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Eu Sou Igreja Família Alves é um exemplo a ser seguido pela comunidade pág. 4 www.paroquiasantateresinha.com.br Ano VI - Número 66 - Julho de 2012 Vigário Episcopal Padre Zacarias fala sobre a preparação para a JMJ 2013 pág. 3 A santidade é possível Entrevista Mária Célia fala da experiência de mais um Encontro de Famílias com o Papa pág. 16 Conheça a história de três ícones da Família Salesiana

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Eu Sou IgrejaFamília Alves é um exemplo a ser seguido pela comunidade

pág. 4

www.paroquiasantateresinha.com.brAno VI - Número 66 - Julho de 2012

Vigário EpiscopalPadre Zacarias fala sobre a preparação para a JMJ 2013

pág. 3

A santidade é possível

EntrevistaMária Célia fala da experiência de mais um Encontro de Famílias com o Papa

pág. 16

Conheça a história de três ícones da Família Salesiana

Santa Teresinha em Ação 2

No dia 16 de julho, cele-bra-se, na Igreja Católica, a memória de Nossa Se-nhora do Carmo, um tí-tulo da Virgem Maria que remonta ao século XIII, quando, no monte Car-melo, Palestina, começou a formar-se um grupo de eremitas.

Estes, querendo imitar o exem-plo do profeta Elias, reuniram-se ao redor de uma fonte chamada “fonte de Elias”, e iniciaram um estilo de vida que, mais tarde, se estenderia ao mundo todo. Devido ao lugar onde nasceu, este grupo de ex--cruzados e eremitas foi chamado de “carmelitas”. A história nos assegu-ra que os eremitas construíram tam-bém uma pequena capela dedicada à Nossa Senhora que, mais tarde, se-ria chamada de “Nossa Senhora do Carmo” ou “ Nossa Senhora do Carmelo”. Os carmelitas viram-se obrigados a emigrar para a Europa, para continuar a própria vida religiosa e lutar por seu espaço entre as vá-rias ordens mendicantes. O título de Nossa Senhora do Carmo está unido ao “símbolo do escapulário”.

A presença de Maria com o nome de Nossa Senhora do Carmo foi se espalhando por toda a Europa, e esta devoção foi levada para a América Latina, na primeira hora da evangelização. É difícil encontrar uma dio-cese latino-americana que não tenha, pelo menos, uma igreja dedicada a Nossa Se-nhora do Carmo. Não somente são igrejas

matrizes ou catedrais dedicadas a Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo, mas também lugarejos, capelas, oratórios etc. Isso prova como esta devoção saiu dos âm-bitos restritos dos conventos carmelitanos e se tornou propriedade do povo e da Igreja Católica, como diz o Papa João Paulo II, em sua carta dirigida aos Superiores Gerais do “Carmelo da Antiga Observância e do Car-melo Descalço”.

Ir. Nice, FMATexto: Cônego Pedro Carlos Cipolini - Doutor em Te-

ologia (Mariologia); professor titular da PUC–Campi-

nas; membro da Academia Marial de Aparecida

Caro Leitor, para onde você

Maria do MêsNossa Senhora do Carmo

Indicamos

O mais vendido no VII Encontro Mundial das Famílias

vai? Essa é a pergunta que muitos nos fazem nesta época do ano, pois chegaram novamente as férias, como nos lembra nossa colunista Júlia na página 13. E o que isso signif ica? Para Dom Bosco, as férias eram “a vindima do demônio”. Não, ele não era um “workaholic” (viciado em trabalho), mas é que muitos de seus meninos simplesmente desapareciam durante as férias e voltavam com to-dos os antigos vícios ou hábitos desagradáveis, pondo por terra todo um tra-balho já efetuado de conscientização e evangelização. E então ele “inventava” atividades para as férias, como nos conta Pe. Camilo na pág. 3, de forma a pre-encher a vida e as cabeças de seus meninos com coisas úteis, com aprendiza-dos diferenciados. Talvez as férias signif iquem para nós uma oportunidade de estar mais em contato com a família toda, coisa que muitas vezes nossa rotina diária não permite, ainda mais se a família é numerosa como a família Alves, que podemos conhecer melhor na pág. 4. Mas devemos mais uma vez nos lem-brar que nosso direito de ver a família se estende aos outros também, inclu-sive aos que nos servem e por isso não devemos nos esquecer que nossos(as) empregados(as) domésticos(as) também têm, entre seus direitos trabalhistas, o merecido descanso. Para entender melhor esses direitos, vale a pena ler a colu-na de Dr. Aloísio, na pág. 11. As férias são sempre um momento a ser planejado com carinho e então, Pe. Zacarias, na pág. 3, nos motiva a planejar desde já as férias de julho de 2013, quando acontecerá a Jornada Mundial da Juventude. Mas quem não tira férias são as alergias e saber de onde elas vêm é importante. Para isso convidamos um novo colaborador: Dr. Oswaldo, que nos explica na pág. 14, os cuidados a tomar. Falando em gente nova “no pedaço”, com muita alegria acolhemos a notícia de que o Papa Bento 16 nomeou nosso novo bispo auxiliar de São Paulo, para a Região Santana: é Pe. Sérgio de Deus Borges, que você pode conhecer lendo a pág. 5. No entanto, nossa pergunta inicial sugeria uma viagem e mesmo que você não tenha ido a Milão, pode saber tudo que acon-teceu no Encontro Mundial das Famílias, lendo a entrevista da última página ou então, mesmo que de forma breve, quem sabe você pode ir até São José dos Campos conhecer a capela (junto da Paróquia Sagrada Família) das relíquias de Pe. Rodolfo Komórek, salesiano em processo de canonização, cuja vida de san-tidade está descrita nas páginas centrais. Finalmente, caro leitor, desejamos a você boas férias, e caso viaje, faça desta edição sua leitura de bordo.

SC Carlos R. Minozzi

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Ir. Troncatti, Dom Lustosa e Pe. Komórek

Expediente

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 – São Paulo – SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb - 48.108Usina Projetos Editoriais (11) 3872-5776

Pesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

O livro “A Escolha da Família” foi um grande sucesso de vendas no VII Encontro Mundial das Famílias. A obra, de autoria do Secre-tário do Pontifício Conselho da Família, aborda de forma simples te-mas como: preparação ao matrimônio, educação dos filhos, relação entre gerações, fidelidade e outros temas da vida familiar. Adquira exemplares pelo tel: (61) 3443-2900. Preço sugerido: R$ 5,00.

Santa Teresinha em Ação 3

Em 1984, o beato Papa João Paulo II consagrou a juventude com a Jornada Mundial da Juventu-de: uma celebração onde jovens

oriundos do mundo inteiro estariam parti-cipando. Nasciam as “ Jornadas Mundiais da Juventude” Estes espaços celebrativos e de encontro sócio cultural marcariam para sempre a história da Igreja Católica.

No final da Jornada do ano de 2011 o Papa Bento XVI solenemente declarou que a nova Jornada seria realizada aqui no Brasil. De lá para cá, muitas reuniões, encontros, até que os sinais concretos da Jornada: A Cruz Missionária e o Ícone de Nossa Senho-ra foram acolhidos no Brasil aqui em São Paulo. Foi o surgimento do “Bote Fé” que saiu para o todo o nosso pais como um en-contro da juventude com a jornada.

Mas a Jornada não é só para os jovens.

Toda a Igreja, suas comunidades paroquiais, movimentos, novas comunidades, congre-gações e institutos religiosos são especial-mente chamados a participar.

O lema que motivará todo o encontro será: Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). Este é o chamado que todos nos católicos iremos fazer neste ano que preparamos as nossas comunidades e os nosso corações para a Jornada.

Em nossa Arquidiocese de São Paulo iremos acolher, entre os dias 17 a 21 de Julho de 2013, trinta mil jovens, de vários locais do mundo, que serão distribuídos entre as Regi-ões Episcopais. Cada paróquia, comunidade religiosa, receberá em média cem jovens.

O primeiro passo de nossas comunidade é começar a “campanha de acolhida dos pere-grinos”. Eles vêm para uma experiência ímpar em todo o Brasil: Junto a este passo montare-

mos o “Comitê Paroquial da Jornada Mundial da Juventude” que dará todo o suporte (hos-pedagem, alimentação, liturgia, acolhida, ca-pacitação de recursos) para que concretamen-te a Semana Missionária ocorra!.

Os peregrinos visitarão e participarão das obras de caridade das comunidades, conhecerão a realidade cultural, histórica e social da nossa cidade.

O Segundo passo será a motivação dos nossos jovens para participar da Jornada. Muitas comunidades já se organizam neste sentido.

No próximo dia 14 de Julho, das 09h as 12h, reunião dos comitês paroquiais. Cada Paroquia envie dois representantes para darmos suportes às paróquias para montar os comitês. O Encontro será na Curia Re-gional Santana: Rua Mal Enrico Gaspar Du-tra, 1877, Parada Inglesa!

Aproveitei este espaço, cedido pela Pa-róquia Santa Teresinha de Santana, dos pa-dres salesianos, para fazer esta motivação, sei do alcance deste belo órgão informativo em toda a Região Episcopal. Também quero agradecer o carinho e a amizade de sempre: dos paroquianos bem como do Pe. Camilo para com a nossa Região Episcopal.

Que o Bom Deus olhe sempre por cada um de vocês! Unidos em Cristo Jesus!

Pe. Zacarias José de Carvalho PaivaVigário Episcopal para a Região [email protected]

Pe. Zacarias José de Carvalho PaivaVigário Episcopal para a Região Santana

Vigário Episcopal

“Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho” (Jo 5,17), diz Jesus. Que o Senhor trabalhe, não há dúvidas, pois Ele mesmo é conhecido como ‘filho do carpinteiro’ (cf Mc 6,3). E, ainda, encontramos na primeira página da Escritura que Deus mesmo diz ao homem: “Comerás o pão com o suor do teu rosto” (Gn 3,19). Será, então, que não há lu-gar para o descanso, para o repouso?

A resposta para esta questão está con-tida na mesma Escritura: Deus, depois de criar todas as coisas, descansa no sétimo dia, e ordena que isto seja um preceito (Gn 2,3). No Novo Testamento, depois de ter mandado os seus discípulos em missão, Jesus os acolhe no retorno e diz: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco” (Mc 6,31).

É preciso, portanto, trabalhar sempre e muito, seguindo o conselho de são Paulo: “que vos empenheis em viver tranquilos, ocupando-vos dos vossos próprios negócios e trabalhando com as próprias mãos” (1Ts 4,11). Mas, para que o trabalho seja de fato produtivo e digno, precisamos também refa-zer-nos, repor as energias, descansar, enfim.

Na vida de S. Teresinha, o trabalho tem parte importante, e ela se dedica a aprender diversos modos de ocupar bem o tempo e de ser útil. Mesmo assim, seja para ela, como para os que ela preza, valoriza os momentos de lazer. Escrevendo à sua prima, Maria, diz: “fico muito contente por dares belos passeios como aquele que me contaste; in-teressou-me bastante” (carta 20); de novo, sempre para a mesma pessoa, em outra car-ta, comenta: “tens necessidade do ar livre como os passarinhos. É preciso que quando retornares para junto de nós, venhas viçosa como uma bela rosa que acaba de desabro-char” (carta 26). A nossa santinha tem o sentido do belo, e em tudo, também no des-canso, encontra motivo de louvor: “Oh, Ma-ria! Se soubesses como penso tantas vezes em todos vós! Nas belas igrejas onde vamos, não me esqueço de vós. Também pensei em vós diante das maravilhas da natureza, ao lado dessas montanhas da Suíça que atraves-samos. Reza-se tão bem, sente-se que Deus está aí” (carta 31a).

Poderíamos imaginar que a vida do Carmelo não possibilitaria momentos de

distensão. Bem ao contrário. Conserva-se, ainda hoje, as peças de teatro que Teresa escreveu para com elas alegrar e instruir as suas coirmãs, além de outras tantas poesias de ocasião com as quais brindava as compa-nheiras em tempo de recreio.

O que dizemos de nossa padroeira po-demos aplicar também ao querido Dom Bosco. Poucos santos na história da Igreja podem merecer como ele o título de traba-lhador. Ao final de sua vida, o médico que o examinou deu como diagnóstico: ele está gasto, como um pano depois de muito uso. Toda a sua vida tinha sido um intenso labor em favor da juventude.

Quer dizer que ele nunca descansava? Nada disso. Dom Bosco fazia também do descanso um apostolado. São famosos os passeios que promovia, com os meninos do Oratório, por ocasião do outono. Partiam a pé, com a banda a animar a caminhada, e iam para o campo, dormindo ao ar livre ou em celeiros que lhes eram colocados à dispo-sição. Em cada cidade por onde passavam, uma verdadeira festa. Música, canto, alegria da refeição partilhada, e, claro, uma bela ca-

tequese, não só de palavras mas de vida.Com o mesmo empenho que o levou a

incentivar a profissionalização dos seus me-ninos, o santo dos jovens também buscou todos os meios úteis para a formação dos mesmos, através de atividades lúdicas e nem por isso menos formativas. O Oratório pos-suía uma grande escola profissional, mas era também lugar onde se cultivava a músi-ca, o teatro, a declamação, o esporte.

Chegado para nós este momento de pau-sa no meio do ano, aproveitemos e façamos tesouro do que nos diz a Palavra e também o exemplo dos nossos santos. Tenhamos o nosso momento de férias, e cresçamos apro-veitando todas as graças que Deus nos con-cede neste tempo.

Um abraço carinhoso a todos! Pe. Camilo, Pároco

Palavra do Pároco

Santa Teresinha e o trabalho em torno do amor

Julho de 2012: 1 ano para a Jornada Mundial da Juventude

Pe. Camilo P. da SilvaPároco de Santa Teresinha

Santa Teresinha em Ação 4

A Família Alves representa um exemplo de como ser e servir à Igreja. Na Santa Te-resinha, o casal Valdir e Rosana e seus qua-tro filhos, Augusto, Gabriel, Lucas e Felipe encontram o caminho da participação e de renovação da Fé na obra de Jesus Cristo. A fervorosa família Alves é Igreja!

Para Valdir Alves, a Igreja é um norte de vida. “Meu filho Augusto é o maior exemplo de dedicação e servir a comunidade pela Igreja. Hoje é o coordenador dos Coroinhas e estamos verdadeiramente agradecidos pela Pascom ter escolhido nossa família para testemunhar que somos Igreja.”

Já Rosana Maria Zago Alves, diz que hoje entende melhor quando se fala que quem vem para uma paróquia salesiana, vem pelas mãos de Nossa Senhora. “Acredito que realmente foi ela quem nos trouxe aqui. Depois da Catequese, meus filhos decidi-ram por si entrar para os Coroinhas. E isto é realmente uma benção de Deus! Participo do Apostolado da Oração, que está aberto à participação de todos. É um momento de re-flexão e de estar a serviço do irmão através das orações.”

E os filhos vão pelo mesmo caminho dos pais. Isso prova que exemplo é primor-dial em uma família. Para se ter uma ideia, Augusto César Zago Alves, 19 anos, Coor-denador do Grupo dos Coroinhas, diz que “esta Igreja é como sua segunda família, é seu alicerce”.

Gabriel Zago Alves, que tem 16 anos, participa há 13 anos das atividades da paró-quia. “Gosto muito de estar aqui e sempre converso com Deus na Igreja, dou um ‘oi’. São esses pequenos atos que fortalecem mi-nha fé!”

Os gêmeos Felipe e Lucas Zago, de 10 anos, vão pelo mesmo caminho dos irmãos. Adoram estar com Pe. Chico, já que parti-cipam do Grupo de Coroinhas e dizem que estar na paróquia faz parte da vida. “É algo normal para nós, não sabemos viver sem isso”, finalizam os irmãos.

Uma extensão da paróquia

Eu sou IgrejaFamília Salesiana

Brasil, terra de missão

O espírito missionário está no cerne da Congregação Sale-siana. Ele se iniciou lá trás com Joãozinho, quando esse ia ao

encontro das outras crianças para contar suas histórias a fim de diverti-las e transmi-tir algum ensinamento. Mas com o cresci-mento da nova ordem religiosa e inspirado por Deus, Dom Bosco vai compreendendo que sua obra deve rumar em direção a novas fronteiras. Em 1875, manda uma expedição missionária para a Argentina sob o comando de Dom Cagliero, um de seus alunos mais queridos, presente na fundação da Congre-gação. Essa viagem foi importante para nós, pois uma parada no Rio de Janeiro, fez com que os missionários entrassem em contato com o bispo Dom Pedro de Maria Lacerda, o qual, mais tarde, vai à Turim pedir para Dom Bosco que envie missionários também para o Brasil, em sua diocese.

Conhecendo as obras salesianas nos dias de hoje, fica difícil imaginar como foi o início do trabalho no Brasil. Porém, sabendo

um pouco do contexto brasileiro já podemos imaginar. No campo social e econômico, a industrialização estava se iniciando, geran-do um êxodo rural, chegada de imigrantes, mão-de-obra desqualificada, deficiências na educação; na saúde, enfrentava-se a febre amarela e a malária; na religião, vivia-se um intenso anticlericalismo, com uma relativa abertura a outras expressões religiosas. Foi nesse cenário que o grupo de salesianos, sob orientação do padre Luis Lasagna, che-gou em Niterói no dia 14 de Julho de 1883. Não obstante o cenário desolador, os mis-sionários se hospedaram em uma casa velha, que tiveram que pular a janela para entrar, além de contar com a ajuda de vizinhos para ter o que comer. Na tradição salesiana, aqui no Brasil, na festa da chegada dos salesianos em nosso país, serve-se queijo e rapadura, para se fazer memória à primeira refeição dos missionários em solo brasileiro.

Na festa de 129 anos da presença salesia-na no Brasil, vamos aproveitar para agrade-cer a vida desses missionários que tiveram

coragem de enfrentar uma realidade tão diferente da-quela que vi-viam na Itália e também de todos os salesianos que traba-lharam e trabalham para que a obra de Dom Bosco se perpetue em nosso meio. Peçamos também a interseção da Virgem Maria para que Ela seja a guia de tantos missionários que vivem espalhados pelo mundo, enfren-tando as mais diferentes adversidades para evangelizar a juventude.

Roberto Giannini Macedo

O Rito Inicial da Missa (Canto de Entra-da, Antífona, Saudação, Ato Penitencial e Glória) se encerra quando o sacerdote con-vida a comunidade à oração. Com o Oremos o celebrante convida a comunidade e esta se coloca de pé. Aguarda-se um instante de silencio enquanto se toma consciência de estar na presença de Deus e formulando interiormente os seus pedidos. O sacerdote faz então a oração chamada Coleta quando se recolhe todos os pedidos e intenções dos fieis, estejam essas intenções depositadas no altar ou no coração de cada um, ofere-cendo-as a Deus. Estas intenções podem ser petitórias, de agradecimento, intercessoras ou pelos mais diversos móvitos e desejos.

As intenções não são como troca de fa-vores. As graças de Deus que acontecem durante a Celebração Eucarística, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo são incomensuráveis e as intenções são de-monstrações de fé.

Cura, libertação, ação da Graça Divina ocorrem em todas as Celebrações Euca-

rísticas, independente do local, horário e celebrante, pois a Graça vem de Deus e não do celebrante, por mais carismático que seja. Afir-mativas como esta podem provocar celeuma ou pon-tos de vista conflitantes, porém, ao formador cabe a responsabilidade de escla-recer questões, mesmo que não agrade a todos.

Talvez nos falte conhe-cimento maior sobre o sentido e o valor das Celebrações Litúrgicas para que se possa usufruir de tudo o que Deus reserva e colo-ca à nossa disposição. É preciso nos afastar de ideias que muitas vezes não passam de “superstição católica” ou de achar que as coisas acontecem como num passe de mági-ca. Nestes dias em que são tantas as propos-tas de uma religiosidade descompromissada com a verdade e Jesus é apresentado sim-plesmente como um Profeta ou um Curador

e fazedor de milagres, ou simplesmente um líder religioso, o amadurecimento de fé exi-ge estudo e aprofundamento. Sem que isto ocorra acabamos por nos deixar levar por sugestões que nem sempre refletem a ver-dadeira doutrina.

Confiar na Ação e na Graça de Deus de-positando n’Ele nossa vida é caminho firme que devemos seguir.

Paulo Henriques

Formação

Intenções na Liturgia Eucarística

Venha celebrar a chegada

dos Salesianos ao Brasil,

na missa das 16h00

no dia 14 de julho

Santa Teresinha em Ação 5

Região Santana tem novo bispoIgreja em Ação

uem se arriscaria a dedicar, ao longo do ano, a maioria dos sábados a tarde e domin-gos pela manhã a uma causa social? Uma causa tão pouco

conhecida, mas de grande importância para a vida, como o Voluntariado nos Oratórios de Dom Bosco? Sabemos que existem pelo país afora de outras ações, de pessoas, na maioria das vezes desconhecidas, que tam-bém desenvolvem trabalhos voluntários, em creches, hospitais, escolas, centros de recreação. E isto não tem preço!

Certo dia, um jovem fervoroso, já acostumado com suas preces rotineiras, dirigiu-se a Deus em oração, questionan-do a cumplicidade do criador perante os grandes problemas da humanidade.

- Como você permite que a pobreza e a miséria se espalhem pelo mundo? Veja Deus quanta gente sofrida, abandonada à própria sorte, morrendo de fome e de frio? Por que você não toma uma atitude?

E Deus, na sua imensidão e genero-

sidade que só a Ele pertence, respondeu:- Eu já tomei uma atitude, eu criei

você!Às vezes somos tomados pelo doce en-

gano de acreditar que para todos os pro-blemas do mundo, sempre teremos solu-ções providenciais extraordinárias. Como uma força invisível que tudo resolve. De tal maneira, que preferimos deixar o mun-do correr por si mesmo. Doce engano.

Deus conta conosco o tempo todo, a todo instante, e precisa de cada um de nós para fazer seu Reino acontecer entre nós, aqui e agora!

Somos os continuadores da graça de Deus. E as soluções dos problemas da hu-manidade, dependem exclusivamente de nossa atitudes, ações e escolhas, para tornar nosso mundo ao menos um pouquinho pa-recido com a eternidade que nos aguarda.

Portanto, amigos e amigas, continue-mos fazendo nossa parte, por menor que seja, pois fará muita diferença para al-guém. Acreditemos!

Neste encerramento de semestre, de todo coração agradeço a todos pelas ações espontâneas de carinho, de doação, de desprendimento, de caridade, de vo-luntariado nos Oratórios de Dom Bosco

e em especial no Oratório Festivo Santa Teresinha.

Grande abraço Cariolando Soares Siqueira (Caiá)

Padre da diocese de Cornélio Procópio, no Paraná, será orde-nado no dia 18 de agosto Desde a saída de Dom Joaquim

Carreira, que assumiu a Arqui-diocese de Guarulhos no co-meço do ano, a Região Santana

ficou sem bispo. Padre Zacarias José de Car-valho Paiva veio sendo, até então, o Vigário Episcopal da região. Entretanto, no ultimo dia 27 de junho, o Papa Bento 16 nomeou o padre Sérgio de Deus Borges como novo bis-po auxiliar para a Arquidiocese de São Paulo e, ao que tudo indica, será o novo bispo de Santana. Sua posse será realizada no dia 18 de agosto.

Para quem não conhece, o novo bispo au-xiliar, que tem 46 anos, é da Diocese de Cor-nélio Procópio, no Paraná. Ele, atualmente, é reitor do Seminário Menor Diocesano Meni-no Deus e presidente do Tribunal Eclesiásti-co de Londrina.

Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, manifestou sua alegria em ter pa-

dre Sérgio como bispo auxiliar. De acordo com ele, “sua nomeação é um sinal da con-fiança da Igreja na sua pessoa e do apreço do Santo Padre pelos seus dons e sua dedicação no desempenho do ministério ordenado”. E continua: “Com a graça do Episcopado, Deus o chama para colocar esses dons ainda mais amplamente ao serviço de vida e da missão da Igreja”, finalize o cardeal.

Mais sobre o novo bispoPadre Sérgio de Deus Borges nasceu em

Alfredo Wagner (SC) no dia 4 de setembro de 1966. Realizou os estudos filosóficos com os Freis Capuchinhos em Ponta Grossa (PR) e

os estudos teológicos no Instituto Teológico Paulo VI, em Londrina (PR). É formado em pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil e tem especialização em gestão do am-biente escolar pela mesma Universidade. Fez mestrado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, e tem especialização em Direito do Matrimônio e da Família, pela Pontifícia Universidade Santa Cruz, de Roma. É doutorando em Direito Ca-nônico pela Pontifícia Universidade Católica de Buenos Aires.

No site da paróquia (www.paroquiasanta teresinha.com.br) você pode ler mais sobre o novo bispo.

O ato de se doarNosso Oratório

“Com a graça do Episcopado, Deus o chama para colocar esses dons ainda

mais amplamente ao serviço de vida e da missão da Igreja” Dom Odilo Scherer

Q

Santa Teresinha em Ação 6

Estreia

Para manter a chama acesaAtualmente, é comum encon-trarmos pessoas que admiram a figura de Dom Bosco (inclu-sive alguns que não necessaria-mente tenham sido educados sob o Sistema Preventivo), sim-plesmente por terem tido uma aproximação com ele, por meio de um escrito ou filme e que, conhecendo sua vida, tenham se fascinado por este perso-nagem, dono de uma fonte de energia inesgotável.

Seu segredo estava em ter um coração maravilhoso que ardia de caridade pasto-ral em favor dos excluídos. Dom Bosco foi um estudioso da realidade juvenil desde as

origens da sua atividade educativa em Val-docco. Ele buscava descobrir sua missão nas periferias da cidade, andando pelas ruas, prisões, fábricas, etc. Nos lugares onde se encontravam os jovens mais pobres e neces-sitados, descobriu essa missão, revelada no sonho dos 9 anos.

Em Dom Bosco encontramos um evan-gelizador incansável, dedicado completa-mente à salvação das almas, ao ponto de chegar a consumir toda a sua vida no serviço a seus amados jovens. Mas isso que sabemos de Dom Bosco, que implicações tem para nós, seus seguidores ?

O Reitor Mor, na Estreia 2012, expressa de forma bem clara: “O conhecimento de Dom Bosco deve ser traduzido em empenho com e para os jovens. Precisamos procurá-los e ficar com eles nos lugares, nas situações e nas fronteiras onde eles nos esperam.”

Esse campo de ação onde se tornou rea-lidade a Boa Notícia do Evangelho, hoje cha-ma a cada um de nós, filhos e filhas de Dom Bosco, a viver nossa vocação de educadores na fé nos ambientes populares. Desenvol-vendo a consciência missionária, que se atualiza e se renova cada dia, devemos ouvir as perguntas de Dom Bosco dirigidas a nós: “O que podemos fazer a mais para os jovens pobres? Quais são as novas fronteiras no lugar onde trabalhamos e vivemos? Temos ouvidos para escutar o grito dos jovens de hoje? O que podemos fazer para estreitar a brecha entre a realidade juvenil e a nossa prática pastoral?

Está claro que a realidade juvenil é di-nâmica e que, portanto, requer um contí-nuo repensar de nossas práticas, para que nos permitam responder às exigências dos jovens de hoje. Redimensionar estruturas e

comunidades em vista de uma missão evan-gelizadora mais efetiva é um imperativo ca-tegórico que hoje se converte em elemento indispensável para conservar a chama que animou Dom Bosco a priorizar a atenção aos jovens mais pobres e abandonados.

O maior desafio que temos daqui por diante é mudar a mentalidade para chegar a entender que, como seguidores e cola-boradores de Dom Bosco, temos a urgente tarefa de revitalizar e reavivar nossa vocação de missionários dos jovens mais pobres, de testemunhar a Boa Nova do Evangelho na periferia, ali onde ninguém quer ir. Quem professa um amor real a Dom Bosco deve amar essa que foi sua missão e segue sendo também a nossa, por opção.

Abraço a todos!Pe. Marcos Sérgio, SDB

Proposta Prática

Exemplo a ser seguido

Se falamos sobre ação social, não podemos deixar de citar a paró-quia São João Bosco, que fica na Lapa, região oeste de São Paulo. A

paróquia, que tem como pároco o Pe. Justo Ernesto Piccinini, apoia vários projetos e mantém alguns de grande expressão.

Um deles é o curso profissionalizante que a paróquia promove para jovens caren-tes. Conhecido como CEDESP – Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo – oferece mais de 180 cursos que auxiliam na formação profissional dos jovens. Em média, passam pelo CEDESP, na Lapa, em torno de 420 jovens por dia.

Para se ter uma ideia, cursos como auxiliar administrativo, informática bási-ca, assistente administrativo, operador de microcomputador, desenhistas de páginas para web, photoshop, coreldraw, auxiliar

de eventos, auxiliar de logística, autocad e assistente de departamento pessoal são al-guns dos cursos que, inclusive, estão com vagas abertas para o segundo semestre de 2012.

De acordo com Rute Siqueira, uma das responsáveis pelo programa, “é um prazer poder fazer parte da vida desses jovens que acham, nos cursos, uma oportunidade de vida. Para muitos, essa esperança nunca existiu e é aqui que eles encontram um ca-minho para seguir”.

Além deste projeto, a paróquia São João Bosco também tem frentes voltadas para as crianças, como o Provim, programa que atende crianças de 6 a 14 anos.

Para quem quiser saber mais como par-ticipar do projeto, pode ligar no (11) 3022-8194 e 3022-7771. O CEDESP fica na Rua Pio XI, 1380 – Alto da Lapa/São Paulo – SP.

Paróquia São João Bosco tem vários projetos sociais. Um deles, em especial, é esperança para vida de muitos jovens carentes

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Antes de abordamos a questão do financiamento da saúde pública precisamos explicitar o que se entende por saúde pública. Em

2002, a Organização Panamericana de Saú-de afirmou que a “Saúde pública é o esforço organizado da sociedade, principalmente através de suas instituições de caráter pú-blico, para melhorar, promover, proteger e restaurar a saúde das populações por meios de atuações de alcance coletivo”.

Toda ação da saúde pública tem grande amplitude, envolve a promoção da saúde, a prevenção específica das enfermidades, as-sim como medidas e serviços que atuem no sentido de restaurar, cuidar, tratar e reabili-tar as pessoas em virtude das doenças e do agravos à sua saúde.

Nessa perspectiva, apesar do avanço

que significou a criação do SUS, o Brasil está longe de dedicar atenção à saúde públi-ca semelhante à dos países que contam com um sistema público e universal, como Reino Unido, Suécia, Espanha, Itália, Alemanha, França, Canadá e Austrália. Segundo a Or-ganização Mundial da Saúde, em 2008, en-quanto o SUS gastou 3,24% do PIB, o gasto público em saúde nos países mencionados foi, em média 6,7%.

Os recursos financeiros destinados à saúde pública em todo o Brasil são insufi-cientes.

Várias propostas de lei para regulamen-tar os repasses à saúde foram colocados em debate no Congresso Nacional, mas, até hoje, nenhuma foi aprovada em definitivo.

Por mais de uma década, os esforços empreendidos não foram suficientes para

vencer o comodismo das centenas de par-lamentares brasileiros que, por motivos diversos, não se interessam ou colocam empecilhos para o avanço desta vital re-gulamentação para o maior patrimônio da saúde pública: o SUS. E no texto da Cam-panha da Fraternidade deste ano está bem explícito que, há no entanto, um fundo de reserva especial para possíveis ressarci-mentos, a qualquer serviço nacional e até internacional, de custos com a saúde dos parlamentares.

Participação complementar das Instituições Privadas sem fins lucrativos no SUS

Um dos princípios organizativos do SUS é a “complementariedade com a iniciativa privada”. Entram aqui, prioritariamente, as entidades sem fins lucrativos, filantrópicas.

Estas entidades são as Santas Casas de Misericórdia, hospitais filantrópicos de inú-meras congregações religiosas, dioceses, Igrejas cristãs e outras entidades da socie-dade civil.

Estes prestadores de serviço têm im-portância estratégica para o SUS, pois, sem eles, este não conseguiria viabilizar suas

ações assistenciais, nos três níveis governa-mentais: municipal, estadual e federal.

As entidades acima citadas mantêm cer-ca de 480 mil empregos diretos, além de 140 mil médicos que neles atuam na condição de autônomos. Realizaram, em 2009, mais de 7 milhões de internações ( 4.526.930 para o SUS). Além de prestadores complemen-tares de serviços assistenciais ao SUS, atu-am no sistema complementar de saúde e se constituem em autêntico espaço de produ-ção do conhecimento, emprego, formação de recursos humanos. Destacamos aqui os hospitais de ensino que disponibilizam va-gas para estagiários de diversas graduações, para residência médica e multiprofissional, para cursos de pós-graduação.

Ir.Valentina Augusto - FMA

A problemática do financiamento da saúde pública no Brasil

Santa Teresinha em Ação 7

Campanha da Fraternidade

Novidade do SUS

Com novo acordo, governo de SP promete melhorias para saúdeR$ 710 milhões serão investi-dos em novos leitos e reformas de postos de saúde

No ultimo dia 25 de junho, o governador Geraldo Alckmin anunciou investimentos de R$ 710 milhões para a saúde do Estado. A verba será utilizada na construção de no-vas unidades de saúde, criação de leitos e centros de referência do idoso, entre outras melhorias, que irão abranger desde a aten-ção básica até a medicina de alta complexi-dade.

O dinheiro veio por meio de um acordo entre o Governo do Estado de São Paulo e o BID (Banco Interamericano de Desen-

volvimento), que investirá R$ 500 milhões no SUS (Sistema Único de Saúde) de São Paulo. A contrapartida do governo estadual para o projeto é de R$ 210 milhões de reais.

O projeto do Governo do Estado de São Paulo prevê a readequação das UBSs, a aquisição de equipamentos odontológicos e a construção de Centros de Referência do Idoso, garantindo aos pacientes mais velhos um atendimento especializado em todas as regiões do Estado.

A verba também será investida na rea-dequação de unidades ambulatoriais e de internação voltadas para o atendimento de usuários de álcool e drogas, bem como para

a ampliação de leitos para dependentes. Também haverá investimento em procedi-mentos de alta complexidade, com a me-lhoria e ampliação de serviços de urgência e emergência, e a ampliação das Unidades de Terapia Intensiva por todo o Estado.

“É uma ótima notícia para a saúde pú-blica. Com um projeto detalhado, consegui-mos levar ao BID demandas importantes da nossa população. A verba será fundamental para que possamos seguir com o nosso pro-jeto de regionalização da saúde, levando o

melhor atendimento possível para perto da casa das pessoas”, afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde.

O projeto também garantirá a capacita-ção dos gestores de saúde e a aquisição de novas tecnologias para o bom funcionamen-to do sistema. Entre outras coisas, serão elaborados e implantados os prontuários eletrônicos, que irão garantir que o pacien-te tenha seu histórico médico completo em qualquer unidade do SUS.

Missa dos Enfermos e Idosos

Dia 17/07 às 15h00, seguida

de confraternização

Governador diz que nova verba beneficiará reformas de ambulatórios; proposta é aumentar número de leitos também

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Destaque

É sabido que, nos dias de hoje, vi-ver em santidade é uma tarefa di-fícil para todo cristão. Os apelos estão em todo lugar e viver con-

forme os preceitos de Cristo tem sido árduo para todos os fiéis. Entretanto, ter exem-plos de santidade é uma boa alternativa.

Nesta edição, vamos falar de três no-mes sagrados para a Família Salesiana

que, dentre outros, têm histórias de vidas inspiradoras.

A primeira delas é a Ir. Maria Tron-catti, Serva de Deus. Ela, que nasceu em Corteno Golgi (Brescia), teve uma vida devotada à caridade. O corpo de Troncat-ti repousa em Macas, no Equador, desde 1969, quando morreu em um trágico aci-dente aéreo.

Para viver em SantidadeA Família Salesiana está repleta de exemplos de vida em santidade, dentre eles, três que tiveram vida simples e, mesmo com as dificuldades, não esque-ceram dos seus reais papéis: servir com alegria e amor

Fonte: SDB.org

Uma vida sobressaltadaMaria Troncatti entrou para as Filhas de Maria Auxiliadora quando alcançou

a maioridade mesmo sabendo, desde a adolescência que seria freira, a Irmã obe-deceu a vontade de seu pai e do pároco, a quem tinha extremo respeito. No Ins-tituto, começou a se revelar muito boa com as pessoas e seu coração pedia que ajudasse os mais necessitados. Por conta disso, em 1922, partiu para o Equador, para trabalhar em meio aos povos shuar (Xívaros), conhecidos por serem selva-gens e fazer rituais de encolhimento de cabeças de seus inimigos.

Com outras Irmãs, Troncatti começou um duro trabalho de evangelização em meio a riscos. Porém, o milagre do seu trabalho dura até hoje entre os povos onde a mulher Xívara, até então sem valor algum, é respeitada por todos.

Maria Troncatti em missão no Equador, onde seu corpo foi enterrado

São exemplos como estes que nos ensinam como viver em santidade

A serviço dos pobres Já o mineiro Antônio Lustosa é santo para muitos até hoje. Servo de Deus

desde 2001, Dom Lustosa teve uma vida de caridade e entrega à obra de Jesus. Quando entrou para os salesianos, ainda com 16 anos, era conhecido por ser obe-diente e engajado, sendo logo escolhido como Mestre dos Noviços assim que foi ordenado sacerdote, aos 26 anos.

Sua vida religiosa foi marcada por uma perspicácia intelectual que, como Dom Bosco, rendeu-lhe ser um escritor fabuloso, que escrevia sobre teologia, filoso-fia, espiritualidade, hagiografia, literatura, geologia e botânica. Foi muito dotado também no campo artístico: são seus os vitrais da catedral de Fortaleza.

Foi bispo de Uberaba (MG), Curumbá (MT) e arcebispo de Belém do Pará (PA). Depois de 10 anos, foi para Fortaleza, Ceará, onde também foi arcebispo e construiu uma linda história frente à Igreja Católica do Estado. Viveu, ali, por 22 anos e, por conta de seu trabalho, foi considerado o bispo da justiça social. Fun-dou hospitais, escolas populares e círculos operarios.

Depois de 38 anos de vida sacerdotal, Dom Lustosa foi para casa salesiana em Carpina (PE), onde viveu por mais 15 anos. Morreu em 14 de agosto de 1974. Seu corpo repousa na Catedral de Fortaleza (CE).

O “padre santo”Amado pelas crianças, Padre

Rodolfo Komorek é outro exem-plo de santidade. Ele, que nasceu na Polônia, foi ordenado sacer-dote aos 24 anos e trabalhou na I Guerra Mundial tanto no hos-pital, quanto na frente de batalha.

Foi aos 32 anos que pediu para entrar na Congregação Sa-lesiana. Queria ser missionário e sabia que o caminho era este.

Sua vida missionária começou e terminou no Brasil. Em 1922, foi designado para cuidar da pastoral dos poloneses imigrantes e sem assistência religiosa. De-pois, passou por inúmeras paróquias e comunidades salesianas. Por conta disso, viajou muito pelo interior do Estado de São Paulo. Conhecido como o “padre san-to”, o Venerável Rodolfo Komorek morreu com 59 anos e está sepultado em São José dos Campos. Seu exemplo de vida e santidade perdura até hoje pelas casas salesianas por onde passou.

O Brasil conheceu a santidade, a caridade e o desapego vivido por

este padre que fez história e mudou a vida de muitos brasileiros

Pe. Komorek não se cansava de rezar e era visto, por muitos, como

exemplo de vida e comunhão

Estes três ícones da Família

Salesiana têm muito a ensinar aos cristãos que,

tal como eles, vivem em busca

da santidade

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Santa Teresinha em Ação Santa Teresinha em Ação 8 9

Santa Teresinha em Ação 10

Espaço Vicentino

“Não sei quem mais carente: se o pobre que pede pão ou o rico que pede amor” (São Vicente de Paulo)

Para comemorar o aniversário de uma Conferência Santa Margarida Maria Alaco-que é realizada, sempre, a Missa das 5 Inten-ções. Então, como não poderia ser diferente, no último dia 24, comemorando os 80 anos de existência, realizamos a Missa na paró-quia Santa Teresinha.

A Missa das Cinco Intenções tem essa de-nominação em virtude de sempre rezar pelos “Falecidos da Sociedade de São Vicente de Paulo”, isto é, todos os vicentinos, homens e mulheres que trabalharam ao longo destes 179 anos de existência da Sociedade para que os pobres tivessem um lugar ao sol! Propon-do, orientando e rezando junto às famílias carentes para que tenham mais dignidade,

realizando assim o que Jesus Cristo sempre pregou, “amais-vos uns aos outros...”.

Este é o trabalho básico dos vicentinos. Pela Santa Igreja Católica Apostólica Roma-na, pedindo para que o Espírito Santo que ilumine sempre e, cada vez mais, os católi-cos a seguirem fielmente os ensinamentos de Cristo. Pelo Santo Padre, o Papa, para que, iluminado pela luz do Espírito Santo, seja sempre luz para o rebanho de Cristo, mantendo-o sempre unido na fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Pela Sociedade de São Vicente de Paulo para que continue sempre firme na fé, no amor de Cristo e obediente à Igreja. Pelo Brasil, este país grandioso que é rico por natureza, mas insiste em deixar uma boa parte de seus filhos, os mais neces-sitados, no abandono; para que nossos go-vernantes olhem mais pelos desamparados e menos pelo interesse próprio, bem como para que o povo se conscientize e escolha

melhor seus governantes.Na procissão das ofertas durante a mis-

sa, são incluídos seis símbolos: um Feixe de Lenha, que representa o primeiro gesto de Ozanam e seus companheiros, quando leva-ram lenha para uma família que sofria com os rigores do inverno francês. Uma Cesta de alimentos, simbolizando os alimentos que recebemos da comunidade e distribuímos para as famílias assistidas. A Bíblia, que é a palavra de Deus a nos fortalecer na fé e onde buscamos a perfeição no amor de Deus. A Imagem de Antonio Frederico Ozanam, o

fundador da SSVP, que com seis amigos ti-veram a coragem de fundá-la e a iniciativa de levar ao pobre um pouco de conforto mate-rial e espiritual. A Imagem São Vicente de Paulo, representando aquele que foi a inspi-ração dos primeiros vicentinos. A Regra da SSVP, onde encontramos o direcionamento, normas e orientações que devemos seguir para que, a exemplo dos primeiros vicenti-nos, mantenhamos a unidade de princípios da SSVP.

Enio Elias é vicentino

Você sabe o por que das 5 intenções?

Salesianidade

Celebração do bicentenário de Dom BoscoNo mês de julho, comemora-mos os 126 anos da chegada dos Salesianos no Brasil, na cidade de Niterói – Rio de Janeiro. Va-mos conhecer um pouco dessa história?

Há exatos 126 anos, iniciava-se a histó-ria salesiana no Brasil. Em 14 de julho de 1883, uma expedição de sete salesianos se instala numa pequena chácara no bairro de Santa Rosa, em Niterói (RJ). É fundada, as-sim, a primeira obra salesiana no país. Era o começo de uma missão educativa que ainda hoje tem como princípio a formação de jo-vens conscientes e cidadãos.

Baseado no tripé razão-religião-amor, o sistema pedagógico de Dom Bosco, fun-

dador da Congregação Salesiana, sempre buscou apoio da família na educação de seus alunos e manteve um ambiente familiar e acolhedor. Atualmente, aliada a sua tradição em ensino de boa qualidade, a escola investe em inovações que qualificam ainda mais o seu projeto pedagógico.

Em todo o mundo os Salesianos estão espalhados em 129 países, com 16.092 par-ticipantes, trabalhando concentrados em Regiões, Inspetorias e Presenças (Casas). São 93 Inspetorias e 7.610 obras. No Brasil, a presença salesiana ocorre em 18 estados e no Distrito Federal, sendo dividida em seis inspetorias: Belo Horizonte, Campo Grande, Manaus, Porto Alegre, Recife e São Paulo.

Em 24 de junho de 1884, D. Lino inau-gurava na cidade de São Paulo, a então cape-

la do Sagrado Coração de Jesus. No ano se-guinte chegaram os primeiros Salesianos: o P. Lourenço Giordano e o Ir. João Bologna. Assim, em 5 de junho de 1885, foi fundado o Liceu Coração de Jesus.

Em 1918, parte das “secções” das Es-colas Profissionais passou a ter sua sede no Institudo Dom Bosco, inaugurado naquele ano, no bairro do Bom Retiro.

Em 1919, O Liceu adquiria uma chaca-rá, no alto de Sant’Ana, para os passeio dos seus alunos.

Na Chácara do Liceu, em 8 de dezembro de 1924, inaugura-se o Oratório Festivo. No mesmo ano, o Colégio é bombardeado. Em meio a Revolta de 1924, o Liceu se encontra entre a frente de guerra e o Palácio do Go-verno.

Neste mesmo ano, os Salesianos inau-guram na chácara que posteriormente será o Colégio Santa Teresinha a nova piscina. Uma ousadia para a época!

Em 1927, na chácara destinada aos pas-seios é inaugurada a Igreja Votiva de Santa Teresinha, em ação de graças pela sua pro-teção nos dias críticos da Revolta de 1924.

Conhecendo um pouco mais sobre a história dos Salesianos no Brasil especial-mente das duas primeiras comunidades, pedimos que Deus continue abençoando a Família Salesiana e a nossa comunidade. Lembremos que o período de férias se ca-racteriza por mudança de atividades. Boas e merecidas férias a todos!

Pe. Aramis Francisco Biaggi

Pe. Aramis Francisco Biaggi

Santa Teresinha em Ação 11

Família: o trabalho e a festaReproduzimos aqui este mês, um trecho da homília do Santo Padre Bento XVI na Eucaristia do dia 3 de junho, durante o VII Encontro Mundial das Famílias:

No livro do Gênesis, Deus confia ao ca-sal humano a sua criação, para que a guar-de, cultive e guie de acordo com o seu pla-no (cf. 1, 27-28; 2, 15). Nesta indicação da Sagrada Escritura, podemos ler a missão que tem o homem e a mulher de colaborar com Deus para transformar o mundo, atra-vés do trabalho, da ciência e da técnica. O homem e a mulher são também imagem de Deus nesta obra preciosa, que devem reali-zar com o mesmo amor do Criador. Vemos que, nas teorias econômicas modernas, prevalece muitas vezes uma concepção uti-litarista do trabalho, da produção e do mer-cado. Mas, o projeto de Deus e a própria

experiência mostram que não é a lógica unilateral do que me é útil e do maior lucro que pode concorrer para um desenvolvi-mento harmonioso, o bem da família e para construir uma sociedade justa, porque traz consigo uma competição exasperada, fortes desigualdades, degradação do meio ambiente, corrida ao consumo, mal-estar nas famílias. Antes, a mentalidade utilita-rista tende a estender-se também às rela-ções interpessoais e familiares, reduzindo--as a convergências precárias de interesses individuais e minando a solidez do tecido social.

O homem, enquanto imagem de Deus, é chamado também ao descanso e à festa. A narrativa da criação termina com estas palavras: «Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou, no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele rea-lizado. Deus abençoou o sétimo dia e san-

tificou-o» (Gn 2, 2-3). Para nós, cristãos, o dia de festa é o Domingo, dia do Senhor, Páscoa da semana. É o dia da Igreja, as-sembleia convocada pelo Senhor ao redor da mesa da Palavra e do Sacrifício Euca-rístico, para nos alimentar d’Ele, entrar no seu amor e viver do seu amor. É o dia do homem e dos seus valores: convivência, amizade, solidariedade, cultura, contato com a natureza, brincadeira, esporte. É o dia da família, em que se há de viver, juntos, o sentido da festa, do encontro, da partilha, também com a participação na Santa Mis-sa. Queridas famílias, mesmo nos ritmos acelerados do nosso tempo, não percais o sentido do dia do Senhor! É como o oásis onde parar para saborear a alegria do en-contro e saciar a nossa sede de Deus.

Ana Filomena e Luiz FernandoPastoral Familiar

Direito

De acordo com a definição legal, empregado(a) domésti--co(a) é a pessoa que presta serviço de forma não eventual, de natureza não lucrativa, me-diante remuneração e sob su-bordinação a outra pessoa em ambiente residencial.

O primeiro ponto decorrente desta defi-nição é que o empregado doméstico não pode exercer atividade “não doméstica”. Isto pare-ce óbvio, mas na prática muitas vezes os papéis se confundem. Imaginem uma vendedora de roupas que faça uma reunião em sua casa para venda de seus produtos. Ela não pode utilizar sua empregada doméstica para ajudar na reali-zação da reunião, sob pena de ver convertida a empregada doméstica em empregada comum (empregada do comércio).

Esta diferenciação é muito importante, pois como veremos, a legislação estabelece diferenças entre os trabalhadores domésti-

cos e dos trabalhadores normais com rela-ção aos direitos trabalhistas.

Outro ponto importante é a questão da diarista, que se tornou uma alternativa aos empregados domésticos. Aqui cabe escla-recer que a diarista é um trabalhador autô-nomo que exerce sua atividade em diversos locais e para mais de uma pessoa. Isto impõe que a diarista não possa trabalhar todos os dias na mesma residência.

Novamente, esse ponto, a diferenciação entre um trabalhador autônomo e um traba-lhador doméstico é importante, pois pode trazer a necessidade de registro em carteira, pagamento de férias e outros benefícios a que somente este último tem direito.

Ainda sobre diarista, cabe esclarecer que o pagamento deve ser efetuado ao final do dia trabalhado, mediante recibo. A falta deste procedimento pode caracterizar que não se trata de diarista, mas de um emprega-do doméstico com frequência diferenciada.

Aloisio Oliveira é advogado

Fique atento: empregados(as) domésticos(as) também têm direito a férias

Pastoral Familiar

DESCRIÇÃOEMPREGADO DOMÉSTICO

TRABALHADOR AUTONOMO (DIARISTA)

EMPREGADO COMUM

Registro CTPS SIM NÂO SIM

Férias SIM NÃO SIM

Adicional 1/3 sobre férias SIM NÃO SIM

Repouso Semanal SIM NÃO SIM

Salario Mínimo da categoria SIM NÃO SIM

Décimo Terceiro Salário SIM NÃO SIM

Vale Transporte SIM NÃO SIM

FGTS e Seguro DesempregoSIM mediante

opção do empregador

NÃO SIM

Licença Maternidade 120 dias NÃO 120 dias

Licença Paternidade 5 dias NÃO 5 dias

Aviso Prévio para Rescisão do Contrato de Trabalho

30 dias NÃO 30 dias

Aposentadoria SIMSIM mediante

Registro no INSSSIM

Auxílio Doença SIMSIM mediante

Registro no INSSSIM

Pagamento MensalA cada dia trabalhado

Mensal

Irredutibilidade do salário SIM NÃO SIM

Homologação de rescisão Contrato Trabalho

NÂO NÂO SIM

Santa Teresinha em Ação 12

Juventude Salesiana

Corrida de rua marca a contagem regressiva para a JMJ Rio 2013

O Rio de Janeiro está a todo va-por e os preparativos para a Jornada Mundial da Juventu-de, que acontece na cidade no

ano que vem, não param de acontecer. Pro-va disso são os inúmeros eventos que a ci-dade vem promovendo para que a JMJ2013 seja um sucesso.

Para se ter uma ideia, no próximo dia 22 de julho acontece, em toda a cidade, uma corrida de rua. Com o nome “Bote

Fé na Vida”, o evento pretende mobilizar uma grande quantidade de jovens a fim de evangelizar por meio do esporte. De acor-do com os organizadores, a expectativa é que mais de 28 mil pessoas participem do evento.

Os participantes que não são tão jovens assim também não ficarão de fora. Em al-gumas regiões, haverá corrida e caminhada e as inscrições poderão ser feitas nas Dio-ceses de todo o Estado do Rio de Janeiro.

Para ser uma família acolhedora durante a JMJ

Jovens do mundo inteiro partici-pam de Jornadas Mundiais da Juven-tude. Por conta disso, na preparação é onde se cadastram pessoas que abrem suas portas para acolher esses jovens que não ficam em hotéis. Na verdade, eles têm uma experiência de pertencer à cidade sede do evento.

E é por isso que as inscrições para se tornar uma família acolhe-

dora já começaram. Quem quiser abrir as portas da casa para receber esses jovens que vem de todos os continentes do planeta, pode se ma-nifestar por meio do site da JMJ Rio 2013 (http://www.rio2013.com/pt/familia). A responsável em cadastrar e aprovar as famílias é a Irmã Graça Maria, CNSB. Mais informações em [email protected]

De acordo com organizadores, quase 30 mil participarão do evento

Santa Teresinha em Ação 13

Tá Ligado?

Perdoar quantas vezes? Machucado que é machucado não sara de um dia para o outro: eu sei! Precisa de cuidados até que fique comple-

tamente restabelecido. Com o coração da gente, é a mesma coisa. Isso de se machu-car não tem idade, né? Seu irmãozinho fica magoado porque vocês não deram atenção pra ele na hora do filme. Você, fica mago-ado porque seu melhor amigo preferiu sair com a menina que ele acabou de conhecer do que jogar videogame com o cara que ele conhece desde que nasceu. Eu, fico magoa-da porque... sei lá... eu fui defender alguém e quando precisei ser defendida, ele não me defendeu (tudo bem, aconteceu mesmo).

Não importa a idade, machuca-se sempre e dói sempre! E às vezes, demora pra sarar. É. Nestas horas fala mais alto nosso orgulho próprio, porque a pessoa não merece nossa amizade, nossa consideração, etc e tal. A gente passa a pensar que uma amizade tão frágil, não vale a pena. Que ter um amigo que vive pisando na bola, não vale a pena. Que é melhor ficar sozinho jogando videogame do que acompanhado com alguém que não dá a mínima pra gente. Aí fica mais fácil virar a cara e seguir o nosso rumo e dar a história por encerrada - e lá se foi uma amizade por água abaixo. Daí eu venho aqui no Tá Ligado pra tentar introduzir na sua cabecinha coisas que aconteceram comigo, que tenho o dobro de sua idade (será?) e que eu quero que você aprenda BEM ANTES de mim! Rá rá!

É o seguinte: primeiro, ninguém é per-feito. Não existe aquele amigo perfeito que a gente quer que exista, que nunca vai errar, que sempre vai entender o que a gente quer e que sempre vai corresponder às nossas ex-

pectativas. É provável que nem Jesus Cristo, seja assim, porque amigo que é amigo não fica dizendo e fazendo tudo o que a gente quer, mas o que a gente precisa (e às vezes uma coisa não é a outra!). Segundo: Se você construir um muro ao seu redor, as pesso-as não vão saltar por cima dele e invadir o seu espaço (por espaço entenda o seu BICO de gente brava toda vez que este amigão aparece por perto). As pessoas não vêm falar com a gente, quando percebem que a gente não quer papo. Por isso, se você quer resolver a pendenga, estabeleça contato!!! Senta por perto, olha no olho do cara, fala que ele é um mané, mas depois escuta o que ele tem a dizer e que tudo termine com um abraço. Terceiro: não se faça de vítima da situação, de pessoa altamente injustiçada, porque menos é mais, meu amigo! Se fazer de vítima é feio, cafona, imaturo - e não leva à nada. Quarto: Você sabe que também dá suas pisadas, não sabe?

A vida passa muito rápido. Daqui a pouco você vai ficar adulto e de adulto para a idade do seu avô é um piscar de olhos. E quando olhar pra trás, com certeza vai se arrepender muito do tempo que perdeu alimentando suas mágoas. Há outras coisas muito mais prazerosas a serem alimentadas! A amizade, o companheirismo,o diálogo, a parceria, o perdão. Ter um amigo é sempre melhor. Gostar é sempre melhor. E perdoar, meu amigo, mesmo que demore um pouco, é infinitamente muito, muito melhor!

Agora vai lá.

Melissa Sliominas Brandão que, recente-mente, fez exatamente tudo o que escreveu acima e hoje é uma pessoa mais feliz

70 x 7Papo de Criança

Oba! Tem férias de novo!

O tempo passou tão rápido, e as férias já chegaram de novo, um alívio para os adultos e para as crianças que têm uma folga

do trabalho e da escola para viajar, brincar, dormir, descansar, assistir filmes, passear, entre outros. Mas é preciso lembrar que não podemos tirar férias de Deus, também pode-mos aproveitar as férias pra conhecer novas igrejas, assistir novas missas e aprender mais sobre o mundo religioso.

Todas as férias parecem ser iguais, nós dormimos até tarde, tomamos café na hora do almoço, almoçamos na hora do café da tarde, tomamos café da tarde quase na hora da janta e acabamos comendo muito tarde, depois vamos dormir e no outro dia a rotina é a mesma, por isso acho que é importante sair da rotina de vez em quando e, um óti-mo jeito de fazer isso é conhecendo novos

lugares como museus, zoológicos, outras cidades, países e igrejas. Isso mesmo, co-nhecer igrejas de outras regiões pode ser muito divertido, pois existem lugares muito bonitos, alguns chegam a ser encantadores, assistir outras missas também é muito bom, pois você pode escutar a palavra de Deus de formas diferentes.

Geralmente, temos preguiça e acabamos até achando um pouco chato ir à missa, prin-cipalmente, se estamos de férias, mas é preci-so lembrar que gastar um tempo aprendendo sobre quem deu a vida por você não deveria ser um sacrifício e sim uma rotina. Minha dica é que, nessas férias, devemos aprovei-tar para passear, conhecer novos lugares, se aventurar, descansar bastante e, claro, ir à missa. Desejo ótimas férias a todos!

Júlia Nascimento tem 13 anos

Férias na Paróquia - Dia 15/07 das 14h00 às 17h00 - Traga suas crianças.

Com a chegada do Inverno, vem o vinho quente, o quentão das deliciosas festas juninas, o fon-due, o chocolate quente, o chá à

noite, cremes e caldos deliciosos; mas, para sair de casa e aproveitar todas as atrações que o frio nos traz temos que usar aquelas roupas guardadas há um ano. E junto com as

delícias vem os problemas. Raramente nos lembramos de nos antecipar ao frio e colo-car as roupas mais quentes para tomar sol e, assim, acabar com o mofo, ácaros e poeira que se acumularam nos meses em que esti-veram guardadas.

Por melhor que estejam acondicionadas, as roupas sempre se tornam depósitos de

nossos “inimigos” que geram alergia. Para muitos, alergia é sinônimo de sofrimento, remédios. A grande diminuição de chuvas vem aliar-se aos agressores acima, trazendo mais vilões: ar seco (diminui as secreções naturais e nos predispõe ao ataque de vírus e bactérias) e aumento da poluição.

Assim, está preparado o cenário de guerra para os alérgicos! De um lado os ácaros, a poeira em suspensão, ar seco, bac-térias, vírus. Do outro, nós, os alérgicos, e nosso arsenal de medicamentos, aparelhos umidificadores, lenços de papel. Como con-seqüência, a tosse, a rinite, sinusite, asma, bronquite, pneumonia, conjuntivites. Estas últimas exigem cuidado e boa orientação.

Nossos olhos, já castigados pelo ar con-dicionado e computadores, sofrem também o ataque dos nossos “inimigos”, aparecen-do a inflamação da conjuntiva, membrana

que recobre quase totalmente os olhos e os protege de maiores danos por fatores vários. Os olhos ficam vermelhos, com coceira, ardor, lacrimejamento, secreção. Deve-se evitar a automedicação e rapidamente con-sultar um oftalmologista, pois só ele saberá identificar a origem do problema e tratá-lo adequadamente, evitando graves seqüelas.

Oswaldo Roberto S. da Silva é oftalmologista

Santa Teresinha em Ação 14

Espaço Pet

Cão-guia: os olhos de quem não pode verComportamento e cuidados ao se deparar com um pela rua; um afago pode colocar em risco a vida do deficiente visual

Acreditem, cães podem fazer muito mais do que rolar e dar a pata. Dar a pata pode significar muito mais. Alguns cães estendem suas patas para quem realmente precisa deles como os deficientes visuais. Eles são chamados de Cão-guia, os olhos de quem não pode ver.

O cão-guia é um animal especial, previa-mente selecionado e treinado, de tempera-mento dócil, dotado de extrema paciência e determinação. Oferecem aos seus parceiros segurança na locomoção, equilíbrio físico e emocional, facilitam sua socialização, e até sua autoestima. Ama profundamente o dono e por essa razão sente prazer no seu trabalho e funciona como olhos do deficiente visual.

Como agir quando encontrar uma pes-

soa com deficiência visual acompanhada de um cão-guia?

Quanto mais ignorar o cão-guia me-lhor será, não acaricie quando estiver usando a guia. Não tenha medo! O cão--guia é treinado para ser dócil. Atenção! Se estiver acompanhado de algum animal controle-o, evitando acidentes. Não ofe-reça alimentos, ele tem alimentação ba-lanceada e horários certos para comer. Ele está trabalhando! Quando se dirigir a uma pessoa com deficiência visual acompanha-da de um cão-guia fale diretamente com a pessoa e não com o cão. Caso essa pessoa lhe solicitar ajuda aproxime-se pelo lado direito de maneira que o cão-guia fique à esquerda e ofereça seu cotovelo a ela. Não se antecipe, não segure o braço da pessoa e NUNCA toque na GUIA do cão. Nesse momento o deficiente visual dará um co-mando ao cão para que ele siga você ou usará um comando avisando o cão que ele

está temporariamente fora de serviço. Em virtude do seu rigoroso treinamen-

to, o cão-guia é capacitado para permanecer com seu dono em qualquer local público ou privado sem causar alterações no funciona-mento normal. E essa permanência é um direito previsto em lei.

No site da paróquia você encontra mais

informações de como ser uma família acolhe-dora e como contribuir com os projetos. Infe-lizmente, no Brasil a quantidade de cães que exercem esse trabalho é muito pequena diante do número de pessoas com deficiência visual.

Raquel F. Raimondo, veterinária

Saúde

Está aberta a temporada de conjuntivites

Tarde da Idade de Ouro

Dia 29/07 das 14h00 às 17h00 no

salão paroquial

Santa Teresinha em Ação 15

Aconteceu

Bazar Popular Dia 24/07 das 9h00 às 17h00 no salão paroquial

Vem aí mais um Boletim SalesianoVocê que é dizimista, não se preocupe.Receberá seu exemplar em casa.

E ainda:Não perca!16 de agosto, lançamento do novo portal do Boletim Salesianowww.boletimsalesiano.org.br

Arraiá da Teresinha!

Corpus Christi na paróquiaPara conhecer mais Dom BoscoComo não poderia ser diferente, du-

rante o Corpus Christi deste ano (07/06) a paróquia Santa Teresinha promoveu o tapete eucarístico para a passagem do San-tíssimo Sacramento na procissão que ante-cede a missa das 17h. Mesmo o mal tempo não desanimou os paroquianos que se em-

penharam muito no trabalho da montagem do tapete, de modo que preenchesse todo o corredor lateral da paróquia. Durante a mis-sa, Pe. Camilo lembrou da aliança que Deus fez com a humanidade e da lição de amor incondicional dele doando seu próprio filho para o sacrifício.

Para apresentar aos paroquianos um pouco da história de Dom Bosco e saber, também, sobre quem influenciou o santo da Família Salesiana, a paróquia promoveu, no dia 17 de junho, o II Encontro Conhecendo Dom Bosco, parte das iniciativas do proje-to “Rumo 200 anos”. Durante o evento, a comunidade presente pode entender mais quais foram as pessoas que influenciaram

Dom Bosco em sua trajetória de vida, como Mamãe Margarida, Pe. Calosso e Pe. Cafas-so. Além disso, as influências que ajudaram Dom Bosco a criar o tripé do seu modelo de educação, razão, religião e amorevolezza (carinho e ternura) também foram apresen-tadas. Diácono Sílvio foi o supervisor do dia que, também, cuidou de toda animação musical.

Foi no primeiro fim de semana de julho que a paróquia Santa Teresinha abriu as portas para o seu Arraiá. Como não poderia ser diferente, todos os paroquianos foram envolvidos e, juntos, fizeram uma Festa Junina fantástica, repleta de comidas típi-cas e, claro, quadrilha que animou todos os participantes do primeiro sábado de Arraiá.

Animados, muitos paroquianos se vestiram à caráter e promoveram uma linda festa, des-contraindo e chamando toda comunidade para participar da Festa. Todo capital arre-cada será destinado para obras assistenciais da paróquia. Veja cobertura completa no site da paróquia, www.paroquiasantateresi-nha.com.br

Santa Teresinha em Ação 16

EntrevistaPor Daya Lima

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Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e,nas primeiras sextas do mês, às 7h30

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Para manutenção das Famílias

No fim de maio, as famílias cristãs de todo o mundo puderam par-ticipar de um encontro com o Papa onde o assunto foi a Famí-

lia como um todo. O VII Encontro Mundial das Famílias, que aconteceu entre 30 de maio a 3 de junho em Milão, na Itália, con-tou com a presença de milhares de fiéis que puderam refletir sobre o tema “Família, Trabalho e Festa”, três dons de Deus que devem encontrar harmonia para uma vida saudável. O Brasil foi representado por 15 pessoas de São Paulo e Manaus (AM). Ma-ria Célia Pinto, coordenadora da Pastoral Familiar da Região Sul 1 foi uma das repre-sentantes. Com muita gentileza, atendeu à equipe do Santa Teresinha em Ação para uma conversa sobre o evento.

STA – Com certeza foi uma emo-ção tremenda poder participar deste evento mundial, principalmente, por conta da presença do Papa Bento 16. Já tinha participado de algo parecido? Maria Célia - Já tinha sim, mas, cada evento tem sua emoção. Este é o sétimo en-contro e eu, graças a Deus, puder participar de quatro encontros, ainda junto com meu marido que faleceu em 2010. O primeiro foi em 1994, em Roma. Depois foi no Rio de Ja-neiro, em 1997. Em 2000 fomos para Roma, novamente e em 2003 foi em Valência, na Espanha. Em 2009 fui para a Cidade do México e agora, sozinha, este ano, em Milão.

STA – E como tem sido a experiência, de mogo geral? Maria Célia - Sempre é muito bom. É gratificante pertencer ao meio de Famílias que estão empenhadas em trabalhar. É muito emocionante e nos dá uma esperança muito boa que nos ajuda a continuar no ár-duo trabalho com as famílias.

STA – Sabemos que os temas pro-postos vão ao encontro das necessi-dades das famílias de um modo mais geral. Mas, o que pode trazer, dessa vez, que poderá trabalhar com o seu grupo aqui no Brasil? Maria Célia - Aprendemos muito com as outras famílias e com toda experiência de estar em um evento como este, mas, o que posso dizer sobre isso é que aprende-mos, em geral, que apesar das diversida-des e das diferenças, as Famílias são pa-recidas em suas necessidades e ela ainda continua sendo o centro de toda realidade humana, o que nos dá mais motivicão ain-da para continuar a trabalhar com elas de uma modo mais personalizado e agrega-dor.

STA – E qual foi a mensagem chave do Papa para as Famílias?Maria Célia - Em linhas gerais, ele dis-se que a Família é para ser tal como Deus criou. “Deus criou o ser humano, homem e mulher, com dignidade, mas, também com características próprias e complementa-res, para que os dois fossem dom um para o outro, se valorizando e realizando uma comunidade de amor e de vida.”

STA - Deixe uma mensagem para as Famílias da paróquia Santa Teresinha.Maria Célia - Que Deus e Santa Tere-sinha lhes dê sempre o ardor missionário para que sejamos fortes em nossa missão. Que Nossa Senhora de Guadalupe, pa-trona da Pastoral Familiar do Brasil e da América Latina, nos proteja, nos encora-je e nos oriente com os trabalhos em prol de todos amados irmãos. Vamos procurer vivenciar a Família, o Trabalho e a Festa, para continuarmos unidos com todos os povos.

Coordenadora da Pastoral Familiar da Região Sul 1 fala sobre sua experiência no recente Encontro das Famílias, que aconteceu em Milão, no começo de junho

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