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www.paroquiasantateresinha.com.br A Voz do Pastor Dom Sérgio fala sobre o novo Bispo de Roma pág. 3 Campanha da Fraternidade A juventude no contexto de mudança de época pág. 7 Aconteceu na Paróquia Relembre o que aconteceu durante a Semana Santa pág. 15 Um Papa sem pompa Papa Francisco já mostrou a que veio: quer uma Igreja mais voltada para o pobre; evangelização é seu maior desafio Ano VII - Número 75 - Abril de 2013

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www.paroquiasantateresinha.com.br

A Voz do PastorDom Sérgio fala sobre o novo Bispo de Roma

pág. 3

Campanha da FraternidadeA juventude no contexto de mudança de época

pág. 7

Aconteceu na ParóquiaRelembre o que aconteceu durante a Semana Santa

pág. 15

Um Papa sem pompa

Papa Francisco já mostrou a que veio: quer uma Igreja mais voltada para o pobre; evangelização é seu maior desafio

Ano VII - Número 75 - Abril de 2013

Santa Teresinha em Ação 2

A Festa em homenagem a Nossa Senhora da Penha ocorre sempre na primeira segunda-feira após a Páscoa.

A história da Santa é recheada de milagres e bem-feitorias que propagaram a fé e a devo-ção em Seu nome.

Existia no norte da Espanha, uma ser-ra muito alta e íngreme chamada Penha de França. Por volta de 1434, um monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que lhe apareceu no topo de uma escarpada montanha, cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la. O monge era Simão Vela que durante cinco anos andou procu-rando a mencionada serra, até que um dia teve indicação de sua localização e para lá se dirigiu.

Após três dias de intensa caminhada e es-calando penhas íngremes, o monge parou para descansar, quando viu sentada perto dele uma formosa senhora com o filho ao colo que lhe indicou o lugar onde encontraria o que procurava. Auxiliado por alguns pasto-res da região, conseguiu achar a imagem que avistara em sonho. Simão construiu uma er-mida nesse local, que logo se tornou célebre pelo grande número de milagres alcançados por intermédio da Senhora da Penha, e mais tarde foi construído no local um dos mais ri-cos e grandiosos santuários da cristandade.

Como quase todos os títulos da Virgem Maria registrados no Brasil no período colo-nial, o culto de Nossa Senhora da Penha foi trazido por marujos portugueses e aqui to-mou grande impulso, devido à devoção dos lusitanos emigrados que transpuseram para nossa pátria os seus costumes e devoções.

Um grande incentivador da festa foi Frei João Nepomuceno Valadares, natural de Vi-tória, que destacou-se como restaurador do Santuário do Convento, realizando obras de grande vulto.

Fonte: http://www.vilacapixaba.com/convento/

conv_nsenhora.htm

Maria do MêsNossa Senhora da Penha

Indicamos“A Grande Virada”: Lucro ou Princípios?

O filme “A Grande Virada”, produzido em 2010, em meio a grande crise financeira mundial, mostra o confronto de dois funda-dores de uma grande empresa. Enquanto o grande chefe (Chris Cooper) defende e exe-cuta a demissão de centenas de funcionários para atender o capital e conseguir mais lu-cros, o seu parceiro (Tommy Lee Jones) se põe contra o corte de pessoas em massa. O filme retrata valores que estão se perdendo na sociedade capitalista e altamente compe-titiva, como o valor ao ser humano, a ami-zade e a compaixão. O filme pode ser com-prado na livraria Saraiva por R$ 49,90. Está disponível também nas locadoras.

Caro Leitor, se al-guém dissesse que haveria um Papa que dispensaria toda a cerimônia, o luxo e o proto-colo eclesial, você acreditaria? Pois você vai ver nas páginas centrais que este é o Papa Francisco. E acreditar que aquele fofinho coelhinho da Páscoa é de uma espécie que tem um nome esquisito (lagomorfo!?) e não pode tomar banho, você acredita? Dra. Raquel garante isso, no Espaço Pet, da página 14. Também inacreditável pode ser a história de uma família que por quatro gerações frequenta o Oratório Santa Teresinha, mas você pode conhecê-la na página 5. Não é mais inacreditável do que dois irmãos, tão diferentes fisicamente e gêmeos(!), como são os coroinhas que assinam este mês a co-luna Papo de Criança, na página 13. Aliás, a propósito da página 13, acredite: Deus pre-cisa de você! Quem garante é Henrique Elias na coluna Tá Ligado?. Sabemos que você acredita em Deus e acredita na Igreja, mas e em dogmas, você acredita? Esperamos que sim, pois é nosso dever acreditar, conforme nos mostra Paulinho na coluna Forma-ção, da página 4. Nessa mesma página, você pode conhecer uma senhora que, acredite, sendo analfabeta, foi a inspiradora do Sistema Preventivo de Dom Bosco. Falamos de Mamãe Margarida, apresentada na coluna Família Salesiana. E veja a importância desse sistema, lendo a coluna Estreia, de Ir. Célia, na página 6. Ah, e você acredita também que a terceira maior arquidiocese do mundo tem um arcebispo que nunca havia parti-cipado de um conclave? Dom Odilo nos conta essa experiência na entrevista da página final. Enfim, caro leitor, esta é a edição que trazemos para você no mês que se inicia com o popular “dia da mentira”. Mas acredite, ela só traz verdades. E se você é daqueles que só acredita vendo, ou melhor, lendo, então aproveite e faça uma boa leitura.

SC Carlos R. [email protected]

Expediente

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Capa: Papa Francisco em foto de Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

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Santa Teresinha em Ação 3

Após dois dias de conclave e oração de toda a Igreja, pedindo a luz do Espírito Santo aos Cardeais elei tores para que elegessem o Sucessor de Pedro, tivemos a grande alegria de acolher o Papa Francisco.

Naquele dia, o primeiro Papa das Amé-ricas, da sacada da Basílica de São Pedro, saudou afetuosamente a todos e disse: “Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo qua-se ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agra-deço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo”.

O dever do conclave era eleger o Papa ou o Bispo de Roma? São Pedro foi o fun-dador da Igreja em Roma e o primeiro a coordenar a Igreja na cidade. Lá, junto com São Paulo, confessou a fé no Senhor Jesus e por amor ao Senhor e à Igreja so-

freu o martírio, sendo crucificado de ca-beça para baixo.

Além dessa função na cidade de Roma, existem outros fatos que demonstram a missão especial que o Senhor Jesus lhe preparava, desde quando o chamou: no ato de sua vocação mudou-lhe o nome Si-mão (Jo 1,42) para o de Pedro (Mc 3,16); em todas as listas dos Apóstolos, Pedro é nomeado primeiro (Mt 10,2; Lc 6,14); Cristo quis que Pedro (com Tiago e João) fosse testemunha da ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37), da transfiguração (Mt 17,1ss), da agonia (Mt 26,37-46); é Pedro quem paga pelo Senhor Jesus o tributo

para o templo (Mt 17, 23-26) (BART-MANN, 475).

Após toda essa preparação, Jesus o constituiu como fundamento e responsá-vel da Santa Igreja: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não poderão vencê-la” (Mt 16,18). Assim, “a Igreja local que São Pedro dirigia e o lugar do seu martírio tornaram-se, após a sua morte, o ponto orientador da jovem Igreja, a medida da fé correta, íntegra e genuína” (YOUCAT, P. 88).

Até o momento presente, cada Bispo de Roma, tal qual São Pedro, tem sido o

Pastor supremo da Igreja, cuja cabeça é, na verdade, Cristo (YOUCAT, 88), reali-zando a vontade do próprio Senhor Jesus quando disse a Pedro: “Apascenta minhas ovelhas” (Jo 21,16).

O Papa Francisco, quando disse eis--me aqui, tornou-se Bispo de Roma, sucessor de Pedro e Vigário do grande Pastor das ovelhas (Hb 13,20). Dese-jamos que, no seu ministério, possa manifestar a paternidade de Deus, a bondade, a solicitude, a misericórdia, a doçura e a confiança de Cristo, o qual veio para dar a vida e para fazer de todos os homens uma só família, reconciliada no amor do Pai (Cf. AS 1).

Dom Sergio de Deus BorgesBispo Auxiliar de São PauloVigário Episcopal para a Região Santana

A Voz do Pastor

“Caminheiro, você sabe, não existe caminho. Passo a passo, pouco a pouco e o caminho se faz”, diz uma conhecida canção.

Esta é a experiência de viver a Páscoa. Caminhando com o Senhor, como os dis-cípulos de Emaús, vamos, no escuro da noite, divisando pouco a pouco os con-tornos da aurora. Nem sempre o reco-nhecemos, nem sempre o sentimos perto, mas Ele caminha conosco e nos abrasa o coração de modo que não desistimos e se-guimos adiante. Caminhamos à luz da fé.

Foi assim que viveu s. Teresinha. De-pois de um início de vida luminoso, onde tudo parecia alegre e feliz, começa o perí-odo da provação. Morre-lhe a mãe, as ir-mãs partem para o convento, e ela mesma, quando quer seguir o mesmo caminho, é contrastada no seu desejo pela pouca ida-

de.Já no Carmelo, tudo se torna facilida-

de? De nenhum modo. Embora sabendo e sentindo que está onde Nosso Senhor a quer, experimenta todo tipo de dificulda-de, sobretudo provas interiores, que mui-to a maltratam.

Procurando descobrir o que fazer, pe-netra fundo no coração de Jesus pela me-ditação e descobre o que vai ser e fazer, formulando-o com a frase lapidar e tão conhecida: ‘No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor’. Não cessa o sofri-mento, não cessa a dor, mas tudo se ilu-mina, a tal ponto que ela pode exclamar antes de morrer: ‘Não morro, entro na vida’. Consumava-se para ela a Páscoa, reunia-se ao seu Divino Senhor.

Com dom Bosco não foi diferente. Ten-do perdido o pai com apenas dois anos, viu-se na contingência de ter de suportar

os maus tratos do irmão por parte de pai. Encontra no P. Calosso um professor, um mestre, um amigo; mas ele morre, deixan-do o nosso santo a perguntar-se pelo seu futuro. Com esforço e sacrifício estuda; vence todos os obstáculos e entra no se-minário. Ordenado, entende que o seu caminho o leva em direção aos meninos pobre e abandonados.

Para levar adiante a sua missão, quanto suor, quantas lágrimas, quanto sacrifício. Mas ele tinha prometido: até o meu últi-mo suspiro será para os meus queridos jovens. E assim foi. Foi para diante, é sempre ele que o diz, iluminado por Maria Auxiliadora. Tanto que, no fim da vida, ao celebrar a Santa Missa no altar da Mãe do Céu, chora e exclama: ‘Foi Ela quem tudo fez’. Aos 72 anos, gasto, cansado, vai para junto do Pai, continuar a sua missão agora como intercessor de todos os que, com ele

e como ele querem trabalhar pela expan-são do Reino de Deus.

Conosco é diferente? Claro que não. Também nós caminhamos, entre as trevas do mundo, em busca da luz do Senhor. Também nós carregamos as nossas cruzes, vivemos os nossos Calvários, para chegar à glória. Temos companhia e exemplo, te-mos a intercessão dos nossos santos a nos ajudar. Confiemos e caminhemos, porque você sabe: “Caminheiro, você sabe, não existe caminho. Passo a passo, pouco a pouco e o caminho se faz”.

Um abraço carinhoso a todos.

Pe. Camilo, Pároco

Palavra do Pároco

“Caminheiro, não existe caminho”

Papa Francisco, o Bispo de Roma!

“O dever do conclave era eleger o Papa ou o Bispo de Roma?”

Santa Teresinha em Ação 4

A família Mesquita, aqui representada por mãe e as filhas, é Igreja dentro e fora da paró-quia. Veja o que elas dizem com relação a isso.

“Eu e Thassia começamos a participar da igreja de forma mais efetiva depois do encontro de jovens FSJC. Também nos Vi-centinos tivemos maior participação em suas atividades. Posso dizer que me sinto mais Igreja quando estou fora dela, na sociedade, no trabalho, nos estudos. Per-cebo o quanto isso é importante para mim diante dos problemas que o mundo hoje nos coloca.”

Thaisa Mesquista “Aos domingos estamos sempre aqui

nas missas. Concordo com a Thaisa, que somos mais Igreja quando estamos fora le-vando os ensinamentos e palavras de Deus para outras pessoas. Evangelizar não é fá-cil, ouvimos aqueles que dizem “você vai à Igreja?”, mas aos poucos vamos tentando levar um pouquinho de Deus para a vida destas pessoas. Acredito que somos Igreja porque estamos sempre juntas e quando estamos juntas Ele está conosco.”

Thassia Mesquista

“Na Igreja, temos amigos sinceros que participam da mesma fé, com o mesmo propósito, o da caridade. Aqui na Igreja encontramos amizades mais verdadeiras, amizades em Cristo. Quando estamos fora tentamos ser um diferencial, levando um pouquinho do que temos aqui, e um pou-quinho da nossa fé, para os que vivem à nossa volta. Quando fazemos alguma coisa pelos outros nos sentimos mais próximas de Jesus. Não viveríamos sem a Igreja”.

Regina Martins da Silva

Dentro e fora dela

Eu sou IgrejaFamília Salesiana

Mamãe Margarida, educadora

A presença de Mamãe Margari-da na vida de Dom Bosco foi definitiva para sua vocação, apostolado e santidade. Os en-

sinamentos e conselhos dados, sempre recebidos como ação de Deus, guiaram o santo no trabalho de evangelização da juventude.

Assim escreve o biógrafo da venerável de Deus: “Apesar de analfabeta, foi uma completa educadora cristã. Aproveita-va de todas as oportunidades para falar de Deus aos filhos. Nos rastros de Deus que pontilhava o multiforme da natureza, Margarida via e lia, na rústica simplicida-de de sua robusta fé, o poder, a bondade, a misericórdia , a sabedoria de Deus Pai”. Com esse exemplo de sua personalidade,

tiramos a lição de que devemos buscar e reconhecer Deus nas coisas simples do nosso dia-a-dia. E mais, somos evangeli-zadores e testemunhas de Cristo em cada instante. Tornamo-nos sinais de Deus a partir que O reconhecemos e fazemos a experiência do Seu amor.

Feita a experiência da Ressurreição na Páscoa de Cristo, peçamos a Deus, pela intercessão da Virgem Maria, a graça de estarmos sempre atentos para as manifes-tações de seu Amor em nossas vidas.

Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós.

Roberto G. [email protected]

A renúncia do Papa Bento XVI reativou a discussão sobre a necessidade de renovação da Igreja Católica. Nessa discussão há dois aspectos conflitantes: uma dentro da própria Igreja e outra da sociedade em geral. A Igreja está sempre pronta para transformações e o Concílio Vaticano II foi um sinal dessa preo-cupação com atualizações sob vários aspec-tos eclesiais. A sociedade reclama de uma posição moderna da Igreja em questões que despreza os valores morais e religiosos. Es-perar que a Igreja se adapte aos caprichos da sociedade nas questões contrárias a sua dou-trina é querer descaracterizá-la como Igreja do Evangelho e confundi-la com seitas que mudam seus princípios doutrinais na medida em que isso possa captar adeptos e colabora-dores para enriquecer seus pastores.

A Igreja Católica Romana entende o dog-ma como verdade absoluta, definitiva, imutá-vel, infalível, inquestionável e absolutamente segura sobre a qual não pode pairar nenhuma dúvida. Trata-se de uma verdade revelada e, uma vez proclamado solenemente, não

pode ser revogado ou negado, nem mesmo pelo papa ou por decisão conciliar. Para ser proclamado o dogma precisa estar de acor-do com a verdade da Sagrada Escritura e da Tradição. É preciso que o sentido esteja suficientemente manifestado como uma ver-dade autêntica revelada por Deus. Por isso, os dogmas são promulgados depois de muito discernimento, estudo, discutidos sob um regime de oração e escuta, às vezes, durante vários anos. Desta forma, a Revelação Divina desperta o conhecimento para os mistérios, ou seja, para aquilo que transcende o nosso conhecimento. É uma verdade contida na Re-velação Divina revelada através do Magistério da Igreja que a propõe aos fiéis com a obriga-ção de que creiam conforme a autoridade que Ela recebeu do próprio Jesus Cristo.

A Igreja não é só a instituição visível que está no mundo é também espiritual. Não são duas Igrejas, mas uma mesma Igreja que tem como Cabeça o Cristo e age sob a ação do Espírito Santo. A Igreja não decide como a sociedade nas discussões sobre os problemas do mundo, ela decide sob a ação do Espírito Santo, pois é depositária fiel da Palavra de Deus.

Para muitos a Igreja é representada pelo Papa, Bispos, Presbíteros e Povo de Deus e ignoram a presença Espiritual. Esta visão equivocada provoca muitas discussões sobre a ação da Igreja que, comprometida com a verdade, destoa das soluções que a socie-dade apresenta, as quais, em grande parte, são motivadas por egoísmo ou satisfação de instintos. Buscam-se solução para os proble-mas que a própria sociedade cria. É o caso do aborto, das separações conjugais, das rela-ções entre pessoas do mesmo sexo, e outras tantas.

A Igreja tem plena consciência de que Deus não se revela com o intuito de ser re-conhecido pelos homens e estes vivam num mundo irreal e ascético. A Igreja representa-da pela instituição tem consciência de que é muitas vezes difícil exercer seu caráter profé-tico e sofre por causa das injustiças e das más palavras que lhe são dirigidas, mas confia nas palavras de seu fundador: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mun-do”. (Jo 16,33b)

Paulo [email protected]

Formação

Dogma

A partir desse mês, trilharemos um caminho para conhecer pessoas que viveram na Família Salesiana, contribuíram para a evangelização e educação da fé e se tornaram exemplos para nós. Não serão narrações de suas vidas, mas reflexões a partir de suas histórias. Começo com a pessoa que sem ela nada teria acontecido: a mãe de Dom Bosco.

Santa Teresinha em Ação 5

O homem é um ser social. Ele precisa es-tabelecer relações, criar laços de amizade, fundar grupos e nele estabelecer o sentido de sua existência. O que distingue a comu-nidade “cristã-católica” de outras institui-ções é a fé. A fé no Deus da vida, Deus de nossos pais. Em Jesus vemos plenamente este Deus! Pois Deus se manifestou nele! Não há como compreender um católico que não viva em comunidade, que não veja a co-munidade paroquial local como um espaço de comunhão, entrosamento e relações.

Nossas paróquias, durante anos foram o espaço de convivência. Nossos pais e avós, animados pelos padres e seminaristas, re-ligiosos e religiosas faziam festas e promo-ções para compor a “igreja paroquial”, além disso, era um espaço de comunhão: nossas famílias se conheciam, faziam e teciam la-ços, muitos deles duram até hoje.

Porém o tempo passa e com isso a mu-dança de paradigma. Muitas propostas ecle-siais cristãs são expostas. Muitas pessoas se afastam de nossas comunidades paroquiais

por não compreenderem mais o sentido ser e pertencer a uma comunidade eclesial. As gerações mudam e com elas a transmissão da fé! Este sentido é motivado unicamente pela fé. Esta fé carece ser nutrida e alimenta-da, como vimos o mês passado, pela Palavra de Deus e pela Eucarística Dominical!

A carta pastoral de Dom Odilo “Paroquia torna-te o que tu és” veio para motivar uma meditação sobre a Igreja paroquial sua im-portância na vida do bairro e da comunidade local. Ela é a expressão concreta da catoli-cidade hoje. Muitas pessoas procuram a co-munidade para os sacramentos, as missas de sétimo dia, catequese dos filhos e afilhados, enfim, buscam, mas não se sentem motiva-das a participar desta ou daquela comunida-de.

A pergunta crucial é como produzir esta motivação dentro dos corações destas pes-soas? Como ir ao seu encontro dentro de uma realidade tão difícil e plural como se encontra hoje?

Talvez a resposta esteja em uma tomada

de consciência sobre o que é comunidade. E como de fato ela pode acontecer. Isso sem esquecer o parâmetro da fé que alimenta e fomenta o desejo de superar toda diferença da comunidade de fé e nos faz ir avante!

O documento de Aparecida, traz uma ex-pressão que é a valorização das “pequenas comunidades” como um espaço de comu-nhão no qual as famílias rezam, celebram e manifestam a sua amizade fraterna e de fé. Nela o centro é a Palavra de Deus e a mo-tivação para fazer com que a participação dentro da comunidade paroquial aconteça.

Ainda, em nossa Região Episcopal, somos um grupo de paróquias bem privilegiados. Costumamos ter a Eucaristia aos Domin-gos, os sacerdotes atendem e santificam o Povo de Deus. Longe de nós, em outros lo-cais do imenso e amado Brasil, muitas paró-quias não têm missas dominicais por falta do ministro ordenado. Aqui vejo mais um moti-vo para buscar dentro das nossas condições de horários e dias a Eucaristia Dominical.

Neste ano da fé, em que a providência de

Deus nos deu o Papa Francisco, possamos ser motivados pelo ardor missionário e de comunhão com a nossa Igreja local (Arqui-diocese de São Paulo e Região Episcopal), na busca de católicos afastados, no testemu-nho de participação e vivência da comunida-de de fé, através dos Sacramentos, princi-palmente a Eucaristia e a Confissão.

O Senhor propõe aos católicos de hoje, assim como os de ontem, a mesma missão: “Ide e fazei todos os povos meus discípulos!

Neste mês de abril estaremos vivendo o Tempo Pascal! Procure neste tempo fazer visita aos doentes, aos católicos afastados, aquelas pessoas que tanto amamos e que por descuido ou mesmo pela correria da vida, não visitamos. Busquemos ir ao encontro deles com a ternura do Bom Pastor e a força do Cristo Ressuscitado!

Padre Zacarias José de Carvalho Paiva, [email protected] da Pastoral Familiar da Arquidiocese de São Paulo

Quarta urgência:Comunidade de Comunidades

Igreja em Ação

Dona Neusa passou os ensinamentos de Dom Bosco para os filhos, netos e bisnetos e, até hoje, frequenta o Oratório acompanhando os descendentes mais novos

É muito comum ver os filhos seguindo o caminho dos pais seja na profissão, na es-colha do clube de futebol e até mesmo nos hobbies e passatempos. Mas é na religião que a transmissão de valores é mais forte e importante. Quando os pais são pratican-tes, os filhos tendem a seguir o exemplo e também frequentar e praticar a crença dos pais. No Oratório da Paróquia Santa Te-

resinha existe um bom exemplo de família que, geração após geração, frequentou e ainda frequenta o Oratório e segue os ensi-namentos de Dom Bosco.

A história da Família Silva Santos come-çou com a matriarca Dona Neusa Cruz da Silva Santos. Aos 65 anos, ela ainda frequen-ta o Oratório todos os domingos, acompa-nhando e cuidando dos netos e bisnetos. Após a primeira experiência de Neusa no Oratório, mais de 15 outros membros da família seguiram este caminho e passaram a fazer parte da comunidade salesiana.

O laço da família com os ensinamentos de Dom Bosco são tão fortes que até mes-mo a neta de Dona Neusa, Dara Angelis da Silva Santos, de 15 anos, acompanha as

reuniões com frequência. A menina per-deu contato com a mãe ainda muito jovem e hoje vive com os tios. Ela geralmente fre-quenta o Oratório acompanhada da avó e dos primos.

Dara diz que aprende muito com a his-tória de Dom Bosco e que pretende ser

como ele, levando a palavra de Deus para as crianças e jovens. “Aprendi e aprendo muito coisa com os ensinamentos de Dom Bosco, a história do pai e mestre da juven-tude me inspira a também ensinar os jovens que ainda não conhecem ou não dão o real valor à palavra de Deus”, afirma Dara.

Nosso Oratório

Família Silva Santos está presente no Oratório há várias gerações

Avó é a matriarca da família que, há gerações, faz parte do Oratório

Santa Teresinha em Ação 6

Estreia

Redescoberta do Sistema Preventivo de Dom BoscoÉ muito grande o mistério do ser humano, a profundidade dos tesouros de seu saber, a riqueza de suas intenções, a grandeza de suas conquistas, de suas obras e ao mesmo tempo a fragilidade de sua pequenez.

Pensar ‘Dom Bosco’ é pensá-lo profun-damente homem, profundamente santo. É pensá-lo “gigante” e, ao mesmo tempo pen-sá-lo “humano” ao nível de cada interlocutor. Repensar a sua experiência educativa – diz Dom Pascual Chavez na Estreia 2013 – “não é somente pensar em programas, fórmulas ou repetir slogans genéricos bons para todas as estações...”

Redescobrir o alcance e a profundidade do agir pedagógico-pastoral de Dom Bosco é o caminho da redescoberta do seu Sistema Preventivo: espiritualidade e criteriologia pe-dagógica.

É preciso, diz o Reitor Mor, buscar a “com-preensão histórica do método de Dom Bos-co”. Trata-se, de fato, de “analisar a sua ação diversificada pelos jovens, pelo povo, pela Igreja, pela sociedade, pela vida religiosa... pois “deu-lhe o Senhor a prudência e o sa-ber; um coração generoso e tão vasto, como as areias das praias do mar”.

A riqueza humano-espiritual de Dom Bosco lhe permitia ter ação diversificada e respondente à diversidade de contextos e de jovens e de pessoas com as quais interagia: no Oratório Festivo, no pequeno seminário de Valdocco, entre os clérigos salesianos e não salesianos, entre missionários... ressalta o Reitor Mor em sua Estreia 2013.

Segredo desta magnífica adequação está, por certo, nas intuições primeiras que, des-de o Oratório da Casa Pinardi já orientavam todo o fluxo das ações educativas que aí aconteciam e que, naturalmente, foram, com o tempo e a reflexão, assumindo o nível mais profundo de síntese humano-cristã que D. Pascual analisa evidenciando seus vários as-pectos:

- flexibilidade da estrutura; - respeito e valorização do ambiente popu-

lar;

- a religião como fundamento da educação;- a interação: formação religiosa - desen-

volvimento humano;- o valor essencial da instrução como ele-

mento iluminador da mente;- a constante intencionalidade educação-

-catequese;- a plena ocupação e valorização do tempo

livre; - a cordialidade como estilo de educação e

de vida em geral.

Os tempos mudam, o ser humano evolui, porém, as raízes que o identificam como pessoa humana se conservam. Daí o valor imperecível das intuições primeiras de Dom Bosco – acima citadas – e, ainda hoje cultiva-das nos ambientes salesianos. Tem razão D. Pascual quando afirma ser preciso, porém, “traduzir para o hoje as grandes intuições e virtualidades do Sistema Preventivo... mo-dernizar princípios, conceitos, orientações originárias, reinterpretando – no plano teó-rico e prático – as grandes ideias de fundo e as grandes orientações de método.

Tarefa não simples e nem fácil se põe, en-tão, à nossa frente. Aqui, mais uma vez, ins-pirar-nos em D. Bosco, para procurar com a riqueza da nossa identidade, das nossas dife-renças – em meio aos tempos novos em que vivemos – o fazer “como Dom Bosco” nos leva a reviver a sua sincera e concreta afirma-ção: “Por vocês, jovens, eu estudo, por vocês, trabalho.... por vocês eu vou para a frente... até a temeridade!!!”

Ir. Célia Apparecida da Silva, FMADiretora do Instituto Mazzarello

Para refletir!(Extratos do texto da Estreia 2013)

“Devemos caminhar na direção de uma re-confirmação atualizada da “opção sociopolíti-ca-educativa” de Dom Bosco. O que não signi-fica promover um ativismo ideológico, ligado a certas escolhas político-partidárias, mas for-mar para uma sensibilidade social e política, que leve, em todo caso, a investir a própria vida pelo bem da comunidade social, empe-nhando a vida como missão, com uma referên-cia constante aos inalienáveis valores humanos e cristãos. Dito em outros termos, a reconside-ração da qualidade social da educação deveria incentivar a criação de experiências explícitas de empenho social no sentido mais amplo”. Dom Pascual Chavez

A Congregação Salesiana, a Família Salesia-na, as nossas Inspetorias, grupos e casas estão fazendo todo o possível nessa direção? A sua solidariedade com a juventude é apenas um ato de fato, gesto de entrega, ou também con-tribuição de competência, resposta racional, adequada e pertinente às necessidades dos jo-vens e das classes sociais mais frágeis?

Hoje, a responsabilidade educativa não pode ser senão coletiva, coral, participada. Qual é, então, o nosso “gancho” com a “rede de rela-ções” no território e também além do territó-rio em que vivem os nossos jovens?

Quem são exatamente os jovens aos quais “consagramos” a nossa vida pessoalmente e em comunidade?

Se, às vezes, a Igreja se vê desarmada diante dos jovens, por acaso não o serão também os Salesianos ou a Família Salesiana de hoje?

“Por vocês, jovens, eu estudo, por

vocês, trabalho, por vocês eu vou para a frente, até

a temeridade”

No contexto social atual, lembra-nos a CF 2013, passamos de uma tradicional época de mudanças para uma verdadeira mudança de época, marcada, sobretudo, por fortes influências no mundo juvenil.

A Organização Internacional da Juven-tude delimita esta fase do desenvolvimento humano (a juventude) numa faixa etária que vai dos 15 aos 24 anos (para o Conselho Nacional de Juventude até os 29 anos); seja como for, estamos num momento especial da formação integral do indivíduo; é nesta etapa da vida que homens e mulheres defi-nem suas opções diante das mais variadas situações da vida. Vivê-la num contexto de mudança de época faz muita diferença.

É importante conhecer um pouco mais este contexto para entendermos a juventude e abrirmo-nos a um processo de evangeliza-

ção juvenil verdadeiro, eficaz e duradouro.

“Mudança de época”: enfraquecimento e mudança de paradigmas

Vemos, neste momento particular da his-tória, o enfraquecimento e a mudança dos paradigmas que, de uma certa forma, orga-nizavam a vida dos seres humanos em suas escolhas e ações (projetos de vida), norma-tizavam os vínculos e os relacionamentos entre as pessoas, definiam caráter e projetos profissionais e tudo aquilo que envolve suas decisões.

Temos, portanto, muitas vezes uma ju-ventude fragilizada pela falta de modelos e de paradigmas sólidos a partir dos quais construir seus projetos de vida.

Por outro lado, temos uma juventude de-safiada, diariamente, a desbravar este novo contexto - o que produz criatividade, espíri-to crítico, compromisso, participação.

Transição de uma cultura estável para outra nova

O nascimento de uma nova cultura, den-tro deste contexto de mudança de época, abre novos espaços para a juventude que, no uso de sua liberdade e criatividade, vai buscando e construindo novas expressões diante da vida, expressões estas que nem sempre respondem aos antigos padrões culturais. Toda essa transformação gera choque de gerações e, por vezes, rompi-

mentos, posicionamentos radicalizados, exclusões e tantas outras dificuldades, de ambas as partes.

A Igreja também vive esta mudança de época e quer acolher a juventude, dialogar e buscar com ela os melhores passos para, dentro deste contexto desafiador, escolher caminhos que produzam vida plena e feliz para todos.

Pe. André Cunha de Figueiredo Torres, SDB

A Juventude no contexto de mudança de época

Santa Teresinha em Ação 7

Campanha da Fraternidade

5Identificar grupos, movimentos, organismos políticos, fundações, colégios e universidades católicas para envio de conteúdo sobre

temáticas de juventude. E também identificar ONGs e projetos sociais ligados à Igreja para a prática do voluntariado juvenil.

Como viver a CF 2013 na prática?Para praticar a Campanha da Fraternidade deste ano, o site CF 2013 (www.cf2013.org.br) traz algumas dicas. Aderir à campanha é primordial. Veja algumas delas!

1Proporcionar oportunidades de diálogo da juventude com os pais, professores,

sacerdotes, consagrados, seminaristas e catequistas a respeito de nossos projetos, vocação, desafios e sonhos;

2Realizar fóruns e seminários ecumênicos da juventude para que

as dioceses se encontrem com jovens, educadores, políticos e religiosos. E também favorecer os encontros de oração, os congressos, os cenáculos, seminários vocacionais, semanas jovens, jornadas diocesana e paroquial da juventude;

3Organizar oficinas sobre temas ligados à promoção da vida, à espiritualidade, à vida missionária,

ao compromisso político e ambiental. E também oficinas de treinamento sobre como utilizar as novas tecnologias na sala de aula, na igreja, na comunidade. Respondendo ao pedido do Papa Bento XVI, promover rodas de conversa para o estudo do Catecismo da Igreja Católica e discussões sobre os artigos do Símbolo da Fé, no contexto do Ano da Fé, convocado pelo Santo Padre Bento XVI;

4Organizar debates nas universidades sobre a relação entre razão e fé, ciência e fé. Formar grupos de reflexão voltados ao

aprofundamento da espiritualidade cristã em diálogo com o mundo contemporâneo;

Habemus um papa diferente. Papa este que está introduzin-do um novo jeito de ser papa: mais nobre, por estar tão perto

da pobreza, mais caridoso, por deixar claro seus valores, mais humano, por querer e fa-zer de tudo para estar perto do povo. Este é o Papa Francisco.

Primeiro papa latino-americano da his-tória, o argentino Jorge Mario Bergoglio é conhecido pelo seu jeito humilde de ser. Sempre abdicou as pompas oferecidas aos sacerdotes, mas, nunca fez alarde disso. É jesuíta. E por ser da Companhia de Je-sus, com ensinamentos de Santo Inácio de Loyola, foi trilhando um caminho de simpli-cidade, sem glamour algum. Este é o Papa Francisco.

Lembrado pelos amigos sacerdotes e por católicos argentinos como um padre dife-rente dos demais, usava transporte público, sempre cuidou pessoalmente de suas rou-pas. Cozinhava as próprias comidas. Nada de ter ajuda para fazer o que poderia fazer sem ajuda de ninguém. Este é o Papa Fran-cisco.

Nascido na Argentina em 17 de dezembro de 1936, tornou-se sacerdote em 13 de de-zembro de 1969. Em 1992 foi consagrado bispo de Auca e, mais tarde, em 3 de junho de 1997, foi nomeado arcebispo de Buenos Aires, onde estava até então. Paralelamen-te, Bergoglio foi presidente da Conferência Episcopal da Argentina por dois períodos. Papa João Paulo II nomeou-o cardeal em 21 de fevereiro de 2001 recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmi-no. Este é o Papa Francisco.

Primeiros passosDesde quando assumiu o trono de

Pedro, em 13 de março desse ano, Papa

Nada de pompa, só circunstânciaE que circunstâncias! Papa Francisco se apresenta, para o mundo, como um homem simples, generoso e comprometido com a caridade; seu legado promete ser de devoção aos mais pobres e retorno dos principais valores da Igreja

Santa Teresinha em Ação Santa Teresinha em Ação 8 9

Destaque

Frases de Francisco

Precisamos abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com

afeto e ternura, a humanidade

inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os

mais pequeninos”.

“O verdadeiro poder é serviço aos outros”.

“Como eu queria uma Igreja pobre, e para os pobres”.

“A imprensa e a Igreja têm pontos de proximidade por trabalharem com a comunicação e o lugar da

mídia cresceu muito, a ponto de se tornar indispensável para mostrar ao

mundo os rumos da história”.

“Cristo é o centro de tudo, não o sucessor de Pedro.”

Ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’.

Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São

Francisco de Assis.”

Francisco já mostrou a que veio. Logo em sua primeira aparição, dispensou a estola vermelha e fez questão de deixar claro que todos ali, cardeais como ele, eram irmãos e iguais. Foi também neste momento que pe-diu a benção de todos que se encontravam na Praça de São Pedro, como forma de hu-mildade e reconhecimento ao povo.

Nos dias que se seguiram, Papa Fran-cisco foi dispensando, também, alguns acessórios glamourosos dos papas, como o crucifixo de ouro (ele prefere o dele, feito de aço). Também deixou para traz o famoso papamóvel blindado, preferiu ficar mais próximo do povo, sem toda aquela proteção. O anel dos papas, também origi-

nalmente, feito de ouro, para Francisco, foi feito de prata.

Quebra de protocolo também é com ele. Abençoou um cão, beijou um deficiente que o observava, apareceu para os fiéis an-tes da missa, rezou a Missa de Lava Pés em uma detenção para jovens, e lavou e beijou os pés de 12 deles, e tantas outras.

Santa Teresinha em Ação 10

Espaço Vicentino

A Sociedade de São Vicente de Paulo, formada por católicos, homens, mulheres, jovens e crianças, no próximo dia 23, deste mês, completa 180 anos, no mesmo dia em que comemoramos 200 anos do nascimento de Antonio Frederico Ozanam.

No dia 10 de março último, nossa Paróquia sediou o Congresso anual do Conselho Cen-tral Norte de São Paulo, quando foram expla-nados assuntos de interesse dos Vicentinos. Foram abordados tópicos, tais como: Amor Caridade Justiça, tema deste ano, definido pelo Conselho Internacional, que será a base de reflexão para nós, vicentinos, duran-te este ano de 2013; o Bicentenário do nasci-mento de Ozanam; e diversos outros aspec-tos a serem abordados durante a visita, que é a base da atividade vicentina, pois é através dela que motivamos as famílias assistidas a progredirem na vida em busca da realização de seus sonhos, profissionais e materiais.

O Pe. Mizaél Donizetti Poggioli, da Con-gregação da Missão, um ramo da Família Vicentina, escritor do livro tema, foi nosso

palestrante neste assunto e sobre a vida e o bicentenário de nascimento de Ozanam. Embasou sua abordagem nas dificuldades da época, devido às consequências da Revo-lução Francesa e da Revolução Industrial. À tarde, tivemos a explanação do Pe Armênio, Assessor Espiritual do Conselho Central Norte, tratando de Visitas e da importância da qualidade das mesmas em nosso trabalho junto às Famílias Assistidas.

Para este ano, estão programadas diversas atividades comemorativas. Neste mês, no dia 20, às 15:00hs, o Cardeal Dom Odilo cele-brará missa pelo Bicentenário de Nascimen-to de Antonio Frederico Ozanam. No dia 21, às 7h30, teremos a Celebração Eucarística intitulada “Missa das 5 Intenções”, em in-tenção dos falecidos da SSVP, especialmente os da própria conferência; da Santa Igreja Católica; do Santo Padre, o Papa; da SSVP; e do Brasil. Nessa missa comemoraremos os XX anos de nossa Conferência Santa Marga-rida Maria Alacoque.

Estimulados pelo Pe. Camilo, nos dias 20 e 21 de abril, em todas as missas, apresenta-remos um pouquinho do trabalho da Socie-dade de São Vicente de Paulo.

No dia 28 de abril, teremos a tradicional Romaria Vicentina a Aparecida. Dela parti-cipam os vicentinos de todos os pontos do Brasil. É um momento em que buscamos na Casa da Mãe Aparecida a espiritualidade e forças para caminhada.

Venha participar de nossas atividades vicentinas! Venha celebrar conosco. Nos-sa reunião acontece todas as 2ª feiras, às

20h15min, sob o Salão Paroquial. Contamos com você, seja adulto ou jovem, homem ou mulher! Lembre-se: Deus não escolhe os preparados, prepara os escolhidos! www.ssvpbrasil.org.br

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Enio Elias é vicentino

Atividades Vicentinas no ano do Bicentenário de Antonio Frederico Ozanam

Salesianidade

Novo papa, novos aprendizados!ue alegria! Contamos com o Papa Francisco, homem de Deus, que veio nos orientar por meio da sua humildade, a buscar erradicar a pobreza,

cuidar da natureza, valorizar e respeitar a todos, pois somos filhos de Deus, do jeito que Ele nos criou. Podemos afirmar com tranquilidade que somos bons, temos uma família bem constituída, acesso à educação e religião, além de vivermos em um País que preza a Paz.

Por tudo isso temos o dever e a obriga-ção de anunciarmos a Boa-Nova do Reino de Deus. Quanto já aprendemos com o Papa Francisco e quanto ainda recebe-remos por meio de suas bênçãos! Desde agora entremos em sintonia e oração, para a Jornada Mundial da Juventude, que

será realizada no período de 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro, com o tema: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Haverá diversos momentos de formação, oração, bênçãos e para nossa grande alegria: a presença do Papa en-tre nós! Que saibamos ser protagonistas da Ressurreição de Cristo, como nos foi orientado durante a Campanha da Frater-nidade: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8).

Estamos no Ano da Fé, assim procla-mado pelo Papa emérito, Bento XVI; que seja um ano de oportunidade da reconci-liação, perdão e mudança interior. Tempo de renovar os bons propósitos da nossa vida. Com a ref lexão sobre a Pedagogia de Dom Bosco, muito temos que assimi-lar sobre os seus ensinamentos.

Recordando a Estreia, “Alegrai-vos

sempre no Senhor! Repito: Alegrai-vos” (Fl 4,4). A Pedagogia da Bondade vivida por Dom Bosco e que repercute nos dias de hoje, com o apelo do Papa Francisco de sermos educados no tratamento com os outros irmãos, que também são filhos de Deus. É necessário sermos bons, ho-nestos e justos; assim damos o nosso tes-temunho de cristãos comprometidos com a sociedade e com as pessoas que convi-vem conosco no dia a dia.

P. Pascual Chávez, faz a seguinte re-f lexão sobre a Pedagogia de Dom Bos-co: “Dom Bosco fala da sua experiência educativa fundada na ‘alegria verdadeira’, que nasce do coração de quem se deixa guiar por Deus. Uma alegria limpa de pecado, que ‘nasce da paz do coração’; uma alegria confiante na Providência de

Deus, uma das tantas lições de vida que havia aprendido de sua mãe.

Sublinham-se algumas características da ação de Dom Bosco: a alegria do en-contro com os meninos: “Esperava os meus moleques aos domingos pela manhã em Valdocco. Era para mim uma festa”; o testemunho do seu sacerdócio pela edu-cação: “Tornei-me educador dos jovens porque era um padre para eles”; a cria-tividade que visava o bem dos meninos: “Um só é o meu desejo: vê-los felizes no tempo e na eternidade”.

Pe. Aramis Francisco Biaggi, SDB

Pe. Aramis Francisco BiaggiQ

Santa Teresinha em Ação 11

Pastoral Familiar

A espiritualidade familiar - I

O homem integra quatro di-mensões: física, psicológica, social e espiritual. O equilí-brio entre elas é fundamental

para sua sanidade e felicidade. No mundo de hoje, muito se valorizam as dimensões física, psicológica e social. Superestimu-ladas, focam no individualismo e egoísmo, na pregação da busca individual por uma falsa liberdade e felicidade. A dimensão espiritual é desprezada, quando não iro-nizada. Quem defende e procura viver valores que transcendem este mundo é ta-chado de “conservador”, “ultrapassado”, “carola” e “careta”, expressões deprecia-tivas carregadas de menosprezo.

Mas as mazelas deste mundo estão as-sentadas justamente na falta destes valo-res, na busca desenfreada pela satisfação pessoal, passando por cima do próximo, se ele estorvar nosso caminho. Mas Deus

inscreveu nos corações humanos dúvidas existenciais cujas respostas não estão nas coisas deste mundo. O homem procura e sente necessidade de Deus. Mas em seu egoísmo moderno, quer submetê-Lo aos seus caprichos. Não entende que a verda-deira felicidade e liberdade são alcançadas

quando nos submetemos à Sua vontade.Por isso, é fundamental o desenvolvi-

mento e a manutenção de uma espiritua-lidade familiar. A partir do casal e a partir da oração, a forma mais direta de comuni-cação com Deus. O casal que ora é exem-plo para os filhos. Os pais não podem se

furtar ao compromisso assumido perante Deus de educar seus filhos na fé. São res-ponsáveis por ensinar, desde a mais ten-ra idade, as orações fundamentais: o Pai Nosso, a Ave Maria, o Glória, o Credo. Devem ensinar as criancinhas a ajoelhar e juntar as mãozinhas, antes de dormir, e pronunciar uma destas orações, ou mes-mo uma oração espontânea, simples e singela. Os filhos devem aprender com os pais que há diversas formas de rezar, mas que uma delas é fundamental, a oração individual. “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar ocul-to, recompensar-te-á” (Mt 6,6).

Feliz a família em que a oração ocupa lugar de destaque!

Ana Filomena e Luiz FernandoPastoral Familiar

Direito

Todos os proprietários de veículos automotores sabem que em janeiro vence o IPVA e, junto com ele, um tal de DPVAT, que antigamente chamávamos de seguro obrigatório. Ele é o seguro que cobre Danos Pessoais causados por Veículos Automotores Terrestres.

A palavra dano significa que é uma ofensa ou prejuízo causado a alguém ou a alguma coisa. Já a expressão “Dano Pessoal” ex-pressa um prejuízo de ordem corporal a uma pessoal, ou seja, ferimentos, perda da vida, despesas médicas etc. Ou seja, o DPVAT só cobre danos pessoais, nada material.

Vale observar quem é o beneficiário do seguro, que será a pessoa que sofre o dano. No caso, despesas médicas/hospitalares ou invalidez, ao acidentado. Já no caso de mor-te, aos herdeiros legais do falecido.

Um ponto muito importante a ser escla-

recido é que o beneficiário tem um prazo de 3 (três) anos para pedir a indenização, os quais são contados a partir da data do aci-dente.

Por fim, cabe esclarecer que o DPVAT, é um seguro administrado uma empresa pri-vada, constituída com a finalidade especifi-ca de coordenar um pool de seguradores e que possui diversos pontos de atendimento pelo Brasil, não havendo necessidade de in-termediários (advogados) para pleitear os benefícios. Por isso, fique atento e não as-sine procuração dando poderes a terceiros para este fim a menos que você realmente não tenha condição de fazê-lo.

Se precisar nomear alguém para pleitear algum beneficio relativo ao DPVAT, somen-te o faça para pessoas de sua inteira confian-ça.

Aloisio Oliveira é [email protected]

Você sabe para que serve o DPVAT?

Mais informações neste site:www.dpvatsegurodotransito.com.br

Santa Teresinha em Ação 12

No último dia 21 de março, em um encontro no Vaticano com a pre-sidente Dilma Rousseff, o Papa Francisco confirmou que estará

presente na 28ª Jornada Mundial da Juven-tude, a ser realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 de julho deste ano. Esta será a primeira viagem oficial do novo papa.

Se a vinda do antigo papa, Bento XVI, já causava grande expectativa entre os par-ticipantes da Jornada, a presença do Papa Francisco agita ainda mais os jovens, que estão ansiosos em conhecer de perto o papa que está quebrando todos os protocolos e paradigmas do papado e causando grande simpatia por parte dos fiéis católicos.

Para o paroquiano Henrique Elias, que es-tará presente no evento, a vinda do novo papa reforça a importância que o jovem tem para a Igreja. Ele diz ainda que os ensinamentos de humildade de Francisco são muito impor-tantes e servem como estimulo e exemplo para ele e nem mesmo o fato de o Papa ser argentino muda esta admiração. “Acredito que a nacionalidade do papa não muda abso-lutamente nada, pois o que realmente vale é a motivação que ele traz no coração de mudan-ça, retorno ao que realmente importa na fé e

na religião”, indica o jovem.Já Thassia Mesquita, outra jovem paro-

quiana que irá ao Rio de Janeiro acompa-nhar a jornada, espera que o papa esteja pró-ximo ao povo durante toda a JMJ 2013. Ela baseia as expectativas nas atit udes tomadas até o momento por Francisco. “O novo papa tem se mostrado humilde e caridoso, como o nome escolhido já sugere, ele se entrega ao povo com muita delicadeza e, acredito que na JMJ, a presença de Francisco acon-tecerá desta forma, sempre bem próximo a todos os jovens que ali estarão, ou mesmo daqueles que não puderem comparecer fisi-camente”, diz Thassia.

Para todos os jovens esta será a chance de conhecer um Papa diferente dos habituais papas que passaram pelo trono de São Pe-dro. Além de ser o primeiro latino-america-no, Francisco também é o primeiro jesuíta a assumir o papado e tem dado uma lição de humildade e amor ao próximo. “Ele se apre-sentou pronto a enfrentar as crises da Igreja Católica, com serenidade, naturalidade e inteligência”, afirma Thassia, mostrando a esperança e a confiança que está sendo depositada em Francisco por toda comuni-dade católica.

Juventude Salesiana

“Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que o referido

Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro.” Papa Francisco

JMJ será palco da primeira viagem oficial do Papa Francisco

“Estou ansioso pelo próximo mês de julho no Rio de Janeiro. Verei vocês naquela fantástica cidade no Brasil.”

Papa Francisco durante cerimônia de Domingo de Ramos

“De modo especial entrego a Maria vós próprios,

caríssimos jovens, e o vosso itinerário rumo ao Rio de

Janeiro. Um bom caminho a todos!” Papa Francisco

Santa Teresinha em Ação 13

Tá Ligado?

Imagino a angústia de todos ao se verem sem Aquele que havia mudado suas vidas, que havia falado de um novo reino. Nós, por outro lado, vivemos a certeza da ressurreição, celebramos a crucificação esperando a vida que vence a morte!

Enquanto todos olhavam para o Con-clave como uma corrida eleitoral, fazendo especulações de quem seria o “mais cotado para o cargo”, levantando possíveis justi-ficativas para a renúncia de Bento XVI, Deus agia no silêncio. Não há dúvida que o Espírito Santo iluminou a todos e inspi-rou-os a escolher nosso Papa Francisco. Um papa que propõe mudanças já no nome e dá gestos constantes de humildade.

O Cardeal Bergoglio não era um dos “fa-voritos”, não veio do “Centro do Poder” e nem ao menos está livre de julgamentos pelo seu passado. Mas Deus o escolheu, chamou-o para guiar sua Igreja assim como um dia chamou Pedro.

Começamos nossa Santa Semana no Do-mingo de Ramos, quando Jesus pediu que trouxessem um jumento que estava amar-rado no canto dizendo “O Senhor precisa dele”. Ele não pediu um belo cavalo, nem ao menos quis entrar em uma carroça.

Humildemente entrou na cidade, aceitou toda a dor e o sofrimento que lhe foram im-postos e morreu em uma cruz para remir os nossos pecados. Mas antes disso pediu para celebrar a Páscoa com seus amigos. Pediu o pão e o vinho para nos deixar um memorial, nos deixar seu Corpo e Sangue.

Imagino a angústia de todos ao se verem sem Aquele que havia mudado suas vidas, que havia falado de um novo reino. Nós, por outro lado, vivemos a certeza da res-surreição, celebramos a crucificação espe-rando a vida que vence a morte!

Olhando um pouco mais a fundo esses momentos e a vida de Jesus podemos che-gar a algumas conclusões muito belas e simples. Deus não busca os que nós acre-ditamos serem mais qualificados, não olha para a aparência e nem ao menos nos julga como as pessoas o fazem.

Ele precisou de um animal que não era admirado, pediu coisas simples como pão e vinho, jantar na casa de um amigo, pediu que orassem com ele por algumas horas...

Deus escolhe os pequenos, os humildes, os ‘desprezados’. Ao mesmo tempo nos pede coisas simples para fazer milagres e maravilhas em nossas vidas.

Acredite: Deus precisa de você e precisa que você deixe Ele agir.

Henrique Elias

Acredite:Deus precisa de você

Papo de Criança

Deus abençoe o Papa Francisco em sua vocação para servir

Sabemos que o Papa é o sucessor de São Pedro (não de Jesus Cristo); é o Vigário de Cristo na Terra. Cris-to não tem sucessor, tem vigário.

A ele Jesus entrega as chaves do reino dos céus, conferindo a Pedro o poder de gover-nar a Igreja em seu lugar, como seu vigário. Desta forma, o Papa, sucessor de Pedro e os Bispos, sucessores dos Apóstolos, estão unidos entre si.

O novo Papa eleito se mostra um homem humilde que cozinha as próprias refeições, usa o transporte público, possuindo um es-tilo de vida sem ostentação. A escolha de seu nome, Francisco, inspirado em São Francis-co de Assis, nos revela uma clara identifica-ção com a simplicidade de vida, fraternida-de, bondade e amor aos pequenos e pobres. Como ele diz, quer fazer “uma Igreja pobre e para os pobres”.

Tenho grandes expectativas em relação ao Papa Francisco, espero que ele seja um líder para a nossa Igreja, tenha no coração todos os dramas da humanidade, engajado nos problemas do mundo, ciente dos desa-fios e solidário a todas as causas que se re-ferem à justiça. Mas, sobretudo, eu gostaria que o papa realmente fosse um pontífice, um construtor de pontes, que liga o povo

com Deus e liga as pessoas de boa vontade na construção de um reino de justiça, paz, igualdade, solidariedade e fraternidade.

Já, meu irmão Marcus Vinícius, tem ou-tras expectativas em relação ao Papa Fran-cisco, que ele possua um espírito jovem, for-te e escutasse os jovens, abrisse as janelas da Igreja para um diálogo com o mundo, para que a Igreja colocasse ao mundo soluções pertinentes aos tempos modernos.

A família e a religiosidade estão muito presentes em nosso cotidiano. Meu avô An-tônio, com um dom especial para a comu-nicação e, ainda, com uma grande vontade de levar a palavra de Deus às pessoas, des-cobriu entre o matrimônio, e a paternidade, sua vocação ao diaconato. Aos diáconos são lhes impostas às mãos “não para o sacerdó-cio, mas para o serviço”. Para a ordenação do diaconato, só o Bispo impõe as mãos, significando assim que o diácono está espe-cialmente ligado ao bispo nas tarefas da sua “diaconia”.

Terminamos com uma reflexão: “O ver-dadeiro poder está em servir...” (Papa Fran-cisco). Podemos servir de várias maneiras.

Marco Túlio Alves Baruffaldi e Marcus Viní-cius Alves Baruffaldi

Trabalho preventivo deve começar aos 60 anos, indica especialista

Até bem pouco tempo, preservar os den-tes naturais era, indiscutivelmente, a alter-nativa mais saudável para qualquer pessoa. Atualmente, com o aumento da expectativa de vida, nem sempre esta é a saída indicada. Diante de casos de doenças graves, que vão requerer tratamentos cirúrgicos complexos, os médicos exigem que os dentes do pacien-te não sejam uma fonte de problema a mais, com infecções, por exemplo. E também não desejam que o paciente tenha dificuldades de mastigação, o que poderia atrapalhar a recuperação no pós-operatório.

Médicos e dentistas têm se reunido para discutir o tema de maneira genérica e mui-tas vezes diante de um caso específico. “Já fui chamado para dar uma solução imediata de mastigação para um paciente idoso que

iria passar por uma cirurgia complicada. Seu pós-operatório dependeria muito de sua correta alimentação e, por conseqüên-cia de sua mastigação, para se recuperar mais rapidamente”, disse Paulo Ferraz, den-tista especialista em Reabilitação Estética e Doutor em prótese dental pela Universida-de São Paulo (USP).

Outra situação complicada são os casos de doenças neuro degenerativas, onde pa-cientes podem viver longos anos, mas per-dem paulatinamente a motricidade para cuidar dos dentes, não aceitam orientações e ainda apresentam dificuldades para fazer a higienização no consultório todos os meses. “Temos cada vez mais contato com pacien-tes com Alzheimer, por exemplo, que não conseguem mais fazer a limpeza adequada dos dentes e, muito menos, utilizar próteses removíveis. Nessas situações precisamos oferecer tratamentos rápidos e confiáveis”, afirma Ferraz.

Assim como nos casos de cirurgias médi-cas e casos de doenças neuro degenerativas, a expectativa de vida, que vem aumentando, também gerou a necessidade de oferecer alternativas que garantam conforto mastiga-tório, segurança e longevidade, caracterís-ticas essas oferecidas pelas próteses sobre implantes. “A tendência tem sido remover aqueles dentes que, ao longo da vida do pa-ciente foram tratados e retratados muitas vezes e encontram-se em estado duvidoso, substituindo-os por implantes”, alerta Fer-raz.

O maior desafio, no entanto, é definir o momento que esta filosofia deve ser aplica-da, pois deve preceder o declínio natural da saúde geral do idoso. Por isso, recomenda--se um monitoramento periódico, realizado por um especialista, que deve começar aos 60 anos e não só quando a dentição natural começar a falir juntamente com a saúde do paciente.

Santa Teresinha em Ação 14

Espaço Pet

Quem quer um mascote dentuço?Coelhos são fofos, pequenos e não barulhentos, mas isto não é razão suficiente para ter um, pois apesar de serem ótimas companhias eles requerem cuidados, como qualquer outro animal de estimação. Vivem em média de sete a dez anos.

Vegetariano, sua alimentação consis-te em rações específicas que podem ser complementadas por frutas, verduras e le-gumes, entre eles a famosa cenoura. Cria-dos em gaiolas que precisam ser grandes para se esticar e sentar confortavelmente, a regra é quanto maior melhor. Agora, se for pequena, ele precisa ser solto várias vezes por dia para se exercitar. Ao deixa--lo solto, fique atento para que não roa objetos ou plantas. A gaiola precisa ser

limpa diariamente, a urina dos coelhos tem um odor forte.

O comportamento é diferente de cães e gatos, os coelhos são menos inteligentes. Alguns não são fãs de brincadeiras e as relações com os humanos são limitadas, mas, precisam ser estimuladas diariamen-te, para se tornarem sociáveis. A docili-dade aumenta se for acostumado ao colo desde pequeno.

Nunca bata no seu coelho. Eles não entendem este tipo de repreensão. Bata palmas e diga “Não!”. Eles não gostam de sons altos. Coelho não toma banho e nem pode ser molhado, pois corre o risco de desenvolver fungos, são animais “au-tolimpantes”, cuidam da própria higiene. Trocam de pelo a cada três meses, durante duas semanas, por isso é bom escová-los. As orelhas são frágeis, ou seja, segurar os

coelhos pelas orelhas é errado e pode ma-chucá-los. As principais doenças que aco-metem os coelhos são as de pele (sarnas, micoses e infecções), diarreias e doenças respiratórias.

Os acidentes também são comuns (ata-que de cães e quedas). Apesar de serem animais resistentes e adoecerem pouco, visitas periódicas ao veterinário são sem-pre recomendadas.

Uma curiosidade: Os coelhos não são roedores. São lagomorfos (caracteriza-dos por terem dentes incisivos de cres-cimento contínuo, em número de quatro no maxilar superior e apenas dois no ma-xilar inferior; caninos ausentes), e estão mais próximos dos cavalos do que dos ratos.

Raquel Fraga Raimondo é veterinária

Saúde

Atenção aos dentes dos idosos garante melhor adesão ao tratamento de uma doença grave, por exemplo

Santa Teresinha em Ação 15

Aconteceu

Missa do Lava-pés e Via-SacraNa quinta-feira santa, na missa do lava-pés, os doze apósto-

los de Jesus foram representados por jovens da comunidade, incluindo os quatro voluntários que se preparam para partici-par da Jornada Mundial da Juventude. O pároco, Pe. Camilo P. da Silva, SDB que presidiu a celebração, retomou a atitude de Jesus Cristo na lavagem dos pés e lembrou em sua homilia o exemplo de serviço que nos deu o Papa Francisco, ao esco-lher lavar os pés de jovens infratores da lei. Ao final da celebra-ção, a comunidade em procissão, trasladou o Santíssimo. Na Sexta-Feira Santa, a comunidade se preparou logo cedo para a adoração ao Santíssimo. Pequenos altares e imagens religiosas foram colocados nas casas para a passagem da Via Sacra.

Celebrações da Semana Santa na Paróquia

As celebrações da Semana Santa tiveram início com a Ceia Judai-ca, realizada no salão paroquial no sábado, 23 de março, véspera

do Domingo de Ramos, quando se celebra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém. Nes-te dia a Paróquia celebrou em todas as suas missas este acontecimento e, às 11h, foi re-alizada uma procissão ao redor da praça da paróquia, com a participação de centenas de fiéis que aclamavam o Senhor com seus ramos abençoados. Na segunda-feira, 25 de março, iniciou-se um tríduo de orações e os dois dias seguintes foram dedicados à Via--Sacra, na e à Via Lucis, respectivamente.

PáscoaNa missa das 19h30 do Domingo

de Páscoa, coube então ao Dc. Edu-ardo fazer a homilia e lembrar que para Maria Madalena e os apóstolos que viram o túmulo de Jesus no dia seguinte, ficou uma incerteza sobre o que havia acontecido, mas que para nós, essa dúvida não pode nem deve existir, pois já estamos cons-cientes da ressurreição, que faz da Páscoa a festa maior da cristandade.

Sábado de Aleluia

No Sábado de Aleluia, o Pe. Camilo inicia a homilia chamando a atenção da comunidade para a riqueza da celebra-ção da Vigília Pascal, e faz uma reco-mendação de ordem prática para que celebremos corretamente a Páscoa. Ao final, a comunidade, foi à praça e soltou balões recebidos com a inscri-ção Fé, para testemunhar a alegria de poder exclamar; “Não está mais aqui. Ressuscitou!”.

Na celebração da Paixão de Cristo, Pe. Camilo emocionou a toda a assembleia, ao recordar a falta que faz um pai na vida de cada um. No entanto, mesmo diante de um momento de tristeza, soube deixar uma mensagem de otimismo à todos aqueles que acreditam na ressurreição do pai celestial.

Ao cair da noite de Sexta-Feira da Paixão, a comunidade paroquial se reuniu na igre-ja, em clima de piedosa oração para conduzir o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, junto com Nossa Senhora das Dores, numa caminhada conhecida também como Pro-cissão do Senhor Morto, e que conta com o pungente lamento das Verônicas.

Veja todas as fotos e ouça as gravações em http://goo.gl/ZXfR6

Sexta-Feira da Paixão

“Serviço”, essa é a palavra de Papa Francisco

Santa Teresinha em Ação 16

EntrevistaPor Daya Lima

Foi o primeiro conclave de Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. Para ele, um privilégio po-der participar de um dos momentos

mais importantes da Igreja. Em entrevista coletiva, falou sobre a experiência e também um pouco sobre o perfil do novo papa, o Papa Francisco.

STA – Como foi viver o conclave?Dom Odilo - Foi um momento muito in-tenso para todos os cardeais presentes. É, sem dúvida, o momento mais importante da Igreja, onde o substituto de Pedro é escolhi-do para comandar toda a obra. Eu e mais 14 cardeais estávamos ali pela primeira vez e foi um privilégio poder fazer parte deste conclave histórico por tantos motivos: renúncia de um papa e eleição de um primeiro papa latino--americano e jesuíta. Me sinto honrado.

STA - E como foram os dias de concla-ve? Havia especulações?Dom Odilo - Isso não existe, especula-ções no conclave. Veja, foi feito um conclave fora da Capela Sistina. Não existe apoio de um cardeal a outro, não há conversas para articulações. Somos guiados pelo Espírito Santo e, ao decorrer dos dias de votação, um caminho vai se apresentando. Sem pressão de

nenhuma parte, nem dos cardeais, nem da imprensa. Ficamos alheios a tudo isso.

STA – O senhor sabia que era um dos favoritos?Dom Odilo - Não. Como disse, a gente fica alheio a tudo o que acontece do lado de fora. As especulações não entram na Capela Sistina. Fiquei surpreso com o que a imprensa dizia sobre mim durante o conclave. Eu fui favorito da imprensa, não dos cardeais. Algo normal de acontecer, claro, por ser tão restri-to, especulações são normais mesmo.

STA – E a escolha de Jorge Mario Ber-goglio. Foi surpresa para todos?Dom Odilo - Sim. Para todo mundo e não só para os cardeais. Padre Bergoglio sempre preferiu ficar à margem, fora dos holofotes. Sempre teve vida muito humilde e poucos o conheciam. Foi uma alegria imensa poder eleger um papa como ele, voltado para os pri-mórdios da Igreja, que é atenção e serviço aos pobres, doentes e natureza.

STA – Durante os dias de conclave, o que o senhor observou de Dom Bergo-glio, hoje, Papa Francisco?Dom Odilo - O que muita gente sabe e vê hoje. Homem simples, jesuíta, que tem um co-

ração franciscano e total devoção às questões da pobreza. De fato, é muito marcante este seu lado humilde de ser. Chama a atenção por isso. É com muita alegria que a Igreja recebe o Papa Francisco. Um novo tempo se apresenta para todos.

STA – Na sua opinião, quais são os pontos fortes dele?Dom Odilo - São muitos, mas, com certe-za, a clareza do real papel do papa. Como ele mesmo disse, ser papa não é poder, ser papa é serviço, e isso ele tem muito forte em seu dese-jo. Quer servir. O glamour fica de lado, o pa-pel dele é servir e continuar a obra de Pedro. Servir aos pobres, aos doentes, aos jovens, à natureza. Podemos dizer que a palavra “ser-viço” será a grande diretriz da sua jornada. E nós só temos que nos alegrar com isso.

STA – Falando nisso, o senhor acha que o fato de ele ser latino-america-no trará benefícios para nós, brasi-leiros?Dom Odilo - O papa é papa para todo mundo, mas, sem dúvida, ele sabe das nos-sas necessidades, viveu de perto os proble-mas comuns a toda América Latina, terá uma olhar mais caridoso e generoso para conosco, disso eu não tenho dúvida.

STA – E qual é o grande desafio de Papa Francisco?Dom Odilo - São muito, mas, para dizer apenas um, é o da nova evangelização. Tra-zer a Igreja para os seus reais valores, para o princípio de tudo e, pelo que já podemos acompanhar, ele vem fazendo isso desde o início. Serviço, essa é a palavra.

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