3.1 baixio viaduto silva lobo 3.2 projeto urbano a8erna

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Detalhes em aço rápido movimento estrutural por: Onlyyouqj/ Freepik REFERÊNCIAL PROJETUAL 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna: ativar o “terrain vague3.3 Estudo de Caso CAPÍTULO 3

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Page 1: 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna

Detalhes em aço rápido movimento estrutural por: Onlyyouqj/ Freepik REFERÊNCIAL PROJETUAL

3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo

3.2 Projeto Urbano A8erna: ativar o “terrain vague”

3.3 Estudo de Caso

CAPÍTULO 3

Page 2: 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna

Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo

Manifestação do Jure do concurso Nacional de Intervenção Baixios de Viaduto

de Belo Horizonte;

Esta se apresentou como solução de implantação simples e manutenção de baixo

custo. A presença de equipamentos de esportes radicais, jogos, áreas de estar, bem

como de espaço destinado a atividades comerciais permite a atração de público

variado para o local. É indicada alteração de localização da área de playground, para

que esta se aproxime da escola de ensino fundamental existente no local, bem como a

criação de condições mais seguras de atravessamento no eixo do viaduto.

Local: Belo Horizonte, MG, Brasil

Ano produção: 2014

Cliente: Prefeitura de Belo Horizonte

Autores: arq. Vinícius Capella, arq. Daniele de Souza Capella (ENTRE Arquitetos)

e arq. Alecsander Gonçalves.

Área: 5100.0 m2

O viaduto de Silva Lobo esta localizado no centro de Belo

Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais. (Imagem 05,06,07)

Este projeto foi proposto para o Concurso Nacional de Intervenção

Baixios de Viaduto de Belo Horizonte, e conquistou o 1º lugar no

Concurso no 3º Viaduto - VIADUTO CINQUENTA E DOIS - AV.

SILVA LOBO SOB AV. AMAZONAS.

Com uma importante iniciativa para o futuro das nossas cidades

para a revalorização do espaço público. A proposta para o viaduto 03,

parte da manipulação da topografia, positiva e negativa para a criação

de espaços de permanência e encontro (imagem08). A estratégia visa

adicionar programas que geram fluxos constantes no baixio do viaduto

sem bloquear as visuais sob o viaduto, de forma a garantir a sensação

de segurança dos usuários cotidianos e transeuntes.

Fonte: Wikipedia

N

Fonte: Google Maps

Fonte: Google Maps

Fonte: site ENTRE Arquitetos

REFERÊNCIAL PROJETUAL

13

Imagem05: Mapa de Brasil/ Minas Gerais /

Belo HorizonteImagem06: Mapa de Belo Horizonte / Viaduto Silva Lobo

Imagem07: localização Viaduto Silva Lobo

Imagem08: Projeto Viaduto 52

Page 3: 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna

Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo

3.1.1 INSERÇÃO URBANA 3.1.2 ACESSO/ CIRCULAÇÃO

Projeto é proposto para a área embaixo do

Viaduto da Avenida Amazonas com a Avenida Silva

Lobo, localizado no Bairro Barroca, região Oeste de

Belo Horizonte. A área tem grande problema pela

existência de usuários de drogas, principalmente de

crack, que usam em plena luz do dia no local, a noite

a situação piora muito. Onde se presenciam vários

assaltos, arrombamento a carros e lojas na região,

ainda mais por se localizar no cruzamento de duas

avenidas movimentadas. Além da circulação diária de

muitas crianças em duas escolas há cerca de 30

metros de distância do viaduto. Por isso a busca pelo

projeto de revitalização da área para potencializá-la

como um lugar de extensão urbana e multiuso.

Para Daniele de Souza Capella, arquiteta, “o

baixio do viaduto sempre foi visto como algo

negativo, pois se tratava de uma área residual da

cidade que afastava a população do espaço. Para

quebrar esse estigma, foi discutido um programa

capaz de gerar fluxos constantes sem bloquear as

visuais sob o viaduto, garantindo a sensação de

segurança dos usuários cotidianos e transeuntes. A

ideia é que o lugar participe da dinâmica da cidade”.

O acesso ao terreno do projeto em questão se da principalmente pela Av.

Silva Lobo. (em vermelho imagem09). Já os pedestres se dão por todo o entorno, tanto

pela rua Cuiabá (em amarelo na imagem09), quanto a Rua Bogari.

Todo acesso ao terreno se encontram em bom estado, por ser uma das principais

vias da cidade de Belo Horizonte e abrigando um grande fluxo.

A circulação de pessoas pelo local é constante tanto pelo comercio ao redor

como Igreja, centro de saúde, Hospital e os correios, quanto para as crianças que

moram no entorno do terreno e ter que passar por ali, para ir até escola que fica

30m do local.

Atualmente a Av. Silva Lobo cruza embaixo do viaduto, fragmentando os

seus dois lados. Para conectá-los e priorizar o pedestre, uma lombo faixa

transpõe o nível da rua. Uma simples mudança no tratamento do piso, cria uma

zona de baixa velocidade dos veículos dando continuidade ao passeio peatonal.(em laranja na imagem09).

14

Fonte: site

ENTRE

Arquitetos,

modificada

pelo Autor

2017

REFERÊNCIAL PROJETUAL

Imagem09: Implantação projeto

Page 4: 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna

Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo

3.1.3 EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIO

Com uma fórmula estrutural muito básica, planos horizontais e

linhas verticais proporcionam infraestrutura e espaços de

permanência. Essas ‘‘nuvens’’ (imagem10) compostas de tubos

metálicos e placas cimentícia criam plataformas leves e de fácil

adaptação na estrutura existente. Essa topografia artificial também

oferece às pessoas um espaço de permanência em que o programa

não é definido pelo arquiteto, mas mutável e em constante renovação

conforme as necessidades do momento. Um aluno que queira ler um

livro, um grupo que se encontra para conversar, ou uma apresentação

musical em que a plataforma se transforma em arquibancada, as

pessoas se apropriam de acordo com as necessidades do cotidiano.

Indefinido, portanto infinito como potencial. Luz, arquibancada

(imagem11), mesas, bancos, energia, água, banheiro, bicicletários

(imagem12), pista de skate (imagem13), playground. Tudo isso garante a

possibilidade de diversos usos trazendo vida ao local - tanto de dia

quanto há noite. O que antes gerava sombra, passa a emitir luz.

A base do projeto são mobiliários projetados pelos arquitetos

dando características ao local, sempre buscando o conforto e

segurança dos usuários. Além dos mobiliários encontramos

equipamentos como sanitário, lanchonete e oficina de bicicleta

projetados para o local.

Fonte: ENTRE Arquitetos Fonte: ENTRE Arquitetos

3.1.4 VEGETAÇÃO E MATERIAIS

Esses componentes são o fio condutor de um espaço para convívio.

Eles marcam a paisagem e atraem a curiosidade das pessoas ao redor. O

que surpreende é a simplicidade de materiais que formam o partido,

como o aço e o concreto.

“A opção pelo aço nas plataformas horizontais é devido à

facilidade de montagem, além de ser um produto que assegura leveza

aos demais elementos arquitetônicos. Já o concreto é o mais indicado

para executar a pista de skate e o playground, servindo também como

revestimento principal do piso, já que é muito fácil de manter”. Fonte: site

ENTRE Arquitetos,

Este viaduto tem uma característica marcante que é um rasgo de

luz que se forma pela separação das duas pistas superiores. Ao longo da

projeção desse rasgo, plantas crescem em tubos verticais. Além de

trazer um verde para o baixio, a vegetação cria um canteiro inusitado

(imagem14) para quem passa pela Avenida Amazonas.

O que era antes a parte de baixo de uma via para automóveis,

passa a ser o céu para aqueles que usam o baixio do viaduto. Partindo

de um conceito literal, essa inversão do espaço adquire uma nova

lógica. Essas pinturas de nuvens nos concretos do viaduto tem o

propósito de transformar o espaço limitado pelo viaduto trazendo leveza

ao maciço de concreto existente e tornando o espaço mais lúdico.(imagem15)

Fonte: ENTRE Arquitetos Fonte: ENTRE ArquitetosFonte: ENTRE Arquitetos

15REFERÊNCIAL PROJETUAL

Imagem12: bicicletários Imagem13: Pista de SkateImagem14: vegetação

sob viadutoImagem10: vegetação

sob viaduto

Imagem15: pintura teto sob

viaduto

Fonte: ENTRE Arquitetos

Imagem11: Arquibancadas

Page 5: 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna

Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo

3.1.5 VOLUMETRIA

Os viadutos são estruturas estritamente pensadas para os

automóveis. Visam garantir o fluxo rodoviário – acima de tudo.

Essas estruturas rasgam a malha urbana e geram espaços residuais e

sombrios que são rapidamente ocupados pela informalidade. De

espaços residuais, se tornam espaços de resíduos. A partir de um

novo olhar, a estrutura dos viadutos pode ser transformada em

infraestrutura urbana. (imagem16)

È isso que o projeto busca trazer menos impacto do que a obra

de um viaduto já traz. Por isso os únicos volumes que encontramos

são lanchonetes, banheiros e a oficina de bicicleta, o playground e a

pista de skate são piscinas.

3.1.6 HIERARQUIA ESPACIAL

O desenvolvimento do projeto busca com a proposta transformar

uma área degradada em um espaço público acessível e de grande

usabilidade dos usuários e moradores locais. Por isso a busca por

equipamentos de grande usabilidade.

A dinâmica da cidade está em constante transformação, assim como

os seus usos. Por isso, é preciso criar espaços mais flexíveis que

possibilite diversas ocupações no espaço público. Tudo isso garante a

possibilidade de diversos usos trazendo vida ao local. Por tanto o espaço

busca ser todo público. Os locais que são usos privados são; lanchonete,

oficina de bicicleta e os banheiros semi públicos. Como podemos

observar implantação. (imagem 17).

Privado PúblicoSemi Público

LEGENDA :

16

Fonte: ENTRE Arquitetos

Fonte: ENTRE Arquitetos modificada pelo

Autor,2017

REFERÊNCIAL PROJETUAL

Imagem16: Cortes Imagem17: Planta Baixa

sob viaduto de Silva Lobo Área de estar/ usos diversosLer, conversar, tocar violão, se encontrar

Mesas de ping pongJogar ping pong, sentar-se

Banca de jornalComprar revistas, ponto de encontro

Piso em concreto desempenadoAndar de bicicleta, skate, patins.

Área de estar/usos diversosLer, conversar, tocar violão, se encontrar.

Estrutura treliçada em perfil metálico

branco e piso em placa cimentícia

Mesas de ping pongJogar ping pong, sentar-se

Page 6: 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna

A escolha do referencial foi feita, pois o projeto se adequou aos moradores e usuários assim como os usos propostos. Com estudo do

referencial, podemos notar como foi resolvido os principais problemas que encontramos em propostas como esta, como local perigoso,

visualização e segurança para os usuários. Os usos dados com pista skate, playground, balanços, lanchonetes e banca de jornais. Trazem o uso e

convívio de usuários tanto de dia quanto de noite, trazendo sempre movimento ao local.

Quando se pensa em um uso como esses, temos que pensar além do projeto por isso o grupo de Arquitetos do escritório ENTRE confirmam,

para que se tenha uma ambiência com qualidade urbana, é essencial que a Prefeitura de Belo Horizonte, além de oferecer a infraestrutura

arquitetural, promova eventos de ativação urbana, em especial no início do novo uso. Pequenos shows musicais, feiras gastronômicas, festas de

celebração, encontros dos locais, são exemplos. Esses eventos de exceção, efêmeros por natureza, criam uma densidade de uso âncora para

manutenção e apropriação do espaço. Aos poucos essa política pública de gerenciamento relacional pode ser dividida com os moradores locais,

com a criação de uma comissão do bairro.

Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo

3.1.7 DEFINIÇÃO DOS ESPACOS

1

3

2 2

4

5 6 7

8

9 10

11

12

13

1. Sanitários públicos

2. Aterro com terra retirada do piscinão

3. Lanchonete e mesas para alimentação

4. Balanços fixos na cobertura

5. Playground em banco de areia

6. Área de estar/ usos diversos

7. Área de estar/ Usos diversos

8. Mesas de pingpong em concreto armado

9. Banca de Jornal

10.Mesas de jogos e de leitura

11.Piscinão para skatistas

12.Oficina para bicicletas

13. Paraciclos

Espécie arbórea

LEGENDA :

3.1.8 ESCOLHA

17

Fonte: site ENTRE Arquitetos

REFERÊNCIAL PROJETUAL

Imagem18: Implantação Projeto

Page 7: 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna

Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.2 Projeto Urbano A8erna: ativar o “terrain vague”

18

Arquitetos: NL Architects

Localização: Koogaan de Zaan, Zaanstad,

Holanda

Data de Execução: 2003 – 2006

Área: 22.500m² de espaço público, 1.500m² de

comércio

Orçamento: 2.100.000 de Euros

. Fonte: Wikipedia Fonte: Google Maps Fonte: Google Maps

O Projeto Urbano A8erna está localizado no distrito de Koogan de

Zaan, no município de Zaantasd, uma cidade na província da Holanda

do Norte, e fica próxima de Amsterdã. (imagens 19,20 e 21).

A8erna é um projeto de renovação urbana feito para revitalizar o

espaço abaixo de uma rodovia elevada, a auto-estrada A8 (de onde tirao seu nome, A8erna), foi o projeto vencedor do Premio Europeu de

2006 para espaço urbano público.

O projeto contém uma área para adolescentes que consiste em

uma zona de graffiti , bancos para casais, um parque de skate, mesas de

ping-pong, um palco de dança, um pequeno campo de futebol e uma

quadra de basquete. Juntamente com um super mercado (imagem 22).

.

Fonte: Archdaily

REFERÊNCIAL PROJETUAL

Imagem 19. O distrito estatístico de Koogaan de Zaan no município de Zaanstad

Imagem 22. Projeto Urbano A8erna

Imagem 20. Mapa de Koogan de Zaaz. Imagem 21. Projeto Urbano A8erna: ativar o “terrain vague”

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Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.2 Projeto Urbano A8erna: ativar o “terrain vague”

19

3.2.1 INSERÇÃO URBANA 3.2.2 ACESSO/ CIRCULAÇÃO

Este é um projeto de revitalização urbana que ocupa o espaço

abaixo de uma rodovia elevada, A8 (de onde tira o seu nome,

A8erna) em Koogaan de Zaan, Holanda. Para contextualizar, Koog

é uma pequena cidade próxima de Amsterdam, nas margens do rio

Zaan, um dos milhares que compõem a geografia dos Países

Baixos. No início dos anos 70, começou-se a construir esta estrada

elevada sobre pilotis para atravessar o rio. Onde a mesma começa a

é traçada na malha urbana no meio da cidade, gerando um corte

radical no tecido urbano, sendo que a igreja da cidade e o resto do

município como comércios e residências ficaram em lados opostos

a igreja. O escritório de arquitetura NL viu uma oportunidade na

espécie de "catedral alongada“ que seria alongar a praça da igreja

junto com esse projeto sob a rodovia, formaram então entre os

pilares sob o viaduto o "documento cidadão A8ernA“ uma estreita

relação com os cidadãos e usuários locais junto a igreja. Este é

um projeto que mostra nos terrenos baldios a oportunidade de pedir

mais instalações públicas e controle sobre o vandalismo abaixo da

rodovia, comum nas cidades hoje em dia que não trazem usos a

seus viadutos.

Desta maneira, o projeto transforma o que era uma cicatriz

urbana, segregadora e vazia, em um elemento integrador do espaço

urbano. Segundo o memorial de projeto, passa de um espaço

periférico residual a um centro, de um estacionamento informal a

um lugar dinâmico com vários usos.

O acesso ao terreno do projeto em questão se da pelas ruas

laterais Verzetstraat (em vermelho imagem23), a Rua Raadhuisstraat (em amarelo

imagem23) de acesso ao Super Mercado e a Rua Pinkstraat (em laranja na

imagem 23) de acesso a pista de skate. Já os pedestres se dão por todo o

entorno, tanto pelas calçadas das ruas do entorno, quanto usuários dos

comércios locais. Todos acessos ao terreno se encontram em bom

estado abrigando apenas fluxo de acesso ao local e suas obras vizinhas.

A circulação de pessoas pelo local é constante tanto pelo

comércio ao redor como pela Igreja, centro de eventos, Creche, Escola

de Educação Especial entre outros.

Fonte: Google Maps

REFERÊNCIAL PROJETUAL

Imagem23: Entorno do projeto

Rua Verzet

Rua Raadhuis

Rua Pink

LEGENDA :

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Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.2 Projeto Urbano A8erna: ativar o “terrain vague”

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3.2.3 EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIO 3.2.4 VEGETAÇÃO E MATERIAIS

O projeto A8erna, uma cadeia de intervenções de

programas públicos e equipamentos que aproveitam a

rodovia para configurar um grande espaço urbano

coberto. Esta série é composta por uma pista de skate

(imagem24) , uma galeria de graffiti (imagem24) , uma quadra

poliesportiva (imagem25), um supermercado (imagem26) , uma

floricultura e uma peixaria, estacionamentos (imagem27)

para 120 automóveis e uma pequena marina (imagem28) .

Os estacionamentos organizam-se em torno do

volume do supermercado para corrigir a forma

desordenada e ineficiente em que se estacionavam os

automóveis no terreno baldio anteriormente ao projeto(imagem29)

A intervenção coberta complementa-se com outros

programas e elementos ao longo da borda da rodovia

como, por exemplo, uma parada de ônibus, praças e o

redesenho total da orla do rio, que havia sido

degradada pelo recente adensamento não planejado da

borda. Por isso, na região mais próxima do rio, criou-se

uma pequena baía que atua como marina, cancha

aquática e entrada para o canal.

Fonte: site Archdaily

De um “terrain vague” local

de abandono social a um ponto

focal na região. Tudo isso com a

simples e econômica intervenção de

localizar um programa

aproveitando uma (grande)

cobertura existente e configurar um

espaço com formas e materialidade

de qualidade.

O projeto utiliza de

revestimentos como a madeira

(imagem30) em pilares do viaduto e o

revestimento de piso com a

passagem de pedestres até a orla do

rio, sob essas passarelas. (imagem31).

Em conjunto com o projeto de

grande escala, foram projetados

detalhes que respondem aos

pedidos particulares das demandas

cidadãs iniciais. Por exemplo, o

revestimento externo do

supermercado é de chapas metálicas

corrugadas (imagem32) para

desincentivar as intervenções de

graffiti nos muros e orientá-los para

a pista de skate e a galeria.

Imagem28: pequena marinaImagem27: Estacionamento

lateral do Supermercado

Fonte: site Archdaily

Imagem26: Supermercado

Imagem25: Quadras Poliesportivsa

Fonte: site Archdaily

Imagem31: Revestimento em

madeira no piso seguindo com

passarelas

Imagem32: Revestimento

paredes do Supermercado

REFERÊNCIAL PROJETUAL

Imagem24: Pista de Skate

Fonte: site Archdaily

Fonte: site Archdaily

Imagem29: local anterior

ao projeto

Fonte: site ArchdailyFonte: site Archdaily

Imagem30: Revestimento

em madeira

Fonte: site Archdaily

Fonte: site Archdaily

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Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.2 Projeto Urbano A8erna: ativar o “terrain vague”

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3.2.5 VOLUMETRIA 3.2.6 HIERARQUIA ESPACIAL

Privado PúblicoSemi Público

LEGENDA :

Mesmo com a busca por um projeto de uso público com

equipamentos e mobiliários. O projeto teve usos privados e semi

público para melhor segurança do local. O supermercado no local traz

movimentação em todos os turnos do dia, junto a uma banca de jornal e

uma floricultura trazendo harmonia e movimentação pelo local.

Semi público localizamos as quadras poliesportivas e a pista de

skate que são fechados para maior segurança e não ter degradação do

local.

E Público é todo entorno do local como a pequena marina, a orla as

praças em seu entorno junto as vias de passeio público como

demostrado abaixo (imagem 35).

Os viadutos são estruturas que causam grande impacto em seu

entorno, tanto pela sua altura muitas vezes com o entorno como é o

caso deste projeto, onde seu entorno são obras mais baixas que seu

próprio volume. Como também o comprimento do viaduto,

causando um grande rasgo urbano na cidade.

As volumetrias sob viaduto ficam por conta do supermercado e

das lojas comerciais onde encontramos a banca e a floricultura

(imagem33). São volumetrias de estrutura em aço e revestimento em

vidro e no super mercado com revestimento em telhas metálicas,

impossibilitando a pichação do mesmo.

O viaduto com o projeto é um local de grande impacto com

sua volumetria, mas que tem rasgos de visualização nas calçadas e

vias como mostra a imagem34 .

Imagem33: Volume junto com seu entorno

Imagem34: Volume com visibilidade

do entorno com as vias de passagem

Imagem35: Implantação com

Hierarquia espacial

REFERÊNCIAL PROJETUAL

Fonte: Google Maps

Fonte: Google Maps

Fonte: Archdaily modificada pelo Autor,2017

Page 11: 3.1 Baixio Viaduto Silva Lobo 3.2 Projeto Urbano A8erna

Trabalho Final de Graduação 1Acadêmica; Thayara de Freitas TeixeiraOrientador; Cezar P. Prates

3.2 Projeto Urbano A8erna: ativar o “terrain vague”

22

3.2.8 ESCOLHA

1

23

4

5

6

6

66

78

910

11

12

131. Super Mercado

2. Floricultura

3. Peixaria

4. Quadra Poliesportiva

5. Pista de Skate

6. Estacionamento

7. Escola de Educação Especial

8. Creche

9. Igreja Kogerkerk

10. Universidade

11. De Lindenboomzaal local de eventos

12.Centro Comunitário

13. Marina, cancha aquática e entrada

para o canal.

LEGENDA :

3.2.7 DEFINIÇÃO DOS ESPACOS

Escolhido como referencial, por sua proposta imposta a um

local onde antes era corte na malha urbana da cidade, hoje faz

ligação entra duas partes da cidades. Projeto se tornou extensão da

praça da igreja junto a praça da área de eventos.

Hoje também sofremos com o impacto que o viaduto fez sobre

a cidade que é cortado pelo mesmo, se dividindo em dois bairros

Humaitá de cima e de baixo. Este referencial ao contrário do

primeiro já está executado por conta disso, sabemos como reagir

com implantação dos mobiliários. E como podemos administrar com

o vandalismo que ocorre em lugares como esses sob o viaduto. A

solução do projeto foi fazer as paredes do mercado implantado no

local, chapas metálicas onduladas para não haver pichação e

degradação do mesmo. Onde no projeto foi proposto uma galeria de

graffiti e até a pista de skate que podem ser pinchadas pelos

usuários.

Imagem36: Implantação com volume

do viaduto

REFERÊNCIAL PROJETUAL

Fonte: site Archdaily modificado pelo autor,2017