anÁlise financeira empresarial todescatto & vigarani ... · canuto da silva e orientação...

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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Gabriela Gonçalves de Matos Mariana Vigarani Todescatto ANÁLISE FINANCEIRA EMPRESARIAL Todescatto & Vigarani Eletrodomésticos Ltda - ME Lins LINS SP 2017

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Gabriela Gonçalves de Matos

Mariana Vigarani Todescatto

ANÁLISE FINANCEIRA EMPRESARIAL

Todescatto & Vigarani Eletrodomésticos Ltda - ME

Lins

LINS – SP

2017

GABRIELA GONÇALVES DE MATOS

MARIANA VIGARANI TODESCATTO

ANÁLISE FINANCEIRA EMPRESARIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis, sob a orientação do Prof. Esp. Rogério Canuto da Silva e orientação técnica da Profª Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner.

LINS-SP

2017

Matos, Gabriela Gonçalves de; Todecastto, Mariana Vigarani Análise Financeira Empresarial: Todescatto e Vigarani Eletrodomésticos

Ltda – ME / Gabriela Gonçalves de Matos; Mariana Vigarani Todescatto. – Lins, 2017.

60p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2017.

Orientadores: Rogério Canuto da Silva; Érica Cristiane dos Santos Campaner

1. Índices financeiros. 2. Demonstrações contábeis. 3. Análise financeira

empresarial. 4. Tomada de decisão. I Título.

CDU 657

M381

GABRIELA GONÇALVES DE MATOS

MARIANA VIGARANI TODESCATTO

ANÁLISE FINANCEIRA EMPRESARIAL

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: 30 / 11 / 2017

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Esp. Rogério Canuto da Silva

Titulação: Gestão Empresarial com Ênfase em Marketing e Recursos Humanos

pelo Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Lins - SP.

Assinatura:_______________________________________

1º Prof.: Dr. André Ricardo Ponce dos Santos

Titulação: Doutor em Engenharia da produção pela Universidade Metodista de

Piracicaba – UNIMEP, Santa Bárbara D’Oeste-SP.

Assinatura:_________________________________________

2º Prof.: Me. Ricardo Yoshio Horita

Titulação: Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal de

São Carlos – UFSCAR, São Carlos-SP.

Assinatura:________________________________________

Dedicamos esse trabalho:

Primeiramente a Deus, pois sem Ele, não conseguiríamos essa benção

que é terminar o trabalho com a satisfação de dever cumprido, Ele nos deu força

de vontade, dedicação ao trabalho, para que concluíssemos com sabedoria mais

essa etapa.

Aos nossos pais, que nos apoiaram em cada momento de nossas vidas e

agora mais do que nunca estão ao nosso lado nos ajudando, nos incentivando,

mostrando que tudo o que eles nos ensinaram um dia sobre perseverança,

atitude, esforço, responsabilidade, zelo, estamos colocando em prática ainda

mais para que possamos concluir mais essa etapa. Cada conquista que tivemos e

teremos é dedicada a vocês nossos pais, que foi quem nos ensinou a ser quem

somos hoje!

Ao marido da Mariana (Felipe), ao namorado da Gabriela (Nathan), que

nos momentos difíceis também nos apoiaram e nos ajudaram. Também

entenderem sempre nosso lado, e além de namorado ou marido primeiramente

são amigos, sempre nas nossas conquistas estiveram ao nosso lado e ficaram

felizes junto conosco. Sabemos que houve momentos difíceis para ambos os

casais, mas o que sempre prevaleceu e sempre irá prevalecer será o

companheirismo. Agradecemos por serem pessoas maravilhosas que

escolhemos ter ao nosso lado!

Dedicamos também aos familiares e amigos, que também tiveram uma

parte em tudo isso, pois também nos apoiaram e estiveram ao nosso lado e nos

ajudaram direta ou indiretamente.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por essa conquista, por ter nos dado

disposição, responsabilidade, saúde e essa oportunidade de concluirmos o

nosso trabalho superando todos os obstáculos e desafios que enfrentamos

nessa jornada.

Aos nossos pais que nos ajudaram muito nessa etapa como todo o

seu amor, carinho e ensinamentos.

Aos nossos orientadores Prof. Rogério e Prof.ª Érica que tiveram

muito carinho e paciência para nos ajudar a concluir nosso trabalho, muito

obrigada!

À todos nossos professores que nos deram esse conhecimento ao

longo desses 4 anos, principalmente ao professor Irso Tofoli que foi um dos

motivos para a escolha do tema e nossa dedicação.

Agradecemos à empresa Todescatto & Vigarani que nos abriram a

porta para essa experiência em nossas vidas e que conseguimos concluir com

êxito. À todos os funcionários que com carinho e dedicação nos ajudaram e nos

auxiliaram para estarmos finalizando nosso trabalho.

Ao Felipe (marido da Mariana), ao Nathan (namorado da Gabriela),

nossos amigos, familiares, que nos ajudaram à chegar aonde chegamos, cada um

tem um valor especial em nossas vidas e cada um nos ajudaram de vários

formas.

A todos que estiveram conosco nessa jornada, muito obrigada!

RESUMO

Hoje em dia o cenário do mundo econômico, acrescentando à concorrência que cada ano que passa fica mais acirrada entre as empresas que sempre buscam ter os melhores resultados, surge à necessidade de obter ferramentas que auxiliam nas tomadas de decisões e no controle das empresas. Destaca-se neste cenário como uma das ferramentas a análise financeira empresarial, que proporciona para os empresários as informações necessárias para uma avaliação empresarial e para as tomadas de decisões. A análise traduz dados das demonstrações contábeis e do balanço patrimonial em informações que permitem avaliar o desempenho dos negócios e verificar a evolução das contas patrimoniais decorrentes de determinados períodos. Com os resultados dos índices financeiros que são calculados, a empresa pode comparar-se com os concorrentes e com isso obter os pontos fracos e fortes de cada um. Com isso, tem-se como objetivo principal mostrar a importância da análise financeira dentro de uma empresa, uma vez que através dela pode-se visualizar a vida da empresa, sendo o ponto de partida para a tomada de decisões. Para a realização da análise foi utilizado os métodos Estudo de caso, Observação Sistemática, Histórico da empresa e Entrevista com o proprietário. Para a demonstração desses indicadores na prática, foi realizada uma pesquisa de campo na empresa durante o período de janeiro de 2014 a outubro de 2017. A empresa Todescatto e Vigarani Eletrodomésticos LTDA-ME é uma empresa que se destaque no ramo de conserto de eletrodomésticos e venda de peças referentes a esses eletrodomésticos, e vem buscando expandir a empresa. Através da análise financeira realizada na empresa estagiada, comprovou-se que a aplicação da análise financeira empresarial junto com a interpretação adequada com a realidade da empresa, proporciona para o gestor informações necessárias para que a empresa continue tendo sucesso no mercado.

Palavras-chave: Índices financeiros. Demonstrações contábeis. Análise financeira empresarial. Tomada de decisão.

ABSTRACT

The current economic world, adding to the competition that every year is fiercer among the companies that always seek to have the best results, arises to the need to obtain tools that help in the decision making and the control of the companies. Thereby, the business financial analysis stands out as one of the tools which provides entrepreneurs with the necessary information for a business evaluation and for decision-making. The analysis translates data from the financial statements and the balance sheet into information that allows us to evaluate the business performance and to check the evolution of the balance sheet accounts for certain periods. With the results of the financial indexes that are calculated, the company can compare itself with other companies and thus obtain the strengths and weaknesses of each one.Therefore, it has as main objective to show the importance of the financial analysis within a company, since through it one can visualize the life of the company, being the starting point for the decision making. To do the analysis, we used as the methods: case study, systematic observation, the company history and an interview with its owner. Demonstrating these indicators in practice, a field survey was conducted at the company between January 2014 to October 2017. Todescatto and Vigarani Eletrodomésticos LTDA-ME is a company stands out in the branch of repair of appliances and sale of parts referring to these appliances, and has been seeking to expand the company. Through the financial analysis made at the staged company, it was verified that the application of the company financial analysis, together with the proper interpretation with the reality of the company, provides to the manager necessary informations for the company to continue having success in the market.

Keywords: Financial indexes. Financial statements. Business financial analysis. Decision-making.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fachada ...............................................................................15

Figura 2 – Oficina ..................................................................................15

Figura 3 – Balcão ..................................................................................16

Figura 4 – Fachada em 1997 ................................................................16

Figura 5 – Balcão em 1997 ...................................................................17

Figura 6 - Oficina em 1997 ....................................................................17

Figura 7 – Eletrodomésticos .................................................................19

Figura 8 – Marcas de Fornecedores .....................................................19

Figura 8 – Marcas de Fornecedores (continuação)...............................20

Figura 9 – Organograma .......................................................................20

Figura 10 – Exemplo DMPL ..................................................................27

Figura 11 – Exemplo DFC .....................................................................28

Figura 12 – Índice de Liquidez Geral ....................................................40

Figura 13 – Índice de Liquidez Corrente ...............................................41

Figura 14 - Índice de Liquidez Seca ......................................................42

Figura 15 - Índice de Liquidez Imediata ................................................43

Figura 16 - Índice de Participação de Capital de Terceiros ...................43

Figura 17 - Índice de Endividamento Geral ...........................................44

Figura 18 - Prazos Médios ....................................................................46

Figura 19 - Índices de Lucratividade .....................................................48

Figura 20 - Índices de Rentabilidade ....................................................50

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Balanço Patrimonial.............................................................23

Quadro 2 – Demonstrações Contábeis...................................................25

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC: Ativo Circulante

AP: Ativo Permanente

CMV: Custo das Mercadorias Vendidas

CCL: Capital Circulante Líquido

ELP: Exigível a Longo Prazo

GA: Giro do Ativo

IBRACON – Instituto Brasileiro dos Contadores

ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

ILC: Índice de Liquidez Corrente

ILG: Índice de Liquidez Geral

ILI: Índice de Liquidez Imediata

ILS: Índice de Liquidez Seca

IIPL: Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido

IPCT: Índice de Participação de Capital de Terceiros

IPI: Imposto de Produtos Industrializados

LTDA: Limitada

MB: Margem Bruta

ML: Margem Líquida

MOP: Margem Operacional

PC: Passivo Circulante

PL: Patrimônio Liquido

PMPC: Prazo Médio de Pagamento das Compras

PMRE: Prazo Médio de Renovação de Estoque

PMRV: Prazo Médio de Recebimento das Vendas

RA: Rentabilidade do Ativo Total

RLP: Realizável a Longo Prazo

RPL: Rentabilidade do Patrimônio Liquido

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

CAPÍTULO I - VIGARANI & TODESCATTO ELETRODOMESTICOS LTDA-

ME ........................................................................................................... 14

1 HISTÓRIA DA EMPRESA ..................................................................... 14

2 FOTOS ATUAIS E ANTIGAS ................................................................ 15

3 MISSÃO .................................................................................................. 17

4 VISÃO .................................................................................................... 18

5 VALORES .............................................................................................. 18

6 PRODUTOS ........................................................................................... 18

7 CLIENTES .............................................................................................. 19

8 FORNECEDORES ................................................................................. 19

9 ORGANOGRAMA ................................................................................. 19

CAPÍTULO II - ANÁLISE FINANCEIRA EMPRESARIAL ................................ 21

1 A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE FINANCEIRA .................................. 21

2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................... 22

2.1 Balanço Patrimonial ............................................................................. 23

2.1.1 Ativo .................................................................................................... 24

2.1.2 Ativo Circulante ................................................................................... 24

2.1.2.1 Ativo Não Circulante ........................................................................... 24

2.1.3 Passivo ................................................................................................ 24

2.1.3.1 Passivo Circulante ............................................................................... 24

2.1.3.2 Passivo não Circulante ........................................................................ 24

2.1.3.3 Patrimônio Líquido ............................................................................... 24

2.2 Demonstrações do resultado do exercício (DRE) ................................ 25

3 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA) ....................... 25

4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO

(DMPL) 26

5 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ......................................... 27

6 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ............................................... 28

6.1 Análise Vertical .................................................................................... 28

6.2 Análise Horizontal ................................................................................ 29

7 INDICADORES FINANCEIROS .......................................................... 29

8 CAPITAL DE GIRO .............................................................................. 30

8.1 Capital de Giro Líquido ......................................................................... 30

8.2 Capital de Giro Próprio ......................................................................... 31

9 ÍNDICES DE ATIVIDADES .................................................................. 31

9.1 Prazo Médio de Renovação de Estoque .............................................. 31

9.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas ............................................ 32

10 CICLO OPERACIONAL ....................................................................... 32

11 CICLO FINANCEIRO ........................................................................... 33

12 VALOR ECONÔMICO AGREGADO .................................................. 33

13 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (WACC) ....................... 33

14 ÍNDICES FINANCEIROS ..................................................................... 34

14.1 Índice de participação de capital de terceiros ...................................... 34

14.2 Índice de endividamento geral ............................................................. 34

14.3 Índice de endividamento de curto prazo ............................................... 34

14.4 Índice de imobilização do patrimônio líquido ........................................ 35

14.5 Índice de imobilização de recursos não correntes .............................. 35

14.6 Índice de liquidez ................................................................................ 35

14.6.1 Índice de liquidez geral ......................................................................... 35

14.6.2 Índice de liquidez corrente ................................................................... 36

14.6.3 Índice de liquidez seca ......................................................................... 36

14.6.4 Índice de liquidez imediata ................................................................... 36

15 MARGEM BRUTA ............................................................................... 36

15.1 Margem operacional............................................................................. 37

16 NECESSIDADE DO CAPITAL DE GIRO ............................................ 37

CAPÍTULO III - PESQUISA DE CAMPO .......................................................... 39

1 ANÁLISE FINANCEIRA EMPRESARIAL DA EMPRESA TODESCATTO

& VIGARANI ELETRODOMÉSTICOS – LTDA- ME ........................................ 39

1.1 Índices de Liquidez............................................................................... 39

1.1.1 Índice de Liquidez Geral ....................................................................... 40

1.1.2 Índice de Liquidez Corrente ................................................................. 40

1.1.3 Índice de Liquidez Seca ....................................................................... 41

1.1.4 Índice de Liquidez Imediata .................................................................. 42

1.2 Índices Financeiros .............................................................................. 43

1.2.1 Índice de participação de capital de terceiros ...................................... 43

1.3 Índices de Endividamento .................................................................... 44

1.3.1 Índice de Endividamento Geral ............................................................ 44

1.4 Índices de Atividades ........................................................................... 44

1.4.1 Prazo Médio de Recebimento de Vendas ............................................ 45

1.4.2 Prazo Médio de Renovação de Estoque .............................................. 45

1.4.3 Prazo Médio de Pagamento de Compras ............................................ 46

1.5 Ciclo Operacional ................................................................................. 46

1.6 Ciclo Financeiro ................................................................................... 47

1.7.1 Margem Bruta ...................................................................................... 47

1.7.2 Margem Operacional ............................................................................ 48

1.7.3 Rentabilidade do Ativo ......................................................................... 49

1.7.5 Margem Líquida ................................................................................... 50

2 PARECER FINAL SOBRE O CASO ................................................... 50

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 51

CONCLUSÃO ................................................................................................... 52

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 54

APÊNDICES ..................................................................................................... 56

12

INTRODUÇÃO

Para saber o futuro da empresa, os gestores precisam mesclar suas

ações com suas decisões, e para isso precisam de dados confiáveis, pois essa

base de dados estabelecerá suas estratégias.

A contabilidade é uma dessas bases confiáveis, pois auxilia na tomada

de decisões da empresa a partir dos seus resultados em números, mas é

necessário saber interpretar a contabilidade.

As demonstrações contábeis é um conjunto de dados publicados pelas

empresas, sendo muito importante para a eficiência dos resultados e decisões

da entidade. Ela tem o intuito de dar maior segurança no processo decisório.

Para a leitura e interpretação eficiente dessas demonstrações, o usuário

precisa de técnicas que forneçam maiores informações sendo que tais

informações precisam ser detalhadas, pois para se fazer um bom uso da

contabilidade, além que saber interpretar o que está acontecendo realmente

com a empresa, o gestor precisa de algo a mais para auxiliar nesses aspectos.

O presente trabalho apresenta os conceitos, a importância e a aplicação

das principais técnicas utilizadas nas Demonstrações Contábeis,

especialmente referente ao Balanço Patrimonial e Demonstrações do

Resultado do Exercício, que são os fatores onde mostram a base da

contabilidade da empresa e tem como intuito mostrar a real situação que se

encontra a empresa Todescatto e Vigarani Eletrodomésticos Ltda – ME.

O tema desenvolvido tem o intuito de aprofundar os métodos e técnicas

na empresa, com o objetivo de analisar os resultados da mesma a partir de

seus resultados, e para isso irá utilizar-se os indicadores financeiros para fazer

a Análise Financeira da empresa, e ver com mais detalhes onde está

ocorrendo distorções e onde precisa ser melhorado através dos resultados que

forem obtidos da análise desses indicadores. Assim, o gestor poderá ter uma

melhor visão do desempenho da empresa, auxiliando o mesmo a ver melhor e

interpretar tais resultados e números.

A análise aplicada através da própria empresa torna-se mais rica e útil,

pois as informações são apresentadas com maiores detalhes e com um

conhecimento mais objetivo.

Diante do exposto, faz-se a seguinte pergunta:

13

Os indicadores financeiros auxiliam o empresário na gestão da

empresa?

A priori, surgiu a seguinte hipótese:

A adequada utilização dos indicadores financeiros pode auxiliar na

gestão da empresa, pois com a análise dos índices pode-se apresentar para o

empresário onde e quais os desvios que existem na mesma, assim verificando

seu desempenho.

Para a demonstração desses indicadores na prática, foi realizada uma

pesquisa de campo na empresa Todescatto e Vigarani Eletrodomésticos Ltda –

ME durante o período de fevereiro a outubro de 2017.

Para a realização da pesquisa, foram utilizados os métodos: Estudo de

Caso, Observação Sistemática, Histórico da empresa e Entrevista com o

proprietário.

O trabalho está estruturado da seguinte forma:

Capítulo I – História da empresa desde sua criação, missão, visão,

objetivos e evolução.

Capítulo II – Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, com a teoria da

contabilidade, a análise financeira e os indicadores.

Capítulo III – Mostra os resultados obtidos através da aplicação dos

indicadores financeiros.

Conclui-se a pesquisa com a Proposta de Intervenção e Conclusão.

14

CAPÍTULO I

VIGARANI & TODESCATTO ELETRODOMÉSTICOS LTDA – ME

1 HISTÓRIA DA EMPRESA

A empresa Todescatto & Vigarani Eletrodomésticos LTDA-ME surgiu em

08 de junho de 1988 e está localizada no mesmo lugar onde foi fundada, Rua

15 de novembro, nº 103, Centro, Lins-SP.

A ideia do surgimento veio através do Daniel Medeiros Todescatto que

na época trabalhava como funcionário na empresa Gilson eletrodoméstico,

quando certo dia o senhor Gilson chamou o Daniel para conversar e contar que

não iria mais continuar com a empresa e se era do interesse dele comprar a

loja, de momento falou que iria verificar e depois daria uma resposta. Ao sair da

loja entrou em contato com seu irmão José Analha Todescatto que na época

trabalhava em uma grande empresa em São Paulo para contar a proposta que

tinha recebido e ao mesmo tempo também propor a ele mudar para Lins e

ajudá-lo nessa nova etapa. José então, aceitou e se mudou para Lins. Assim

em 1988, assumiram a administração da empresa, mudando assim o nome e a

razão social e então foi inaugurada por Daniel Medeiros Todescatto e José

Analha Todescatto, dois irmãos buscando o mesmo objetivo.

No início do empreendimento, o foco era apenas a manutenção de

eletrodomésticos, mas com o passar do tempo e a necessidade de crescer e

ser excelência em serviço, além da manutenção também iniciou a venda de

peças e mercadorias com utilidades domésticas.

No final do ano de 2016, um dos sócios decidiu sair da administração

para novos desafios, mas a empresa continuou com o mesmo nome, endereço,

CNPJ, alterado apenas a razão social.

A empresa pensa em futuramente começar a fazer as vendas de

produtos online, para que com isso abra mais oportunidades para o

crescimento e com isso fácil acesso e agilidade para os clientes.

15

2 FOTOS ATUAIS E ANTIGAS

Figura 1 – Fachada

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

Figura 2 – Oficina

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

16

Figura 3 – Balcão

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

Figura 4 – Fachada em 1997

Fonte: Arquivo pessoal Todescatto & Vigarani, 1997.

17

Figura 5 – Balcão em 1997

Fonte: Fonte: Arquivo pessoal Todescatto & Vigarani, 1997

Figura 6 – Oficina em 1995

Fonte: Arquivo pessoal Todescatto & Vigarani, 1997.

3 MISSÃO

Atuar superando as expectativas dos clientes com o atendimento ágil em

manutenção e venda das peças e mercadorias.

18

Uma missão bem elaborada, compartilhada e absorvida pelos dirigentes e empregados proporciona um alinhamento de propósitos, de direção, de valores e de oportunidades. Para uma empresa de varejo, como muitas lojas e equipes espalhadas em várias regiões, uma boa declaração de missão estimula e assegura que a filosofia empresarial da empresa seja praticada de forma independente, porém com consistência e uniformidade, visando atingir os objetivos da empresa. (PARENTE, 2000, p. 54)

4 VISÃO

Ser a empresa com o melhor atendimento em manutenção de

eletrodomésticos e vendas de peças e mercadorias com utilidades domésticas

da região.

Uma visão compartilhada tem valor inestimável para a organização, pois sua função é explicitar o que a empresa quer ser, unificar as expectativas; dar um sentido de direção; facilitar a comunicação; ajudar o envolvimento e o comprometimento das pessoas; dar energia às equipes de trabalho; inspirar as grandes diretrizes; e balizar as estratégias e demais ações da empresa. (COSTA, 2004, p.36)

5 VALORES

1- Proximidade ao cliente.

2- Renovação sempre.

3- Comprometimento.

4- Ética.

5- Transparência.

6- Liderança no mercado e de atitude.

7- Agilidade em atendimento.

6 PRODUTOS

A empresa trabalha com a manutenção de eletrodomésticos como:

batedeira, liquidificador, panela de arroz, fritadeira elétrica, ferro, prancha,

ventilador, secador, entre outros; e na venda de peças para os

eletrodomésticos como: rolamento, pino de tomada, cordão de cobre, hélice,

motor, placa eletrônica, rotor, copo de liquidificador, acoplamento,

intermediário, tampas, saco de aspirador, entre outros. Além desses produtos,

a empresa também possui a venda de produtos para utilidades domésticas

19

como: mangueira de gás, registro, abraçadeira, panelas, churrasqueira elétrica,

pote de condimentos, ebulidor, marmita elétrica, picadores, entre outros.

Figura 7 – Eletrodomésticos

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

7 CLIENTES

Os clientes buscam agilidade no atendimento de manutenção nos

aparelhos domésticos e peças para os mesmos.

8 FORNECEDORES

Os fornecedores são empresas que produzem os aparelhos domésticos,

e enviam as peças necessárias para a manutenção. As empresas autorizadas

são: Mondial Line, Britânia, Makita, Taiff, Fischer, Sugar, Latina, Einhell,

Lorenzetti, Electrolux, Jacto, Karcher, Nebular, Black&Decker, Arno, Colormaq,

DWT, Faet, Layr.

Figura 8 – Marcas de Fornecedores (continua)

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017

20

Figura 8 – Marcas de Fornecedores (continuação)

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017

9 ORGANOGRAMA

O organograma permite a visualização da estrutura do organismo de

forma simples e direta. Ele é estático por definição sendo uma espécie de

retrato do esqueleto organizacional da empresa. (CHIAVENATO, 2001, p. 251).

Figura 9 – Organograma

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

21

CAPÍTULO II

ANÁLISE FINANCEIRA EMPRESARIAL

1 A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE FINANCEIRA

É importante considerar que, a Contabilidade, como ciência, área ou

ferramenta deve estar qualificada para oferecer fortes recursos e informações

aparelhadas para o auxílio da melhor decisão para empreendedores. Para

tanto a preocupação básica do profissional da Contabilidade deveria ser acima

de tudo, preparar-se para atender as necessidades dos gestores nas suas mais

abrangentes e complexas exigências, usando os recursos oriundos do

processamento contábil, a partir de interpretações e estudos críticos

qualificados, produzidos com apoio de pensamentos e conhecimentos de

outras áreas, com vistas a fornecer o melhor, mais abrangente e real resultado,

para o desempenho da empresa.

Dentro desse contexto, uma das ferramentas mais eficientes e

contributivas é a análise financeira, baseada em índices, pois possibilita a

comparação dos valores obtidos em determinado período com aqueles

levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com

outros afins. Através desse recurso é possível avaliar e emitir pareceres e

diagnósticos sobre diversas questões. Segundo Assaf Neto (2008), determina-

se que sua finalidade seja relatar, com base nas informações contábeis

adquiridas pelas empresas a posição financeira atual, as causas que

influenciam a evolução apresentada e as tendências futuras, permitindo assim,

a geração de informações sobre a posição financeira passadas de uma

organização a fim de realizar planejamentos futuros.

A análise financeira de uma empresa pode atender a diferentes públicos

e objetivos. Segundo Marion (2006, p. 25): “[...] ela é muito importante para

quem está interessado em relacionar-se com uma empresa [...]”.

Mediante a comparação dos valores constantes dos demonstrativos

contábeis, procura-se analisar de forma estática e dinâmica a situação da

empresa por dois ângulos: o econômico e o financeiro. Essa análise

22

possibilitará:

a) aos administradores e empresários avaliarem: quanto ao passado, o

acerto da gestão econômico-financeira;

b) quanto ao futuro: a necessidade de correção nessa gestão e, em

conjunto com outros elementos, as possibilidades de desenvolvimento

das operações sociais;

c) aos investidores avaliarem: o retorno e segurança do seu investimento e

d) aos credores avaliarem: a garantia dos capitais emprestados o retorno

nos prazos estabelecidos.

A análise das demonstrações contábeis de uma empresa pode atender a diferentes objetivos consoantes os interesses de seus vários usuários ou pessoas físicas ou jurídicas que apresentam algum tipo de relacionamento com a empresa. Nesse processo de avaliação, cada usuário procurará detalhes específicos e conclusões próprias e, muitas vezes, não coincidentes. (ASSAF NETO, 2008, p.60)

As informações da análise das demonstrações financeiras são utilizadas,

pelos gestores, para melhorar o desempenho operacional; pelos credores, para

avaliar a probabilidade de receber a remuneração do capital emprestado; pelos

acionistas, para projetar lucros, dividendos e os preços das ações no mercado.

Se o objetivo do gestor é maximizar o valor da empresa, ele deve se aproveitar

dos pontos fortes dela e, ao mesmo tempo, corrigir as fraquezas.

A análise de demonstrações financeiras fornece informações que

proporcionam condições para comparar o desempenho da empresa com o de

outras do mesmo setor de atividades e avaliar tendências nas operações ao

longo do tempo. Os estudos de análise de demonstrações financeiras auxiliam

o gestor a identificar deficiências, e então empreender ações para melhorar o

desempenho da empresa.

2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Segundo o IBRACON (NPC 27), as demonstrações contábeis são uma

representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em

determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período

findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é

23

fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o

fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de

usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também

mostram os resultados do gerenciamento pela Administração, dos recursos que

lhe são confiados.

As demonstrações contábeis mais utilizadas são: Balanço Patrimonial,

Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do Resultado

Abrangente, Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstração

dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado. (TÓFOLI, 2012, p.

25)

2.1 Balanço Patrimonial

Quadro 1 – Balanço Patrimonial

Fonte: Tófoli, 2012, p. 25.

Conforme Tófoli (2012), o Balanço Patrimonial é a demonstração

contábil que apresenta todos os bens e direitos da empresa (Ativo), e suas

obrigações (Passivo) em determinada data. Essa demonstração contempla a

situação estática da empresa num determinado momento. Embora seja livre

para escolher a data do encerramento do seu balanço, a maioria das empresas

brasileiras encerra seus balanços no final do ano civil.

24

O balanço patrimonial é formado por três grandes grupos: o Ativo, o

Passivo e o Patrimônio Líquido.

2.1.1 Ativo

Representam os recursos aplicados em bens e direito da empresa.

2.1.2 Ativo Circulante

“São os bens e direitos conversíveis em caixa em curto prazo, aqueles

que serão convertidos em dinheiro até o final do exercício seguinte, ou até o

final do ciclo operacional, caso seja maior que um ano.” (TÓFOLI, 2012 p 27)

2.1.2.1 Ativo Não Circulante

As contas de bens e direitos da empresa cujas realizações se darão

no longo prazo.

2.1.3 Passivo

São os conjuntos de contas que representam as obrigações da empresa.

2.1.3.1 Passivo Circulante

“São as obrigações da empresa cujos vencimentos acontecerão até o

final do próximo exercício ou até o final do ciclo operacional. São os

compromissos de curto prazo.” (TÓFOLI, 2012, p.28)

2.1.3.2 Passivo não Circulante

Composto das obrigações vencíveis após o término do exercício social seguinte ao encerramento do balanço ou após o ciclo operacional da empresa. São: empréstimos e financiamentos de instituições financeiras, debêntures a pagar etc. (TÓFOLI, 2012, p. 29)

2.1.3.3 Patrimônio Líquido

25

Representa o valor contábil pertencente aos sócios ou proprietários.

2.2 Demonstrações do resultado do exercício (DRE)

Conforme Tófoli (2012), a demonstração do resultado do exercício

(DRE) é formada pelas receitas e despesas incidentes no exercício social,

ordenados sincronizadamente, demonstrando desde as Receitas Brutas até o

Lucro Final. Segue o esquema básico:

Quadro 2 – Demonstração do resultado do exercício

Fonte: Tófoli, 2012, p 30.

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração das

despesas e receitas chegando assim, no seu lucro liquido ou prejuízo

acumulado durante um período.

3 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)

26

Evidencia os valores correspondentes à formação da riqueza gerada

pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição.

A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado,

é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens e

serviços produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da

empresa.

A utilização do DVA como ferramenta gerencial pode ser resumida da

seguinte forma:

a) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao

medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção,

comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e

b) como índice de avaliação do desempenho social à medida que

demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados,

do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas.

4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO

(DMPL)

É facultativa e é uma demonstração mais completa e abrangente, já que

evidencia a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante o

exercício social, inclusive a formação e utilização das reservas não derivadas

do lucro.

A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é

relativamente simples, pois basta representar, de forma sumária e coordenada,

a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas do

Patrimônio Líquido, isto é, Capital, Reservas de Capital, Reservas de Lucros,

Reservas de Reavaliação, Ações em Tesouraria e Lucros ou Prejuízos

Acumulados.

Utiliza-se uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da

empresa, incluindo uma conta total, que representa a soma dos saldos ou

transações de todas as contas individuais. Essa movimentação deve ser

extraída das fichas de razão dessas contas.

As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas,

mas de forma coordenada.

27

Por exemplo, se houve um aumento de capital com lucros e reservas,

na linha correspondente a essa transação, transcreve-se o acréscimo na

coluna de capital pelo valor do aumento e, na mesma linha, as reduções nas

contas de reservas e lucros utilizadas no aumento de capital pelos valores

correspondentes.

Figura 10 – Exemplo DMPL

Fonte: Trabalho de Controle Gerencial Ambev, 2008.

5 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

A demonstração de fluxo de caixa também é conhecida como DFC, é um

método pelo qual o contador ou o administrador financeiro controla e planeja os

números de sua empresa, ou seja, a entrada e a saída do dinheiro do caixa da

empresa. Reflete as transações de caixa das atividades operacionais, de

investimentos, e das atividades de financiamento da empresa.

Quando utilizado em conjunto com as demais demonstrações,

proporcionam informações que fazem com que o contador consiga avaliar as

mudanças nos ativos líquidos de uma empresa, sua estrutura financeira, e sua

28

habilidade para saldar as importâncias e prazos dos fluxos de caixa a fim de

sempre estar preparado para as mudanças. Com isso, também é possível ter

um aumento na comparabilidade dos relatórios do desempenho operacional

por diferentes empresas, pois elimina os efeitos decorrentes do uso de

diferentes fontes contábeis para os mesmos eventos.

Figura 11 – Exemplo DFC

Fonte: Orçamento empresarial e fluxo de caixa, 2014.

6 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

A análise horizontal e vertical das demonstrações financeiras é uma

técnica de análise financeira que segue uma leitura idêntica à dos olhos

quando leêm da esquerda para a direita ou de cima para baixo.

6.1 Análise Vertical

Com a Análise Vertical, podem-se observar indicadores que facilitam a

avaliação da estrutura do Ativo e do Passivo, que correspondem às

participações percentuais dos saldos das contas sobre o total do ativo. O

cálculo é feito dividindo-se o valor de cada conta pelo valor do Ativo ou do

Passivo.

29

Exemplo:

Valor do Ativo Total: R$ 12.005,55

Valor do Ativo Permanente: R$ 5.440,34

Logo, o cálculo:

(Ativo Permanente / Ativo Total) x 100

(R$ 5.440,34 / R$ 12.005,55) x 100 = 45.31%

6.2 Análise Horizontal

A análise horizontal vai ler um conjunto de demonstrações financeiras ao

longo de diversos períodos, meses ou anos, por exemplo. A partir dessa leitura,

poderão retirar-se conclusões quanto à evolução da situação patrimonial da

empresa (quando se analisa o balanço) ou do seu desempenho.

O cálculo é o ano escolhido como padrão, que é considerado como o

ano base. Porém quando não possuem mais dados, utiliza-se o ano anterior.

Exemplo:

ATIVO ANO X1 ANO X2

Circulante R$ 100,00 R$ 150,00

Dividindo o Ativo Circulante Ano X2 pelo Ativo Circulante Ano X1, tem –

se 150 / 100 x 100 = 150%. Logo observa - se que o Ativo Circulante obteve

um aumento de 50% do Ano X1 para o ano X2.

7 INDICADORES FINANCEIROS

Seja para acompanhar o desempenho ou permitir que investidores e

parceiros possam avaliar a saúde dos negócios, é fundamental que toda

empresa mantenha, de maneira regular e clara, o hábito de produzir

demonstrativos financeiros periodicamente. Com os números desses

levantamentos em mãos, será possível analisar criteriosamente pontos fortes e

fracos na gestão e estratégia da organização, corrigir falhas e traçar novos

30

planos.

Para que o estudo seja preciso, é importante calcular, com base nos

demonstrativos, os indicadores financeiros da companhia.

De maneira geral, os indicadores podem ser organizados em quatro

grandes grupos, conforme a origem dos dados e os fins de sua análise. Nesse

sentido, existem indicadores financeiros de: Rentabilidade, Estrutura de

Capital, Liquidez e Atividade.

Os indicadores econômico-financeiros são elementos que tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números que ajudem no processo de classificação do entendimento da situação da empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade. (PADOVEZE; BENEDICTO, 2007, p. 205)

Os indicadores têm como objetivo realizar uma análise nas

demonstrações contábeis, levantando informações e dados da empresa, para

assim, verificar qual a situação financeira da mesma nos períodos estudados.

8 CAPITAL DE GIRO

O capital necessário para financiar a continuidade das operações da

empresa, como recursos para financiamento aos clientes (nas vendas a prazo),

recursos para manter estoques e recursos para pagamento aos fornecedores

(compras de matéria prima ou mercadorias de revenda), pagamento de

impostos, salários e demais custos e despesas operacionais. São as contas

financeiras que giram ou movimentam dia a dia da empresa.

Divide-se em: fixo (ou permanente) e variável (sazonal).

Administrar o Capital de Giro é administrar as contas dos ativos e passivos circulantes e as inter-relações existentes entre eles, ou seja, o nível adequado de estoques que a empresa deve manter, os investimentos em contas a receber, o gerenciamento de caixa e a administração dos passivos correntes, buscando o equilíbrio entre a rentabilidade e liquidez (risco) (TÓFOLI, 2012, p. 48).

8.1 Capital de Giro Líquido

O capital de giro líquido conhecido como CGL corresponde a parte dos

31

recursos permanentes ou de longo prazo aplicados no ativo circulante. “Em

princípio, poder-se ia afirmar que quanto maior for o capital de giro líquido

positivo, menor o risco de insolvência; mas esta afirmativa pode não ser de

toda verdadeira, dependendo dos itens que compõem o Ativo Circulante”.

(TÓFOLI, 2012, p. 51)

CGL = Ativo Circulante + Passivo Circulante

8.2 Capital de Giro Próprio

O capital de giro próprio conhecido como CGP são os recursos próprios

da empresa que estão financiando suas atividades correntes menos o ativo

circulante.

“Pode-se observar que, obviamente, toda empresa que tem CCP tem

CCL; nem toda empresa que tem CCL tem CCP, pois o CCL pode ser

proveniente apenas do PNC”. (TÓFOLI, 2012, p. 51)

CGP = Patrimônio líquido – Ativo Não Circulante

9 ÍNDICES DE ATIVIDADES

Representam a velocidade com que elementos patrimoniais de relevo se

renovam durante determinado período de tempo, seus resultados são

normalmente expressos em dias, meses ou períodos maiores, fracionários de

um ano. Além disso, tem grande contribuição na interpretação da liquidez e da

rentabilidade da empresa.

Através dos dados das demonstrações financeiras, podem ser

calculados quantos dias, em média, a empresa terá que esperar para receber

suas duplicatas (provenientes das vendas a prazo); quantos dias seus

estoques ficam parados e quanto tempo demora a pagar seus fornecedores

(proveniente de compras a prazo).

9.1 Prazo Médio de Renovação de Estoque

32

O prazo médio de renovação de estoque demonstra quantos dias a

empresa demora a renovar seus estoques.

Segundo Padoveze; Benedicto (2007, p. 216): “Esse indicador mostra a

velocidade com que o estoque se transforma em produção vendida”.

PMRE = (Estoques / CMV) x 360

9.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas

O prazo médio de recebimento de vendas demonstra quantos dias a

empresa demora a receber as vendas que foram realizadas a prazo.

“Retrata o número de dias, em média, que os recebimentos dos valores

das vendas a prazo são recebidos no caixa da empresa” (Tófoli, 2012, p. 53).

PMRV = (Duplicatas a receber / Vendas) x 360

9.3 Prazo Médio de Pagamento de Compras

O prazo médio de pagamento de compras demonstra quantos dias a

empresa demora a pagar seus fornecedores.

Segundo Tófoli (2012, p. 54), “seus cálculos são resultantes das

relações entre os valores a fornecedores, custo da mercadoria vendida e o

período analisado”.

PMPC = (Fornecedores / CMV) x 360

10 CICLO OPERACIONAL

A soma dos prazos PMRE + PMRV é chamada de ciclo operacional, é o

tempo entre a compra e o recebimento da venda da mercadoria.

“O Ciclo Operacional representa o intervalo de tempo em que não

ocorrem ingressos de recursos financeiros na empresa, isto é, não há

recebimento das vendas a prazo, sendo necessário capital para financiar esse

período”. (TÓFOLI, 2012, p.55)

33

Ciclo Operacional = PMRE + PMRV

11 CICLO FINANCEIRO

É o tempo decorrido entre o momento em que a empresa paga seus

fornecedores e o momento em que recebe de seus clientes são chamados de

Ciclo Financeiro, e também chamados de Ciclo de Caixa.

Segundo Tófoli (2012, p. 55), o Ciclo de Caixa (ou Ciclo Financeiro)

define, em termos médios, o prazo que se inicia a partir do pagamento aos

fornecedores e termina com o recebimento das vendas. É o período durante o

qual a empresa financia suas operações sem a participação dos fornecedores.

Ciclo de Caixa = PMRE + PMRV – PMPC

12 VALOR ECONÔMICO AGREGADO

O VEA (Economic Value Added) é um indicador do valor econômico

agregado que possibilita a executivos, acionistas e investidores uma nítida

visão acerca da rentabilidade do capital empregado na empresa. Ou seja,

mostra se este foi bem ou mal investido em termos de geração de riquezas

para o empreendimento, possibilita analisar o resultado, os recursos aplicados

e a estrutura de capital.

O VEA negativo não significa necessariamente que a empresa está a

beira da falência, mas é um alerta para os sócios de tais empresas repensarem

suas estratégias de atuação: o capital investido na empresa não está sendo

remunerado a uma taxa mínima que compense o risco envolvido no negócio.

A fórmula para cálculo do VEA é:

VEA = Resultado operacional líquido – (Investimento total x WACC)

13 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (WACC)

O Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) é uma média ponderada

das diferentes fontes de financiamento que a empresa utiliza, ponderados pelo

34

peso de cada uma delas na sua estrutura de financiamento. O custo de capital

é o elemento fundamental para a decisão de investimento em qualquer projeto,

quer seja num mercado doméstico ou internacional.

O WACC é assim, o retorno mínimo que uma empresa deve obter com

base nos seus ativos existentes para satisfazer os seus credores, proprietários

e outros financiadores de capital.

14 ÍNDICES FINANCEIROS

14.1 Índice de participação de capital de terceiros

O índice de participação de capital de terceiros é conhecido também

como IPCT, significa quanto é a participação do capital de terceiros em relação

ao capital próprio da empresa. É um índice que quanto menor, melhor. Ou seja,

maior que 1 (>100%) mostra dependência financeira em relação aos recursos

ganhados de terceiros.

IPCT = Capital de terceiros / Patrimônio Líquido x 100

Ou

IPCT = Exigível total / Patrimônio Líquido x 100

14.2 Índice de endividamento geral

O índice de endividamento geral é conhecido como IEG, apresenta para

a empresa a dependência dela em relação aos recursos de terceiros nos

financiamentos do Ativo. É um índice que quanto menor, melhor.

IEG = (Passivo Circulante + Passivo não Circulante / Ativo Total) x 100

14.3 Índice de endividamento de curto prazo

O índice de endividamento de curto prazo é conhecido como IECP,

apresenta para a empresa a dependência dela em relação aos recursos de

terceiros de curto prazo nos financiamentos do Ativo. É um índice que quanto

35

menor, melhor.

IECP = (Passivo Circulante / Ativo Total) x 100

14.4 Índice de imobilização do patrimônio líquido

O índice de imobilização do patrimônio líquido é conhecido como IIPL,

apresentam quantas unidades monetárias a empresa aplicou no seu Ativo Não

Circulante. É um índice quanto menor, melhor. Conforme Tófoli (2012), quanto

mais a empresa investir em Ativo Não Circulante (dos valores do Patrimônio

Líquido), menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante, logo, maior

dependência dos capitais de terceiros para o financiamento de Ativo Circulante.

IIPL = (Ativo Não Circulante / Patrimônio Líquido) x 100

14.5 Índice de imobilização de recursos não correntes

O índice de imobilização de recursos não correntes é conhecido como

IRRñC, apresenta qual o percentual de recursos não correntes que foi aplicado

no Ativo Não Circulante durante o período. É um índice que quanto menor,

melhor.

IRRñC = Ativo Não Circulante / (Passivo Não Circulante + Patrimônio

Líquido) x 100

14.6 Índice de liquidez

O índice de liquidez é um importante indicador empresarial no qual

consegue - se medir o volume do capital circulante líquido, que é obtido através

da diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante. Os indicadores de

liquidez são responsáveis por medir a capacidade de pagamento da empresa.

14.6.1 Índice de liquidez geral

36

O índice de liquidez geral é conhecido como ILG, ele é a união entre os

grupos patrimoniais do Ativo Circulante e Realizável em longo prazo e o

Passivo Circulante com o Exigível em Longo Prazo. É um índice que quanto

maior, melhor.

ILG = (Ativo Circulante + Realizável em longo prazo) / (Passivo não

circulante + Passivo não circulante)

14.6.2 Índice de liquidez corrente

O índice de liquidez corrente é conhecido como ILC, é a união entre o

Ativo Circulante e o Passivo Circulante. É um índice que quanto maior, melhor.

ILC = (Ativo Circulante / Passivo Circulante) x 100

14.6.3 Índice de liquidez seca

O índice de liquidez seca é conhecido como ILS, ele mede a capacidade

de pagamento da empresa em curto prazo, sem considerar as vendas de

estoques e os valores já estão destinados para as despesas antecipadas.

ILS = (Ativo Circulante – Estoques – Despesas Antecipadas) / Passivo

Circulante x 100

14.6.4 Índice de liquidez imediata

O índice de liquidez imediata é conhecido como ILI, é responsável por

identificar quanto das dívidas de curto prazo (no passivo circulante) podem ser

quitadas imediatamente.

ILI = (Disponível / Passivo Circulante) x 100

15 MARGEM BRUTA

37

A margem bruta é conhecida como MB, ela representa o percentual de

lucro em relação às vendas líquidas da empresa. A margem bruta quanto maior

ela for melhor, pois quando aumentada houve uma melhora na lucratividade da

empresa.

MB = (Lucro Bruto / Vendas Líquidas) x 100

15.1 Margem operacional

A margem operacional mostra qual o percentual do lucro antes das

despesas financeiras e dos impostos sobre as vendas líquidas. Na fórmula

para se achar a margem operacional é utilizado o lucro antes dos juros e

impostos conhecido como LAJIR que compreende o resultado das vendas

líquidas decrescidas dos custos das mercadorias vendidas (CMV) e das

despesas incorridas, apenas não se inclui as despesas financeiras líquidas e

os tributos antes dos lucros. Quanto maior o percentual da margem, melhor.

MOp = Lucro antes dos juros e impostos (LAJIR) / Vendas Líquidas x

100

15.2 Margem líquida

A margem líquida é conhecida como ML, ela apresenta qual foi o

percentual de lucro líquido sobre as vendas líquidas de uma empresa. A ML

quanto maior o seu percentual, melhor.

ML = (Lucro Liquido / Vendas liquidas) x 100

16 NECESSIDADE DO CAPITAL DE GIRO

A necessidade do Capital de Giro conhecido como NCG, são os valores

que fazem parte do Ativo Circulante operacional que permitem o funcionamento

da empresa, ou seja, o montante de recursos que a empresa precisa para

financiar as suas operações, o valor dos recursos suficientes para pagar suas

38

contas no vencimento e no valor certo. O capital de giro representa os

recursos exigidos para financiar as necessidades operacionais de uma

empresa, no ciclo operacional da mesma.

16.1 Necessidade de capital de giro – Ciclo de Caixa

Segundo Tófoli (2012, p.174), o método de ciclo de caixa baseia-se no

caixa operacional que é definido como sendo o volume mínimo de recursos

financeiros de que uma empresa precisa para o giro de suas operações. O

ciclo de caixa é composto por três prazos, que são eles:

a) Prazo médio de renovação de estoques conhecido por PMRE

b) Prazo médio de recebimento de vendas conhecido por PMRV

c) Prazo médio de pagamento de compras conhecido por PMPC

Esses prazos fazem parte da fórmula para encontrar a necessidade de

capital de giro:

NCG = Ciclo de caixa x Vendas diárias ou NCG=

(PMRE+PMRV+PMPC) x Vendas diárias

Para encontrar os valores do ciclo de caixa é necessário aplicar a

fórmula dos prazos:

PMRV = Duplicatas a receber / Vendas x 360

PMRE = Estoques / CMV x 360

PMPC = Fornecedores / CMV x 360

39

CAPÍTULO III

PESQUISA DE CAMPO

1 ANÁLISE FINANCEIRA EMPRESARIAL DA EMPRESA

TODESCATTO & VIGARANI ELETRODOMÉSTICOS – LTDA- ME

Para demonstrar que uma análise financeira adequada faz toda

diferença no controle da empresa, foi realizada uma pesquisa de campo de

janeiro a outubro 2017, na empresa Todescatto e Vigarani Eletrodomésticos –

LTDA-ME.

Durante a pesquisa, foram analisados os índices principais para um bom

desenvolvimento e controle da empresa, sendo utilizados os balanços e

demonstrações de 2014, 2015 e 2016.

As técnicas utilizadas para essa pesquisa foram: Roteiro de Estudo de

Caso (APÊNDICE A), Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B),

Roteiro Histórico da empresa (APÊNDICE C) e Roteiro de entrevista para o

proprietário (APÊNDICE D).

A empresa Todescatto & Vigarani Eletrodomésticos – LTDA -ME, inscrita

no CNPJ 59.071.563/0001-13 e I.E. 419.006.364.116, está localizada na Rua

Quinze de Novembro nº 103 em Lins-SP. Iniciou suas atividades dia 08 de

junho de 1988 e vem ao longo dos anos sempre inovando em suas

mercadorias e serviços. Com o intuito de obter informações, controle de seus

resultados e a interpretação de seus dados financeiros, houve a necessidade

da aplicação da análise financeira empresarial que auxilia o gestor ou contador

da empresa nas tomadas de decisões atuais e futuras.

Com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa, foi

possível analisar sua situação financeira, analisando os índices de liquidez,

índice de participação de capital de terceiros, índices de endividamento, prazos

médios de fornecedores, estoques e duplicatas a receber, ciclo financeiro, lucro

bruto, lucro operacional e rentabilidade.

1.1 Índices de Liquidez

40

Conforme o item 14.6 do Capítulo II, os indicadores de liquidez são

responsáveis por medir a capacidade de pagamento da empresa em

determinado período através da realização desses ativos.

1.1.1 Índice de Liquidez Geral

O índice de liquidez geral é a soma do ativo circulante e realizável a

longo prazo e o passivo circulante com exigível a longo prazo. Analisando os

três anos (sendo 2014 - ano 1; 2015 - ano 2; 2016 – ano 3) observa-se que

houve um aumento no índice devido ao aumento do Ativo Circulante,

destacando-se o Estoque que no ano 2 era de 62,88% e no ano 3 foi para

78,24%. Pode-se ressaltar também a redução da conta Fornecedores para

0,63% de um ano para o outro.

ILG= (AC+RLP) / (PC+PNC)

Ano 1: 205,42% Ano 2: 511,67% Ano 3: 534,88%

Figura 12 – Índice de Liquidez Geral

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.1.2 Índice de Liquidez Corrente

O índice de liquidez corrente tem como objetivo indicar o pagamento das

2014

2015

2016

205,42%

511,67%

534,88%

ILG - Índice de Líquidez Geral

2014 2015 2016

41

obrigações a curto prazo, é a divisão do ativo circulante sobre o passivo

circulante. Analisando os três anos observa-se que houve um aumento no

índice devido ao ativo circulante ser maior que o passivo circulante em todos os

anos; as contas a receber (clientes) no ano dois são de 34,70% enquanto seus

fornecedores são 6,85%.

ILC = AC/PC x 100

Ano 1: 205,42% Ano 2: 511,67% Ano 3: 534,88%

Figura 13 – Índice de Liquidez Corrente

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.1.3 Índice de Liquidez Seca

O índice de liquidez seca mede a capacidade de pagamento da empresa

no curto prazo, sem considerar as vendas de estoque e os valores já estão

destinados para pagamento das despesas antecipadas, ou seja, leva um tempo

maior para se transformar em dinheiro; analisando o índice da empresa

observa-se uma queda devido ao crescimento do estoque da empresa que

obteve um aumento de 15,36% do ano 2 para o ano 3. Para melhorar esse

valor, a empresa precisaria utilizar o controle de estoque corretamente, assim

2014

2015

2016

205,42%

511,67%

534,88%

ILC - Índice de Líquidez Corrente

2014 2015 2016

42

terá o controle do estoque mais preciso.

ILS= (AC-Estoque) / PC x 100

Ano 1: 36,12% Ano 2: 189,96% Ano 3: 116,38%

Figura 14 – Índice de Liquidez Seca

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.1.4 Índice de Liquidez Imediata

O índice de liquidez imediata é responsável por identificar quanto das

dívidas de curto prazo (no passivo circulante) podem ser quitada

imediatamente utilizando apenas a conta caixa e bancos da empresa.

Analisando o índice da empresa, observa-se que no Ano 2 as obrigações da

empresa são maiores que seu disponível, mas no Ano 3, o disponível da

empresa aumentou 3,38% e ficou em 21,27%, enquanto os fornecedores ficou

em 6,22%.

ILI= Disponível / PC x 100

Ano 1: 6,65% Ano 2: 10,81% Ano 3: 113,79%

2014

2015

2016

36,12%

189,98% 116,38%

ILS - Índice de Líquidez Seca

2014 2015 2016

43

Figura 15 – Índice de Liquidez Imediata

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.2 Índices Financeiros

1.2.1 Índice de participação de capital de terceiros

O índice de participação de capital de terceiros mostram quanto é a

participação do capital de terceiros em relação ao capital próprio da empresa.

Conforme a análise desse índice, pode-se perceber uma grande queda do ano

1 para o ano 2, isso devido aos empréstimos a curto prazo, foi uma queda de

14,08% de um ano para o outro na conta empréstimo.

IPCT = (PC +ELP) / PL

Ano 1: 94,86% Ano 2: 24,29% Ano 3: 22,99%

Figura 16 – Índice de Participação de Capital de Terceiros

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

6,65%

10,81%

113,79%

ILI - Índice de Líquidez Imediata

2014 2015 2016

94,86%

24,29% 22,99%

IPCT - Índice de Participação de Capital de Terceiros

2014 2015 2016

44

1.3 Índices de Endividamento

1.3.1 Índice de Endividamento Geral

O índice de endividamento geral apresenta para a empresa a

dependência dela em relação aos recursos de terceiros nos financiamentos do

Ativo. O resultado do índice quanto menor melhor para a empresa.

Analisando o índice aplicado na empresa, pode-se observar que, do ano

1 para o ano 2 houve uma queda de 29,14%. Essa queda é referente ao

aumento que se obteve no ativo da empresa, que no ano 1 era de

R$280.651,42 e foi para R$506.848,30 no ano 2.

Observa-se também que de um ano para outro, a conta fornecedores

reduziu 14,44% e a conta empréstimos reduziu 14,08%.

IEG = (PC+PNC) / AT x 100

Ano 1: 48,68% Ano 2: 19,54% Ano 3: 18,70%

Figura 17 – Índice de Endividamento Geral

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.4 Índices de Atividades

Medem a velocidade em que as contas são convertidas em vendas ou

caixa, ou seja, demonstram quantos dias a empresa leva, em média, para

48,68% 19,54%

18,70%

IEG - Índice de Endividamento Geral

2014 2015 2016

45

receber as suas vendas, pagar suas contas e renovar seu estoque.

1.4.1 Prazo Médio de Recebimento de Vendas

O PMRV indica quantos dias, em média, a empresa demora para

receber as suas vendas, retratando os recebimentos dos valores das vendas a

prazo no caixa da empresa.

Analisando o índice aplicado, observa-se um aumento do ano 1 para o

ano 2. Isso é devido ao aumento de 20,90% na conta duplicatas a receber, e

também ao aumento nas receitas líquidas que era de R$ 249.307,66 e foi para

R$ 486.393,86.

Esse resultado não é muito bom para a empresa, pois significa que ela

está demorando, em média 130 dias para receber suas vendas e transformá-

las em caixa, mas no ano 3 observa-se que reduziu consideravelmente esse

resultado, isso devido à redução na conta Duplicatas a receber, que no ano 1

estava no valor de R$ 175.896,00 e foi para R$ 896,00.

PMRV = Dupl. à receber / Vendas x 360

Ano 1: 56 dias Ano 2: 130 dias Ano 3: 1 dia

1.4.2 Prazo Médio de Renovação de Estoque

O PMRE demonstra em média quantos dias a empresa leva para

renovar seus estoques, ou seja, o momento da compra de mercadorias até a

saída efetiva para seus clientes.

Com a análise desse índice, observa-se a queda de 665 dias do ano 2

para o ano 1, e depois o aumento de 1348 dias do ano 2 para o ano 3. Isso

devido ao aumento do estoque da empresa, que era de 62,88% e passou para

78,24%. No ano 2 a receita líquida (R$ 486.393,86) da empresa foi superior à

seus estoques (R$ 318.683,00), e isso influenciou no resultado do índice.

Mesmo a empresa trabalhando com mão de obra, e precisando ter um estoque

mínimo, esta muito além do programado.

PMRE= Estoque/CMV x 360

46

Ano 1: 995 dias Ano 2: 1660 dias Ano 3: 3008 dias

1.4.3 Prazo Médio de Pagamento de Compras

O PMPC analisa em média quantos dias a empresa leva para pagar

suas compras, ou seja, o dia da compra até o pagamento para seus

fornecedores.

Observa-se que, do ano 1 para o ano 2 houve uma queda, e do ano 2

para o ano 3 houve um aumento. Esse resultado, é devido à redução na conta

Fornecedores, que era de 21,29% no ano 1, foi para 6,85% no ano 2 e passou

para 6,22% no ano 3.

Pode-se notar uma diferença considerável em dias de um ano para

outro, no ano 1 a empresa demorava 257 dias e no ano 2 reduziu 76 dias em

prazo. Portanto, a redução com os fornecedores influenciou no prazo para o

pagamento de suas compras.

PMPC= Fornecedores / CMV x 360

Ano 1: 257 dias Ano 2: 181 dias Ano 3: 239 dias

Figura 18 – Prazos Médios

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.5 Ciclo Operacional

O ciclo operacional é um indicador cuja sua função é mostrar para o

0

100

200

300

400

500

600

2014 2015 2016

Prazos Médios

PMRV PMRE PMPC

47

empresário o tempo entre a compra e o recebimento da venda da mercadoria.

É considerado o ciclo da operação, desde a primeira atividade que é a compra

de produtos até a última atividade que é o recebimento dos clientes dentro do

prazo. Analisando a empresa, observa-se que do ano 1 para o ano 3 teve um

aumento devido ao da conta estoque, apresentando uma diferença de 1219

dias do ano 1 para o ano 3.

Ciclo Operacional = PMRE + PMRV

Ano 1: 1051 dias Ano 2: 1790 dias Ano 3: 3009 dias

1.6 Ciclo Financeiro

O ciclo financeiro é o momento em que a empresa paga seu fornecedor

e que ela recebe de seus clientes, tem como objetivo demonstrar o prazo em

dias em que a empresa precisa manter um capital de giro para completar suas

operações, ou seja, o prazo entre o pagamento das compras e o efetivo

recebimento dos clientes. É conhecido também como ciclo de caixa.

Analisando a empresa, observa-se um crescimento do ano 1 para o ano

3 devido ao aumento da conta estoque e redução da conta fornecedores.

Ciclo Financeiro: PMRE + PMRV – PMPC

Ano 1: 794 Ano 2: 1610 Ano 3: 2770

1.7 Índices de Lucratividade e Rentabilidade

Os índices de lucratividade e rentabilidade auxiliam o contador à avaliar

e medir os lucros da empresa em relação à certo nível de vendas, ativos e

capital investido.

1.7.1 Margem Bruta

A margem bruta quanto maior ela for melhor, significa que quando há um

aumento, é que houve uma melhora na lucratividade da empresa.

48

Analisando a margem bruta da empresa, observa-se que do ano 1 para

o ano 2 houve um aumento de 19,36 %. Isso é devido à queda do CMV do ano

1 (R$ 83.697,66) para o ano 2 (R$ 69.099,42), enquanto a receita líquida

aumentou 95,10% de um ano para outro. Já no ano 3 a margem caiu apenas

3,62%.

MB= Lucro Bruto / Vendas Líquidas x 100

Ano 1: 66,43% Ano 2: 85,79% Ano 3: 82,17%

1.7.2 Margem Operacional

A margem operacional mostra qual o percentual do lucro antes das

despesas financeiras e dos impostos sobre as vendas líquidas.

Analisando a margem operacional da empresa, pode-se observar que do

ano 1 para o ano 2 ela aumentou 38,43%, já do ano 2 para o ano 3 ela teve

uma redução considerável de 48,70%

Essa grande diferença é referente ao aumento das despesas

administrativas que no ano 2 era 28,26% e passou para 63,56% no ano 3.

MOP = Lucro Operacional / Vendas Líquidas x 100

Ano 1: 15,80% Ano 2: 54,23% Ano 3: 5,53%

Figura 19 – Índices de Lucratividade

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

20142015

2016

66,43% 85,79%

82,17%

15,80%

54,23%

5,53% 15,80%

54,23%

5,53%

Índices de Lucratividade

MB MOP ML

49

1.7.3 Rentabilidade do Ativo

Demonstra quanto a empresa obteve do lucro como um todo no

empreendimento, e fornece informações e resultados ocorridos do retorno

propiciado por um determinado investimento.

Analisando a rentabilidade do ativo da empresa, observa-se um aumento

de 38% do ano 1 para o ano 2, e logo após no ano 3 houve uma queda de

49,14%.

Essa grande redução é referente à queda no lucro líquido do ano 2 para

o ano 3, de R$ 263.765,44 passou para R$ 15.094,59, uma queda muito

significante para a empresa.

Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido / Ativo x 100

Ano 1: 14,04 Ano 2: 52,04 Ano 3: 2,90

1.7.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Apresenta para os gestores, qual o percentual de lucro ou prejuízo

líquido em relação ao montante aplicado, considerando todas as fontes de

recursos, próprias ou de terceiros.

Ao analisar a rentabilidade do patrimônio da empresa, pode-se notar que

do ano 1 para o ano 2 houve um aumento de 37,33 % e do ano 2 para o ano 3

houve uma queda considerável de 61,11%.

Essa queda do ano 2 para o ano 3 é resultante da queda das vendas de

um ano para o outro, era no valor de R$486.393,86 e passou para

R$273.166,26 no ano seguinte.

RPL = Lucro Líquido / PL x 100

Ano 1 = 27,35% Ano 2 = 64,68% Ano 3 = 3,57%

50

Figura 20 – Índices de Rentabilidade

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.7.5 Margem Líquida

A margem líquida representa o quanto foi o percentual de lucro líquido

sobre as vendas líquidas em um determinado período. Analisando a margem

líquida da empresa, observa-se que no ano 1 o índice foi de 15,80% sendo que

no ano 2 houve um aumento para 54,23% devido ao aumento do lucro líquido e

também das vendas.

Margem Líquida = Lucro Líquido / Vendas x 100

Ano 1: 15,80% Ano 2 : 54,23% Ano 3: 5,53%

2 PARECER FINAL SOBRE O CASO

Com análise feita na empresa, demonstrou-se para o empresário a

importância de uma analise financeira realizada corretamente. Com a análise

dos principais índices obteve-se um resultado, que com ele pode ser feito um

plano de ação para que nos próximos meses e anos não aconteça a mesma

divergência no resultado. Conclui-se a grande importância de um planejamento

para o futuro da empresa, e com a análise financeira empresarial a empresa

tem praticamente 100% de um resultado certo.

20142015

2016

14,04% 52,04%

2,90%

27,35% 64,68%

3,57%

Índices de Rentabilidade

RA RPL

51

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Após o estudo aplicado na empresa, observa-se a importância da

análise financeira na empresa Todescatto e Vigarani Eletrodomésticos Ltda –

ME, onde nota-se como é importante usar essa ferramenta em qualquer

empresa, pois proporciona melhor interpretação dos números contábeis da

empresa e melhorias no processo de gestão.

Após alguns cálculos, análises e interpretações de alguns índices

aplicados na empresa, pode-se obter informações sobre a real situação da

empresa e aspectos a serem observados mais profundamente.

Diante da análise e do trabalho apresentado, propõe-se à Todescatto e

Vigarani Eletrodomésticos Ltda – ME:

a) elaborar adequadamente os demonstrativos contábeis, com fins de

obter um controle melhor da situação da empresa e de todas suas

contas contábeis;

b) fazer a análise dos índices financeiros se possível a cada três meses,

pois com isso a empresa verá mais afundo como está sendo seu

desenvolvimento e também o que pode ser mudado para melhores

resultados, e

c) pode-se observar que a empresa possui muito estoque parado, isso

influencia no capital de giro da empresa. Com o estoque alto, a

empresa fica presa no mesmo, sem poder renovar e fazer compras

novas para trazer novidades para os clientes, por isso a importância

de um controle de estoque. O controle de estoque ajuda saber, o

quanto deve ser seu estoque mínimo para suprir a necessidade sem

acabar dando prejuízo para empresa.

52

CONCLUSÃO

Com o crescimento do mundo e dos negócios a exigência de

profissionais capacitados e preparados para as mudanças de cenários das

empresas está cada vez mais forte. O cenário muda a todo momento, fazendo

com que a empresa precise tomar uma decisão rápida e segura para que não

fique com seu resultado negativo.

Hoje em dia, a maioria das empresas utilizam a análise financeira

empresarial para poder tomar essas decisões rápidas e seguras, pois uma

análise feita por um profissional experiente traz um resultado confiável para o

gestor da empresa, os profissionais que podem fazer uma análise são os

contadores, e os administradores. É de grande importância que o gestor da

empresa tenha um conhecimento sobre análise para que no momento em que

o profissional entregar a análise pronta esse gestor consiga ter a visão de onde

é necessário fazer as mudanças. A partir do momento em que já foram

analisadas as mudanças a serem feitas, o gestor tem a opção de fazer uma

previsão da análise do próximo ano, ou seja, o gestor pode colocar o valor

previsto na fórmula do índice e a partir disso irá mostrar se o resultado é

realmente como esperado, assim ele poderá ter o controle de todas as contas

de sua empresa para manter seguro seu patrimônio.

Os resultados apresentados pela empresa Todescatto e Vigarani

Eletrodomésticos LTDA-ME tem demonstrado diferenças entre o ano 1 e o ano

3, onde houve quedas em determinados números, mas também aumento de

outros valores. Contudo, a empresa tem se desenvolvido e tem buscado outras

opções além de apenas a prestação de serviços como era no início; a empresa

também tem apostado nas vendas de produtos referente as marcas que são

autorizados, com isso aumentando o valor do seu estoque e das suas vendas.

Com base no estudo de caso realizado, foi possível verificar a

importância da análise financeira empresarial nas demonstrações contábeis e

balanços da empresa. Todas as informações que foram oferecidas permite que

o gestor da empresa entenda melhor os resultados, e com isso, tomem as

melhores decisões naquele determinado período da empresa.

Conclui-se que, o uso adequado de uma análise financeira empresarial

permite a verificação do desempenho da empresa dando assim a oportunidade

53

do crescimento empresarial com a certeza do resultado final positivo.

Considerando os objetivos alcançados, a pergunta-problema foi

respondida e tem-se grande satisfação em ter a oportunidade de desenvolver

esta pesquisa em uma empresa com ramo de prestação de serviços

juntamente com venda de mercadorias das marcas autorizadas, sempre

comprometida com seus clientes e colaboradores. A empresa Todescatto e

Vigarani Eletrodomésticos LTDA-ME forneceu todos os documentos

necessários para a pesquisa, permitindo uma sedimentação dos estudos

acadêmicos, facilitando assim a realização e conclusão deste trabalho.

Portanto, pode-se dizer que o trabalho foi de grande importância para o

estudo da análise financeira empresarial e agregou grande conhecimento

teórico e prático ao grupo, e com essas informações levantadas esse trabalho

pode ser utilizado para futuras pesquisas e darem continuidade aos estudos

apontados.

54

REFERÊNCIAS

ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico financeiro. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008. AMORIM, A. Orçamento empresarial e fluxo de caixa, 2014. Disponível em: < http://www.andreamorim.com.br/news/orcamento-empresarial-e-fluxo-de-caixa/ >. Acesso em: 20 de out. 2017. BRIOSO, A. B. D.; FANELLI, D. G.; BALDASSO, G.; SILVA, L. C.; GROPPO, J. V. Indicadores financeiros na tomada de decisões gerenciais. Revista Unifia, [s.l.], p. 110-117, 2015. Disponível em:< http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/gestao_foco/artigos/ano2015/indicadores_financeiros.pdf>. Acesso em: 1 mar. 2017. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001. COSTA, E. A. Gestão estratégica. São Paulo: Saraiva, 2004. CORTES, C. I.; PAGNAN, D. C. H.; MAKINO, S. S.; DIAS, V. Análise de balanço tradicional em conjunto com a necessidade de capital de giro (NCG) e o valor econômico agregado (VEA). 2013. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins. GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração financeira. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2004. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MARION, J. C. Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006. PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C. Análise das demonstrações

55

financeiras. 2 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007.

PARENTE, J. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000. PORTAL DA CONTABILIDADE. Ibracon NPC nº 27, Demonstrações Contábeis. Disponível em: < http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc27.htm> Acesso em: 28 out. 2017. QUADROS, A. Demonstração de Fluxo de Caixa. Slide Player. [s.l], 2017. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/389781/>. Acesso em: 10 jun. 2017. RIBEIRO, M. O.; BOLIGON, J. A. R. Análise por meio de índices financeiros e econômicos: um estudo de caso em uma empresa de médio porte. Disciplinarum Scientia. v. 5, n. 1, p. 15-34, [s.l.], 2009. SANTOS, D.; OLIVEIRA, M. L. A. Análise econômico-financeira. 2010. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins.

Slide Share, Controle Gerencial Ambev. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/amorimgustavo/controle-gerencial-ambev-2008>. Acesso em: 15 maio 2017.

TÓFOLI, I. Administração financeira empresarial: uma tratativa prática. Campinas: Arte Brasil Editora/Unisalesiano – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 2012.

56

APÊNDICES

57

APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Para o estudo de caso, iremos levantar dados da empresa através de

Balanços Patrimoniais e DRE, para analisar cada aspecto da empresa, desde a

mão de obra até a administração da empresa. Com os dados necessários em

mãos, iremos iniciar a aplicação da nossa análise financeira na empresa

Todescatto & Vigarani Eletrodomésticos LTDA-ME.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

Coleta das informações necessárias através das entrevistas com o

proprietário da empresa Todescatto & Vigarani Eletrodomésticos LTDA-ME e

visitas ao local da empresa.

a) O ramo da empresa é manutenção de eletrodomésticos, vendas de

peças e alguns produtos de utilidade doméstica.

b) O Sr. Daniel Medeiros Todescatto atua no ramo de manutenção de

eletrodomésticos há 35 anos, começou como auxiliar de técnico de

manutenção (lavava as peças que eles utilizavam). Na empresa ele

conta com 8 colaboradores divididos em três departamentos:

Departamento de vendas: três colaboradores

Departamento de assistência e manutenção: três colaboradores

Departamento administrativo: dois colaboradores

1.2 Discussão

Após a pesquisa, será confrontado a teoria com a prática, assim

conseguir-se-á verificar como realmente a empresa deveria seguir com a

Análise Financeira.

1.3 Parecer final

Após o estudo de caso aplicado, será relatado no roteiro de observação

sistemática os aspectos que necessitam ser observados através das

demonstrações contábeis da empresa.

58

APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 A necessidade da Análise Financeira.

2 Como é o capital de giro da empresa.

3 Aspectos e erros que influenciam na gestão da empresa.

4 O processo de aplicação da Análise Financeira.

5 A evolução em números com a análise aplicada.

6 O comparativo dos demonstrativos contábeis com e sem a Análise

Financeira.

7 Os benefícios e resultados da Análise Financeira.

59

APÊNDICE C – Roteiro do Histórico da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA TODESCATTO & VIGARANI

ELETRODOMÉSTICOS LTDA-ME

1 Surgimento

2 Missão

3 Visão

4 Valores

5 Produtos

6 Clientes

7 Fornecedores

8 Organograma

60

APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para o Proprietário da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Cargo:

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Residência / Local:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1) Qual a conta em sua opinião que mais aumenta o passivo da sua

empresa?

2) Em sua opinião uma empresa que tem ativo maior que o passivo pode

falir?

3) Em sua opinião a análise financeira influência nas tomadas de decisões

da empresa?

4) Já foi feita alguma análise financeira na sua empresa antes?

5) O que mais chamou sua atenção nesta análise realizada?