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Anexo 1 A – Avaliação dos Solos

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Confidencial 28/11/2006

ANEXO 1A

AVALIAÇÃO DOS SOLOS DO BAIXIO DE IRECÊ - MARGEM ESQUERDA DO RIO VERDE (QUADRANTE NORTE) E MARGEM DIREITA DO RIO VERDE (PARTE DO QUADRANTE NORTE) 1. Introdução A MAGNA – ENGENHARIA LTDA executou a revisão dos trabalhos de Solos e Classificação de Terras para Irrigação das Áreas Norte das margens direita e esquerda do Rio Verde do Projeto Baixio de Irecê. A revisão teve por base os levantamentos de Reconhecimento e Detalhado de Solos e Classificação de Terras para Irrigação; o Estudo das Condições de Drenabilidade Subterrânea das Áreas Irrigáveis; Condições de Irrigabilidade dos Solos – Cambissolo vértico Setor A-5; e Revisão das Classes de Terras para Irrigação, segundo os critérios de Drenabilidade Definidos pela CODEVASF. Os três (03) primeiros trabalhos efetuados para CODEVASF e os dois (02) últimos realizados pela própria CODEVASF. Para tanto foi executada uma minuciosa avaliação das unidades de solos mapeadas e as classes de solos correspondentes a cada unidade, bem como as correspondentes classes de terras para irrigação. Foram levados em consideração os dados obtidos nos diversos trabalhos, com análise crítica e os critérios de uso, conforme estabelecidos na época de realização dos mesmos. A área estudada soma 71.398,81ha, sendo 51.572,35ha na margem esquerda e 19.826,46ha na margem direita do Rio Verde. Como resultado dessa avaliação foram elaborados a partir dos mapas existentes, dois mapas esquemáticos em escala 1:50.000, sendo um de Solos e outro de Classificação de Terras para Irrigação e um Relatório no qual se faz um histórico dos trabalhos, uma descrição sucinta dos Solos e Classes de Terras para Irrigação, áreas em hectares e porcentagens em relação a área total, correlações Classes de Terras x Solos e a conclusão dos trabalhos com as recomendações. Sendo consideradas como irrigáveis (Classes 2, 3 e 4) 46.217,35ha (64,73%); temporariamente não irrigáveis (Classe 5) 5.638,19ha (7,90%) e não irrigáveis 19.543,27ha (27,37%). Ao longo do trabalho também foi discutida a evolução dos conceitos, irrigável; temporariamente não irrigável; e não irrigável, a luz das evoluções tecnológicas como, por exemplo, dessalinização e dessodificação de solos, retornando-os as condições de irrigáveis e a conceituação cada dia mais em voga do caráter solo principalmente como suporte e secundariamente como fornecedor de nutrientes à planta.

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2. Histórico A área está localizada nos municípios de Xique-Xique e Itaguaçu na parte norte das margens esquerda e direita do Rio Verde da área anteriormente estudada. Faz parte de uma área bem maior que abrange também os Quadrantes Sul das margens esquerda e direita do Rio Verde e parte do Quadrante Norte da margem direita do Rio Verde. Em toda área foram feitos Levantamento de Reconhecimento de Solos e Classificação de Terras para Irrigação (1979/80), Levantamento Detalhado (1987/88) e estudo de drenabilidade (Estudos das Condições de Drenabilidade Subterrânea das Áreas Irrigáveis – 1981). Todos os trabalhos foram executados conforme as normas e especificações prescritas pela CODEVASF e aprovados pela mesma. Do estudo de drenabilidade constam também os seguintes levantamentos básicos: Geologia, Hidrogeologia, Hidrometereologia, Qualidade da Água para Irrigação, Condutividade Hidráulica dos Solos e do Maciço Rochoso e Testes de Percolação Vertical em Módulos de 25mx25m. Esses estudos compõem os Volumes II a VIII do estudo de drenabilidade. Os Volumes I e IX, tratam respectivamente da drenabilidade (com base nos estudos realizados) e dos Poços de Observação feitos na área. O Volume X é composto de mapas de temas que abrangem o trabalho. A descrição do meio físico, se encontra nos trabalhos executados, inclusive os temas Vegetação, Solos e Relevo, que também fazem parte da descrição do meio físico do Relatório Geral do Levantamento Detalhado de Solos e Classes de Terras para Irrigação. A área, que será objeto de análise, soma 71.398,81ha, sendo 51.572,35ha no Quadrante Norte da margem esquerda do Rio Verde e 19.826,46ha em parte do Quadrante Norte da margem direita. Os trabalhos foram iniciados em 1979 com o levantamento de Reconhecimento de Solos e Classificação de Terras para Irrigação das Áreas A e B situadas respectivamente nas margens esquerda e direita do Rio Verde, abrangendo uma área total de cerca de 330.000ha. Foram mapeados basicamente os seguintes solos: Latossolos, Podzólicos, Planossolos, Cambissolos, Vertissolos, Litossolos e Areias Quartzosas. Os Latossolos, os Podzólicos e as Areias Quartzosas são de um modo geral produtos da cobertura pedimentar. Os Cambissolos e os Vertissolos são originários do Calcário Caatinga e mais raramente do Bambuí, sendo que os Cambissolos Vérticos e Planossolos podem apresentar um horizonte superficial de origem eluvial ou produto da cobertura pedimentar. Do ponto de vista de Classificação de Terras para Irrigação, grandes áreas contínuas de Vertissolos foram considerados irrigáveis, devido a experiência do Projeto Tourão. Outras áreas porém em situação abaciada ou com risco de inundação não foram mapeadas como irrigáveis, sendo classificadas em 5 (opcional) e 6 (não irrigável). Os Cambissolos mais profundos foram considerados irrigáveis, os demais, de acordo com a situação e profundidade (considerada na época <60cm) foram classificadas também em 5 e 6. Os solos arenosos (Areias Quartzosas), os Litólicos e os Planossolos foram considerados como não irrigáveis (Classe 6). Vale ressaltar que com a adoção de novas tecnologias, principalmente a fertirrigação, as Areias Quartzosas não

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são mais enquadradas na classe 6, pois tem se obtido excelentes resultados nesses solos e podem ser classificadas como 4 (classe especial). Em função da grande área irrigável no Baixio de Irecê, a CODEVASF licitou e contratou pela primeira vez um estudo de drenabilidade para uma grande área. Fizeram parte deste trabalho uma grande equipe técnica multidisciplinar, composta de geólogos, pedólogos, hidrólogos, especialistas em hidrometereologia, drenagem, física de solos, químicos para análises de água e solos, perfuração de poços profundos, além de consultores independentes nas áreas de irrigação e drenagem. Tendo trazido, inclusive, para orientar o trabalho Dr. James Luthin (Universidade de Davis, na Califórnia), engenheiro especialista em drenagem de renome internacional, recomendado pela CODEVASF e pela FAO e que foi de fundamental importância para o desenvolvimento e conclusão dos trabalhos, visto que a experiência brasileira em estudos de drenabilidade para grandes áreas era praticamente nula e se limitava apenas a fazer testes de infiltração e condutividade hidráulica na presença e ausência do lençol freático. Os trabalhos foram desenvolvidos conforme normas, especificações técnicas da CODEVASF e recomendações oriundas das diversas reuniões entre a equipe técnica da consultora e da CODEVASF da qual faziam parte entre outros um engenheiro da FAO especialista em drenagem e técnicos da CODEVASF, também especialistas em drenagem e disciplinas afins. Esse trabalho apresentou, entre outras, as seguintes conclusões e recomendações: a) uma grande área de Cambissolos Vérticos ocorre na margem esquerda do

Rio Verde (especialmente no quadrante Norte). Estes solos não deveriam ser irrigados até que procedimentos de manejo fossem desenvolvidos;

b) a irrigação nos Vertissolos não contribuirá para formação do lençol freático devido sua baixa permeabilidade. Entretanto, o lençol freático se elevará sob os Vertissolos devido à irrigação nas áreas circunvizinhas. Este lençol freático possivelmente será controlado pelos drenos do projeto na área e por drenos parcelares instalados em áreas adjacentes. O lençol freático não será, portanto, um problema na área de Vertissolo; e

c) a drenagem superficial será necessária nos Vertissolos. Em 1987 a CODEVASF licitou, contratou e aprovou o levantamento detalhado de solos e classificação de terras para irrigação do Baixio do Irecê. O trabalho foi efetuado dentro das normas e especificações técnicas da CODEVASF, vigentes na época do contrato, onde solos com mais de 60cm de profundidade eram considerados irrigáveis. Vale ressaltar que um dos problemas que precisa ser solucionado pelas “contratantes” se refere às especificações técnicas para classificação de terras para irrigação. Um dos exemplos é a classe 5, ela é uma classe que não é usada nos trabalhos detalhados e em alguns casos até nos trabalhos de semidetalhe. Só é usada nos trabalhos mais generalizados. Em seguida deve haver uma definição de acordo com estudos de engenharia, economia, etc. ou no caso de recuperação de solos, após este processo. Ou seja, após estes estudos deve-se ter uma definição se as terras serão classificadas como irrigáveis ou não irrigáveis (6), considerando-se é claro que

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nível o tecnológico da época seja o mesmo, o que nem sempre acontece, pois com o tempo são desenvolvidos técnicas, experimentos etc. de uso de terras que antes não eram consideradas irrigáveis como Areias Quartzosas, e, entretanto, hoje são irrigáveis, e casos como alguns Cambissolos e Vertissolos que deveriam ser classificados como 5, não o foram, pois no levantamento detalhado se é obrigado a fazer uma escolha, mesmo que não se tenha dados técnicos suficientes para respaldar essa escolha. Pior é que a CODEVASF, como não é um órgão de pesquisa, no caso do Baixio de Irecê não seguiu as recomendações do estudo de drenabilidade contratado por ela mesma, ou seja: não implementou os projetos pilotos para desenvolver procedimentos de manejo, nem levou em conta as recomendações para as áreas que seriam “as últimas áreas a serem irrigadas após procedimentos de manejo anteriormente testados”. Dessa maneira algumas áreas podem ser consideradas irrigáveis ou não irrigáveis, com base em teorias empíricas (até pitorescas) ou em observação de projeto de irrigação com manejo totalmente inadequado, ou com influência fatores alheios a irrigação e ao solo. Em dezembro/99 a fevereiro/00, em função de encharcamento e inundação provocados pelas chuvas nesse período, durante a operação dos projetos Nupeba e Formoso A, alguns Cambissolos Vérticos, Vertissolos e Podzólicos foram descartados desses projetos, segundo a CODEVASF, devido às condições impróprias de drenabilidade. Com base nas “experiências” obtidas nos projetos Formoso A e Nupeba, a CODEVASF estabeleceu que a classificação de terras para irrigação deveria levar em consideração os critérios de drenabilidade definidos no trabalho Requisitos Complementares para Classificação de Terras para Irrigação, primeira aproximação, fevereiro/20001 – CODEVASF. Com base nesses critérios foi feita uma reavaliação na classificação de terras para Irrigação no Baixio de Irecê. Em função dos novos critérios foram descartados de uma área de 132.374ha um total de 35.811ha (27%) sendo 18.656ha do Quadrante Norte e 17.155ha do Quadrante Sul ambas de margem esquerda do Rio Verde conforme tabelas seguintes:

*Tabela 1 – Resultados das Etapas 1B, 2, 3, 4, 5 e 6

Classes de Drenabilidade Boa a restrita Pobre Crítica Etapa

Área (ha)

Unidades Pedológicas Dominantes Irrigável Dependente Não

Irrigável

1A 5.463 Vertissolos, Cambissolos Vérticos Planossolos e Podzólicos

4.723 - 740

1B 9.042 Vertissolos, Cambissolos Planossolos, Tb Eutróficos 2.956 - 6.086

2 6.512 Cambissolos Vérticos e Podzólicos 2.487 1.968 2.057

3 7.996 Cambissolos Vérticos, 1.744 4.656 1.596

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Podzólicos Cambissolos Tb Eutróficos

4 7.142 Cambissolos Vérticos, Latossolos Podzólicos 4.987 - 2.155

5 10.865 Cambissolos Vérticos, Latossolos, Podzólicos, Cambissolos Tb Eutróficos

6.426 - 4.439

6 5.319 Cambissolos Vérticos Latossolos, Podzólicos 3.736 - 1.583

TOTAL 52.319 27.059 6.624 18.656 * Área situada à margem esquerda do Rio Verde (Quadrante Norte)

**Tabela 2 – Resultados das áreas ao Sul do Projeto

Classes de Drenabilidade Crítica Boa a

restrita Pobre Substrato calcáreo Folha

Área (ha)

Unidades Pedológicas Dominantes

Irrigável Dependente

Dependente

Não Irrigável

11 1.710

Cambissolos Vérticos, Podzólicos, Latossolos, Cambissolos Tb Eutróficos, Vertissolos

412 1.038 - 260

12 1.795

Cambissolos Vérticos, Podzólicos, Latossolos, Cambissolos Tb Eutróficos, Vertissolos

1.013 - - 782

15 17.373

Cambissolos Vérticos, Podzólicos, Latossolos, Cambissolos Tb Eutróficos, Vertissolos

10.712 1.324 1.246 4.091

16 14.152

Cambissolos Vérticos, Podzólicos, Latossolos, Cambissolos Tb Eutróficos, Vertissolos

11.223 - - 2.929

19 5.203

Cambissolos Vérticos, Podzólicos, Latossolos, Cambissolos Tb Eutróficos, Vertissolos

12.592 466 6.137 5.491

20 14.766

Cambissolos Vérticos, Podzólicos, Latossolos, Cambissolos Tb Eutróficos, Vertissolos

5.012 - - 190

22 24.686

Cambissolos Vérticos, Podzólicos, Latossolos, Cambissolos Tb

11.586 - - 3.180

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Classes de Drenabilidade Crítica Boa a

restrita Pobre Substrato calcáreo Folha

Área (ha)

Unidades Pedológicas Dominantes

Irrigável Dependente

Dependente

Não Irrigável

Eutróficos, Vertissolos

23 350

Cambissolos Vérticos, Podzólicos, Latossolos, Cambissolos Tb Eutróficos, Vertissolos

118 - 232

TOTAL

80.035

52.668 2.828 7.383 17.155

** Área situada à margem esquerda do Rio Verde (Quadrante Sul) As áreas de Cambissolos vérticos, Podzólicos e Vertissolos foram simplesmente descartadas, não se levando em consideração a necessidade de experimentos para definição de manejo irrigado, principalmente os Vertissolos que são amplamente irrigados em outras áreas, independentes da presença de saprólito ou não, e quando presente independente de estar a 1, 2 ou 3m ou mais de profundidade, visto que a condutividade hidráulica desses solos varia de 0,00 a 0,04 m/dia, dessa maneira o saprólito serve apenas para criar um lençol freático, oriundo da irrigação de áreas circunvizinhas e não da irrigação dos Vertissolos.

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3. Solos Os trabalhos foram executados com base nos levantamentos de solos e estudos de drenabilidade executados para CODEVASF; Condições de Irrigabilidade dos Solos – Cambissolo vértico Setor A-5; e na Revisão das Classes de Terras para Irrigação do Baixio do Irecê, segundo os Critérios de Drenabilidade Definidos pela CODEVASF e executados pela própria CODEVASF. Foi feita uma análise de todas as unidades de solos, simples e associadas da área do Quadrante Norte da margem esquerda do Rio Verde e parte do Quadrante Norte da margem direita, com base nos critérios estabelecidos na época, sendo que para os Cambissolos vérticos foram estabelecidos critérios de profundidade muito mais rígidos, em função destes solos não terem uma metodologia de manejo definida, conforme sugerido nos trabalhos de drenabilidade, daí o uso nesta análise da Classe 5, uma classe de “espera” que teoricamente não era para ser usada nos levantamentos de baixa abstração (detalhado). Assim sendo, também algumas unidades de solos (simples e associadas) também foram considerados como classe 6, visto que, segundo observações, atualmente mesmo um solo de classe 6, com o desenvolvimento de novas tecnologias, pode passar com o tempo para irrigável, como é o caso das Areias Quartzosas. 3.1. Critérios para Classificação dos Solos Os critérios usados no Levantamento Pedológico, para estabelecimento e subdivisão das classes de solos, estão basicamente de acordo com as normas adotadas na época pelo SNLCS (Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos) da EMBRAPA (Jacomine et alii, 1977; SNLCS, 1979), com adaptações em função da escala e dos objetivos do trabalho. Os solos foram classificados em função de suas características e horizontes diagnóstico, sendo distinguidos em primeiro nível as seguintes classes: LATOSSOLOS, PODZÓLICOS, PLANOSSOLOS, CAMBISSOLOS, VERTISSOLOS, SOLOS LITÓLICOS E AREIAS QUARTZOSAS. A seguir, foram separados em função de saturação por bases (V%) ou por alumínio trocável. Foram considerados eutróficos os solos com saturação por bases igual ou maior que 50% e distróficos os solos com saturação por bases menor que 50%. Foram chamados álicos os solos com saturação por alumínio maior que 50%. Caracteres intermediários entre classes de solos, ou características especiais diagnósticas, foram referidas no nível seguinte. Desta forma, foram utilizados para separação das classes de solos, os seguintes termos: − latossólicos – para solos com propriedades intermediárias para

LATOSSOLOS − vértico – para solos com propriedades intermediárias para VERTISSOLOS − com fragipan - para solos com presença de horizonte FRAGIPAN − plíntico – para solos com presença de horizonte Plíntico

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− concrecionário – para solos com horizonte ou camada concrecionária com início nos primeiros 120cm do perfil

− com C carbonático – para solos com presença de horizonte C CARBONÁTICO (horizonte esbranquiçado, de calcário intemperizado pulverulento), com início nos primeiros 120cm do perfil.

− Gleizado - para solos com características de gleização (cores de redução). A textura dos solos foi registrada em seguida, conforme os limites de grupamento textural adotados pelo SNLCS (porém com desmembramento da textura média). Foram verificados os seguintes grupamentos: − textura muito argilosa – para solos com mais de 60% de argila; − textura argilosa – para solos com 36 a 60% de argila; − textura média – para solos de textura média, com 21 a 35% de argila; − textura média (arenosa) – para solos de textura média, com teor de argila

igual ou menor que 20%; − textura arenosa – para solos de classes texturais, areia e areia franca; − textura siltosa – para solos com mais de 50% de silte e com menos de 35%

de argila. Nos solos que apresentam significativa variação de grupamento textural entre a parte superior e o restante do perfil, foram citados os respectivos grupamentos em forma de fração. Ex.: textura média/argilosa. A profundidade efetiva dos solos foi registrada destacadamente, tendo-se em vista a necessidade de interpretação do Levantamento Pedológico em Classes de Terras para fins de Irrigação. Foram atribuídos quatro limites de profundidade efetiva: − muito profundo – para solos com mais de 200cm de profundidade; − profundo – para solos com 121 a 200cm de profundidade; − pouco profundo – para solos com 61 a 120cm de profundidade; − raso – para solos com 60cm ou menos de profundidade − Atividade da argila – A capacidade de troca de cátions para 100g de argila

foi utilizada na classificação pedológica apenas para classes de Cambissolo e Planossolo. Os símbolos Ta (argila de atividade alta) e Tb (argila de atividade baixa) foram colocados logo após o nome da classe de solo.

Na subdivisão dos solos em fases de vegetação, relevo, pedregosidade, rochosidade e substrato, foi apenas citada, quando necessário, a fase relevo suave ondulado e substrato arenito. Para efeito de simplificação fica subtendido que todos os solos são fase caatinga hiperxerófila, e no caso de não haver citação de relevo possuem relevo plano. Os Cambissolos sem citação de substrato possuem substrato calcário. Pedregosidade e rochosidade não foram observadas de forma expressiva na área, a não ser em alguns cambissolos rasos. 3.2. Descrição das Classes de Solos

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3.2.1. Latossolos São solos constituídos de material altamente intemperizado, com baixo gradiente textural, caracterizados por um horizonte B latossólico, não hidromórfico, de acordo com normas do SNLCS (1981) e conforme critérios atribuídos para “oxic horizon” por Soil Taxonomy (USDA, 1975). Em resumo, são solos constituídos fundamentalmente por mistura de óxidos e oxi-hidróxidos de ferro e de alumínio, minerais de argila 1:1 (especialmente caulinita) e quartzo, restando na fração terra fina pouco ou nenhum mineral primário que possa liberar bases, ferro ou alumínio. Possuem uma capacidade de troca de cátions muito baixa, ou seja, inferior a 13 meq/100g de argila. Não tem aparente mobilização de argila e apresentam transições geralmente graduais ou difusas entre horizontes. 3.2.2. Podzólicos Integram este grupamento, solos com horizonte B textural, não hidromórficos (EMBRAPA – SNLCS, 1981), com perfis bem diferenciados, que podem ou não apresentar, no horizonte Bt, revestimentos tênues de material translocado (cerosidade) nas superfícies das unidades estruturais ou poros, e/ou sifnificativa diferença textural entre os horizontes A e Bt. As características do horizonte B textural correspondem, em grande parte, às definições do “argilic horizon” do Soil Taxonomy (USDA, 1975).

Os solos desta classe foram subdivididos, em função da presença ou ausência de horizontes especiais, caráter transicional e textura. 3.2.3. Planossolos Integram este grupamento solos com horizonte B textural, que apresentam um horizonte superficial ou subsuperficial eluvial de textura leve e mudança textural abrupta para o horizonte B subjacente, adensado e com acentuada concentração de argila. O horizonte B é muito pouco permeável mostrando feições associadas com umidade (cores de redução e/ou mosqueado), em decorrência da drenagem imperfeita ou má.

Estes solos situam-se normalmente em posições topográficas baixas que favorecem um excesso de umidade no período chuvoso, contrastando com o extremo ressecamento no período seco. 3.2.4. Cambissolos Compreendem solos com B incipiente ou câmbico, não hidromórfico (EMBRAPA – SNLCS, 1981), cujas características correspondem em grande parte à definição do “cambic horizon” do Soil Taxonomy (USDA, 1975). Trata-se de um horizonte pouco evoluído em que os processos pedogenéticos não tiveram atuação suficiente para promover a acumulação de argilas ou sesquióxidos, sendo apenas diferenciados pela presença de cor e estrutura.

Os solos apresentam seqüência de horizontes A-(B)-C, não se observando evidências de significativa eluviação de argilas. Suas profundidades são muito condicionadas pelo material de origem e embasamento geológico, especialmente nos casos de materiais calcários.

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Na área estudada os Cambissolos são desenvolvidos de produtos da alteração do calcário, com maior ou menor influência de material pedimentar. Possuem argilas de atividade alta ou baixa e apresentam freqüentemente propriedades intermediárias para Vertissolos (Cambissolos vérticos) ou possuem horizonte C carbonático. 3.2.5. Vertissolos São solos argilosos ou muito argilosos, com pequena variação textural ao longo do perfil, e predominância de argilas de muito elevada atividade em termos de CTC. Têm seqüência de horizontes A, C e apresentam, caracteristicamente, fendas superficiais, superfícies de fricção (slickensides), estrutura prismática ou cuneiformes e, em alguns casos, auto-granulação, microrrelevo do tipo gilgai e presença de horizontes carbonáticos. São solos que normalmente tem potencialidade para irrigação, apresentando no entanto restrições quanto a baixa permeabilidade e o elevado grau de consistência em termos de dureza e pegajosidade. Estas características normalmente exigem manejo especial. 3.2.6. Solos Litólicos São solos pouco desenvolvidos, rasos ou muito rasos, que possuem um horizonte A assente diretamente sobre a rocha (R) ou sobre um horizonte C carbonático (Ck) a profundidade em torno de 20cm. Estes solos são derivados da rocha calcária da Formação Caatinga, podendo ter em alguns casos influência do material de recobrimento. O substrato rochoso geralmente não é consolidado permitindo assim que haja o desenvolvimento de certas espécies arbóreas nativas. 3.2.7. Areias Quartzosas Este grupamento é caracterizado por solos que apresentam domínio absoluto quartzo na sua constituição, possuindo classes texturais areia e areia franca.

São solos extremamente deficientes em termos de propriedades físico-hídricas e de capacidade troca de cátions, em decorrência da grande pobreza de fração coloidal. Hoje com o desenvolvimento tecnológico da irrigação, estes solos estão sendo usados com fertirrigação com bastante sucesso. 3.3. Legenda do Mapa de Solos - Simbologia das Classes de Solos LAd - LATOSSOLO AMARELO DISTRÓFICO LAe - LATOSSOLO AMARELO EUTRÓFICO Pd - PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO Pe - PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO EUTRÓFICO PLe - PLANOSSOLO EUTRÓFICO Ce - CAMBISSOLO EUTRÓFICO

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V - VERTISSOLO Re - SOLO LITÓLICO EUTRÓFICO AQe - AREIA QUARTZOSA EUTRÓFICA - Simbologia de Características Especiais ou Intermediárias para Outras Classes - Utilizada em seguida ao símbolo da classe de solo l - Latossólico v - Vértico x - Fragipan k - C carbonático ou carbonático pl - Plíntico c - Concrecionário g - Gleizado sa - Salino na - Sódico - Simbologia Indicativa de Textura e Profundidade Indicadas de forma numérica, separadas com um ponto, logo em seguida à simbologia da classe de solo (com ou sem características especiais ou intermediárias).

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- GRUPAMENTO TEXTURAL 1 - textura muito argilosa* +60%

argila 2 - textura muito argilosa e argilosa3 - textura argilosa* 36 a 60%

argila 4 - textura argilosa e média 5 - textura média* 21 a 35% argila 6 - textura média e média

(arenosa) 7 - textura média (arenosa)* < 20%

de argila 8 - textura média (arenosa) e

arenosa 9 - textura arenosa* areia e areia

franca 11 - textura siltosa* silte > 50% +

argila < 35%

- PROFUNDIDADE EFETIVA 1 - muito profundo* +2m 2 - profundo e muito profundo 3 - profundo* 1,2 a 2m 4 - pouco profundo e profundo 5 - pouco profundo* 0,6 a 1,2m 6 - raso e pouco profundo 7 - raso* < 0,60m

*Grupamento textural ou profundidade padrão (número ímpar) - SIMBOLOGIAS COMPLEMENTARES - Registradas logo em seguida às indicações numéricas de textura e

profundidade. i - Inundável so - Relevo suave ondulado Ta - Argila de atividade alta Tb - Argila de atividade baixa Notas: - Nos casos de significativa variação de textura no perfil, foi utilizada a

indicação em forma de fração. Ex.: 5/3 textura média/argilosa. - O emprego do asterisco (*) pretende indicar estimativamente a

percentagem de ocorrência dos componentes numa associação. Cada asterisco representa porcentagens entre 15 e 30%.

3.4. Extensão e Distribuição Porcentual das Unidades de Mapeamento

Para melhor visualização, foram consideradas duas áreas:

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a) Quadrante Norte da Margem Esquerda do Rio Verde – Área A; e b) Quadrante Norte da Margem Direita do Rio Verde – Área B

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

**LAe 3.3 **Pel 7/3.3

93,53 93,53 0,13%

**LAe 4.1 **Pel 7/4.1

128,97 128,97 0,18%

**LAe 4.2 **Pel 7/3.2

104,02 104,02 0,14%

LAe 5.2 529,51 529,51 0,73% LAe 5.1 39,96 39,96 0,06%

***LAe 5.2 *Ce 4.2Tb 1.668,10 1.668,10 *Pel 7/5.3

2,30%

LAe 7.1 17,61 17,61 0,02% **LAec 4.6 *Pec 6/3.5

62,16 62,16 0,09%

LAdec 5.5 81,23 81,23 0,11% Pe 5/3.1 16,90 16,90 0,02%

***Pe 5/3.1 **Ce 2.2Tb

26,69

26,69 0,04%

**Pe 5/3.2 **Pec 6/3.5

565,29

565,29 0,78%

**Pe 6/3.1 **Pex 7/3.2

611,88

611,88 0,84%

Pe 7/3.1 163,10 163,10 0,22% ***Pe 7/3.2 *Ce 3.2Tb

210,98 210,98 0,29%

***Pe 7/3.2 **Ce 3.3Tb

257,67

257,67 0,36%

***Pe 7/3.2 *Ce 5.1Tb

157,06 157,06 0,22%

**Pe 7/3.3 **Pec 7/3.5

345,77

345,77 0,48%

Pe 7/4.1 376,74 376,74 0,52% **Pe 7/4.1 **Pex 7/3.1

950,79

950,79 1,31%

Page 15: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

14

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

Pe 7/5.1 279,27 279,27 0,38% **Pe 7/5.1

**Pepl 7/5.1 19,75 19,75 0,03%

**Pe 7/5.3 **Ce 5.3

345,96 345,96 0,48%

Pel 7/3.2 469,16 469,16 0,65% **Pel 7/3.2 **Pex 7/3.2

262,69

262,69 0,36%

**Pel 7/3.2 *Pepl 7/3.2

151,31

151,31 0,21%

***Pel 7/3.3 *Ce 5.4Tb

379,45

379,45 0,52%

***Pel 7/4.1 *LAe 3.1

252,94

252,94 0,35%

***Pel 7/4.2 **Ce 5.3Tb

268,38

268,38 0,37%

***Pel 7/4.2 *Ce 5/3Tb *LAe 5.3

606,09

606,09 0,84%

**Pel 7/4.3 **Pe 7/3.3

398,07

398,07 0,55%

Pel 7/5.1 65,44 65,44 0,09% **Pe 7/5.2

**Ce 5.3TaTb 1.183,92 1.183,92 1,63%

**Pe 7/5.2 **Ce 5.3

152,06 152,06 0,21%

**Pe 7/5.5 **Ce 5.4

101,57 101,57 0,14%

**Pel 7/5.2 *LAe 5.2

*Ce 5.2Tb 333,19

333,19 0,46%

Pel 8/4.1 2.028,47 2.028,47 2,80% **Pel 8/4.1 *Pex 6/3.2

34,76

34,76 0,05%

Page 16: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

15

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

Pel 8/5.1 366,33 366,33 0,50% ***Pel 8/5.2 **LAe 5.3

427,22

427,22 0,59%

Pel 9/5.1 210,20 210,20 0,29% **Pel 9/5.2 **LAe 5.2

695,17

695,17 0,96%

**Pel 9/7.1 **Pex 9/5.1

394,42

394,42 0,54%

Pel 9/7.2 20,05 20,05 0,03% Pdel 7/5.1 255,22 255,22 0,35% Pdel 8/5.1 66,39 66,39 0,09%

**Pdel 8/5.1 **LAde 5.1

982,34

982,34 1,35%

Pdel 9/5.1 451,81 451,81 0,62%

**Pdel 9/5.1

*Pe 9/5.1 190,15

190,15 0,26%

***Pdel 9/5.1

*LAde 5.1 4.197,96

4.197,96 5,79%

***Pex 6/3.1 *Pe 6/3.2

1.234,78

1.234,78 1,70%

Pex 7/3.1 26,40 26,40 0,04% **Pex 7/3.2 *Pel 7/3.2

115,18

115,18 0,16%

Pex 7/3.3 452,03 452,03 0,62% Pex 7/4.1 1.173,38 1.173,38 1,62%

**Pex 7/5.3 **Pe 7/5.3

12,49 12,49 0,02%

Pepl 7/5.1 219,16 219,16 0,30% Pepl 8/4.1 77,04 77,04 0,11% Pec 7/3.5 43,51 43,51 0,06%

**Pec 9/7.5 **Cec 7.7Tb

33,18

33,18 0,05%

**PLe 6/3.2 **Ple 9/3.1

*Cevg 5/3.2 301,95

301,95 0,42%

Page 17: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

16

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

Ple 9/3.1 11,46 11,46 0,02% **Ce 1.1Tb *Cev 5/2.3

89,17

89,17 0,12%

***Ce 1.3Ta *Cev 3.3

357,68 357,68 0,49%

***Ce 1.3Ta **V 2.3

8,56 8,56 0,01%

**Ce 1.4Ta **Cev 3.4

175,37 175,37 0,24%

Ce 1.7Ta 1,21 1,21 0,00% Ce 3.1Tb 215,68 215,68 0,30%

***Ce 3.1Tb *Pe 5/3.1

271,41

271,41 0,37%

**Ce 3.1Tb **Pel 7/3.1

217,50

217,50 0,30%

Ce 3.2Tb 314,35 314,35 0,43% Ce 3.2TaTb 857,80 857,80 1,18% ***Ce 3.2Tb *Pec 5/3.5

442,52

442,52 0,61%

**Ce 3.3 Tb **Lae 3.3

*Cec 3.5Tb 527,95

527,95 0,73%

Ce 3.5Ta 16,60 6.117,57 6.134,17 8,45% Ce 3.6Ta 1.065,33 1.065,33 1,47% Ce 3.7Ta 90,19 90,19 0,12% Ce 4.3Ta 480,77 480,77 0,66% Ce 4.4Ta 360,90 360,90 0,50%

**Ce 4.4Ta **Cev 4/3.4

62,32

62,32 0,09%

**Ce 4.4Ta *Cev 5/3.4

*Cevg 5/3.3 260,43

260,43 0,36%

***Ce 4.5Ta *Cek 5.5Ta

490,65 490,65 0,68%

**Ce 4.5Ta **Cec 5.7Ta

205,12 205,12 0,28%

Page 18: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

17

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

**Ce 4.5Ta **Cek 3.6Ta **Cev 4/3.4

647,89

647,89 0,89%

**Ce 4.6Taso **Pec 5/3.5 **Cev 4/3.4

312,34

312,34 0,43%

**Ce 4.6Taso 48,69 **Cev 4/3.4

48,69 0,07%

**Ce 4.6Taso 12,19 **Cev 5/3.4

12,19 0,02%

**Ce 4.6Taso **Cev 5/3.5

252,87 252,87 0,35%

**Ce 4.6Taso **Cev 4/3.4 **Vg 2.2i

458,19

458,19 0,63%

***Ce 5.1Tb *Pe 7/3.2

288,75 288,75 0,40%

Ce 5.2Tb 48,89 385,02 433,91 0,60% ***Ce 5.2Tb

*Pe 7/3.2 147,59 147,59 0,20%

Ce 5.4Ta 44,08 44,08 0,06% Ce 5/3.5 34,63 34,63 0,05%

**Ce 5.7so **Pec 7/3.5

7,81

7,81 0,01%

**Ce 5/7Taso **Pec 7/3.5

146,80

146,80 0,20%

***Ce 5.5Ta *Cev 5/3.3

317,43 317,43 0,44%

***Ce 5.5Ta *Cex 5.5Ta

376,81 376,81 0,52%

Ce 7.7Ta 7,36 7,36 0,01% **Cec 4.5Tb **LAec 5.6

258,83

258,83 0,36%

**Cek 3.6Taso *Ce 4.5Ta *Cev 4/3.4

312,77 312,77 0,43%

Page 19: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

18

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

Cek 5.5Ta 18,98 18,98 0,03% ***Cev 3/2.4 *Ce 3.5Ta

*V 3.3 468,32

468,32 0,65%

**Cev 3/2.4 **V 3.3

6,83 6,83 0,01%

Cev 3.3 175,68 175,68 0,24% Cev 3.4 8,40 8,40 0,01%

***Cev 3.4 *Ce 4.5

15,16 15,16 0,02%

***Cev 4/2.5 **Ce 2.4Ta

*V 2.4 735,38 735,38 1,01%

**Cevg 5/3.4 **Vg 3.3sa *Ce 5.7Ta

1.448,46 1.448,46 2,00%

Cev 4/3.1 225,32 225,32 0,31% Cev 4/3.2 2.148,86 2.148,86 2,96%

***Cev 4/3.2 **Ce 3.1Tb

916,02

916,02 1,26%

***Cev 4/3.2 *Cec 3.5Tb

163,39

163,39 0,23%

***Cev 4/3.2 **V 2.3

*Cevg 4/3.4 1.983,78

1.983,78 2,73%

**Cev 4/3.2 *Cevg 4/3.2

*Vg 3.3 1.061,57

1.061,57 1,46%

Cevg 4/3.2 3,42 3,42 **Cev 4/3.3 *Ce3.5Ta *Vg 3.3

79,33

79,33 0,11%

**Cev 4/3.3 **Cek 3.7Ta

39,23

39,23 0,05%

Page 20: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

19

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

**Cev 4/3.3 *Cevg 4/3.4

*Vg 3.3 2.107,72

2.107,72 2,90%

***Cev 4/3.3 *V 3.3

577,03

577,03 0,80%

***Cev 4/3.3 *V 3.3

*Vg 3.3 267,04

267,04 0,37%

Cev 4/3.4 2.479,78 2.479,78 3,42% **Cev 4/3.4 *Ce 4.6Ta 150,06 150,06 0,21% *Pec 5/3.5

***Cev 4/3.4 *Cevg 4/3.4

*Vg 3.3 523,30

523,30 0,72%

***Cev 4/3.4 *V 3.3

578,95

578,95 0,80%

Cev 5/2.3 19,67 19,67 0,03% **Cev 5/3.2 **Pex 7/3.1

79,57

79,57 0,11%

Cev 5/3.3 23,68 101,30 124,98 0,17% **Cev 5/3.3 *Cevg 5/3.3

37,69 37,69 0,05%

**Cev 5/3.3 **Cevg 5/3.5

40,88 40,88 0,06%

**Cev 5/3.3 **V 2.2

5,68

5,68 0,01%

**Cev 5/3.3 *V 3.3

41,81 41,81 0,06%

Cev 5/3.4 6,34 6,34 0,01% ***Cev 5/3.4

*V 2.3 *Vg 2.2

671,65

671,65 0,93%

***Cev 4/3.4 *Cevg 5/3.3 *Cek 3.6Ta

283,03

283,03 0,39%

Page 21: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

20

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

Cev 5/3.5 237,54 237,54 0,33% **Cev 5/3.5 **Ce 5.6Ta

148,94 148,94 0,21%

***Cev 5/3.4 *Vg 3.3

*Ce 4.6Ta 106,05 106,05 0,15%

***Cec 5.7Tb *Cev 5/3.4 *Cek 3.7Ta

74,58

74,58 0,10%

V 1.3 52,93 52,93 0,07% V 1.3i 70,39 70,39 0,10%

***V 2.2 *Vg 2.2

631,25

631,25 0,87%

V 2.3 661,76 31,12 692,88 0,95% **V 2.3

**Cev 4/3.4 125,69

125,69 0,17%

V 2.4 1.906,13 1.906,13 2,63% ***V 2.3 *Vg 2.2

453,16

453,16 0,62%

V 3.3 75,40 75,40 0,10% **V 2.6

**Ce 2.7Ta 377,40 377,40 0,52%

***V 3.3 *Cev 4/3.3

335,04 335,04 0,46%

***V 3.3 *Cev 5/3.3

143,75 143,75 0,20%

V 3.3sa 68,47 68,47 0,09% V 3.6

Ce 1.5 34,95 34,95 0,05%

**V 3.6 *Vg 3.5 *Ce 3.7

784,72 784,72 1,08%

Vg 1.3 40,03 40,03 0,06% Vg 2.2i 638,77 638,77 0,88%

**Vg 2.2i *Cev 3.3

83,41

83,41 0,11%

Page 22: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

21

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

UNIDADE DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B Total %

**Vg 2.2i *V 3.3

171,31

171,31 0,24%

*Vg 2.4i *Cev 4/3.4 313,02 313,02 0,43%

*Cek 4.6Taso ***Vg 2.4i

*Cevg 4/3.4i 227,90

227,90 0,31%

**Vg 2.2i **Cevg 4/3.2i

299,09

299,09 0,41%

Vg 3.5i 42,66 42,66 0,06% Re 4 97,36 97,36 0,13%

**Re 4 **Ce 3.6Ta

201,04 201,04 0,28%

**AQe 9.1 **Pdel 9/7.1

244,62

244,62 0,34%

AQe2 2.764,18 2.764,18 3,81% PVe23 945,80 945,80 1,30%

Re3 243,45 243,45 0,34% TOTAL 52.735,04 19.826,46 72.561,50 100,00%

Page 23: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

22

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

4. Classes de Terras para Irrigação As classes de terras para irrigação foram definidas a partir do levantamento detalhado de solos, do estudo de drenabilidade e da revisão dos levantamentos efetuada pela CODEVASF com base no estabelecimento de novos critérios definidos em 1ª aproximação em 2001, trabalho já citado anteriormente. 4.1. Critérios para Definição das Classes de Terras para Irrigação As classes de terras foram estabelecidas com base nas definições de Bureau of Reclamation (U.S.A.), porém com as adaptações normais às áreas de solos tropicais e ao uso de fatores (índices) cujos dados não são encontrados (não existem) no Nordeste. Dados como custos de produção e desenvolvimento, pesquisas de engenharia economia e experimentos de campo, monitorados estatisticamente, para definição da irrigabilidade de determinados solos como Cambissolos vérticos e alguns Vertissolos, no caso específico, devido à textura, profundidade, configuração e localização geográficas, para definição de manejo dos mesmos. Em outras palavras, faltam dados básicos para definição de certas classes de terras. Por outro lado, com o desenvolvimento da “tecnologia de irrigação”, há solos que antes não eram enquadrados como irrigáveis e hoje são irrigados graças à iniciativa empresarial. Também deve-se considerar que está começando haver um consenso entre os técnicos dessa “lide” para que nos levantamentos detalhados de solos para fins de irrigação principalmente, em áreas cuja topografia superficial não acompanha a topografia lítica, os mapas devem ter curvas de nível a cada ½ metro, assim como o número de observações que antes era 4 (tradagens e perfis) para cada 100 hectares, passe para 20 ou mais, em áreas como o Baixio de Irecê. Ou seja, há casos como nos solos aluviais em que esse número deve ser ainda bem maior dada a heterogeneidade dos mesmos, e casos em que deve ser bem menor, nos solos de grande homogeneidade. Dessa forma foram considerados principalmente a profundidade, a textura ao longo do perfil, a situação topográfica (topografia e posição) das unidades de solos e a predominância da classe na associação, como principais condicionantes da definição das classes de terras, a partir das definições do “Bureau”. Em função do exposto, também em casos extremos, foi considerada a classe 5, normalmente só empregada nos levantamentos mais generalizados. Deve-se, entretanto, não se perder de vista a tendência técnica atual em que os solos, a cada momento são considerados mais como suportes para os plantios, do que fornecedores de nutrientes, bem como os experimentos, inclusive, já feitos no Brasil, com sucesso, como exemplo, para o processo de dessalinização e diminuição substancial do sódio trocável em solos irrigados. São passos importantes que vem contribuir para a tese de “provisoriedade” das classes de terras para irrigação, inclusive algumas terras da classe 6. Ao

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23

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

mesmo tempo, que reforçam a importância cada vez maior da necessidade de manejo adequado dos solos. 4.2. Definições das Classes de Terras para Irrigação O “Bureau” define 6 classes de terras, considerando as classes de 1 a 4 como irrigáveis, sendo a classe 4 de uso especial (tecnologia de irrigação ou cultura), a 5 uma classe “stand by”, ou seja, uma classe de espera que pode passar para irrigável, ou não irrigável (classe 6), levando em conta a tecnologia e os custos de produção e desenvolvimento do momento do mapeamento. - As classes são definidas como segue: Classe 1: Terras irrigáveis altamente adequadas para agricultura irrigada, sendo capazes de oferecer altas produções de grande variedade de culturas climáticamente adaptáveis, a um custo razoável, não apresentando nenhum problema para a sua utilização. Tem alta capacidade de pagamento.

Classe 2: Terras irrigáveis, com moderada adequabilidade para agricultura irrigada. São adaptáveis a um menor número de culturas e tem um maior custo de produção que as terras da classe 1, podendo apresentar limitações corrigíveis ou não. Podem ter necessidade de uma drenagem artificial. Possuem capacidade de pagamento intermediária.

Classe 3: Terras irrigáveis de restrita adequabilidade para agricultura irrigada, devido a deficiência de solo, topografia e/ou drenagem mais intensas que para a classe 2. Podem ter topografia irregular, concentrações salinas de moderada a alta ou drenagem restrita, suscetíveis de correções a custos relativamente altos. Tem um restrito número de culturas adaptáveis e com manejo próprio, podem ter uma adequada capacidade de pagamento.

Classe 4: Terras irrigáveis de uso especial. Podem ter uma excessiva deficiência específica ou deficiências suscetíveis de correção a alto custo, ou ainda apresentar deficiências incorrigíveis, as quais limitam sua utilidade para determinados métodos de irrigação ou culturas muito adaptadas.

As deficiências nesta classe podem ser: drenagem inadequada; excessivas quantidades de sais ou outras substâncias tóxicas, posição desfavorável, permitindo inundações periódicas ou tornando muito difícil a distribuição e a remoção do excesso de água, topografia acidentada, cobertura ou quantidade excessiva de pedras na superfície. Possuem capacidade de pagamento com grande amplitude de variação.

Classe 5: Terras não irrigáveis nas condições naturais. São terras que requerem estudos especiais de agronomia, economia e engenharia para

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24

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determinar sua irrigabilidade. Também são consideradas as terras irrigadas que estão em processo de recuperação. Podem ter deficiências específicas como salinidade excessiva, topografia irregular ou drenagem inadequada, com necessidade de trabalhos de proteção contra alagamento. Após os estudos especiais ou trabalhos de recuperação, estas terras passam “definitivamente” para uma classe irrigável ou para a classe 6.

Classe 6: Terras não irrigáveis. Inclui terras que não satisfazem os mínimos requisitos das outras classes e que não são adequadas para irrigação. Geralmente compreendem terras com solos muito rasos sobre embasamento ou outra forma impermeável a raízes ou água; terras com solos influenciados por sais, recuperáveis com dificuldade, em vista da textura muito argilosa, posição ou condições do substrato; terras cujos perfis apresentam horizontes subsuperficial que se constitua barreira evidente; áreas sujeitas a inundações constantes e áreas cujas configurações e textura contribuam para a permanência de água de chuva ou mesmo de inundações periódicas e outras áreas obviamente não irrigáveis. Na área estudada foram identificadas terras das classes 2, 3, 4, 5 e 6. Na classe 4, de uso especial, foram englobadas terras com deficiências incorrigíveis, as quais limitam a sua utilidade para irrigação por aspersão ou outro métodos poupador como irrigação localizada. Para uma melhor correspondência com as unidades de solos, estas classes foram subdivididas ao nível de subclasse conforme as avaliações informativas e fatores adicionais.

Nas avaliações informativas foram considerados os seguintes fatores:

• USO DA TERRA:

B – Caatinga, capoeira ou mata; G – Pastagem nativa (campo de várzea); L – Cultivos não irrigados

• PRODUTIVIDADE DA TERRA Avaliada em função da vegetação nativa e dos dados físicos e químicos dos perfis analisados, sendo definida pelos símbolos: 1 – Produtividade alta 2 – Produtividade média 3 – Produtividade baixa 6 – Produtividade muito baixa • CUSTO DE DESENVOLVIMENTO Avaliado em função da maior ou menor necessidade e do nível de complexidade de operações para o preparo da terra (eliminação da vegetção

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natural, remoção de pedras, sistematização, etc.), distribuição da água (canais, bombas, etc), drenagem (drenos abertos ou fechados, etc), e melhoramento do solo (lixiviação, subsolagem, etc). O custo de desenvolvimento é indicado pelos símbolos: 1 – Baixo 2 – Médio 3 – Alto 6 – Muito alto • NECESSIDADE DE ÁGUA Avaliada considerando os valores obtidos para a disponibilidade de água dos cento e vinte primeiros centímetros do perfil, da seguinte forma: A – Baixa - Disponibilidade de água igual ou superior a 12,00cm para 120cm

iniciais do perfil. B – Média - Disponibilidade de água entre 9,0 e 12,00cm para os 120 cm

iniciais do perfil. C – Alta - Disponibilidade de água inferior a 9,0cm para os 120cm iniciais do

perfil. Levou-se também em consideração na determinação das exigências de água, outros fatores como: tipo de irrigação, condições climáticas, topografia e presença de lençol freático.

• DRENABILIDADE DAS TERRAS Estimada através da condutividade hidráulica expressa em cm/h, segundo a seguinte escala de valores: X – Boa - Condutividade hidráulica maior que 2cm/h. Y – Restrita – Condutividade hidráulica entre 0,25 e 2,0cm/h. Z – Pobre – Condutividade hidráulica menor que 0,25cm/h. Entre as avaliações informativas adicionais foram considerados os seguintes símbolos:

• DEFICIÊNCIA DE SOLO y – Fertilidade natural. Foram adotados 3 níveis de deficiência: y1, y2 e y3. q – Baixa capacidade de retenção de umidade. k – Pequena profundidade efetiva. p – Permeabilidade baixa ou restrita. Foram adotados 3 níveis de deficiência:

p1, p2 e p3. h – Textura muito fina. v – Textura grosseira. i – Infiltração elevada. n – Consistência (exigindo manejo especial).

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x – Pedregosidade. a – Salinidade e/ou sodicidade. • DEFICIÊNCIA DE TOPOGRAFIA g – Declividade. u – Microrrelevo. r – Rochosidade. • DEFICIÊNCIA DE DRENAGEM w – Drenagem interna (lençol freático). o – Escoamento impedido (drenagem superficial deficiente). Foram adotados 2

níveis de deficiência: o1 e o2. f – Inundação. Os símbolos y1, y2 e y3 foram adotados com a finalidade de definir diferentes graus de limitações quanto à fertilidade natural, e foram assim qualificados:

y1 – Terras com limitações ligeiras quanto à fertilidade natural. Caracterizam-

se por apresentar CTC maior que 6,0 meq/100g, cátions trocáveis entre 3,0 e 6,0 meq/100g, e alumínio trocável inferior a 0,5 meq/100g.

y2 – Terras com moderadas limitações quanto à fertilidade natural. Apresentam

CTC entre 3,0 e 6,0 meq/100g, cátions trocáveis (Ca++ + Mg++) entre 2,0 e 4,0 meq/100g, e alumínio trocável inferior a 1,0 meq/100g.

y3 – Terras com fortes limitações quanto à fertilidade natural. Apresentam CTC

inferior a 3,0 meq/100g, cátions trocáveis (Ca++ + Mg++) com valores menores que 2,0 e alumínio trocável inferior a 1,5 meq/100g.

Os símbolos p1, p2 e p3 foram adotados com a finalidade de separar terras com diferentes graus de limitações quanto a permeabilidade dos solos e foram assim definidos:

p1 – Terras que apresentam uma redução de permeabilidade em camadas

profundas, geralmente a profundidades superiores a 120cm, devido à presença de horizontes plínticos ou fragipan, ou horizonte C vértico.

p2 – Terras que apresentam uma considerável redução de permeabilidade a

profundidades geralmente entre 30 e 100cm, devido à presença de horizonte C vértico. Restrição típica dos Cambissolos vérticos.

p3 – Terras que apresentam permeabilidade muito lenta desde a superfície,

devido à presença de material vértico. Restrição típica dos Vertissolos.

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Os símbolos o1, e o2 foram adotados com a finalidade de separar terras com diferentes graus de limitações com relação à drenagem superficial e foram assim definidos:

o1 – Terras que apresentam baixa permeabilidade e que ocorrem em áreas

planas e rebaixadas das proximidades das linhas naturais de drenagem, apresentando eventualmente trechos abaciados.

o2 – Terras que apresentam baixa permeabilidade e que ocorrem em trechos

planos e rebaixados que constituem depressões fechadas, em posição afastadas das linhas de drenagem natural, sendo muito difícil e anti-econômica a remoção das águas superficiais.

As classes de terras são representadas por uma fração onde no numerador figuram por ordem: a classe (números 1, 2, 3, 4, 5 e 6) e a sub-classe básica “s”, “t”, ou “d”, ou combinações destas. No denominador são colocadas também por ordem, as avaliações informativas: letras B, G, L ... etc., indicando o uso da terra; números 1, 2, 3 ou 6, representando os custos de produção e desenvolvimento; letras A, B ou C, indicando a grandeza da necessidade de água; e as letras X, Y ou Z, indicando a drenabilidade. Seguindo a fração são colocadas letras minúsculas que representam as avaliações informativas adicionais e indicam fatores limitantes, letras y, q, k, etc, em ordem de importância.

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4.3. Descrição das Classes de Terras para Irrigação - TERRAS DA CLASSE 2 2s B12BY

p1q

Compreende terras com perfil de solo profundo e muito profundo, textura média ou média (arenosa) na superfície e argilosa em profundidade. São bem a moderadamente drenadas e podem ou não apresentar a profundidades maiores que 100cm, presença de fragipan, horizonte concrecionário ou carbonático que, entretanto, não constituem impedimento à penetração da água ou das raízes. São terras de fertilidade natural alta, apresentando apenas pequenas restrições com relação à disponibilidade de água (média a alta) e à permeabilidade restrita de horizontes ou camadas profundas. Abrangem áreas com predominância de Podzólicos e Cambissolos eutróficos muito profundos e profundos e de textura argilosa ou média/argilosa. Ocorrem nas margensdireita e esquerda do Rio Verde.

2s B12BY

h

Terras com perfil de solo muito profundo e profundo, e textura predominantemente muito argilosa em superfície e subsuperfície. São terras de fertilidade natural alta e boa disponibilidade de água, que tem como principal limitação a textura muito fina, exigindo manejo apropriado e restringindo a drenabilidade de horizontes subsuperficiais. Esta classe abrange áreas dominadas por Cambissolos eutróficos textura muito argilosa muito profundos, associados ou não com uma pequena percentagem de Cambissolos vérticos. Ocorre na área B, margem direita do Rio Verde.

2s B21BX

y1q

Compreende terras com perfil de solo muito profundo, textura média na superfície e argilosa em subsuperfície. São terrasbem drenadas, de produtividade média, em conseqüência de limitações ligeiras com relação à fertilidade natural e à disponibilidade de água, se refere à área de Podzólico Vermelho-Amarelo eutrófico. Compreende uma pequena área na margem esquerda do Rio Verde, área A.

2sd B12BY

p2w

Terras com perfil de solo muito profundo, textura média ou argilosa na superfície, e argilosa em profundidade. São terras moderada/ imperfeitamente drenadas que apresentam como principal restrição a presença de um horizonte vértico, com

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argilas do tipo 2.1 e baixa permeabilidade, que ocorre a profundidade entre 60 e 110cm. A mudança brusca da permeabilidade no perfil pode ocasionar formação de lençol freático, exigindo obras simples de drenagem, elevando os custos de desenvolvimento. São terras de produtividade alta, devendo apresentar apenas ligeiras limitações de fertilidade, exceto com relação à disponibilidade do fósforo. Estão relacionadas com áreas de Cambissolos vérticos textura argilosa ou média/ argilosa muitoprofundos, associados ou não com Cambissolos Tb argilosos e Podzólicos de textura média. Ocorrem na área A, margem esquerda do Rio Verde.

- TERRAS DE CLASSE 3 3s B31BX

y2q

Compreende terras bem drenadas, com perfil de solo muito profundo e profundo e textura média (arenosa) ou média na superfície, passando gradualmente a argilosa em subsuperfície e sem problemas de drenagem e declividade. Apresentam capacidade de troca de cátions entre 3,0 e 6,0 meq/100g de solo e soma de bases trocáveis entre 1,0 e 3,0 meq/100g de solo. A baixa disponibilidade de água e a baixa fertilidade natural contribuem para a existência de altos custos de produção, sendo os principais fatores restritivos destas terras. Abrangem áreas com predominância de Podzólicos eutróficos latossólicos ou não textura média (arenosa) ou média/ argilosa muito profundos e profundos e Latossolos textura média ou argilosa muito profundos a profundos, com maior ocorrência na margem esquerda do Rio Verde, área A.

3s B22BY

p1y2

Terras com perfil de solo profundo e muito profundo, moderadamente drenados, de textura média (arenosa) ou média na superfície e argilosa em profundidade, que apresentam drenabilidade restrita em subsuperfície em conseqüência da presença de horizontes fragipan ou plíntico. São solos de produtividade média, apresentando moderadas limitações em relação à fertilidade natural, com soma das bases entre 1,0 e 3,0 meq/100g de solo. Os custos de desenvolvimento são médios em virtude da drenabilidade restrita dos horizontes inferiores, que pode influir na formação de lençol freático suspenso com a aplicação de água de irrigação. Estas terras estão relacionadas com áreas de Podzólicos com fragipan ou plínticos textura média (arenosa) ou média/ argilosa muito profundos e profundos, que ocorrem na área A, na margem esquerda do Rio Verde.

3s p1k Compreende terras com perfil de solo profundo e pouco

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B13BY

profundo, bem a moderadamente drenados, de textura média (arenosa) e média em superfície, e argilosa em profundidade, podendo apresentar trechos com drenabilidade restrita nas camadas inferiores. Apresentam sua profundidade efetiva limitada por um horizonte concrecionário ou rocha calcária que pode ocorrer a profundidades entre 61 e 120cm. Tem produtividade média e custo de desenvolvimento alto, determinado pela pequena profundidade efetiva e drenabilidade restrita das camadas inferiores. Estas terras abrangem associações envolvendo Podzólicos concrecionários ou não, profundos e pouco profundos, de textura média (arenosa) e média/ argilosa. Cambissolos Latossolos Cambissolos de textura média e argilas de atividade alta. Ocorrem em ambas as margens do Rio Verde.

3sd B13BY

p2nw

Terras com perfil de solo profundo e muito profundo, textura média a argilosa na superfície e argilosa em profundidade, apresentando drenabilidade restrita a pobre em conseqüência da presença de horizonte vértico. São terras imperfeitamente drenadas que se caracterizam por uma mudança brusca de permeabilidade a altura do horizontevértico, que poderá favorecer a formação de lençol suspenso, se não forem tomadas medidas de drenagem. A sua condição de drenagem é agravada pela sua forma de ocorrência, sempre relacionada com áreas rebaixadas e muito planas. São terras de alta produtividade, tendo em vista os altos valores de soma de bases e capacidade de troca de cátions. O custo de desenvolvimento é alto, considerando as implicações da necessidade de um maior controle de umidade, manejo e drenagem. A drenabilidade restrita, e a consistência muito dura e pegajosa do horizonte vértico constituem as maiores limitações requerendo cuidados especiais na drenagem, no manejo da água e do solo, e na escolha das culturas a implantar. Essas terras estão relacionadas com áreas de Cambissolos vérticos textura média e argilosa/ argilosa, profundos e muito profundos. Sua grande ocorrência é na margem esquerda do Rio Verde, área A.

3sd B13BY

p2nkw

Terras com mesmas características verificadas para a classe anterior, diferenciando-se por apresentar perfis de solo pouco profundos e profundos, com transições para a rocha ou para um horizonte Ck à profundidade entre 61 e 120cm. De maneira geral, os mesmos comentários feitos para a classe anterior são extensivos a estas terras. Estão relacionados com áreas dominadas por Cambissolos vérticos pouco profundos e profundos, textura argilosa e média/ argilosa, ocorrem na área A, margem esquerda do Rio

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Verde. 3sd B22BY

p3no1

Terras com perfil de solo profundo ou muito profundo e textura argilosa ao longo de todo o perfil, o que lhes confere características de baixa permeabilidade desde a superfície, e consistência muito dura e pegajosa, requerendo práticas de manejo especiais. São solos de fertilidade alta tendo em vista os altos valores de soma de bases e capacidade de troca de cátions, apresentando problemas com relação a disponibilidade do fósforo, em conseqüência do pH elevado. Os custos de produção são médios considerando a necessidade de manejo especial do solo e da água, e o custo de desenvolvimento é agravado pela necessidade de drenagem superficial destas terras, em função da baixa permeabilidade e do relevo plano e rebaixado em que ocorrem, sendo comum a presença de depressões fechadas. A drenabilidade restrita e a consistência muito dura e pegajosa constituem as maiores limitações, requerendo cuidados especiais no manejo da água e do solo, e na escolha das culturas a implantar. Estas terras estão relacionadas com as áreas de ocorrência de Vertissolos textura argilosa profundos a muito profundos, na margem direita do Rio Verde, área B.

3sd B22BY

p3nho1

Terras que apresentam as mesmas características e limitações mencionadas na classe anterior, da qual foram separadas em conseqüência da textura mais fina, sempre com teores de argila superiores a 60%. Ocorrem em posições muito baixas e muito planas sendo comum a presença de abaciamento e depressões fechadas agravando os problemas de drenagem superficial. Abrangem as áreas de Vertissolos, textura muito argilosa,muito profundos a pouco profundos, ocorrem predominantemente na área A, margem esquerda do Rio Verde.

- TERRAS DA CLASSE 4 4Ss B31CX

iqy1

Terras acentuadamente drenadas, com perfil de solo muito profundo e profundo, e textura arenosa ou média (arenosa) em superfície e predominantemente média em profundidade. Não apresentam problemas de drenagem ou declividade, mas, a textura grosseira contribui para a existência de infiltração elevada e baixa disponibilidade de água. Estas taxas de infiltração recomendam estas terras para o uso de irrigação por aspersão ou por outros métodos não convencionais poupadores de água. Apesar da textura média, possuem valor T superior a 6,0meq/100g e soma de bases superior a 3meq/100g, apresentando apenas ligeiras limitações com

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relação à fertilidade natural. Estão relacionadas com áreas de Cambissolo Ta Eutrófico textura média ou média (arenosa), muito profundos e profundos, associados ou não com Podzólicos textura média (arenosa)/ média, que ocorrem na área B, margem direita do Rio Verde.

4Ss B31CX

iqy3

São terras acentuadas a fortemente drenadas, com perfil de solo muito profundo e profundo, textura arenosa a média (arenosa) em superfície, passando a média em profundidade. Não apresentam problemas de drenagem ou declividade, mas a textura grosseira contribui para a existência de infiltração elevada. Estas taxas de infiltração recomendam estas terras para o uso de irrigação por aspersão ou por outros métodos não convencionais poupadores de água. Apresentam ainda fortes limitações com relação à fertilidade natural e à baixa disponibilidade de água. Estão relacionadas com Podzólicos eutróficos e distróficos latossólicos ou não textura arenosa e média (arenosa)/ média muito profundos, Latossolos eutróficos e distróficos textura média muito profundos e profundos, e com menor freqüência, Cambissolos Tb Eutróficos textura média e média (arenosa) muito profundos e profundos. Ocorrem em grande proporção na margem esquerda e também, em bem menor proporção, na margem direita do Rio Verde.

4Ss B31CY

iqy3v

Terras acentuadamente drenadas, com perfil de solo profundo e textura arenosa. Não apresentam, problemas de drenagem ou declividade, devido à textura grosseira, com elevadas taxas de infiltração, são recomendadas para uso de irrigação por aspersão ou localizada. São também fortemente limitadas pela baixa capacidade de retenção de água disponível. Estão relacionadas com áreas de Areia Quartzosas antes mapeadas como classe 6. Localizadas na área A, margem esquerda do Rio Verde.

4Ss B22CY

iqy2p1

Terras com perfil de solo profundo a muito profundo e textura arenosa a média (arenosa) em superfície e média a argilosa (em alguns casos) em profundidade, apresentando drenabilidade restrita em subsuperfície em conseqüência da presença de horizonte plíntico. A textura arenosa dos horizontes superficiais, que resulta em baixa disponibilidade de água e infiltração elevada, restringe a sua utilização ao uso da aspersão, ou irrigação localizada. Estas terras estão relacionadas com áreas de Podzólicos plínticos ou com fragipan textura arenosa ou média (arenosa)/ média ou argilosa, muito profundos e profundos. Ocorrem predominantemente na área A, margem esquerda do Rio

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Verde. - TERRAS DA CLASSE 5

Em função da falta de dados necessários para opção definitiva dessas áreas para uma classe com irrigação intensiva, ou para uma classe não irrigável (6), optou-se por usar a classe 5. É provável que com o desenvolvimento de projetos de irrigação na área essas terras passem por um processo de experimentação (experimentos com acompanhamento estatístico) para avaliar a real potencialidade das mesmas, que poderiam passar para as seguintes classes 3, de acordo com os dados disponíveis:

3s 3sd 5(

B13BY p1k)

5(

B22BYp3nho1)

3sd 3sd 5( B13BY

p2nkw)

5(B22BY

p2no1w)

3sd 5(

B22BY p3no1)

ou para uma classe 6 em definitivo. Vale ressaltar, entretanto que havendo disponibilidade de água elas poderão ser usadas no período do veranico, com irrigação de salvação das culturas de ciclo curto. - TERRAS DA CLASSE 6 São terras que dentro do nível tecnológico atual não são consideradas irrigáveis. Pois são geralmente rasas ou apresentam camadas de baixa permeabilidade a profundidades que constituem barreira para percolação vertical da água. Eventualmente alguns dos solos podem ser irrigados, porém não intensivamente. É necessário ainda se fazer melhores estudos nestes solos visto que o número de observações (perfis e tradagens), 4 para cada 100ha é muito baixo. Hoje é consenso que para uma área complexa como o Baixio, o número de observações deve ser bem maior. Também na época considerava-se a profundidade efetiva dos solos de 60cm como sendo já suficiente para uma irrigação intensiva. Vale ressaltar, entretanto que alguns desses solos poderão ser irrigados para salvação de culturas de ciclo curto durante o veranico. Também pequenas áreas poderão ser irrigadas principalmente com vegetais de raízes superficiais, porém não de maneira intensiva. Aconselha-se usar essas terras como reserva da fauna e flora, e como culturas de sequeiro. Os solos dessas áreas constituem as seguintes classes de terras:

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6s 6sd 6sd B66CY

kp1 B66BY kp2o1

G66BZ p3nhfo2

6s 6sd 6std

B66CY krx

B66BZ p2no2 B66BY

kgp2o1

6st 6sd 6std

B66BY kxg

B66BY p2nkw

B66BY kgp3fo2

6sd 6sd

B66BY kp2 B66BZ

p3nak

6sd 6sd

B66BY kp2w1 B66CY

ip2y2o2

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4.4. Legenda das Classes de Terras para Irrigação - CLASSES E SUBCLASSES DE TERRAS Irrigáveis : 2s, 2sd, 3s, 3sd Irrigáveis (uso especial) : 4Ss (aspersão) Provisoriamente não irrigáveis : 5(3s), 5(3sd) Não irrigáveis : 6s, 6st, 6sd, 6std - USO DA TERRA - DRENABILIDADE B – Caatinga ou capoeira X – Boa G – Pastagem nativa (campo de várzea) Y – Restrita L – Cultivos não irrigados Z – Pobre -PRODUTIVIDADE -FATORES ADICIONAIS 1 – Alta • Solo: y – Fertilidade (y1, y2, y3) 2 – Média p – Permeabilidade baixa (p1, p2, p3) 3 – Baixa q – Baixa capacidade de retenção de água 6 – Muito baixa k – Pequena profundidade efetiva (C carbonático ou concreções) h – Textura muito fina - CUSTO DO v – Textura grosseira DESENVOLVIMENTO i – Infiltração elevada 1 – Baixo n – Consistência (exigindo manejo especial) 2 – Médio x – Pedregosidade 3 – Alto a – Salinidade e / ou Sodicidade 6 – Muito Alto • Topografia: - NECESSIDADE DE ÁGUA g - Declividade A – Baixa u - Microrrelevo B – Média r - Rochosidade C – Alta • Drenagem: w – Drenagem interna (lençol freático) o – Drenagem superficial deficiente (escoamento impedido: o1, o2). f - Inundação

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4.5. Extensão, Distribuição Porcentual das Classes de Terras para Irrigação e Correlação com as

Unidades de Mapeamento

CLASSE 2 5.355,39 7,41%CLASSE DE TERRA UNIDADES DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B TOTAL %

2s

B12BY p1q

(***Pe 5/3.1+**Ce 2.2Tb), (***Pe 7/3.2+**Ce 3.3Tb), Ce 3.1Tb, (***Ce

3.1Tb+*Pe 5/3.1),(**Ce 3.1Tb+**Pel 7/3.1), Ce 3.2Tb, Ce 3.2TaTb,(***Ce 3.2Tb+*Pec

5/3.5)

1.745,82 1.068,78 2.814,60 3,90%

2s

B13BY h (***Ce 1.3Ta+*Cev 3.3) 357,68 357,68 0,50%

2s y1q Pe 5/3.1 16,90 16,90 0,02%

B21BX

2sd p2w Cev 4/3.1, (***Cev 4/3.2+**Ce 3.1Tb),

(**Cev 5/3.2+**Pex 7/3.1) 1.220,91 1.220,91 1,69%

B12BY

F2s yv9

B21CX PVe23 945,30 945,30 1,31%

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0,00%

CLASSE 3 25.478,16 35,26%

CLASSE DE TERRA UNIDADES DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B TOTAL %

(**LAe 3.3+**Pel 7/3.3), (**LAe

4.1+**Pel 7/4.1)

(**LAe 4.2+**Pel 7/3.2), Pe 7/3.1, Pe

7/4.1,

3s (***Pe 7/3.2+*Ce 5.1Tb), Pel 7/3.2, B31BX (***Pel 7/4.1+*LAe 3.1),

(***Pel 7/4.2+**Ce 5.3Tb+LAe 5.3),

y2q

(***Pel 7/4.2+*Ce 5/3Tb), (**Pel 7/4.3+**Pe 7/3.3)

3.113,17 157,06 3.270,23 4,53%

0,00%(**Pe 6/3.1+**Pex 7/3.2), (**Pe

7/4.1+**Pex 7/3.1),

3s (**Pel 7/3.2+**Pex 7/3.2), (***Pex

6/3.1+*Pe 6/3.2),

B22BY

p1y2

Pex 7/3.1, (**Pex 7/3.2+*Pel 7/3.2), Pex 7/3.3, Pex 7/4.1

4.827,13 4.827,13 6,68%

(**Pe 5/3.2+**Pec 6/3.5), (**Pe

7/3.3+**Pec 7/3.5), 3s

p1k

(***Pel 7/3.3+*Ce 5.4Tb), Pec 7/3.5,

1.878,57 6.598,34 8.476,91 11,73%

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B13BY (**Ce 3.3 Tb+**LAe 3.3+*Cec 3.5Tb),

Ce 3.5Ta, Ce 4.3Ta

0,00%

3sd

B13BY p2nw Cev 3.3, Cev 4/3.2 2.278,30 175,68 2.453,98 3,40%

0,00%

3sd

B13BY p2nkw (***Cev 4/3.2+*Cec 3.5Tb) 163,39 163,39 0,23%

3sd

B22BY p3no1 V 3.3, (***V 3.3+*Cev 5/3.3) 219,15 219,15 0,30%

3sd (***Ce 1.3Ta+**V 2.3), (***Cev

4/3.2+**V 2.3+*Cevg 4/3.4)

B22BY

p3nho1 V 1.3 , (***V 2.2+*Vg 2.2), V 2.3, (***V

2.3+*Vg 2.2),

(***V 3.3+*Cev 4/3.3)

3.210,58 92,61 3.303,19 4,57%

F3s

B31CX yv9

AQe2 2.764,18 2.764,18 3,83%

CLASSE 4 16.639,30 23,03%

CLASSE DE TERRA UNIDADES DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B TOTAL %

4Ss iqy1 (**Pe 7/5.2+**Ce 5.3TaTb), (**Pe 1.529,88 1.529,88 2,12%

Page 40: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

39

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

B31CX 7/5.3+**Ce 5.3)

LAe 5.2, LAe 5.1, (***LAe 5.2+*Ce

4.2Tb+*Pel 7/5.3)

LAe 7.1, Pe 7/5.1, Pel 7/5.1, (**Pe

7/5.2+**Ce 5.3),

4Ss (**Pel 7/5.2+*LAe 5.2+*Ce 5.2Tb), Pel

8/4.1, Pel 8/5.1,

B31CX (***Pel 8/5.2+**LAe 5.3), Pel 9/5.1,

(**Pel 9/5.2+**LAe 5.2), (**Pel

9/7.1+**Pex 9/5.1), Pel 9/7.2, Pdel 7/5.1, Pdel 8/5.1,

(**Pdel 8/5.1+**LAde 5.1), Pdel 9/5.1,

(**Pdel 9/5.1+*Pe 9/5.1), (***Pdel

9/5.1+*LAde 5.1),

(**Ce 1.1Tb+*Cev 5/2.3), (***Ce

5.1Tb+*Pe 7/3.2),

iqy3

Ce 5.2Tb, (***Ce 5.2Tb+*Pe 7/3.2)

13.316,86 1.033,43 14.350,29 19,86%

4Ss

B32CX iqy3v (**AQe 9.1+**Pdel 9/7.1) 244,62 244,62 0,34%

(**Pe 7/5.1+**Pepl 7/5.1), (**Pel

7/3.2+*Pepl 7/3.2),

4Ss

iqy2p1

(**Pel 8/4.1+*Pex 6/3.2), (**Pex

482,27 32,24 514,51 0,71%

Page 41: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

40

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

7/5.3+**Pe 7/5.3),

B22CY

Pepl 7/5.1, Pepl 8/4.1,

CLASSE 5 5.638,19 7,80%

CLASSE DE TERRA UNIDADES DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B TOTAL %

3s 5(

B13BY p1k) (**Pe 7/5.5+**Ce 5.4), Ce 4.4Ta,

Ce 5.4Ta 506,55 506,55 0,70%

3sd 5(

B13BY p2nkw) (***Cev 4/2.5+**Ce 2.4Ta+*V 2.4),

(**Ce 1.4Ta+**Cev 3.4) 910,75 910,75 1,26%

3sd 5(

B22BY p3no1) (***Cev 4/3.3+*V 3.3) 577,03 577,03 0,80%

0,00%

3sd p3nho1) 5( B22BY

(**V 2.3+**Cev 4/3.4), Vg 1.3 125,69 40,03 165,72 0,23%

0,00%

(**Cev 4/3.2+*Cevg 4/3.2+*Vg 3.3),

3sd (**Cev 4/3.3+*Cevg 4/3.4+*Vg 3.3),5( B22BY

p2no1w) (***Cev 4/3.3+*V 3.3+*Vg 3.3),

(**Cev 5/3.3+*V 3.3)

3.436,33 41,81 3.478,14 4,81%

Page 42: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

41

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

CLASSE 6 19.143,18 26,49%

CLASSE DE TERRA UNIDADES DE MAPEAMENTO ÁREA A ÁREA B TOTAL %

(**LAec 4.6+*Pec 6/3.5), LAdec 5.5,

(**Pec 9/7.5+**Cec 7.7Tb), Ce 1.7Ta,

6s Ce 3.6Ta, Ce 3.7Ta, (***Ce

4.5Ta+*Cek 5.5Ta), B66CY (**Ce 4.5Ta+**Cec 5.7Ta), Ce 7.7Ta,

(***Ce 5.5Ta+*Cex 5.5Ta), (**Cec

4.5Tb+**LAec 5.6)

kp1

Cek 5.5Ta

435,40 2.255,65 2.691,05 3,72%

0,00%

6s

B66CY krx Re 4, (**Re 4+**Ce 3.6Ta) 298,40 298,40 0,41%

6st

B66BY kxg (**Ce 5.7so+**Pec 7/3.5) 7,81 7,81 0,01%

0,00%

6sd (**Ce 4.5Ta+**Cek 3.6Ta+**Cev

4/3.4),

B66BY

kp2 (***Cec 5.7Tb+*Cev 5/3.4+*Cek

3.7Ta)

722,47 722,47 1,00%

Page 43: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

42

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

0,00%

6sd

B66BY kp2w1

(***Ce 5.5Ta+*Cev 5/3.3), (**Cev 5/3.5+**Ce 5.6Ta) 466,37 466,37 0,65%

0,00%

6sd

B66BY kp2o1

(V 3.6+Ce 1.5), (**V 3.6+*Vg 3.5+*Ce 3.7) 819,67 819,67 1,13%

0,00%

Ce 5/3.5, (**Cev 3/2.4+**V 3.3),

(***Cev 3.4+*Ce 4.5),

(**Cevg 5/3.4+**Vg 3.3sa+*Ce

5.7Ta), Cev 5/3.3,

(**Cev 5/3.3+*Cevg 5/3.3), (**Cev

5/3.3+**Cevg 5/3.5),

Cev 5/3.5, (***Cev 5/3.4+*Vg

3.3+*Ce 4.6Ta)

(***Cev 3/2.4+*Ce 3.5Ta+*V 3.3),

Cevg 4/3.2,

6sd (**Cev 4/3.3+*Ce3.5Ta+*Vg 3.3), B66BZ (**Cev 4/3.3+**Cek 3.7Ta), (**Cev

5/3.3+**V 2.2),

(**Cev 4/3.4+*Ce 4.6Ta+*Pec 5/3.5),

Cev 3.4,

(***Cev 4/3.4+*Cevg 4/3.4+*Vg 3.3),

p2no2

(***Cev 4/3.4+*V 3.3), Cev 5/2.3, Cev 5/3.3,

5.332,44 2.036,94 7.369,38 10,20%

Page 44: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

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PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

(***Cev 5/3.4+*V 2.3+*Vg 2.2), Cev 5/3.4, Cev 4/3.4,

(***Cev 4/3.4+*Cevg 5/3.3+*Cek 3.6Ta)

0,00%

6sd (**Ce 4.4Ta+**Cev 4/3.4),

B66BY p2nkw

(**Ce 4.4Ta+*Cev 5/3.4+*Cevg 5/3.3)322,75 322,75 0,45%

0,00%

6sd

B66BZ p3nak V 3.3sa 68,47 68,47 0,09%

0,00%

6sd

B66CY ip2y2o2

(**PLe 6/3.2+**PLe 9/3.1+*Cevg 5/3.2), PLe 9/3.1 313,41 313,41 0,43%

0,00%

V 1.3i, V 2.4, (**V 2.6+**Ce 2.7Ta),

Vg 2.2i,

(**Vg 2.2i+*Cev 3.3), (**Vg 2.2i+*V

3.3),

6sd (*Vg 2.4i+*Cev 4/3.4+*Cek 4.6Taso),

G66BZ (***Vg 2.4i+*Cevg 4/3.4i), (**Vg

2.2i+**Cevg 4/3.2i)

p3nhfo2

Vg 3.5i

3.639,63 490,45 4.130,08 5,72%

0,00%

Page 45: Anexo 1 A - Baixio Avaliacao dos Solos - Gov

44

PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

(**Ce 4.6Taso+**Cev 4/3.4), (**Ce 4.6Taso+**Cev 5/3.4)

6std (**Ce 4.6Taso+**Cev 5/3.5),

B66BY kgp2o1

(**Cek 3.6Taso+*Ce 4.5Ta+*Cev 4/3.4), (**Ce 4.6Taso+**Pec

5/3.5+**Cev 4/3.4)

312,34 626,52 938,86 1,30%

0,00%

6std (**Ce 4.6Taso+**Cev 4/3.4+**Vg

2.2i),

B66BY kgp3fo2

(**Ce 5/7Taso+**Pec 7/3.5) 604,99 604,99 0,84%

6s

B66CY Kv9

Re3 146,02 146,02 0,20%

6s

B66CY Kyv PP, Re3 243,45 243,45 0,34%

TOTAIS 16.219,76 8.561,61 72.254,22 100,00%

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Confidencial 28/11/2006

5. Conclusões e Recomendações O estudo atual foi baseado em trabalhos efetuados para CODEVASF e pela CODEVASF na área do Baixio de Irecê e tiveram por objetivo analisar as informações desses trabalhos (solos com classes de terras para irrigação e drenabilidade), cujos resultados são apresentados em dois (02) mapas esquemáticos de escala 1:50.000, sendo um de solos e outro de classes de terras para irrigação, como também as áreas, porcentagens e correlações das classes de terras / solos que estão nos itens 3.4 e 4.5 do relatório.

Foram estudados 71.398, 81ha sendo 51.572,35ha na margem esquerda norte do Rio Verde e 19.826,46ha na margem direita norte. Dessas áreas foram consideradas 46.217,35ha (64,73%) como irrigáveis; 5.638,19ha (7,90%) temporariamente não irrigável e 19.543,27ha (27,37%) não irrigável. Entre as classes consideradas irrigáveis observa-se a seguinte distribuição: 2s – Com área de 3.509,46ha (4,92%), são terras de solos profundos e muito profundos, com pequenas limitações de fertilidade e disponibilidade de água. Podem ser usados com irrigação localizada ou com aspersão Relacionam-se com Podzólicos e Cambissolos. 2sd – Com área de 1.451,00ha (2,03%), são terras de solos profundos e muito profundos, com problemas de permeabilidade em horizontes subsuperficiais. Podem ser usadas com irrigação por aspersão ou localizada, preferencialmente. Estão relacionadas com Cambissolos vérticos e não vérticos e Podzólicos. 3s – Com área de 16.920,54ha (23,70%), são solos que variam de pouco profundos a profundos, com limitações mais fortes de fertilidade podendo apresentar fragipan o que influi na permeabilidade desses solos. Podem ser irrigados por aspersão ou por métodos localizados. Estão relacionados com Latossolos, Podzólicos e Cambissolos. 3sd – Com área de 7.069, 65 (9,90%), são solos em sua maioria profundos, são representados por Cambissolos, Cambissolos vérticos e Vertissolos, apresentam problemas de permeabilidade, consistência e drenagem, são solos que exigem manejo especial para irrigação. 4Ss – Com área de 17.266,70ha (24,18%), são solos profundos e muito profundos, de fertilidade natural baixa e disponibilidade de água baixas e taxas de infiltração elevadas. Devem ser irrigados por sistema poupador de preferência irrigação localizada. Na fórmula usada, na época do levantamento de solos, está como irrigável por aspersão que foi conservada porque essas terras também podem ser irrigadas por aspersão. A classe 4Ss é constituída por solos leves de textura arenosa (média) e arenosa em sua maior parte. São Latossolos, Podzólicos (alguns com fragipan) e Areias Quartzosas, estes com irrigação localizada (fertirrigação). Do ponto de vista de trabalhos de solos e drenabilidade no Baixio de Irecê, as terras das margens direita e esquerda ambas no setor norte dos estudos efetuados apresentam as seguintes características:

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PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

- Latossolos, Podzólicos, Cambissolos (não vértico) e Areias Quartzosas, de um modo geral, são irrigáveis sem grandes problemas de drenagem exceto os Podzólicos com fragipan a menos de 1 metro de profundidade, que mesmo irrigáveis requerem cuidados especiais de drenagem. Estes solos quando muito rasos não foram considerados irrigáveis. Os Cambissolos não vérticos de um modo geral estão assentes sobre um horizonte pulverulento (Ck) ou diretamente sobre o calcário caatinga fragmentado (com matacões). Também quando rasos não foram considerados irrigáveis. A fertilidade natural dos Latossolos, Podzólicos e Areias Quartzosas (principalmente) é muito baixa. Os Cambissolos tem fertilidade natural de média a alta. Todas essas 4 unidades, porém, apresentam alta deficiência de fósforo. - Cambissolos vérticos seriam, segundo os estudos de drenabilidade, os últimos solos a serem irrigados no Projeto Baixio de Irecê, como um todo, pois necessitam de experimentos para desenvolver procedimentos de manejo de solo e de irrigação. No trabalho efetuado pela CODEVASF – PROJETO BAIXIO DE IRECÊ – CONDIÇÕES DE IRRIGABILIDADE DOS SOLOS CAMBISSOLO VÉRTICO SETOR A-5 (09/05/00), em suas conclusões ele se refere as observações visuais feitas após “longos encharcamentos sofridos no último período chuvoso de dezembro/99 a fevereiro/00”, no Projeto Formoso A – BA. Segundo os técnicos da CODEVASF, diversos plantios de bananeiras e coqueiros irrigados por microaspersão ou aspersão convencional mostraram grandes perdas e fraco desenvolvimento em função do longo encharcamento “provocado pelas chuvas”. A cana-de-açúcar plantada na divisa dos lotes, entretanto apresentava desenvolvimento normal. Segundo este trabalho os Cambissolos vérticos do Formoso A são semelhantes aos do Baixio de Irecê, com pequena diferença de posição, pois os do Formoso A estão em posições topográficas inferiores e são uniformes em suas características enquanto que os do setor A-5 do Baixio de Irecê apresentam variações quanto a profundidade e espessura do horizonte vértico e posição intermediária de relevo: plano e pequena declividade. Com base nessas observações o relatório conclui que: “Embora seja possível o desenvolvimento com culturas de ciclo curto, irrigadas no período de estiagem, ou o plantio de lavouras tolerantes, como a cana-de-açúcar, especialistas em drenagem estimam que a irrigação nesses solos vai provocar a sua salinização, a curto ou a médio prazo (Batista Manuel et.al.: Drenagem como Instrumento de Dessalinização – Brasília, 1998). A CODEVASF por não ser um órgão de pesquisa não efetuou os procedimentos recomendados no trabalho de drenabilidade por ela contratado, dessa maneira não pode afirmar, sem esses experimentos para definição de manejo dos Cambissolos vérticos, que os mesmos não são irrigáveis com manejo adequado. Assim sendo as unidades de mapeamento com Cambissolos vérticos profundos foram considerados irrigáveis, porém devem ser, conforme recomendações dos estudos de drenabilidade, os últimos solos a serem irrigados, principalmente procurando antes adequar o seu manejo a procedimentos experimentais.

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PBIProjeto Baixio de IrecêPBIProjeto Baixio de Irecê

Confidencial 28/11/2006

- Vertissolos, assim como os Cambissolos vérticos, apresentam condições bastante polêmicas, a verdade porém é que, com manejo adequado, os Vertissolos tem sido irrigados com grande sucesso. Não se deve levar em consideração o saprólito permeável ou não, pois com a baixa condutividade hidráulica desses solos (0,04 a 0,0 m/dia), o saprólito não tem influencia no problema de drenagem. Normalmente, o lençol sob o perfil dos Vertissolos irrigados não é função da água infiltrada nesses solos, e sim, é devido a irrigação nas áreas circunvizinhas. Outros aspectos, porém devem ser levados em conta, como o risco de inundação principalmente se situados nas cotas inferiores a 395m porque o nível de segurança de Sobradinho é de 393m. Também as áreas abaciadas constituem problemas, pois formam lagoas temporárias. Sendo os Vertissolos ao norte sujeitos a inundações periódicas devem ser submetidos a um processo de remoção dessas águas, só dessa maneira pode-se avaliar a sua irrigabilidade intensiva. Entre as recomendações para os Vertissolos, pode-se listar as seguintes: − drenagem superficial eficiente para evacuar rapidamente excessos de água; − incorporação de resíduos vegetais ou de culturas especificamente

recomendadas; − determinar a umidade ideal (um pouco inferior a capacidade de campo) para

realização das tarefas com maquinaria; − usar cultivos apropriados; − controlar a fertilidade devido a deficiência de fósforo cujos níveis são muito

baixos em conseqüência do pH elevado, pois nestas condições o fósforo se apresenta insolúvel e não assimilável.

Os solos da classe de terra 5(3s) ou 5(3sd) devem ser usados com cultura de sequeiro ou com culturas de ciclo curto com irrigação principalmente no veranico para evitar a perda de safra (irrigação de salvação), até que procedimentos de manejo garantam o uso dessas terras com irrigação intensiva, ou passem para uma classe não irrigável (6). De um modo geral as terras da classe 6s, 6st, 6sd e 6std, podem, em parte, ser usadas com cultura de sequeiro, e dessas terras algumas pequenas áreas, podem ser usadas com culturas de ciclo curto com irrigação de salvação; capineira etc. Sendo em sua maioria, porém, indicadas como reserva da flora/ fauna, para manutenção do equilíbrio biofísico da área.

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Confidencial 28/11/2006

6. Anexos − Anexo A - Mapa Esquemático de Solos - Escala 1:50.000 − Anexo B - Mapa Esquemático de Classes de Terras para Irrigação -

Escala 1:50.000 − Anexo C – Áreas de Solos − Anexo D – Áreas de Classes de Terras