ano xvii – nº 3.475 – brasília, terça … · 2011. 6. 28. · morou, ontem, o dia do orgulho...

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www.senado.gov.br/jornal Ano XVII – Nº 3.475 – Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011 Soluções para meio ambiente na pauta da semana Debates com a ministra e com produtores rurais reativam negociações em torno da aprovação do projeto de novo Código Florestal ainda este ano O tema do meio ambiente deve dominar os debates no Senado esta sema- na. A ministra Izabella Teixeira participa de audiência pública conjunta da CMA e da CRA, na quinta-feira, para debater o novo Código Florestal, que tramita nas duas comissões e na CCJ. Na sexta-feira, organiza- ções e cooperativas agropecuá- rias debatem com os senadores. Já adotado em vários estados e municípios, o chamado paga- mento por serviços ambientais (PSA) pode ser um dos trunfos do governo para aprovar o código ainda este ano. 3 A mais recente pesquisa reali- zada pelo DataSenado revelou que 74% dos brasileiros acredi- tam que o Senado pode ajudar muito a resolver as principais preocupações do país. Também ficou clara a crença da esma- gadora maioria na liberdade de imprensa (85%) e de que a democracia ainda é a melhor forma de governo (76%). 2 Apresentar um projeto de lei não é prerrogativa exclusi- va dos três Poderes. Também a sociedade pode participar diretamente do processo, por meio de sugestões de pro- jetos de leis analisados pela Comissão de Direitos Huma- nos e Legislação Participativa (CDH). Proposta de Rodrigo Rollemberg quer permitir que essa participação se es- tenda a emendas à Constituição. 8 Em sessão especial que come- morou, ontem, o Dia do Orgulho Autista (18 de junho), pais de portadores da síndrome e repre- sentantes de associações defende- ram o projeto de lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa Autista, aprova- do este mês no Senado e em tra- mitação na Câmara, como forma de buscar atendimento adequado e diagnósticos precoces. 6 Participação direta do cidadão na elaboração das leis do país Senadores e famílias querem políticas públicas especiais para os autistas Pesquisa reitera confiança da população no trabalho do Senado Comissão terá 60 dias para definir distribuição de royalties 3 Ouvidoria será instalada às 12h e terá à frente Flexa Ribeiro 5 Produtor de açaí, em Feijó (AC): o estado é um dos vários da Federação que já adotam mecanismos de pagamento por serviços ambientais como forma de incentivar a preservação e oferecer alternativas econômicas à população local Horácio Leitão, Marisa Furia, Paulo Paim, Adriana Alves e Berenice Piana durante sessão especial Geraldo Magela/Senado Federal Angela Peres/Secom Acre Apoio Qual ` sua maior preocupação hoje? 33% saúde 26% segurança pública 16% educação 10% emprego 8% custo de vida 3% habitação 1% infraestrutura Quanto o ` Senado pode ajudar a resolver essa preocupação? 74% muito 13% pouco 6% não pode ajudar

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  • www.senado.gov.br/jornal Ano XVII – Nº 3.475 – Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011

    Soluções para meio ambiente na pauta da semanaDebates com a ministra e com produtores rurais reativam negociações em torno da aprovação do projeto de novo Código Florestal ainda este ano

    O tema do meio ambiente deve dominar os debates no Senado esta sema-na. A ministra Izabella Teixeira participa de audiência pública conjunta da CMA e da CRA, na quinta-feira, para debater o novo Código Florestal, que tramita nas duas comissões e na

    CCJ. Na sexta-feira, organiza-ções e cooperativas agropecuá-rias debatem com os senadores. Já adotado em vários estados e municípios, o chamado paga-mento por serviços ambientais (PSA) pode ser um dos trunfos do governo para aprovar o código ainda este ano. 3

    A mais recente pesquisa reali-zada pelo DataSenado revelou que 74% dos brasileiros acredi-tam que o Senado pode ajudar muito a resolver as principais preocupações do país. Também ficou clara a crença da esma-gadora maioria na liberdade de imprensa (85%) e de que a democracia ainda é a melhor forma de governo (76%). 2

    Apresentar um projeto de lei não é prerrogativa exclusi-va dos três Poderes. Também a sociedade pode participar diretamente do processo, por meio de sugestões de pro-jetos de leis analisados pela

    Comissão de Direitos Huma-nos e Legislação Participativa (CDH). Proposta de Rodrigo Rollemberg quer permitir que essa participação se es-tenda a emendas à Constituição. 8

    Em sessão especial que come-morou, ontem, o Dia do Orgulho Autista (18 de junho), pais de portadores da síndrome e repre-sentantes de associações defende-ram o projeto de lei que institui a

    Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa Autista, aprova-do este mês no Senado e em tra-mitação na Câmara, como forma de buscar atendimento adequado e diagnósticos precoces. 6

    Participação direta do cidadão na elaboração das leis do paísSenadores e famílias querem políticas

    públicas especiais para os autistas

    Pesquisa reitera confiança da população no trabalho do SenadoComissão terá 60 dias para definir

    distribuição de royalties 3

    Ouvidoria será instalada às 12h e terá à frente Flexa Ribeiro 5

    Produtor de açaí, em Feijó (AC): o estado é um dos vários da Federação que já adotam mecanismos de pagamento por serviços ambientais como forma de

    incentivar a preservação e oferecer alternativas econômicas à população local

    Horácio Leitão, Marisa Furia, Paulo Paim, Adriana Alves e Berenice Piana durante sessão especial

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    Acre

    ApoioQual `

    sua maior preocupação hoje?

    33% saúde26% segurança pública16% educação10% emprego8% custo de vida3% habitação1% infraestrutura

    Quanto o ` Senado pode ajudar a resolver essa preocupação?

    74% muito13% pouco6% não pode ajudar

  • 2 Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011

    Alô Senado 0800 61-2211 www.senado.gov.br/jornal

    PESquISA REALIzADA PELO DataSenado entre 27 de maio e 14 de junho de 2011 revelou que 74% dos 1.373 entrevistados acreditam que o Senado pode ajudar muito a resolver as prin-cipais preocupações dos brasi-leiros. Já os que acreditam que o Senado pode ajudar pouco foram 13%, os que acham que não pode ajudar nada foram 6% e 7% disseram não saber ou não responderam.

    Em pesquisa anterior, feita em outubro de 2010, 76% dos entrevistados disseram que o Senado podia ajudar muito, 14% que podia ajudar pouco, 5% que não podia ajudar e 5% disseram não saber ou não responderam.

    As principais preocupações dos brasileiros, segundo a pes-quisa atual, permanecem sendo saúde, com 32% (eram 35% na pesquisa de outubro de 2010); segurança, com 27% (26% em outubro de 2010); educação, com 16% (mesmo índice de outubro de 2010); e emprego, com 10% (12% em outubro de 2010).

    quando observados apenas os habitantes das capitais, se-gurança pública passa a figurar como principal preocupação, com 33% das respostas; seguida por saúde (28%) e educação (15%).

    Sobre a avaliação que os en-trevistados fazem do Senado, não houve mudança significa-tiva em relação à pesquisa de outubro de 2010. Conforme os resultados mais recentes, 27% dos participantes consideram boa ou ótima a atuação da Casa, 49% a consideram regu-lar e 22% consideram ruim ou péssima.

    quando questionados sobre o desempenho do Senado na fiscalização dos atos do governo federal, 14% dos entrevistados afirmaram que o Senado cum-pre bem esse papel, 51% acha-

    ram que cumpre mais ou menos e 32% avaliaram que o Senado desempenha mal essa função. Por outro lado, 9% afirmaram

    que o Senado cumpre bem o papel de elaborar leis, 55% que cumpre mais ou menos e 33% que cumpre mal.

    A agenda completa, incluindo o número de cada proposição, está disponível na internet, no endereço

    www.senado.gov.br/agencia/agenda.aspx

    Agenda

    A Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e Outros realiza audiência pública para

    discutir a experiência de movimentos sociais na prevenção à dependência química. Estão convidados representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de igrejas evangélicas.

    9h

    Comunidades religiosasDrogas

    A inclusão digital como fator de desenvolvimento regional é o tema do segundo painel do ciclo de debates da Comissão de Desenvolvi-

    mento Regional e Turismo. Entre os participantes, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

    14h

    Inclusão digitalCDR

    Audiência pública da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle com a presença do presidente da Confederação

    Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, e do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, entre outros, para debater o Plano Nacional dos Resíduos Sólidos. Logo após, reunião para analisar, entre os 17 itens da pauta, projeto que trata da destinação de animais silvestres apreendidos.

    9h

    Resíduos sólidosCMA

    O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, participa de audiência pública da Comissão Temporária de Alterações no Sistema

    Nacional de Defesa Civil.

    9h30

    Ministro da Integração NacionalDefesa civil

    Entre outros itens, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte examina projeto que estabelece prazo de validade para o exame da OAB.

    11h

    Exame da OABCE

    O Coral do Senado e o Coro Lírico da Escola de Música de Brasília realizam o concerto Misa a Buenos Aires no Salão Negro do Palácio

    do Congresso.

    18h

    Concerto no CongressoCoral

    Instalação da comissão parlamentar de inquérito que irá investigar denúncias de irregularidades no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), com eleição do presidente e do vice-presidente da comissão, após a ordem do dia.

    Início dos trabalhos de investigaçãoCPI do Ecad

    A Comissão de Assuntos Econômicos realiza audiência pública com o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para debater o

    tema “Economia e competitividade: a importância da inovação”.

    10h

    Inovação em C&TCAE

    Desenvolvimento e direitos sociais

    A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa promove audiência pública para debater a integração entre o desenvolvimento

    do país e os direitos humanos e sociais.

    9h

    CDH

    Cerimônia de instalação da Ouvidoria do Senado Federal. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) foi indicado para ocupar o cargo de ouvidor-geral.

    Instalação e posse do ouvidor-geralOuvidoria

    A Medida Provisória 526/11, que aumenta o volume de financiamento do BNDES, continua trancando a pauta.

    14h

    Plenário Reforço para o BNDES

    O senador José Sarney participa da cerimônia de instalação da Ouvidoria do Senado Federal; às 12h30, recebe o ex-ministro das Cidades, Márcio

    Fortes. Às 16h, preside a ordem do dia.

    12h

    Presidência Cerimônia de instalação da Ouvidoria

    SESSÕES ON-LINE: Confira a íntegra das sessões no Plenário e nas comissões Plenário: www.senado.gov.br/atividade/plenario/sessao

    Comissões: www.senado.gov.br/atividade/comissoes/sessao

    Democracia e bem-estar econômico

    Fonte: DataSenado

    Levantamento realizou 1.373 entrevistas telefônicas em 119 municípios entre 27 de maio e 14 de junho

    SENADO FEDERAL `O Senado possui o papel de `

    elaborar leis que ajudem o país. Em sua opinião, o Senado:

    55% cumpre mais ou menos esse papel33% cumpre mal esse papel9% cumpre bem esse papel

    O Senado também possui o papel `de fiscalizar as ações do governo federal. Em sua opinião, o Senado:

    51% cumpre mais ou menos esse papel32% cumpre mal esse papel14% cumpre bem esse papel

    Qual sua opinião sobre a `atuação do Senado Federal?

    49% regular23% boa12% ruim10% péssima5% ótima

    Pesquisa revela confiança no papel do SenadoDataSenado ouviu 1.373 pessoas e 74% delas avaliaram que o Senado pode ajudar a resolver problemas nas áreas de saúde, segurança pública e educação

    uma parcela de 76% dos entrevistados pela pesquisa do DataSenado afirmou que a democracia é “sempre a me-lhor forma de governo”. Esse número é um pouco inferior ao constatado na edição an-terior da pesquisa, realizada em outubro de 2010, durante o período eleitoral. Na época, os resultados apontavam que 83% dos brasileiros apoiavam a democracia como a melhor forma de governo sempre.

    Na opinião de 85% dos en-trevistados, a liberdade de im-prensa favorece a democracia, enquanto para 74% a existên-cia de muitos partidos políticos é considerada prejudicial para o regime democrático.

    A pesquisa identificou que a adesão à democracia é particu-larmente menor entre os mais jovens da população, entre 16 e 19 anos (67%), entre os que completaram somente até o ensino fundamental (66%) e entre aqueles que recebem

    até 2 salários mínimos por mês (72%).

    O Congresso Nacional, en-quanto instituição indispen-sável para o funcionamento democrático, também parece ter sido afetado por essa ten-dência. A proporção das pes-soas que vêem o Parlamento como muito importante para a democracia sofreu uma peque-na queda de 76% para 72% na pesquisa de maio de 2011.

    EconomiaA maior parte dos entrevis-

    tados disse acreditar na melho-ra de sua condição econômica para os próximos seis meses (56%). No entanto, esse índice caiu 5 pontos percentuais em relação à última edição da pes-quisa, realizada em outubro de 2010.

    Em contrapartida, aumenta-ram de 6% para 10% os que acreditam que sua condição econômica vai piorar. E de 22% para 25% a proporção

    daqueles que acham que irá permanecer a mesma.

    Essa opinião relativamente mais pessimista, principalmen-te entre os cidadãos de mais idade e de maior escolaridade e renda, reflete a piora per-cebida pela população na sua sensação de bem-estar e na sua própria condição econômica nos últimos seis meses.

    questionados sobre sua vida nos últimos seis meses, 27% responderam que sua sensa-ção de bem-estar melhorou (contra 36% em outubro de 2010), 52% que permaneceu igual (51%) e 19% que piorou (12%). Sobre a condição econô-mica nos últimos seis meses, na atual pesquisa 21% disseram que melhorou (contra 28%), 49% que ficou igual (51%) e 29% que piorou (21%).

    A pesquisa, de abrangência nacional, foi feita por telefone com 1.373 pessoas maiores de 16 anos em 119 municípios, com margem de erro de 3%.

    Fé na democracia e na liberdade de imprensa

    Qual sua maior ` preocupação hoje? 33% saúde26% segurança pública16% educação10% emprego8% custo de vida3% habitação1% infraestrutura

    E para você, quanto o ` Senado Federal pode ajudar a resolver essa preocupação?

    74% muito13% pouco6% não pode ajudar

    Em relação à sua vida, nos `últimos seis meses, você diria que sua sensação de bem-estar:

    52% permaneceu igual27% melhorou19% piorou

    E sua ` condição econômica nos últimos seis meses?

    49% permaneceu igual29% piorou21% melhorou

    E nos ` próximos seis meses, você acha que sua condição econômica vai:

    56% melhorar25% permanecer igual10% piorar

    Qual frase melhor `descreve sua opinião?

    76% a democracia é sempre a melhor forma de governo

    18% em algumas situações um governo autoritário é melhor

    Quanto você acha que o `Congresso Nacional é importante para a democracia brasileira?

    72% muito18% pouco7% sem importância

    A ` liberdade de imprensa favorece ou prejudica a democracia no Brasil?

    85% favorece12% prejudica

    Muitos ` partidos políticos favorecem ou prejudicam a democracia no Brasil?

    74% prejudica23% favorece

    O ` voto obrigatório favorece ou prejudica a democracia no Brasil?

    49% prejudica47% favorece

  • 3 Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011

    Alô Senado 0800 61-2211 www.senado.gov.br/jornal

    A comissão a ser instalada pelo Senado para discutir a distribuição dos royalties de petróleo e gás, na opinião de Ricardo Ferraço (PMDB-ES), conseguirá chegar a um equi-líbrio para não prejudicar os estados produtores e mesmo assim beneficiar os demais.

    – quero crer que a comis-são terá o papel de buscar o equilíbrio, o consenso, para que possamos apresentar ao país uma proposta que faça a distribuição de recursos, mas que considere os contratos já firmados – disse.

    O senador mencionou o ar-tigo 20 da Constituição, que estabelece em que condições as compensações se dão, em função dos impactos que a extração do petróleo e do gás causa nos estados federados produtores, com demandas no campo da infraestrutura, da qualificação profissional e do meio-ambiente.

    Embora considere justo que os estados não produto-

    res tenham direito à riqueza proveniente da exploração do petróleo, Ferraço disse que não é justo sacrificar os produtores ou fazer essa distribuição à custa desses estados. Ainda de acordo com o senador, a comissão a ser instalada precisa ouvir os governadores de todos os estados envolvidos.

    Ferraço entende, ainda, que o veto à Emenda Ibsen, que estabelecia uma nova distribuição dos royalties do petróleo extraído da camada de pré-sal, somente deve ser apreciada pelo Congresso após a comissão chegar a um consenso. Caso o veto à emenda seja derrubado, a distribuição dos royalties será igualitária para todos os estados e municípios, assim como os contratos em vigor e os futuros. Isso levaria os produtores de petróleo e gás como Espírito Santo e Rio de Janeiro a perdas bilionárias em seus orçamentos.

    Se a comissão que deverá ser criada nesta semana para estudar a partilha dos royal-ties do pré-sal não encontrar uma solução em 60 dias, será colocado em votação o veto presidencial, afirmou ontem o presidente José Sarney.

    A comissão deverá fun-cionar nos moldes daquela criada para apresentar uma proposta de reforma política – a qual produziu uma série de projetos que agora estão sendo analisados pela Comis-são de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

    O grupo deve contar com 16 senadores – quatro da re-gião Sudeste e 12 das outras regiões do país – e também discutirá divergências na concessão de incentivos que

    resultam em guerra fiscal.A distribuição dos recursos

    provenientes da exploração do petróleo é objeto de con-trovérsia entre os estados onde ocorre essa exploração – especialmente Rio de Janeiro e Espírito Santo – e as demais unidades da Federação.

    A emenda aprovada pela Câmara e pelo Senado no ano passado prevê que a distribuição dos royalties seja feita com base nos fundos de Participação dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE), o que poderia acarretar perdas para estados produtores. A emenda foi vetada pelo pre-sidente Lula. Desde então, busca-se uma saída para con-ciliar os interesses de todos os estados.

    O instituto do pagamento por serviços ambientais (PSA) pode ser um dos trunfos do governo federal para ver o projeto do novo Código Flores-tal aprovado ainda este ano. Diversos estados e municípios vêm lançando mão desse ins-trumento nos últimos anos.

    No Amazonas, o Bolsa Flores-ta é classificado pelo governo local como o maior programa de pagamento por serviços ambientais do mundo, com ações em uma área de 10 mi-lhões de hectares, englobando 15 unidades de conservação e atendendo 35 mil pessoas. O governo amazonense também considera seu programa pio-neiro ao priorizar o pagamen-to a populações que vivem em áreas florestais da Amazônia e que se comprometam com o desmatamento zero.

    As ações do programa Bolsa Floresta e seus subprojetos são realizados atualmente em reservas de desenvolvimento sustentável, reservas extrati-vistas, florestas e áreas de pro-teção ambiental e já contam com cerca de oito mil famílias cadastradas e recursos anuais de mais de R$ 4 milhões.

    Em São Paulo, o mais rico estado brasileiro, o PSA é re-gido pela Lei 13.798/09, que instituiu a Política Estadual

    de Mudanças Climáticas. Essa lei foi regulamentada pelo Decreto 55.947/10, que apre-senta mecanismos para que o estado empreenda programas de pagamento por serviços ambientais em parceria com municípios e prevê redução de 20% das emissões de gases de efeito estufa até 2020.

    No Acre, as práticas de paga-mento por serviços ambientais são regidas pela Lei 2.308/10, que criou o Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Am-bientais (Sisa) e o programa de Incentivos por Serviços Ambientais (Isa Carbono).

    O Sisa tem como focos prio-ritários a diminuição do fluxo de carbono, a conservação da sociobiodiversidade, das águas e serviços hídricos, do solo e de belezas cênicas naturais, a re-gulação do clima e valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico.

    Em Santa Catarina, a Lei 15.133/10 criou o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais. Os be-neficiários são prioritaria-mente agricultores familiares, indígenas e assentados da reforma agrária remunera-dos por promoverem a con-servação ou recuperação de “áreas provedoras de serviços ambientais”.

    No Senado tramitam vários projetos tratando do pagamento por serviços ambientais (PSA). O PLS 483/09, do então senador Gilberto Goellner, prevê compen-sação financeira aos proprietários com áreas vizinhas às unidades de conservação que mantiverem cobertura florestal, especialmen-te em torno de nascentes e ao longo de rios.

    O PLS 131/07, de Jonas Pinheiro (1941-2008), concede incentivos fiscais e creditícios às pessoas e empresas que promovam repo-sição florestal. Já o PLS 142/07, do ex-senador e governador do Espírito Santo, Renato Casa-grande, estabelece retribuição por serviços ambientais aos pro-prietários rurais que adotarem técnicas que resultem na maior disponibilidade de água nas bacias hidrográficas.

    A ex-senadora Serys Slhessa-renko, propôs com o PLS 304/07 isentar do Imposto Territorial Ru-ral (ITR) as áreas preservadas além do limite exigido pela legislação. O PLS 34/08, proposto pela Comis-são Mista de Mudanças Climáticas (2007), incentiva a implantação de acordos de proteção (servidão florestal), de reserva particular do patrimônio natural e de reserva legal, além de subvenção na for-ma de abatimento de dívidas de crédito rural.

    Na sexta-feira, comissão discutirá reforma do código com organizações e cooperativas. Já o Plenário pode votar esta semana projeto que regulamenta licenciamento ambiental

    O CóDIGO FLORESTAL estará no centro dos debates no Senado nesta semana. Na quinta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participará de audiência pública conjunta das comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fisca-lização e Controle (CMA) e de Agricultura (CRA).

    Na sexta-feira, serão as orga-nizações e cooperativas do setor agropecuário que discutirão o

    assunto com os senadores do colegiado.

    Ainda nesta semana, os sena-dores deverão votar em Plenário o projeto de lei da Câmara (PLC 1/10) que regulamenta o licen-ciamento ambiental e define competências da união, dos estados e dos municípios com relação ao setor.

    A proposta, de autoria do deputado Sarney Filho (PV-MA), tramita em regime de urgência,

    mas só pode ser votada depois que o Plenário deliberar sobre a Medida Provisória 526/11, que autoriza a união a conceder crédito de até R$ 55 bilhões ao BNDES e tranca a pauta.

    Resíduos sólidosHoje, a CMA debate política

    de resíduos sólidos e poderá votar projeto sobre substituição de embalagens plásticas por similares biodegradáveis.

    CMA debate Código Florestal com ministra na quinta-feira

    Ferraço espera que comissão solucione questão de royalties

    Senador quer distribuição de recursos entre estados sem prejuízo a produtores

    Sarney põe veto em votação se não se chegar a uma saída

    Sarney espera que comissão apresente uma solução em 60 dias

    Estados já adotam pagamento por serviços ambientais

    Vários projetos de senadores preveem incentivos fiscais

    Extrativistas de castanha no Acre: incentivos a serviços ambientais são lei no estado desde o ano passado

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  • 4 Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011

    Alô Senado 0800 61-2211 www.senado.gov.br/jornal

    O SENADOR ALVARO Dias (PSDB-PR) solicitou voto de pe-sar pela morte do ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, ocorrida sábado, em São Roque (SP). O parlamentar lembrou que, como ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso, Paulo Renato “comandou a uni-versalização do ensino básico”, criou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e o exame de cursos mais tarde conhecido como Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes).

    O líder do PSDB afirmou que o ministro foi também decisivo para a criação do Fundo de Ma-nutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valori-zação do Magistério (Fundef) e para a consolidação do programa Bolsa Escola, que acabou por dar origem ao atual Bolsa Família. Alvaro Dias exaltou a gestão competente e eficiente de Paulo Renato no ministério.

    Alvaro Dias disse ter conhecido Paulo Renato quando era gover-nador e o ex-ministro era reitor

    da universidade Estadual de Campinas (unicamp). Lembrou sua atuação para a consolidação das universidades estaduais.

    Além de reitor da unicamp, Paulo Renato, nascido em Porto Alegre em 1945, foi vice-presi-dente do Banco Interamerica-no de Desenvolvimento (BID). Formado em Economia pela universidade Federal do Rio Grande do Sul, tinha mestrado

    pela universidade do Chile e dou-torado pela unicamp. Foi um dos fundadores do PSDB, assinalou o líder do partido.

    Em nome da bancada do PT, o senador Paulo Paim (RS) elo-giou o ex-ministro e pediu para subscrever o requerimento de Alvaro Dias. Anibal Diniz (PT-AC) e Wilson Santiago (PMDB-PB) também exaltaram a memória do ex-ministro.

    Cícero Lucena (PSDB-PB) tam-bém manifestou ontem sua tristeza pela morte do ex-mi-nistro Paulo Renato Souza. Ele lembrou “o legado inestimável, importantíssimo” de Paulo Re-nato, ministro da Educação nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Nesse legado, incluiu o Enem e o Fundef. Também destacou a expansão do então progra-ma Bolsa Escola, hoje Bolsa Família.

    O senador citou declarações de autoridades sobre a morte de Paulo Renato. Para a presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro “prestou relevantes serviços ao

    país”. O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que Paulo Renato Souza “sempre

    colocou os interesses da educa-ção acima de qualquer outro”. Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Paulo Re-nato “mudou a educação no Brasil, é uma perda imensa”. Já o ex-governador José Serra des-tacou que as principais virtudes do ex-ministro sempre foram “o espírito prático, estudar bem o assunto, avaliar e fazer acontecer”.

    Cícero Lucena afirmou que, como prefeito de João Pessoa, conseguiu, graças ao ex-minis-tro, implantar o Bolsa Escola para um pequeno grupo de crianças que sobreviviam no lixão da cidade.

    Em discurso ontem, Cícero Lucena também lamentou a saída do Senado de Marisa Serrano (PSDB-MS), que as-sumiu o cargo de conselheira do tribunal de contas de seu estado. Para ele, é um ganho para Mato Grosso do Sul, mas uma perda lamentável para o Senado e para o partido – ela teve de se desfiliar para assu-mir o cargo.

    – Perdemos uma compa-nheira ativa, atuante, sempre presente e participante; per-demos uma articuladora com voz equilibrada e conciliado-ra; perdemos uma política experiente, com uma carreira longa e consolidada; perde-mos, enfim, uma pessoa cuja convivência certamente fará falta a todos do partido e desta Casa – afirmou o parlamentar.

    A carta de renúncia da ex-senadora Marisa Serrano foi lida na sessão da tarde, depois que ela tomou posse ontem de manhã como conselheira do Tri-bunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul. Marisa é a segunda mulher a ocupar o car-go de conselheira em 31 anos

    de existência do tribunal.No lugar da senadora, deve

    tomar posse ainda hoje o pri-meiro suplente, Antonio Russo Netto (PR-MS). Paulista, 69 anos, o novo senador é empre-sário e pecuarista.

    Antonio Russo foi, por sete anos, presidente da Associa-

    ção Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes. Tam-bém presidiu o Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do Estado de Mato Grosso do Sul por nove anos e foi vice-presidente da Federa-ção das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems).

    Ao destacar a eleição de José Graziano para o cargo de diretor-geral da Orga-nização das Nações unidas para Agricultura e Alimen-tação (FAO, na sigla em inglês), o senador Wilson Santiago (PMDB-PB) credi-tou a “vitória expressiva” à diplomacia brasileira. Ele mencionou o fato de essa ser uma disputa que inde-pende de partido político e recordou que a indicação foi feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contou com apoio da presi-dente Dilma Rousseff.

    – O Brasil é o único país latino-americano cujos pro-jetos sociais são tomados como referência para um plano mundial sobre o as-sunto, a partir do Fome zero, do Bolsa Família, da Agricultura Familiar, do Garantia Safra e até do Luz para Todos e do recém-lançado Brasil Sem Miséria, que credenciaram o país a enfrentar o problema mun-dial da pobreza e da miséria – afirmou.

    Wilson Santiago salientou a decisão do Banco Mundial (Bird) de implantar progra-

    ma semelhante ao Bolsa Família, em nível internacio-nal, para combater a fome na próxima década.

    O senador destacou a en-trevista de Graziano, logo após ter seu nome confirma-do para o órgão das Nações unidas, quando manifestou preocupação com preços dos alimentos, que, segundo ele, “deverão permanecer altos enquanto não for obtida estabilização econô-mica global”. O parlamentar apontou como problemas os subsídios dados aos agri-cultores nos Estados unidos e Europa e ao plantio de biocombustíveis.

    – Em poucos anos, estudos indicam, nos tornaremos o maior produtor de alimen-tos do mundo. Tenho essa convicção – frisou.

    Wilson Santiago assinalou também a disposição da pre-sidente Dilma de incentivar o crescimento da agricultura em todo o país, proporcio-nando meios de melhorar a renda dos agricultores para que esses possam melhorar ainda mais a qualidade e produtividade dos produtos agrícolas brasileiros.

    O presidente do Senado, José Sarney, elogiou a eleição do brasileiro José Graziano para a diretoria-geral da Or-ganização das Nações unidas para Agricultura e Alimenta-ção (FAO).

    Segundo Sarney, o ex-ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Com-bate à Fome (cargo que Gra-ziano ocupou de 2003 a 2004) conhece bem o problema da má distribuição de alimentos no mundo.

    – Ele foi o idealizador do programa Fome zero, co-ordenou a elaboração do programa no governo Lula e, ao mesmo tempo, é grande conhecedor de programas de distribuição alimentar no mundo – disse Sarney.

    Agrônomo e professor, Graziano é representante regional da FAO na América

    Latina desde 2006 e venceu a disputa com o ex-chanceler espanhol Miguel Ángel Mo-ratinos por 92 votos a 88.

    Será o primeiro latino-americano a presidir a ins-tituição, fundada em 1945. José Graziano sucede o se-negalês Jacques Diouf, que ocupa o cargo de diretor-geral da FAO há 17 anos. Seu mandato vai de 1º de janeiro de 2012 a 31 de julho de 2015.

    Graziano visitou o Senado em maio para solicitar o apoio do Congresso à sua candidatura.

    – O número de famintos cresce na maior parte das re-giões, exceto em países como o Brasil que tiveram progra-mas para a erradicação da fome e, agora, um programa para a erradicação da miséria – disse, na ocasião.

    Senador lembra que o ex-ministro “comandou a universalização do ensino básico” no governo Fernando Henrique e criou exames importantes como o Enem e o atual Enade

    Alvaro pede voto de pesar pela morte de Paulo Renato

    Paulo Renato era gaúcho, mas sua vida acadêmica esteve ligada a São Paulo

    Cícero destaca elogios de Dilma, Haddad e FHC

    Cícero lembra apoio de Paulo Renato em seu trabalho como prefeito

    José Graziano: preço dos alimentos preocupa novo diretor-geral da FAO

    Wilson Santiago afirma que Dilma vai incentivar crescimento da agricultura

    Marisa, segundo Cícero, sempre mostrou equilíbrio e articulação

    Suplente Russo Netto deve assumir hoje

    “Saída de Marisa é perda lamentável para o Senado”

    Sarney comemora escolha do novo diretor-geral da FAO

    Santiago: eleição de Graziano foi vitória da diplomacia brasileira

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  • 5 Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011

    Alô Senado 0800 61-2211 www.senado.gov.br/jornal

    Lindbergh Farias (PT-RJ) elogiou ontem, em discurso, a política econômica do go-verno da presidente Dilma Rousseff, destacando que a “maior vitória de Dilma nestes seus primeiros seis meses foi na economia”.

    Segundo o senador, a re-lação da dívida do governo comparada ao produto inter-

    no bruto (PIB) era de cerca de 60% no início do governo do ex-presidente Lula e chegou a 40% no final de 2010. Lin-dbergh disse que a economia do Brasil cresceu 7,5% no ano passado e a média dos últimos quatro anos foi de 4,5%.

    O senador elogiou a cria-ção de empregos formais e o crescimento na taxa de in-vestimento dos últimos anos. De acordo com ele, o governo chamou para si o combate à inflação, pois isso “não é pa-pel só do Banco Central, mas de todo o governo”.

    – O crescimento do PIB no primeiro trimestre foi de 1,3% e o acumulado em 12 meses é de 6,2% – declarou.

    O senador ainda afirmou que há um consenso de que a inflação está sob controle e de que, no final do ano, o índice estará dentro da meta.

    O governo do Amapá vem “ignorando e descumprindo” a lei que obriga a publicação na internet, em tempo real, de informações sobre a execu-ção orçamentária e financeira dos estados, disse Geovani Borges (PMDB-AP).

    – O cidadão interessado no conteúdo de uma licitação

    terá um trabalho árduo, uma tarefa hercúlea para acessar tal informação. O site da Secretaria da Administração do Amapá é lento, confuso e, inexplicavelmente, de difícil acesso – afirmou.

    Para o senador, trata-se de um “expediente ardiloso” em que se atende às exigências da Lei Complementar 131/09, mas se burla a norma ao publicar os dados de forma confusa e difícil. Geovani disse que os diários oficiais do Amapá não estão listados cronologicamen-te e que, ao acessar o conteúdo “licitações”, o usuário é remeti-do a uma ferramenta de busca genérica. Ele considerou ironia que a lei tenha sido iniciativa do ex-senador João Capiberibe, e que o governador do Amapá seja Camilo Capiberibe (PSB), com o mesmo sobrenome.

    Líder do governo, Romero Jucá aponta que MP 527 inclui forma de licitação já utilizada pelo Banco Mundial para assegurar menores preços e evitar acertos entre concorrentes

    A MP 527/11, que entre outros pontos torna a Lei de Licitações mais flexível, não vai instaurar a “licitação sigilosa”, afirmou o líder do governo no Sena-do, Romero Jucá (PMDB-RR). Ele garantiu que o debate na Casa esclarecerá as dúvidas existentes.

    Diferentemente da interpre-tação divulgada nos últimos dias, Jucá disse que a MP ape-nas autoriza o governo a não dar publicidade do preço-base das obras. A intenção é que as empresas deem o menor preço possível, tanto que empreiteiros estão reclamando da medida, o que seria um bom sinal.

    – O governo tem suas razões, vai explicar, vai mostrar que está agindo corretamente, já há lici-tações sem referência de preço-base, o próprio Banco Mundial

    já fez isso, para não haver con-luio e acerto de preço entre os concorrentes – explicou.

    A MP ainda aguarda análise final da Câmara dos Deputados, o que deve ocorrer esta semana. Na sequência, chegará ao Se-

    nado. Os senadores terão até o dia 14 de julho para aprová-la. A proposta, que trata de temas como a criação da Secretaria de Aviação Civil e cria cargos de controlador aéreo, passou a incluir o Regime Diferenciado de Contratações Públicas, com regras específicas para licitações relacionadas à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016.

    EmpregosJucá também comemorou

    a criação de mais de 250 mil empregos com carteira assina-da em maio, o terceiro melhor registro da série histórica para o mês. Desde o início do ano, foram mais de 1,17 milhão de empregos formais.

    O líder também lamentou a morte do ex-ministro da Educa-ção Paulo Renato Souza.

    Foi lida ontem a mensa-gem da presidente Dilma Rousseff indicando o nome do ex-ministro das Cidades Márcio Fortes para presidir a Autoridade Pública Olímpica.

    A indicação será enviada para a Comissão de Assuntos Eco-nômicos (CAE), onde Márcio Fortes será sabatinado.

    O consórcio Autoridade Pública Olímpica (APO) será

    responsável por coordenar as ações governamentais para a realização dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. A criação da APO está prevista na Lei 12.396/11.

    Dilma indica Márcio Fortes para a APO

    Jucá: governo busca menor preço e não sigilo em licitação

    O presidente José Sarney afirmou ontem que não há dispositivo de sigilo na MP 527/11 e que o artigo inserido pela Câmara apenas garante que as empresas não combi-nem preços entre si antes da licitação. Ele disse também que os valores das licitações serão explicitados após a conclusão do processo de concorrência.

    – O que há apenas é uma obrigação de não fornecer àqueles que vão concorrer à obra conhecimento anteci-pado dos preços do governo. Mas o Tribunal de Contas da união tem conhecimento. No dia seguinte, quando a concorrência for aberta, esse valor vai ser publicado – afir-mou o senador.

    Sarney: não há cláusula de segredo na MP

    Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que a MP 527/11 deve ser recha-çada pelo Senado e sugeriu ao presidente Sarney que devolva a medida ao Palácio do Planalto. Alvaro afirmou que, se o sigilo for mantido, a oposição pode levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

    O senador lembrou que já há outras seis ações questionando a constitucionalidade de medidas provisórias e fez um apelo ao STF para que agilize o julgamento dessas ações.

    – Até para que providências possam ser adotadas pelo Exe-cutivo, se essas medidas forem consideradas inconstitucionais – disse.

    Alvaro Dias citou reportagens para dizer que o ministro do STF Marco Aurélio Mello classificou a

    tentativa de sigilo nas obras da Copa como inconstitucional. De acordo com o senador, o procura-dor-geral da República, Roberto Gurgel, também já se manifestou dizendo que a medida é “um absurdo” e o presidente do Ins-tituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (Ibraop), Pedro Paulo Piovesan de Farias, afirmou que a intenção do sigilo é “um desrespeito à Constituição”.

    Alvaro Dias diz que oposição deve recorrer ao STF

    Segundo Alvaro, ministro do STF e procurador-geral criticaram o sigilo

    Senador diz que, com a MP, governo não vai mais anunciar preço base

    Lindbergh disse ter orgulho de defender a herança de Lula

    Geovani: governo local dificulta verificação de dados na internet

    Construção da Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata (PE): MP cria regime diferenciado para obras da Copa de 2014

    Lindbergh elogia política econômica do governo

    Geovani denuncia falta de transparência no Amapá

    Será instalada hoje, às 12h, na sala de audiências da Presi-dência, a Ouvidoria do Senado, órgão encarregado de receber críticas, denúncias e sugestões dos cidadãos sobre as atividades da Casa. O cargo de ouvidor-geral será ocupado por Flexa Ribeiro (PSDB-PA), indicado pelo presidente do Senado, José Sar-ney, para mandato de dois anos. Durante o lançamento, será apresentado vídeo produzido pela TV Senado.

    A Ouvidoria deverá receber e dar encaminhamento às mani-festações da população, tendo até 30 dias para respondê-las. O interessado terá o direito de ser informado do andamento oferecido à demanda, exceto se a lei assegurar o sigilo.

    Flexa Ribeiro afirma não ter receio de lidar com eventuais expectativas e cobranças na condição de primeiro ouvidor do Senado.

    – Há problemas e vamos tra-balhar para que sejam supera-dos. Muitas vezes as pessoas não têm acesso às informações, e essa falta de interação estimula juízos de valor que nem sempre correspondem à realidade do trabalho legislativo – avalia.

    Segundo o senador, todos os questionamentos serão respon-didos, exceto os apócrifos (sem autoria).

    Também caberá à Ouvidoria sugerir mudanças visando ao controle social e ao aperfei-çoamento da organização do Senado. Flexa Ribeiro acredita que esse trabalho será enri-quecido por contribuições da sociedade. A Ouvidoria poderá ainda receber sugestões para aperfeiçoamento de projetos em andamento. O órgão vai contar com página própria no Portal do Senado e terá apoio técnico da Secretaria Especial de Comunicação Social.

    Ouvidoria do Senado será instalada hoje, ao meio-dia

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  • 6 Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011

    Presidente: José Sarney1ª vice-presidente: Marta Suplicy2º vice-presidente: Wilson Santiago1º secretário: Cícero Lucena2º secretário: João Ribeiro*3º secretário: João Vicente Claudino4º secretário: Ciro NogueiraSuplentes de secretário: Gilvam Borges*, João Durval, Maria do Carmo Alves e Vanessa Grazziotin

    Diretora-geral: Doris PeixotoSecretária-geral da Mesa: Claudia Lyra

    Mesa do senado Federal secretaria especial de coMunicação social

    agência senado

    Site: www.senado.gov.br/jornal – E-mail: [email protected].: 0800 61 2211 – Fax: (61) 3303-3137Praça dos Três Poderes, Ed. Anexo I do Senado Federal, 20º andar – Brasília, DF CEP: 70.165-920

    Órgão de divulgação do Senado FederalDiretor: Fernando Cesar MesquitaDiretor de Jornalismo: Davi Emerich

    Diretor: Mikhail Lopes (61) 3303-3327Chefia de Reportagem:Teresa Cardoso e Milena GaldinoEdição: Moisés Oliveira e Nelson OliveiraSite: www.senado.gov.br/agencia

    O noticiário do Jornal do Senado é elaborado pela equipe de jornalistas da Secretaria Agência Senado e poderá ser reproduzido mediante citação da fonte.

    Diretor: Eduardo Leão (61) 3303-3333Editor-chefe: Flávio FariaEditores: José do Carmo Andrade, Juliana Steck, Suely Bastos e Sylvio GuedesDiagramação: Iracema F. da Silva e Ronaldo AlvesRevisão: André Falcão, Fernanda Vidigal, Juliana Rebelo, Miquéas D. de Morais, Pedro Pincer e Silvio BurleReportagem: Cíntia SasseTratamento de imagem: Edmilson Figueiredo e Roberto SuguinoArte: Cássio S. Costa, Claudio Portella e Diego Jimenez Circulação e atendimento ao leitor: Shirley Velloso (61) 3303-3333

    Impresso em papel reciclado pela Secretaria Especial de Editoração e Publicações - SEEP

    presidência da sessãoA sessão de ontem do Senado Federal foi presidida por Geovani Borges • Anibal Diniz

    * Licenciados

    DuRANTE SESSãO ESPECIAL do Senado, em comemoração do Dia do Orgulho Autista (18 de junho), pais de crian-ças portadoras da síndrome e representantes de associações protestaram contra a falta de políticas públicas específicas, argumentando que isso resulta em atendimento inadequado e problemas como a ausência de diagnósticos precoces. Também defenderam, a exemplo dos parlamentares, a aprovação do projeto de lei que institui a Po-lítica Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa Autista.

    Estimativas indicam que há no Brasil em torno de 2 milhões

    de pessoas com a síndrome. No mundo, o número total de autistas, de acordo com a Or-ganização das Nações unidas (ONu), é de aproximadamente 70 milhões.

    A sessão especial foi proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), relator do projeto que institui a política de proteção do autista. A proposta foi aprovada este mês pelo Senado e tramita na Câmara dos Deputados (PL 1.631/11). Durante a sessão, o parlamentar recebeu o Prêmio Orgulho Autista.

    Entre os que apoiam a inicia-tiva, está o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), pai de uma me-

    nina com síndrome de Down e presidente da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência.

    Tratamento Segundo Lindbergh, o projeto

    visa à implementação de políti-cas públicas para o tratamento adequado dos autistas, englo-bando desde a implantação do diagnóstico precoce até o encaminhamento das pessoas com autismo para tratamento específico. Também defendeu a proposta a deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), que preside a Frente Parlamentar do Con-gresso em Defesa dos Direitos

    das Pessoas com Deficiência.Ao apoiar o projeto, ulisses da

    Costa Batista, pai de um adoles-cente autista, declarou que “o Brasil não conseguiu viabilizar terapias voltadas às especifici-dades das pessoas com autismo, deixando inúmeras famílias sem acesso ao diagnóstico precoce, ao tratamento multidisciplinar e ao acompanhamento às famílias”.

    ulisses também alertou que o avanço do autismo no mundo “impressiona”. Ele citou estima-tiva segundo a qual, em 1990, havia um caso para cada 2,5 mil crianças nascidas, enquanto hoje haveria um caso para cada 110 crianças nascidas.

    O editor-chefe da Revista Autismo, Paiva Junior, afir-mou que, devido à ausência de diagnóstico, as famílias da maioria dos autistas no Brasil não sabem que convivem com um portador da defici-ência. Pai de um autista, ele

    lembrou que um dos poucos consensos sobre o autismo na comunidade médica e científi-ca se refere à importância do diagnóstico precoce – pois a indicação da deficiência possi-bilita o encaminhamento para um tratamento adequado.

    – quanto mais cedo se ini-ciam as intervenções, maiores os ganhos em qualidade de vida – reiterou.

    Para Lindbergh Farias, é necessário um protocolo do Ministério da Saúde para o diagnóstico precoce do autis-

    mo e da síndrome de Down, a fim de que o procedimento seja disseminado entre os profissionais de saúde. O se-nador disse que a reivindica-ção desse protocolo “seria o primeiro ponto de uma pauta concreta para essa questão”.

    Oradores de sessão especial afirmam que falta de políticas públicas específicas no Brasil para portadores da síndrome resulta em ausência de diagnósticos precoces e atendimento inadequado, entre outros problemas

    Senadores e familiares cobram política de proteção dos direitos dos autistas

    Lindbergh reivindica protocolo para diagnóstico precoce

    O senador Itamar Franco (PPS-MG) foi transferido ontem para a unidade de terapia intensiva (uTI) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, em decorrência de pneumonia. Itamar Franco está internado há mais de um mês no Albert Einstein, para tratamento contra leucemia.

    Em nota, o hospital informou que o ex-presidente, que completa 81 anos hoje, “apresentou ótima resposta no primeiro ciclo de tratamento quimioterápico, no entanto, desenvolveu pneumonia grave, sendo transferido para uTI para melhores cuidados”.

    Assinam a nota os médicos Nelson Hamerschlak, responsável por acompanhar o senador, e Miguel Cendoroglo Neto, diretor- superintendente do hospital. O Albert Einstein fornecerá boletins sobre o estado de saúde de Itamar Franco a cada semana ou assim que haja alguma nova informação.

    Pneumonia leva Itamar à UTI em São Paulo

    Cantor Saulo Laucas, autista e cego, na tribuna do Plenário do Senado: sessão especial celebrou o Dia do Orgulho Autista e alertou para o avanço da síndrome

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  • 7 Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011

    Alô Senado 0800 61-2211 www.senado.gov.br/jornal

    O senador Paulo Paim (PT-RS) considerou grave a de-núncia feita pelo Clube de Diretores Lojistas (CDL) da cidade gaúcha de Jaguarão, reclamando da proliferação de free shops ou lojas francas nas áreas de fronteira do estado.

    De acordo com Paim, os free shops, admitidos legalmente por vários países do Mercosul, estão prejudicando o comér-cio local das cidades gaúchas da fronteira pela concorrência desleal com produtos impor-tados, sobretudo de origem chinesa.

    Segundo ele, o comércio desleal nas regiões fronteiri-ças em seu estado tem cau-sado altos índices de desem-prego e falta de perspectivas de inserção no mercado, re-sultando no êxodo de quase 70 mil pessoas da fronteira Sul à fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.

    – No censo de 2000, a cida-de de Jaguarão contava com 30.093 habitantes. O censo de 2010 confirma o declínio populacional, com a diminui-ção de sua população para 27.931 habitantes — disse o senador.

    Paim considera uma solu-ção viável para o problema a aprovação do Projeto de Lei 6.316/09, do deputado Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, que disciplina a insta-lação de free shops em pontos de fronteira alfandegados de zona primária (área terrestre ou aquática ocupada por portos, aeroportos) e a área adjacente a esses pontos.

    A MEDIDA PROVISóRIA que au-menta o volume e a capacidade de financiamento do Banco Na-cional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES) deve ser votada amanhã pelo Plenário, segundo acordo de lideranças. Transformada em projeto de lei de conversão (PLV 16/11), a MP 526/11 autoriza a união a conceder crédito de até R$ 55 bilhões ao BNDES, ampliando o limite global das subvenções econômicas do banco para R$ 209 bilhões. A medida precisa ser votada até sexta-feira ou perderá a validade.

    Os líderes do governo, Rome-ro Jucá (PMDB-RR), e do PSDB, Alvaro Dias (PR), confirmaram a votação.

    – Amanhã [terça-feira] votare-mos apenas autoridades. A me-dida provisória estará na pauta de quarta-feira e nós mantemos nosso posicionamento, já conhe-cido, de rejeitar as MPs inconsti-tucionais – disse Alvaro.

    De acordo com o governo, o crédito de R$ 55 bilhões é desti-nado a assegurar a maior parte do financiamento do orçamento de desembolsos do banco (ou seja, orçamento que prevê recur-sos empregados nas operações a serem realizadas no ano seguin-te) em 2011, e poderá ser feito com emissão de títulos da dívida pública mobiliária federal.

    Pelo texto aprovado na Câ-mara, elaborado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), a subvenção

    econômica concedida ao BNDES destina-se à aquisição de produ-ção de bens de capital (incluídos componentes e serviços tecno-lógicos), à produção de bens de consumo para exportação, ao setor de energia elétrica, a estruturas para exportação de granéis líquidos e a proje-tos de engenharia e inovação tecnológica.

    EmendasOs deputados estenderam

    o prazo para as operações de financiamento do BNDES de até 31 de dezembro de 2011 para até 30 de junho de 2012. Outra emenda prorrogou por mais um ano o mecanismo conhecido como drawback para contratos

    que vencem este ano. O draw-back é um regime aduaneiro especial que suspende ou elimina tributos incidentes sobre insumos importados para utilização em produto exportado. O mecanis-mo incentiva as exportações, pois reduz os custos de produção de produtos exportáveis, tornando-os mais competitivos no mercado internacional.

    A MP também autoriza a união a conceder subvenção econômica do BNDES em operações de finan-ciamento contratadas até o dia 30 de junho de 2012 destinadas a capital de giro e investimento de sociedades empresariais, empre-sários individuais e pessoas físicas ou jurídicas caracterizadas como produtores rurais.

    O veto da presidente da Re-pública a artigos do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 13/11 – proveniente da Medida Provisória 517 – que beneficia-vam banqueiros endividados teve boa repercussão entre senadores da base aliada e da oposição. A lei 12.431, oriunda do projeto de conversão, foi sancionada ontem.

    Após a aprovação pelo Se-nado, a revista Veja publicou denúncia de que os artigos transformariam “banqueiros que faliram nos anos 90 em bil ionários”. A aprovação

    gerou protestos da oposição e até da base aliada. Eles dis-seram que o PLV foi aprovado sem que os senadores tivessem conhecimento do seu inteiro teor. Os artigos 46 a 48 do PLV provocaram fortes críticas. Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Pedro Simon (PMDB-RS) pe-diram, em Plenário, o veto ao que chamaram de “emenda de contrabando”. Aloysio Nunes (PSDB-SP) apresentou requerimento para debater o assunto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

    Para o líder do PT, Humberto

    Costa (PE), o veto foi a corre-ção de um absurdo aprovado sem o conhecimento dos se-nadores. Já o líder do gover-no, Romero Jucá (PMDB-RR), garantiu que sempre houve a

    intenção de retirar os artigos do texto, mas, como a MP chegou ao Senado com pouco tempo para a análise, foi im-possível apresentar emendas com esse fim.

    A Diretoria-Geral do Senado realizou ontem mais um encon-tro do ciclo de palestras deno-minado Conhecendo o Senado, destinada a servidores efetivos, comissionados e terceirizados, quando foram apresentadas as atribuições das secretarias de Engenharia, de Patrimônio e de Polícia. O ciclo visa aprimorar os conhecimentos dos servidores, para que eles possam contri-buir melhor para as atividades legislativas.

    A diretora-geral, Doris Peixo-to, destacou que as três áreas

    são “de extrema importância na estrutura do Senado, de efetiva contribuição para o funcionamento desta Casa do Parlamento”.

    De acordo com o diretor da Se-cretaria de Engenharia, Adriano Bezerra, a principal função desse departamento é realizar reparos e avaliar possíveis obras nas dependências do Senado.

    O diretor da Secretaria de Pa-trimônio, Luciano Freitas de Oli-veira, disse que o órgão também tem a incumbência de analisar gastos e custos com a aquisição

    de bens e serviços.Já o diretor Pedro Carvalho

    explicou que apesar de existir desde 1824, apenas a partir do

    ano de 2002 é que a Polícia do Senado foi regulamentada, e só em 2005 ganhou autonomia para o desempenho de suas ati-

    vidades. A secretaria conta com 124 policiais em regime de plan-tão durante as 24 horas do dia, utilizando armas não letais.

    Mais três secretarias do Senado explicam atuação aos servidores

    Pedro Ricardo Araújo Carvalho (E), Luciano Freitas de Oliveira, Doris Peixoto e Adriano Bezerra de Faria, durante o debate

    Senado vota amanhã reforço para a capacidade de financiamento do BNDESO líder do governo na Casa, Romero Jucá, e o líder do PSDB, Alvaro Dias, anunciaram ontem que há acordo para votar a medida provisória que concedeu crédito de R$ 55 bilhões ao BNDES e destrancar a pauta do Plenário

    Senadores elogiam veto a artigos que beneficiavam banqueiros

    Aloysio Nunes requereu audiência da CAE para debater o assunto

    Humberto Costa: “Absurdo aprovado sem o conhecimento dos senadores”

    Paim critica free shops na fronteira gaúcha

    Em Chuí, a 520 quilômetros de Porto Alegre, apenas os 2 metros do canteiro central da Avenida Internacional separam Brasil (à dir.) e Uruguai

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  • Ano IX Nº 353 Jornal do Senado – Brasília, terça-feira, 28 de junho de 2011

    Saiba mais

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    Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH)Praça dos Três Poderes – Senado Federal – Anexo II – Ala Senador Nilo Coelho, sala 4ACEP 70165-900 – Brasília (DF)(61) 3303-4251Fax: (61) 3303-4646http://migre.me/57YwE

    Reduzida à apresentação de projeto de lei, a participação da sociedade pela iniciativa popular prevista na Constituição federal pode ter novas regras. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/11, do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), prevê que a população poderá apresentar projetos e também PECs.De acordo com a proposta, os projetos devem ser subscritos por eleitores que correspondam a pelo menos 0,5% dos votos válidos na última eleição geral para a Câmara

    dos Deputados, o que hoje represen-ta cerca de 490 mil assinaturas. Pelas regras atuais, os projetos de inicia-tiva popular precisam ser assinados por mais de 1,35 milhão de eleitores.Rollemberg também propõe que os projetos de iniciativa popular pas-sem a tramitar em regime de urgên-cia, salvo decisão em contrário do Plenário da Câmara ou do Senado.A PEC está sendo analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e já recebeu duas emendas, uma delas do relator, senador

    Lindbergh Farias (PT-RJ). O relator sugere um número maior de assina-turas para apoiar a apresentação de uma PEC: 0,7% dos votos da última eleição para a Câmara.A outra emenda é do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e permite que a população apresente emendas a projetos de lei ou PECs que já tramitam no Congresso com o apoio de metade das assinatu-ras que a proposta de Rollemberg prevê, ou seja, 0,25% dos votos para deputados federais.

    Proposta pela Associação Pankararu Fonte da Serra e pela Associação Comunitária da Aldeia Ypytaw, entidades representativas de comuni-dades indígenas, a Sugestão (SuG) 2/10 cria o Conselho Nacional dos Direitos Indíge-nas. Relatada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a sugestão tem parecer pela aprovação e transformação em projeto de lei.

    Cristovam afirma que a sugestão é uma oportunida-de de debater mecanismos para aprimorar a defesa e a promoção dos direitos dos indígenas brasileiros. Entre as competências do conselho, estão a de formular a política indigenista do Brasil, aprovar o plano plurianual da Funda-ção Nacional do Índio (Funai) e indicar ao ministro da Justi-ça lista tríplice de candidatos

    ao cargo de presidente da Funai.

    Outra sugestão em análise na CDH é a 3/09, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para fixar a jornada de trabalho dos em-pregados nas empresas de abate e processamento de carnes avícolas.

    O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da comissão, é o relator que decidirá so-

    bre a sugestão feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins.

    Ainda aguardando relator está a SuG 2/11, que trata da autorização para desconto anual em folha de pagamento a entidades de aposentados e pensionistas. A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas é a entidade que propõe a sugestão.

    A POSSIBILIDADE DE apre-sentar um projeto de lei não é privilégio de políticos. A Comissão de Direitos Huma-nos e Legislação Participativa (CDH) do Senado recebe su-gestões legislativas que per-mitem a participação popular organizada.

    A comissão foi criada em 2002, a partir de projeto (PRS 57/01) da então senadora Ma-rina Silva, para possibilitar que

    o Senado recebesse sugestões da sociedade. Foi uma for-ma de diminuir a burocracia prevista na Lei 9.709/98, que regulamenta a Constituição determinando normas para plebiscito, referendo e ini-ciativa popular. Em 2005, o colegiado passou a abordar também direitos humanos.

    Para ser apresentado na CDH, um projeto não precisa seguir a regra constitucio-

    nal da iniciativa popular (ser subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos cinco estados). Para tramitar, a proposta sugerida à comissão é classificada como de iniciati-va da própria CDH e pode ser apresentada por associações, fundações, organizações reli-giosas, partidos políticos sem representação no Congresso, órgãos de classe, sindicatos e

    entidades científicas.Outra condição é que o

    tema seja pertinente à ativida-de da entidade que a sugeriu. A ressalva nessa regra é para partidos políticos sem repre-sentação no Congresso, o Con-selho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e suas seccionais. Empresas não podem propor sugestões legislativas, bem como Estados e organizações estrangeiros

    Rollemberg quer assegurar apresentação de PECs

    Sugestão cria Conselho Nacional dos Direitos Indígenas

    Legislação participativa: a voz popular na proposição de leisSenado recebe sugestões da sociedade por meio da CDH, criada em 2002 como forma de diminuir a burocracia da regra constitucional da iniciativa popular. A proposta é classificada como de autoria da própria comissão

    Dança dos Pankararu, em sua aldeia: sugestão do povo indígena enviada ao Senado é criar conselho que, entre outras atribuições, indique nomes para o cargo de presidente da Funai

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