análise de alternativas de investimentos - métodos

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Bertolo

ANLISE DE INVESTIMENTOS

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CAPTULO I MTODOS DE ANLISE DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOSIV.1 - COMPARAO ENTRE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOIV.1.1 - INTRODUO FUNO DA ENGENHARIA ECONMICA FATORES QUE PRODUZEM AS DIVERSAS ALTERNATIVAS Fornecer critrios de deciso para a escolha entre alternativas de investimentos

meios

diferena entre produtos objetivos a serem alcanados

de produo

Em resumo, vrias formas de aplicao do capital, cada uma exigindo determinados recursos e proporcionando determinadas rentabilidades

OBSERVAO

Os critrios da Engenharia Econmica levam em conta fatores econmicos e o OBJETIVO a escolha da alternativa de maior rentabilidade, embora a meta do investidor possa no ser essa

Nem sempre as propostas de investimentos mais rentveis podem ser realizadas. Por qu? MOTIVO:- Limitao de recursos. Isto faz com que os resultados de estudos puramente econmicos no seja o nico fator a considerar na deciso final. A anlise da disponibilidade de recursos, dos encargos financeiros assumidos, etc., deve ser feita paralelamente ANLISE FINANCEIRA DE INVESTIMENTO. FATORES IMPONDERVEIS So aqueles que no podem ser reduzidos a valores monetrios, no sendo, portanto, considerados num estudo puramente econmico. Sua avaliao puramente subjetiva.

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IV.1.2 - FLUXOS DE CAIXA Representam as vrias alternativas num estudo econmico. um modelo de investimento em perspectiva. As datas so sempre futuras!!!!! Num estudo econmico o passado s serve para auxiliar as previses, no influenciando a tomada de deciso. IMPORTANTE: Por tratar sempre com valores estimados, o investimento, aps realizado, no evoluir exatamente como o previsto

ENGENHARIA ECONMICA x CONTABILIDADE

A Contabilidade trata de grandezas j verificadas, pertencentes ao passado!!!!!!!!!!!!!!!! , portanto, mais exata, porm de valor unicamente legal e informativo.

Num estudo econmico as entradas e sadas monetrias s tm um significado completo quando acompanhadas pelas datas em que se efetuam. Embora se possa usar tabelas de juros em que o perodo de composio seja de um ano, ms ou dia, etc., h limitaes prticas quanto necessidade de preciso para as datas em que as receitas e as despesas previstas ocorrero. Contorna-se esse problema considerando essas quantias concentradas em intervalos de tempos peridicos; em geral, adota-se a conveno de fim de perodo, ou seja, que as entradas e as sadas monetrias que se do durante um perodo estejam concentradas no fim do mesmo. Uma anlise da questo mostra que o estudo no ser muito afetado em sua exatido por esta simplificao. O perodo adotado geralmente de um ano, podendo ser outro de acordo com a convenincia do projeto em estudo, grau de detalhe e preciso das estimativas de datas e quantias. Para o caso brasileiro onde as taxas de juros so altas, muitas vezes o ms deve ser tomado como perodo-base. Por outro lado, o estudo econmico deve cobrir um intervalo de tempo compatvel com a durao da proposta de investimento considerada, freqentemente denominada vida til, vida econmica ou simplesmente vida da proposta de investimento. IV.1.3 - AVALIAO DE INVESTIMENTOS Existem vrias medidas para avaliar investimentos. Seja uma determinada firma que tenha a oportunidade de escolher entre os seguintes projetos:

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PROJETO A B C D

INVESTIMENTO INICIAL R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00

FLUXO DE CAIXA R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 4.000,00 R$ 6.000,00Ano 1 Ano 2

R$ 1.100,00 R$ 8.000,00 R$ 6.000,00

a. CRITRIO POR INSPEO O projeto B melhor do que o projeto A O projeto D melhor que o projeto C, pois possvel reinvestir os ganhos entre os anos 1 e 2. b. PERODO DE RECUPERAO (pay-back period) Procura-se estabelecer o tempo necessrio para que fundos gerados pelo investimento sejam iguais ao gasto inicialmente feito. Preocupa-se com a recuperao simples do dinheiro empregado. No caso acima tm-se: Projeto A B C D Perodo de Recuperao 1 ano 1 ano 1 ano e 9 meses 1 ano e 8 meses

Nota-se imediatamente que o mtodo no consegue diferenciar entre os projetos A e B. Sua principal deficincia no considerar os ganhos aps a recuperao, nem o escalonamento das entradas de Caixa. No se faz um investimento para recuperar o capital, e sim para obter lucro. O processo serve apenas para complementar os outros mtodos no auxlio da tomada de deciso. c. GANHOS POR CAPITAL INVESTIDO. Calcula-se o somatrio dos fluxos de caixa e divide-se o total pelo investimento. Projeto A B C D Ganhos por Capital Investido 1 1,1 1,2 1,2

Desconsideram-se inteiramente o fator tempo e as possibilidades de reinvestimento.

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d. GANHOS MDIOS ANUAIS POR CAPITAL INVESTIDO Semelhante ao anterior. e. CRITRIOS ECONMICOS BASEADOS NO PRINCPIO DE EQUIVALNCIA DE FLUXOS DE CAIXA Consideram-se o valor do dinheiro no tempo, as possibilidades de re-investimento, o custo de oportunidade, etc. Apesar dos quatro primeiros processos poderem levar a boas decises em alguns casos (investimentos iguais, de mesma durao e fluxos de caixa homogneos), a anlise da maioria das situaes s pode ser feita adequadamente pelos critrios econmicos detalhados a seguir IV.1.4 - CRITRIOS ECONMICOS DE DECISO Os mtodos de comparao de alternativas de investimento baseiam-se no princpio de equivalncia visto; isto supe o uso de uma taxa de desconto. Qual seria essa taxa? DEFINIO DE RENTABILIDADE A rentabilidade de uma srie de investimentos dada pela taxa de juros que permitiria ao capital empregado fornecer um certo retornoC O N C L U S O

De um modo geral existem vrias aplicaes possveis de capital, interessando apenas as mais rentveis. Ao se considerar uma nova proposta de investimento, deve-se levar em conta que esta vai deslocar recursos disponveis e, portanto, deixar-se- de auferir retorno de outras possveis fontes. Definio de taxa mnima de atratividade Uma nova proposta para ser atrativa deve render, no mnimo, a taxa de juros equivalente rentabilidade das aplicaes correntes e de pouco risco.

Dado que cada pessoa ou empresa tem possibilidade de investimentos diferentes, haver uma taxa mnima de atratividade para cada uma.

EXEMPLO

Se existirem letras de cmbio que garantem uma rentabilidade de 2,5% a.m. , a proposta de investimento em aes s ser atrativa se proporcionar rendimento maior.

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Cumpre ressaltar que um estudo econmico recai sempre na escolha entre alternativas; dever-se- tomar uma deciso entre no fazer nada, abandonar projetos em andamento ou investir em novos projetos, etc. Os mtodos de comparao baseados nos princpios de equivalncia determinam quantias nicas que representem, do ponto de vista econmico, cada alternativa de investimento. Sero trs os mtodos aqui apresentados: Os MTODOS Mtodo do valor presente lquido. Mtodo do equivalente uniforme anual. Mtodo da taxa interna de retorno.

O critrio da relao benefcio/custo ser considerado mais adiante, quando projetos governamentais forem estudados. Inicialmente supor-se- que o investimento seja instantneo (no perodo IMPORTANTE zero) e que no haja inflao, risco e imposto de renda.

IV.2 - MTODO DO VALOR PRESENTE LQUIDO Como funciona?No mtodo do valor presente lquido calcula-se o valor atual do fluxo de caixa, com o uso da taxa mnima de atratividade; se este valor for positivo, a proposta de investimento atrativa.

EXEMPLO 1Considere-se a proposta de investimento que envolve investir R$ 10.000,00 hoje para receber R$ 2.000,00 anuais, nos prximos 10 anos, conforme o diagrama de fluxo de caixa que se segue:2.000 2.000 ......................................................................... 2.000

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R$ 10.000,00

A taxa mnima de atratividade de 10% a.a.. atrativo o investimento? Soluo - 10.000 + 2.000 a10 10 = 2.288. Conclui-se, pois, que o investimento atrativo. OBS:- Quando se consideram alternativas de investimento com duraes idnticas, escolhe-se a de maior valor presente lquido. Na HP-12C f FIN f 2 10000 CHS g CF0 2000 g CFj 10 g Nj 10 i f NPV

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Na planilha Excel, teramos:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

B 10%