antibióticos - seminario ufpb - prof evanizio roque

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ANTIBIÓTICO S João Pessoa, Junho de 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS DEPARTAMENTO DE PROMOÇÃO À SAÚDE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS PROFESSOR EVANÍZIO ROQUE DE ARRUDA JUNIOR

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Antibióticos: Cloranfenicol, aminoglicosídeos, macrolídeos, tetraciclinas, metronidazol, lincosaminas

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Page 1: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

ANTIBIÓTICO

S

João Pessoa, Junho de 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS

DEPARTAMENTO DE PROMOÇÃO À SAÚDE

DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS

PROFESSOR EVANÍZIO ROQUE DE ARRUDA JUNIOR

Page 2: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lucas Eufrásio

Cloranfenicol

Page 3: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Cloranfenicol

Introdução

Droga única e em desuso;

Inicialmente natural: isolado de culturas de Streptomyces

venezuelae;

Em seguida, produção sintética.

Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005.

Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico. 1ª ed. São Paulo: Atheneu;

2006.

Page 4: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Cloranfenicol

Mecanismo de Ação

Ação bacteriostática: inibição da síntese proteica (fração

50S do ribossomo).

Ação bactericida: mecanismo de ação não suficientemente

claro sobre H. influenzae, S. pneumonie, Neisseria

meningitidis e Salmonella typhi.Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005.

Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico. 1ª ed. São Paulo: Atheneu;

2006.

Page 5: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Cloranfenicol

Mecanismo de Resistência

Inativação enzimática:

Por produção de acetiltransferase;

Por produção de nitrorredutase (anaeróbios).

Por redução da permeabilidade à droga.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006

Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45

(supp 1):S89-95.

Page 6: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Propriedades Farmacológicas

Vias de administração:

Oral: absorção rápida e quase completa.

Biodisponibilidade próxima à 100%.

Endovenosa: indicada para casos graves em que a VO está

inviabilizada.

Biodisponibilidade menor que 70%.

Meia vida: aproximadamente 3 horas.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006

Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45

(supp 1):S89-95.

Cloranfenicol

Page 7: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Difunde-se muito bem em todos líquidos e tecidos

orgânicos:

Atinge grande concentração no fígado, pulmão, coração, baço,

tecido linfoide, líquido ascítico e pleural, saliva, etc..

Apresenta maior passagem para tecido cerebral e LCR - 66% da

conc. sérica.

Aplicações tópicas oculares.

Baixa concentração nos ossos e próstata.

Via de excreção: bile e urina.

Metabolização hepática: glicuronização.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006

Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45

(supp 1):S89-95.

Cloranfenicol

Page 8: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Interações Medicamentosas

Metabolização acelerada pelo fenobarbital, hidantoína e

rifampicina, bem como reduz a metabolização desses.

Ação sinérgica com ATB beta-lactâmicos contra

microrganismos produtores de beta-lactamases.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006

Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45

(supp 1):S89-95.

Cloranfenicol

Page 9: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Uso Clínico

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Em desuso por toxicidade Uso mantido por

custo muito baixo

Cloranfenicol

Page 10: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Meningites em crianças (2 meses a 10anos):

Ampicilina mais cloranfenicol.

Atividade contra pneumococo, meningococo e hemófilo:

RESISTÊNCIA CRESCENTE!

Substituição por ceftriaxona: menor toxicidade, muito disponível e

barata.

Febre tifóide: Salmonella typhi:

Ampicilina/Amoxicilina, SMX/TMP, Ciprofloxacina.

Ricketisioses em menores de 8 anos:

Em substituição à doxiciclina.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006

Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45

(supp 1):S89-95.

Cloranfenicol

Page 11: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Infecções mistas contendo anaeróbios:

Abscessos cerebrais: + Penicilina G cristalina.

Infecções abdominais: + Pen G + Gentamicina.

Esquema preferível: Ceftriaxona + Oxacilina + Metronidazol.

Infecções por H. influenzae - sensível a cefotaxima eceftriaxona:

Celulites, epiglotites, artrites sépticas, osteomielites e meningites.

Gastroenterites por S. typhi e outros gram negativos: ciproou ceftriaxona.

Granuloma inguinal (K. granulomatis): doxiciclina eLinfogranuloma venéreo (C. trachomatis): azitromicina.

Peste bubônica e brucelose: tto com streptomicina +doxiciclina.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006

Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45

(supp 1):S89-95.

Cloranfenicol

Page 12: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Efeitos Adversos

Aplasia Medular:

Incidência 1:40000;

Despovoamento da medula óssea e pancitopenia periférica;

Hipocelularidade medular com invasão gordurosa;

Frequentemente irreversível – independente da dose e tempo de

uso, pode ocorrer mesmo após a descontinuação da droga.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006

Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45

(supp 1):S89-95.

Cloranfenicol

Page 13: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Carolina Ramos

Aminoglicosídeos

Page 14: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Conceito e Classificação

Estreptomicina e o fungo Streptomyces griseus.

Principais drogas em nosso meio: gentamicina,

tobramicina, amicacina, netilmicina, paramomicina e

espectinomicina.

Aminoglicosídeos

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 15: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Aminoglicosídeos

Mecanismo de Ação

Ligam-se à fração 30S dos

ribossomos, inibindo a síntese

proteica ou produzindo proteínas

defeituosas.

Primeiramente, liga-se à superfície da

célula bacteriana e, em seguida, é

transportado através da parede, por

um processo dependente de energia

oxidativa.

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 16: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Aminoglicosídeos

Mecanismos de Resistência

Alteração dos sítios de ligação no ribossomo;

Alteração na permeabilidade;

Modificação enzimática da droga.

Os genes que conferem resistência podem estar associados a plasmídeos

conjugativos e não conjugativos e em transposons.

Esse genes parecem ser constitutivos, não sendo induzidos pela presença

do antimicrobiano.

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 17: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Aminoglicosídeos

Propriedades Farmacológicas

Má biodisponibilidade por VO;

Administrados IM ou EV;

Eliminação por filtração glomerular.

Concentração-dependência.

Concentração extracelular e intracelular.

Líquido pleural, pericárdico, ascítico e sinovial X líquor.

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 18: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Indicações Clínicas

Bacilos e cocos gram-negativos

aeróbios

Bactérias gram-positivas

Micobactérias

AminoglicosídeosAminoglicosídeos

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Septicemias Endocardites

Infecções do trato urinário

Infecções respiratórias

Infecções intra-

abdominais

Infecções oculares

Meningites em RN

Osteomielitese infecções

de articulações.

Page 19: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Principais Aminoglicosídeos

Estreptomicina

Mycobacterium tuberculosis e M. bovis.

Esquemas alternativos contra TB: resistência à isoniazida e/ou à

rifampicina, ou necessidade de terapia parenteral.

Gentamicina

Bacilos gram-negativos: P. aeruginosa e Serratia spp.

Esquemas combinados com ß-lactâmicos: enterococos.

Maior penetração placentária.

Aminoglicosídeos

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 20: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Principais Aminoglicosídeos

Amicacina Maior espectro de ação.

Gram-negativos resistentes à gentamicina.

Terapia empírica de infecções relacionadas

à assistência à saúde.

Micobacterioses.

Tobramicina Formulações tópicas em colírio ou pomada oftálmica.

Neomicina Formulações tópicas associadas a outros antimicrobianos e/ou

corticoides

Aminoglicosídeos

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 21: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Aminoglicosídeos

Efeitos Colaterais

Nefrotoxicidade IRA não oligúrica.

FR: uso concomitante de outras drogas nefrotóxicas, idade avançada,doença hepática subjacente, uso prévio de aminoglicosídeos e estadoshipovolêmicos.

Ototoxicidade Lesão auditiva: zumbido e perda da audição.

Lesão vestibular: vertigem, ataxia e perda do equilíbrio.

Irreversibilidade.

Paralisia Neuromuscular Paralisia respiratória.

FR: miastenia gravis, hipocalcemia, hiperfosfatemia, botulismo.

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 22: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Thaís Teixeira

Macrolídeos

Page 23: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Macrolídeos

Introdução

Antibióticos formados

quimicamente por heterosídeos

contendo um anel lactona

macrocíclico.

Representantes:

Eritromicina, azitromicina,

claritromicina, espiramicina,

roxitromicina, telitromicina,

diritromicina.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Page 24: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Mecanismo de Ação

Ação bacteriostática;

Bloqueio da síntese proteica bacteriana;

Ligam-se à subunidade 50S do ribossomo e impedem a

transferência dos aminoácidos conduzidos pelo RNAt para

a cadeia polipeptídica em formação.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 25: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Espectro de Ação

Eritromicina:

Bactérias gram-positivas, cocos gram-negativos, espiroquetas,bacilo da coqueluche, actinomicetos, Chlamydia, Campylobacter,Mycoplasma, Legionella, Gardnerella vaginalis.

Claritromicina:

Bactérias atípicas, Chlamydia trachomatis, Mycoplasmapneumoniae e Legionella. Possui atividade contra Haemophilusinfluenzae.

Azitromicina:

Gram-negativos (H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseriagonorrhoeae e espécies de Campylobacter e Legionella.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 26: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Resistência

Natural: enterobactérias.

Adquirida: S. aureus, S. epidermidis, S. pneumoniae.

Pode resultar de mutações cromossômicas ou da aquisição de

plasmídios.

A expressão da resistência consiste, principalmente, em

modificações na unidade 50S do ribossomo bacteriano.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 27: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Farmacocinética e Metabolismo: Eritromicina

Inativada em meio ácido, possuindo absorção reduzida

quando administrada junto a alimentos.

Possui menor meia-vida, necessitando de 4

administrações diárias.

Metabolizada no fígado e excretada, principalmente, pelas

vias biliares.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 28: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Farmacocinética e Metabolismo: Claritromicina

Níveis séricos mais elevados e prolongados que a

eritromicina, necessitando de apenas 2 administrações

diárias.

Não sofre inativação em meio ácido.

Eliminação, predominantemente, por via renal.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 29: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Farmacocinética e Metabolismo: Azitromicina

Possui a maior meia-vida, necessitando de apenas uma

administração diária.

Alimentos e antiácidos interferem na sua absorção

Possui elevada concentração nos tecidos.

Eliminação, principalmente, através da mucosa intestinal.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 30: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Interações Medicamentosas

Eritromicina e Claritromicina:

Teofilina;

Benzodiazepínicos;

Carbamazepina.

Azitromicina;

Digoxina.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 31: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Indicações Clínicas

Eritromicina:

Coqueluche, difteria, eritrasma, legioneloses, pneumoniasintersticiais por Mycoplasma pneumoniae.

Claritromicina:

Infecções das vias aéreas superiores e inferiores.

Indicação especial nas infecções pulmonares por Chlamydiapneumoniae, Legionella pneumophila e Mycoplasmapneumoniae.

Azitromicina:

Infecções respiratórias e dermatológicas por estreptococos eestafilococos.

Infecções respiratórias por Haemophilus influenzae e Bordetellapertussis.

Infecções urogenitais por clamídias e micoplasmas.Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 32: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Efeitos Adversos

Mais comuns e intensos com a eritromicina.

Náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, pirose.

Estolato de eritromicina: pode haver icterícia colestática

com febre, vômitos, hepatomegalia dolorosa, colúria e

acolia fecal.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Macrolídeos

Page 33: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Geronimo Neto

Tetraciclinas

Page 34: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Introdução

Formados por hidrocarbonetos aromáticos polinucleares.

Amplo espectro de ação.

Segunda classe de antibiótico de amplo espectro maisantiga (1948).

No Brasil: tetraciclina na forma de cloridrato e de fosfato,oxitetraciclina, doxiciclina e minociclina.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Tetraciclinas

Page 35: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Mecanismo de Ação

Inibição da síntese proteica (porção 30S do ribossoma -

bloqueia a ligação do RNA transportador).

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Tetraciclinas

Page 36: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Mecanismo de Resistência

Principal: diminuição da acumulação da droga no interior

da célula.

Cromossômica.

Mediada por plasmídeos ou transposons.

Utilização veterinária.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Tetraciclinas

Page 37: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Vias de Administração

Via oral

Principal via

Biodisponibilidade 60 a 70%

IM

Lidocaína

Muito efeito adverso

IV

Flebite

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Tetraciclinas

Page 38: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Espectro de Ação

Gram positivos, Gram negativos, riquétsias, micoplasmas,

clamídias, borrélias, espiroquetas, actinomicetas,

legionelas e algumas micobactérias.

Ação limitada: Entamoeba histolytica e os plasmódios

causadores da malária no homem.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Tetraciclinas

Page 39: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Propriedades Farmacológicas

A absorção oral é prejudicada pela ingestão concomitante

de alimentos, antiácidos, leite e ferro.

É encontrada em pequena quantidade em muitos fluidos

orgânicos como: fígado, pulmões, rins cérebro, escarro,

LCR, líquido sinovial. Atravessam a barreira

transplacentária e são excretadas no leite materno.

São eliminadas na urina e fezes, sendo a via renal a mais

importante.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Tetraciclinas

Page 40: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Indicações Clínicas

Infecções por clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e

actinomicose.

São alternativas para infecções por Mycoplasma

pneumoniae, N. gonorrhoeae, H. ducrey, Treponema

pallidum e em pacientes com traqueobronquites e

sinusites.

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Tetraciclinas

Page 41: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Efeitos Colaterais

Podem causar reações alérgicas: urticárias, edemaprioritário, exantemas.

Alterações na cor dos dentes em crianças, hipoplasia doesmalte dentário e crescimento ósseo anormal.

Náuseas, vômitos e diarreia.

Cefaleias, incapacidade de concentração e hipertensãointracraniana (mais raros).

Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.

Tetraciclinas

Page 42: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Ana Barbara

Metronidazol

Page 43: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Conceito e Classificação

Grupo nitroimidazólico;

Droga usada, pela primeira vez, em 1959 para tratamento deinfecções por Trichomonas vaginalis; 1962 uso em bactériasanaeróbias;

Excelente atividade contra bactérias anaeróbias estritas (cocosgram-positivos, bacilos gram-negativos, bacilos gram-positivos)e microaerófilas; e certos protozoários como amebíase,tricomoníase e giardíase.

Metronidazol

1-(2-hidroetil)-2-metil-5-

nitroimidazolhttp://www.anvisa.gov.br/

Page 44: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Espectro de Atividade

Bactérias Anaeróbias

• Bacteriodis fragilis

• Treponema pallidum

• Espiroquetas orais

• Gardnerella

Bactérias Microaerófilas

• Helicobacter pylori

• Campylobacterfetus

Parasitas

• Trichomonasvaginalis

• Giardia lamblia

• Entamoebahistolytica

Metronidazol

Penildon Silva - Farmacologia, 8ª

edição

Page 45: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Mecanismo de ação

Mecanismo de Ação

Início rápido1. Penetração da droga na célula do microorganismo;

2. Ativação redutora;

3. Efeito tóxico do derivado reduzido (hidroxi);

4. Liberação de produtos finais inativos;

Potente ação bactericida e protozoaricida!

Metronidazol

Penildon Silva - Farmacologia, 8ª

edição

Page 46: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Farmacocinética

Farmacocinética

VO, TÓPICA e IV: rápida e quase completa absorção.

Meia-vida de 8 horas, aproximadamente.

Metabolizado, principalmente, pelo fígado.

Eliminação, principalmente, pela urina (60-80%).

Boa penetração no SNC e na placenta.

Apenas 10% se ligam a proteínas plasmáticas,

distribuindo-se amplamente; atinge todos os tecidos e

fluidos do organismo.

Metronidazol

Penildon Silva - Farmacologia, 8ª

edição

Page 47: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Usos Clínicos

Amebíase intestinal e extra-intestinal.

Giardíase. Balantidíase

Infecções intra-abdominais, obstétricas e ginecológicas causadas por

bactérias anaeróbias

Bacteremia e infecções de ossos e

articulações de tecidos moles por

bactérias anaeróbias

Diarreia e Colite pseudomembranosa

por Clostridiumdificile

(associado)

Doença periodôntica

Erradicação do H. pylori na úlcera

péptica

(associado)

Rosácea Doença de Crohn

Abcessos cerebrais, subfrênicos, abdominais,

hepáticos

Penildon Silva - Farmacologia, 8ª

edição

Metronidazol

Page 48: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Vias de administração

Vias de Administração

Via oral

Via intravenosa (casos graves)

Via retal

Via intravaginal

Uso tópico

Metronidazol

Page 49: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Efeitos adversos

Efeitos Adversos

De modo geral é bem tolerado!

Gravidez* Amamentação*

Reações mais simples

• Pertubações gastrointestinais leves

• Neutropenia reversível

• Sabor metálico

• Urina escura ou vermelho-marrom

• Exatema maculopapular

• Urticária ou, raramente, erupção pustular

• Queimor vaginal e uretral

• Ginecomastia

Reações mais sérias

• Convulsões

• Encefalopatia

• Disfunção cerebelar

• Ataxia

• Neuropatia periférica

• Reação do tipo dissulfiram com álcool*

• Potencialização dos efeitos da varfarina

• Pancreatite branda

Metronidazol

Page 50: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Resistência

Resistência

SURGE RARAMENTE

Diversos mecanismos envolvidos:

Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano;

Diminuição da capacidade de realizar a redução intracelular.

Eventualmente T. vaginalis pode se tornar resistente.

Metronidazol

Penildon Silva - Farmacologia, 8ª

edição

Page 51: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Edgar Dantas

Lincosaminas

Page 52: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lincosaminas

Conceito e Classificação

Obtido, em 1962, da fermentação do

Streptomyces lincolnensis.

Antibiótico Natural Lincomicina

Antibiótico Semi-sintético

Clindamicina

Antibióticos e quimioterápicos para o clínico.

2005.

Page 53: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lincosaminas

Mecanismo de Ação

Ação bacteriostática.

Inibem a síntese proteica nos ribossomos, ligando-se a

subunidade 50S

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 54: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lincosaminas

Mecanismo de Resistência

A resistência a este grupo, que geralmente confere

resistência cruzada aos macrolídios, se deve:

Alterações no sítio receptor do ribossoma;

Mudanças mediadas por plasmídeos, no RNA 23S da

subunidade 50S do ribossoma.

Google

Imagens Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 55: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lincosaminas

Propriedades Farmacológicas: Lincomicina

Administração por via oral ou por via parenteral.

Não ultrapassa a barreira hematoencefálica normal.

Metabolização no fígado e eliminação por via urinária,

biliar e fecal.

É hemodialisável.

Interações medicamentosas com eritromicina. Também

interage com os bloqueadores neuromusculares.

Antibióticos e quimioterápicos para o clínico.

2005.

Page 56: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lincosaminas

Propriedades Farmacológicas: Clindamicina

Administração por via oral e parenteral. Formas de

apresentação: palmitato, cloridrato e fosfato de

clindamicina.

Não ultrapassa a barreira hematoencefálica normal.

Metabolização no fígado e eliminação por via renal e,

principalmente, por via biliar.

Não é eliminada na diálise peritoneal ou hemodiálise.

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 57: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lincosaminas

Indicações Clínicas: Lincomicina

Tratamento de infecções estreptocócicas, pneumocócicase estafilocócicas de pequena e média gravidade, bemcomo na difteria.

Apresenta elevada concentração óssea » útil emosteomielites estafilocócicas agudas e crônicas.

Alternativa em pacientes com hipersensibilidade àspenicilinas.

VO: 30-50 mg/kg/dia, fracionada 6/6h ou 8/8h.

IM: 10-20 mg/kg/dia, 12/12h.

IV: 30-50 mg/kg/dia, fracionada 8/8h ou 12/12h.Antibióticos e quimioterápicos para o clínico.

2005.

Page 58: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lincosaminas

Indicações Clínicas: Clindamicina

Principal: infecções por bactérias anaeróbias,particularmente o Bacteroides fragilis e as Prevotella,produtores de beta-lactamases.

Fasciites e celulites necrotizantes, sinusite crônica,abscessos periamigdaliano e retrofaríngeo, pneumonia deaspiração, actinomicose, abscessos hepáticos, pulmonar esubfrênico, peritonites, pelviperitonites, apendicitesupurada, aborto séptico e sepses por anaeróbios.

Alternativa terapêutica para corioretinite ou encefalite porToxoplasma gondii e malária por P. vivax e P. falciparum.

Dose usualmente recomendada: 15-40 mg/kg/dia, fracionada de8/8h.

Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

Page 59: Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque

Lincosaminas

Principais Efeitos Colaterais

Por ter eliminação biliar, é alta aconcentração da clindamicina nas fezes,suprimindo a flora anaeróbica.

Em torno de 8% dos pacientes têmdiarreia. Destes, 10% têm colite associadaao uso de antimicrobianos (colitepseudomembranosa), causada peloClostridium difficile que costuma serresistente à clindamicina.

Exantema ocorre em 10% dos pacientes.

Febre, eosinofilia e reações anafilactóidessão raras.

Pode ocorrer flebite após infusãoendovenosa.

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Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso

Clínico

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OBRIGADO

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Referencial Bibliográfico

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