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REVISTA DAPhotographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas.

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SEMANA^^ Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Redactor-gerente, Dp. CÂNDIDO MENDES — Redactor-chefe, Dr. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA — Director-technico, GASPAR DE SOUZA'-.. :;íi -• .'•'"%

Anno III—K. 120 DOMINGO, 3l DE AGOSTO Kumcio : 3oo ir&ís

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o rnAMriQrn XAVIER —Túmulo onde repousaram os restos iporlaès do ipinistro chilenoCEMITÉRIO DE S. FâSCO XAVlbl^

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0 Sport Náutico, supplemento da Revista da Semana, faz partedo numero pelo mesmo preço — 3oo réis.

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CHRONICA:I ¦ I!: I

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eixaram-nos ha oito dias os chilenos e com asua despedida entrou a cidade na sua vida

normal. Dessa visita em que a diplomacia, sempresabia e accendendo uma vela a Deus e outra aoMafarrico, conseguiu associar sem escândalo o sa-orado ao profano, o. luto á folia, restam apenascopiosas notas de fornecedores privilegiados, oéco remoto das salvas, dos discursos, do log;ue-torio e dos brindes e, cm alguns espíritos avisa-dos a irônica consciência da vacuidade dessas equeiandas demonstrações. Percorra se a copiosalittèratura dos festeiros, analyse-se a erudita ta-cundia dos plumitivos do amoricanismo : nem úmtópico útil, nem uma idéa pratica. Palavras... pa-lavras... palavras... emquanto o caso Palharescontinua cm aberto, Marrocos nos maltrata oscompatriotas, o caso das pedras nos cobre de ver-gonha e por esses Estados fora a política esmocae esbordòa os cidadãos. ,

Pois umaliç/io, ao menos, deveríamos colherha visita da esquadra chilena. Não fallo doaugmento da nossa força naval, inferior, deplora-' velmente inferior á potência do Prata eá potênciado Pacifico. Bradar no deserto acaba, afinal, porcansar e enrouquecer. Fallo desse exemplo de alto,de nobre, de honesto patriotismo que os chilenosacabam de dar-nos repatriando para a terra natal

' os servidores que no exercício de seus cargos sue-' cumbiram em terra estrangeira.

Nào c minha a idéa; um escnptor a expôz, ha' dias, em meio do silencio glacial da imprensa.1 Republicano vermelho, ílorianista oi'thodoxo, ellepedia, em linguagem simples mas eloqüente, queos restos de D. Pedro II repousassem em território

. brasileiro. Peclia-o em nome da mais elementar•justiça, em nome desse prei.td que a consciência

¦'' nacional deve aos seus servidores mais modestos[•' e, por maioria de razio, ao que durante meio se-I' culo iez deste paiz uma naç-io respeitada entre as:¦" mais respeitadas do Universo culto.

Essa idéa, uma vez lançada, deveria ter comoí' resposta a acclamação geral. Nào teve. Ninguém:' ousou; ninguém se atreveu. O nosso republica-

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Os Amores do ilío/e/ro, quadro a óleo de Carlos Reis.

um Capitólio quando todos sabemos que, defim.ti-vãmente, elle entrou, pela porta larga e tranca ciaHistoria, no gravee saudoso recolhimento do 1 an-theon?! E em que podem as rezas da saudadeperturbar o somno. e a digestão dos que nào co-nhecem outra moral, outra sciencia e'outro sys-

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municaçào com elle por qualquer fórm.i pessoal oidirecta, como suecede no meio das sociedadeintellectualisadas, onde é raro o escnptor què nã<recebe algumas cartas por dia de leitores de.umoutro sexo, que oialhe dizem simplesmente a Susvmpathiae o seu âpplàuso, ora se comprazepa èridebater as idéias que elles vão divulgando; pel;livro, pela revista e pelo jornal. Alguns desses leitores limitam se mesmo a exprimir o seu reconhecimento pela obra que leram e que os deliciou oJrecónfortou, e eu não sei de goso espiritual cíuvalha o de sentirmos, sob o influxo da nossajpalfvra, palpitarem volta de nós esses corações descenhecidos, que interessamos e coram ovemos.».

Na nossa'sociedade não ha impulsos de intellgencia que levem os escassos leitores de livros fe

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A Sésta, quadro a óleo de José Malhòa. (Phot- A* Revista da Semana.)

nismo é atrazado, sectário e demagógico; aindatoucH de barretes phrygios a cabeça das criançase veste mocinhas de Hepublica. Quando nao e in-fantil é sans-culolle. Bntré elle e a democracia es-

thema de governo além dos caprichos da própriavontade?!...

•Jacques' Boiihonime.fantil e sans-cuioue. iLiiur «u< < u ^ M»^«—« --clarecida e intelligente dos tempos contempora- p^-p a

pLTWTT^NTOSneos ha úm século de int« ivallo. lia pouca conli- V jni^vJTlVlXlilN ± V^ O

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neOS lUl MUI srtuiu uv m^ ¦ '««»¦; .anca que em si próprio depo-la torna-o supersti-cioso: tem. medo de espectros, phíinlasmas, duen-des e alma&do outro mundo. D. Pedro de Bragançamorto assusta o muito mais que o Imperador vivo.Le sang de Danlon Vélonffpí -\

Pobre Imperador! Quem iria agora buscar-lheo sudario para labaro, quando na hora decisiva darevolução todos desertaram os seus postos decombate, postos que elle lhes havia assignaladoem decretos firmados n&tôílS • lS?.9fc"&<?. se^^?"quanto

o critério que a inspirava?! Para que at-tribuir a umsarcophago a magestade aggressiva de

T? ECEBi ha dias, de um leitor do Porto, uma longa-fc £, carta discutindo o assumpto de uma destaschronicas. 0 autor da carta éfrancez, o que explicao successo singular de haver alguém em Portugalque ceda á necessidade puramente intellectual dediscutir idéias com um desconhecido, como eu soupara esse também de mim ignorado correspon-

tTescriplòr portuguez,' pôr via deâ regra, não-sente o seu publico, que não entra nunca em com-

Coslumeda Ilha da Madeira, quadro a óleode Alfredo Roque Gameiro.

frio publico dos jornaès a corresponderem-se c'cos também escassos e frios autores que fazem 0'cio de lhes dar alimento ás suas medianas curtodades, e até certo ponto dir-se ia mesmo que emuns e oubros.oxLste unvv.ago divorcio que se ts

¦nb m«tuo désdenV das stfas-uesi3óá*Adas Süa?pectivas faculdades. As homenagens luteranas ^

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1 ¦¦:" ¦31 de Agosto de 1902

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REVISTA DA SEMANA N. 12D

Coronel EELISMINO DANTAS

Deputado. re-e]eito pelo Estado do Rio Grande.doNÒrte, ao Congresso Estádoál. •

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Portugal mio vêm geralmente do publico, ao quala litterntura mediocreinente interessa, mas das•clientelas litterarias, dos estreitos núcleos de

¦ bomens de lettras e artistas que se outorgam unsaos outros os suífragios e as palmas que o publiconão lhes clá...

Agora, por exemplo, é curioso que seja um•estrangeiro que se preoccupe com o que eu penso e•digo nas columnas deste jornal e—êstranho pheno-meno de intcllectualidade cosmopolita! —que sejaum escriptor portuguez como Eça de Queiroz e queseja a sua obra que o estimulem á longa carta que

acaba de escrever-me, toda cheia de amáveis récri-minações —porque, é preciso dizel-o, o meu des-conhecido correspondente recusa-se a acom- ¦panhar me na minha admiração pelo autor do«Piimo Bazilio», e foi essa discordância mesmoque o levou a dirigir-se a mim..Elle escreve mesimplesmente porque está em desrtccôrdo com-migo. — E' realmente preciso que o seu espiritoceda .a grandes urgências intclloctuaes para que,por motivos t.';o alheios aos seus naturaes interes-ses, pegue na penna pára discutir com um estra-nho, que,, segundo todas as apparmcias, nâo lheresponderá.

Os nacionaes têm que aprender no exemplo«curioso deste estrangeiro.

^•inòo tomei a meu cargo conduzir aos hombroso fardo de gloria do maravilhoso artista qüe foiEça de Queiroz^' Nào me proponho, por isso, entrareril publica controvérsia com este estrangeiro aquem, demais, não dou n vantagem de tornar egual-mente publicas as suas opiniões sobre o escriptorportuguez,-porque toda esta espaçosa pagina nãoseria bastante grande para -semelhante torneio.Elias são em mais de um ponto erradas o. cm maisde um ponto, exactas, — c eis lmio. Dellns, porém,sae, como de todas as opinoes.írancezas, assim ascios sábios", como as das modistas, uma boa e forteporção dessa clara luz que, na opinião do mesmoEça, foi sempre a característica do espirito francez,e eu nao resisto positivamente á tentação deapplaudir ás mãos ambas esse, desconhecido com-patriota de Volta ire, quando elle me declara, semsubterfúgios, que o moderno eslylo litterario dosportuguezes é uma «choramingadoira » de todo oponto contraria ao bom gosto e, por todos os motivos, antypatica ao gosto essencialmente viril dosfrancezes e digo que não resisto a applaudil-o,porque esta ásserçãoé de todo o ponto e, com todoo fundamento, exacta.

A moderna litterat.ura portugueza é, comeffeito, uma litteratura choramingas.

Poetas, prosadores não se entregam a outratarefa que não seja a decarpir.ora sobre os malescommuns, ora sobre os próprios, numa mesmamonótona, gemebunda toada elegíaca; o não re-luz esperança, não brilha claro sol que para ellesnão se traduza na mesma chorosa cantilena dedôr. Em vão a juventude, em vão o amor, em vãoa Vida solicitam o seu ardor, o seu enthusiasmo,.a sua fé! A mocidade, condemna-n'a, como coisavã, condemnam o amor, como coisa morta, e, so-,bre o magnífico espectaculo da Vida, escrevem

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Coronel EDUARDO ROBERTO DE RRUCEVeterano do Paraguay, fallecido a 6 do corrente, pholographia

tirada em 1878.

alambicadamente uma prematura palavra de ne-gação— Nada 1

Mas em toda essa vasta, desolada condem-,nação—o que vemos?

A sombria tristeza .de uma civilisnção predes-tinada para acabar nas ruinas da sua historia?

A melancolia do fim de uma raça que presentea visinhança de qualquer trágico cataclysma?

Não!Desses estygmas de morte e desses fúnebres

presentimentos, a alma chorosa da Pátria nãoelevaria ao céu azul os fadinhos piegas, em verjsoe em prosa, que constituem o fundo cio lyrisrho

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Yice-almirante Jo.-é Nolasco F. Pereira da Cunha efamilia, nòdiâ de suas bodas-de ouro,fcm 5de agosto de 1902, em sua refiencia no. Anu^rahy^raê.^

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o84 — N. 120REVISTA DA SEMANA

31 de Agosto de 1902

nccA(. fiinc senão que atroaria o espaço com^^^daíeT^rêrto de desolação que ele

WÈ*È0$Ú tempo e na historia çom fra-

^^'CTuma grande dòr nacional, comoíi ?« f„nHaí nmanFuras do indiv duo que ms-

nir°am a fttuw d«nossos dias! E' o espiritoSe affectacâo a ausência de sinceridade, a ten-^nr fnara ò alambicado e para o piegas, que co-

meara™no? ser um vicio de escola e passaram afonSar a littrratupa inteira, despojando-a deSSÍT validade-da Poesia fazendo uma musa

d°e cemií r ò e cneminando, amollecendo e depra-vandÒT máscula linguagem da prosa aWpo»mip n ívrismo funerário de Soares de Passos e as

^tunXlTdades ,1c Mendes L-al nos¦ sppswcemhoie em meio do enlanguescimento litterar o.

d? nosso tempo, como inspirações de um gemoabsolutamente varonil.

A nroducçlo litteraria é, sem duvida, abun-dànte, ESs"u pergunto qual é, entre tantos, o

livro que se lô.Nenhum.. ô C11.Os noetas e prosadores portuguezes, na sua

crrandé maioria? escrevem uns para os outros, mas

So têmTpúblico-o que és justa c°ndemnaçao duciií» obra feita da mais antypatica das imposturas,mfeé a impostura do Sentimento: a impostura do

?entimeXPda Vida, que se reputa vazia de, sen idoToiie comtudo, so vive com requintes sibar tas, a

fmqDOsturado sentimento do Amor, essencialmenterTinvenescedor o viril è de que langui.damente se

fó la como de "m mal que se teve e de que se ficouí?«r» todo o sempre- marcado; a impostura do

Sedimento 2a pSris, sobre que se desfolham rosasde pape" Como nocàixío de uma noiva morta e

aue todos commummcnte exploram.q Instamente tem-se pretendindo attnbuir umcunho patóo a'essa litteratura degradante, já va-

zando aPem moldes arcaicos, jé W êxcí™sentimentos que se tem P^^ ^]^ „™sivos do território e da raça E ..dessa httfatura a

descoberta d(T«amor portuguez?>v*«o gepumamente' »|gP a manteiga d^^cavacas das Lamas, e eiiwv " % ** 'amolle-apprehensivo pergunta em virVUtn^t^

viemos decimentos seculares, ou de que funestos vícios ae

A ESQUADRA CHILENA NA BAHIA DO RIO DE JANEIRO

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rim «nino (Phot. da fíeuísia da Semana.)Na mafinée a bordo do G/iaca6uco - Um grupo. irno

durarão se desvirtuou assim a noção viril daMtria? a ponto delia ser, nao a historia, a famíliaos interesses communs porque agente t se batemas essa especie de Elvira tysica, de olheira iundaôseta na face, a quem a alma lyrica dos portu-guezes prTsta vaSsa?agens capazes de envergonharfq mais, derrancadas escolas litteranas.

Tem poU? o cidadão francez muitíssima razão.

A moderna litteratura portugueza «"*»«££;Chora e tem ataques de nervos. Urge reconstituil-a ...

D(jrlhe beefSi dar_ine vinho.Dar-lhe um passeio no Minho

ou como recommendam os médicos ás pemnas.que enlanguescem casal-a com um rspagotorte»

que a torne fecunda. Jo»° ^hagas^

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A trasladaçâo dos diplomalas chilenos A câmara ardente no cemitério de S. João Baptista. (PhoL Bastos Dias-)

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31 de Agosto dr 1002 REVISTA DA SEMANA 085 - N. 120

A' trasladado dos restos mortacs dos diplomatas chilenos do cemitério de S. João Baptista para a Catedral, no dia 15 do corrcnle

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286 — N. 120 REVISTA DA SEMANA 31 de Agosto de 1902

OS THEATROS

Fo dia 23 do corrente escrevemos no Jornal do Brasil:

«Não ha necessidade alguma de tratar com pannosquentes e escovinhas o incidente que excluiu Angela Pintodo theatro Apollo e a Companhia Dramática Portuguezado agrado do publico. De todos os caminhos o da verdadeé sempre o melhor. Arde, amarga; mas amarga e ardemuito menos que o sophisma e a mentira.

O publico está perfeitamente informado de tudo quantose passou e faz a Taveira a justiça devida. A sua hofiora-bilidade continua a ser tida no conceito que merece, e,se em vez da desfeita que soffreu, houvesse soffrido mil,em condições idênticas, nem por isso deixariam de aper-tar-lhe a mão todos os homens de bem.

Mas no vem dâlii o desgosto do publico.Angela Pinto desfeileou Taveira, em um momento de

allucinação, e, arrependida, pediu-lhe logo todas as des-culpas, exprobando se amargamente o acto praticado.Taveira tem cincoenta annos, conhece o palco e as mu-lheres de theatro: as suas crises de nervos, o seu hySte-rismo, e, mais que tudo, o temperamento de Angela Pinto.Passado o tumulto da primeira hora, estava disposto auma solução que, salvaguardando a sua dignidade, con-duzisse intacta até ao fim da temporada a CompanhiaDramática Portugueza. .

Essa solução, aconselhada pelos melhores amigos daEm preza e doprestigio das cou-sas pprtuguezasno estrangeiro,eraa seguinte: Tavei-ra não ensaiariaas peças em qüeentrasse AngelaPinto, nem nellastomaria parte,-epara substituil-onos centros, comi-cos entraria Mat--tòs,üm contratadona próxima tem-porada theatral deLisboa.

Era limpo, de-"céntee perfeito.

Mas nisto en-tráram em scenaalguns dos artis-tas da Companhiaei entornaram ocaldo, pondo naquestão uma notaodiosa, contra aqual o publico pro-testa e se revol-ta... contra a qualcontinuará a pro-testar e revoltar-se...

Se a emprezanão tivesse sidosolidaria com Ta-veira, era curialqüe os outros ar-tistas, simplescon-

tratados daquella, acompanhassem o seu director descena. Mas a empreza deu a Taveira carta branca; o queelle fizesse, estava bem feito. E, desde que assim era, opapel dos artistas limitava-se a cumprir os seus contratossem metter-se onde não eram chamados. Taveira nào pre-cisa que terceiros lhe defendam a dignidade; sabe defen-del-a sósinho.

Em vez, porém, desta attitude rigorosamente conformeao dever, alguns artistas da Companhia fizeram um abaixoassignado, negando-se a trabalhar ao lado de AngelaPinto, expulsando a sua collega, offerecendo á Empreza arescisão dos seus contratos e, de tal arte azoinaram osouvidos do excellente Taveira, que o levaram á intransi-gencia absoluta. Isto... depois de haverem trabalhadocom ella no domingo, dia seguinte ao incidente, e ensaiadona segunda feira.

E1 contra essa expulsão que o publico se insurge repu-tando-a uma medida odiosa, e com o publico está quasitoda a gente. Em matéria de comediantes, ha muito poucosque possam atirar aos outros a primeira pedra. Angela nãoé melhor, mas também não é muito peior do que os outros,e é capaz de despir a camisa para a dar a um pobre .Má cabeça, mas excellente coração.

Expulsar a sua collega... porque?... Porque, se aEmpreza, solidaria com Taveira, o ollendido, dera a estecarta branca?... Hum! Desconfio muito destes exaggerosde dignidade, nos tempos que correm, sobretudo depoisque ouvi estas palavras, que não esqueci e annotei nocanhenho. «Isto vae fazer muito mal á Angela, principal-mente agora que entra como societária para o TheatroNormal!»

Mas ponhamos tudo isto de parte e passemos aoppsitivo. O positivo é que o publico, no theatro, não quersaber de brigas de bastidores. Só ama quem o diverte oucommove. Angela Pinto commovia-o e divertia-o e aCompanhia Dramática Portugueza, sem ella, já o nãocomrriovè nem o diverte.

E, se Taveira quer ser um nobre caracter e um portu-

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O ultimo retrato da grande actriz Virginiaostentando o habito de S. Thiago. •

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0//-J3O JpRNat>pÓBf?#Stü'ftrtj«-3r-.;

Aactriz Virginia com sua filha e seu marido, o actor Ferreira da Silva.

guez de lei, colloque-se superior,ás invejas,despeitos e ambições de alguns dos;seuscontratados.»

Quarenta e oito horas depois destas li-nhas o incidente estava sanado com honra

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Tem voz, mesmo muita voz, mas não sabe cfan-tar. Falta de escola e de estylo. : j

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Foi muito concorrido o saráo realizadono theatro S. Pedro para com o seu productoadquirir a companhia Tomba a sepultura doiseumallogrado emprezario, o honrado Rafael TjDm-ba. Era justo que assim fosse. Poucos terãoexercido com tamanha dignidade a sua difjficilprofissão.

No dia 9, no theatro Recreio Dramático, éa íesta de Machado Correia, o primoroso tra-ductor da Bohemia. Creio inúteis os reclames.

Em breve, neste mesmo theatro, a pieçasacra em 5 actos e 16 quadros, de Eduardo Gar-rido— O Martyr do Calvário. .

*

Com A Mascotte fez beneficio sexta-feiraultima, no Apollo, a actriz Theresa Mattos, uma

Bohemia — Benedicto, proprietário (Alfredo Silva).Phot. P. Botelho.

para ambas as partes e credito para a Com-panhia Dramática Portugueza.

« Tout est bien que finil bien!»

No theatro Lyrico tivemos a Lakmé, deLeo Délibes, uma' das operas novas promet-tidas pela empreza Sansone.

A opera, interpretada pelas sras. AidaGonzaga e Ida Poli e pelos srs. Giorgio Ma-lesei e Nicoletti agradou geralmente, sendomuito applaudidos a sra. Gonzaga e o sr. Ni-coletti.

O tenor não foi bem recebido pelo publico.

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Maestro F. Coniglio, regente da orchestra da tom-panhia de operetas Tomba.

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das boas figuras da Companhia Dramática {Por-tuerueza.

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Publicamos nesta pagina um bom retrato dacelebre actriz portugueza Virginia e outro tendoa mesma actriz, suafilha e seu marido, a actorFerreira da. Silva. FarfaUa.

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AS FESTAS DOS CHILENOS NA _JI__Uo i» batalho de ipfanteria do exercito erp eOolações pa praça do Palácio..... _.... .__,-__.-_„_,... v_j ^.^._.)^_i__s^_jrî_____l

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Gom gesto resoluto —como uma pesssoa quemudara de idéa — a coridessa de Madelina

indicou o movei japonez de três gavetas, côr de

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A bordo do transporte chileno «^fartello.,

rosa e dourado, sobre o qual a luz produzia scin-..tiliaç.es mágicas, e com toda a g«f|W;

— Escolha uma destas gavetas, Valentim, eabra a que escolher: em todas ellas colloquei umaresoosta á supplica que o sr. constantemente meSita seis mezcs; se abrir a gaveta da respostaoue deseja, consentirei em agradar-lhe... mastrema se abrir uma outra 1 porque nesse casonunca

|^^*|spiroü eIle_ Uma doce pro-babilidade"contra duas decepções! Mas que cruelid£a teve Madelinal . .1

Ao menos, se fôr feliz, terei a consolaçãode Doder accusar o acaso da minha .alta....d PEntre as três gavetas elle hesitou miio^Tremula, a sua mão ia de unia a outra, nãoniieindo nuxar pelo" annel dourado...

Decida "se,

emfim, fechando os olhos e con-

tando com a divina misericórdia da Providencia.Oh ' alegria! oh ! infinita ventura.! A resposta,

nma folha de papel côr de rosa, que elle Ireneti-emente desdobrou - continha a adorável palavra" ^Smo um ebrio, tomou Madelina nos braços

6 ^'Guando rompeu a manhã, Valentim não se

sentia completamente satisfeito e bem o mostrava

no.semhlm.^clamou ^ admirada _ Que le Mta

aÍnd_TmfmSaolieiircce-mc a felicidade...Junto de mim?! E que nuvem é essa, meu

am0-^? Devo-te ao acaso, não a ti própria...

E Valentim curvou a annuviada lronte.Unrlplina porém, desatou a rir.

Palete! -disse ella, beijando-o suavementenos Tabios-Pois não adivinhaste? Lu tinha a

mesma resposta nas três gavetas!Catulle Mendes.

A-esperança anima, o sábio, e engana o pre-sumpçoso e o indolente, que descansam inconside-radamente nas suas promessas.

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Alumna de uma escola mpnicipg , representandoBra«il e o Chile, na grande passeiata

do dia 25 do passado, na Bahia. (Pbot. Barros).

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31 de Agosto, de^§jQ2.''-¦'¦• !

' ; í 288 — N. 120 REVISTA DA SEMANA , "' ,

Modas. da Revista — Da esquerda para a

1 — Corsage-blouse, de seda do Japão, rosadesmaiada, « plisso» em pequeninas pregas e en-feitado com applicações de velludo preto termi-nando na frente em passamaneria com pingentes.O corsage abre sobre um plastron de renda da Ir-landa. Mangas « plissóes » com « bouffants » derenda da Irlanda. Chapéo de palha preta e brancaguarnecido com plumas brancas.

—Manto de Casino, em Chantilly preto so-bre fundo de seda branca,.guarnecido de « plisses»de musselina de seda. Chapéo branco enfeitadocom rosas. ,

—Costume « tailleur »' em quadradinhos cin-zentos, dois tons, enfeitado com « baguettes» depanno cinzento escuro. Chapéo cie musselina desoda branca enfeitado com velludo e flores.

— Saia de cauda de musselina de seda brancasobre «dessous» de «taffetas» rosa. Túnica bor-

dada sobre transparente rosa da China fechadacom laços de velludo preto presos por botões destrass. Plastron plisse e mangas-de musselina deseda- Chapéo de palha de trigo coberto de rendas.

5 _Vestido princeza, de seda «vieux bleu»,guarnecido na barra de uma applicaçãode «vieuxpoint». Bolero curto enfeitado da mesma maneira.Chapéo de palha de trigo enfeitado de velludopreto e guarnecido de papoulas côr de rosa com opistillo preto. ' ;i;i;

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AS FESTAS CHILENAS — O passeio ãoCorcovado — Um grupo. O passeio ao Corcovado — A' mesa do almoço. (Phot. da Revista da Semana.)

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Photographia», vista» instantânea!, desenhai e caricaturai.

EYISTA DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Redaotor-gorente, Dr. CÂNDIDO MENDES r-Bedactor-ohefe, Dr. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA - Dlrector-technloo, ÔASPAR PE 30M*

ôoo.m-K.-»"^DOMINGO, 3l DE AGOSTO Numauo: 3oo róis

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s5===- ; O ESPANTALHO

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O BRASIL - Ah! E' com isso que querem metler medo á gente ? E' boa ! Tem graça I

rtup £ o aue está em moda ..Merece uma pedra bem

jogada, que é o que está em modav ¦¦¦¦'.¦

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.«*. ••y REVISTA DA SEtyAJNA - Edição semanal, ülustiada do JORNAL DO 8IIAML

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RAOUL DE NAYERY yQMb

ÒS ÍDOLOSxvíi ;J,J " '...

...¦¦.;.» .SBGRBBO. DA ANÃ ;

Grande cousa que era mavrei\c.oni um espasmo,um jorro de sangue, e tudo eslava acabado: Luizachorara durante"'bas.liaulesutcz.es; eu nunca chega-ria ao alvo de minha ambição- As pessoas comoeu, tropeças de corpo edé entendimento, são pré--'guiçòsás e vagarosas. Em fim t um diavsunbe qwe8uka mandado buscar uma ama. ia nascer umfilio em sua casa. AtiÈ eslava a minha vingança!Nesse ãh% dei gritos de alegria selvagem : saltavacomo louca furiosa:. Ia pwiil-o, caslígal-o. Ia vin-

" gar minha irmã em sua mulher, em sen filho..."

j — Comprehendo! Compreheudo l exclamou obaitcpieiro* assustado»

0 monstro tornou-se- astucioso como uma¦ raposa.

'Vigiei as tmmediações de sua casa,, Eiz festa

âs. trrtada.sC fazeudo-Kies cm* que. Ma» Ritmo napalma das mSos; ao eao de guarda. íevando-lheos|»s para roer no sen cubículo. Mo me ápresséuO iae.ii Irabalho assemèlíianfe ao cta toupeira*

., Aíiiaiüava-m-e lentamente, asas com segurança.Lembra-se a viagem qnefeia Áustria?

' — Sim,, lembro-me, femfero^me lSua fámilia estava nesse momentoemPar-s;

eu virava a easa. segai o menino» espieü a criada» eum dia, aproveiiandô-me de um espec&aculo ..rui-doso» no qiml se: aeeumulavam as èriaoi£»s áosCampos; Elyseos* levei o pequeno Marcos atravésdo>poTòt depois tomel-o nos braços e íancei-mf acorrer.,Ao principio-elie riu» acrtHÍifeíMÍoBusB&KüM-' -Cfíiecío ; quantio qnjz .chorar, snhi com elle ao meu

.<sotão» tirei-lhe o rico vestido» ewoki-o em farra-posw e fugi para o campo com. elle.

PROBLEMA NÍ WZ—.Erl.inCViE.NNA}Pretas V)

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'Síüvaw» "aáílo. B. E.»: Jfôfeía©» Zo»o^ à;ij^ de Oli-

veira, Salvi©» Canssano--e df: €w,L.„ R'157£..Rabert& BeVmcewã,, Monea Rifeelr©,,- -Azeved», E,.>;;0. Oai^teff

(Deve ser iraUniãQ.o-P-B-Ráas--Praias.)!,Broncas PtndiaMS ;j,v 'fera»*/ '• Píeíass

ás é<ôclffea^)eá d^tr^lSias ptóSscate no mísjí^'' àsuEEieiro gsassau^. sSo-;afô;S^íniA|»s í:; '

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Emulsão de Scottcom Hypophosphifos de Ge! e Seda

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cnalbtàna. A»'n«»a {MmkmmC«sttc» TOBuce-—.?í..Na TasíilM—TB*a sàijmtta3Ljso%@ ptSna..

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Bmm>mkh, — As jogadas; pnaposllas em Sísa ¦«Súrt|aB«-imãw» -«re&oílvem os pnÊàtWmTáí B'eM jK^friMeítea idíâ !ec P 3 l>ano aagínilo'; T ftl © \ifflte#&r'D ftBÜnão 5®Slww(fflsã cas». p©r lis© qîèT $ B l> iwpedíe ©sisafe Be* ^" liamce.

flL íiwii^ — Na«|a ipie»®»' «liaer aincfia. soore.o re-

mmi» (tos i»n%ü<iS«iiS «noft-iesfiBaBa sèíJí^ídaÈ^Ê* k*~& jjoarafiía' SJBê a »«) (tiüme resolve © %-

1SS! e tem B^ff1 ^ altígar © íter feramic© da sra.âíe-i«piatmaSo T I T, - . ¦': . -'•- ' ;. ...:: .£ **£?*¦¦

M, fâ&Msm. âxMti&jt K S. fe^î^trote)) — ricai^ápss. sallMèí|ffis:^«© wdlfsíaaíJa icüãnaítsair aissMm!aaa!e«8.ectoiBB a colliialsoffaçã©» n^Üa #liiiiBMsáB «fie üfife© valeafe

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Emquanto não se approxíma a hora do avança vae mo irazendo mais alguma cousa, pois que eu ainda tenho que ir ao

banquete do Cassino !!! í

X^V^jS^*^ Órgão offlciai da Federação Brasileira das Sociedades do Remo e dos centros federados IDomingo 31 de Agosto de 1902

O SPORT NÁUTICO não sevende separadamente da RE-VISTA DA SEMANA, de que ésupplemento e propriedade ex-tílusiva.

%-=—- PARTE OFFICIAL

Regata em home-nagem á òfíicialidade

chilena, realisada pela FederaçãoBrasileira em 17 do corrente.—A esplendida festa caprichosamenteorganisada pela Federação Brasi-leira em honra aos officiaes da es-quadra chilena e desdobrada por umdomingo de luz suave, ennodoadoapenas por nuvens tênues, que dei-xavam escapar por vezes ligeiros chu-viscos, teve o brilhante resultado quepassamos a relatar.

Dirigido pelo sr. capitfio-tenenteEduardo Ernesto Midosi, presidenteda Federação, auxiliado pelos secre-tanos, srs. Manuel José Leite Mendes,do grupo de Regatas Gragoatá e Ca-tao Marques da Costa, do Club deRegatas Vasco da Gama e pelos srsdr. Santos Silva, José Pinheiro daFonseca e Vidal de. Castro, juizes departida; Alberto de Mendonça, Al-berto Lima de Faria e Souza Costa,juizes de chegada; Augusto R. Fer-reira, Antônio do Couto Sobrinho,Marchesini, Luiz da ><ocha e Silva,João Pinto Rodrigues Júnior, encar-regado do registro chronographico,teve logar ás onze e meia o sorteio dacollocação das embarcações inseri-ptas, a que deixaram de compareceras canoas Flor, de 2 remos, do ClubCujuense, inscripta no 8o pareô, des-tinado a juniors e Cg, de 4 remos, doClub do Flamengo, inscripta no 10°pareô,também para amadores juniors,Realisada essa ceremonia inicial daregata, dirigiram-se os juizes para osseus respectivos postos, ficando nopavilhão central o sr. capitão-tenenteMidosi em companhia dos secretáriosda Federação Brasileira, encarrega-dos da recepção dos convidados, jámuitos aquella hora. Pouco antes domeio dia, alinhavam-se ao signal depreparar as embarcações inscriptas no

1° pareô — Arturo Prat —Baleei-ras a 4 remos — Juniors — l.000 metros— Prêmios: medalhas de prata ebronze.

A balisa n. 1 foi oecupada porAfricana, do Club Internacional de

Regatas, a 2* por Guahyra, do GrupoGuanabara, a 3a por Vse Victis!, doClub Vasco da Gama,a 4a por Cajuense,do Club Cajuense e a 5a- por Itabira,do Club do Flamengo. Não correuGaúcha, do Club Boqueirão do Pas-seio. Ao signal de sahida, dado comode costume pelo juiz Pinheiro daFonseca, do Club de Botafogo, Gua-hyra avançou em primeiro logar, se-guida de Itabira, Africana, Vse Victis!o Cajuense. Corridos alguns metrosGuahgra, porém, arvorou por ter sal-tado uma das forquetas, empenhando-se as demais em luta renhida de quese destacaram Itabira e Africana, con-seguindo aquella a primeira collocaçãopor pouca differençn de Africana queconquistou o segundo logar. Em 3ologar chegou Vse Victis! e em 4o Ca-juense, que arvorou a cerca de 150metros das balisas de chegada.

Itabira—Flamengo— Patrão: JoséFurtado; remadores: Francisco Can-dido de Araújo, Álvaro Barcellos daCunha, Manuel Alves da Cruz Riose Pedro Telles de Menezes.Africana — Club InternacionalPatrão : Alfredo de Oliveira; rema-dores: Albano Fonseca, Gonçalo Vi-eira, Antônio Ferreira e João Piedade.O percurso deste pareô foi feitoem cinco minutos e quinze segundos,maior na verdade do que o habitual-mente dispendido em eguaes carreiras,

mas justificado pelo forte vento desudoeste que desde pela manhã sopra-va, tornando o mar pesado e encapei-lado.2o pareô — Rongagua — Canoas

a 2 remos — Seniors — 1.000 metrosPrêmios : medalhas de prata ebronze.Sete inscriptas. Alinhadas: 1 Ce/-ta, do Club Internacional, 2 Igarilé,

do Club cio Flamengo, 3 Paraguassú,do Club de Botafogo, 5 Diana e6 Car-lota, ambas do Club Boqueirlo doPasseio.

Não correram Jaculinga, do Clubde Botafogo e Marilda, do Club deIcarahy.A partida, efíectuada em boa or-dem, Diana oecupa por algum tempo

a vanguarda, seguida de Celta, Para-guassú, Carlota e Igarilé.

Alguns metros depois porém,Celta, bem remada, picando a vogaadianta-se logrando a posição deDiana. Paraguassú, também valente-mente remada, corta veloz, luetandocom Celta e Diana. Celta, porém, nãoabandona o primeiro logar, seguidade Paraguassú, que consegue avanta-jar-se a Diana. A poucos metros dasbalisas vencedoras a luta recrudesceconseguindo Celta a vantagem demais alguns metros sobre Paraguassúe cortando a linha de chegada, con-quista o triumpho deste pareô. O se-gundo logar foi mantido por Para-gua?sú, chegando Diana em 3o, Carlotaem 4o e Igarilé em ultimo.

Celta — Club Internacional — Pa-tr.io: José Ferreira; remadores: Leo-nel Borda e César Soraggi.Paraguassí —Club Botafogo—Pa-

trão ; Armando Miller, remadores •Lee King e Ii. Hime.

Tempo: 5' 58" 4/5.O 3o pareô do programma eradestinado a escaleres de 12 remos dasesquadras chilena e brasileira. Comonão tivessem ainda a essa hora, cercade uma da tarde, chegado os officiaes

chilenos, cuja presença havia sidogarantida para o brilhantismo dosfestejos, resolveu a direcçâo da regatatransferil-o, ordenando a corrida do

4o pareô —0'Higgins —Baleeirasa seis remos—Seniors—2.000 metros(com uma virada) — Prêmios : meda-lhas de prata e bronze.

Iam juntar-se ainda uma vez algu*mas das concurrentes ao Campeonatode 1901. Moema, do Club de Icarahy,Salamina, do Club de Botafogo e agloriosa Sgrtes, do Club Boqueirãodo Passeio lá estavam nas balisas 1,2 e 3 do ponto ;de partida. Estavamtambém alli na sua maioria os cam-peões do anno findo e os seus herói-cos adversários. Luiz Cunha, Francis-co de Paula Costa, Gustavo de PaulaCosta, Arthur Amêndoa, José DiasMartins e Ernani Pivatelli, os victo-riosos campeões, tinham ao seu lado,na Salamina, Armando Leite Basto,Francisco do Rego Macedo e AntônioMendes de Oliveira Castro Filho, cam-peões de 1899 e na Moema, João Ro-darte, Eduardo May eosirmáos Mafra,seus companheiros em todas as luetaspelos mais gloriosos prêmios. Eram,portanto, guárnições experimentadase temidas todas as que iam disputareste pareô, para que justamente sevoltava a attenção dos'espectadores.Da lancha dos juizes de partida parteo grito de atlenção! Todos os remosvão á proa, em movimento egual. So-fregos, esperam todos o espouco dotiro de partida. O sr. Pinheiro da Fon-seca, em rápido olhar, verifica o ali-nhamento das embarcações e logo obello Smith & Wesson detona. Sijrtcsavança logo á frente das competidorase muito certa, na soberba voga docampeão Paula Costa, desafia á lutaMoema eSalamina, que se esforçamcom galhardia porvencel-a. Perto dabalisa da primeira milha mais renhidatorna-se a luta. Sgrtes, sempre á frente,seguida de muito perto por Moema,dispõe-se á virada. Moema, em admi-ravel esforço consegue effectuar a vi-rada ao mesmo tempo que Sgrtes.Salamina, poucas remadas depois viratambém, continuando temível a luta,até perto das balisas de chegada, ondeo campeão Francisco de Paula Costa,picando a voga, em 40 remadas porminuto consegue lazer triumphar aSgrtes, cinro remadas depois seguidade Moema e onze remadas de Sala-mina.

A' brilhante luta em que heróica-mente se empenharam as guárniçõesdisputadoras deste pareô, oppoz o sud-oeste fortes obstáculos, prejudicandotempo da corrida, que foide9,46"l/5bem inferior aos dos pareôs de bale-eiras a seis remadores seniors, quetem sempre variado de8'54" a 9,21n.

Sgrtes— Club Boqueirão—Patrão';Luiz da Cunha; remadores: FranciscoPaula Costa, Gustavo Paula Costa,Arthur Amêndoa, José Dias Martins,Mano Franco e Frnani Pivatelli.

Moema—Club de Icarahy—Patrão:Joao Rodarte; remadores: Celso Ma-fra, Jorge Mafra, Alfredo Lacerda, E.May, Sylvio Rego e Carlos Lazary.5° pareô —Commandante Simpson

rJ^leeiras a 6 remos — Juniors —1.000 metros —Prêmios: medalhas deprata e bronze.

Inscriptas : Tamogo, do Club doFlamengo, Vanguarda, dó Club Vascoda Gama, Visão, do Club Internacio-nal, Salamina, do Club de Botafogo,Sgrtes, do Club do Boqueirão e Moe-ma, do Club de Icarahy. Alinhadas:Vanguarda, 2 Visão, 3 Surtes e 4Tamoyo.Não correram Salamina e Moema.Sahidas em boa ordem Tamoiio,colloca-se á testa das concurrentes,seguida de Vanguarda e Sgrtes < quelutaram com vigor para adianlar-seaquella. Tamogo, porém, remada comadmirável correcção, não abandonao primeiro logar. A luta entretantocontínua, cada vez mais forte conse-

guindo Vanguarda manter-se na se-gunda collocação. Próximo ás balisasde chegada Tamogo em voga picadaadianta-se mais alguns metros, conti-nuando Vanguarda a oecupar o 2ologar, posição em que cortam ambasa linha vencedora, seguidas de Surtesem 3o logar e Visão em 4o.

Tamogo —Club do Flamengo —Patrão, José Furtado; remadores:Francisco Cândido de Araújo, ÁlvaroBarcellos da Cunha, Manuel Alves daCruz Rios, Pedro Teiles de Menezes,Antônio Moreira Júnior e Fredericode Almeida Magalhães.

Vanguarda - Club Vasco da Gama— Patrão, A. Mesquita; remadores: A.Taveira, A. Machado, Manuel Costa,João Saliture, Vianna de Oliveira eAntônio Contins.Tempo: 445".Não só aos tripolantes da baleeiraVanguarda, mas também a vários es-

pectadores e representantes da im-prensa pareceu ter cabido a victoriadeste parco aos valentes remadores doClub Vasco da Gama.

O parecer imparcial dos honradosjuizes de chegada e a verdade photo-graphica, já conhecida pela reproduc-ção desse pareô, intencionalmentefeita no ultimo numero d'0 SportNaulico. não deixam, porém, a menorduvida sobre o brilhante eincontesta-

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SPORT NÁUTICO — Supplemento da Revista da Semana 31 de Agosto de 1902

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vel successo da baleeira Tamoyo^ doClub do Flamengo.

Em verdade, para quem se achapor occasião da regala no pavilhãocentral, nos palanques ou na amurada.em frente ás balisas, difficil será paralogo dizer com exactidio a qual dasembarcações que primeiro cortarema linha vencedora, pertence a victoriada carreira, ó aquelles quo, como osjuizes, se acharei» ao longo da linhade chegada o poderio afíírmar. Estelacto, que observámos durante n r<--gata.do_CAMPEÒ-Nato,em que á simplesvista a victoria <}«• pareôs r< nhuíos,por vezes nos parec o de c»utras cni-barcações que n-o «s enVrlixnmenlcvencedoras, parece ter motivado :isduvidas e protestos feitos depois darealização desle pareô.Corra se es.e pareô quando oelegante hiale Silva Jardim fundeounas águas de Botafogo, próximo aopavilhão tios juizes de chegada

Vinham a seu bordo os srs. tenen-tes Garay. Ruiz líameres, Ried e oaspirante íng- da divisão chilena, emcomp;mhia*.db>srs. capitão Gasparinoe Io tenente Jorge da Fonseca, dacasa hiílítardo sr. presidente da íiepü-

.blica e representantes de s. ex. O

.sr. capitão-tenente E Midosi diri-

.eiu-se momento- depois para bordodesse hiate e oiTerec -mie aos officiaeschilenos e brasileiros exemplares es-peciaes do programma da regata.communicou lhes que ia s^r corridoo páreo—Chacahl-co — E<c;ileres deguerra, 12 remos, 2 000 metros — Pre-mio : objecto de arte — Le Malelol —transferido, como já dissemos, paraquando estivessem presentes os Òffi-ciaes. chilenos;

Alinhados: I Chacabuço, do cru-zador chileno Chacabuço, 2 AlmiranteMonl, do cruzador Almirante Bar-roso, 3 Esmeralda do cruzador Âx-DRADA/e 4 Angamus, do cruzador Ta-mandaré.

Ao signal de partida Chacabuçocoiloca-se logo á frente, seguido deAngamus,Almirante Monl e Esmeralda,* que fazeni nesta ordem a virada.

Náo abandonando a frente dosdisputr.dorcs, consegue alfim Chaca-buco a victoria, seguido de Angamus.

Ein 3o logar chegou AlmiranteMonl é em 4o Esmeralda.

Tempo : 12' 50*.6o pareô —Chile e Brasil —

(honra) canoas a 4 remos — Seniors —1.000 metros—Prêmios: medalhas deouro e bronze.

Inscriptas seis. Alinhadas: 1 Tupy,do Club do Flamengo, 2 Minerva, doClub de Icarahv. 3 Ávida, do Grupode Gragoatá, 4 Ivahy. do Club Bo-queirão do Passeio e 5 Lygia. do Clubde Botafogo. Deixou de correr Beso-lula, do Club Internacional de Re»a-tas, tendo o Club do Flamengo^dcaccôrdo com a direcção da recata,substituído pela canoa Tupy a canoaCy.

Realizada a sabida regularmente,Minerva e Ivahy eollocauese á frentee depois destas Ávida, Lygia e Tupy,estabelecendo-se então luta temível. Acerca de 150 metros do vencedor, po-rém, uma lancha dirigida por umpatrào ignorante a ponto de nàoattender ás balisas demarcadoras daraia, cortou a proa das embarcaçõesdisputadoras, prejudicnndo-lhes acar-reira com as marêtas levantadas.Ivahy foi entre todas a mais preju-dicada. Nâo obstante este deplorávelincidente as guarnições redobram osesforç s e picando a voga lutam valeu-temente. Minerva e Ivahy, quasi jun-tas, empenham-se ardentemente pelavictoria, afinal conseguida por Mi-nerva, por uma remada apenas deIvahy.

Èm 3o logar chegou Ávida, em 4oLygia e em 5o Tupy, de construcçãoanterior ás das demais e por conse-guinte de menor sesruimento.

Minerva—Club lcarahy— Patrào,Aluzio Torres: remadores: Celso Ma-fra, Jorge Mafra, Sylvio Rego e Jor«?eMirandola.

Ivahy — Club Boqueirão do Pas-seio — Patrào: Lurz Cunha; remado-res: Francisco dePauIa Costa,Gustavo

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de Paula Costa, Arthur Amêndoa eJosé Dias Martins.Tempo 4' 46" 3[I0.Io pareô - Germax Riesco — Ba-leeiras de guerra a cinco remos—2.000

metros — Prêmio: ohjectos de arte —Mousse siffleur.

Tomaram parte neste pareô trêsbaleeiras da marinha chilena: Sim-pson, do destroyer Sampson. MerinoJarpa e O' Brien, do destroyer CapitemO'Brien. Depois de forte luta conseguetriumphar 0' Brien, cuja primeira col-locação nào pôde desde a sahida serprejudicada por Merino Jarpa. que adisputava com ardor. O' Brien venceupor duas embarcações de MerinoJarpa e cerca dr- quatro de Simpson.

Tempo 7' 10".8o pareô — Maypó, (honra; Canoas

a dous remos—Juniors—1.000metros— Prêmios: medalhas de ouro ebronze.

Inscriptas: ígarité, do Club Fiamengo. Velox, do Club Vasco daGama, Celta e Buth, do Club Inter-nacional de Regatas, Garça, do GrupoGuanabara. Flor. do Club Cajuense,Diana e Carlota, do Club Boqueirãodo Passeio. Paráguassú, do Club Bo-

.tafogo e Marilda. do Club de Icarahv.Alinhadas: 1 Velox.'2 Igarilé.3 Marilda,4 Diana. 5 Celta, 6 Paráguassú e 7Garça.

Não correram Buth, do Club In-ternacional, Flor, do Club Cajuense eCarlola.do Club Boqueirão do Passeio.Envolvidas desde a sahida em lutarenhida, difficil foi até mais de meiaraia qualquer previsão de triumpho.que parecia, pelo ardor da disputa,caber a todas as çòncúrrentès a estepareô de honra. Velox. porém, arvo-rava e Paráguassú, ígarité e Garçadestacavam-se continuando em fortepeleja. A poucos Dietros do vencedorParáguassú, remada com extraordi-naria perícia, conseguia firmar defi-nitivamente o seu triumpho e emboraseguida de muito perto por ígarité,não desanimava entrando no vencedortrês remadas avante da sua temívelcompetidora.

Em 3o logar chegou Celta, do ClubInternacional; em 4o Garça, do GrupoGuanabara ; em 5o Diana, do ÕüfrBó'-queirão ; em 6° Velox, do Vasco daGama e por ultimo Marilda. do Clubde lcarahy.

Paráguassú — Club Botafogo—Pa-trào Armando Miller: remadores: Ma-rio Castro e Pedro Mascarenhas.

Igarilé — Oub do Flamengo —Pa-trào, José Furtado: remadores: An-tonio Moreira Júnior e Frederico deAlmeida Magalhães.

Tempo : 5'5 •".9o pareô—Federação Brasileira

das Sociedades do Remo — Baleeirasa 4 remos — Seniors — 2.000 metros —Prêmios: medalhas de prata e bronze.

Estavam inscriptas Africana eLeviana, do Club Internacional deRegatas e Gaúcha, do Club Boquei-rào do Passeio. Leviana, deixava deconcorrer, apresentando-se á disputaapenas Africana e Gaúcha. Apezar deinferir em construcção á sua compe-tidora e patronada por um estreante.Gaúcha arrancou á frente, seguida deAfricana que lutava por passar-lhe áproa. Na balisa de meia milha, che-gavam ambas ao mesmo tempo e em-quanto Gaúcha virava na respectivabalisa. Africana effectuava também avirada numa das balisas de cerca, naextremidade da cabeceira. Africanacorria, entretanto, á frente de Gaúchae se bem que por diminuta difterençaconseguia chegar assim ao vencedor.Cm boletim dos juizes de raia. entre-gue á direcção da regata, aecusavaporém a irregularidade da virada deAfricana. Communieado este facto áFederação Brasileira, foi elle submet-tido á apreciação dos representantesdas sociedades federadas que em ses-são de 20 do corrente resolveram, porproposta do sr. dr. Santos Silva, doClub do Boqueirão, considerar vicio-riosã a baleeira Africana, multandoentretanto o seu patrào em eincoentamil réis.

Africana, do Club Internacionalde Regatas, toi patronada pelo sr.

Manuel Pinto Bernardo e remadapelos amadores: Lopes de Freitas,Luiz Couceiro, Leonel Borda e CésarSoraggi.

Gaúcha. — Club do BoqueirãoPatrào, Cândido da Cunha; rema-dores: Mario Franco. Ernani Pivatelli,Manuel da Silva Rebello e AbrahãoSaliture.

Tempo : lu' 5"'.O ultimo pareô desta regata foi

corrido ao escurecer, com pequenaassistência. O bello hiate Silva Jardimdesapparecia entre os morros da Viuvae da Urca, quando esponcou o signalde preparar para o 10? pareô — Es-meralda — Canoas n 4 reinos—Juniors1.000 metros— Prêmios : medalhasde prata e bronze.

-Vas balisas de partida alinha-ram se: 1 Eleclra. do Club Cajuense,2 Ivahy. do Club Boqueirão do Pas-seio. 3 Violeta, do Club Vasco daGama, 4 Gilda. do Grupo Guanabara.5 Tupy, do Club Flamengo. 6 Vedeta,do Club Vasco da GamaT 7 Minerva,do Club de lcarahy e 8 Lygia, do Clubde Botafogo. Não' correram: Cy, doClub Flamengo e Sparta. do Club In-ternacional.

A direcção da regata consentiuem que tripolassem a canoa Tupy. doClub Flamengo, os remadores ins-criptos neste pareô na canoa Cy. domesmo club, sendo a Tupy assimguarnecida : Patrào, José de BarrosMadureira; remadores: Antônio Mo-reira Júnior. Pedro Trefdler, ManuelAlves da Cruz Rios e José Coelho deCarvalho.

A victoria deste pareô, que foidisputado com galhardia, coube me-recidamente ení Io logar a Lygia eem 2o a Minerva.

Em 3o chegou Vedeta, em 4o Ivahy,em 5o Gilda, em 6° Tupy e em 7o Eleclra.

Lygia — Club de Botafogo — Pa-trào, Armando Miller; remadores:Mario Castro, Pedro Mascarenhas,Souza Ribeiro e Paulo Kastrup.

Minerva — Club de Icarahv — Pa-trão, Augusto Porto; remadores:Stuart Campbeel, Luiz Costa, RenatoCosta e Monteiro de Oueiroz.

^Tempo: 1' 36,? 1/5..""^l's'6 horas da tarde Terminava aregata ao espouco alegre de salvas eao som das bandas de musica de ma-rinheiros naçionaes e do regimentde cavallaria da brigada policial, quedurante a corrida dos pareôs tocaramnos coretos erguidos ao lado das ar-chi bancadas.

Para o brilhantismo dessa masmi-fica festa, de que a Federação Bra-sileira se deve orgulhar, muito con-correu o Club de Natação e Regatas,que.deixando de prestar o valioso con-curso das suas gloriosasguarnições.por estar em vésperas a commemòra-ção do triumpho da Yole Nalação.yen-cedora do Campeonato, fez apresen-tar-se nas águas de Botafogo a suapoderosa esquadrilha e o seu brilhantecorpo de remadores em 1° uniforme.

Cerca de 2 horas da tarde encerouá enseada a esquadrilha do Club" deNatação e Regatas, composta das ba-leeiras, a 12 remos Guanabara, capi-tanea; a 6 remos Troya e Hercilia: a4 remos Tosca e Bohemia: canoas a 4remos Cecy e da Yole-gig a 2 remosMe deixe.

Entrando enfileirada pelas balisasde partida, os barcos a boreste unsdos outros, a esquadrilha dirigiu-se aoSilva Jardim onde,á voz de commandodo sr. Álvaro Bastos, director de rega-tas, que ia a bordo da capitanea. levouremos ao alto em comprimento aosque estavam a bordo do hiate.

Approximando-se depois a Guana-bara ao portaló de BB. desembarcouuma commiskào, que fez entrega aosofficiaes chilenos, acompanhada debreves palavras de offerta, pronuncia-das pelo sr. Montes, presidente doGhib Natação e Regatas, que estava abordo, de artística corbeüle de electropldte repleta de flores naturaes. tendo,gravada no metal, a dedicatória comolembrança do Club aos ofticiaes daesquadra amisra.

Regressando a commissão á Guana-bara, foram novamente levados remos

ii

ao alto, sendo erguidos muitos vivas,enthusiasticaroente correspondidos, efazendo ainda a esquadrilha algumas-evoluções ao redor do hiate, retirou-se depois.

ESTATUTOSDA

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS SOCIEDADESDO REMO

CAPITULO IVDAS SESSÕES

Art. 23. O Conselho da Federa-ção reunir-se-á semanalmente naépoca official das regatas e mensal-mente fora dessa época.

Art. 24. Para que o Conselhopossa reunir-se em sessão é neeessa-rio estar presente a metade e maisum dos seus membros.

Art. 25. Não havendo numeronecessário para realizar se a sessãode accõrdo com o artigo anterior*será convocada nova sessão, que func-cionará com um terço pelo menos dosmembros da Federação.

CAPITULO Vdisposições geraes

Art. 26. Em todas as regatas rea-lizadas sob o regimem da Federaçãopoderão tomar parte amadores e pro-ficionaes.

São considerados amadores:1.° Todas as pessoas que, por pra-zer ou divertimento, nunca com o fim

lucrativo, se entregam ao exercíciogymnastico do remo.

2.° Os officiaes da marinha deguerra, effectivos ou reformados e declasses annexas, os capitães de longacurso e os alumnos da Escola Naval,quando correrem em pareôs de ama-dores.

Nào são amadores:1-° Os que tenham corrido em

regata por prêmio em dinheiro.2.° Os remadores de profissão,marinheiros, catraeiros. barqueiros,

canoeiros. pescadores de profissão,mestres de embarcações de trafego,guardas e empregados de barracõese casas de banhos, construetores debarco_og,or profissão, prnfessones deremo assalariados, criados de hotéis,botequins etc. emfim todas as pes-soas que tiram ou tiraram os meiosde subsistência de qualquer profissãomanual ou braçal.

3.» Os remadores que tenham to-mado parte em pareôs de profissionaes.4.° Os que pertencerem a qualquerSociedade suspensa pela Federaçãoou forem expulsos das mesmas.

5.° Nas regatas internacionas osremadores que~em seu paiz não sejamconsiderados amadores.

Art. 27. As resoluções do Conselhosào terminantes e nào admittemappellação ou contestação desde quesejam tomadas em sessão e de accõrdocom os Estatutos.

Art. 28. Todas as resoluções doConselho serão notificadas ás Socie-dades Federadas por seus represen-tantes. exceptuando-se aquellas quopor sua natureza exijam correspon-dencia official.

Art. 29. Ao sócio expulso de umaSociedade Federada cabe recurso ao-Conselho para sua admissão em outraqualquer Sociedade da Federação.

(Continua).*

NOTIGIAfjIOISENÇÃO DE DIREITOS

Teve parecer favorável a emendaapresentada pelo laborioso deputado-bahiano sr. João Neiva no orçamen-to da receita,afim de que seja isento»

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31 dí Agosto de 1902 SPORT NÁUTICO - Supplemento da Revista da Semana 55 I

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de direitos o material de regatas ser attendida pela Gamara. Receia- cios de subvenção e prêmios aven- nos dá a esperança deferem dentroimportado do estrangeiro para uso mos, porém que nào- sirva ella senão lados não só no Congresso como no em pouco resolvidas essas medidasexclusivo, as Sociedades Fetoadas. para demonstrar a bôa vontade de Conselho Municipal. de proteccão á canotagem, que bemA palnolica idea do deputado uns tantos a quem o sport de rega- Em todo o caso,o interesse sobe- a merece, pelos benéficos serviçosJoão Neiva^que encontrou o apoio da Ias merece esforços e dedicação, jamenle demonstrado pelo governo prestados a educação phvsica po-commissão do orçamenlo,e digna de como tem acontecido com os proje- pelo desenvolvimento desse sport pular

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56 SPORT NÁUTICO — Supplemento da Revista da Semana 31 de Agosto de\ 1902

CLUB DE NATAÇÃO E REGATAS

O Club de Natação e Regatascommemorou domingo ultimo asglorias alcançadas pela perita guar-nição da sua elegante yole-francheno Campeonato do anno actual. Co-incidiu com essa commemoração aentrega do diploma de Campeões doremo aos srs. Álvaro Bastos, patrão •Hanns Binder, Albano Pereira, JoãoGuimarães, Guilherme SoumaineAlfredo Maldonado, Joaquim Gon-çalves Barbosa, João José Teixeirae Carlos de Castro, que compunhama guarnição vicloriosa, e do bellobronze Sauveteur, de Boíill, prêmioperpetuo do Campeonato do Rio deJaneiro, cuja detenção pertence aoClub de Natação e Regatas, em vir-tude do glorioso successo daquellesremadores. A ^entrega destes pre-mios de honra, feita em sessão so-lemne da Federação Brasileira dasSociedades do Remo, presidida peloseu presidente, sr. capitão-tenenteEduardo Ernesto Midosi, foi seguidada distribuição das medalhas deouro conferidas aos vencedores doCampeonato e do ofíerecimento doelegante bronze destinado á socie-dade vencedora, pelo exmo. sr. mi-nistro da marinha. Esta solemni-dade foi brilhantemente festejadapela digna directoria do Club deNatação e Regatas com uma mati-née esmeradamente organisada poruma commissão, composta dos srs.Annibal Medeiros, presidente; An-tonio Lago, Pedro Ribeiro, EugênioReis, Álvaro de Castro, dr. SamuelPontual, Arthur Lima e José Aze-vedo, a fiuem cabe grande porçãodos elogios que bem mereceu a bri-lhante festa de domingo. A orna-mentação da garage, feita com rarogosto, é uma prova segura do capri-cho que essa commissão pôz nodesempenho da sua incumbência.

O sr. presidente da Republica,acompanhado do seu secretario, sr.dr. Triomaz Cockrane e do sr* capi-tão-tenente Cunha Motta, da suacasa militar, assistiu á solemnidadeentregando á directoria do Club deNatação o bronze premiador do Cam-peonato e distribuindo pelos tripo-lantes da yole-franche Natação asmedalhas por elles conquistadas,proferindo phrases de animação eapplauso aos esforços do Club deNatação e Regatas pelo desenvolvi-mento physico da juventude brasi-leira e garantindo'o seu interessepelo progredimento da canotagementre nós.

; Depois de ter, em luxuoso álbum,deixado sua assignatura, o sr. presi-dente da Republica percorreu asdependências do Club, retirando-seem seguida, acompanhado até oportão por todo os presentes e comtodos as formalidades da chegada.

Foi então franqueado aos convi-dados o álbum a que acima nosreferimos e em que todos deixaramsuas assignaturas.

Esse álbum, que é coberto de se-tim verde e amarelho, tem ao centro,entrelaçadas, as bandeiras do Clube da Federação e as palavras Cam-peonato de 1902.

Pelos representantes do Grupode Regatas Gragoatá,srs. Leite Men-des, AíTonso Velloso e Murtinho, foientregue ao Club artístico brinde,homenagem do mesmo grupo. Cons-titue esse brinde lindo estojo de se-tim vermelho, forrado de setimbranco, encerrando artística ban-deira, em miniatura, com o compe-tente mastro, em prata, tendo aocentro as iniciaes, entrelaçadas, do

club. Ao alto da bandeira lê-se apalavra Natação e em baixo a dedi-cotoria: Saudações do Grupo deRegalas Gragoatá, finamente cinze-lada.

Em luxuosa sala foram depoisexpostos todos os brindes do Club.Ao centro, em rica peanha, o bronzede Bofill ladeado pelas peanhas como bronze oíTerecido pelo sr. ministroda marinha e os demais já existentesno Club.

i\a sala da secretaria foi servidoaos convidados officiaes profusolunch, tomando logar á mesa, entreoutras pessoas, os srs. capitão-te-nente Midosi, Leite Mendes, AífonsoVelloso e Murtinho, representanlesdo Grupo de Regatas Gragoatá;Eduardo May, do Club Icarahy;Pereira da Cunha,do Flamengo;Arthur Ferreira e Arthur Pinto, doBoqueirão ; Couto Sobrinho, doGuanabara; Rocha e Silva do Caju-énse; representantes do Velo-Club eimprensa.

Ao champagne iniciou a serie debrindes o sr. capitão-tenente Midosi,seguindo-se-lhe o dr. Montes, o sr.Franklin Dutra, Waldemiro Speri-dião, que brindou a imprensa,brindeeste correspondido pelo sr. JorgeSoares,, da Noticia, que saudou oscampeões de 1902.

Fallaram ainda os srs. ArthurLeitão, Baldomero Carqueja e o dr.Montes, que levantou o brinde dehonra ao sr. presidente da Repu-blica.

Durante o repasto começavam nopavimento térreo da garage, trans-formado em lindo bosque, as dansasque animadas desdobraram-se pelanoite em fora e com calor tal quenem a retirada da banda de musicade marinheiros nacionaes desanimouos alegros pares, que continuaram adansar ao compasso de um piano.Os gentilissimos directores e so-cios do Club de Natação nada es-queceram para a delicia dos seusconvidados. Não só o sr. presidenteda Republica como os membros daFederação Brasileira, foram recebi-dos na garage por uma salva detiros e ao som cio hymno nacional ede marchas alegres.

A festa de domingo, com o tersido deslumbrante comprovou a sym-pathia e consideração que o acredi-tado Club de Natação merece dassociedades de regatas e da popula-ção carioca.

O Club de Regatas Vasco daGama, em homenagem á victoria doClub de Natação, hasteou no tope doseu mastro a bandeira dessa socie-dade, salvando com 21 tiros por oc-casião da entrega dos prêmios aoscampeões de 1902.

gata motivou o forte sudoeste quecahiu durante aquelle dia, damosabaixo interessante estatistica dotempo dispendido em egual percursonos pareôs mais importantes de re-gatas, realizadas durante o períodonáutico do anno findo.

Assim, os pareôs foram corridospor

Seniors— Canoas de 4 remos— 1.000

metros —Em 1901 —Na regata doClub do Boqueirão, em 16 de junho,em 4'15".

Na do Club de Natação, em 21de junho, em 4' 1".

Na do Campeonato, em 25 deagosto, em 4' 17 1|2 segundos.

Na do Club Vasco da Gama, em6 de outubro, em 41 10".

Em 1902—Na rebata do Clubdo Flamengo, em 8 de junho, em4' 9" 3j5.

Na do Campeonato, em 10 deagosto, em 4' 20".

Na regata em homenagem á es-quadra chilena, em 17 de agosto, em4' 46" 3t10.

Baleeiras de 4 remos — 2.000metros—Em 1901—Regata doClub Boqueirão do Passeio — 9 '50".

Regata do Club de Natação--9minutos.

Regata do Campeonato — 9'55".Regata do Club Vasco da Gama

— 9' 58".Em 1902 — Regata do Club do

Flamengo 9'44"2|5.*. Regala do Campeonato —9' 55" 3p

Regala em honra ao Chile—10' 4".Na regata do Campeonato de 1902

a baleeira Afaicana, á falta de com-petidora, percorreu apenas a raia.

Baleeiras de 6 remos — 2.000metros—Em 1901 — Regala do ClubBoqueirão—8'54".

Regata do Club Natação — 9#Y.

Regata em honra ao Ghile-4-4'45", Gomo se vê, ha não pecjüdha díf.

ferença entre o'tempo dispendidonas regatas anteriores e p regijstradona ultima regata

UM FACTO LAMENTÁVEL

Duvidas motivadas pelo resultadoaliás para logo provado,"dè um dospareôs da regata promovida pela Fe-deração éín homenagem á officiáli-dade chilena, deram logar a protestosvioleritóo de amadores que se nãoconformavam com o parecer dosjuizes de chegada. Bem sabemos nâomarcarem esses protestos um casoisolado no histórico das nossas re-gatas. .

Mas nem por isso deixamos delamentar que tão pequeno facto pro-vocasse protestos feitos por formaque nào abona os créditos de civilisa-dos de alguns amadores de regatas, etanto mais extranhaveis por ser a suaautoria accusada aos socios^dò ClubVasco da Gama, Onde sabemos exis-tir a mais exácta comprehensão dedisciplina e um grande amor pelacanotagem. E para que com a repro-ducção de tão vergonhosas scenas nãose transformem as alegres festas aborda d'agua em troças boçaes des-dobradas entre chufas soezes e gritosobscenos, terminados tragicamente,chamamos para ellas a attenção dosmembros da Federaçno e dos dignosdirectores do Club Vasco da Gama,certos de que serão dadas providen-cias que expurguem as nossas garages,compostas de rapazes na sua ma/orporç>o responsabilisados por concei-tuados nomes de familia e represen-tantes de classes grandemente dis-tinctas, da convivência annulladora .de capadocios mal educados.

Regata Campeonato —9T"

CLUB DO FLAMENGO

Por accordo unanime dos seussocios,resolveu a direcloria do Clubde Regatas do Flamengo, reunidaem assembléa geral extraordináriaa 22 do corrente, elevar a I0$000 aconiribuição com que os seus asso-ciado mensalmente concorrem parao desenvolvimento dessa querida eadiantada sociedade de regatas.

O TEMPO DOS PERCURSOS NAS REGATAS

Para demonstrar o prejuizo queao percurso das embarcações quedisputaram os pareôs da ultima re-

do(Campeonato)

Regata do Club Vasco da Gama9'21".Em 1902 — Regata do Club do

Flamengo — SWS/õ.Regata do Campeonato — 81541Regala em honra ao Chile —

9'46"l/5.Juniors

Canoas de 4 remos—1.000 me-tros —Em 1901—Regata do Clubdo Boqueirão —4T8".

Regata do Club de Natação —4'9".

Regala do Campeonato — 4'40".Regata do Club Vasco da Gama4'30".Em 1902 —Regata do Club do

Flamengo — 4Tl"2/5Regata do Campeonato—4,17"3/5Regata em honra ao Chile —

4'36"l/5.Baleeiras de 4 remos — 1.000

metros — Em 1901—Regata do Clubdo Boqueirão — 4W\

Regata do Club Natação —4'32"Regata do Campeonato—4,49".Regalado Club Vasco da Gama—

5'15".Em 1902—Regata do Club do Fia-

4'31".Regata do Campeonato—^fr^/ôRegata em honra ao Chile —5T5"

Baleeiras de 6 remos — 1.000metros—Em 1901 — Regata do Clubdo Boqueirão —4T0".

Regala do Club Natação —4,9"Regala do Campeonato 423".Regata do Club Vasco da Gama4,30".Em 1902 —Regala do Club do

Flamengo —4T2"2/5Regala do Campeonato —

425*7/10

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O CASO DA «AFRICANA»

Por uma resolução recente daFederação Brasileira foi consideradavencedora do décimo pareô da ultimaregata a baleeira Africana, do ClubInternacional de Regatas.

Por mais que nos. mereçam asdecisões da Federação Brasileira, to-maremos sempre a liberdade de lem-brar aos illustrados directores dacanotagem que o reconhecimento davictoria de uma embarcação importanâo só na convicção da sua triumphan-te collocação, mas ainda da regulari-dade da sua carreira. Confirmado oprimeiro logar de Africana, desappa-recia a nosso vera razúo da multa, sóadmissível em tratando-se de infracçãodo código de regatas. A approvaçnodessa multa leva nos, no emtanto, aacreditar que a Federação reconheceuque a corrida de Africana não foieffeetuada de accordo com o precei-tuado nas leis reguladoras da canota-gem.

Não quer isto dizer que duvidemosdo glorioso successo dos tripolantesda Africana, merecedores da conside-ração em que os temos, nem envolveeste commentario a mais leve censuraá respeitável deliberação da FederaçãoBrasileira.

Estranhamos apenas que se con-sidere victoriosa uma guarnição im-pondo-se-lhe ao mesmo tempo umapena máxima por infracção regula-men lar.

CALENDÁRIO NÁUTICOOUTUBRO

12 — Federação Brasileira dasSociedades do Remo e Club Vascoda Gama—campeonato do remador— taça sul america e regata re-gional.

anno iii—k. 120 domingo, 3l de agosto kumcio : 3oo...

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