condutas no pré natal 5

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Health & Medicine

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Condutas de Enfermagem no

Pré-Natal

Enf. Obstetra Danúbia Mariane

Agosto 2008

Assistência pré-natalAssistência pré-natal

O controle pré-natal visa:

A detecção de doenças maternas subclínicas;

A prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das complicações da gravidez;

A vigilância do crescimento e da vitalidade fetal;

A preparação psico-física para o nascimento.

SCHWARCZ,R et al, 2006

História clínica; Dados sócio-econômicos e culturais; Antecedentes familiares; Antecedentes pessoais, Sexualidade;

Anamnese GeralAnamnese Geral

Antecedentes ginecológicos; Antecedentes obstétricos:

Número de gestações; Número de partos; Número de abortamentos; Número de filhos vivos; Número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de gestação); Número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2500g) e com mais de 4000g; Mortes neonatais precoces; Intercorrências ou complicações em gestações anteriores);

Cálculo da DPPCálculo da DPP

Regra de Näegele

A partir da DUM

Somar 7 dias ao 1º dia da última menstruação e diminuir 3 meses ao mês da última menstruação

(ou somar 9 meses se janeiro, fevereiro ou março)

EXEMPLO:

1. DUM: 12/11/07 DPP: 12+7/11-3 = 19/8/2008

Cálculo da Idade GestacionalCálculo da Idade Gestacional

IG: Setembro: 10 Outubro: 31 Novembro: 30 Dezembro: 31 Janeiro: 31 Fevereiro: 28 Março: 31 Abril: 15 207 7 67 29 4

IG 29 semanas e 4 dias

Gestograma (Disco Gestacional) - DUM conhecida US precoce (Abaixo de 20 semanas).

Exame FísicoExame Físico

Exame clínico geral; Exame mamas; Medida da altura uterina; Ausculta dos batimentos cardiofetais; Identificação da situação e apresentação fetal; Cálculo do IMC; Avaliação dos níveis pressóricos; Inspeção dos genitais externos;

Exame especular;a) Inspeção das paredes vaginais;b) Inspeção do conteúdo vaginal e do colo uterino;c) Coleta de material para exame colpocitológico.

Ganho PonderalGanho Ponderal

Níveis de PA conhecidos ou desconhecidos, antes da gestação:

Valores da pressão sistólica inferiores a 140 mmHg e da pressão diastólica inferiores a 90mmHg – Risco Habitual

Cuidados com a alimentação; Redução da ingesta de sal; Realização de atividade física; Pré-natal de risco habitual.

Valores da pressão sistólica iguais ou superiores a 140mmHg e da pressão diastólica iguais ou superiores a 90mmHg, sem sintomas:

Repetir a medida após 4 horas de repouso;

Pressão ArterialPressão Arterial

Valores da pressão sistólica iguais ou superiores a 140mmHg e da pressão diastólica iguais ou superiores a 90mmHg, sintomática (cefaléia, dor epigástrica, escotomas) e proteinúria positiva - Pré-eclâmpsia, encaminhar ao PNAR e/ou a unidade hospitalar de referência.

Pressão ArterialPressão Arterial Orientar para sinais como: cefaléia, epigastralgia, escotomas visuais, edema, movimentação fetal; Agendar consulta com médico para acompanhamento do quadro; Realizar exame de proteinúria de fita ou 24hs; Utilizar mobilograma para avaliação do bem estar fetal.

Verificação da Presença de EdemasVerificação da Presença de Edemas

Objetivo: Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico.Achados: Edema ausente( – ) Apenas edema de tornozelo, sem hipertensão ou aumento súbito de peso ( + ): Observar se o edema aparece ao final do dia.

Edema limitado membros inferiores, com hipertensão ou aumento de peso, proteinúria (++): atentar para pré-eclâmpsia e vitalidade fetal, encaminhar para o PNAR ou acompanhamento com o médico da unidade.

Edema generalizado (face, tronco e membros), ou que já se manifesta ao acordar, acompanhado ou não de hipertensão ou aumento súbito de peso (+++): atentar para pré-eclâmpsia e vitalidade fetal, encaminhar para o PNAR ou acompanhamento com o médico da unidade.

Objetivos: Identificar situação, posição e apresentação fetais

Manobra de LeopoldManobra de Leopold

Altura UterinaAltura Uterina

Medição:Medição: Borda superior da sínfise púbica até o fundo do

útero.

Medida da Altura Uterina

PONTO ACIMA CURVA SUPERIOR

Conduta: Erro cálculo IG? Avaliar possibilidade de: Polihidrâmnio Macrossomia Gemelar Mola hidatiforme Miomatose Obesidade

PONTO ABAIXO CURVA INFERIOR

Conduta: Erro cálculo IG? Avaliar possibilidade de:

Feto morto; Oligohidrâmnio;

Restrição do crescimento fetal.

Ausculta FetalAusculta Fetal

Ausculta dos BCFs: entre 10ª e 12ª semana (c/ Sonar Doppler) e entre 17ª e 20ª semana (estetoscópio de Pinard). Variam de 120 a 160 bpm e devem

ser diferentes do pulso materno.

Ausculta FetalAusculta Fetal

Objetivo: Constatar ritmo, freqüência e normalidade dos BCF (Normal: 120 a 160bpm)

Taquicardia

Afastar:

Febre Taquicardia materna Medicações Suspeita sofrimento fetal Avaliação médica Persistência Encaminhar

Bradicardia

Afastar:

Bradicardia materna Medicações Suspeita sofrimento fetal Avaliação médica Persistência Encaminhar

Avaliação Vitalidade Fetal

Teste estímulo fetal simplificado:

Técnica: Palpar pólo cefálicoRealizar estímulo acústico sobre o pólo cefálico por 5

segundosObservar movimentos fetaisAuscultar e contar novamente BCF por 4 períodos de 15

segundosNormal: Movimentos fetais bruscos, BCF em 15 bpm

Registro movimentação fetal- Mobilograma: Simples, baixo custo, sem contra-indicação, não requer instrumentos, raro falso-negativo.

Técnica: Contar movimentos fetais num período máximo 1 hora Normal: 6 movimentos até 1 hora Anormal Inatividade fetal, < 6 movimentos/hora por 2 horas

Esquema escalonado de decisões para Esquema escalonado de decisões para vacinação anti-tetânicavacinação anti-tetânica

VAT prévia

VAT (dupla-adulto)

Esquema completo

Completar esquema

Menos de 5 anos

Não vacinar Reforço

nãosim

nãosim

nãosim

OBS: Segunda dose deve ser aplicada até 20 dias, no máximo, antes da data provável do parto.

Exames Laboratoriais de Rotina Exames Laboratoriais de Rotina

Hemograma;

Grupo sanguíneo e fator Rh;

Glicemia de jejum;

VDRL;

Sorologia IgG e IgM para

toxoplasmose;

Urina Rotina e

urocultura;

HbsAg;

Teste para HIV

(Autorizado);

Outros Exames:

Sorologia IgG e IgM para rubéola;

EPF;

Bacterioscopia da secreção vaginal;

Colpocitologia oncótica;

Ultra-som Obstétrico.

Exames Laboratoriais de Rotina Exames Laboratoriais de Rotina

Náuseas, vômitos e tonturas;Pirose;Sialorréia;Fraquezas e desmaios;Dor abdominal, cólicas, flatulência e obstipação intestinal;Hemorróidas;Corrimento vaginal;Queixas urinárias;Falta de ar e dificuldade para respirar;

Condutas nas queixas maisCondutas nas queixas mais freqüentes na gestaçãofreqüentes na gestação

Dor nas mamas; Dor lombar; Cefaléia; Sangramento nas gengivas; Varizes; Câimbras; Cloasma gravídico; Estrias; Aumento da secreção vaginal.

Condutas nas queixas maisCondutas nas queixas mais freqüentes na gestaçãofreqüentes na gestação

Consultas SubseqüentesConsultas Subseqüentes

Revisão do cartão de pré-natal e anamnese atual;

Cálculo e anotação da idade gestacional; Controle do calendário de vacinação; Exame físico geral e gineco-obstétrico:

Determinação do peso e IMC; Medida da pressão arterial; Palpação obstétrica e medida da altura uterina – anotar no gráfico; Ausculta dos batimentos cardiofetais; Pesquisa de edema; Toque vaginal, exame especular e outros, se necessários.

Consultas SubseqüentesConsultas Subseqüentes

Interpretação de exames laboratoriais e solicitação de outros, se necessários;

Acompanhamento das condutas adotadas em serviços clínicos especializados;

Realização de ações e práticas educativas (individuais e em grupos);

Encaminhar gestantes identificadas com risco para o médico;

Agendamento de consultas subsequentes, busca ativa das gestantes faltosas.

“O intervalo entre as consultas deve ser de 4 semanas. Após a 36 semana, agestante deverá ser acompanhada semanalmente, visando à avaliação da

pressãoarterial, da presença de edemas, da altura uterina, dos movimentos do feto e

dosbatimentos cárdio-fetais.”

(MS, 2006)

Consultas SubseqüentesConsultas Subseqüentes

Gestação de risco habitual exames a serem repetidos entre 30 semanas

VDRL, HIV, HbsAg;

Hemograma;

Urina Rotina e Urocultura;

Toxoplasmose (Susceptível).

Após 36 semanas

Cultura para Streptococcus do grupo B.

Referências BibliográficaReferências Bibliográfica

CORREA, Mário D. Noções Práticas de Obstetrícia. 123 ed. Belo Horizonte: COOPMED EDITORA, 1999.

CUNNINGHAM, et all. Williams Obstetrícia. 203 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2000.

Manual de atendimento pré-natal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

Hospital Sofia Feldman. Guia de Práticas Clínicas (2004).

Brasil, Assistência pré-natal : normas e manuais técnicos,3º ed. - Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde - SPS/Ministério da Saúde, 2006.

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