a quem te considera fraco, fracassado, perdedor, sua capacidade de se superar, levantar-se após as derrotas e seguir em frente;

3. mas, na minha opinião, a melhor lição da formiga é: se tenho pouca força (talento, capacidade, inteligência, etc), vou vencer pelo esforço. Esforço aqui é planejamento, antecipar-se à crise, às oportunidades.

Quando estudava para concursos, descobri, pela pior maneira, que as provas não alisam a apostila de ninguém. Eu tinha que me preparar e me planejar com antecedência e métodos adequados para ser bem sucedido. Quer vencer?

Primeira lição: planeje-se, prepare-se, antecipe-se. Quer mais uma lição da formiga? "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio", em Pv 6.6. Você pode até vencer sem planejamento, mas vai gastar mais: tempo, recur$o$ e energia. E as chances de desistir serão maiores também.

Exemplo: como nordestino, muitas vezes, vivi isso, e muitos conterrâneos meus também. Mas, dê uma

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olhada no DOU ou um passeio pela Esplanda dos Ministérios e demais órgãos públicos (onde moro). Você vai ver muitos "cabeças chatas" (como eu) nos melhores órgãos e cargos da Administração Pública. Superação também pode fazer parte de sua história de vida.

• O arganaz (espécie de roedor da Judéia):

O que é ser "um povo não poderoso"? É ser um povo sem muitos recursos, sem muitas alternativas, sem opções, enfim. E que lição posso aprender com isso? Veja as seguintes:

1. se não tenho muitos recursos, tenho que aprender a fazer mais com menos, ou seja, ser mais eficiente, evitando desperdícios;

2. se não tenho muitas alternativas, tenho que ser criativo, descobrir novas formas de gerar a energia que necessito para me manter na disputa, seguir em frente;

3. e qual é a principal lição do arganaz? É saber onde achar refúgio quando mais se precisa.

Descobri a importância disso depois de alguns fracassos dolorosos em reprovações de concursos, quando eu precisava quase que desesperadamente ser aprovado. Na hora da dor da reprovação, encontrei refúgio nos braços amorosos de minha esposa, que me acolheu e me confortou: "amor, se não foi desta vez, não desanime, a sua hora vai chegar; não fique assim, levante a cabeça, eu sei que você pode!".

Exemplo de fazer mais com menos: Israel vive no meio de nações hostis, tendo que sobreviver com parcos recursos, encravado num entremeio de montanhas e desertos, e foi lá, nesse ambiente inóspito, que foi desenvolvida uma técnica revolucionária de irrigação que, literalmente, mudou a cara da região: o deserto floresceu! É tão boa que é usada com sucesso no Nordeste brasileiro.

Segunda lição: cultive seu lugar de refúgio, de descanso, onde refazer as forças depois de uma batalha, principalmente se tiver sido uma batalha perdida. Geralmente, os melhores lugares de refúgio são os braços das pessoas que nos amam.

• O gafanhoto:

Não ter rei, em tese, pode significar várias coisas, entre elas: sem regras, sem limitações, independência, etc., mas, julgo que o que o texto quer chamar a atenção é: sem proteção, sem apoio, sem um nome por trás, enfim, sozinho, um lutador solitário. E o que o gafanhoto nos ensina?

1. posso não ter rei, mas isso não quer dizer que não devo seguir regras, e posso fazer minhas próprias regras, ter minha própria disciplina;

2. se não tenho quem me defenda, preciso descobrir formas de evitar encrencas e saber me defender em caso de necessidade, ou seja, preciso ser cauteloso e precavido;

3. e a lição de ouro desse pequeno ser esverdeado? é saber que, estando sozinho, é muito vulnerável, e a melhor forma de superar esse obstáculo é trabalhar em equipe.

Exemplo de trabalhar em equipe: quando eu comecei a estudar, vi que, sozinho, obtinha poucos bons resultados. Depois que descobri o fórum e comecei a me inteirar com pessoas que eram melhores do que eu, e compartilhar material e experiências, meu desempenho deu um salto de qualidade, e comecei a usufruir os frutos dessa parceria.

Outra coisa, descobri que tinha pouco tempo disponível, durante o dia, para estudar. Assim, coloquei uma regra: passei a estudar de madrugada também. Certa feita, numa madrugada chuvosa, um frio de rachar, minha esposa quis me segurar na cama: "fica só hoje, estou com pena de você..."; "não amor, preciso levantar... tenho que estudar". Não quebre suas próprias regras, obedeça-as.

Minha história de sucesso não pode ser dissociada da ajuda que recebi de alguns colegas, e foram determinantes para conquistar aquilo que sempre desejei: vencer. Sem essa ajuda, eu não estaria aqui contando isso para você. Compartilhe auxílio a quem te pedir, não dói e traz muitos benefícios.

Terceira lição: saiba ser companheiro, descubra os grandes benefícios do trabalho em equipe . Juntos, podemos ir mais longe e fazer mais do que se fizéssemos isoladamente.

• A lagartixa (ou geco):

O geco é um bichinho frágil, assim como os demais, e essa característica de se poder pegá-lo com as mãos pode denotar muitas coisas, entre elas a inércia ou incapacidade de movimentação, ou falta de dinamismo,

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quem sabe. Os répteis, por natureza, têm sangue frio, e necessitam se aquecer ao sol, talvez por isso se diga que "podem ser pêgos à mão". E o que podemos aprender com esse simpático lagarto?

1. se temos problemas de inércia, dificuldades de locomoção, a saída é fazer um "pré-aquecimento" antes. Eu sou um que detém essa característica: demoro a embalar. Solução: começar a correr bem antes para, quando for para valer, já estar em ponto de bala;

2. use sua fraqueza a seu favor: se te acharem "mole", "fraco", não saia esbravejando suas qualidades e pontos fortes, pois isso pode alertar seus oponentes, então "finja-se de morto para dar o bote quando menos se espera";

3. não nutra complexo de inferioridade, achando-se coitadinho, um escolhido pelo destino para ser um perdedor nato. O geco tem problemas na horizontal, mas na vertical [subir pelas paredes], é imbatível;

4. mas, a meu ver, a maior lição que o geco nos ensina é a da humildade: ele se pega com as mãos, mas seu comportamento humilde o leva à presença dos grandes [no palácio dos reis].

Às vezes, achamo-nos incapazes, inertes, sem condições de chegar ao nosso objetivo. E também já passei por isso, achava que passar em um grande concurso era coisa para malucos, e eu, apesar de ser considerado meio doido, pensava que malucos eram os outros =o). Então, um dia, aliás, uma madrugada, para ser mais preciso, acordei e me vi dizendo de mim para mim mesmo (coisa de doido, sabe?): "você tem condições de passar no concurso da Receita, se você quiser"! Já comentei que me acham meio doido? =)

Pois então, depois daquela madrugada, as coisas começaram a clarear para mim, e a noite escura se foi. Já não duvidava mais que era possível conquistar o impossível, pela fé (como diz uma música evangélica). Aquilo me marcou: não foi um sonho, mas me abriu as portas para a conquista dos meus sonhos, que se tornaram realidade.

Se você conseguiu chegar até o fim deste texto, parabéns, pode se considerar um vencedor, pois nem todos suportam ler um texto meu até o fim... risos

Coloque em prática o que você leu. Pode confiar, é batata, você será um vencedor, independentemente da área em que estiver militando, você vai vencer.

Deus me fez vencedor.

E você, tem alguma experiência para contar? Fique à vontade nos comentários.

Soli Deo Gloria.

Postado em: http://wallysou.com/2010/03/30/4-atitudes-que-farao-de-voce-um-vencedor/

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Tenha cuidado ao regar seus sonhos

Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá . Gálatas 6:7

Quando morei em Cuiabá/MT, uma das cidades mais calorentas do Brasil, aprendi que a forma como regamos nosso presente vai impactar decisivamente nossa colheita no futuro. Veja como foi:

Eu gostava de tomar café "fora", ou seja, na área interna de casa, onde havia um pequeno espaço de terra murada, e era onde nossos pequenos companheiros peludos viviam, brincavam, chafurdavam, etc., ou seja, era um território compartilhado, harmonicamente - quase sempre -, entre eles e nós. Era lá que eu tomava meu café da manhã e da tarde, olhando para além dos muros altos e casas de vizinhos. Era lá também que cultivávamos algumas plantas: goiaba, acerola, pinha, entre outras.

Então, um dia, joguei sementes de mamão num canteiro. E, delas, nasceram alguns pés de mamão. Escolhi o que me pareceu mais viável e promissor e comecei a regá-lo. Alguém havia me dito que a borra do café era um bom adubo, então, todo santo dia eu pegava a borra do café e gentilmente depositava aos pés daquela plantinha verde. Durante alguns meses fiz isso. Ela cresceu, debutou por assim dizer: desabrochou, se é que você me entende. Foi com esperança e ansiedade que vi aqueles pequenos frutos tomarem forma e crescerem, dia após dia, semana após semana, diante de meus olhos.

Então, finalmente, chegou o dia em que pude colher um mamão. Colhi-o com o maior carinho, como quem estivesse embalando um bebê, e deixei-o em um local descansando e amadurecendo. Um ou dois dias depois, quando ele já deveria estar maduro, cortei-o delicadamente e coloquei um pequeno pedaço na boca para saboreá-lo. Para minha surpresa (ou não!), aquele pequeno pedaço de mamão tinha um sabor totalmente diferente de qualquer outro que eu já havia provado: era um mamão, com certeza, eu o vi nascer, digo brotar e crescer, mas seu fruto tinha um estranho gosto de... café!

Sim, foi isso mesmo que você leu: adubei café no mamão e colhi mamão de café! Não ria, ou melhor, pode rir, não foi com você.

Mas, diante disso, aprendi que temos que ter muito cuidado ao regar e adubar nossos sonhos e projetos. E é isso que quero compartilhar com você, caro leitor, para evitar que você, um dia, quem sabe, não precise comer mamão "cafeinado". (risos)

1. Nem tudo o que nos recomendam é útil e verdadeiro

Quando me disseram que borra de café era um bom adubo, a pessoa que disse provavelmente ouviu isso de outra, que ouviu de outra, de outra... até chegar a alguém que, de fato, fez uso e aprovou a técnica. Mas, só porque algo serviu, um dia, a alguém, não quer dizer que a mesma coisa vai servir para nós, em circunstâncias e condições diferentes.

Cada um tem sua vida, vive da sua maneira, e escolhe caminhos a trilhar que vão fazer parte de sua história. As experiências do outros podem nos ser muito úteis, sim, concordo, mas se corretamente interpretadas, adaptadas e contextualizadas. E, geralmente, permita-me lembrar-lhe, são as experiências desagradáveis e

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escolhas erradas dos outros que mais nos ensinam, muito mais do que os seus supostos acertos.

Ao ouvir um conselho de alguém, procure dar mais atenção àqueles que dizem "não faça isso, porque fulano fez e se deu mal" do que os "faça assim, porque beltrano fez e se deu bem". Você deve entender que as pessoas são diferentes, e as experiências seguem a mesma tendência: só porque eu passei em um concurso público e gosto de jiló não quer dizer que você vai comer jiló até passar em um [concurso], não é mesmo?

2. Não devemos alimentar nossos projetos com aquilo que rejeitamos

Ao adubar aquele pé de mamão, eu pensava que estava fazendo um grande negócio. Quem sabe, talvez exista um nicho de pessoas que gostem ou gostariam de provar "mamão com café", mas duvido que eu ganharia dinheiro com isso. Devemos ter em mente que, para alimentarmos bem nossos sonhos, precisamos adubá-los com qualidade e quantidade corretas para que eles cresçam de forma saudável e produtiva.

Lembro-me de uma história parecida, onde um pé de abóbora nasceu num monte de lixo. Cresceu que foi uma beleza, estendendo-se por vários metros quadrados, com folhas enormes e bonitas, mas que... não produziu fruto algum. Se você quer que seus sonhos e projetos se tornem realidade, e não pesadelos e decepções, vigie bem que tipo de fertilizante está utilizando para adubá-los.

3. Não basta regar um dia, temos que regar mesmo depois de colhermos os frutos

Disso posso falar bem. Após estudar de forma quase ininterrupta por 2 anos, até chegar onde queria, onde estou agora, a vontade que tinha era sair, viajar, descansar, passear. Puxa vida, finalmente havia chegado minha hora! Eu poderia tirar um tempo para mim mesmo (família, lazer, etc.) e colocar os livros de lado, poderia voltar à vida, enfim!

E foi isso que procurei fazer, desde então. Todavia, descobri que é preciso ocupar aquele lugar preenchido pelos livros, apostilas e provas com alguma outra coisa produtiva, senão você acaba surtando. Depois de um tempo, desafiando seus limites, e rompendo as barreiras, o gosto pela aventura e pela superação não pode simplesmente ser sufocado. É preciso achar algo de bom para fazer, ou continuar fazendo aquilo de bom que você fazia antes de dar um tempo e investir em seus sonhos.

Confesso: perdi algumas oportunidades, desperdicei algumas chances por estar ainda vivendo a ilusão do "agora é a hora de colher, de usufruir". Se somos seres vivos, parar de crescer significa iniciar o processo de morrer. E você vai morrer justo agora que conseguiu aquilo por que tanto lutou? Acorda, rapaz! Acorda pra vida, sacode essa poeira e saia desse marasmo, a vida é muito mais do que isso e tem muita coisa boa a ser vivida. Experimente!

4. Nunca se esqueça que existe um tempo entre começar a regar e começar a colher

Sim, isso está implícito em tudo o que fazemos, mas muita gente se esquece e acaba se decepcionando, parando no meio do caminho. Minha primeira experiência em concursos, na segunda fase de minha curta existência, até então, foi traumática, justamente porque eu estava negligenciando essa verdade.

Após 10 anos sem regar meus estudos, resolvi, de uma hora para outra, parar com tudo e investir, mais uma vez, no sonho de ser aprovado em um concurso público. Comecei a regar esse sonho em janeiro de 2005, e já queria colher os frutos em março de 2005. Resultado? Não estavam maduros o suficiente. Foi uma frustração, uma decepção que me perseguiu durante todo o restante daquele ano. Falei um pouco disso aqui.

Mas, em dezembro, caí na real. Em janeiro de 2006, voltei a regar, de novo, meu sonho. Dessa vez, a colheita vingou: em março de 2006 colhi meu primeiro e pequeno fruto. A animação foi tão grande ao descobrir que meus esforços não eram em vão que comecei a fazer jorrar água à vontade em minha pequena plantação. E olha, não é pra me gabar não, mas "choveu na minha horta", viu! Colecionei mais 5 frutos desse esforço, sendo que hoje ainda saboreio o maior e melhor deles.

Conclusão

Não se deixe abater, seja porque você não soube regar seus sonhos, seja porque regou-os com água poluída ou, quem sabe, porque desistiu de regá-los porque a colheita estava demorando. É assim mesmo, demora. Mas, continue regando, mas regue bem, regue com boa água, regue sempre porque, um dia, você vai colher.

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Hoje, eu já não me esforço mais para vencer meus limites confrontando bancas examinadoras, isso já não me seduz mais, mesmo porque já provei para mim mesmo e para quem quisesse saber que venci. Hoje, elegi como desafio coisas maiores: ser um esposo melhor, ser um profissional melhor e ser um blogueiro-escritor melhor. Desses, confesso, só estou conseguindo, até agora melhorar como escritor. Não chega a ser muita coisa, também, porque eu não escrevia nem lista de compras pro supermercado, então toda evolução é visível... risos

Mas, tenho me esforçado para trazer textos relevantes, textos inspiradores e significativos para vocês. Nem sempre tenho conseguido, reconheço, mas, mesmo assim, continuo regando esse sonho de um dia, quem sabe, ajudá-lo a seguir em frente até chegar o dia da sua colheita. As coisas estão difíceis para você? E que tal fazer desse limão uma limonada?

Aqui, no Desafiando Limites, a gente não faz chover, mas prepara o tempo... risos

Gostou? Por favor, não deixe de avaliar, clicando em Gostei!

Soli Deo gloria.

Postado em: http://wallysou.com/2011/01/14/tenha-cuidado-ao-regar-seus-sonhos/

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Quer crescer? Aprenda a esquecer!

Inegavelmente, a história de José – aliás, o livro de Gênesis é um dos mais ricos e belos da Bíblia – é um primor de literatura, e sua história ainda hoje rende pregações inflamadas e hinos inspirados. Não é à toa, se você prestar atenção nas ricas experiências pelas quais José passou e as lições que aprendeu.

José, um exemplo de servo de Deus, dotado de rara inteligência e sabedoria, era o que se podia chamar hoje de “visionário” (sonhador), alguém que enxergava o futuro (profeta) e que sabia administrar como ninguém, mas, sua principal característica era a fidelidade a Deus em meio às maiores provações. Ele foi alvo da inveja homicida de seus meio-irmãos, jogado no fundo do poço e tirado de lá para ser vendido como escravo… tudo por causa do amor e admiração que seu pai lhe nutria e dos sonhos que tinha.

Com tantas qualidades, tanto como homem público como homem imerso em sua vida pessoal, torna-se até difícil eleger a principal virtude de uma personagem tão marcante das Escrituras. Todavia, à guisa de opiniões divergentes, julgamos que a principal razão dele ter sido alguém que não apenas teve seu lugar marcado na História, como foi um protagonista de sua própria história, quando tudo conspirava para que ele fosse um mero coadjuvante por onde passava, era seu carácter irrepreensível e sua convicção em permanecer fiel a Deus onde quer que fosse ou o que fizesse, fosse na casa de seu senhor, fosse na casa de sua servidão, mandando ou sendo mandado.

Hoje em dia, é difícil achar alguém como José, com a qualidade de saber ser servo e, após exaltado, não querer se exaltar e fazer justiça com as próprias mãos. Pessoas com inteligência e competência administrativa como ele até que não faltam, mas com a sua humildade e desprendimento são raras. Ainda mais levando-se em conta a massiva propaganda triunfalista pregação da prosperidade que assola nossos púlpitos hoje, como verdadeira praga, transcendendo as fronteiras denominacionais e geográficas.

Infelizmente, se alguém passasse pelo que José passou, e chegasse onde ele chegou, perseguiria seus opositores de tal forma que não deixaria raiz nem ramo. Mas, é assim que deve ser e se portar um servo de Deus? É isto que se espera de alguém que carrega a cruz diariamente e abriga o Espírito de Deus firmemente? Não, não é isso que se espera de alguém com esse perfil.

Quando se fala em apelo missionário, a visão que muitos têm é de ir para algum país rico de primeiro mundo, por achar que lá suas dificuldades serão mínimas. Mas, ao analisarmos o contexto da época, José foi ser missionário numa das maiores superpotências de então, um império de primeira grandeza. Se se perguntasse a muitos se gostariam de ser missionários, e aos que respondessem SIM lhes desse a possibilidade de escolher entre a América (EUA) e a África, você arriscaria qual destino teria preferência?

Pois é, José foi para a América de seus dias, mas não por sua escolha própria, e foi fazer parte da base da pirâmide social egípcia, algo como o assistente do carimbador reserva da seção de almoxarifado de peças imprestáveis. Muitos pretensos candidatos a missionários, se soubessem que poderiam passar anos sendo pessoas esquecidas em lugares desprezíveis, bateriam no peito estufado e diriam: “não acredito que isso é o que Deus projetou para mim, alguém com as qualidades, características e competências que possuo, com tanto investimento que fiz para ser um missionário de um ministério relevante, pronto para ganhar milhares para Cristo!”.

Mas, para José, o governante que dez entre dez faraós queriam ter, o começo de sua história foi frustrante,

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marcante (no sentido de deixar cicatrizes) e claramente decepcionante. É de admirar que ele não tenha perdido o foco, a razão e a sobriedade depois de tantas experiências amargas: inveja e traição pelos próprios irmãos, vendido a estrangeiros, caluniado e injustiçado pelos patrões a quem tanto serviu e, finalmente, esquecido depois de fazer a melhor consultoria profissional (coaching) para um alto funcionário do rei, e de graça! Qualquer um teria entrado em parafuso com essa situações de dar nó na cabeça do ser humano comum.

Por que tanta gente hoje se decepciona com a vida cristã, se a Bíblia lhe apresenta promessas tão fantásticas? Ilusão, crença em promessas fantasiosas? Não, a resposta é muito mais simples, mas não menos trágica: é apenas falta de perseverança e fracas convicções mesmo. Muitas tragédias cristãs e naufrágios na fé seriam evitados pela adoção de um hábito simples e econômico: a leitura devocional da Bíblia de forma constante, cotidiana e confiante. Você, caro leitor, cultiva esse hábito? Talvez a resposta para muitas de suas indagações esteja não no que você está fazendo, mas naquilo que está deixando de lado.

O segredo de José só não é mais simples porque a dificuldade está em colocá-lo em prática, ou seja, quando se trata de ser fiel na prática, a teoria é outra. Mas, era isso que lhe garantia a presença de Deus em sua vida, ou seja, que Deus era com ele (José). Muitos gostariam de poder dizer que Deus era com eles, entretanto somente alguns podem confirmar isso. Um grave erro é querer Deus só nos momentos de pressão e angústia, dificuldade, e desprezá-lo na hora da bonança. Mas, com José era diferente, Deus era com ele, não apenas estava. Deus não era acessório para José, era integrante de sua vida, não apenas nas tribulações, mas principalmente nas vitórias. Quando Deus deixar de ser apenas um “opcional” na vida de muitos, para se tornar “de fábrica“, suas histórias começarão a mudar.

Mas, IMHO, o segredo de José é descortinado quando ele se casa, já no palácio, e dá nome aos seus filhos, pois é ali que ele deixa claro sua trajetória de vitória e, mais importante, a sequência dessa trajetória: primeiro lhe veio Manassés, depois Efraim. Manassés significa, em termos simples, “esquecer”, enquanto Efraim pode ser entendido [traduzido] por “frutífero”, de onde se compreende que os frutos vêm após um certo período de maturidade e, principalmente, de crescimento da árvore. Em poucas palavras, José não guardou rancor e amargura em seu peito por ter sido, por tanto tempo e por tantas pessoas, esquecido, pelo contrário, ele aprendeu a esquecer-se disso. Somente após esse doloroso e moroso processo de deixar as coisas passadas para trás, José pôde dizer adiante, Deus me fez crescer. Você quer crescer? Aprenda a esquecer.

Este foi o grande segredo de José, desprezado e ridicularizado por muitos hoje, dessa geração que, ao invés de clamar a Deus por graça diante da tribulação, clama ao vento por vingança. Mas, a lição é bem clara: o crescimento somente ocorre após o esquecimento. Sabe o porquê dessa lei? Ao guardar raízes de amargura em seu peito, o ser humano fica preso (enraizado, atolado, aprisionado) a um passado de dor que lhe impede de vislumbrar um futuro melhor, desperdiçando seu presente, o dia de Hoje, dado por Deus. É no hoje que plantamos as sementes do sucesso de amanhã, mas se estas sementes estão maculadas pela amargura e ressentimento, não brotarão adequadamente e, se brotarem, crescerão doentes, sem poder atingir todo seu potencial de frutificação e crescimento.

Não é à toa que Paulo disse uma frase impactante sobre esse tema:

“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”. Fp 3.13, 14

Absorva isto: crescer, só após esquecer.

Gostou? Comente ou avalie. =)

Que Deus te abençoe.

Postado em: http://wallysou.com/2010/02/06/serie-mensagens-quer-crescer-aprender-a-esquecer/

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Contando as derrotas que me fazem subir cada vez mais altoDia desses, aconselhando alguém, disse que, se ela continuasse daquela forma (aprendendo a tomar decisões por si própria, e corrigindo seus erros), em breve seria eu a pedir conselhos a ela.

Ela me respondeu que apreciava o elogio, mas que precisava crescer muito até chegar ao meu estágio. Estágio… nesse momento, minha mente foi capturada pela imagem de um foguete que, ao subir, vai como que se desmembrando, por ter sido projetado para subir cada vez mais alto deixando, para trás, os estágios (partes) inferiores.

Um foguete, se feito para vencer a força da gravidade e superar os limites da estratosfera, é projetado para ir “se desmanchando” ao longo desse percurso, ou seja, desprendendo-se das partes que não têm como objetivo o espaço sideral, mas apenas até certa altura.

Assista um pouco o vídeo a seguir, principalmente a partir dos 2:09 minutos, quando se desprendem os foguetes auxiliares, perto já de sair da esfera de atração gravitacional. As imagens são impressionantes e, se puder, assista em 720 ou 1080p, com tela cheia:

http://www.youtube.com/v/kBX6JyesRzI&

Ok, ok, após você se deliciar com as imagens exuberantes do lançamento, volte apenas um pouco aqui para a Terra, para continuarmos nosso raciocínio e vermos o que esse acontecimento pode nos ensinar a vencer as barreiras gravitacionais que nos querem impor uma vida sem brilho e sem conquistas, colocando como impossíveis a realização de nossos sonhos.

A lição que devemos aprender com esse evento é simples, mas que pode nos libertar de uma vida de eterna frustração, onde o passado se torna um fardo pesado demais, por causa das lembranças de fracassos e derrotas outrora vividas, é que as perdas fazem parte do processo de atingir níveis mais altos. Então, seguindo o exemplo do foguete, as perdas são partes, literalmente, necessárias para se alcançar voos cada vez mais altos.

Analise um pouco um projeto dos foguetes de lançamento ou de colocação de satélites, para ver como as perdas foram previstas, aceitas e recebidas sem traumas. Observe:

Notou que há vários estágios? O que seria isso? Ora, nada mais e nada menos do que perdas programadas para que o objeto principal, que está no topo (ou cabeça), chegue a romper as forças da gravidade e consiga

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alcançar o ponto máximo de sua trajetória.

Isso ocorre frequentemente conosco e, às vezes, nem não damos conta:

• perdemos amigos por termos passado de um estágio para outro, ou porque foram eles que passaram para outro estágio…

• outras vezes, sentimo-nos usados por alguém, apenas para subir um pouco mais, usando-nos como escada ou trampolim, não é mesmo?

Sim, e o sentimento de traição, de dor, de ser usado, é grande… mas, temos que deixar isso de lado, para lá, se quisermos vencer e continuar a subir, a crescer, a atingir um outro estágio…

A vida é assim, e é assim que a vida é: feita e cheia de “estágios”. Seja a vida profissional (estagiário, júnior, pleno, sênior, etc), seja a vida sentimental (paquera, namoro, noivado, casamento, viuvez…), seja a vida física ou esportiva (fraldinha, mirim, infantil, juvenil, adulto, master, sênior).

Aprendi que a vida de concurseiro também obedece esse sistema de estágios, mas só recentemente me dei conta disso. Tantas derrotas, tantos editais, tantas provas poderiam ser melhor aproveitados se fossem encarados sob esse prisma dos estágios.

Hoje, encaro as perdas de forma diferente, não mais como simples derrotas, mas como estágios superados, que devo deixá-los cair, e não apegar-me a eles, pois, se assim o fizer, não conseguirei subir, e eles me arrastarão para baixo, potencializados pela força da gravidade, que os suga de volta.

Se você teve paciência de assistir todo o vídeo, deve ter notado que, aos 2:10 minutos, ocorre algo interessante: uma explosão, que é o que faz os foguetes auxiliares se desprenderem do corpo da nave. Observou que os foguetes auxiliares, logo após de se soltarem, apagam-se? Pois é, eles tinham sido projetados para irem só até ali, seu combustível acabou-se ali, e ficar ligado a eles seria o mesmo que ficar apegado a algo inútil, a partir dali. Serviu ao seu propósito, mas chegou ao fim.

Assim são muitas coisas em nossa vida: estão determinadas a irem até certo ponto e, a partir dali, temos que seguir sozinhos. Muitas vezes, ficamos angustiados porque certas situações dolorosas, “explosivas”, nos privam de coisas (e até pessoas) boas que nos serviram tanto, nos ajudaram a subir, crescer mas, de repente, nos deixam sós. Precisamos encarar tais perdas com maturidade e naturalidade: são parte da vida e, por mais incrível e surpreendente que possa soar isso, necessárias ao nosso crescimento e amadurecimento, e que vão contribuir para subirmos ainda mais.

Mas, se nos apegamos a essas coisas, não crescemos, não evoluímos e, pior, às vezes caímos…

É necessário ter muita sabedoria e maturidade para saber encarar as perdas dessa forma, para aceitarmos que, às vezes, somos nós que avançamos sozinhos, outras, somos nós os deixados para trás. É a vida, e é assim que a vida é, feita de estágios, de partes, e de perdas. Algumas vezes, perdemos, outras, somos perdidos.

Se perdemos, continuemos subindo, mostrando a quem nos levou até ali, que seu esforço não foi em vão. Se paramos no meio do caminho, fiquemos satisfeitos com a sensação de missão cumprida, de êxito alcançado, e felizes por aqueles a quem ajudamos a subir e, mais ainda, por estarem subindo sem nós: eles aprenderam a lição.

Um filme que demonstra essa lição de uma forma singular é: Quase deuses (Something the Lord Made, 2004). Nele, vemos alguém que aprendeu a crescer com suas derrotas, e alguém cuja derrota o arrastou para baixo, porque não soube desapegar-se daquilo que, um dia, o fez subir às maiores alturas, e caiu.

Outro filme muito, mas muito bom, também baseado em fatos reais, é O Grande Desafio (The Great Debaters, 2007). A cena mais marcante, ou mais pedagógica, para mim, claro, é quando o profº Melvin, já no final, observa e vê seus pupilos subindo sem sua ajuda, e afasta-se satisfeito por ter concluído com êxito sua missão: levá-los até o mais alto que podia, e vê-los subindo, cada vez mais alto, sozinhos.

Quanto a mim, caro leitor, estou cumprindo mais um estágio, concluindo a escrita deste post, e já estou caindo, enquanto o observo continuar sua subida, cada vez mais alto, em direção ao seu objetivo final. É a vida, e é assim que a vida é.

Pode subir, meu caro(a). Suba, sem medo e sem olhar para trás, sabe por quê?

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Por que o céu é o limite, e é lá que você deve chegar, e é lá que o seu Criador o projetou para chegar.

Mais um post tentando criar reflexões úteis aos leitores, aqui no blog Desafiando Limites.

Se gostar, clique em Gostei, para que o post saia na lista dos mais votados, ou comente o que achou, elogiando, sugerindo ou criticando.

Postado em: http://wallysou.com/2010/07/17/contando-as-derrotas-que-me-fazem-subir-cada-vez-mais/

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7 Diretrizes para passar em um bom concursoMuitos veem o passar em um concurso público como uma panacéia, a salvação da lavoura ou até mesmo a salvação da pátria. Eu sou um crítico dessa visão, porque ilude as pessoas e não as prepara para as verdadeiras “provas” da vida profissional, que são, muitas vezes, mais difíceis e complicadas que as aplicadas pela ESAF, CESPE, FCC, etc. E, não raro, não aceitam recurso.

Pessoas iludidas com a idéia que o serviço público é um mar de rosas vão, eventualmente, ferir-se bastante nos espinhos rosáceos quando estiverem remando seu barquinho em direção à praia de seus sonhos. Outros, por pensar que existe um órgão perfeito, vão ficar pulando de galho em galho de órgão em órgão em busca de um tesouro perdido. Se estiverem fazendo concurso para vigia de zoológico, já podem se considerar aptos na prova física.

Mas, não se engane: não existe Indiana Jones dos concursos nem o Eldorado dos órgãos, ou Órgão Dourado, embora a saga para se passar em um bom concurso seja uma verdadeira aventura, cheia de perigos, inimigos ferozes e uma emoção a cada esquina… risos

O número de pessoas que, atualmente e voluntariamente, submete-se a prestar concursos é elevadíssimo. Claro, enxugando aqueles que apenas pagam a inscrição e vão – quando vão – fazer a prova, há uma drástica redução de aproximadamente 3/4 dos inscritos. Mas, ainda assim, é um número alto em se tratando da relação concorrente/vaga.

Há um número quase infindável de cursinhos e professores dedicados a preparar os concurseiros para os editais que puLULAm na praça, desde 2003-2004. A esse respeito, abrindo um parêntese, havia, de fato, uma necessidade premente de readequar e reconstruir os quadros do funcionalismo público, após quase uma década de sucateamento pelo governo anterior. Não que meu endosso nesse caso seja extensivo a todas as políticas do governo atual, que se encerra em 2010, mas não posso deixar de reconhecer o que julgo acerto, em minha humilde opinião, claro. Fecha o parêntese.

Mas, enfim, apesar de haver uma profusão de cursinhos preparatórios para concursos, ainda não existe – não que eu conheça – um cursinho que ensine não a estudar as matérias dos concursos, mas a estudar corretamente, ou seja, aprender a estudar. Algo voltado especificamente para concursos, com esse foco, desconheço. Mas, o fato de não existir não quer dizer que não seja necessário. Se eu soubesse como explorar esse nicho, já estaria ganhando muito dinheiro… risos

Logo, pela falta de uma fonte que possa ensinar os concurseiros essas coisas, lancei um protótipo de consultoria em concursos, que denominei de coaching. A procura foi boa, os resultados foram razoáveis, inclusive com algumas pessoas me agradecendo por evolução nos estudos e/ou aprovação, mas o modelo que adotei não se mostrou adequado às necessidades dos alunos e minha.

Estou tentando fazer a dupla dinâmica (Tico & Teco, meus 2 neurônios de estimação) achar uma saída, mas eles andam meio molengas com a proximidade do fim do ano, sabe? Pois é… cruel isso. Mas, se eles descobrirem uma forma viável para reativar o coaching, em 2011 haverá “O RETORNO”. Então, enquanto não posso ganhar dinheiro com minhas dicas, dou de graça mesmo, por isso aproveite enquanto eu sou pobre, humilde e desconhecido, enquanto a fama não sobe a minha cabeça (risos).

Após esse longo prefácio, vamos ao assunto do título, mas antes é necessário dizer que foi inspirado e adaptado do seguinte post: 7 Dicas para encontrar o emprego ideal, do Produzindo.net, um blog com dicas muito legais que acompanho. Um trecho do texto que gostei e me chamou a atenção foi este:

Lia Fonseca, diretora executiva da Volare Recursos Humanos, define o que seria o trabalho dos sonhos. “É aquele que na maior parte do tempo o profissional realiza atividades prazerosas, já que faz o que gosta e faz bem porque sabe fazer. Quando há identidade com o trabalho e com a empresa há emprego ideal.”

Adaptando-o aos concursos, eu digo: estude para um concurso de um órgão ou área que case com sua vocação, pois você estudará mais motivado e seus esforços renderão mais e melhor. É uma ilusão estudar tendo unicamente o montante do contracheque como motivação, ou mesmo a maior motivação. Apesar de ser importante e trazer satisfação, o dinheiro, por si só, não é garantia de felicidade profissional, seja no setor público, seja no privado.

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Por isso, entre outras coisas, resolvi adaptar o post ao tema mais lido por 10 entre 10 concurseiros: o que fazer para passar em um [bom] concurso? Leia e veja se as dicas podem ajudá-lo a encurtar a distância [e o tempo] entre seus estudos e a tão sonhada aprovação, afinal, todo concurseiro que se preze tem o sonho de, um dia, conquistar seu lugar ao sol no DOU.

1. Conheça-se

Essa é antiga: Sócrates, o Dr. Ateniense (pensou que era o Corinthiano, né?), já no V século a.C. dizia isso aos seus alunos. Mas, por que você precisa se conhecer para se sair melhor nos concursos que prestar? Simples: para identificar seus pontos fortes e fracos. Os fortes para explorá-los e potencializá-los e os fracos para trabalhá-los e minimizá-los.

2. Desenvolva-se

Por desenvolver-se, entenda o seguinte:

a) Aprenda a estudar, e a dica que dou é fazer uso de uma técnica que desenvolvi a partir da leitura de um excelente livro chamado “As 7 Leis do Aprendizado”, do mesmo autor de “A oração de Jabez”, um dos maiores best-sellers do mercado editorial americano. A técnica, que denominei de 4 I’s, é a seguinte: classifique as matérias a serem estudadas em Indispensável (sem perda de tempo), Importante (assim que tiver tempo), Interessante (se der tempo) e Irrelevante (pura perda de tempo).

b) Aprenda a responder as questões das provas com rapidez e agilidade, aliando rapidez com acurácia. Ok, gênio, e como se faz isso? Com treino, treino e, de quebra, algum treino, ou seja, responder à exaustão provas anteriores.

c) Aprenda a controlar suas emoções. Nem sempre é a falta de estudo que derruba um candidato. Às vezes, aliás, muitas vezes, é a falta de controle emocional, é o nervosismo de última hora que traz o terrível e tormentoso “branco” a reboque que detona os mais desavisados e preparados, não necessariamente nessa ordem. Procure resguardar suas emoções ANTES (no estudo, para render), DURANTE (para não ser mais uma vítima do terrível “branco”) e DEPOIS (para não entregar os pontos, por não ter sido, ainda, aprovado).

3. Conheça a Concorrência

Sobre a concorrência, é necessário derrubar alguns mitos. Primeiro: nem todos são seus concorrentes, mesmo estudando e concorrendo para o mesmo cargo que você. A rigor, só considero alguém um concorrente direto se houver apenas UMA vaga em disputa, senão, estou concorrendo comigo mesmo. Transforme seus concorrentes em seus colegas para lutar pelos mesmos objetivos. Segundo: a concorrência não é um bicho-papão, de quem você tem que se esconder embaixo da cama, ou do homem-do-saco (vixe, fui longe agora…), que quer te levar para não sei onde.

A concorrência é apenas um número que serve para, se não passar, servir de desculpa “eram tantos por vaga, por isso não passei…”, ou se passar, servir de parolagem “eram tantos por vaga… mas eu passei!”. Portanto, se você não é um coitadinho, cheio de não-me-toques e outras bobagens semelhantes, ou não é arrogante, chato e insuportável, encare a concorrência como um dado estatístico interessante, mas pouco

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útil para seus estudos.

4- Conheça o Órgão

Apesar de ser considerado um “paraíso” para alguns, todo órgão público (Administração Direta ou Indireta) tem suas idiossincrasias e características próprias. É óbvio que, para quem está desempregado, assim como de cavalo dado não se olha os dentes, concurso passado não se olha o assento. Escolher é coisa para quem pode, e é para esses que me dirijo: procure conhecer o órgão para o qual está estudando, para não se decepcionar depois e voltar a estudar para sair dele.

Parece absurda a idéia? Infelizmente, é a mais dura, pura e crua realidade. Não existe lugar perfeito para se trabalhar. Sabe aquele anúncio para trabalhar em uma ilha paradisíaca e tal? Pois é, viajar ao paraíso pode ser uma boa, mas trabalhar no paraíso pode ser um inferno… Nem sempre o salário mais polpudo casa com o melhor ambiente de trabalho, sabia?

5- Tenha Foco

Se você ainda continua com o mesmo problema do tópico anterior, ou seja, está matando cachorro a grito e dando beliscão em azulejo, não se sinta constrangido se não puder – ainda – se dar ao luxo de ser um especialista em uma determinada área ou concurso em particular.

Mas, se você já superou o limbo, que é aquela zona (no bom sentido) povoada pela classe dos despossuídos, ou seja, que ainda não tomaram posse (o sabor é boooooooom… risos) em um concurso, está na hora de pensar sua estratégia e mirar bem para não desperdiçar chumbo à toa.

Já encontrou estabilidade suficiente para galgar os degraus em direção ao seu sonho de consumo (também conhecido por concurso dos sonhos)? Especialize-se e concentre seus recursos para atingir sua meta, seja reunindo material focado naquele concurso, seja estudando as matérias voltadas ao tema, seja participando de grupos de discussão que têm o mesmo alvo que o seu.

Enquanto a aprovação do concurso não sai, aproveite afiando suas garras para não deixar escapar pelos dedos a tão sonhada vaga.

6- Atualize-se

Eu ia colocar “atualize-se constantemente“, mas então percebi que era um pleonasmo desnecessário, exatamente como dizer que pleonasmo é desnecessário… mas, você entendeu, não é? Bom garoto. O Brasil é um dos poucos países que tem uma Constituição que, dizem, é rígida mas que muda quase toda semana. Nossa Constituição não tem só reimpressões, tem edições, reedições, correções e confusões, não necessariamente nessa ordem.

Já experimentou estudar direito constitucional com uma apostila do período jurássico? Isso, em termos geológicos concurseiros, usando a tecnologia de datação radioisotópica Carbono-14, é precisamente datada no II Milênio d.C, ou seja, uma apostila ou livro lançado no ano 2000. Se você estudar por uma apostila dessas, talvez , quem sabe, você passe em um concurso do IPHAN, que é o órgão que cuida dos museus…

Não se iluda: quer passar em um bom concurso? Não economize em literatura atual, que é não apenas essencial para sua aprovação, mas crucial.

E, por fim:

7- Cultive Parcerias

Como disse antes, no tópico Concorrência, às vezes, é entre aqueles que você considerava inimigos que vai achar os melhores parceiros! Nada como uma prova para unir pessoas, sabia? E não me refiro apenas aos concursos não. Um filme que assisti, gostei e recomendo é Saint or Soldiers. Pessoas que seriam, em tese, inimigos em outras situações, agem em conjunto para atingirem uma meta comum. Por que não utilizar essa filosofia nos estudos para concursos?

Eu fiz uso disso e afirmo: vale a pena.

Para isso existem os fóruns, os grupos de estudo e discussões (virtuais ou presenciais), sites e até blogs,

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como este em que você está lendo, agora, este artigo.

;o)

Para concluir

O serviço público atrai multidões a cada publicação de edital na praça, vide o último do Ministério Público da União – MPU. As razões são simples e fáceis de entender: boa remuneração, em média, em relação à iniciativa privada; estabilidade no emprego; melhor qualidade de vida, por conta de, em tese, menos pressão no trabalho e, em alguns casos, status social do cargo ou órgão.

Mas, justamente por isso, os concurseiros estão se especializando em passar nas provas, e existe uma “tropa de elite” concurseira por aí, mirando nos editais ninjas dos órgãos black-belt (faixa preta), e se você não fizer um planejamento EECA (lê-se ÉCA), que significa Específico, Eficaz e Comprometido com seu Alvo, você será apenas mais um número no meio da concorrência, que foi justamente aquilo que eu lhe disse que não precisava se preocupar.

Captou?

O blog Desafiando Limites investe tempo e recursos para tentar trazer o melhor para você que quer conquistar um cargo público. Prestigie nosso trabalho: gostou? Avalie e deixe seu comentário.

Postado em: http://wallysou.com/2010/11/25/7-diretrizes-para-passar-em-um-bom-concurso/

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Blog Desafiando Limites entrevista Graciano RochaCaros, segue a entrevista com o Dr. Lecter (Graciano Rocha). Assim como o TonySJR, tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente, e é uma pessoa agradável, simpática e de fala mansa (talvez por ser baiano… risos). Como concurseiro, sua trajetória é um exemplo de superação e conquistas, e é muito bem avaliado como professor por quem já assistiu suas aulas.

Enfim, o momento é dele:

Blog Desafiando Limites – Fale brevemente de você, de onde é, onde está hoje e se faz algo além do cargo para o qual assumiu.

Eu me chamo Graciano Rocha Mendes, baiano de Uibaí, mas, desde os 16 anos, vim para o DF. Aqui fiz faculdade, comecei a trabalhar, casei, enfim, me fixei física e psicologicamente. Nem penso em voltar para a Bahia.

Sou Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, aprovado no concurso de 2008, e também me aventuro como professor de Orçamento Público para cursos preparatórios para concursos. Tenho 30 anos, sou psicólogo de formação, casado e pai de 2 (lindíssimas) crianças.

DL – Quantas HBC você contabilizou durante sua preparação? Como fazia para registrá-las?

Não contabilizei as HBC durante todo o tempo de preparação, então tenho apenas uma estimativa meio imprecisa.

Meu foco era o concurso do TCU, que já tinha (tem) basicamente um calendário fixo, então contei quantas horas disponíveis eu teria até a data provável da aplicação das provas (isso faltando uns 7 meses). A partir daí, estudei umas 300 HBC líquidas.

Assumindo um ritmo de estudo semelhante nos meses anteriores (foram 17 meses de preparação séria), penso ter estudado mais de 700 HBC líquidas.

Quando digo “líquidas”, não é força de expressão; eu cronometrava o tempo que utilizava efetivamente para estudar, descontando lanches, idas ao banheiro, cochilos, etc. Fiquei espantado, no começo, com o quanto eu desperdiçava tempo, achando que tinha estudado, na verdade, uma noite inteira.

DL – Como otimizar os estudos na reta final: revisão, exercícios, teoria complementar, normas? Considere aproximadamente 2 semanas antes da prova.

Chegando o dia da prova, é hora de retomar anotações, ver os trechos destacados nos livros e materiais e resolver o máximo possível de questões – se for o caso, repetir a resolução delas, deixando passar um tempo entre uma sessão e outra.

Não creio que seja uma boa opção pegar assuntos novos. Assim, considerando uma preparação eficiente, todo o edital deve ter sido estudado várias semanas antes da aplicação da prova.

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DL – Como otimizar o estudo de matérias difíceis, tais como Português, Contabilidade, etc? E como memorizar tantas leis e normas tão diferentes, complexas e extensas?

Acho que a “dificuldade” da matéria depende, principalmente, do quanto conseguimos torná-la interessante.

Uma matéria que muitos concurseiros do TCU não conseguem digerir é Contabilidade Pública. Inclusive, no cursinho que fiz, a turma de 100 alunos reduziu-se a menos de 30 nas aulas dessa disciplina. O pessoal correu mesmo!

Por outro lado, não sei por que razão, gostei muito da matéria, estudava com prazer, assistia atentamente às aulas, e, ao final, consegui 80% de aproveitamento nas questões dela, no concurso. Assim, devemos nos esforçar, sempre, para tornar a matéria menos indigesta do que ela é.

Quanto à memorização, para mim, ela é fruto da repetição. Não conseguia usar truques que auxiliassem a recobrar informações. Eu estudava tanto que fixava o assunto na cabeça, rsrs.

DL – Durante os estudos, o que você fazia quando batia o sono? Tomavam ducha de água fria? Tirava uma soneca? Quanto tempo?

No início de minha preparação, o sono era terrível. Eu dormia de verdade, na biblioteca da UnB (que foi meu local de estudo mais frequente). Um dia, lá mesmo, um sujeito veio me cutucar, porque eu estava dormindo e roncando alto, hehehe. Depois, comecei a empregar algumas “técnicas” para espantar a sonolência: levava um filme, músicas (tudo no notebook), pegava um livro literário, etc. etc. Desfocava uns 20 minutos do assunto, despertava de vez e voltava ao batente.

DL – Você focou em apenas um concurso ou estudava para outros em paralelo?

Não recomendo a ninguém ficar bitolado apenas num concurso. Eu estudava mirando o TCU, mas, até pelo extenso conjunto de matérias necessárias, vários outros concursos tiveram seu conteúdo praticamente coberto. Foi assim que fui aprovado em 4 concursos antes do Tribunal: AFC/CGU, analista do TST, analista do TJDFT e APO/MPOG. Para cada um, fiz apenas pequenos ajustes de rotina, incluindo as matérias específicas. Portanto, a rigor, nem parei de estudar pro TCU enquanto me preparava para os outros.

[Comento: estabelecer um núcleo de disciplinas comuns torna o estudo muito mais produtivo e amplia o leque de certames a serem perseguidos, tal como se faz com uma área de atuação (auditoria TCU/CGU/TCE, fiscalização RFB/ICMS, jurídica Tribunais, etc)]

DL – O período do “edital na praça” foi um período de muita tensão e estresse? Como vocês lidaram com isso?

No instante em que conhecemos o edital, sempre vem uma descarga de adrenalina, porque é a hora de conferir uma aposta que você fez. E é o momento de responder algumas questões “estratégicas”: as matérias são iguais àquelas dos outros concursos, ou há novidades? Quanto tempo haverá entre o edital e a prova? Sendo um concurso “paralelo”, vale se dedicar a ele ou deixar passar, estudando para a carreira almejada?

Enfim, são muitas expectativas que se resolvem (ou não) enquanto você lê o edital recém lançado. Mas, depois desses momentos iniciais, tudo se adéqua: os eventuais conteúdos novos entram no cronograma de estudo (com especial atenção, devido ao tempo curto até a prova), os eventuais assuntos “faltantes” saem da grade, etc.

DL – Qual era o seu método de estudo (cursinho, sozinho ou em grupo)? Participava de fóruns e debates?

Eu estudava muito sozinho, na biblioteca, como já disse. Fiz um cursinho preparatório, e o restante da preparação foi por meio de materiais e livros escolhidos a dedo.

Também tinha um grupo de estudos, formado por alguns colegas que se conheceram no cursinho, que se encontrava semanalmente para resolver questões e tirar dúvidas.

Além disso, utilizei muito o Fórum Concurseiros, em que o pessoal também tirava dúvidas, trazia questões interessantes, pontos de jurisprudência, boatos sobre a prova, rsrs. Esse foi um instrumento especial de preparação, porque nas discussões do fórum surgiam detalhes dos assuntos que, sozinho, eu não perceberia. Recomendo a todos frequentar o fórum.

[Comento: eu sempre digo às pessoas que o Fórum Concurseiros, pelo menos para os concursos de

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grande porte (RF, CGU, TCU, ICMS/ISS), também chamados por alguém de black-belt (faixa preta) é o melhor lugar para se crescer em estudos para esses certames.]

DL – Você utilizava algum método e/ou técnica de concentração? Praticava alguma atividade física?

Não sou exemplo nessa parte. Não fiz exercício físico algum durante a preparação – e hoje o corpo me cobra, rsrs. Tenho uns quilinhos pra perder, e preciso de mais ânimo para fazer as coisas (sou muito preguiçoso, confesso). Quem puder conciliar os estudos com atividades físicas, faça-o.

DL – Vocês passaram por momentos de estresse no decorrer da preparação, e outros infortúnios como: insônia, estafa, cansaço, etc?

Muitos, rsrsrs. Sinceramente, acho impossível não passar por isso numa preparação de 2 ou mais anos. O pior momento, pra mim, foi a reprovação no primeiro concurso do TCU que prestei (passei no segundo). Fiquei 40 dias meio abobalhado, sem pique, até que pensei, em certo momento: “faltam só 10 meses pro próximo”. A partir de então, dei um “reset” na máquina e retomei todo o gás.

Apesar de achar natural ficar desmotivado em diversos momentos, enquanto se estuda, também acho necessário lembrar que não há muito tempo para isso. Guarde sua tristeza para depois que você for aprovado (se é que ela vai ter chance nessa hora, heheheeh). Estudar pra concurso é como um emprego; você tem que fazer aquilo, mesmo sem estar a fim, em vários momentos. Já existem exemplos suficientes de pessoas aprovadas em bons concursos para saber que o desânimo é natural, mas deve ser “sufocado” o quanto antes.

DL – Considerando o cenário atual e o crescente número de candidatos, qual o prazo estimado para alguém, que partiu do zero, ser aprovado em um dos concursos TOP, tais como CGU, TCU, Receita, etc? (em anos, em horas de estudo).

Minha recomendação a quem esteja começando agora a estudar é fazer uma “reserva mental” para 2 anos. No primeiro ano, o aprendizado é muito desorganizado; em algumas matérias você se dá bem de cara, e em outras continua quebrando cabeça. Depois, até pela rotina que a gente se acostuma a seguir, o estudo e a retenção de conteúdo ficam bastante regulares para todas as disciplinas.

É bom criar uma expectativa de tempo assim, mais realista, pra evitar que a ansiedade chegue com poucos meses. “Ah, não passei nessa prova, e já tem 5 meses que tô estudando…” Se a aprovação vier rápido, melhor ainda, mas a estimativa com pé-no-chão é mais valiosa.

DL – O que você nos diz: valeu a pena? Faria tudo novamente? Mudaria algo na estratégia adotada?

Não faria tudo novamente, porque hoje percebo as várias falhas que cometi, rsrs. Uma das principais: comprar livros sem ouvir recomendações de concurseiros mais experimentados. Até hoje tenho alguns aqui, que mal cheguei a abrir. São livros acadêmicos, de pouco proveito para concursos.

Outra falha terrível foi, no concurso TCU-2007, em que fui reprovado, “abandonar” Contabilidade Geral, matéria com a qual não simpatizava, com a ideia de que poderia compensar a respectiva perda de desempenho estudando mais outras matérias. Não existe isso. O edital deve ser inteiramente estudado, mais de uma vez se possível.

DL – Você, como ex-concurseiro, se sente realizado com a conquista? Por quê?

Eu me sinto inteiramente realizado. Foi exatamente o que eu queria: estudei relativamente pouco tempo (menos de 2 anos) e consegui a aprovação no concurso que queria (além de outras aprovações anteriores, em cargos também bons). Gosto do trabalho, o Tribunal tem vantagens que a maioria dos órgãos não têm, e a remuneração é excelente. Meu tempo é flexível, consigo evitar o horário do rush, viajo um bocado, etc. etc. São pequenas e grandes coisas que eu não conseguiria realizar se não tivesse estudado pra concurso.

DL – Geralmente vemos muito ex-concurseiros respondendo à pergunta “como está sendo o novo trabalho” e a resposta quase sempre é um “conto de fadas” ou um “curtindo a vida adoidado”, merecido por sinal (risos). Mas há poucos (ou nenhum) relatos de aprovados que não se adaptaram ou simplesmente não gostaram do novo emprego. Então, é tudo tão bom quanto falam? O concurso é, de fato, a solução para quem está insatisfeito na iniciativa privada?

Para mim, sim. E mais: outro concurso é a solução para quem já é servidor, mas está insatisfeito com o atual

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cargo. Uma coisa que talvez certas pessoas sintam falta é o clima de maior “agilidade” da iniciativa privada, porque, normalmente, o ritmo das atividades no setor público é mais lento, sem muita pressão. Mas a gente se acostuma, rsrsrs. Ou então encontra uma atividade privada para satisfazer alguma necessidade de “aceleração”. No meu caso, dou aulas.

DL – Após a nomeação e a tão sonhada posse, como é, genericamente, o ambiente de trabalho? Sente-se realizado profissionalmente?

Sim, como já sinalizei acima, gosto do trabalho no TCU, que não é nada rotineiro (para fazer instruções processuais que chegaram pra mim, já tive que estudar direito administrativo, constitucional, trabalhista, eleitoral, autoral, contabilidade pública etc. etc.). E a própria função do órgão é muito gratificante: evitar o desperdício de recursos públicos.

DL – Você é, de fato, um ex-concurseiro ou ainda tem algum projeto de estudos para o futuro? Explique.

No momento, não ando pensando em estudar novamente. Mas não asseguro que isso é pra vida toda; vai que eu resolvo fazer faculdade de Direito e seguir carreiras jurídicas… sei lá… o futuro pertence a Deus. Por enquanto, em termos de concurso, estou satisfeito.

DL – Você obteve apoio da família e amigos para assumir um projeto de vida tão importante como este (o concurso ficou igual ou pior a um vestibular)?

Graças a Deus, tive total apoio da família. Isso é tão essencial, que recomendo aos concurseiros fazer algum tipo de acordo familiar, ou algo do gênero. Isso pra evitar críticas, cobranças, comentários que possam desmotivar o estudante. Normalmente, não se consegue estudar satisfatoriamente por tanto tempo sem que outras pessoas não assumam certos encargos do concurseiro. Por isso, faça da preparação um projeto familiar, totalmente transparente quanto às dificuldades que virão.

DL – Quais foram os motivos determinantes para decidir por este concurso: status social, dinheiro ou realização pessoal de exercer esta profissão?

Foi o conjunto de tudo isso. O TCU tem uma política de RH excepcional, remuneração das mais altas do serviço público, recesso de fim de ano, horário flexível, possibilidade de trabalhar em casa durante alguns períodos, e a própria essência do trabalho interessante. É de se entender porque tanta gente o escolhe como alvo. Eu reforço essa opinião, agora com conhecimento de causa, rsrs.

DL – Como você avalia o custo de vida em Brasília, em relação a outras capitais, como São Paulo, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro, p. ex.?

Não vivi em outras capitais, então fica difícil comparar. Só morando mesmo pra ter o “gabarito” necessário. De qualquer forma, gosto bastante de Brasília, não acho difícil se adaptar por aqui.

[Comento: como já disse na entrevista do Tony, o custo de vida aqui é singular, mas existem formas de se contornar esse problema. Alguns contornam morando fora do Plano Piloto, outros passando em concursos que pagam mais, e outros contornam se mudando... risos]

DL – Que conselho deixa aos nossos leitores concurseiros, tantos iniciantes como experientes?

Uma frase “simples” resume o principal da preparação para concursos: estude com planejamento. Planejamento significa estar permanentemente ligado naquilo que vai facilitar seu estudo. Nisso, cabe indicar o uso de dicas já validadas, livros recomendados pela comunidade concurseira, professores indicados, controle de horas estudadas, controle do sono, evitar fazer provas de tudo que é área, etc. etc.

Tenho mais dicas no depoimento (gigante) que fiz ao Fórum Concurseiros. Para quem se interessar, e quiser pegar mais detalhes de minha preparação, o link é http://forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=233808

DL – Suas palavras finais e agradecimentos.

Wally, obrigado pela oportunidade de trazer minha experiência a mais pessoas que escolheram a trilha do concurso público. Sou prova viva do esforço que é necessário para conseguir a aprovação em um cargo de alto nível, mas também do quanto vale a pena despender essa energia e esse tempo. Bons estudos a todos, e boa sorte!

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Graciano, não é difícil gostar de você, seja pela fala mansa seja pela presença agradável, como disse lá no começo (risos), mas é um prazer para mim poder compartilhar seu depoimento com nossos leitores e, por conhecê-lo pessoalmente, ainda que por pouco tempo, posso ratificar que o que você diz aqui corresponde à realidade que pude observar e viver. Que Deus o abençoe ricamente em sua admirável carreira pública.

Blog Desafiando Limites, trazendo os feras até você!

Comente, avalie, deixe sua opinião.

Postado em: http://wallysou.com/2011/02/22/blog-desafiando-limites-entrevista-graciano-rocha/

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Blog Desafiando Limites entrevista TonySJRAtendendo a anseios da galera concurseira, e gentilmente a meu convite, o Blog Desafiando Limites orgulhosamente apresenta o depoimento entrevista do Auditor Federal de Controle Externo, TonySJR que, entre outras qualidades (de ser meu amigo, por exemplo, risos) é um dos concurseiros mais bem-sucedidos que conheci (conheço). Este post vai ser publicado, simultaneamente, no Fórum Concurseiros, para facilitar as respostas do Tony, caso ele considere necessário fazê-lo.

Blog Desafiando Limites - Fale brevemente de você, de onde é, onde está hoje e se faz algo além do cargo para o qual assumiu.

TonySJR - Olá pessoal! Primeiramente, gostaria de dizer que é um prazer escrever para esse blog e, mais uma vez, ajudar os concurseiros do Brasil.

Sou Antonio Saraiva, tenho 27 anos, sou nascido no Rio de Janeiro, mas crescido em Brasília desde muito pequeno, por isso adotei a cidade e estou totalmente adaptado ao Planalto Central – tanto que não cogito mudar de cidade tão cedo. Assumi o cargo de Auditor Federal de Controle Externo – área finalística – do Tribunal de Contas da União em dezembro de 2008 e desde então exerço minhas funções na Sede do Tribunal, em Brasília.

Atualmente tenho dedicado meu tempo livre apenas aos estudos pessoais, à família, aos amigos e ao lazer, ou seja, não estou desempenhando outra atividade.

DL - Quantas HBC você contabilizou durante sua preparação? Como fazia para registrá-las?

Não possuo mais o registro exato de quantas HBC somei na época de concurseiro, mas lembro que foram mais de 1.500 contabilizadas, fora outras da época em que eu não contabilizava. Meus registros eram feitos em planilha impressa, na qual eu registrava o total de horas acumuladas por matéria.

DL - Como otimizar os estudos na reta final: revisão, exercícios, teoria complementar, normas? Considere aproximadamente 2 semanas antes da prova.

Penso que cada concurseiro tem a sua técnica de revisão final, e não há uma fórmula pronta para todos os casos. O ideal é testar aquele método de estudo da reta final com o qual você se sente mais à vontade e obtém melhores resultados. No meu caso, eu preferia fazer muitos exercícios (60% do tempo), revisar a teoria de assuntos mais complexos, os quais eu esquecia mais ou tinha maior dificuldade (20% do tempo) e ler leis secas (20%).

O caso das leis secas parece ser regra quase universal. Reserve um tempo para lê-las com afinco na véspera da prova, pois você vai se recordar mais facilmente do texto e dos detalhes, devido à memória recente.

Aconselho ainda não estudar (resista à tentação!) nos últimos dois dias da véspera. Deixe esse tempo para

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descansar a mente e evitar chegar na hora da prova com a cabeça cansada. O que você aprendeu em meses ou anos de estudo com certeza não será apagado, e o que foi aprendido, foi aprendido. Não adianta forçar demais a barra e correr o risco de chegar no dia da prova muito estressado/cansado.

[comento: concordo com o Tony, os dias, ou pelo menos o dia que antecede a prova é para refazer as energias e descansar a mente, preparando-a para a dura batalha que virá]

DL - Como otimizar o estudo de matérias difíceis, tais como Português, Contabilidade, etc? E como memorizar tantas leis e normas tão diferentes, complexas e extensas?

Não existe uma receita de bolo para isso, creio eu. Por outro lado, há vários métodos de memorização e otimização do estudo que podem ser encontrados em livros especializados, como o do William Douglas, e na internet.

No meu caso, para ajudar no aprendizado, eu intercalava as matérias de forma a não estudar, seguido, matérias muito parecidas (ramos do Direito), senão ficaria tedioso. Assim, eu intercalava Contabilidade Geral com Português, Contabilidade Pública com Direitos etc. Isso era controlado por meio de uma planilha. Eu também usava o método de memorização que o Alex Viegas ensina em seu livro Manual de um Concurseiro. Para mim funcionou, mas pode ser que para outros esse mecanismo não funcione. Importante é o concurseiro saber disso e ir testando os métodos até se adaptar a um deles.

Esse método do Alex Viegas também ajuda a memorizar leis e normas, sem prejuízo da leitura da lei seca, que deve ser feita regularmente e intensificada às vésperas da prova.

DL - Durante os estudos, o que você fazia quando batia o sono? Tomavam ducha de água fria? Tirava uma soneca? Quanto tempo?

Eu dormia! Tirava uma soneca de no máximo 1 hora e retornava aos estudos com mais disposição. É importante respeitar seu corpo e sua mente, se preservar. Deixe para dar um gás mais forte apenas quando o edital estiver na praça. Até lá, é importante não se desgastar demais, senão quando for a hora da “arrancada”, você não terá fôlego.

DL - Você focou em apenas um concurso ou estudava para outros em paralelo?

Eu foquei o concurso para AUFC/TCU, porém estudava para e prestava outros certames em paralelo, à medida que saiam editais ou boatos muito fortes de lançamento de edital, e desde que as matérias fossem relacionadas ou em comum.

É importante que o concurseiro teste seus conhecimentos em outros concursos, mesmo que já ocupe um cargo superior ao prestado. O concurso intermediário serve como teste e como aprimoramento. Só se aprende a fazer concurso fazendo!

Dessa forma, prestei diversos concursos, alguns dos quais fui aprovado com boas colocações, como CGU, STF e FNDE/MEC. Entretanto, é fundamental que esses certames possuam matérias em comum (pelo menos 70%) e que, enquanto se prepara para eles, não deixe de estudar as matérias do concurso que é o seu objetivo final.

DL - Qual era o seu método de estudo (cursinho, sozinho ou em grupo)? Participava de fóruns e debates?

Em média, 70% do meu tempo era dedicado ao estudo individual, o famoso HBC. 20% em cursinhos e 10% em grupo, com poucos colegas bastante afinados e sintonizados nas matérias, senão seria perda de tempo. No entanto, é natural que no começo da trajetória do concurseiro, a maioria do tempo seja dedicada ao cursinho, e menos ao estudo individual. Essa proporção costuma se alterar e, uma vez mais avançado, é importante que o estudo individual seja a prioridade, pois é nele que absorvemos mais conteúdo.

O estudo em grupo é polêmico. Para algumas pessoas é proveitoso, para outras, não é. O importante é que não se perca muito tempo em conversas paralelas (muito comum!). Nesse caso, cada pessoa deve avaliar se o estudo em grupo lhe rende frutos ou não e seguir a estratégia mais proveitosa.

DL - Você utilizava algum método e/ou técnica de concentração? Praticava alguma atividade física?

Não usei métodos de concentração, mas de memorização, sim, principalmente o método dos ciclos do William Douglas e o método das fichas de Alex Viégas (mais detalhes em:

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http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=234530)

A dificuldade de concentração é normal no início da trajetória de estudos de um concurseiro, mas ela aumenta com a prática e o hábito. Também há épocas de recaída em que a concentração fica mesmo prejudicada, especialmente quando fatores extra-concurso nos afetam (saúde, família, problemas financeiros etc.). Minha solução era continuar estudando sempre, ainda que com baixa concentração, para não perder o ritmo ou cair na zona de conforto/preguiça.

Como atividade física, eu praticava corrida, que podia ser feito a qualquer intervalo de estudo e era muito relaxante.

DL - Considerando o cenário atual e o crescente número de candidatos, qual o prazo estimado para alguém, que partiu do zero, ser aprovado em um dos concursos TOP, tais como CGU, TCU, Receita, etc? (em anos, em horas de estudo).

Eu demorei dois anos de estudo quase diário para ser aprovado. A regularidade é importante, nesse caso, pois antes desse período acumulei um ano de cursinho em algumas matérias e estudo individual, porém a carga horária era baixíssima. Essa época foi como um “aquecimento”, uma “preparação de terreno” que fiz antes de encarar.

Nos dias de hoje, eu diria que o prazo médio de estudo, em anos, seria de dois a três anos de estudo quase diário para aprovação em um concurso TOP. Em HBC eu não saberia medir, pois a quantidade de horas despendidas pelo concurseiro não é o mais importante, e sim a qualidade do estudo realizado.

DL - Diga-nos como foi sua adaptação a Brasília, caso seja aplicável.

Não se aplica, pois eu já residia em Brasília antes da aprovação.

DL - Como você avalia o custo de vida em Brasília, em relação a outras capitais, como São Paulo, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro, p. ex.?

Brasília foi mais cara relativamente a outras capitais, especialmente em se tratando de educação de filhos e compra/aluguel de imóveis. No entanto, com a recente valorização imobiliária ocorrida nos últimos dois anos no Brasil, tenho percebido que os preços dos imóveis aqui não estão tão mais altos que nas demais grandes capitais. Embora o custo de vida brasiliense ainda seja ligeiramente mais alto que em outras grandes cidades, Brasília oferece muitas vantagens também, como a elevada qualidade de vida.

[comento: aqui eu discordo em relação ao preço dos imóveis para compra, que está mais para a Ilha da Fantasia ou Alcatraz, depende do referencial... risos. Quanto ao aluguel, ainda é caro, mas é mais aceitável do que a compra, se se morar fora do Plano Piloto. Sobre a qualidade de vida, sou obrigado a concordar que é melhor do que muitas capitais, embora isso não se aplique, na mesma medida, a todas as cidades satélites do DF]

DL - O que você nos diz: valeu a pena? Faria tudo novamente? Mudaria algo na estratégia adotada?

Com certeza valeu a pena! Faria tudo novamente. Se eu soubesse que o TCU era um local tão bom de se trabalhar, teria estudado até mais e não teria me dado ao luxo de ter alguns momentos de descanso (risos)!

DL - Você, como ex-concurseiro, se sente realizado com a conquista? Por quê?

Totalmente.

DL - Geralmente vemos muito ex-concurseiros respondendo à pergunta "como está sendo o novo trabalho" e a resposta quase sempre é um "conto de fadas" ou um "curtindo a vida adoidado", merecido por sinal (risos). Mas há poucos (ou nenhum) relatos de aprovados que não se adaptaram ou simplesmente não gostaram do novo emprego. Então, é tudo tão bom quanto falam? O concurso é, de fato, a solução para quem está insatisfeito na iniciativa privada?

É verdade. O momento imediatamente pós-aprovação é sempre magnífico para todo concurseiro, pois é o coroamento de anos de estudo. Essa pergunta pode ser melhor respondida se perguntada a concurseiros que já ocupam o cargo há pelo menos dois anos, período no qual ocorre a adaptação ao cargo, ao trabalho e à rotina que lhe são inerentes. Vejo isso no TCU. Alguns colegas encontram-se insatisfeitos com o trabalho ou estão entediados.

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Nesse caso, o problema é que a pessoa buscou o concurso exclusivamente pela questão financeira. Sem olhar as atribuições do cargo pretendido. Como eu consegui unir interesse pela atividade desenvolvida no cargo com a boa remuneração, creio que cheguei a um equilíbrio. Agora quem entra pensando só na parte financeira e em “relaxar” (o que não ocorre tanto assim, pois no TCU temos muito trabalho), acaba se frustrando, pois trabalha onde não gosta.

Além disso, a Administração Pública tem suas desvantagens em relação à iniciativa privada, como o excesso de burocracia e a falta de dinamismo. Portanto, se a pessoa estiver disposta a encarar esses fatores e se identificar com a atividade desenvolvida no cargo, o concurso é sim uma excelente alternativa. Do contrário, só trará frustração.

[comento: sempre gostei de frisar isso, que não se deve fazer concurso tendo como única motivação a questão financeira. Já vi casos e casos, e repito: ganhar bem não é sinônimo de realização profissional, por mais ilógico que isso possa parecer. Conheci colegas que abdicaram de trabalhar em órgãos que pagavam salários acima de 2 dígitos (ou seja, no mínimo R$ 10 mil), porque não se sentiram satisfeitos realizando aquele trabalho. É possível? Sim, é.]

DL - Após a nomeação e a tão sonhada posse, como é, genericamente, o ambiente de trabalho? Sente-se realizado profissionalmente?

No TCU o ambiente organizacional é excelente. É o melhor ambiente de trabalho em que já estive. As pessoas em geral são educadas, prestativas, de bom nível intelectual e comprometidas com o que fazem. Juntando isso com o interesse pelas atividades do cargo, sinto-me realizado, sim.

DL - Você é, de fato, um ex-concurseiro ou ainda tem algum projeto de estudos para o futuro? Explique.

Por enquanto, estou aposentado como concurseiro, pois não vislumbro outro cargo cujas atribuições me atraiam mais que as de Auditor Federal de Controle Externo do TCU. Mas posso mudar de ideia no futuro, nunca se sabe, não é?

DL - Você obteve apoio da família e amigos para assumir um projeto de vida tão importante como este (o concurso ficou igual ou pior a um vestibular)?

Fui apoiado pela família e alguns amigos mais próximos. Outros amigos criticavam, não achavam que eu teria sucesso, mas hoje admiram a conquista. Não se importem com isso, pois sempre há a turma “do contra”.

Comparando com o vestibular, o concurso foi um projeto de vida muito mais complicado, certamente!!!

DL - Quais foram os motivos determinantes para decidir por este concurso: status social, dinheiro ou realização pessoal de exercer esta profissão?

Em primeiro lugar, definitivamente, afinidade com o trabalho desenvolvido no cargo. Em segundo lugar, o dinheiro. Em terceiro lugar e quase empatado com o segundo, qualidade de vida e os benefícios oferecidos pelo TCU, principalmente banco de horas e recesso.

DL - Vocês passaram por momentos de estresse no decorrer da preparação, e outros infortúnios como: insônia, estafa, cansaço, etc?

De insônia não sofri, mas de cansaço mental sim. É inevitável. A solução é dedicar algumas horas na semana para o lazer e descontração, e não exagerar na dose!

[comento: preservar a sanidade mental, no sentido de capacidade, é tão ou mais importante do que a aprendizagem em si. Uma mente cansada não consegue mais assimilar, tal qual um músculo “estressado”, que não suporta mais, literalmente, qualquer esforço]

DL - O período do "edital na praça" foi um período de muita tensão e estresse? Como você lidou com isso?

Totalmente. Nesse período eu era dedicação total ao concurso. Muitas vezes nem atendia ao telefone, ao menos que fosse essencial. Cada minuto era precioso para “varrer” a matéria em revisão. O estresse era constante, mas eu tentava controlar. Nesse período cortei ainda mais meu tempo de lazer e abdiquei de atividades físicas. A dedicação era 100%. Por outro lado, deixei de estudar faltando três dias para o concurso, de modo a refrescar a mente. Aconselho isso a todos, por mais que seja difícil cumprir à risca (sempre bate uma tentação de ler uma lei ou revisar um exercício). O importante, porém, é não chegar na hora da prova

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com a mente cansada!

DL - Que conselho deixa aos nossos leitores concurseiros, tantos iniciantes como experientes?

Aconselhar os concurseiros seria uma tarefa quase infindável, dada a complexidade que é assumir um concurso como projeto de vida. Porém, em síntese, eu diria aos concurseiros que tenham paciência, em primeiro lugar. Depois, muita serenidade, calma e perseverança. Nessa jornada ocorrem muitos erros e frustrações e poucos acertos (no final, geralmente). Busquem consenso familiar para terem um ambiente favorável. E se dediquem de corpo e alma. Abdiquem do tempo de lazer e empreguem todas as energias no estudo com qualidade, mais que quantidade.

DL - Suas palavras finais e agradecimentos.

Wally, muito obrigado pela oportunidade de falar novamente depois de alguns anos de aprovado, desculpe a demora em respondê-lo e parabéns pelo trabalho de motivação que você vem fazendo junto aos concurseiros! Um abraço e boa sorte a todos!

Tony, o prazer foi meu, e diria que duplo, já que nos conhecemos na CGU e pude acompanhar, ainda que minimamente, sua vitoriosa trajetória de sucesso. Certamente você é um exemplo de superação, sucesso e dedicação para muitos concurseiros deste país. Só tem uma coisa que não gostei nesse seu depoimento: não veio autografado... risos

Desafiando Limites da aprovação...

Postado em: http://wallysou.com/2011/02/10/blog-desafiando-limites-entrevista-tonysjr/

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Dicas diversas (FAQ) sobre concursos

Clique na pasta para abrir o link de acesso às dicas.

A pasta principal contém 2 subpastas, um com quase 20 arquivos diversos e úteis, e outra com dicas de um coaching que fiz com uma dúzia de alunos, em que esclareci dúvidas comuns sobre aprendizagem, estudos, como responder provas e destrinchar um edital. ENJOY IT.

=¬)

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Considerações Finais

Estes textos têm por objetivo auxiliá-lo naquilo que considero a tarefa mais difícil para um concurseiro: não desanimar. Acredite, eu já desanimei tanto e tantas vezes que sei do que estou falando. E também posso afirmar o seguinte: o segredo do sucesso em concursos é não desistir, estudar com constância e regularidade, além de montar uma boa estratégia.

Com isso, quero desejar-lhe sucesso em seus projetos e êxito em sua vida profissional e pessoal, e espero que meus textos possam lhe ser úteis nesse quesito. Como já disse, não quero nada seu além de um esforço para tentar atingir seu máximo e ser um bom profissional, ético, honesto e competente.

Meu muito obrigado por confiar em meu singelo e humilde trabalho como subsídio em sua preparação para o sucesso. Visite meu blog Desafiando Limites e deixe seu comentário, caso queira agradecer ou relatar suas conquistas.

Que Deus o abençoe.

Wallace.

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