o exercício da enfermagem frente aos aspectos ético-legais

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O Exercício da EnfermagemO Exercício da Enfermagem

Frente aos AspectosFrente aos Aspectos

Ético-Legais Ético-Legais

do Segredo Profissional do Segredo Profissional

Organizadores:Organizadores:

Humberto Nascimento dos Santos;Humberto Nascimento dos Santos;

e Outros.e Outros.

SumárioSumário

1.1. Conceito de Segredo Profissional;Conceito de Segredo Profissional;

2.2. Histórico do Segredo Profissional;Histórico do Segredo Profissional;

3.3. O Segredo Profissional e as Leis Pátrias;O Segredo Profissional e as Leis Pátrias;

4.4. O Segredo e o Código de Ética de Enfermagem;O Segredo e o Código de Ética de Enfermagem;

5.5. O segredo profissional e a equipe O segredo profissional e a equipe multiprofissional; multiprofissional;

6.6. O Segredo Profissional é absoluto?;O Segredo Profissional é absoluto?;

7.7. Autonomia do Paciente; eAutonomia do Paciente; e

8.8. Carta de Direitos dos Usuários da SaúdeCarta de Direitos dos Usuários da Saúde

Conceito de Segredo ProfissionalConceito de Segredo Profissional

Segundo o dicionário Aurélio “segredo” é sinônimo de sigilo e refere-se ao “sigilo profissional” como sendo o “dever ético que impede a revelação de assuntos confidenciais ligados à profissão”.

Histórico do Segredo ProfissionalHistórico do Segredo Profissional

As origens do segredo profissional remonta As origens do segredo profissional remonta ao século 9-7 a.C, em Israel, com o rei ao século 9-7 a.C, em Israel, com o rei Salomão: Salomão:

““(...) não descubras o segredo de outro, para (...) não descubras o segredo de outro, para que não te desonre o que o ouvir, não se que não te desonre o que o ouvir, não se

apartando de ti a infâmia.” (Pv 25.10)apartando de ti a infâmia.” (Pv 25.10)Também protagonizado por Hipócrates, Também protagonizado por Hipócrates,

século 5 a.C, na Grécia:século 5 a.C, na Grécia:“Não relatar o que no exercício do meu Não relatar o que no exercício do meu mister ou fora dele no convívio social eu mister ou fora dele no convívio social eu

veja ou ouça e que não deva ser divulgado, veja ou ouça e que não deva ser divulgado, mas considerar tais coisas como segredos mas considerar tais coisas como segredos

sagrados.”sagrados.”

O Segredo Profissional O Segredo Profissional e as Leis Pátriase as Leis Pátrias

No século XX, no Brasil, ganha status No século XX, no Brasil, ganha status constitucional na Carta Magna de 1988:constitucional na Carta Magna de 1988:

Art. 5º:Art. 5º:

X - ”X - ” são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”

XIVXIV – “– “é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”. ”.

O Segredo Profissional O Segredo Profissional e as Leis Pátriase as Leis Pátrias

CÓDIGO PENAL BRASILEIROCÓDIGO PENAL BRASILEIRO

Violação do segredo profissionalViolação do segredo profissional

Art. 154Art. 154 - Revelar alguém, sem justa - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:produzir dano a outrem:

Pena Pena - detenção, de três meses a um - detenção, de três meses a um ano, ou multa.ano, ou multa.

O Segredo Profissional O Segredo Profissional e as Leis Pátriase as Leis Pátrias

CÓDIGO CIVIL DE 2002CÓDIGO CIVIL DE 2002

Art. 229Art. 229. Ninguém pode ser obrigado . Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato:a depor sobre fato:

I I - a cujo respeito, por estado ou - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo;profissão, deva guardar segredo;

O Segredo e o Código de Ética O Segredo e o Código de Ética de Enfermagemde Enfermagem

RESOLUÇÃO COFEN Nº. 311/2007RESOLUÇÃO COFEN Nº. 311/2007(aprova a reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem)

O Segredo e o Código de O Segredo e o Código de Ética de EnfermagemÉtica de Enfermagem

Art. 81Art. 81 – –

““Abster-se de revelar informações Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu conhecimento em razão de seu exercício profissional a pessoas ou exercício profissional a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas entidades que não estejam obrigadas ao sigilo.”ao sigilo.” 

O Segredo Profissional e a Equipe O Segredo Profissional e a Equipe MultidisciplinarMultidisciplinar

CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE ENFERMAGEM

Art. 82 Art. 82

§ 2º - “Em atividade multiprofissional, § 2º - “Em atividade multiprofissional, o fato sigilosoo fato sigiloso poderá ser revelado poderá ser revelado quando necessário à prestação da quando necessário à prestação da assistência.” assistência.”

O Segredo Profissional e a Equipe O Segredo Profissional e a Equipe MultidisciplinarMultidisciplinar

O trabalho multiprofissional não O trabalho multiprofissional não significa que todos os membros da significa que todos os membros da equipe de saúde necessitem e devam equipe de saúde necessitem e devam ter acesso a todas as informações sobre ter acesso a todas as informações sobre os pacientes. A troca de informações os pacientes. A troca de informações entre a equipe de saúde é necessária, entre a equipe de saúde é necessária, mas deve ser limitada àquelas mas deve ser limitada àquelas informações que cada profissional informações que cada profissional precisa para realizar suas atividades em precisa para realizar suas atividades em benefício do cliente.benefício do cliente.

O Segredo Profissional é absoluto?O Segredo Profissional é absoluto?

Há casos em que o profissional de Há casos em que o profissional de saúde é liberado do dever de saúde é liberado do dever de segredo profissional:segredo profissional:

Justa causa;Justa causa;

Casos previstos em lei;Casos previstos em lei;

Ordem judicial; ouOrdem judicial; ou

Com o consentimento escrito da Com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu pessoa envolvida ou de seu representante legal. representante legal.

O Segredo Profissional é absoluto?O Segredo Profissional é absoluto?

Sobre isto nos diz a Lei das Contravenções Sobre isto nos diz a Lei das Contravenções Penais - Lei nº3.688/1941, Penais - Lei nº3.688/1941, CONTRAVENÇÕES REFERENTES À CONTRAVENÇÕES REFERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, , in verbisin verbis::

Omissão de comunicação de crimeOmissão de comunicação de crimeArt. 66Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade . Deixar de comunicar à autoridade competente:competente:IIII – “crime de ação pública, de que teve – “crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício da medicina ou conhecimento no exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde que a de outra profissão sanitária, desde que a ação penal não dependa de representação ação penal não dependa de representação e a comunicação não exponha o cliente a e a comunicação não exponha o cliente a procedimento criminal.”procedimento criminal.”

O Segredo Profissional é absoluto?O Segredo Profissional é absoluto?

Colaboração com a Justiça nos casos Colaboração com a Justiça nos casos previstos em lei;previstos em lei;

Cometimentos de crimes de ação Cometimentos de crimes de ação pública;pública;

Notificação de Doenças Compulsórias;Notificação de Doenças Compulsórias;

Grave risco à saúde pública ou ao do Grave risco à saúde pública ou ao do paciente;paciente;

Em casos de Transplantes;Em casos de Transplantes;

Autonomia do PacienteAutonomia do Paciente

A autonomia do paciente é considerada como o respeito à sua vontade, ao seu respeito de autogovernar-se e à participação ativa no seu processo terapêutico .

Carta dos Direitos Carta dos Direitos dos Usuários da Saúdedos Usuários da Saúde

PortariaPortaria MS nº 675, de 30 de março de 2006MS nº 675, de 30 de março de 2006

Carta dos Direitos Carta dos Direitos dos Usuários da Saúdedos Usuários da Saúde

1° Princípio:1° Princípio:

Todo cidadão tem direito a Todo cidadão tem direito a serseratendido com ordem e atendido com ordem e organização.organização.

Carta dos Direitos Carta dos Direitos dos Usuários da Saúdedos Usuários da Saúde

2º Princípio:2º Princípio: Todo cidadão tem direito a ter um atendimento com qualidade

Carta dos Direitos Carta dos Direitos dos Usuários da Saúdedos Usuários da Saúde

3º Princípio:3º Princípio: Todo cidadão tem direito a um tratamento humanizado e sem nenhuma discriminação

Carta dos Direitos Carta dos Direitos dos Usuários da Saúdedos Usuários da Saúde

4º Princípio:4º Princípio: Todo cidadão deve ter respeitados os seus direitos de paciente

Carta dos Direitos Carta dos Direitos dos Usuários da Saúdedos Usuários da Saúde

5º Princípio:5º Princípio: Todo cidadão também tem deveres na hora de buscar atendimento de saúde

Carta dos Direitos Carta dos Direitos dos Usuários da Saúdedos Usuários da Saúde

6º Princípio:6º Princípio: Todos devem cumprir o que diz a carta dos direitos dos usuários da saúde

ConclusãoConclusão

Portanto, concluímos o presente trabalho com Portanto, concluímos o presente trabalho com o escopo que hajamos alcançado o perfil de o escopo que hajamos alcançado o perfil de contribuirmos para o aprendizado da categoria contribuirmos para o aprendizado da categoria de enfermagem, no tocante ao aspecto ético-de enfermagem, no tocante ao aspecto ético-legal no exercício de sua atividade.legal no exercício de sua atividade.

Agradecemos a nossa orientadora e aos Agradecemos a nossa orientadora e aos colegas que ora são o objeto alvo do nosso colegas que ora são o objeto alvo do nosso esforço.esforço.

MUITO OBRIGADO!!!!MUITO OBRIGADO!!!!

A EQUIPE!A EQUIPE!

Referências:Referências:

http://www.portalcofen.gov.br/2007/materias.asp?ArticleID=7323&sectionID=37http://www.portalmedico.org.br/revista/bio2v1/reconheci.htmlSOUZA, Neri Tadeu Camara. Erro médico e SOUZA, Neri Tadeu Camara. Erro médico e sigilo profissional . sigilo profissional . Jus NavigandiJus Navigandi, , Teresina, ano 9, n. 636, 5 abr. 2005. Teresina, ano 9, n. 636, 5 abr. 2005. Disponível em: Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6529>. Acesso em: 10 ago. 2009. ?id=6529>. Acesso em: 10 ago. 2009. http://portal.saude.gov.br/portal/http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/arquivos/pdf/apresentacao_carta_direitos_usuarios_sauapresentacao_carta_direitos_usuarios_saude.pdfde.pdf

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