análise dos efeitos da avaliação escolar

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XVIII Congresso de Iniciação Científica da UFAM 1 Acadêmico do Curso de Pedagogia da Escola Normal Superior, Universidade do Estado do Amazonas Análise dos efeitos da avaliação escolar Edmar da Paz Soares* 1 , Hebert José Balieiro Teixeira 1 , Marcela Monteiro da Silva 1 , Thaiany Guedes da Silva 1 , Sandra Roselly Santos Correia 1 , Olinúbia Helena Rodrigues Correia 1 As idéias preliminares deste trabalho surgiram no cerne das discussões realizadas na disciplina Avaliação Educacional do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas. No decorrer das aulas foi ficando cada vez mais nítido o quanto a avaliação da educação formal é injusta e muitas vezes afeta psicologicamente os estudantes. Então ao identificar esta problemática procuramos fundamentar nossa pesquisa em vários autores, sendo esta pesquisa de cunho bibliográfico, pois para Carvalho (2001, p. 100) “Pesquisa Bibliográfica é a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informação escrita, para coletar dados gerais ou específicos a respeito de um determinado tema”, e é exatamente isso que focamos neste trabalho. Notamos que há um ponto em comum entre os estudantes de qualquer nível de ensino independente de instituição, este ponto em comum é o medo das avaliações, é certo que todos nós em nossas recordações possuímos algum tipo de receio e lembrança traumática, devido algum episódio envolvendo a avaliação escolar. Normalmente nas instituições de ensino o que faz os estudantes se esforçarem com afinco é o medo das avaliações, por possuem um sistema de provas rigoroso. De acordo com Luckesi (2003, p. 21), “De fato, a nossa prática educativa se pauta por uma ‘pedagogia do exame”. Ou seja, a instituição educacional se baseia na meritocracia do exame, sendo que o estudante consegue se dá bem no exame através do seu mérito e não das circunstâncias. A mudança de perspectiva sobre a avaliação poderia reverter qualitativamente a concepção dos estudantes e dos professores sobre a finalidade das atividades escolares, o diploma assim com as notas deveriam representar fielmente o que o estudante adquiriu na escola, algo assim, pode ser conquistado através de uma avaliação construtiva. A avaliação é vista como temor pela totalidade dos estudantes devido o seu caráter arbitrário na cobrança de informações desinteressantes e aparentemente sem nexo e tornam-se documentos oficiais imutáveis muito determinantes na vida dos avaliados que são demasiadamente lembrados que se não tiverem boas notas estarão excluídos dos benefícios da sociedade, em conseqüência disso os estudantes assustados e sentindo-se ameaçados buscam desesperadamente mostrar resultados, aqueles que conseguem com o próprio esforço não o fazem por livre e espontânea vontade não sentido satisfação e vontade de dar continuidade ao conteúdo, e aqueles carentes de ética utilizam formas diversas de lograr o sistema a apresentar resultados que não são coerentes com seu aproveitamento, muitas vezes mantém esta farsa até os níveis mais altos do ensino. Se a avaliação em si e a imagem que possuímos sobre ela é que causa tais problemas é por ela que se deve começar a grande reforma no ensino, retomando-se o seu sentido original onde sua função era apontar o supostos erros encaminhando para a correção orientando assim desenvolvimento pessoal do estudante, dessa forma os erros deixam de ser uma fonte de angústia para passar a ser uma pista considerável para que o estudante alcance a verdade. Para que uma nova era na educação formal se contemple, os professores devem deixar de serem meros avaliadores para se tornar instrutores de pesquisa. Palavras Chave: Avaliação, Estudante, Ensino

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Page 1: Análise dos efeitos da avaliação escolar

XVIII Congresso de Iniciação Científica da UFAM

1 Acadêmico do Curso de Pedagogia da Escola Normal Superior, Universidade do Estado do Amazonas

Análise dos efeitos da avaliação escolar Edmar da Paz Soares*1, Hebert José Balieiro Teixeira1, Marcela Monteiro da Silva1, Thaiany Guedes da Silva1, Sandra Roselly Santos Correia1, Olinúbia Helena Rodrigues Correia1

As idéias preliminares deste trabalho surgiram no cerne das discussões realizadas na disciplina Avaliação Educacional do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas. No decorrer das aulas foi ficando cada vez mais nítido o quanto a avaliação da educação formal é injusta e muitas vezes afeta psicologicamente os estudantes. Então ao identificar esta problemática procuramos fundamentar nossa pesquisa em vários autores, sendo esta pesquisa de cunho bibliográfico, pois para Carvalho (2001, p. 100) “Pesquisa Bibliográfica é a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informação escrita, para coletar dados gerais ou específicos a respeito de um determinado tema”, e é exatamente isso que focamos neste trabalho. Notamos que há um ponto em comum entre os estudantes de qualquer nível de ensino independente de instituição, este ponto em comum é o medo das avaliações, é certo que todos nós em nossas recordações possuímos algum tipo de receio e lembrança traumática, devido algum episódio envolvendo a avaliação escolar. Normalmente nas instituições de ensino o que faz os estudantes se esforçarem com afinco é o medo das avaliações, por possuem um sistema de provas rigoroso. De acordo com Luckesi (2003, p. 21), “De fato, a nossa prática educativa se pauta por uma ‘pedagogia do exame”. Ou seja, a instituição educacional se baseia na meritocracia do exame, sendo que o estudante consegue se dá bem no exame através do seu mérito e não das circunstâncias. A mudança de perspectiva sobre a avaliação poderia reverter qualitativamente a concepção dos estudantes e dos professores sobre a finalidade das atividades escolares, o diploma assim com as notas deveriam representar fielmente o que o estudante adquiriu na escola, algo assim, pode ser conquistado através de uma avaliação construtiva. A avaliação é vista como temor pela totalidade dos estudantes devido o seu caráter arbitrário na cobrança de informações desinteressantes e aparentemente sem nexo e tornam-se documentos oficiais imutáveis muito determinantes na vida dos avaliados que são demasiadamente lembrados que se não tiverem boas notas estarão excluídos dos benefícios da sociedade, em conseqüência disso os estudantes assustados e sentindo-se ameaçados buscam desesperadamente mostrar resultados, aqueles que conseguem com o próprio esforço não o fazem por livre e espontânea vontade não sentido satisfação e vontade de dar continuidade ao conteúdo, e aqueles carentes de ética utilizam formas diversas de lograr o sistema a apresentar resultados que não são coerentes com seu aproveitamento, muitas vezes mantém esta farsa até os níveis mais altos do ensino. Se a avaliação em si e a imagem que possuímos sobre ela é que causa tais problemas é por ela que se deve começar a grande reforma no ensino, retomando-se o seu sentido original onde sua função era apontar o supostos erros encaminhando para a correção orientando assim desenvolvimento pessoal do estudante, dessa forma os erros deixam de ser uma fonte de angústia para passar a ser uma pista considerável para que o estudante alcance a verdade. Para que uma nova era na educação formal se contemple, os professores devem deixar de serem meros avaliadores para se tornar instrutores de pesquisa. Palavras Chave: Avaliação, Estudante, Ensino